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Direito Internacional

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Direito Internacional Público
Autor: Valério Mazzuoli
Introdução: Retrospectiva histórica.
 A comunidade se deve a uma identidade subjetiva que você tem com o poder, a partir desta perspectiva é possível fundamentar leis, em que as pessoas obedeçam e seguem. No século XVI foi criada as primeiras leis marítimas, indícios de um direito que fosse além dos territórios. 
Os elementos em uma cidade (polis) é indiferente para todos os cidadão, não se encontra uma forma subjetiva, emocional, mas um jeito amplo e que impetre na vida de todos os cidadãos. 
A partir do momento em que duas organizações diferentes devem realizar uma negociação entre si, deve existir uma norma/ leis, as quais são diferentes daquelas em que se envolvem apenas uma família. 
Criar regras, em um espaço comum, com duas organizações que consistem em diferentes culturas, políticas e formas sociais, no entanto essa organização constitui um interesse em comum. 
Desenvolvimento do Direito Internacional: Surgiu na Idade média, em que os senhores feudais tinham a capacidade e força política de erguer a sociedade, de tal forma que a circulação de mercadorias e a segurança do Estado eram proporcionados por eles. Além disso, houve tratados sob égide do Papa, isto é, relações internas ou externas da sociedade era submetida a vontade e poder do Papa. 
Durante a Idade moderna, houve o surgimento das Cidades-Estados italianas e das relações políticos –econômicas.
Assinatura dos Tratados de Westfália com o fim da Guerra dos 30 anos (1618-1648) Reforma protestante, em que o Papa não tinha mais tanto poder, em que foi possível a criação do Estado Moderno. 
 Tratados de Westfália/Vestfáli para o D.I é fundamental já que cria uma unidade de poderes específicos para que estes podem ter força, em que existem várias fontes divididas que exercem o poder. Criando assim, várias identidades, ou seja, os Estados que é fundamental, já que se cria uma identidade a partir do pais/ estado que você/ população vive e nasceu. Logo, criou Estados de tal forma que deu força ao Estado que hoje é conhecido como SOBERANINA, isso é um reforço de dizer que o grupo/ nacionalidade tem força e direitos. A partir da identidade cria comunidades ligadas por vínculos. 
A identidade é fundamental para o Direito, pois ao se sentir pertencente a um grupo/nacionalidade se cria uma força para manter e postular regras. A necessidade do controle do Estado, já que quando não houver Estado terá um grupo individual que estabelecerá regras. Ex: bandido no morro, este é o Estado do morro. 
Com o tratado foi possível criar a Hegemonia ou Igualdade Formal para ser constituído. Pelo tratado citado os EUA e o Iraque os Estados são iguais, no entanto na realidade não é assim. Se refletiu no art.5 da CF o tratado de Wesfália. 
A paz de Westfália se destacou por revelar uma nova consciência internacional em que os Estados aceitaram a coexistência de várias sociedade políticas e aceitaram a possibilidade de que estas sociedades tivesse, o direito de ser entidades independentes, o direito de assegurar sua existência e, ademais, de ser tratadas em igualdade formal. Em outras palavras, se reconhece em Westifália a coexistência de várias unidades políticas sobre a base dos princípios da soberania e da igualdade 
Dos Tratados de Westfália, podem ser sintetizados alguns pontos importantes: 
a. Igualdade soberana e independência recíproca dos Estados; independência dos Estados em relação à Santa Sé; 
b. Identidade dos Estados monárquicos e republicanos dentro da sociedade internacional culminando com os primeiros passos para uma regulamentação internacional positivada;
c. Busca do equilíbrio de poder entre os diversos estados modernos e a necessária compatibilização do exercício das respectivas soberania; 
d. Assinatura de tratados que constituem a Paz de Westifália;
e. Se refletiu no art.5 da CF o tratado de Wesfália. 
Procurar: Polônia, radicalização do Estado.
O direito Interno (Impõe uma vontade formal, como no caso da leis que as vezes não representa a realidade) e direito Internacional (O direito internacional foi para outro lado, o importante é a realidade formal e não apenas as leis ou tratados.) tiveram formas diferentes de ser estabelecidas. 
Congresso de Viena: (1815) Início de um período de cooperação multilateral político-econômico na Europa, quando você tem um poder interno muito grande, os Estados relutam em formar relações externas. Neste período também foi instaurado os protocolo diplomático, já que existe uma necessidade de uma negociação e manter os interesses dos países externos em conformidade. Neste período houve a proibição do tráfico negreiro. 
Revolução Industrial: Reforça o que foi estabelecido pelo Congresso de Viena. A Revolução. Industrial cria uma concepção do comércio, já era anterior mas fica mais forte neste período, assim houve a abertura do mercado comum, em que houve uma quebra da soberania completa do Estado. Contratos e Lex mercatória lei do mercador, isto é, Estado ainda tem o poder e autonomia mas “abre mão da identidade” apenas para atos de comercio, isso significa que antes era absoluto e agora é relativo, tenho interesse na circulação entre os países com a mercadoria, assim foi estabelecimento do o Direito Internacional Privado, transcendência de fronteiras, do regional para o internacional. 
Segunda Guerra Mundial: Forma uma nova ideia do direito Internacional, ou seja, uma forma SUPRANACIONAL, de tal forma que cria regras de formas a ser executada globalmente. a humanização do DIP e a inserção do indivíduo como um sujeito de DIP. A criação da ONU foi neste período. Ocorreu a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948.
Definição: Direito Internacional Público ou Direito das Gentes é o sistema das normas jurídicas dinâmico por excelência que visa disciplinar e regulamentar as atividades exteriores da sociedade dos Estados e também atualmente, das Organizações Internacionais e dos próprios indivíduos. 
O problema do direito internacional é determinar a forma pela qual o DI poderá impor suas regras. O direito internacional cria regras de forma que será utilizada a todos e na realidade. 
12 de março de 2020
Atualidade: Ato dos EUA, proibição da entrada de pessoas no pais por 30 dias. E a fechada da Itália. Ato de soberania dos estados, oposto a atuação do direito internacional. Já que o direito internacional tem a intenção de harmonizar os países e suas convivências. Soberania (Hobbes) valor absoluto, impõe regras e restrições. Trump não pode impedir a entrada de entidades internacionais. 
Restrição de fundos
INSS: é igual um seguro, a lógica do direito previdenciário é a mesma. Se houver algo previsto na apólice que você contratou você e assim terá o direito. 
INSS: contém cláusulas fechadas e é um seguro obrigatório. Neste mesmo contexto, foi criado a assistência social, visto que o Br contém uma economia informal, isto é, não está registrada ou ligada aos controles do Estado. Assim, tem diversos funcionários que não tem acesso ao INSS, já que não tem carteira assinada, pois é um trabalho informal. No entanto, no real, acontece que quando as pessoas param de trabalhar elas ficam sem nada. 
EUA: Não pode mais ter voo, e ainda os empregados não podem trabalhar, se você não trabalhar você não ganha.
Brasil: Bolsonaro vetou a parte da lei que estipulava benefício de assistência social para as pessoas. O CN derrubou o veto, aumentou ainda o déficit público, médio e longo prazo, coloca 20 milhões para a economia, gera uma circulação econômico, que pode gerar ao longo prazo renda. 
Direito internacional público é um instrumento para limitar a atuação do Estado e pois isso a necessidade do direito. 
Luta pelo direito: Livro, Ihering.
Características: A sociedade Internacional, constitui como principais características:
a. Descentralizada; A sociedade internacional não se apresenta, como um “superestado”, por isso mesmo, não constitui a estrutura dos 3 poderes como é concedido para o Estado-Nação. Mesmo assim, constitui possui um sistema próprio de funcionamento,bem como, o direito internacional possui formas para celebração de normas jurídica internacionais. 
Mesmo não sendo institucionalizada, possui meios de impor certas normas para os membros da sociedade internacional, por exemplo, no caso conhecido da Guerra do Golfo em que a ONU obrigou ao Iraque a retirada de suas tropas do Kuwait e a aplicação de várias sanções. 
b. Universal; A universalização do Direito Internacional ocorreu após a Segunda Grande Guerra Mundial, em especial pela ocorrência da descolonização, tendo em vista que somente a metrópole tinha acesso à sociedade internacional. As relações internacionais eram bastante limitadas, já que, o número restrito de Estados soberanos existentes no plano global.
c. Aberta, quando preenche os requisitos qualquer um pode fazer parte. Não existe um número determinado de atores que façam parte das relações internacionais, ex: Estados, organizações internacionais indivíduos, empresas transacionais, organizações não governamentais. 
d. Paritária, ou seja, existe igualdade jurídica entre os membros que a compõe, conforme estabelece o artigo 1, alínea 2, e o artigo 2, alínea 1 da Carta da ONU, surge como consequência a regra de não discriminação e o princípio da reciprocidade. 
Ademais, por serem dotados de igualdade jurídica entre os Estados estes podem realizar os vários atos da vida internacional, como, direito de legação, direito de convenção, demandar em tribunais internacionais, de votar nos órgãos plenários, sendo os votos contabilizados de forma igualitária.
SUJEITO de D.I X ATORES Internacionais
Todo sujeito é ator internacional, mas nem todo ator é sujeito de direito internacional. 
Os atores internacionais, embora que importantes não podem praticar todos os atos da vida internacional, exemplo empresas internacionais.
Já os Sujeitos Internacionais como os Estados soberanos, os quais podem celebrar tratados internacionais e seus agentes constituem imunidade.
Pessoas Internacionais
Definição: São todos os destinatários das normas jurídicas de direito internacional. 
Pessoa diverge de sujeito de direito internacional público.
Personalidade jurídica, art.2 do CC, é aquela que tem a proteção do Estado em relação ao seus direitos. 
A capacidade de posicionamento e atuação no plano internacional não se confunde com a personalidade jurídica, que é aptidão genérica de adquirir direitos e contrair obrigações.
Sujeitos de Direito Internacional Público
Definição: Existem o sujeito ativa aquele que pode criar normas no Direito Internacional. Passivo é aquele que recebe normas no direito internacional. 
Estados + OI= Ativa e passiva -Organizações Internacionais: A partir de 1976 já eram pessoas do direito internacional, já atuava, mas não tinham personalidade jurídica, ou seja, capacidade de contrair direitos e obrigações. 
Indivíduos: Apenas sujeições passivas. Pode participar do processo da criação de normas, no entanto, não pode fazer normas. Os indivíduos podem ser responsabilizados por atos no âmbito internacional. 
Sujeitos ou Pessoas Internacionais de DIP (Rousseau) 
Rousseau: Regula as relações entre as pessoas, quando a gente trata com as coletividade. O que ele pensava virou a coletividade ESTATAL, mas o que verificamos abaixo são casos de coletividade NÃO –ESTATAL. 
Beligerantes: Movimento armado e politicamente organizado com o intuito de alterar o regime existente no pais. Ex.: as FARC, buscam tomar o poder, ou ainda o Estado Islâmico. Tem personalidade jurídica? pode ter, para o reconhecimento negativo, Colômbia FARC, guerrilha para tomar o poder na Colômbia. Quando o pais faz uma declaração de neutralidade reconhece a personalidade jurídica da guerrilha. Eles são reconhecidos pela DECLARAÇÃO DE NEUTRALIDADE. Reconhece a coletividade. 
No Brasil PECC não chega a ser uma coletividade Não –Estatal, por mais que tenha partes no mundo todo. 
Insurgente: movimento que busca tomar o poder do Estado em que buscam alterar o sistema político, mas não utilizam formas armadas. Ex.: Venezuela Simplesmente se organizam mas tentam tomar o poder com ações políticas, como a Primavera Árabe, não é insurgente mas uma ideia que eles fizeram manifestação, parar a rua consegue tomar o poder. 
Não tem ato formal para serem reconhecidos. Tem que ter personalidade jurídica no âmbito internacional para que possa usufruir de direitos e deveres de forma internacional. 
PESSOA E SUJEITO SÃO DIFERENTES.
Movimentos de Libertação Nacional: Teve início com as lutas pela libertação de países como África, Ásia, Oceania, Caribe. (Sindicato no âmbito internacional)
 Organização de libertação da palestina OLP, a Espanha tem a ideia separatista muito forte, que querem a independência. 
Reconhecimento veio com as revoluções da Assembleia Geral da ONU, de 1960-1970 quando as lutas de libertação foram elevadas a conflitos internacionais. Ex: indígenas contra ocupações estrangeira. 
Tem reconhecimento internacionais, como no caso de Jerusalém. Ex: Organização para a Libertação da Palestina.
Divisão do mundo, com a influência europeia, ex: África foi dividida sem respeitar as etnias. Isso criou 
Neste casos- ex: palestina eles não querem que a Palestina seja conhecida como Estado. No entanto, vários outros países reconhecem como um Estado, possibilitando a ajuda internacional. 
Sujeito quando reconhecido por outros Estados passa a ser identificado como Pessoas Internacionais. 
A soberania Ordem militar de malta ou ordem de são João de Jerusalém: origem no século XI, em Jerusalém, formou-se a ordem religiosa. Em 1119 o Papa, concedeu caráter militar.
 Objetivo: manter relações diplomáticas junto diversos estados, de modo filantrópico. Tem personalidade porque possui autonomia de organização. Suas sentenças, são executáveis na Itália como de Estado Estrangeiros. 
Santa Sé e o vaticano: o vaticano não é um Estado, mas é tratado como se fosse. 
Confusão entre as duas: ordem soberana de Malta, era um grupo de pessoas peregrinos que caminhavam doutrinando, tem um reconhecimento internacional que vem de forma antiga, desde a idade média. 
Em 1878: eles ressurgem já que o Papa dá uma ordem militar força muito grande. Ressurgiu como uma organização secular de caridade. Eles querem manter relações diplomáticas com os demais Estados, por questões históricas tem PERSONALIDADE JURIDICA e por isso PODE mudar, Extinguir direitos e deveres em âmbito INTERNACIONAL. 
Isso fez com que fosse confundido com a SANTA SÉ que NÃO tem personalidade jurídica. 
SANTA SÉ E O VATICANO: Relação de Estado e Governo.
Em 1870: discussão sobre esses dois terem ou não personalidade jurídica. O papa é admitido ter importância nas relações diplomáticas, apenas em 1929 vira um Estado. O vaticano Não é um ESTADO tem apenas CARACTERISTICAS, já que a população está espalhada, é reconhecido como um deferência política internacional. Mas não é reconhecido com PERSONALIDADE JURIDICA. Mas a opinião do PAPA tem um poder importante e influencia no mundo. 
A cruz Vermelha ou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha: foi o resultado dos esforços e tem personalidade jurídica. 
Existem entidades que não são personalidade jurídica de direito internacional, não é permitido participar diretamente das relações internacionais, como, as empresas transacionais, organizações civis (não governamentais) e mídia internacional. 
Por que tem personalidade Internacional? Tem um papel tão fundamental, O sujeito que prestava serviço da cruz vermelha começou a ser reconhecido, já que ajudava a população sem se envolver com a política, passa a ter um reconhecimento internacional, em determinado território. Passa a ter personalidade internacional, principalmente para assistir em vítimas de guerras, já que cuidava. Hoje passa a ter uma importância nos campos de refugiados. 
Aula 2 de abril de 2020 – Quarentena
Retomando- 
Definição de Pessoas Internacionais: Não existe da coisas em si, apenas da pessoa com a coisa, ex: detenção. No direito Internacional os Sujeitos de Direito são diferentes de pessoa. 
Todas as pessoas e as pessoas que são sujeitodo direito internacional tem o dever de criar ou modificar os direitos no âmbito internacional. 
Teoria CLÁSSICA DOS Sujeitos de Direito Internacional Público: final da idade média entendemos os Estados e da Westfaria começamos a entender que o Estado virou uma entidade jurídica em que foi delimitado o poder sobre o espaço e as pessoas, isso influenciou no que temos hoje definido como estado e poder sobre as pessoas e espaço. 
Entre 1° e 2° guerra mundial- foi criado as organizações Internacionais, inter-relação entre os Estados. Assim com a criação dos estados tem uma delimitação de poder e evitava uma relação exterior por isso a necessidade de impor formas e métodos para as relações exteriores. 
Apenas em 1986 começo a ser visto como SUJEITO DE DIREITO, antes participavam mas não poderiam contrair direitos e deveres. 
Indivíduos, não podem participar do âmbito internacional de forma comum, ou seja, modificar, criar deveres ou obrigações no âmbito internacional. Eles apenas recebem a norma pronta. 
Em 1970 discussão importe: algumas pessoas influenciam a comunidade internacional, anteriormente era muito subjetivo, de tal forma que uma única pessoa reflete no âmbito nacional. Genocídio é caracterizado como um crime muito covarde, é quando você mata sem a possibilidade de defesa da vítima, quando ela não tem essa possibilidade o crime é agravado. No entanto, no âmbito internacional é utilizado para matar um grupo especifico, ex: cria um exército especializado. 
Atores ou SUJEITOS NÃO FORMAIS no direito internacional: NÃO tem personalidade jurídica de direito internacional, não é permitido participar diretamente das relações internacionais, como, empresas transnacionais, EUA e China comércio internacional empresa Montanto, Bayer podem determinar a forma que eles dividem os produtos. Organização civil, não governamentais, mídia internacional. 
Estados: Pessoa Jurídica mais antiga, sua definição se deve a uma organização jurídico-política da Nação e que lhe dá validade e legitimação para atuar, no plano externo, como SDIP. 
Requisito: território; povo; soberania; necessita do reconhecimento internacional? Não. Teoria clássica não tinha isso, apenas é importante com os grupos de relações internacionais, ex: Europa não é um pais. A discussão atual tem gente que fica com a parte clássica, mas tem uma grande parte, que discorda já que é muito importante relevante ativa, e por isso precisa ter o reconhecimento internacional, ganha força com a Pandemia, de saúde pública e o direito internacional pode intervir no Estado, para evitar a proliferação. = Hoje na prática deve ter um reconhecimento internacional. 
Ex: Taiwan no brasil não é considerado um pais, assim não tem embaixada brasileira lá. Mas a argentina reconhece e por isso tem embaixada argentina no pais. 
O reconhecimento de um documento que venha de Taiwan, não consegue entrar com o passaporte dele apenas com o passaporte chinês. Precisa ter uma sede que vai praticar os seus atos. 
Indivíduos: Capacidade limitada, mas possuem personalidade jurídica internacional, pois podem se socorrer na esfera internacional, podem peticionar em tribunais. Respondem por crimes de guerra, contra a paz e a humanidade. Tribunal de Nuremberg, atrocidades durante a 2 Guerra Mundial pelos Nazistas. 
Estatuto de Roma :Instrumento que afirma a condição de sujeito de DI
Convenção Europeia de DH
Tribunal Internacional Penal: crimes dos Estados, contra a humanidade, cada pais julga quem tem razão. Tem uma estrutura parecida direito material e processual é determinado pelo estatuto do próprio tribunal. 
16 de abril de 2020
Estado
Conceito: Requisitos para configurar a concepção do Estado. (I). Indivíduos fundamentais para ser possível entender, agrupamento de pessoas, (II.) Necessita de um território determinado; (III.) Poder político, constituindo governo independente, capacidade de mandar e ser obedecido. (IV) finalidade de zelar pelo bem comum daqueles que o habitam (4 elementos estabelecido pela concepção clássica.)
Povo é diferente de população
Povo: Conceito jurídico- político, mais jurídico do que político, já que apenas se caracteriza como “povo” aquele que é caracterizado brasileiro, aquele que constitui uma nacionalidade especifica. O Estado tem a obrigação de fornecer ajuda, POVO é o conceito de vinculo jurídico, art.12 da CF, brasileiro nato e brasileiro naturalizado. 
População: são todos aqueles que se encontram no espaço geográfico do pais. Pode ser estrangeiro, imigrante, e mesmo brasileiro. 
Nação: mais político do que jurídico, já que deve-se a uma afinidade social, ancestral, cultural etc. ONU, Organização das Nações Unidas, todos os países com ideias comum que é procurar paz, por isso esse nome que contem a cultura de promover a paz. A ideia de nação é pouco importante no direito interno. A ideia de nação deve ser mais importante do que a ideia de povo, por exemplo, na Espanha, África e Ásia, que tem problemas mas caracterizam o mesmo povo. 
Cidadão: é aquele que pode exercer seu direito ao voto, isso significa que aquele que não vota não é considerado cidadão. Ex: criança menor de 15 anos não pode votar no BR, assim não é caracterizado como cidadão. 
Território
Conceitos fundamentais, fixo e determinado. Ex: no território dos EUA, foi encontrado um navio com equipamento medico e os EUA obteve esses medicamentos. O território é uma questão material, e uma ideia de espaço que estabelece até onde pode ir o poder.
TERRITÓRIO FIXO E DETERMINADO: é o elemento material do Estado. É o espaço onde exerce sua soberania, avaliado sob um prisma jurídico e não meramente geográfico:
 a) solo onde se encontra a comunidade, devidamente delimitado e reconhecido;
 b) subsolo;
 c) rios, mares, lagos interiores;
 d) portos, baías e golfos;
 e) faixa de mar territorial e plataforma submarina - lei 8.617/93;
 f) espaço aéreo.
 Determinado não significa totalmente demarcado (com as fronteiras perfeitamente definidas), basta que se possa reconhecer o espaço. Ex: Israel surgiu em 1948 e não tinha suas fronteiras completamente demarcadas.
 Questão das Embaixadas - a sede da embaixada não representa o território da embaixada. Ex: a embaixada EUA no Br não é território EUA mas na verdade é território do BR. Imunidade de jurisdição (juris + de ser).
 Responde pelas leis do lugar onde se encontra. Garante-se apenas uma inviolabilidade. A imunidade atinge os membros e pessoal da missão - para fins de extradição - mas não o território e as leis ali aplicadas. É o mesmo que acontece com os navios e aeronaves - estão sujeitos às leis portuárias, sanitárias e de espaço aéreo.
A invasão de uma pessoa não convidada em uma embaixada, é uma declaração de guerra. 
GOVERNO AUTÔNOMO E INDEPENDENTE: é o elemento político do Estado. Significa a capacidade de eleger a forma de governo e de se auto posicionar internamente sem qualquer interferência de terceiros e de conduzir a política externa, atuando nas relações internacionais também de forma livre. 
O governo é relativamente autônomo e independente. Não existe nenhum governo autônomo e independente, entra a questão da SOBERANIA que tem limites. Capacidade de decidir dentro do seu território sem interferência de poderes externos.
Deve ser concreto e legítimo - aceito pela sociedade internacional. Se se constituir com a violação de princípios básicos pode não ser reconhecido.
 -"é aquele capaz de decidir de modo definitivo dentro do território estatal, não admitindo a ingerência de nenhuma outra autoridade exterior (SOBERANIA INTERNA), bem como de participar da arena internacional e de conduzir sua política externa sem a intromissão de terceiros Estados (SOBERANIA EXTERNA)". (Mazzuoli, p. 438).
 - o elemento é o GOVERNO e não a SOBERANIA - Carta da ONU (art. 2, §1)
 - independente não significa ilimitado
 - em razão deste elemento, os Estados detém a chamada CAPACIDADE INTERNACIONAL PLENA.
FINALIDADE: elemento social. 
 - o fim do Estado deve ser proporcionar o desenvolvimentoda sua comunidade.
Iraque/Irã os EUA utilizou muito a “desculpa” que esse pais perdeu a finalidade, ou seja, perdeu a democracia no Estado.
EUA: parou de financiar a OMS adotado pelo Trump. 
Embaixada crime: considerando que o crime feito na embaixada dos EUA, mas no Br pode ser tanto no pais que foi cometido o crime e ainda sobre a jurisdição da embaixada. Constitui ainda a jurisdição da pessoa que cometeu o crime, assim ele será julgado por apenas uma única jurisdição e devemos verificar qual será. 
Estado e formação
Kelsen (Escola de Viena) - o nascimento e a formação não dependem apenas de um critério natural de evolução e conquista sociais, mas também do ordenamento jurídico internacional vigente
FORMAÇÃO DIRETA: se dá com a posse de terras sem dono, por uma população permanente, que lhe atribui um governo organizado e efetivo. Ex: Libéria - nasceu com o envio de escravos encaminhados para algumas concessões de terra da Costa do Guiné (1821) doadas por chefes nativos
 EMANCIPAÇÃO: ocorre quando um Estado se liberta de um domínio. Ex: Brasil. (Pacífica ou armada)
 SEPARAÇÃO ou DESMEMBRAMENTO: quando um Estado se separa e dá lugar à criação de outros. Ex: ex- Império Austro-Húngaro que em 1918 se desmembrou e deu lugar à Áustria, Hungria e Tchecoslováquia.
 FUSÃO: mais raro, caso de Iêmen, pode ser por guerra. 
É a absorção de 2 ou mais Estados a outro, denominado Estado-núcleo, para a formação de 1 só ou ainda a reunião de territórios para a criação de um Estado novo. Ex: Iêmem do Norte e do Sul (acordo de Saana, 22/04/90) para a criação do Iêmem. 
 - pode se dar de modo tático ou natural ou ainda por meio de atos jurídicos. Ex: o Estado de Israel nasceu mediante a designação de territórios por meio de Resolução da AG da ONU (29/11/47). 
SIMPLES OU UNITÁRIOS: território indivisível, um único governo central e um Poder Legislativo nacional. O governo exerce todos os poderes estatais - soberania centralizada. A personalidade jurídica é única. Ex: França, Itália, Japão, Chile, Paraguai, dentre outros.
 
COMPOSTOS: o território é dividido em vários Estados independentes e autônomos, sob o manto de um único governo, porém não tão centralizado como no Estado Unitário. Podem ou não perder a soberania para o Estado que integram. Se subdividem em (Accioly):
Compostos por coordenação - os entes que compõem o Estado soberano se apresentam em pé de igualdade. Ex: União Real, União Pessoal (o monarca de um Estado se torna soberano de outro), Confederações e Federações (neste caso ver art. 42, IV, CF - caso e competência internacional determinada por lei)
 Compostos por subordinação - quando há algum tipo de hierarquia/subordinação entre os países que compõem o soberano - ex: estado vassalo – para ROUSSEAU era uma espécie de " estágio probatório" por que passavam as províncias antes de se tornarem independentes - e o protetorado - não tem mais razão de ser, pois a sociedade internacional deve unir esforços para o desenvolvimento e a igualdade de todos os Estados no plano internacional - Conselho de Tutela da ONU (art. 86/91, Carta da ONU)
caso mude a estrutura mas mantenha os elementos, o Estado mantém a personalidade jurídica de direito internacional.
Extinção = perda de elemento:
1) TOTAL : a perda de um de seus elementos - inexistência jurídica. Ex: Atlântida - migração de toda a população e divisão em outros Estados.
 2) PARCIAL - não é extinção pp dita, mas sim uma transformação no Estado (fisionomia), não lhe retirando a personalidade jurídica internacional. Ocorre uma limitação na soberania. Ex: quando um Estado passa a ser um Estado composto por subordinação ou semissoberano. Ex2: Iraque - teve uma extinção temporária por falta de governo, até a instituição provisória do governo norte-americano.
Sucessão
O que vale para o DIP não é o surgimento ou a extinção em si, mas as consequências. Assim:
 1) quanto aos tratados: a) o sucessor deve cumprir
 b) teoria da tábula rasa - não há obrigação / desaparece a obrigação
 2) quanto a nacionalidade: os nacionais são desnacionalizados e adotam a nova nacionalidade. A doutrina moderna admite a eleição ou direito de opção pelo antigo nacional de contrair ou não a nova nacionalidade
 3) quanto as obrigações financeiras: como regra o novo Estado deve responder, mas deve ser analisada a medida desta responsabilidade de acordo com a anexação total ou parcial do território
 4) quanto a legislação interna: vale a do Estado novo, respeitados os direitos adquiridos. A constituição de um novo Estado. 
 5) quanto ao domínio dos Estados: verificada a forma de extinção os bens públicos serão sempre do domínio do novo Estado, mas os particulares dependem da forma de extinção. Ex: DESMEMBRAMENTO - aquilo que estiver no território de cada novo Estado é de domínio dele
 6) quanto a participação em OI: Regra da NÃO SUCESSÃO!!!! Deve haver um novo pedido de integração/participação. – art. 3/6, Carta da ONU.
Sudão: um único que tornou-se em 2 que devem cumprir todos os tratados? Um ideia diz que sim e outra diz que não etc. 
Capacidade internacional Plena
É necessário para participar no âmbito internacional
· Participar da arena internacional mantendo relações internacionais
· Celebrar tratados
· Declarar guerra quando autorizado
23 de abril de 2020- Aula Quarentena
Estado- Jurisdição 
Força militar- É uma forma de proteção do território e delimita as fronteiras. 
Direito Fundamental: 
Todo Estado tem o direito fundamental de criar direitos para os estrangeiros. 
Estudo- Direito Internacional Marítimo
Amazônia Azul, Pré-Sal, Soberania e Jurisdição Marítim 
Eliane Maria Octaviano Martin
Na década de 50, a ONU dá início a uma série de discussões a respeito da elaboração de um tratado internacional que sistematizasse os espaços marítimos.
A primeira tentativa de unificação mundial de normatização dos espaços marítimos ocorreu durante a I Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar – CNUDM I (The United Nations Convention on the Law of the Sea – UNCLOS I), realizada em 1958, em Genebra. A CNUDM I não foi ratificada pelo Brasil e por outros inúmeros países, resultando, portanto, em tentativa fracassada.
A segunda tentativa também ocorreu em Genebra, em 1960, na II Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar – CNUDM II, sendo encerrada, todavia sem qualquer resultado significativo. A não aceitação mundial das tentativas de uniformização dos espaços marítimos através da CNUDM I e da CNUDM II revelou a necessidade de instauração uma Nova Ordem, acentuando a necessidade de uma Convenção de aceitação geral.
 Neste cenário e, ainda, sob a égide da ONU foi realizada, em 1973, mais uma Conferência da ONU sobre o Direito do Mar – CNUDM III (“The United Nations Convention on the Law of the Sea” – UNCLOS III). A conferência, com 164 Estados participantes, chega ao seu fim somente em 1982, com a conclusão e assinatura de um Tratado por 117 Estados, em Montego Bay, na Jamaica.
A CNUDM III, também conhecida como Lei do Mar (“Law of the Sea”) e Convenção de Montego Bay, é considerada uma verdadeira “Constituição do Mar”, dada a sua relevância e abrangência. A Convenção garantiu ao Direito do Mar uma característica universal e contribuiu para a sistematização dos direitos e deveres dos países signatários no espaço marítimo. Seu texto foi estruturado em 320 artigos, distribuídos em 17 partes e 9 anexos.
A CNUDM III consagra a visão atual do Direito do Mar, ao instituir as coordenadas básicas a ser seguidas pelos Estados, definir os espaços marítimos e consolidar os conceitos herdados dos costumes internacionais e textos esparsos. Refere-se a quase todo o espaço oceânico e seus usos: navegação, exploração de recursos, conservação e contaminação, pesca e tráfego marítimo.
A Convenção foi ratificada pela maioria dos países ocidentais e entrou em vigor, em todo o mundo, no dia 16 de novembro de 1994, dando origem ao Novo Direito do Mar. Atualmente, mesmo os países não-signatários da Convenção adotam e respeitam os conceitos estabelecidos por ela para os espaçosmarítimos e o meio ambiente.
A CNUDM III foi assinada pelo Brasil em 10 de dezembro de 1982 e ratificada em 22 de dezembro de 1988, promulgada pelo Decreto nº 99.165 de 12 de março de 1990, e declarada em vigor no Brasil pelo Decreto nº 1530 de 22 de junho de 1995.
O texto apresentou inúmeras inovações, em diversas áreas não consideradas, ou consideradas superficialmente, nas conferências anteriores, como os direitos de navegação; limites territoriais marítimos; investigação científica marinha; desenvolvimento e transferência de tecnologia marinha; direito de exploração de recursos e proteção e preservação do ambiente marinho.
A CNUDM III definiu, de forma precisa, os espaços marítimos e consagrou inovações em matéria de Direito do Mar ao consolidar conceitos herdados dos costumes internacionais e textos esparsos. A Convenção refere-se a quase todo o espaço oceânico e seus usos: navegação, exploração e exploração de recursos, conservação e contaminação, pesca e tráfego marítimo.
Em 4 de janeiro de 1993 foi sancionada a Lei n. 8.617/93, enquadrando a normativa interna brasileira e os limites marítimos brasileiros aos preceitos preconizados pela CNUDM III, inclusive com a revogação de normas que lhe fossem contrárias. O território marítimo brasileiro abrange as zonas marítimas sob soberania ou jurisdição nacional, nomeadamente, as águas interiores, o mar territorial (MT), a zona contígua (ZC), a zona econômica exclusiva (ZEE) e a plataforma continental (PC). A extensão e limites das zonas marítimas e o exercício da soberania e jurisdição do Brasil são regulamentados pela Lei 8.617/932.
A exegese que emana da regra geral do princípio da territorialidade evidencia consagração da jurisdição civil, penal e administrativa do Brasil, respeitadas as restrições de extensão e limites e salvo exceções normativas além das hipóteses de extraterritorialidade.
Conceitualmente, mar territorial (“Territorial Sea”) é a faixa de mar que se estende desde a linha de base, até uma distância de 12 milhas marítimas4. A jurisdição do Brasil no mar territorial é soberana, exceto no que tange a jurisdição civil e penal em navio mercante estrangeiro em passagem inocente, cuja jurisdição é do Estado de bandeira (princípio da jurisdição do Estado de bandeira.
A Zona Contígua (“Contiguous Zone”) consiste em uma segunda faixa de mar de 12 milhas, adjacente ao mar territorial. Na ZC, o Estado Costeiro é destituído de soberania, mas tem jurisdição legal específica para os fins de fiscalização no que tange à alfândega, saúde, imigração, portos e trânsito por águas territoriais6. A Zona Econômica Exclusiva (“Exclusive Economic Zone”) consiste em uma faixa adjacente ao Mar Territorial, que se sobrepõe à ZC. O limite máximo da ZEE é de 188 milhas marítimas a contar do limite exterior do Mar Territorial, ou 200 milhas, a contar da linha de base deste. Nas ZEES, qualquer Estado goza do direito de navegação e sobrevôo, cabendo-lhe, ainda, a liberdade de instalação de cabos e dutos submarinos.
O Brasil poderá ser o primeiro país no mundo a ter sua proposta de ampliação de limites da PC aceita pela ONU, sob a égide da CNUDM III. Resvala-se de vital importância a implementação de políticas não só relativa às vertentes econômicas, mas essencialmente políticas públicas que possibilitem e viabilizem a efetiva exploração sustentável, pesquisa e fiscalização.
- Problemática para extrair o petróleo.
7 de maio de 2020
Espaços Internacionais: São espaços no globo onde nenhum país exerce soberania. 
Ex: Alto-Mar, Polos, Canais Internacionais, Espaço Aéreo, Espaço extra-Atmosférico. 
O alto mar passou por diversas discussões, sendo que a convenção de Montego Bay pôs fim a estas discussões criando critérios para a delimitação do exercício da soberania dos Estados. (Decreto legislativo nº5 de 1987).
Cria-se três limites para a soberania:
· Mar territorial - 12 milhas náuticas 
· Zona de Exploração Exclusiva - 200 milhas náuticas
· Plataforma continental – limite externo da margem continental ou 200 MN, com máximo de 350MN
Território
Mar territorial – soberania do Estado em relação ao Solo, subsolo e espaço aéreo.
ZEE – livre navegação e uso do espaço aéreo, porém a exploração econômica se restringe ao Estado costeiro
Plataforma continental – Exploração dos recursos naturais de exclusividade do Estado costeiro. (Somente recursos vivos ou não vivos depositados no solo ou subsolo marinho).
Alto Mar – livre circulação marítima, espaço aéreo, colocação de cabos e dutos submarinos, construção de ilhas artificiais e investigação científica.
Navegação – A soberania sobre o navio é exercida pelo país da bandeira deste, sujeitando-se às regras daquele estado.
Navios de guerra gozam de imunidade da mesma forma que as embaixadas.
Polos- Espaços Internacionais
Com o desenvolvimento tecnológico a exploração dos polos tornou-se fato. 
Polo Ártico
O Ártico seria explorado de acordo com os países que o atingem: Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Rússia. 
Os países que exercem a sua soberania sobre o pólo Ártico criaram em 1996 o Conselho Ártico na forma de mecanismo de coordenação e cooperação das atividades ali desenvolvidas, sendo certo que os mecanismos de sanção previstos são pouco utilizados e respeitados pelos países participantes.
Polo Antártico
As reivindicações sobre a Antártida têm mais peso e por isso as discussões são das mais diversas, baseadas na descoberta, na ocupação e na exploração
Foi o tratado da Antártida de 1959, em que o Brasil só aderiu em 1975 no qual foi promulgado pelo Congresso Nacional.
Polos
O objetivo era converter que a Antártida fosse utilizada para fins pacíficos. Só que foi declarada uma moratória de 30 anos em relação às pretensões territoriais sobre a área. Proibiram-se os testes nucleares na região. Muitos países querem a Antártida como patrimônio comum da humanidade 
Diversos tratados foram elaborados para a proteção ambiental da Antártida, inaugurando o conceito, na década de 1980, de estudo de impacto ambiental, importante conceito que foi adotado, posteriormente por diversos tratados e legislações internas.
Canais Internacionais
Resultado do engenho humano, criado sob a jurisdição de um Estado que visam ligar dois mares livres.
· Canal de Suez
· Canal do Panamá
· Canal de Kiel
Canal de Suez
Criado em 1869, localizado no Egito liga Port-Saíd, no mar mediterrâneo a Suez no Mar Vermelho
1888 – declaração de livre passagem
1956 – nacionalização pelo Egito
1979 – Tratado de Washington – internacionalização do canal.
Canais Internacionais
Canal do Panamá
Entra em funcionamento em 1914, ligando o Oceâno Atlantico e o Pacífico.
Administrado pelos EUA até 2000, quando passou ao Panamá, sendo que o EUA devem garantir a livre utilização em tempos de Paz e Guerra.
Canal de Kiel
Localizado no território Alemão, liga o Mar báltico ao Mar do Norte
Jurisdição Alemã até 1919
1919 – Tratado de Versalhes garante a liberdade de trânsito. 
Rios Internacionais
São Rios fronteiriços ou que banham mais de uma Estado
1921 – Convenção de Barcelona
1977 – Convenção das Nações Unidas
Não existem regras uniformes, o Brasil admite embarcações internacionais no Rio Amazonas.
Regimes especiais
RENO – tratado de Versalhes (1919) garante a navegação mesmo aos Estados não ribeirinhos
DANÚBIO – Convenção de Belgrado de 1948
AMAZONAS – Tratado de cooperação da Amazônia 1978
Espaço Aéreo e Ultraterrestre
As normas do espaço ultraterrestre são recentes. Em decorrência das atividades espaciais coube ao direito internacional formular as regras para o exercício de tais.
 O espaço ultraterrestre é um bem comum. O tratado de 1967 prevê o direito de todos os estados explorarem-no, não o podendo ser objeto de reivindicação de nenhum Estado e seu uso é para fins pacíficos. 
Cabe então determinar até onde se estende a soberania de um Estado e onde começa o espaço ultraterrestre.
 Seja como for a altitude máxima alcançada por um avião pode ser considerada o limite funcional do espaço territorial. 
Aeronaves civis / privadas – liberdadede sobrevoo;
Aeronaves militares – dependem de autorização;
Espaço Extra-atmosférico
Grande interesse atual devido aos satélites
Resoluções da Assembleia Geral da ONU
· Res.1149 de 1957 – repudia o uso militar do espaço 
· Res.1844 de 1957 – exorta os EUA de lançar satélites com armas nucleares
1967 – Tratado sobre os princípios reguladores das atividades dos Estados na exploração e uso do espaço cósmico.
14 de maio de 20 20
Fontes do Direito Internacional Público.
Conceito: Modos pelos quais o direito se manifesta, bem como, é uma forma pelas quais a norma jurídica origina-se. 
As fontes do direito internacional proporcionam a criação de documentos ou pronunciamentos dos quais emanam direitos e deveres das pessoas internacionais, configurando os modos formais de constatação do direito internacional 
Primeiro texto que enunciou as fontes de Direito Internacional: Foi no artigo 7 das Convenções de Haia de 1907, embora que não chegou a entrar e, vigor. 
Estatuto da Corte Internacional de Justiça- artigo 38 dispõe sobre as fontes do Direito Internacional Público e Privado
1 – A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito Internacional as controvérsia que lhe forem submetidas, aplicará:
	a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
	b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
	c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
	d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos publicistas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para determinação das regras de direito.”
Principais Fontes
Convenções Internacionais: Enquadra-se neste caso, todas as formas que pode-se verificar uma acordo, entre os Estados, por exemplo, um protocolo, estatuto, convenção, acordo etc. 
Na teoria, existem doutrinadores que diferenciam os exemplos citados, porém, na prática todos constituem o mesmo objetivo, sem nenhuma diferença que é postular um acordo entre os diferentes Estados no âmbito internacional. 
Costumes Internacionais: - Artigo 38 da ECJI (Estatuto da Corte Internacional de Justiça)- Afirma que é pratica geral aceita pelos Estados como um direito, ex: Incotern, isto é, termos interncioanis de comércio, foi postulada devido o hábito dos Estados em realizarem comercio entre si, de tal forma que tornou-se uma Fonte para o direito Internacional podendo ser utilizado para configurar decisões em tribunais internacionais. 
- Significa dizer que é um conjunto de normas consagrados pelo longo uso e observadas na ordem internacional como obrigatórias. 
Elementos do Costume Internacional:
a. Material- Uso geral, uma prática que promove uma multiplicação de precedentes; 
b. Subjetivo- “Opinio júris” consciência coletiva da sociedade internacional aceitando o costume um novo direito.
Características do Costume Internacional
a. Prática comum: repetição uniforme de certos atos da vida internacional
b. Prática obrigatória: o costume é direito e deve ser respeitado por toda a Sociedade Internacional;
c. Prática evolutiva- Possui plasticidade, que permite adequar-se às novas circunstâncias; 
Prova: “Quem invocar o costume tem o ônus da prova” (Brownlie cit por Silva)
Interpretação do Costume Internacional
- Costume ESPECIAL DERROGA o geral; 
- Costume POSTERIOR DERROGA o anterior;
Princípios Gerais de Direito: São princípios gerais comuns à ordem interna e internacional que têm a finalidade de preencher lacunas do Direito, como elemento SUBSIDIÁRIO para as decisões da Corte Internacional de Justiça. Ademais estes estão presentes na Convenção de Haia. 
São eles: 
· Abstenção de recorrer a ameaça ou uso da força;
· Solução pacífica de litígios;
· Não-intervenção em assuntos de jurisdição interna;
· Cooperação entre os Estados;
· Igualdade de direitos e livre determinação dos povos;
· Igualdade soberana;
· Cumprimento em boa-fé das obrigações contraídas.
Princípios comuns à ordem interna e externa
· Relativos ao nascimento das obrigações – nascidas de atos unilaterais;
· Relativos à execução das obrigações – pacta sunt servanda;
· Relativos ao exercício dos direitos – abuso do direito; direito adquirido;
Relativos à extinção das obrigações – prescrição liberatória
Ex: Com a pandemia a Europa busca indenização do Estado Bielorrússia que não está tomando as devidas cautelas conforme orienta a OMS. 
Jurisprudência e Doutrina: Não são normas de expressão de Direito, mas instrumentos úteis ao seu correto entendimento e aplicação objetivando uma boa interpretação da norma internacional.
 
Equidade e Analogia: Não são propriamente uma fonte de direito, mas apenas métodos de raciocínio jurídico, ou ainda um instrumento, utilizados quando houver lacunas nas normas ou inexistência de normas que disciplinem o assunto. Não são obrigatórias e são pouco utilizadas. 
Equidade significa que o juiz pode impor esta quando verificar necessário impor uma forma justa no caso concreto. A princípio essa seria imposta no caso em que não houver norma ou jurisprudência a respeito do assunto, todavia, como entre as fontes do direito internacional publica não existe uma hierarquia entre elas, o juiz pode aplica-la mesmo quando houver uma legislação a respeito do assunto tratado, mas julgar não estar de forma justa. 
Atos Unilaterais: São manifestações de vontade de um sujeito de Direito Internacional, encaminhada para produzir um efeito internacional, como por exemplo, a criação, modificação ou ainda a extinção de uma relação jurídica, feita por órgão estatal devidamente autorizado para tal, declarando-se de maneira expressa. 
Deve ser público e representar a intenção do Estado que o elabora em se obrigar. 
Caso: O Estado toma uma decisão no âmbito internacional que afeta os demais Estado, como no caso em que os depósitos feitos naquele pais para evitar a lavagem de dinheiro terá que respeitar algumas normas. Assim verifica-se a manifestação de vontade do Estado e dos demais que apenas poderão depositar no banco desse Estado desde que respeite as normas estabelecida de forma unilateral. 
Decisões das Organizações Internacionais: São normais obrigatórias de uma Organização internacional que se tornam obrigatórias para os seus Estados-Membros, independemente de sua ratificação. Ex: OMS. 
Tratados Internacionais
Conceito: Tratados internacionais são fontes do Direito Internacional.
Tratado é todo acordo formal e escrito, celebrado entre Estados e/ou organizações internacionais, que busca produzir efeitos numa ordem jurídica de direito internacional. 
Sendo acordo, pressupõe manifestação de vontade bilateral ou multilateral. 
Características: Formal, pois tem procedimento específico na sua elaboração, o qual pode decorrer de uma conferência internacional ou de um quadro normativo de uma organização internacional. São fixos no tempo e regras mais estáveis para organizar o âmbito internacional.
Quadro normativo de uma organização internacional, que tem as suas regras, apresenta um processo legislativo já previsto, que vai estabelecer como se elabora uma convenção. Ex.: convenção da ONU sobre determinado assunto. 
Impessoalidade os tratados na teoria são feitos com a intenção de servir para todos de forma.
- Formal; 
-Escrito;
- Convenção de Viena sobre os direitos dos tratados, a qual estabelece quais os direitos. Regra supletiva (diverge de regra cogente). Quando o tratado não concorda utiliza-se a convenção de Viena. 
Processo: os tratados iniciou-se pela conferencia, uma reunião feita para discutir os termos do tratado/convenção/protocolo/ na teoria tem diferença mas na prática tem distinções, essa reunião aplica-se regras e termos para chegar em uma conclusão. Ex: rodada de dorra, é uma convencia internacional para a diminuição de barreiras do comercio internacionais, que dura 13 anos para conseguir chegar em uma conclusão, interesses muitos dispares.
Para cada tipo de conferencia encontra-se pessoas diferentes, representando os estadosão representantes do Estado, que é o chefe de Estado e o Ministro da relação exteriores. A aprti de então falam em nome da Pessoa Jurídica, podem ser funcionários ad hoc pleno potenciário, tem um poder de se comprometer em nome do estado. 
 Mas, no caso, tem caráter ad hoc (tem um sentido determinado no tempo; é elaborado para aquele momento). Ex.: conferência para elaborar convenção sobre lixo atômico. Uma vez aprovada a convenção, extingue-se a conferência. 
Uma conferência pode durar anos. Engloba todo o processo de elaboração: a reunião de embaixadores, troca de notas diplomáticas, reuniões de funcionários/diplomatas. São negociações feitas no decorrer dos anos, até se chegar a um projeto de convenção. Nesse ponto já existe um texto elaborado, o qual, em uma "conferência" de três dias, como se noticia nos jornais, os representantes se reúnem apenas para assiná-lo ou para acertar uma emenda ou outra. É escrito, pois um tratado só é valido se dessa forma for. 
Da Celebração dos Tratados
Atualmente, não se admitem acordos orais, o que há trinta anos era admissível. Por exemplo.: as declarações conjuntas (diplomatas e presidentes) poderiam, eventualmente, serem consideradas como tratados, pois quando se faz uma declaração conjunta, ocorre uma manifestação de vontade dos declarantes, como se de acordo com uma posição.
Todavia, em 1969, foi aprovada a Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, com o objetivo de ser um código mínimo de elaboração de tratados, prevendo, expressamente, que só serão válidos os tratados escritos. 
Dentro da definição de tratado, teoricamente falando, podem celebrar tratados os sujeitos de Direito Internacional (Estados, organizações, indivíduo e coletividade humana). Mas, atualmente, só se reconhece para dois: Estados e organizações, e com relação a essa última somente aquelas criadas por tratado.
Quanto à coletividade humana, não seria plausível que toda ela (bilhões de pessoas) celebrasse um tratado. E, tratando-se do indivíduo/ser humano, não é considerado legítimo representante para elaboração de tratado. Não celebram, mas são destinatários/beneficiários de normas. 
Manifestação da vontade: Existem alguns meios mais conhecidos de manifestação da vontade, necessária para a existência de um tratado. Alguns exemplos desses termos são: aceitação, aprovação, assinatura, ratificação, adesão, reserva e denúncia. 
O termo assinatura no âmbito interno do Estado é diferente quando diz respeito ao direito internacional, uma vez que, existem alguns momento específicos para demostrar a manifestação de vontade, por exemplo, a aprovação, a assinatura, ratificação, adesão, reserva e denuncia. 
Aceitação e aprovação são formas positivas de manifestação ex: o próprio presidente da republica ou o chefe do Itamaraty, houve uma deliberação em que foi aceito os termos do tratados. Entretanto, aprovação indica, em geral, que o tratado resultou de uma deliberação ou votação. Quando se diz que um tratado foi aprovado, provavelmente deliberou-se ou votou-se favoravelmente à sua adoção. 
Como saber que um tratado precisa ser deliberado para obter aprovação? Ou que precisaria apenas de uma simples assinatura de representantes para sua aprovação, ou não?
A resposta encontra-se no próprio procedimento de elaboração, nas regras de procedimento, que determinam as formas pelas quais as partes adotarão ou estabelecerão as maneiras de aprovar um tratado.
No caso do contrato do direito do consumidor deve estar com uma cláusula destacada, realizando uma deliberação, antes da assinatura. Quando o próprio tratado precisa de uma deliberação significa que apenas será possível solucionar ou concluir o tratado após a deliberação. 
Aprovação: presume deliberação. 
Assinatura: a simples assinatura do representante do Estado considera um tratado aprovado/adotado. 
Ratificação: pressupõe, para aprovação de um tratado, uma deliberação favorável do legislativo. Tripartição do poder, o Estado é representado pelo chefe de estado, mas a PJ é representada por 3 entes o legislativo/judiciário e executivo. O que foi comprometido no tratado deve ter essa ratificação que é um ato vinculado, isso é, quando ele foi autorizado pelo poder legislativo o chefe de estado pode postular sua ratificação.
É DIFERENTE DE ADESÃO DO TEXTO: Apenas será possível exigir aquilo que foi ratificado 
- Reunião;
- Aprovação;
- Assinatura;
Ex: Brasil deu desconto ao Mercosul diminuindo a tributação de mercadorias, quando isso será valido? Pré contrato no âmbito internacional quando houver a assinatura a RATIFIFICAÇÃO é poder do executivo afirmando que o poder legislativo interno admitiu essa ratificação. No âmbito interno tem uma discussão complexa, interpretação que o STF dá para a ratificação que esse procedimento não foi concluído se será findando com um decreto presidencial ou legislativo. EM seguida teria o tratado como válido.
Apenas com o poder legislativo pode ser valido no âmbito interno e internacional.
Âmbito interno: dolo e coação. No âmbito internacional dolo é mais simples para ser definido, sua manifestação de vontade foi devido a uma informação falsa. 
Se um pais não tinha as informações necessárias pode ate alegar dolo. 
No caso de coação utilizar uma violência física ou moral, no âmbito internacional ambos demostram que todos os países são soberanos, uma igualda formal, não existe no âmbito internacional o mecanismo de tratar os iguais de formais igual e os diferentes de formas diferentes, ex: direito de trabalho e direito do consumidor, constitui uma “	vantagem” devido a hipossuficiência da outra parte, de tal forma que seja possível igualar ambas as partes. 
Adesão: indica manifestação de vontade posterior à celebração. Ex.: três Estados discutem e elaboram um tratado. Posteriormente, um quarto Estado pretende fazer parte desse tratado, o que se dará por meio da adesão (manifestação da vontade em período posterior à celebração, à manifestação original). Ex.: União Europeia, ONU, Mercosul etc.
Como saber quando cabe, ou não, a adesão a um tratado? 
O próprio tratado disporá sobre a questão. Ex.: o Mercosul prevê a adesão de mais países, além dos quatro originais.
Reserva: é a manifestação da vontade parcial, uma vez que o Estado não se obriga a todas as disposições, mas apenas por uma parte delas, como, por exemplo, em um tratado que contivesse vinte regras, um Estado se dispusesse a aceitar e cumprir apenas dezenove delas.
Como não há uma regra universal, uma lei que disponha sobre a elaboração de um tratado, muitas das respostas serão encontradas no próprio tratado, no próprio procedimento de elaboração deste. Assim, num tratado, as partes convencionarão se cabe, ou não, reserva e quais as cláusulas objeto de reserva. 
Ex: signatário original ou está aderindo a um tratado, e decide fazer uma reserva ou seja, fora da obrigação de cumprir uma cláusula de um contrato. Como os estado tem diferenças de cultura/política dentre outros pode-se fazer essa reserva. No entanto, tem algumas ressalvas. Já que não pode-se fazer uma reserva na fundamentação do contrato. Ex: tratado para não produzir armas nucleares, mas o estado decide que quer criar armas nucleares, ou seja, deixa invalido a proposta essencial do conteúdo do contrato.
Denúncia: é a forma pela qual a parte manifesta vontade com o fim de obter a extinção dos efeitos do tratado sobre a parte requerente. É forma de cessação dos efeitos jurídicos de um tratado. É arbitrário porque é uma decisão de vontade.
Também está prevista no tratado, mas, tecnicamente falando, é permitido denúncia sem que esteja prevista no mesmo, já que é manifestação da vontade. O que pode um tratado estabelecer de mais específico é uma denúncia no tempo. Ex.: a denúncia do Estado requerente só produzirá efeito a partir de um ano da sua manifestação de vontade. Isso, sim, pode ser feito, pois um tratado pode envolver temas muito complexos, que demandam um certo tempo para estabelecer um desprendimento, ou para dar uma garantia para as outras partes. A denúncia pode produzir efeitos imediatosou depois de um certo lapso de tempo.
Denúncia: quando o estado não quer mais fazer parte do tratado. Deve ser especificada pelo próprio tratado ou ainda a convenção de Viena afirma que mesmo o estado saindo no período que ele quer mas terá responsabilidade durante 1 ano diante o tratado. Ex: usa afirma que não vai mais fornecer verba para a OMS, em regra, deve-se esperar 1 ano para ser possivel o estado parar de pagar, imaginando que os USA decide parar no dia 21 de maio de 2020 de apoiar com uma ajuda financeira a OMS assim eles apenas devem parar de pagar em 21 de maio de 2021, isto é, 1 ano após sua denuncia a qual afirmou sua saída da organização. Embora que na prática não é assim que funciona. 
Texto: Caçado Trindade- Individuos como sujeito do direito internacional
Introdução: A consolidação da personalidade e capacidade jurídicas do indivíduo como sujeito do Direito Internacional constitui, como o tenho afirmado em sucessivos foros nacionais e internacionais, o legado mais precioso do pensamento jurídico do século XX, e que tem logrado novos avanços no século XXI.
Fontes do Direito Internacional
Conceito: As fontes constituem os modos pelos quais o direito se manifesta, isto é, a maneira pela qual surge a norma jurídica internacional, ao passo que os fundamentos relacionam--se à sua validade e à sua eficácia. Sem embargo, fontes do direito são aqueles fatos ou atos dos quais o ordenamento jurídico faz depender a produção de normas jurídicas. O conhecimento de um ordenamento jurídico
Existem duas grandes concepções acerca das fontes do Direito Internacional: 
I. Positivista; 
II. Objetivista
A positivista sustenta que a verdadeira fonte do Direito é a vontade do Estado que se manifesta de modo expresso no tratado e tácito no costume. Como assevera Mello esta corrente é insuficiente para explicar o costume internacional, porque este se torna obrigatório para todos os Estados-Membros, mesmo para aqueles que não manifestam vontade no sentido de sua aceitação. Se o Direito Internacional dependesse exclusivamente da vontade estatal ele teria uma grande instabilidade e ficaria sujeito à soberania estatal.
No caso da objetivista, atualmente é mais adotada, tendo em vista que, devido ao seu aspecto sociológico, é a que melhor se adapta às novas realidades da sociedade internacional. Baseia-se na distinção entre fontes formais e fontes materiais do Direito.
Conceituar fonte como o local de onde o Direito retira a sua obrigatoriedade. Dividem-se em materiais (são os acontecimentos históricos, políticos e sociais que o direito deve regulamentar) e formais (são as maneiras pelas quais se apresentam os preceitos jurídicos sob a forma de regras aceitas e sancionadas pelos poderes públicos). Ex.: o costume e os tratados.
O artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça apresenta as fontes do Direito Internacional:
“1. A Corte, cuja função é decidir de acordo com o Direito internacional as controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:
 a) as Convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras; expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
 b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito;
 c) os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; 
d) sob ressalva da disposição do artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito;
Tratados
Conceito: Os tratados internacionais são considerados a principal fonte do Direito Internacional. Ao ser concebida uma norma escrita no plano internacional (tratado), evidencia-se maior segurança jurídica no âmbito das relações internacionais, principalmente se se levar em conta que no passado a principal fonte do Direito Internacional Público era o costume. A sociedade internacional se apresentava de forma estática e hodiernamente se apresenta de forma dinâmica.
A matéria está regulada na Convenção de Viena, Direito de Tratados sobre o que é resultado de um grande esforço para que ocorra a denominada “codificação do direito internacional”, isto é, um direito que no passado estava assentado no costume internacional e passa a ter seu regramento definido por tratados internacionais.
Características
Tratado é um termo genérico que pode servir para designar um acordo entre dois ou mais Estados para regular um assunto, determinar seus direitos e obrigações, assim como as regras de conduta que devem seguir, mas em nenhum caso é aplicável a um acordo entre um Estado e uma pessoa privada A Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, de 1969, estabelece no artigo 2, a, que “tratado” significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica. Do conceito acima indicado podem ser sublinhados alguns aspectos importantes (características), a saber:
a) Acordo internacional entre Estados; 
Para que um tratado internacional seja celebrado, a primeira condição que deve ser observada para a produção do ato é a manifestação de vontade de dois ou mais sujeitos de Direito Internacional, neste caso, os Estados e as organizações internacionais. Isso porque a Convenção de Viena de 1986 alargou a possibilidade para que as organizações internacionais, a exemplo dos Estados, participem no processo de elaboração de um tratado internacional. Ora, se o texto da Convenção de Viena sobre direito de tratados faz menção a um “acordo internacional”, é óbvio que as partes envolvidas precisam negociar previamente os termos do tratado que se pretende alcançar. Não se trata, portanto, de um ato unilateral em que basta a manifestação da vontade de apenas uma das partes para que haja produção de efeitos jurídicos na órbita jurídica internacional.
b) Celebrado por escrito; 
A sociedade internacional sofreu mudanças significativas ao longo dos anos, mas, foi no curso do século XX que as transformações foram mais acentuadas. Nesse sentido, o costume internacional que era considerado a principal fonte do Direito Internacional acaba por ceder espaço para as normas convencionais, ensejando uma verdadeira codificação do Direito Internacional. Com essa “codificação” as normas internacionais que tradicionalmente eram apresentadas de acordo com o costume internacional passam a ser contempladas de acordo com os múltiplos tratados celebrados.
Frise-se que a Convenção de Viena é explícita no que se refere ao acordo concluído por escrito. Assim sendo, embora seja admitida em certos casos excepcionais a possibilidade de se chegar a um tratado verbal, verifica-se que na prática atual isso não tem acontecido.
c) Regido pelo direito internacional; 
Os tratados internacionais celebrados devem ser regidos por normas de Direito Internacional. Todavia, deve ser acentuado que, mesmo estando envolvidos, por exemplo, dois Estados soberanos na celebração de um acordo, este será regido necessariamente por normas internacionais. Significa dizer que numa negociação em que estão envolvidos dois sujeitos de direito internacional (como no caso descrito acima de dois Estados soberanos), o direito a ser observado pode ser o direito interno de um determinado país. A título exemplificativo apresenta-se a doação de uma área do Estado A em favor do Estado B para construir um prédio. Essa negociação deverá estar em consonância com o Direito Interno do Estado que realizará a doação da área indicada.
d) Qualquer que seja sua denominação; 
e) Conste de um instrumento único ou em dois ou mais instrumentos conexos.
COMUNIDADE
TERRITÓRIO
GOVERNO
FINALIDADE

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