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RESUMO COMUNICAÇÃO EM SAÚDE Comunicação em Saúde ● A comunicação em saúde é uma das estratégias que podem ser utilizada para orientar, divulgar e contribuir para que pessoas e comunidades possam reconhecer efetivamente a necessidade da promoção e educação em saúde e da participação coletiva nas decisões de matérias relacionadas à saúde. ● Principal objetivo: divulgar e orientar as pessoas sobre aquilo que lhes é de direito, estimulando a integração dos sujeitos nas políticas de saúde dos governos e municípios a fim de encorajar a participação e o exercício à cidadania. Comunicação Verbal Pode ser escrita ou falada. Seu sucesso depende de: ● Clareza: tanto na fala quanto na escrita, se deve evitar emitir mensagens que não possam ser compreendidas pela pessoa que a recebe. “O texto claro é aquele que é facilmente compreendido pelo destinatário, tanto no que se refere à organização das ideias, quanto à prática do material linguístico. ” (SCHELLER, 2008, p. 2). ● Objetividade: comunicar-se com objetividade é falar ou escrever com precisão, sem incluir informações desnecessárias à situação comunicativa (ser objetivo). Comunicação Não-Verbal É o uso da simbologia como meio de comunicação (placas, desenhos, sons, dança, tom de voz, postura, comportamento, expressão facial, etc). Sinais não-verbais podem ser utilizados para complementar, substituir ou contradizer a comunicação verbal e para demonstrar sentimentos. Quando ocorre discrepância entre a verbal e a não-verbal, a não-verbal prevalece porque dificilmente engana quem observa. ● Tipos de sinais não-verbais que podem ser “lidos” durante uma comunicação: o Ações ou movimentos do corpo, a postura corporal (cinésica); o Sinais vocais ou paralinguísticos o Uso do espaço pelos comunicadores (proxêmica); o Objetos e adornos utilizados; o Tipo de corpo (características físicas); o Momento em que as palavras são ditas; ● Comunicação não verbal na área da saúde Importante porque sem essa percepção emocional, os problemas do dia a dia e a rotina podem fazer com que os profissionais toquem sem sentir, olhem sem ver e escutem sem ouvir. Os profissionais de saúde não devem esquecer que suas mensagens não são interpretadas apenas pela fala, mas também pela forma como se comportam. Sabendo disso, podem tornar a comunicação mais efetiva, principalmente no que diz respeito à proximidade, à postura, ao toque e ao contato visual. Entre os aspectos relevantes para esta análise, encontram-se: ● O uso do espaço (proxêmica) Influencia o relacionamento interpessoal e estuda o significado social do espaço e sua estruturação inconsciente. ➝ Ex.: Estudos realizados com sujeitos queimados, portadores de HIV/AIDS e laringectomizados demonstram a importância de se observar as relações espaciais – posição e distanciamento, volume de voz e postura corporal – que devem haver entre o profissional de saúde e o sujeito durante a abordagem física deste. ● O movimento nesse espaço (cinésica) ● A utilização do toque (taxêmica) O toque deve estar presente em toda assistência, não deve ser condicionado à realização de procedimentos técnicos científicos e deve ter a finalidade de demonstrar carinho, empatia, segurança e proximidade em relação ao sujeito. ➝ UTI: o toque interfere no estado físico e mental do sujeito, podendo gerar segurança e conforto, assim como medo e ansiedade. ➝ A ação prejudicial, não intencional, pode trazer sequelas psicológicas ao paciente e influenciar de maneira decisiva no compromisso do mesmo com o terapeuta e na evolução do tratamento. Ao estabelecer uma boa comunicação com os outros, contribui-se para a diminuição de conflitos e mal-entendidos, tornando as relações mais harmônicas e alcançando os objetivos terapêuticos com mais eficiência e satisfação. Para poder fazer isso, o profissional de saúde necessita dominar os aspectos envolvidos na CNV. Processo de Comunicação Esquema de elementos que auxiliam a comunicação desde o encaminhamento até a compreensão da informação por outra pessoa. A interpretação (decodificação) da mensagem depende do cuidado empregado na utilização do melhor canal de comunicação e da adaptação da linguagem ao perfil do receptor. ● Emissor: emite a mensagem para alguém. ● Canal: meio de comunicação a ser utilizado para encaminhar a mensagem. ↪ Telefone, rádio, TV ou outdoor. ● Contexto: situação em que ocorre a comunicação. ↪ Entre amigos em uma festa; no hospital, com o paciente; ou entre colegas, no ambiente de trabalho. ● Mensagem: informação encaminhada pelo emissor ao receptor. ↪ Aviso, convite, esclarecimento, pedido, anúncio, etc. ● Receptor: pessoa (ou grupo) que recebe a mensagem. ● Ruído: tudo aquilo que compromete a clareza da comunicação e a recepção da mensagem ↪ Dores, fofoca, humor, dicção, tom de voz, barulhos. ● Feedback: retorno esperado da comunicação nas formas verbal ou não verbal, também conhecido como “retroalimentação da mensagem”. Pode apontar que a mensagem foi recebida e entendida ou não. ↪ receber um e-mail de confirmação de presença e/ou recebimento ➝ O emissor sempre é o responsável pela qualidade da comunicação, desde a seleção das palavras ou dos sinais adequados ao público-alvo até a seleção do melhor veículo de comunicação. Importância da Comunicação nas ações de controle social Fundamental para que se possa educar, humanizar e promover estratégias de controle em benefício da sociedade. O diálogo é fundamental na comunicação, pois é assim que a orientação e conscientização acontecem. A comunicação não consiste apenas em levar uma mensagem a alguém, é necessária a compreensão do significado. A comunicação em Saúde deve ser integralizada, considerando o sujeito na sua totalidade, suas dificuldades, seus anseios, e não meramente como o repasse de informações rebuscadas com o uso de termos técnicos. ➝ Ex.: agentes comunitários de saúde têm por objetivo “cuidar” da saúde da família, integrando-se a esse ambiente. Em todas as atividades que desenvolve, o diálogo deve estar presente, permitindo a compreensão e a integração dos públicos atendidos de forma efetiva. É partindo da observação dessa realidade que se percebe a importância de integrar o sujeito atendido, estreitando os vínculos entre políticas públicas de saúde, gestão, profissionais da saúde e comunidade. ● CONTROLE SOCIAL A compreensão das necessidades/desejos/realidade de um△ garante o retorno esperado das ações de controle social. A informação é um direito de todos, afinal, o controle social existe para dar vida à cidadania –que se constrói por meio de um elemento fundamental: a informação transparente e educativa. É preciso planejamento para que as ações de controle social tenham resultado positivo. Necessário identificar o público e suas necessidades, definindo a melhor estratégia para cada situação ➝ Ex.: ações para promover autocuidado, prevenção e informação a respeito de doenças e afins, como as campanhas de vacina e contra a Dengue). Comunicação interpessoal ● Considerada a forma de comunicação entre as pessoas em ambientes internos e externos. ● Envolve entender: quem é o outro com quem me comunico? De onde ele veio? Qual é sua cultura? ● Linguagem não-verbal está em destaque. ● Para que ocorra de forma harmônica, é importante evitar: o Apatia: uma pessoa apática é alguém que só se preocupa consigo mesma, desconhecendo as características do público-alvo. ↪ Busca-se a empatia (se colocar no lugar do outro ➝ não fala aquilo que não gostaria de ouvir). o Insegurança: pessoas inseguras podem ser agressivas e autoritárias com o outro (é uma forma de proteção para não revelar fraquezas e medos). ↪ Busca-se ser assertivo (ter consciência de suas habilidades e fragilidades, expondo sua opinião e aceitando a dos outros). o Prolixidade: a pessoa prolixa fala até cansar o outro. Muitas vezes, isso ocorre pela necessidade de as pessoas quererem mostrar um conhecimento mais elevado, ou fugir do assunto que não domina muito bem. o Incoerência: defender uma ideia e agir de forma totalmente contráriaé ser incoerente. No momento em que uma pessoa muda o seu discurso, ela acaba perdendo o crédito de seus interlocutores. O importante é não se contradizer, pois, ao defender um ponto de vista e acreditar nele sempre, as pessoas terão mais confiança no emissor cuja imagem se tornará mais positiva. o Ignorância: interfere muito no ambiente de trabalho porque a pessoa ignorante desconhece vários assuntos e se recusa a buscar conhecimento sobre eles. o Arrogância: afasta as pessoas, impedindo um contato mais próximo. A arrogância é a demonstração da falta de humildade, ou seja, demostrar ser superior ao outro porque sabe mais ou porque possui uma posição de status elevado no trabalho. o Impaciência: A impaciência se caracteriza pela dificuldade de parar a ouvir e entender o que o outro tem a dizer, reconhecendo que as opiniões dos interlocutores são tão importantes quanto às suas. ➜ Comunicação intrapessoal: é voltada a nós mesmos. Por meio dela busca-se a autoestima, o autocontrole e o autoconhecimento. Veículos de comunicação interna São constituídos por canais de comunicação estabelecidos de forma permanente, com periodicidade e formato definidos com possibilidade de interação entre emissor e receptor (comunicação de mão dupla). ● Veículos de comunicação interna úteis/fáceis de serem adotados, segundo a Associação Brasileira de Comunicação: o Publicações eletrônicas e digitais: boletins eletrônicos, intranets, blogs corporativos e e-mail marketing. o Intranet: rede digital que aumenta o relacionamento entre as pessoas e a disseminação de conteúdo para o público interno. o TV corporativa ou vídeo-jornal: anuncia vagas, produtos da empresa e dá voz aos colaboradores, disseminando a cultura organizacional. ● ABRACOM (2008) propôs, para adaptar a comunicação interna nas empresas às novas tecnologias: o Webcast e Media Streaming: tecnologias que permitem o tráfego de vídeos pela internet ou intranet da empresa, sendo webcast para transmissões ao vivo e media streaming para material pré-gravado. Trata-se de novas ferramentas interativas eficazes no treinamento e na integração de funcionários. o Comunicador instantâneo: programa eletrônico de mensagens instantâneas que permite aos usuários da internet conversarem em tempo real e trocarem informações online com extrema rapidez. o Chat: neologismo para designar aplicações de conversação em tempo real. Esta definição inclui programas de IRC, conversação em sites ou mensageiros instantâneos. o Blog: (weblog, blog, blogue ou caderno digital) é uma página da Web, cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos de tamanho variável, chamados artigos ou posts. Estes são organizados cronologicamente de forma inversa (como um diário), costumam abordar a temática do blog, e podem ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog. o Publicações impressas: são fundamentais para as organizações projetarem sua imagem para públicos estratégicos. Pode ser direcionada e, por isso, cada publicação deve ter linguagem específica para o público de interesse. Deve ser estabelecida (e rigorosamente cumprida) uma periodicidade para cada veículo, para que a publicação possa gerar credibilidade e fidelidade junto ao público ao qual se destina. o Boletim: publicação com conteúdo específico e dirigido que, de maneira sucinta, informa sobre os acontecimentos recentes da empresa de interesse do público-alvo. o Jornal: Publicação dirigida, com conteúdo específico, que pode conter informações sobre a empresa e novidades sobre suas diversas áreas, dicas de saúde, entretenimento, curiosidades e até espaço para uso pelos próprios colaboradores. o Newsletter: Publicação institucional destinada a diferentes públicos da organização, pode ser utilizada também na comunicação interna para a emissão de informações corporativas, com periodicidade regular ou não, veiculada na forma impressa ou por e-mail. É também muito comum o formato eletrônico para newsletter. o Revista: Publicação dirigida com conteúdo predominantemente interpretativo e reflexivo e de interesse permanente, com diversidade temática. o Jornal mural: Veículo de informação corporativo com periodicidade semanal ou quinzenal e enfoque editorial sobre temas como negócios da empresa, recursos humanos, segurança, saúde, meio ambiente, responsabilidade social, lazer, cultura, entre outros. o Ações de relacionamento: Em comunicação, a organização de eventos é uma das ferramentas usadas para sensibilizar, aproximar e integrar as pessoas. ↪ Ex.: encontros com gestores e liderança, cafés da manhã, happy hours, festas de aniversário, premiações, coquetéis e feiras. Comunicação Inter profissional (interdisciplinar) Estabelece o contato e a circulação de informações entre profissionais de formações diferentes. Comunicação escrita A comunicação fica registrada (somente) quando está escrita. ↪ Ex.: numa ata, não há como negar que você “não sabia do assunto”, se está registrada a sua participação na reunião, afinal, em uma ata é imprescindível a assinatura dos participantes do encontro. ● Hasselmann comenta acerca da comunicação responsável: o O QUE FAZER? POR QUE FAZER? o Ser breve e claro em todas as formas de comunicação -> as pessoas não têm tempo para ler informações rebuscadas e confusas e textos informativos longos. o Ser honesto, sem diminuir o outro -> Não se usam expressões do tipo “serei rigorosamente sincero com você”, pois isso ofende o receptor, causando o fracasso da comunicação. o Comunicar-se por escrito sempre que possível -> evita que aleguem não saber com antecedência. o Exercitar a escrita -> pessoas valorizam muito as habilidades comunicativas das outras. Ao se expressar corretamente, você demonstra conhecimento na língua e garante o sucesso da comunicação. o Aprender a fazer boas apresentações -> Porque em algum momento precisaremos apresentar um projeto, um relatório ou presidir uma reunião. o Dar atenção às pessoas com as quais você se comunica -> Ao demonstrar atenção ao outro, você está mostrando que tem preocupação com as pessoas, pois você também espera isso delas. o Elimine o excesso de palavras técnicas -> Isso irrita os interlocutores e oferece o risco de que não seja compreendido. Mídia e Mídia de Massas A palavra mídia tem sua origem no vocábulo media, do latim. Como o próprio nome indica, media significa mediação, ou seja, um meio pelo qual uma mensagem chega a determinado público. Dessa forma, considera-se a mídia todo o veículo de comunicação que tem por objetivo informar por um determinado canal, que pode ser impresso, digital, auditivo ou visual. Seguindo o processo de comunicação, canal é todo o meio pelo qual a mensagem chega ao receptor. Por exemplo: rádio, televisão, internet etc. Portanto, tudo o que for capaz de transmitir uma mensagem é considerado mídia É importante lembrar também que como a mídia tem a finalidade de levar informações para as massas, é também chamada de meio de comunicação de massa. Mas o que isso significa? As mídias de massa são aquelas que envolvem a circulação de informações de caráter público, ou seja, sem restrição de acesso. A televisão aberta é um exemplo disso, uma vez que todas as pessoas que moram no Brasil, nesse caso, possuem acesso aos mesmos dados. De acordo com Pimenta (2010, p. 36), para alguns estudiosos, massa é considerada um grande agregado de indivíduos ou pequenos grupos, desligados, anônimos e heterogêneos. Por exemplo: um indivíduo do estado do Rio Grande do Sul assiste ao mesmo programa de TV que outros, no estado do Amazonas, sem jamais se conhecerem. É grande a responsabilidade dos meios de comunicação de massa devido ao seu grande potencial em influenciar comportamentos, mesmo quando a informação é em formato de entretenimento. A influência da mídia não se restringe à população leiga como fonte primária de informação em saúde, mas influencia também os próprios profissionais de saúde e os cientistas. Estratégias de comunicação na mídia Para começar a estruturaçãoda melhor estratégia de uma campanha publicitária, os profissionais da área de marketing, por exemplo, utilizam-se do briefing. O briefing nasceu durante a Segunda Guerra Mundial onde as altas patentes reuniam informações importantes, como áreas geográficas, condições dos inimigos, logística de suprimentos, armas, melhores momentos para atacar etc. e repassaram-nas aos soldados. Hoje o briefing possui o mesmo significado: colher informações e, com base nelas, planejar e agir. Na comunicação em saúde, não é diferente, uma vez que se deve utilizar das mesmas ferramentas do briefing para: conhecer o público-alvo; entender as necessidades desses usuários; criar soluções criativas para informar a esse público; selecionar o tema principal da mensagem; escolher o melhor canal de comunicação; determinar o período da campanha/divulgação; determinar em que área será feita a divulgação; eidentificar os custos. Na promoção em saúde, as mídias a serem utilizadas podem ser as mais diversas. Tudo vai depender do contexto da situação. Nisso se incluem ferramentas tecnológicas (recursos audiovisuais como a TV Canal Saúde, por exemplo); programas de rádio; redes sociais; e intranet.As estratégias de comunicação da mídia são, em essência, o planejamento e a identificação das múltiplas possibilidades de divulgação. Recursos dos canais midiáticos E-MAIL Um dos grandes benefícios do e-mail é a agilidade na divulgação da mensagem e a diversificação de conteúdos enviados. Na área da saúde, os pacientes cadastrados podem agendar consultas, enviar reclamações e sugerir melhorias. Na comunicação interna, essa mídia é de grande utilidade, pois é econômica, ágil e eficaz na comunicação interdepartamental. Vantagens do e-mail: Velocidade na transmissão; Baixo custo; Assincronia; Uma mesma mensagem pode ser enviada para milhares de pessoas no mundo inteiro; A mensagem pode ser arquivada, impressa, reencaminhada, copiada, reaproveitada; As mensagens podem circular livremente; As mensagens podem, geralmente, ser lidas na web, ou baixadas através de um software.; Arquivos em formatos diversos podem ser anexados; Facilita a colaboração, discussão, e a criação de comunidades discursivas; O usuário é facilmente contatado; Desvantagens: Dependência de provedoras de acesso; Expectativa de feedback imediato; O e-mail pode ir para o endereço errado, ser copiado, alterado; há excesso de mensagens irrelevantes; Mensagens indesejadas circulam livremente; Problemas de incompatibilidade de software podem dificultar ou impedir a leitura; Arquivos anexados podem bloquear a transmissão de outras mensagens ou, conter vírus. Arquivamento ocupa espaço em disco, gerando lentidão da máquina; O receptor pode ser involuntariamente incluído em fóruns e malas diretas; há certa invasão de privacidade. NEWSLETTER Trata-se de um boletim informativo que tem a seguinte finalidade: elevar o número de usuários com acesso às informações de determinado contexto. Na área do marketing, o uso dessa ferramenta (conhecida aqui como e-mail marketing) é bastante comum, uma vez que a proposta é expandir a quantidade de clientes por meio da divulgação de campanhas promocionais e lançamento de produtos.O principal benefício do emprego desse veículo é a sustentabilidade, pois é desnecessário imprimir as mensagens. Para elaborar um newsletter eficaz, é fundamental conhecer o perfil do receptor da mensagem para que se defina a linguagem adequada para que o destinatário compreenda a informação com rapidez e clareza. Esse tipo de mídia caracteriza-se por emitir uma informação curta e direta. JORNAL O tradicional jornal impresso ainda persiste, mas a maioria das empresas jornalísticas oferece aos leitores a versão on-line. O objetivo desse tipo de mídia é informar diferentes públicos e comunidades – com especial atenção às que não têm acesso à internet –, apresentando notícias de utilidade pública, entretenimento e fatos cotidianos.Na comunicação em saúde, o jornal é utilizado pelas instituições da área para divulgar campanhas, serviços e informações adicionais sobre o que vem sendo feito pela administração. O jornal impresso possui uma funcionalidade bastante positiva às comunidades compostas por pessoas sem acesso à internet e/ou que já estão acostumadas com o recebimento do material impresso em casa para fazer a tão conhecida leitura matinal. Grande parte do público da melhor idade, por exemplo, já se acostumou a acessar as informações neste formato, por isso, trazer mensagens em formato digital não seria uma boa opção, neste caso. O principal benefício do jornal impresso é o seu baixo custo (tanto para quem recebe ou para quem emite) e a leitura diferenciada, ou seja, ainda se tem o prazer de “manusear” a informação, traduzindo outra experiência de acesso à mensagem. Por sua vez, a principal desvantagem dessa mídia é a insustentabilidade, ou seja, agride-se o meio ambiente com o alto uso de recursos sustentáveis. Observe o trecho destacado do comunicado que o Jornal do Brasil divulgou aos leitores, anunciando o fim das edições impressas RÁDIO O rádio ainda é bastante utilizado, principalmente nas comunidades carentes ou remotas que não têm acesso à televisão ou à internet. Considerado um veículo barato de informação, o rádio possui uma peculiaridade importante: linguagem e oralidade diferenciadas, proporcionando diversão e entretenimento aos ouvintes. As rádios comunitárias são bem comuns e possuem uma eficácia elevada em comunidades deslocadas da capital. Desse modo, as políticas públicas nas áreas social e de saúde continuam a ser divulgadas pela rádio e a tendência é continuar, uma vez que existem públicos que possuem essa preferência e se sentem melhor informados por meio dessa mídia. Além disso, é uma ótima ferramenta de acesso à informação àqueles que não aprenderam a ler. REVISTAS As revistas, também chamadas ‘periódicas’, classificam-se conforme a periodicidade da publicação: semanal, quinzenal, mensal, semestral, anual etc. A maioria das revistas tem versões impressas e/ou digitais e mesmo as especializadas (ciências, arquitetura, gastronomia, entre outras) oferecem informações variadas que despertam o interesse de públicos diversificados. TELEVISÃO Conhecida como mídia popular, a televisão é também um canal de comunicação bastante tradicional (considere-se aqui as emissoras de TV aberta). Novelas, programas de auditório, noticiários e muita propaganda são os temas principais desse instrumento de informação. Os programas veiculados no Canal Saúde têm caráter informativo. São produzidos com o propósito de alcançar públicos variados com conteúdo específico. No total, o Canal Saúde produz nove programas sobre políticas públicas, cidadania, tratamentos, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente e sustentabilidade, entre outros. A grade também é composta por programas de parceiros como Universidade Federal do Paraná, Vídeo Saúde e organizações não governamentais pelo projeto Comunidade em Cena, agregando valor aos conteúdos transmitidos (BRASIL, s. d.). Um aspecto a ser considerado é que a televisão (como alguns outros meios) possui um alto poder de influência na sociedade. Assim, é de responsabilidade dos órgãos da saúde fornecer informações verdadeiras e transparentes aos cidadãos. Muito importante, porém, é o planejamento da estratégia para emitir a mensagem. Por exemplo, é preciso cuidado para informar sem causar pânico à população. Obviamente, o conhecimento do fato deve ser levado ao público, mas com cautela. Para isso, existem os profissionais da comunicação que podem auxiliar na elaboração de uma linguagem adequada à situação e ao público-alvo. Evolução da Mídia: Desde os primórdios da civilização, o ser humano teve a necessidade de se comunicar. A comunicação humana, segundo Parry (2012), deu-se primeiramente pelo gesto, depois pelo som e, por último, pela palavra. O ser humano começou a fazer pinturas nas cavernas há cerca de 3 mil anos, reproduzindo imagens de animais que estavam a caçar. Estes desenhos passaram a ser consideradosarte rupestre ou escrita rupestre, uma vez que expressavam determinadas mensagens nas pedras. FACEBOOK Considerada a rede social mais famosa, é utilizada no mundo inteiro por ser uma ferramenta de baixo custo e com várias funcionalidades: Permite ao “amigo” curtir, compartilhar, comentar e visualizar fotos, vídeos e informações de diferentes assuntos. Empresas públicas e privadas utilizam essa mídia para entender as necessidades do público e interagir com ele, o que permite uma maior familiaridade e estreitamento das relações humanas. INSTAGRAM Para quem tem aparelhos celulares Android ou IPhone, o Instagram é de grande utilidade. A sua maior funcionalidade é na postagem de fotos com comentários aos amigos conectados ao seu perfil. Por que não criar um Instagram do seu posto de saúde e compartilhar fotos de eventos da área com os colegas, colaboradores e pacientes integrados à rede? Lembre-se: ser criativo e acompanhar as tendências da tecnologia e a diversidade de perfis integrados no contexto da saúde são passos fundamentais para o sucesso da comunicação! OUTDOORS São painéis de grande extensão que ficam dispostos ao ar livre, principalmente em rodovias. Geralmente divulgam propagandas de lojas e produtos específicos com promoções ou lançamentos. O Ministério da Saúde, assim como as secretarias dos estados e municípios também utilizam essa ferramenta para divulgar campanhas de prevenção de alto impacto, entre as quais: outubro rosa (prevenção ao câncer de mama), novembro azul (prevenção ao câncer de próstata), proteção à mulher e à infância, uso de preservativos no carnaval e orientações para evitar a criação do mosquito da dengue. O outdoor tem por finalidade atingir o público que transita nas vias urbanas, sendo muito vantajoso para o anunciante que o receptor memorize determinado conceito. Esse tipo de mídia aparece também nos pontos e terminais de ônibus e nos táxis. Um exemplo novo de adaptação dessa mídia é o busdoor, ou seja, um anúncio veiculado na parte traseira do ônibus, com grande visibilidade especialmente nos horários de pico do trânsito. Você, como profissional da saúde, deve ter em mente que autocuidado, prevenção e informação não existem sem comunicação. Por isso, é fundamental que os órgãos responsáveis definam melhores estratégias e mídias para cada tipo de público, uma vez que a sociedade brasileira é composta por diferentes grupos com necessidades igualmente distintas. Prevenção por meio de comunicação adequada Como estimular a prevenção por meio da comunicação adequada? Nesse contexto, é válido ressaltar algumas dinâmicas basilares do estímulo à prevenção de doenças, descritas a seguir. Preparar: uma pessoa obesa, por exemplo, não conseguira parar de consumir açúcares, sódio e frituras de uma hora para outra, não é mesmo? Um dos primeiros passos para estimular à mudança de comportamento, ou seja, para evitar a obesidade, é preparar a pessoa para entender que ela deve preocupar-se consigo mesma e se cuidar. Com isso, ela será capaz de aprender como resolver problemas futuros com sua saúde. O importante é conscientizar o paciente e prepará-lo para agir em situações de risco. Informar: tudo parte da informação, não é verdade? Pois bem, se as pessoas recebem informações sobre o que pode causar câncer, diabetes e como se transmite o vírus HIV, por exemplo, provavelmente entenderão os riscos que correm dentro de sua realidade, buscando formas imediatas de prevenção. Não é à toa que nas escolas a abordagem sobre os malefícios causados pelo cigarro, álcool e sexo sem camisinha é feita desde cedo. Outro exemplo bastante comum são as campanhas a respeito das causas da dengue e como prevenir essa doença. Sem informação, é muito difícil conhecermos os riscos, assim como sabermos como evitar a entrada de males em nosso corpo e reconhecer os benefícios que nos trazem as ações de prevenção. Conscientizar: às vezes, é difícil fazer com que as pessoas acreditem que um mosquito, por exemplo, pode levar à morte. Falas como “isso não vai acontecer comigo” e/ou “na minha região não tem mosquito da dengue” são muito comuns. Mas como mudar esse pensamento e conduzir à prevenção? Conscientizando! A partir do momento em que há consciência de que as doenças e infecções podem se instalar em qualquer ser humano, cresce a credibilidade nos programas de saúde. Os exemplos factuais expostos pelos diversos canais midiáticos contribuem para essa conscientização, pois só assim, quando a proximidade do fato é compreendida, fica mais fácil acreditar e transformar o comportamento. Comunicação e autocuidado Para incentivar as ações de autocuidado, o Governo Federal, os estados e os municípios vêm investindo em novas formas de esclarecer à população sobre a importância da prevenção. Um dos exemplos é o site lançado pelo Ministério da Saúde em 14 de novembro, Dia Mundial do Cuidado da Pessoa com Diabetes (BRASIL, 2013) para informar o que é a diabetes, como prevenir, como se adquire, como tratar, dentre outros dados que atendem à necessidade de conhecimento dos cidadãos. O autocuidado, prevenção e informação não existem sem comunicação. Por isso, é fundamental que os órgãos responsáveis definam melhores estratégias e mídias para cada tipo de público, uma vez que a sociedade brasileira é composta por diferentes grupos com necessidades igualmente distintas. Oriá, Moraes e Victor (2004) alertam que a comunicação no processo de assistência ao paciente deve ser humanizado e personalizada, havendo, acima de tudo, a interação entre os envolvidos para que assim haja sucesso nas ações de autocuidado promovidas ao paciente. Dessa forma: [...] o processo de interação com o cliente/paciente se caracteriza não só por uma relação de poder em que este é submetido aos cuidados do enfermeiro, mas, também por atitudes de sensibilidade, aceitação e empatia entre ambos (ORIÁ; MORAES; VICTOR, 2004, p. 294). Se levar em conta o papel da mídia nas ações de autocuidado, você lembrará que elas são um suporte essencial para toda e qualquer atividade divulgada a diversos públicos. Mas o sucesso da comunicação será efetivo se forem levados em conta os seguintes aspectos: contexto social; idade do público de interesse; nível de escolaridade; localização; e meios de comunicação mais acessados etc. Destacam-se esses elementos porque, no encaminhamento de qualquer tipo de mensagem, o perfil da população a ser atingida deve ser observado para que seja definida a melhor forma de comunicação, ou seja, se a pessoa sabe ler, se tem acesso à internet e\ou à televisão, qual a mídia que costuma acessar etc
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