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RESUMO COMUNICAÇÃO EM SAÚDE
Comunicação em Saúde
● A comunicação em saúde é uma das estratégias que podem ser utilizada para
orientar, divulgar e contribuir para que pessoas e comunidades possam reconhecer
efetivamente a necessidade da promoção e educação em saúde e da participação
coletiva nas decisões de matérias relacionadas à saúde.
● Principal objetivo: divulgar e orientar as pessoas sobre aquilo que lhes é de direito,
estimulando a integração dos sujeitos nas políticas de saúde dos governos e municípios
a fim de encorajar a participação e o exercício à cidadania.
Comunicação Verbal
Pode ser escrita ou falada. Seu sucesso depende de:
● Clareza: tanto na fala quanto na escrita, se deve evitar emitir mensagens que não
possam ser compreendidas pela pessoa que a recebe. “O texto claro é aquele que é
facilmente compreendido pelo destinatário, tanto no que se refere à organização das
ideias, quanto à prática do material linguístico. ” (SCHELLER, 2008, p. 2).
● Objetividade: comunicar-se com objetividade é falar ou escrever com precisão, sem
incluir informações desnecessárias à situação comunicativa (ser objetivo).
Comunicação Não-Verbal
É o uso da simbologia como meio de comunicação (placas, desenhos, sons, dança, tom de voz,
postura, comportamento, expressão facial, etc). Sinais não-verbais podem ser utilizados para
complementar, substituir ou contradizer a comunicação verbal e para demonstrar sentimentos.
Quando ocorre discrepância entre a verbal e a não-verbal, a não-verbal prevalece porque
dificilmente engana quem observa.
● Tipos de sinais não-verbais que podem ser “lidos” durante uma comunicação:
o Ações ou movimentos do corpo, a postura corporal (cinésica);
o Sinais vocais ou paralinguísticos
o Uso do espaço pelos comunicadores (proxêmica);
o Objetos e adornos utilizados;
o Tipo de corpo (características físicas);
o Momento em que as palavras são ditas;
● Comunicação não verbal na área da saúde
Importante porque sem essa percepção emocional, os problemas do dia a dia e a rotina
podem fazer com que os profissionais toquem sem sentir, olhem sem ver e escutem sem
ouvir.
Os profissionais de saúde não devem esquecer que suas mensagens não são interpretadas
apenas pela fala, mas também pela forma como se comportam. Sabendo disso, podem
tornar a comunicação mais efetiva, principalmente no que diz respeito à proximidade, à
postura, ao toque e ao contato visual.
Entre os aspectos relevantes para esta análise, encontram-se:
● O uso do espaço (proxêmica)
Influencia o relacionamento interpessoal e estuda o significado social do
espaço e sua estruturação inconsciente.
➝ Ex.: Estudos realizados com sujeitos queimados, portadores de
HIV/AIDS e laringectomizados demonstram a importância de se
observar as relações espaciais – posição e distanciamento, volume de
voz e postura corporal – que devem haver entre o profissional de saúde
e o sujeito durante a abordagem física deste.
● O movimento nesse espaço (cinésica)
● A utilização do toque (taxêmica)
O toque deve estar presente em toda assistência, não deve ser condicionado à
realização de procedimentos técnicos científicos e deve ter a finalidade de
demonstrar carinho, empatia, segurança e proximidade em relação ao sujeito.
➝ UTI: o toque interfere no estado físico e mental do sujeito, podendo
gerar segurança e conforto, assim como medo e ansiedade.
➝ A ação prejudicial, não intencional, pode trazer sequelas
psicológicas ao paciente e influenciar de maneira decisiva no
compromisso do mesmo com o terapeuta e na evolução do
tratamento. Ao estabelecer uma boa comunicação com os outros,
contribui-se para a diminuição de conflitos e mal-entendidos, tornando
as relações mais harmônicas e alcançando os objetivos terapêuticos
com mais eficiência e satisfação. Para poder fazer isso, o profissional de
saúde necessita dominar os aspectos envolvidos na CNV.
Processo de Comunicação
Esquema de elementos que auxiliam a
comunicação desde o encaminhamento
até a compreensão da informação por
outra pessoa. A interpretação
(decodificação) da mensagem depende
do cuidado empregado na utilização do
melhor canal de comunicação e da
adaptação da linguagem ao perfil do
receptor.
● Emissor: emite a mensagem para alguém.
● Canal: meio de comunicação a ser utilizado para encaminhar a mensagem.
↪ Telefone, rádio, TV ou outdoor.
● Contexto: situação em que ocorre a comunicação.
↪ Entre amigos em uma festa; no hospital, com o
paciente; ou entre colegas, no ambiente de
trabalho.
● Mensagem: informação encaminhada pelo emissor ao receptor.
↪ Aviso, convite, esclarecimento, pedido, anúncio, etc.
● Receptor: pessoa (ou grupo) que recebe a mensagem.
● Ruído: tudo aquilo que compromete a clareza da comunicação e a recepção da
mensagem
↪ Dores, fofoca, humor, dicção, tom de voz, barulhos.
● Feedback: retorno esperado da comunicação nas formas verbal ou não verbal, também
conhecido como “retroalimentação da mensagem”. Pode apontar que a mensagem foi
recebida e entendida ou não.
↪ receber um e-mail de confirmação de presença e/ou
recebimento
➝ O emissor sempre é o responsável pela qualidade da comunicação, desde a
seleção das palavras ou dos sinais adequados ao público-alvo até a seleção do
melhor veículo de comunicação.
Importância da Comunicação nas ações de controle social
Fundamental para que se possa educar, humanizar e promover estratégias de controle em
benefício da sociedade. O diálogo é fundamental na comunicação, pois é assim que a
orientação e conscientização acontecem.
A comunicação não consiste apenas em levar uma mensagem a alguém, é necessária a
compreensão do significado.
A comunicação em Saúde deve ser integralizada, considerando o sujeito na sua totalidade, suas
dificuldades, seus anseios, e não meramente como o repasse de informações rebuscadas com
o uso de termos técnicos.
➝ Ex.: agentes comunitários de saúde têm por objetivo “cuidar” da saúde da família,
integrando-se a esse ambiente. Em todas as atividades que desenvolve, o diálogo deve estar
presente, permitindo a compreensão e a integração dos públicos atendidos de forma efetiva. É
partindo da observação dessa realidade que se percebe a importância de integrar o sujeito
atendido, estreitando os vínculos entre políticas públicas de saúde, gestão, profissionais da
saúde e comunidade.
● CONTROLE SOCIAL
A compreensão das necessidades/desejos/realidade de um△ garante o retorno esperado
das ações de controle social. A informação é um direito de todos, afinal, o controle social
existe para dar vida à cidadania –que se constrói por meio de um elemento fundamental: a
informação transparente e educativa.
É preciso planejamento para que as ações de controle social tenham resultado positivo.
Necessário identificar o público e suas necessidades, definindo a melhor estratégia para
cada situação ➝ Ex.: ações para promover autocuidado, prevenção e informação a respeito de
doenças e afins, como as campanhas de vacina e contra a Dengue).
Comunicação interpessoal
● Considerada a forma de comunicação entre as pessoas em ambientes internos e
externos.
● Envolve entender: quem é o outro com quem me comunico? De onde ele veio? Qual é
sua cultura?
● Linguagem não-verbal está em destaque.
● Para que ocorra de forma harmônica, é importante evitar:
o Apatia: uma pessoa apática é alguém que só se preocupa consigo mesma,
desconhecendo as características do público-alvo.
↪ Busca-se a empatia (se colocar no lugar do outro ➝ não fala aquilo que
não gostaria de ouvir).
o Insegurança: pessoas inseguras podem ser agressivas e autoritárias com o
outro (é uma forma de proteção para não revelar fraquezas e medos).
↪ Busca-se ser assertivo (ter consciência de suas habilidades e fragilidades,
expondo sua opinião e aceitando a dos outros).
o Prolixidade: a pessoa prolixa fala até cansar o outro. Muitas vezes, isso ocorre
pela necessidade de as pessoas quererem mostrar um conhecimento mais
elevado, ou fugir do assunto que não domina muito bem.
o Incoerência: defender uma ideia e agir de forma totalmente contráriaé ser
incoerente. No momento em que uma pessoa muda o seu discurso, ela acaba
perdendo o crédito de seus interlocutores. O importante é não se contradizer,
pois, ao defender um ponto de vista e acreditar nele sempre, as pessoas terão
mais confiança no emissor cuja imagem se tornará mais positiva.
o Ignorância: interfere muito no ambiente de trabalho porque a pessoa
ignorante desconhece vários assuntos e se recusa a buscar conhecimento
sobre eles.
o Arrogância: afasta as pessoas, impedindo um contato mais próximo. A
arrogância é a demonstração da falta de humildade, ou seja, demostrar ser
superior ao outro porque sabe mais ou porque possui uma posição de status
elevado no trabalho.
o Impaciência: A impaciência se caracteriza pela dificuldade de parar a ouvir e
entender o que o outro tem a dizer, reconhecendo que as opiniões dos
interlocutores são tão importantes quanto às suas.
➜ Comunicação intrapessoal: é voltada a nós mesmos. Por meio dela busca-se a
autoestima, o autocontrole e o autoconhecimento.
Veículos de comunicação interna
São constituídos por canais de comunicação estabelecidos de forma permanente, com
periodicidade e formato definidos com possibilidade de interação entre emissor e receptor
(comunicação de mão dupla).
● Veículos de comunicação interna úteis/fáceis de serem adotados, segundo a
Associação Brasileira de Comunicação:
o Publicações eletrônicas e digitais: boletins eletrônicos, intranets, blogs
corporativos e e-mail marketing.
o Intranet: rede digital que aumenta o relacionamento entre as pessoas e a
disseminação de conteúdo para o público interno.
o TV corporativa ou vídeo-jornal: anuncia vagas, produtos da empresa e dá voz
aos colaboradores, disseminando a cultura organizacional.
● ABRACOM (2008) propôs, para adaptar a comunicação interna nas empresas às
novas tecnologias:
o Webcast e Media Streaming: tecnologias que permitem o tráfego de vídeos
pela internet ou intranet da empresa, sendo webcast para transmissões ao vivo
e media streaming para material pré-gravado. Trata-se de novas ferramentas
interativas eficazes no treinamento e na integração de funcionários.
o Comunicador instantâneo: programa eletrônico de mensagens instantâneas
que permite aos usuários da internet conversarem em tempo real e trocarem
informações online com extrema rapidez.
o Chat: neologismo para designar aplicações de conversação em tempo real. Esta
definição inclui programas de IRC, conversação em sites ou mensageiros
instantâneos.
o Blog: (weblog, blog, blogue ou caderno digital) é uma página da Web, cuja
estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos de tamanho
variável, chamados artigos ou posts. Estes são organizados cronologicamente
de forma inversa (como um diário), costumam abordar a temática do blog, e
podem ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a
política do blog.
o Publicações impressas: são fundamentais para as organizações projetarem sua
imagem para públicos estratégicos. Pode ser direcionada e, por isso, cada
publicação deve ter linguagem específica para o público de interesse. Deve ser
estabelecida (e rigorosamente cumprida) uma periodicidade para cada veículo,
para que a publicação possa gerar credibilidade e fidelidade junto ao público
ao qual se destina.
o Boletim: publicação com conteúdo específico e dirigido que, de maneira
sucinta, informa sobre os acontecimentos recentes da empresa de interesse do
público-alvo.
o Jornal: Publicação dirigida, com conteúdo específico, que pode conter
informações sobre a empresa e novidades sobre suas diversas áreas, dicas de
saúde, entretenimento, curiosidades e até espaço para uso pelos próprios
colaboradores.
o Newsletter: Publicação institucional destinada a diferentes públicos da
organização, pode ser utilizada também na comunicação interna para a
emissão de informações corporativas, com periodicidade regular ou não,
veiculada na forma impressa ou por e-mail. É também muito comum o formato
eletrônico para newsletter.
o Revista: Publicação dirigida com conteúdo predominantemente interpretativo
e reflexivo e de interesse permanente, com diversidade temática.
o Jornal mural: Veículo de informação corporativo com periodicidade semanal ou
quinzenal e enfoque editorial sobre temas como negócios da empresa,
recursos humanos, segurança, saúde, meio ambiente, responsabilidade social,
lazer, cultura, entre outros.
o Ações de relacionamento: Em comunicação, a organização de eventos é uma
das ferramentas usadas para sensibilizar, aproximar e integrar as pessoas.
↪ Ex.: encontros com gestores e liderança, cafés da manhã, happy
hours, festas de aniversário, premiações, coquetéis e feiras.
Comunicação Inter profissional (interdisciplinar)
Estabelece o contato e a circulação de informações entre profissionais de formações diferentes.
Comunicação escrita
A comunicação fica registrada (somente) quando está escrita.
↪ Ex.: numa ata, não há como negar que você “não sabia do assunto”, se está registrada a sua
participação na reunião, afinal, em uma ata é imprescindível a assinatura dos participantes do
encontro.
● Hasselmann comenta acerca da comunicação responsável:
o O QUE FAZER? POR QUE FAZER?
o Ser breve e claro em todas as formas de comunicação -> as pessoas não têm
tempo para ler informações rebuscadas e
confusas e textos informativos longos.
o Ser honesto, sem diminuir o outro -> Não se usam expressões do tipo “serei
rigorosamente sincero com
você”, pois isso ofende o receptor, causando o
fracasso da comunicação.
o Comunicar-se por escrito sempre que possível -> evita que aleguem não saber
com antecedência.
o Exercitar a escrita -> pessoas valorizam muito as habilidades comunicativas das
outras. Ao se expressar
corretamente, você demonstra
conhecimento na língua e garante o
sucesso da comunicação.
o Aprender a fazer boas apresentações -> Porque em algum momento precisaremos
apresentar um projeto, um relatório ou
presidir uma reunião.
o Dar atenção às pessoas com as quais você se comunica -> Ao demonstrar
atenção ao outro, você está mostrando que tem
preocupação com as pessoas,
pois você também espera isso
delas.
o Elimine o excesso de palavras técnicas -> Isso irrita os interlocutores e oferece o
risco de que não seja
compreendido.
Mídia e Mídia de Massas
A palavra mídia tem sua origem no vocábulo media, do latim. Como o próprio nome indica,
media significa mediação, ou seja, um meio pelo qual uma mensagem chega a determinado
público. Dessa forma, considera-se a mídia todo o veículo de comunicação que tem por
objetivo informar por um determinado canal, que pode ser impresso, digital, auditivo ou
visual. Seguindo o processo de comunicação, canal é todo o meio pelo qual a mensagem
chega ao receptor. Por exemplo: rádio, televisão, internet etc. Portanto, tudo o que for capaz
de transmitir uma mensagem é considerado mídia
É importante lembrar também que como a mídia tem a finalidade de levar informações para
as massas, é também chamada de meio de comunicação de massa. Mas o que isso significa?
As mídias de massa são aquelas que envolvem a circulação de informações de caráter
público, ou seja, sem restrição de acesso. A televisão aberta é um exemplo disso, uma vez que
todas as pessoas que moram no Brasil, nesse caso, possuem acesso aos mesmos dados.
De acordo com Pimenta (2010, p. 36), para alguns estudiosos, massa é considerada um grande
agregado de indivíduos ou pequenos grupos, desligados, anônimos e heterogêneos. Por
exemplo: um indivíduo do estado do Rio Grande do Sul assiste ao mesmo programa de TV que
outros, no estado do Amazonas, sem jamais se conhecerem.
É grande a responsabilidade dos meios de comunicação de massa devido ao seu grande
potencial em influenciar comportamentos, mesmo quando a informação é em formato de
entretenimento. A influência da mídia não se restringe à população leiga como fonte primária
de informação em saúde, mas influencia também os próprios profissionais de saúde e os
cientistas.
Estratégias de comunicação na mídia
Para começar a estruturaçãoda melhor estratégia de uma campanha publicitária, os
profissionais da área de marketing, por exemplo, utilizam-se do briefing. O briefing nasceu
durante a Segunda Guerra Mundial onde as altas patentes reuniam informações importantes,
como áreas geográficas, condições dos inimigos, logística de suprimentos, armas, melhores
momentos para atacar etc. e repassaram-nas aos soldados. Hoje o briefing possui o mesmo
significado: colher informações e, com base nelas, planejar e agir.
Na comunicação em saúde, não é diferente, uma vez que se deve utilizar das mesmas
ferramentas do briefing para: conhecer o público-alvo; entender as necessidades desses
usuários; criar soluções criativas para informar a esse público; selecionar o tema principal da
mensagem; escolher o melhor canal de comunicação; determinar o período da
campanha/divulgação; determinar em que área será feita a divulgação; eidentificar os
custos.
Na promoção em saúde, as mídias a serem utilizadas podem ser as mais diversas. Tudo vai
depender do contexto da situação. Nisso se incluem ferramentas tecnológicas (recursos
audiovisuais como a TV Canal Saúde, por exemplo); programas de rádio; redes sociais; e
intranet.As estratégias de comunicação da mídia são, em essência, o planejamento e a
identificação das múltiplas possibilidades de divulgação.
Recursos dos canais midiáticos
E-MAIL
Um dos grandes benefícios do e-mail é a agilidade na divulgação da mensagem e a
diversificação de conteúdos enviados. Na área da saúde, os pacientes cadastrados podem
agendar consultas, enviar reclamações e sugerir melhorias. Na comunicação interna, essa mídia
é de grande utilidade, pois é econômica, ágil e eficaz na comunicação interdepartamental.
Vantagens do e-mail: Velocidade na transmissão; Baixo custo; Assincronia; Uma mesma
mensagem pode ser enviada para milhares de pessoas no mundo inteiro; A mensagem pode
ser arquivada, impressa, reencaminhada, copiada, reaproveitada; As mensagens podem
circular livremente; As mensagens podem, geralmente, ser lidas na web, ou baixadas através
de um software.; Arquivos em formatos diversos podem ser anexados; Facilita a colaboração,
discussão, e a criação de comunidades discursivas; O usuário é facilmente contatado;
Desvantagens: Dependência de provedoras de acesso; Expectativa de feedback imediato; O
e-mail pode ir para o endereço errado, ser copiado, alterado; há excesso de mensagens
irrelevantes; Mensagens indesejadas circulam livremente; Problemas de incompatibilidade de
software podem dificultar ou impedir a leitura; Arquivos anexados podem bloquear a
transmissão de outras mensagens ou, conter vírus. Arquivamento ocupa espaço em disco,
gerando lentidão da máquina; O receptor pode ser involuntariamente incluído em fóruns e
malas diretas; há certa invasão de privacidade.
NEWSLETTER
Trata-se de um boletim informativo que tem a seguinte finalidade: elevar o número de
usuários com acesso às informações de determinado contexto. Na área do marketing, o uso
dessa ferramenta (conhecida aqui como e-mail marketing) é bastante comum, uma vez que a
proposta é expandir a quantidade de clientes por meio da divulgação de campanhas
promocionais e lançamento de produtos.O principal benefício do emprego desse veículo é a
sustentabilidade, pois é desnecessário imprimir as mensagens.
Para elaborar um newsletter eficaz, é fundamental conhecer o perfil do receptor da mensagem
para que se defina a linguagem adequada para que o destinatário compreenda a informação
com rapidez e clareza. Esse tipo de mídia caracteriza-se por emitir uma informação curta e
direta.
JORNAL
O tradicional jornal impresso ainda persiste, mas a maioria das empresas jornalísticas
oferece aos leitores a versão on-line. O objetivo desse tipo de mídia é informar diferentes
públicos e comunidades – com especial atenção às que não têm acesso à internet –,
apresentando notícias de utilidade pública, entretenimento e fatos cotidianos.Na comunicação
em saúde, o jornal é utilizado pelas instituições da área para divulgar campanhas, serviços e
informações adicionais sobre o que vem sendo feito pela administração.
O jornal impresso possui uma funcionalidade bastante positiva às comunidades compostas por
pessoas sem acesso à internet e/ou que já estão acostumadas com o recebimento do material
impresso em casa para fazer a tão conhecida leitura matinal. Grande parte do público da
melhor idade, por exemplo, já se acostumou a acessar as informações neste formato, por isso,
trazer mensagens em formato digital não seria uma boa opção, neste caso.
O principal benefício do jornal impresso é o seu baixo custo (tanto para quem recebe ou para
quem emite) e a leitura diferenciada, ou seja, ainda se tem o prazer de “manusear” a
informação, traduzindo outra experiência de acesso à mensagem. Por sua vez, a principal
desvantagem dessa mídia é a insustentabilidade, ou seja, agride-se o meio ambiente com o
alto uso de recursos sustentáveis. Observe o trecho destacado do comunicado que o Jornal do
Brasil divulgou aos leitores, anunciando o fim das edições impressas
RÁDIO
O rádio ainda é bastante utilizado, principalmente nas comunidades carentes ou remotas que
não têm acesso à televisão ou à internet. Considerado um veículo barato de informação, o
rádio possui uma peculiaridade importante: linguagem e oralidade diferenciadas,
proporcionando diversão e entretenimento aos ouvintes.
As rádios comunitárias são bem comuns e possuem uma eficácia elevada em comunidades
deslocadas da capital. Desse modo, as políticas públicas nas áreas social e de saúde continuam
a ser divulgadas pela rádio e a tendência é continuar, uma vez que existem públicos que
possuem essa preferência e se sentem melhor informados por meio dessa mídia. Além disso, é
uma ótima ferramenta de acesso à informação àqueles que não aprenderam a ler.
REVISTAS
As revistas, também chamadas ‘periódicas’, classificam-se conforme a periodicidade da
publicação: semanal, quinzenal, mensal, semestral, anual etc. A maioria das revistas tem
versões impressas e/ou digitais e mesmo as especializadas (ciências, arquitetura, gastronomia,
entre outras) oferecem informações variadas que despertam o interesse de públicos
diversificados.
TELEVISÃO
Conhecida como mídia popular, a televisão é também um canal de comunicação bastante
tradicional (considere-se aqui as emissoras de TV aberta). Novelas, programas de auditório,
noticiários e muita propaganda são os temas principais desse instrumento de informação.
Os programas veiculados no Canal Saúde têm caráter informativo. São produzidos com o
propósito de alcançar públicos variados com conteúdo específico. No total, o Canal Saúde
produz nove programas sobre políticas públicas, cidadania, tratamentos, desenvolvimento
tecnológico, meio ambiente e sustentabilidade, entre outros. A grade também é composta por
programas de parceiros como Universidade Federal do Paraná, Vídeo Saúde e organizações não
governamentais pelo projeto Comunidade em Cena, agregando valor aos conteúdos
transmitidos (BRASIL, s. d.).
Um aspecto a ser considerado é que a televisão (como alguns outros meios) possui um alto
poder de influência na sociedade. Assim, é de responsabilidade dos órgãos da saúde fornecer
informações verdadeiras e transparentes aos cidadãos. Muito importante, porém, é o
planejamento da estratégia para emitir a mensagem. Por exemplo, é preciso cuidado para
informar sem causar pânico à população. Obviamente, o conhecimento do fato deve ser levado
ao público, mas com cautela. Para isso, existem os profissionais da comunicação que podem
auxiliar na elaboração de uma linguagem adequada à situação e ao público-alvo.
Evolução da Mídia:
Desde os primórdios da civilização, o ser humano teve a necessidade de se comunicar. A
comunicação humana, segundo Parry (2012), deu-se primeiramente pelo gesto, depois pelo
som e, por último, pela palavra.
O ser humano começou a fazer pinturas nas cavernas há cerca de 3 mil anos, reproduzindo
imagens de animais que estavam a caçar. Estes desenhos passaram a ser consideradosarte
rupestre ou escrita rupestre, uma vez que expressavam determinadas mensagens nas pedras.
FACEBOOK
Considerada a rede social mais famosa, é utilizada no mundo inteiro por ser uma ferramenta
de baixo custo e com várias funcionalidades: Permite ao “amigo” curtir, compartilhar, comentar
e visualizar fotos, vídeos e informações de diferentes assuntos. Empresas públicas e privadas
utilizam essa mídia para entender as necessidades do público e interagir com ele, o que
permite uma maior familiaridade e estreitamento das relações humanas.
INSTAGRAM
Para quem tem aparelhos celulares Android ou IPhone, o Instagram é de grande utilidade. A
sua maior funcionalidade é na postagem de fotos com comentários aos amigos conectados ao
seu perfil. Por que não criar um Instagram do seu posto de saúde e compartilhar fotos de
eventos da área com os colegas, colaboradores e pacientes integrados à rede? Lembre-se: ser
criativo e acompanhar as tendências da tecnologia e a diversidade de perfis integrados no
contexto da saúde são passos fundamentais para o sucesso da comunicação!
OUTDOORS
São painéis de grande extensão que ficam dispostos ao ar livre, principalmente em rodovias.
Geralmente divulgam propagandas de lojas e produtos específicos com promoções ou
lançamentos. O Ministério da Saúde, assim como as secretarias dos estados e municípios
também utilizam essa ferramenta para divulgar campanhas de prevenção de alto impacto,
entre as quais: outubro rosa (prevenção ao câncer de mama), novembro azul (prevenção ao
câncer de próstata), proteção à mulher e à infância, uso de preservativos no carnaval e
orientações para evitar a criação do mosquito da dengue.
O outdoor tem por finalidade atingir o público que transita nas vias urbanas, sendo muito
vantajoso para o anunciante que o receptor memorize determinado conceito. Esse tipo de
mídia aparece também nos pontos e terminais de ônibus e nos táxis. Um exemplo novo de
adaptação dessa mídia é o busdoor, ou seja, um anúncio veiculado na parte traseira do ônibus,
com grande visibilidade especialmente nos horários de pico do trânsito.
Você, como profissional da saúde, deve ter em mente que autocuidado, prevenção e
informação não existem sem comunicação. Por isso, é fundamental que os órgãos responsáveis
definam melhores estratégias e mídias para cada tipo de público, uma vez que a sociedade
brasileira é composta por diferentes grupos com necessidades igualmente distintas.
Prevenção por meio de comunicação adequada
Como estimular a prevenção por meio da comunicação adequada?
Nesse contexto, é válido ressaltar algumas dinâmicas basilares do estímulo à prevenção de
doenças, descritas a seguir.
Preparar: uma pessoa obesa, por exemplo, não conseguira parar de consumir açúcares, sódio e
frituras de uma hora para outra, não é mesmo? Um dos primeiros passos para estimular à
mudança de comportamento, ou seja, para evitar a obesidade, é preparar a pessoa para
entender que ela deve preocupar-se consigo mesma e se cuidar. Com isso, ela será capaz de
aprender como resolver problemas futuros com sua saúde. O importante é conscientizar o
paciente e prepará-lo para agir em situações de risco.
Informar: tudo parte da informação, não é verdade? Pois bem, se as pessoas recebem
informações sobre o que pode causar câncer, diabetes e como se transmite o vírus HIV, por
exemplo, provavelmente entenderão os riscos que correm dentro de sua realidade, buscando
formas imediatas de prevenção. Não é à toa que nas escolas a abordagem sobre os malefícios
causados pelo cigarro, álcool e sexo sem camisinha é feita desde cedo. Outro exemplo bastante
comum são as campanhas a respeito das causas da dengue e como prevenir essa doença. Sem
informação, é muito difícil conhecermos os riscos, assim como sabermos como evitar a entrada
de males em nosso corpo e reconhecer os benefícios que nos trazem as ações de prevenção.
Conscientizar: às vezes, é difícil fazer com que as pessoas acreditem que um mosquito, por
exemplo, pode levar à morte. Falas como “isso não vai acontecer comigo” e/ou “na minha
região não tem mosquito da dengue” são muito comuns. Mas como mudar esse pensamento e
conduzir à prevenção? Conscientizando! A partir do momento em que há consciência de que as
doenças e infecções podem se instalar em qualquer ser humano, cresce a credibilidade nos
programas de saúde. Os exemplos factuais expostos pelos diversos canais midiáticos
contribuem para essa conscientização, pois só assim, quando a proximidade do fato é
compreendida, fica mais fácil acreditar e transformar o comportamento.
Comunicação e autocuidado
Para incentivar as ações de autocuidado, o Governo Federal, os estados e os municípios vêm
investindo em novas formas de esclarecer à população sobre a importância da prevenção. Um
dos exemplos é o site lançado pelo Ministério da Saúde em 14 de novembro, Dia Mundial do
Cuidado da Pessoa com Diabetes (BRASIL, 2013) para informar o que é a diabetes, como
prevenir, como se adquire, como tratar, dentre outros dados que atendem à necessidade de
conhecimento dos cidadãos.
O autocuidado, prevenção e informação não existem sem comunicação. Por isso, é
fundamental que os órgãos responsáveis definam melhores estratégias e mídias para cada tipo
de público, uma vez que a sociedade brasileira é composta por diferentes grupos com
necessidades igualmente distintas.
Oriá, Moraes e Victor (2004) alertam que a comunicação no processo de assistência ao
paciente deve ser humanizado e personalizada, havendo, acima de tudo, a interação entre os
envolvidos para que assim haja sucesso nas ações de autocuidado promovidas ao paciente.
Dessa forma: [...] o processo de interação com o cliente/paciente se caracteriza não só por
uma relação de poder em que este é submetido aos cuidados do enfermeiro, mas, também
por atitudes de sensibilidade, aceitação e empatia entre ambos (ORIÁ; MORAES; VICTOR,
2004, p. 294).
Se levar em conta o papel da mídia nas ações de autocuidado, você lembrará que elas são um
suporte essencial para toda e qualquer atividade divulgada a diversos públicos. Mas o sucesso
da comunicação será efetivo se forem levados em conta os seguintes aspectos: contexto social;
idade do público de interesse; nível de escolaridade; localização; e meios de comunicação mais
acessados etc.
Destacam-se esses elementos porque, no encaminhamento de qualquer tipo de mensagem, o
perfil da população a ser atingida deve ser observado para que seja definida a melhor forma de
comunicação, ou seja, se a pessoa sabe ler, se tem acesso à internet e\ou à televisão, qual a
mídia que costuma acessar etc

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