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TUTORIA 1 MÓDULO III ABRANGÊNCIA DAS AÇÕES EM SAÚDE SEGUNDA FASE

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TUTORIA 1 – A SECRETARIA DE SAÚDE, 2ª FASE MEDICINA PBL.
MÓDULO III - ABRANGÊNCIA DAS AÇÕES EM SAÚDE
OBJETIVOS:
1 - Caracterizar hepatite A (transmissão, defesa e sintomas).
A hepatite A é uma doença causada pelo vírus da hepatite A (HAV) que possui tropismo primário pelo tecido hepático e no Brasil é uma doença de notificação compulsória.
Pertencente à família Picornaviridae, do gênero Hepatovirus, o HAV consiste em um vírus RNA de fita simples, cujo único reservatório é o ser humano. Sua transmissão se dá via fecal-oral (contato interpessoal ou por meio de água e alimentos contaminados). A doença causada por ele tem distribuição mundial, com cerca de 1,4 milhão de novos casos ao ano, esporadicamente ou em epidemias. A maioria dos casos é autolimitada, de caráter benigno e não há relatos de infecção crônica.
Quadro clínico e história natural: Após um período de incubação de cerca de 28 dias, surgem sinais e sintomas inespecíficos, como indisposição, fadiga, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal, febre, colúria e acolia fecal, além de icterícia, hepatomegalia, rash cutâneo e artralgia, embora menos frequentes. A clínica pode ser mais expressiva nos pacientes com mais de 50 anos de idade e hepatopatas.
A investigação laboratorial demonstra dano hepatocelular (aumento de transaminases), hiperbilirrubinemia, aumento de proteínas de fase aguda e marcadores inflamatórios.
O quadro tende a se resolver espontaneamente em cerca de 3 semanas. São descritas algumas complicações, como hepatites fulminante, colestática e recorrente. As duas últimas são autolimitadas e requerem apenas tratamento sintomático após afastadas outras causas da persistência dos sintomas. No caso da hepatite fulminante, há necessidade de transplante hepático para evitar o óbito.
A suspeita diagnóstica deve ser feita sempre quando do início súbito de sintomas prodrômicos associados a icterícia ou aumento das transaminases. Realiza-se o diagnóstico definitivo pela sorologia – pesquisa de anticorpos contra HAV (anti-HAV IgM e total – IgM e IgG). Após a infecção, o indivíduo torna-se imune.
As hepatites virais agudas têm clínica muito semelhante. Assim, é necessário afastá-las quando houver suspeita. Outros vírus também podem causar lesão hepatocitária, como Epstein-Barr, citomegalovírus e HIV. As síndromes febris ictéricas (malária e leptospirose), além de causas não infecciosas (hepatites medicamentosa e autoimune), representam outros diagnósticos diferenciais.
Tratamento: não dispõe de um tratamento específico. Os sintomas devem ser controlados, evitando medicações hepatotóxicas, e o profissional de saúde atentar-se às possíveis complicações nos 6 meses seguintes à infecção.
Prevenção: A profilaxia primária é realizada por vacinação – no Brasil, incluída no calendário nacional de vacinação a todas as crianças. Outros cuidados com alimentos, higiene pessoal e saneamento básico também são importantes.
Recomendações: 
•	Não coma frutos do mar crus ou mal cozidos. Moluscos, especialmente, filtram grande volume de água e retêm os vírus, se ela estiver contaminada;
•	Saiba que ostras que se comem cruas e mariscos são transmissores importantes do vírus da hepatite A;
•	Evite o consumo de alimentos e bebidas dos quais não conheça a procedência nem saiba como foram preparados;
•	Procure beber só água clorada ou fervida, especialmente nas regiões em que o saneamento básico possa ser inadequado ou inexistente;
•	Lave as mãos cuidadosamente antes das refeições e depois de usar o banheiro. A lavagem criteriosa das mãos é suficiente para impedir o contágio de pessoa para pessoa;
•	Não ingira bebidas alcoólicas durante a fase aguda da doença e nos três meses seguintes à volta das enzimas hepáticas aos níveis normais;
•	Verifique se os instrumentos usados para fazer as unhas foram devidamente esterilizados ou leve consigo os que vai usar no salão de beleza.
2 - Conceituar e compreender: Surto, epidemia e pandemia, citar exemplos.
SURTO: Acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região ou local específico. Para ser considerado surto, o aumento de casos devem ser maior do que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades, a dengue é tratada como surto (e não como epidemia), pois acontece em regiões específicas (um bairro, por exemplo).
EPIDEMIA: A epidemia se caracteriza quando um surto acontece em diversas regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece quando diversos bairros apresentam uma doença, a epidemia a nível estadual acontece quando diversas cidades têm casos e a epidemia nacional acontece quando há casos em diversas regiões do país.
PANDEMIA: Em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha por diversas regiões do planeta. Em 2009, a gripe A (ou gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando a OMS começou a registrar casos nos seis continentes do mundo. 
ENDEMIA: A endemia não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma doença é classificada como endêmica (típica) de uma região quando acontece com muita frequência no local. As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre amarela, por exemplo, é considerada uma doença endêmica da região Norte do Brasil.
3 - Compreender a função das vigilâncias em saúde: Epidemiológica, ambiental e sanitária.
Entende-se por vigilância ambiental em saúde como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.
Principais objetivos da Vigilância Ambiental em Saúde: 
a) produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando a disponibilizar ao SUS instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de promoção da saúde e de prevenção e controle de doenças relacionadas ao meio ambiente; 
b) estabelecer os principais parâmetros, atribuições, procedimentos e ações relacionadas à vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de competência; 
c) identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores ambientais condicionantes e determinantes das doenças e outros agravos à saúde;
d) intervir com ações diretas de responsabilidade do setor ou demandando para outros setores, com vistas a eliminar os principais fatores ambientais de riscos à saúde humana; 
e) promover, junto aos órgãos afins ações de proteção da saúde humana relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente; 
f) conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento, visando ao fortalecimento da participação da população na promoção da saúde e qualidade de vida.
A Epidemiologia Ambiental aplica dois métodos para compreender as relações entre o meio ambiente e a saúde, a saber: 
• Epidemiologia Descritiva – que utiliza o método científico para estudar a distribuição dos riscos e dos efeitos adversos à saúde da população; 
• Epidemiologia analítica – que estuda a relação entre a exposição a um determinado fator e algum efeito adverso à saúde. 
A Epidemiologia ambiental utiliza informações sobre: 
• os fatores de risco existentes (físicos, químicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos ou psicossociais); 
• as características especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da população; 
• os efeitos adversos à saúde relacionados à exposição a fatores de risco ambientais.
Entende-se por Vigilância Sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: 
1 - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas de processo, da produção ao consumo; 
2 - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamentecom a saúde.
Ações de Vigilância Sanitária no Brasil. 
Observa-se que o governo tem a obrigação de promover e proteger a saúde da população. Para isto ele diz quais são as regras, as normas que devem ser consideradas e respeitadas na produção, uso e circulação de produtos que apresentam algum tipo de risco para a saúde das pessoas. O transporte de alimentos, por exemplo, tem que ser feito em condições tais que protejam o produto da deterioração ou contaminação e, por conseguinte, protejam a saúde daqueles que vão consumir. São muitos os riscos que devem ser controlados pela Vigilância Sanitária. Vamos ver como eles podem ser classificados. Tentem guardar bem os vários tipos de riscos e a que eles se referem. 
Quando o poder público adota uma norma ou lei sanitária e fiscaliza a sua aplicação, está fazendo Vigilância Sanitária riscos ambientais: 
Riscos
- Água (consumo e mananciais hídricos), esgoto, lixo (doméstico, industrial, hospitalar), vetores e transmissores de doenças (mosquitos,barbeiro,animais), poluição do ar, do solo e de recursos hídricos, transporte de produtos perigosos, etc. 
- Riscos ocupacionais: processo de produção, substâncias, intensidades, carga horária, ritmo e ambiente de trabalho.
- Riscos sociais: transporte, alimentos, substâncias psicoativas, violências, grupos vulneráveis, necessidades básicas insatisfeitas
Saúde
- Riscos iatrogênicos: (decorrentes de tratamento médico e uso de serviços de saúde) medicamentos, infecção hospitalar, sangue e hemoderivados, radiações ionizantes, tecnologias médico-sanitárias, procedimentos e serviços de saúde 
- Riscos institucionais: creches, escolas, clubes, hotéis, motéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, salão de beleza, saunas, etc.
Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
A Vigilância Epidemiológica contempla o controle de doenças transmissíveis e doenças e agravos não transmissíveis. A informação para a vigilância epidemiológica destina-se à tomada de decisões – informação para a ação. Esse princípio deve reger as relações entre os responsáveis pela vigilância e as diversas fontes que podem ser utilizadas para o fornecimento de dados. Entre elas, a principal é a notificação, ou seja, a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção das medidas de intervenção pertinentes.
Funções da Vigilância Epidemiológica:
» Coleta de dados; » Processamento dos dados coletados; 
» Análise e interpretação dos dados processados;
» Recomendação das medidas de controle apropriadas; 
» Promoção das ações de controle indicadas; 
» Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 
» Divulgação de informações pertinentes.
Essa coleta de dados ocorre em todos os níveis de atuação do sistema, e o envio do dado deve ser suficientemente rápido para permitir o desencadeamento oportuno de ações; o fluxo, a periodicidade e o tipo de dado estão relacionados às características de cada doença ou agravo.
 Tipos de dados:
 » Dados demográficos, socioeconômicos e ambientais: permitem quantificar a população e gerar informações sobre suas condições de vida, número de habitantes, distribuição, condições de saneamento, climáticas, ecológicas, habitacionais e culturais; 
» Dados de morbidade: obtidos mediante a notificação de casos e surtos, produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, investigação epidemiológica, busca ativa de casos, estudos amostrais, inquéritos e outros; 
» Dados de mortalidade: obtidos por meio de declarações de óbitos; 
» Notificação de surtos e epidemias: ocorre quando o sistema de vigilância epidemiológica local está bem estruturado; 
» A notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais da saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção das medidas de intervenção pertinentes. 
Fontes de dados: 
» Notificação de doenças ou agravos 
» Estudos epidemiológicos
» Sistemas sentinela
Os indicadores epidemiológicos tem como função principal medir o tamanho e a gravidade do problema de saúde, se referem à situação verificada na população ou no meio ambiente num momento dado ou num período determinado.
Pode-se medir o impacto ou os efeitos dos programas de saúde pública comparando-se um mesmo indicador epidemiológico antes e depois da execução das atividades programáticas. Deste modo os indicadores epidemiológicos devem ser analisados tanto na etapa da diagnóstico como na etapa de avaliação (que é, de certo modo, um outro diagnóstico).
Com isso todos os dados são coletados, transformados em números para obter um resultado mais exato, assim passando por uma serie de etapas e contas para chegar num resultado final.
Conceitos Gerais:
População: conjunto exposto a contrair doenças em um espaço e um tempo determinado;
Coeficiente de Morbidade: numero de casos e de doença e a população exposta;
Coeficiente de Mortalidade: definidos como mortalidade e de letalidade.
Incidência: ocorrência de casos novos relacionados à unidade de intervalo de tempo.
Prevalência: frequência absoluta dos casos de doenças, independente da época em que se iniciou.
Mortalidade: número de óbitos relativo à população total.
Letalidade: número de óbitos relativo à população com aquela doença.
4 - Definir e entender o processo de notificação compulsória e sua importância (sistemas de informação SINAN, DIVE)
http://www.corengo.org.br/notificacao-eficaz-gera-novas-ferramentas-de-trabalho-na-saude-preventiva_3876.html 
Para a saúde pública, notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes, segundo explica o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (MS), de 2010. Notificar não é “simplesmente preencher mais um papel, aumentar a burocracia ou dificultar o trabalho com algo sem importância”, como alguns consideram. Entender sua importância é peça-chave para o controle, redução, prevenção e erradicação de muitas doenças e agravos.
O principal motivo da notificação é fornecer para os órgãos competentes informações de doenças/agravos/eventos, que são transmissíveis, apresentam letalidade ou outro tipo de impacto na saúde. A partir disso, poderão ser tomadas medidas de promoção, proteção e controle. Vale ressaltar que, na maior parte dos casos, a doença não precisa ser confirmada para que seja realizada o registro. Caso não sejam notificados os casos suspeitos, pode-se perder ou comprometer a oportunidade de intervir de forma oportuna, eficaz e eficiente na disseminação da doença.
file:///C:/Users/Acer/Downloads/vigilancia_epidemiologica_unasus_ufcspa_(2).pdf 
Vigilância das Doenças Transmissíveis de Notificação Compulsória 
• Critérios utilizados para elencar os agravos de notificação: 
– magnitude (nº de pessoas atingidas); incidência;
– transcendência (potencialidade de dano à saúde);
– vulnerabilidade (condições de controlar o agravo);  
– acordos internacionais.
Vigilância das Doenças Transmissíveis de Notificação Compulsória 
• Como realiza a vigilância? 
– promovendo a notificação de doenças por profissionais de saúde e população em geral; 
– realizando busca ativa diária de casos de doenças de notificação compulsória nos hospitais da cidade; 
– comparando sistemas de informação em saúde (SIM, SIH, Laboratórios, Farmácias do SUS...); 
– investigando resultados laboratoriais relativos às doenças de notificação compulsória; 
– executando, promovendo ou supervisionando medidasde controle; 
– realizando capacitações em vigilância epidemiológica dirigida a profissionais da rede pública e privada; 
– realizando capacitações em controle de doenças através do uso de vacinas dirigidas a profissionais da rede pública e privada; 
– emitindo alerta epidemiológico sempre que é detectada alteração no comportamento de doenças transmissíveis; 
– produzindo boletim epidemiológico trimestral.
Doenças de Notificação Compulsória - • Lei Nº 6.259, de 30 de outubro de 1975 
 • Portaria Nº 104, de 15 de janeiro de 2011:
Concluindo 
• Os profissionais de saúde, em especial da atenção primária de saúde (APS) em seu território, são responsáveis por: 
– detectar casos de agravos transmissíveis e notificar, orientar formas de transmissão para prevenção de novos agravos e acompanhar a assistência à saúde do indivíduo e sua coletividade;
– detectar casos de agravos não transmissíveis como hipertensão e diabetes, realizando a assistência à saúde, ações de promoção e ter um cadastro dos mesmos; 
– detectar gestantes e acompanhar seu pré-natal, assim como o acompanhamento de suas crianças, desde o nascimento; 
– detectar óbitos ocorridos informando a causa do óbito e verificando se há necessidade de ações de acompanhamento diferenciado à família.
5 - Entender os métodos de investigação epidemiológica;
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/388729/Guia_Vig_Epid_novo2.pdf/99464018-d6d1-486b-853b-9871d6eff16f?version=1.0 
Investigação epidemiológica é um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem por principais objetivos: identificar a fonte de infecção e o modo de transmissão; os grupos expostos a maior risco e os fatores de risco; bem como confirmar o diagnóstico e determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos.
A necessidade de uma resposta rápida, para que as medidas de controle possam ser instituídas, muitas vezes determina que alguns procedimentos utilizados não apresentem o rigor necessário para o estabelecimento de uma relação causal. Portanto, embora a investigação epidemiológica de campo apresente diversas semelhanças com a pesquisa epidemiológica, distingue-se desta principalmente por duas diferenças importantes: 
• as investigações epidemiológicas de campo iniciam-se, com frequência, sem hipótese clara. Geralmente, requerem o uso de estudos descritivos para a formulação de hipóteses que posteriormente deverão ser testadas por meio de estudos analíticos − na maioria das vezes, estudos de caso-controle; 
• quando ocorrem problemas agudos que implicam em medidas imediatas de proteção à saúde da comunidade, a investigação de campo deve restringir a coleta dos dados e agilizar sua análise, com vistas ao desencadeamento imediato das ações de controle. 
A gravidade do evento representa um fator que condiciona a urgência no curso da investigação epidemiológica e na implementação de medidas de controle. Em determinadas situações, especialmente quando a fonte e o modo de transmissão já são evidentes, as ações de controle devem ser instituídas durante ou até mesmo antes da realização da investigação. 
A orientação do tratamento dos pacientes e, principalmente, a definição e adequação das medidas de controle, que devem ser adotadas em tempo hábil, ou seja, antes que o evento atinja maiores dimensões, dependem fundamentalmente das informações coletadas durante a investigação. Assim, esta atividade da vigilância epidemiológica deve ser entendida como um desafio para a resolução de um problema de saúde individual, de algum modo relacionado a outros indivíduos da comunidade e que, portanto, pode estar representando sério risco à população. 
Uma investigação epidemiológica envolve o exame do doente e de seus contatos, com detalhamento da história clínica e de dados epidemiológicos, além da coleta de amostras para laboratório (quando indicada), busca de casos adicionais, identificação do(s) agente(s) infeccioso(s) quando se tratar de doença transmissível, determinação de seu modo de transmissão ou de ação, busca de locais contaminados ou de vetores e identificação de fatores que tenham contribuído para a ocorrência dos casos. O exame cuidadoso do caso e de seus comunicantes é fundamental, pois, dependendo da enfermidade, pode-se identificar suas formas iniciais e instituir rapidamente o tratamento (com maior probabilidade de sucesso) ou proceder o isolamento, visando evitar a progressão da doença na comunidade. 
Pode-se dizer, de modo sintético, que uma investigação epidemiológica de campo consiste na repetição das etapas listadas a seguir, até que os objetivos sejam alcançados: 
• consolidação e análise de informações já disponíveis; 
• conclusões preliminares a partir dessas informações; 
• apresentação das conclusões preliminares e formulação de hipóteses; 
• definição e coleta das informações necessárias para testar as hipóteses; 
• reformulação das hipóteses preliminares, caso não sejam confirmadas, e comprovação da nova conjectura, caso necessária; 
• definição e adoção de medidas de prevenção e controle, durante todo o processo.
Investigação de casos de uma doença Em geral, os pacientes que apresentam quadro clínico compatível com doença incluída na lista de notificação compulsória, ou algum agravo inusitado, necessitam de atenção especial tanto da rede de assistência à saúde quanto dos serviços de vigilância epidemiológica, os quais devem ser prontamente disponibilizados. Salientam-se, portanto, os procedimentos a seguir descritos. 
Assistência médica ao paciente − primeira providência a ser tomada no sentido de minimizar as consequências do agravo para o indivíduo. Quando a doença for de transmissão pessoa a pessoa, o tratamento contribui para reduzir o risco de transmissão. Portanto, dependendo da magnitude do evento, a equipe de vigilância epidemiológica deve buscar articulação com os responsáveis pela rede de assistência à saúde, para que seja organizado o atendimento à população. 
Qualidade da assistência − verificar se os casos estão sendo atendidos em unidade de saúde com capacidade para prestar assistência adequada e oportuna, de acordo com as características clínicas da doença. 
Proteção individual − quando necessário, adotar medidas de isolamento, considerando a forma de transmissão da doença (entérica, respiratória, reversa, etc.). 
Proteção da população − logo após suspeita diagnóstica, adotar as medidas de controle coletivas específicas para cada tipo de doença. 
Os fundamentos de uma investigação de campo são aplicados tanto para o esclarecimento da ocorrência de casos como de epidemias. Várias etapas são comuns a ambas situações, sendo que para a segunda alguns procedimentos complementares são necessários. Para facilitar o trabalho dos profissionais, apresenta-se em primeiro lugar o roteiro de investigação de casos, com as atividades comuns a qualquer investigação epidemiológica de campo, inclusive de epidemias. Posteriormente, são descritas as etapas específicas para esta última situação.
6 - Entender as medidas e protocolos frente as emergências epidemiológicas;
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_resposta_emergencias_saude_publica.pdf 
As emergências em saúde pública contribuem de forma expressiva com a morbimortalidade no mundo contemporâneo, exigindo, dos governos o aprimoramento da capacidade de preparação e de resposta. A vulnerabilidade social, econômica e ambiental amplia o risco de impacto à saúde humana decorrente de emergências em saúde pública. A preparação e a resposta às emergências reduzem os impactos na saúde pública e a coordenação entre as esferas de gestão do SUS, e a integração dos serviços de saúde é essencial para uma resposta oportuna.
Organização da Resposta 
A Resposta compreende as ações a serem desenvolvidas para o manejo da emergência minimizando os riscos e reduzindo, ao máximo, suasconsequências sobre a saúde, envolvendo a execução das ações necessárias para uma resposta oportuna. Conhecer o risco envolve a identificação de ameaças e vulnerabilidades, bem como dos recursos disponíveis para o manejo da emergência. É possível preparar-se para ameaças conhecidas e desenvolver a capacidade de resposta de forma mais eficiente e eficaz. 
A utilização de um sistema de coordenação predefinido permite uma articulação adequada das ações e o melhor aproveitamento dos recursos, otimizando os resultados. A seguir é apresentado um rol de ações necessárias à organização da capacidade de resposta: 
• Identificação dos níveis de autoridade, monitoramento e decisão que podem participar na resposta a um evento de emergência. 
• Identificação das responsabilidades específicas das áreas técnicas da estrutura funcional da Secretaria de Vigilância em Saúde. 
• Identificação do comando e da cadeia hierárquica das autoridades tendo em vista os custos que implicam o deslocamento de recursos (humanos e materiais) em uma situação de emergência. 
• Estabelecimento de mecanismos de coordenação, entre os atores envolvidos na resposta às emergências em saúde pública. 
• Elaboração de protocolos específicos de ação para a gestão de emergências visando definir funções e responsabilidades dos profissionais de saúde, bem como o deslocamento de recursos materiais. 
• Estabelecimento de lista de contatos para a localização, em tempo oportuno, dos setores internos e externos, envolvidos na resposta. Essas listas devem conter os números de telefone e os endereços de e-mail, assim como a responsabilidade específica de cada profissional que atua no plano de resposta. Os dados contidos na lista devem ser institucionais, tendo em vista a possível rotatividade dos profissionais envolvidos.
• Identificação de especialistas e elaboração de lista de contatos com os dados destes profissionais, que possam vir a proporcionar assessoramento específico.
• Manutenção de um inventário atualizado dos recursos humanos, físicos e financeiros considerados essenciais para o plano de resposta, especificando as suas localizações, bem como a forma de acioná-los e deslocá-los para o local da emergência. 
• Realização de análise das necessidades, assim como das deficiências reais ou potenciais da capacidade de resposta, com vistas a identificar o que é preciso para o seu fortalecimento. 
• Capacitação dos profissionais envolvidos na resposta às emergências em saúde, para que possuam formação específica de acordo com as funções e as responsabilidades que irão desempenhar. 
• Execução de exercícios e simulações periódicas e regulares de complexidade variada. Esses exercícios deverão ser desenhados de modo a ressaltar certos componentes do plano de resposta, permitindo avaliar a capacidade de resposta no nível máximo de exigência. 
• Avaliação das capacidades existentes tendo como base os resultados de cada exercício/simulado (lições aprendidas). Ao final de uma simulação ou exercício, o grupo deve ser capaz de responder a duas perguntas básicas: 
O que deu certo diante dos desafios propostos e o que deve ser melhorado no futuro? 
• Realização de revisão periódica dos protocolos e dos procedimentos com base nas lições aprendidas de eventos reais ou simulados.
Identificação de Protocolos 
Um protocolo serve para a troca de informações em situações de emergência em saúde pública, pois define mecanismos de coordenação, uso compartilhado de recursos e intervenções conjuntas entre as áreas da Secretaria de vigilância em saúde e outras entidades e órgãos envolvidos na resposta às emergências em saúde pública. Para definição de quais protocolos deverão ser aplicados, é necessária a identificação de cenários, e no âmbito de cada cenário:
- Identificar as competências de cada área ou setor; 
- Esclarecer as funções;
- Construir uma matriz, indicando o resultado esperado, a prioridade e o responsável pelo seu desenvolvimento.
COES – centro de operações em emergência em saúde – objetivo promover uma resposta coordenada por meio da articulação, integração dos atores envolvidos, e tomada de decisões, estratégias e ações adequadas e oportunas para o enfrentamento de emergências em saúde pública.
O secretário de vigilância em saúde é quem aciona o COES.
Referências:
MORAES, Paulo Alexandre de; BERTOLOZZI, Maria Rita; HINO, Paula. Perceptions of primary health care needs according to users of a health center. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, n. 1, p. 19-25, 2011.
Carlos LA. Manual de Clínica Médica. Grupo GEN; 2019.
MONKEN, Maurício; BARCELLOS, Christovam. Vigilância em saúde e território utilizado: possibilidades teóricas e metodológicas. Cadernos de Saúde Pública, v. 21, p. 898-906, 2005.
AUGUSTO, Lia Giraldo da Silva. Saúde e vigilância ambiental: um tema em construção. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 12, n. 4, p. 177-187, 2003.
TEIXEIRA, Carmem Fontes; PAIM, Jairnilson Silva; VILASBÔAS, Ana Luiza. SUS, modelos assistenciais e vigilância da saúde. Fundamentos da vigilância sanitária, p. 49-60, 2000.
ALMEIDA FILHO, N. de; ROUQUAYROL, Maria Zélia. Introdução à epidemiologia. Rio de, 2002.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/profae/saude_coletiva.pdf

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