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PEDRO HENRIQUE TAVARES DE ARAUJO_biopirataria

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I. Plano de Aula: Data 02/03/21 
II. Dados de Identificação: 
-Professor(a): Pedro Henrique Tavares de Araujo 
-Público alvo: Alunos do 3° ano do ensino médio 
-Tempo/número de aulas: 1h40min (2 tempos de 50 min) 
III. Tema: 
Biopirataria: O roubo de cultura e biodiversidade nacional 
O termo biopirataria é o roubo, exploração de recursos biológicos, culturais, e/ou genéticos de forma ilegal, indo 
contra normas e/ou leis de um país, sem autorização de uma comunidade que detém o conhecimento, conhecido 
também pelo termo biogrilagem. Exemplos disto é o tráfico de animais silvestres, exploração de plantas e 
conhecimentos tradicionais, sendo este último a exploração ilegal de conhecimentos reunidos por uma comunidade. 
No Brasil, essa prática já ocorre desde os tempos do descobrimento do Brasil pelos europeus, por exemeplo a 
exploração do Pau-Brasil. Comumente utilizado por empresas multinacionais e sendo amparada por meio de patentes. 
IV. Objetivos: 
- Objetivo geral: A aula tem a natureza de explicar o termo biopirataria, demonstrando exemplos desta prática e 
casos reais, impactos em um país, sejam eles econômicos e ambientais. Visando gerar uma reflexão sobre o 
assunto. 
- Objetivos específicos: 
• Definir biopiratira; 
• Casos ocorridos de biopiratira; 
• Demostrar como ocorre e diferentes tipos desta prática; 
• Quais seus impactos gerados. 
V. Conteúdo: 
• Explicar a prática de biopirataria, definindo o que é, por quem é feito e seus impactos. 
• Demonstrar casos ocorridos. 
• Listar as diferentes atuações da biopirataria na fauna, flora e cultura. 
• Criar uma reflexão sobre o tema. 
VI. Desenvolvimento do tema: 
A biopirataria é então uma prática que visa a apropriação, manipulação e exploração, de um material 
biológico, genético ou conhecimentos comunitários, podendo ser ilegal, quando infrige uma lei, imoral, quando não 
existem normas formais para o controle ou legitimadas, quando vai de acordo as legislações nacionais 
(HATHAWAY, 2004), ou seja, casos como tráfico de animais e plantas se enquadram nisto, também a exploração 
de saberes de comunidades tradicionias sem o consentimento e autorização. O termo foi criado em 1992 na 
Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada no Rio de Janeiro e com o Brasil como um dos membros, tal 
convenção dita que o país tem o direito de explorar seus recursos genéticos e garante as comunidades tradicionais 
decidirem como se beneficiarem de seus conhecimentos (HATHAWAY, 2004). No Brasil há uma Medida 
Provisória do governo federal ao '' Acesso ao Patrimônio Genético'' sendo publicada em 2000, porém a violação 
desta MP não é considerado crime, fazendo com que não seja crime biopiratria no Brasil. Quem se utiliza desta 
prática de roubo de biodiversidade se detém de diversos mecanismos para legitimar suas ações, como por exemplo a 
utlização de patentes, uma concessão que garante a exploração ao seu titular, a Lei de cultivares, direitos de marca, 
(HATHAWAY, 2004). 
O termo ''biogrilagem'' vem sendo difundido, podendo ser mais adequado pelos seguintes motivos: biopirataria é 
relacionada a atos ilegais, porém muitos casos de biopirataria não existe leis, ou seja, não podem ser considerados 
crimes, após a criação do acordo Trips(Trade Related Intellectual Property Rights), um tratado internacional do 
comércio, surgido wm 1994, diz que biopirataria se refere diretamente a infrações do autor, já biogrilagem as 
infrações são para as marcas e patentes ( ACEVEDO et al, 2009). Porém, nesta aula vamos utilizar o termo 
biopirataria mesmo. 
No Brasil a biopirataria é uma prática antiga, sendo uma herança negativa do época do colonialismo, como a 
apropriação de pau-brasil, podendo ser possivelmente o primeiro caso, logo após o cacau que se extendeu até a 
independência, sendo oriundo da Amazônia e levado ilagalmente aos contimentes africano e asiático, por volta de 
1746. Outro também foi a borracha, sendo retirado ilegalmente pela Grã-Bretanha e levado a colônias britânicas da 
Ásia, no ano de 1876 (GOMES e SAMPAIO, 2019). Exemplos mais atuais desta prática são o chá de quebra-pedra 
(Phyllanthus niruri Linn), utilizado por comunidades tradicionais para problemas diuréticos e renais, patenteado por 
um laboratório norte-americano revendido de forma industrializada, sem gerar lucros para o Brasil nem 
comunidades tradicionais, outro caso é a jaborandi ( (Pilocarpus jaborandi) cultivado no Maranhão sendo extraído e 
exportado aos EUA, quando é comercializado mundialmente (HATHAWAY, 2004). 
A prática de biopirataria também ocorre quando à venda ilegal de animais silvestres, sejam em feiras clandestinas e 
até tráfico internacional de espécies, outra forma que ocorre é por meio da extração de sangue e genes humanos, 
alguns exemeplos são da Universidade de Yale, nos EUA, que possui 703 amostras de sangue do povo Kayapó, os 
quais buscam características relacionadas a doença HTLV, o Instituto Nacional do Câncer(NCI), dos EUA, possui 
amostras de povos da América Central e do Sul (HATHAWAY, 2004). 
A proteção contra a biopitaria no Brasil, possui uma MP, não sendo muito efetiva, pois não garante sanções penais 
contra biopirataria, possui o ''Código Florestal'' de 1965, proibindo a comercialização de plantas, porém não engloba 
todos os caso, a '' lei de proteção da fauna'', sendo revogada pela MP (HATHAWAY, 2004). Possui uma lei de 
proteção contra a extração de recursos naturais, sendo a lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservaçãoda 
Natureza (SNUC), a lei de cultivares, havendo também o Estatuto do Índio, protegendo o patrimônio cultural das 
comunidades indígenas (GOMES e SAMPAIO, 2019). 
Por fim, será uma aula com a utilização de slides e debates, discutindo primeiro o que os alunos sabem sobre o 
assunto, logo após aprofundando sobre ele, após a apresentação da aula um debate sobre os impactos que podem ser 
gerados por meio desta prática. 
VII. Recursos Didáticos: 
Utilização de data-show, para demostração dos slides, apresentação de trechos de filmes como Rio e 
Avatar, sendo produções que demostram casos de biopirataria. Também será disponibilizado um material 
complementar com leis para os alunos. 
VIII. Avaliação: 
-Atividades: Será a apresentação feita com slides sobre os impactos sociais e econômicos gerados num país, sendo 
feito em grupo de até 4 pessoas e trabalho individual, precisamente, uma dissertação sobre o tema livre sobre 
biopirataria buscando entender o que os alunos entederam acerda do tema. 
-Critério adotados para correção de atividades: A apresentação deverá conter referências de onde foi retiradas as 
informações, devendo mostrar com clareza o impacto gerado, dar exemplos de casos ocorridos. A dissertação terá 
um caráter mais pessoal, sendo feita para um reflexão própria dos alunos, gerando um debate sobre suas visões a 
respeito do tema. 
XIX. Bibliografia: 
-Base: 
HATHAWAY, David. A biopirataria no Brasil, E-papers Serviços Editoriais, Rio de Janeiro, v. 1, p. 96: Reflexões 
no Brasil. 2004 
-Complementar: 
GOMES, Magno Federici; SAMPAIO, José Adércio Leite. BIOPIRATARIA E CONHECIMENTOS 
TRADICIONAIS: AS FACES DO BIOCOLONIALISMO E SUA REGULAÇÃO. Veredas do Direito, Belo 
Horizonte, v.16, n.34, p.91-121, Janeiro/Abril. 2019. 
ACEVEDO, C. R. et al. A BIOGRILAGEM E SEUS IMPACTOS NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO: 
UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA. Revista Cienttífica ANAP Brasil, v. 2, n. 2. 2009.

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