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CADERNO DE ATENÇÃO BÁSICA: SAÚDE MENTAL Parte II Saúde Mental e a cartografia da pessoa, da família e da comunidade A "casa dos 20": o cuidado como celebração da vida -“Casa dos 20” - 20 pessoas (3 gerações em uma casa de 2 quartos) -Fome e desesperança -Moradia com mofo e infiltração -Problemas com pequeno tráfico e usuários -Adolescente fora de escola e atividades legais -Adolescentes de 16 e 19 grávidas -Crianças em exposição -Comunidade solidária entre si Os desafios da equipe de saúde da comunidade -Cenário Socioafetivo: Negociação do projeto terapêutico com: Análise do risco social considerando as três gerações presentes; Cuidados clínicos; Afetos circulantes nas relações entre eles externas ao domicílio. -Possibilidades para o complexo cuidado necessário: Programas sociais de emprego, renda, manejo de situações de risco, prevenção ao uso de drogas, ações de redução de danos, segurança, esperança; Intervenção clínica e clínica de afetos REDE DE APOIO A construção da Rede de Cuidados Compartilhados CONCEITO: no âmbito da micropolítica, se forma por fluxos entre os próprios trabalhadores, que no ambiente de trabalho estabelecem conexões entre si com funcionamento mediante um determinado projeto terapêutico. PRÉ NATAL CUIDADOS AO USUÁRIO DE DROGAS CUIDADOS COM CRIANÇAS ESCOLARIZAÇÃO/ PROFISSIONALIZAÇÃO A ação: situação de alta complexidade USO DE DROGAS Envolvimento do Caps-ad (Centro de Atenção psicossocial – álcool e drogas) Conselho tutelar CRIANÇAS E ADOLESCENTES Centro de Referência de Assistência Social (Cras) INSERÇÃO EM PROGRAMAS E DOCUMENTAÇÃO Fundação de abrigo (Secretaria Municipal de Saúde), Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL) Diretrizes do projeto terapêutico: Gestantes grupo de planejamento familiar Usuária de drogas e desempregada Caps-ad e programa de aprendizado profissional da jardinagem de praças Ocupação e renda Crianças na creche Crianças programa de abrigo da UBS + atividade esportiva e cultural Adolescentes Curso profissionalizante + assiduidade escolar Mãe nega qualquer opção oferecida Cartografia da produção do cuidado: -Detalhes -Situação social, -Sentimentos, angústias, dificuldades -Mistura de sujeito e objeto (formas de produção da vida e vida em produção) -Diálogo sem julgamentos -Mundo exterior e interior A FOTO X O FILME OS AFETOS A disputa sobre os modos de viver a vida: OS MODOS ANTERIORES DE VIDA AS PROPOSTAS DA EQUIPE DE SAÚDE -Influencia os medos, a relação com o tráfico, as inseguranças, a interação com a comunidade, o prazer, a renda e o pertencimento na comunidade -Traz novos agenciamentos a afetar o grupo familiar, como o trabalho em sua formação, a redução de danos após a exposição a drogas, o novo planejamento familiar Conflito permanente A subjetivação dos destinos dos habitantes da “casa dos vinte”: -Renda por profissionalização ou pelo tráfico? -Envolvimento de outros órgãos, equipes e trabalhadores, com suas impressões no processo DUAS GRANDES PERGUNTAS: -Como lidar com múltiplos atores sociais? -Como manejar suas diferentes singularidades? -Permanente contato e monitoramento das condutas relacionadas a cada uma das pessoas da casa, visto a fragilidade e a sensibilidade extrema -Reconhecer que cada um se expressa singularmente é fundamental para pensar os projetos terapêuticos individualizados. Nenhum se restringe a somente 1 papel social Considerações finais: caso inconcluso -O trabalho continua! -A regressão pode acontecer, o processo não é de via única -A equipe tem muito o que comemorar É preciso paciência, esforço, compromisso e persistência! Cartografia e intervenção multiprofissional: O Projeto Terapêutico Singular (não exclusivo à Atenção Psicossocial) Conceito: Uma estratégia de cuidado que articula um conjunto de ações resultantes da discussão e da construção coletiva de uma equipe multidisciplinar e leva em conta as necessidades, as expectativas, as crenças e o contexto social da pessoa ou do coletivo para o qual está dirigido. INDIVÍDUO FAMÍLIA GRUPO Sobre o Projeto Terapêutico Singular... -Apesar de uma estratégia muito positiva, não há necessidade de aplicação para todos os pacientes admitidos, é reservado para casos complexos e com maior articulação da equipe DEVE-SE AVALIAR BIOLÓGICO, PSÍQUICO E SOCIALMENTE -Uso de um roteiro de forma que facilite e sistematize o uso do PTS O Roteiro é dividido da seguinte maneira: -Diagnóstico situacional; -Definição de objetivos e metas; -Divisão de tarefas e responsabilidades -Reavaliação do PTS Diagnóstico Situacional: Uso da escuta qualificada e empatia. É preciso acolher nesse primeiro momento. Utilizar-se da cartografia, e explorar o histórico do paciente. Definição de objetivos e metas: Realizar a comunicação culturalmente sensível a fim de obter informações plausíveis e fazer projeções de curto médio e longo prazo. Também é importante saber limites e separar o real do ideal (considerar redução de danos) Entendendo as etapas do PTS: A divisão de tarefas e responsabilidades: Atuação do técnico de referência por meio do esclarecimento do que vai ser feito, por quem e em que prazos. Esta posição geralmente é assumida pelo trabalhador que estabelece maior vínculo com a pessoa em sofrimento. Reavaliação do PTS: Conduzida pelo técnico de referência, deve ser sistemática, agendada com a equipe e a pessoa cuidada. A revisão de prazos, expectativas, tarefas, objetivos, metas e resultados esperados e obtidos podem ajudar a manter o PTS ou introduzir e redirecionar as intervenções conforme as necessidade Entendendo as etapas do PTS: Referência: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde mental / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília : Ministério da Saúde, 2013. Obrigada! D E F E N D A M O S U S
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