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Projeto Terapêutico Singular

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PMC – 2021.2 
Alice Bastos 
Projeto Terapêutico Singular 
Introdução 
O PTS é um conjunto de propostas de condutas 
terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou 
coletivo, resultado da discussão coletiva de uma 
equipe interdisciplinar, com apoio matricial (duas ou 
mais equipes, em um processo de construção 
compartilhada criam uma proposta de intervenção 
pedagógico-terapêutica), se necessário; 
Bastante desenvolvido em espaços de atenção à saúde 
mental como forma de propiciar uma atuação 
integrada da equipe, valorizando outros aspectos, além 
do diagnóstico psiquiátrico e da medicação, no 
tratamento dos usuários; 
É um projeto que pode ser feito para grupos ou famílias 
e não só para indivíduos; 
Não é necessário nem viável elaborar um PTS para 
todas as pessoas atendidas em um serviço de Atenção 
Básica; 
→ Os casos mais difíceis com maior gravidade e 
complexidade devem ser priorizados 
Busca a singularidade como elemento central de 
articulação na tentativa de mudar a tendência de 
igualar as situações ou os sujeitos a partir dos 
diagnósticos formados; 
A construção de um PTS deve ser compreendida como 
estratégia que, em sua proposição e desenvolvimento, 
envolve a pessoa com transtorno mental, seus 
familiares e a rede social, num processo contínuo, 
integrado e negociado de ações voltadas à satisfação 
de necessidades e produção de autonomia, 
protagonismo e inclusão social. 
Momentos do PTS 
O PTS contém quatro momentos: 
1. O diagnóstico; 
2. Definição de metas; 
3. Divisão de responsabilidades; 
4. Reavaliação. 
 
O diagnóstico 
Deverá conter uma avaliação orgânica e psicossocial, 
que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e 
da vulnerabilidade do usuário; 
Para isso, é necessário ter uma escuta cuidadosa e 
sensível para dar voz à pessoa, a família, ao grupos ou 
ao coletivo para que falem sobre seus problemas, suas 
expectativas, suas explicações e suas tentativas de 
intervenção; 
Deve tentar captar como o sujeito singular se produz 
diante de forças como as doenças, os desejos e os 
interesses, assim como também o trabalho, a cultura, 
a família e a rede social; 
→ Ou seja, tentar entender o que o sujeito faz de 
tudo que fizeram com ele; 
Nesse momento, é importante identificar as 
necessidades, demandas, vulnerabilidades e 
potencialidades mais relevantes de quem busca ajuda; 
Também é importante identificar as intervenções já 
realizadas e seus resultados, bem como realizar a 
avaliação das vulnerabilidades compostas pelos fatores 
de risco e fatores de proteção individuais, familiares, 
grupais e coletivos. 
Definição de metas 
Após fazer o diagnóstico, a equipe faz as propostas de 
curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com 
o sujeito doente e demais pessoas envolvidas. 
Divisão de responsabilidades 
É necessário dividir as tarefas de cada um com clareza 
(incluído as tarefas do sujeito); 
Definir um profissional que será responsável pelo 
maior contato entre o caso e a equipe de saúde é uma 
estratégia que pode facilitar a continuidade da 
assistência, além da reavaliação e reformulação de 
ações do PTS; 
→ Esse profissional é chamado de técnico de 
referência; 
PMC – 2021.2 
Alice Bastos 
O técnico de referência tem a responsabilidade de 
coordenar o PTS, suas tarefas, metas e prazos por meio 
do acompanhamento, articulação, negociação 
pactuada e reavaliação do processo com a pessoa, seus 
familiares, a equipe de Saúde e outras instâncias que 
sejam necessárias. 
Reavaliação 
Conduzida pelo técnico de referência, consiste no 
momento em que a equipe fará a discussão do caso, 
verificando o que teve êxito e o que precisa ser 
reformulado para ter melhor resposta; 
A periodicidade da reavaliação deve ser definida pela 
equipe interdisciplinar no planejamento das ações.

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