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N2 Ética FMU - 9 semestre

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O advogado Pavarotti instalou, na fachada do seu escritório, um pequeno painel luminoso, com luzes de neon, coloridas e piscantes, com os dizeres “Advocacia Tributária”. 
A sociedade de advogados José Carreras, contratou a instalação de um painel luminoso no saguão de entrada (andar térreo) do prédio onde funciona o referido escritório, onde consta o nome da sociedade, dos advogados associados e o andar onde se localiza sua sede. 
Já a advogada Maria Callas fixou, no vidro traseiro de seu automóvel, um pequeno e discreto cartaz contendo inscrições sobre seu nome e o ramo do Direito em que atua. Considerando as situações descritas, o que você diria aos respectivos advogados, caso fosse consultado?
O advogado Pavarotti instalou, na fachada do seu escritório, um pequeno painel luminoso, com luzes de neon, coloridas e piscantes, com os dizeres “Advocacia Tributária”. 
A sociedade de advogados José Carreras, contratou a instalação de um painel luminoso no saguão de entrada (andar térreo) do prédio onde funciona o referido escritório, onde consta o nome da sociedade, dos advogados associados e o andar onde se localiza sua sede. 
Já a advogada Maria Callas fixou, no vidro traseiro de seu automóvel, um pequeno e discreto cartaz contendo inscrições sobre seu nome e o ramo do Direito em que atua. Considerando as situações descritas, o que você diria aos respectivos advogados, caso fosse consultado?
Resposta:
Ao advogado Pavarotti, é vedado o uso de painel luminoso para divulgar os serviços profissionais, segundo o artigo 40, II do Código de Ética e Disciplina da OAB. Somente seria possível o uso de painel luminoso na fachada do escritório de caráter meramente informativo, apenas para identificação de seu escritório, conforme dispõe o artigo 40, em seu parágrafo único e respeitando a discrição e sobriedade, conforme determina o artigo 39 do CED.
À sociedade de advogados José Carreira, é permitido o uso do painel luminoso dentro do prédio, pois a vedação do painel luminoso abrange apenas espaços públicos, conforme parágrafo único do artigo 40 do CED.
No que tange à advogada Maria, é permitido o uso da publicidade profissional, pois conforme apontado no caso em tela, é de caráter meramente informativo, primando pela discrição e sobriedade, segundo o artigo 39 do CED.
O advogado Florisvaldo foi contratado por Políbio para defendê-lo, extrajudicialmente, tendo em vista a pendência de inquérito civil em face do cliente. O contrato celebrado por ambos foi assinado em 15/04/15, não prevista data de vencimento. Em 15/04/17, foi concluída a atuação de Florisvaldo, tendo sido homologado o arquivamento do inquérito civil junto ao Conselho Superior do Ministério Público. Em 15/05/18, Florisvaldo notificou extrajudicialmente Políbio, pois este ainda não havia adimplido os valores relativos aos honorários contratuais acordados. Como o pagamento continua pendente, Florisvaldo deseja cobrá-lo judicialmente, porém tem dúvida se tal cobrança ainda é possível. Como especialista no assunto, o que você diria a ele? Explique, resumidamente. 
Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.
Art. 25-A.  Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI).
Portanto ele pode cobrar os honorários, Art 25, III.
Considerando o lapso temporal decorrido entre os atos praticados, é possível a cobrança judicial dos honorários. A prescrição da pretensão para ajuizar ação para cobrança de honorários prescreve em 05 anos, conforme o art. 25, caput do Estatuto da OAB. Diante do caso apresentado, considerando que no contrato avençado entre Florisvaldo e Políbio não foi prevista data de vencimento, o início do prazo prescricional será contado na forma do Inciso III do aludido art. 25, ou seja, no dia 15/04/17, data na qual concluiu a atuação extrajudicial. Assim sendo, em 15/05/2018 ainda não transcorreu os 5 anos contados a partir da data de 15/04/17, logo, é plenamente possível o ajuizamento da ação de cobrança de honorários. 
O advogado Agamenon, em razão de sua notoriedade na atuação em defesa das minorias, foi procurado por representantes de certa pessoa jurídica Y, que solicitaram sua atuação pro bono em favor da referida pessoa jurídica, em determinados processos judiciais. Como o Dr. Agamenon não conhece ética profissional procura seu escritório para saber como deve proceder. O que você diria a ele? Explique, resumidamente.
Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio. § 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. § 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado.
Não pode pro bono para PJ, a lei dispõe expressamente em favor de que pessoas é possível atuar.
A atuação pro bono constituiu uma atuação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos. Essa atuação pode ser a favor tanto de pessoa física quanto de pessoa jurídica, essas últimas, desde que seja instituição social sem fins econômicos, e em ambas, desde que não disponham de recursos para contratar advogado, nos termos do art. 30, §§1º e 2º do Código de Ética e Disciplina da OAB. Nesse contexto, se a pessoa jurídica Y for uma instituição social sem fins econômicos, será plenamente possível a atuação pro bono de Agamenon.  
George Lucas sofreu sanção de censura por infração disciplinar resultante da transgressão do inciso VI do art. 34 da Lei 8906/94; 
Lucke Walker sofreu sanção de suspensão de 8 meses, cumulada com multa de 5 anuidades, pelo fato de ser reincidente na infração disciplinar prevista no inciso XXII do art. 34 da mesma Lei; 
Lea Covid sofreu penalidade de exclusão resultante da transgressão do inciso XXVIII, também do Art. 34 da Lei 8906/94. 
Transcorrido um ano após a aplicação e o cumprimento das respectivas sanções, os três pretendem obter a reabilitação junto à OAB. Como desconhecem por completo as regras de Ética Profissional, procuram seu escritório para auxiliá-los nessa empreitada. Como especialista no assunto, o que você diria a eles?
Segundo o art. 41 do EOAB, é permitido nas sanções de suspensão, censura e até exclusão, a reabilitação 1 ano após o cumprimento da pena. Assim sendo:
George Lucas, sofreu a penalidade de censura, assim, após um ano de seu cumprimento, estaria reabilitado, face a um pedido feito para que seja provado o bom comportamento e consequentemente o advogado volta a ser primário.
Lucke Walker, sofreu sanção de suspensão, cumulada com multa. Neste caso, segundo o art. 37, §2º do EOAB, a suspensão perdura até que o advogado prestar as contas ou pagar a contribuição, multa ou preço devido a OAB. E, também, até que o advogado "preste novas provas de habilitação", sendo que isso não É um "novo exame de ordem", mas sim um curso profissional da "ESA" por exemplo.
Lea Covid sofreu penalidade de exclusão resultante da transgressão do inciso XXVIII, referente a prática de crime infamante, assim teria sua inscrição da OAB cancelada. No que tange a reabilitação quando da prática de crime infamante (art. 28 EOAB), faz-se necessária a prova da reabilitação criminal. E somente provada a reabilitação criminal, é possível pedir a reabilitação na OAB.
O Dr. Orozimbo, regularmente inscrito na OAB/RJ, foi considerado culpado em processo disciplinarjá transitado em julgado, onde lhe foi aplicada a sanção de censura, pelo prazo de 15 meses, com a consequente inserção da penalidade nos seus assentamentos e a regular publicação da pena aplicada no Diário Oficial. Desconhecendo totalmente o procedimento disciplinar na OAB, o Dr. Orizombo procura seu escritório para saber se foi correto o procedimento adotado pela OAB/RJ. Como advogado, especialista no assunto, o que você diria ao Dr. Orozimbo? Explique, resumidamente.
O procedimento adotado pela OAB/RJ, está parcialmente errado, pois segundo o artigo 35, parágrafo único, da Lei 8.906, Estatuto da Advocacia e OAB, que dispõe: “As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto de publicidade a de censura.” Portanto, por se tratar de uma sanção de censura, a inserção da penalidade nos assentamentos está correta, porém a publicação da pena aplicada no Diário oficial contraria o disposto do referido artigo.
Gonçalves, advogado inscrito na Seccional da OAB do Estado da Paraíba, praticou infração disciplinar considerada grave e, consequentemente, atentatória à dignidade da advocacia, em território abrangido pela Seccional da OAB do Estado de Santa Catarina. 
Após representação do interessado perante a OAB/SC, a OAB/PB instaurou processo disciplinar para apuração da referida infração. Indignado com a atitude da OAB/PB, o Dr. Gonçalves procura seu escritório solicitando apoio para propor medida visando a anulação desse segundo processo disciplinar que, na opinião do Dr. Gonçalves, é uma verdadeira aberração jurídica. Como especialista no assunto, o que você recomendaria a ele? Explique, resumidamente.
Portanto, cabe recurso ao Conselho federal 
Art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal.
Art. 75. Cabe recurso ao Conselho Federal de todas as decisões definitivas proferidas pelo Conselho Seccional, quando não tenham sido unânimes ou, sendo unânimes, contrariem esta lei, decisão do Conselho Federal ou de outro Conselho Seccional e, ainda, o regulamento geral, o Código de Ética e Disciplina e os Provimentos.
Parágrafo único. Além dos interessados, o Presidente do Conselho Seccional é legitimado a interpor o recurso referido neste artigo.
Thomas Hobbes é advogado do Banco do Estado X e atua, fora da carga horária demandada pela função, como advogado, em seu escritório de advocacia, especializado em Direito Comercial. Thomas Hobbes é professor de Filosofia na Universidade Z, situada no Estado Y. Thomas Hobbes deseja imprimir cartões de visitas para divulgação profissional de seu endereço e telefones. Assim, dirigiu-se a uma gráfica e elaborou o seguinte modelo: no centro do cartão, consta seu nome e número de inscrição na OAB. Logo abaixo, o endereço do escritório, o telefone e o e-mail. No canto inferior esquerdo há uma discreta e sóbria fotografia dele. Na parte superior do cartão, estão as seguintes inscrições “advogado do Baco do Estado X”, “advogado Comercial”, “PHD em Filosofia do Direito” e “professor da Universidade Z”. O Dr. Hobbes solicitou à gráfica que imprima os cartões na cor bege clara, com grafia discreta na cor marrom. Preocupado com uma certa expressão de desconforto do funcionário da gráfica, o Dr. Hobbes, que pouco conhece sobre ética profissional, procurou seu escritório pedindo conselho a respeito do citado cartão. Como especialista no assunto, o que você diria a ele? 
É vedado o uso de foto Art. 44. Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB. (NR)9 § 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido. § 2º É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.
e
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados: I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público; IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação de vínculos entre uns e outras;
A sociedade Agildo, Bueno, Carlito & Dimas Advogados é integrada, exclusivamente, pelos sócios Agildo, Bueno, Carlito e Dimas, todos advogados regularmente inscritos na OAB. Em um determinado momento, Agildo vem a falecer. Bueno passa a exercer mandato de deputado federal, sem figurar entre os integrantes da Mesa Diretora da Câmara ou seus substitutos legais. Carlito passa a exercer, em caráter temporário, função de direção em empresa concessionária de serviço público. Como os sócios desconhecem ética profissional, procuram seu escritório para saber como fica a situação da sociedade em face dos fatos relatados. O que você diria a eles? Explique, resumidamente.
Como advogado, diria a cada um dos meus clientes o seguinte:
Agildo: Em relação a Agildo, o nome dele ainda pode permanecer constando na sociedade (desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo) conforme dispõe o artigo 16 § 1 da EOAB – Lei 8906, que afirma que desde que previsto no ato constitutivo, existe a possibilidade de que o nome de Agildo permaneça constando na Sociedade
Bueno: Considerando que o sócio Bueno passou a exercer mandato de deputado federal, informaria a ele que conforme dispõe o artigo 30, II, da EOAB – Lei 8906, ele está impedido de exercer a advocacia por conta de seu cargo no poder legislativo. 
Carlito: Já sobre Carlito, que passou a exercer, função de direito em empresa concessionária de serviço público, que ele também está impedido de exercer a advocacia durante o período que ele ocupar a função no órgão público, conforme disposto pelo artigo 30, II, da EOAB – Lei 8906), importante ressaltar ainda que neste caso A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, conforme dispõe o artigo 28, inciso III da EOAB – Lei 8906.
Dimas: Já em relação a Dimas, este continuará a exercer normalmente a advocacia na sociedade. (§7º do art. 15 EOAB, Lei 8906).
Na situação que se encontra a Sociedade Agildo, Bueno, Carlito & Dimas Advogados, deve ocorrer uma mudança na razão social da sociedade e também outras providências. 
Em relação ao nome de Agildo, considerando que ele faleceu, se a possibilidade de manutenção do nome dele na razão social estiver prevista no ato constitutivo da sociedade conforme exige o art. 16, §1º do Estatuto da OAB (EOAB - Lei 8906/94), seria possível manter, do contrário, deve ser retirado. 
No que tange a Bueno, é importante frisar que o exercício de cargo de deputado federal sem figurar entre os integrantes da Mesa diretora da câmara ou substitutos, configura um impedimento para exercer a advocacia nos termos do art. 30, II do EOAB, o que é uma proibição parcial e não total. Nesse contexto, o art. 16, caput do EOAB afirma que não pode constar na razão social nome de advogado sócio que seja “totalmente proibido de advogar”. Logo, não se faz necessária a alteração da razão social para a retirada do nome de Bueno. 
Por fim, em relação a Carlito, considerando que exerce em caráter temporário função de direção em empresa concessionária de serviço público, nos termos doart. 28, §§1º e 2º do EOAB, sua atividade é incompatível com a advocacia. Não obstante, por ser uma atividade temporária, não é necessária alteração na razão social da sociedade, no entanto, é necessário averbar seu licenciamento no registro da sociedade, conforme o art. 16, §2º do EOAB. 
O dr. Plutão, advogado inscrito na OAB/PR é Presidente daquele Conselho Seccional e está indignado com o Conselho Seccional da OAB/SE, que instaurou o processo disciplinar contra ele, em face de representação recebida por aquela Seccional, com fundamento no inciso XXIV do Art. 34 da Lei 8906/94. Segundo o dr. Plutão, além da suposta infração ser discutível, posto que ele é doutor em processo civil, ainda que ele tenha ocorrido, a OAB/SE não tem competência para a abertura do referido processo disciplinar contra ele. Consultado a respeito, o que você diria a dr. Plutão? Explique, resumidamente.
O processo disciplinar, desde que o ato praticado constitua infração disciplinar do rol do artigo 34 da Lei 8.906/94, pode ser instaurado e a suposta infração disciplinar cometida não é discutível diante da alegação da especialidade em processo civil de dr. Plutão. 
Onde dos critérios de admissibilidade da representação para início do procedimento estão previstos no CED, a partir do art. 55. A instauração de ofício só pode ocorrer por notícia de fato de fonte idônea ou em virtude de recebimento de comunicação da autoridade competente. Assim sendo, o processo disciplinar, pode ser iniciado de ofício, ou a requerimento de qualquer pessoa.
Geralmente, os processos disciplinares tem início nas seccionais da OAB, ou seja, a regra é começar na seccional, a exceção é começar no Conselho Federal e em subseção. Como dr. Plutão é presidente do Conselho Seccional na OAB/PR, a representação é processada e julgada pelo Conselho Federal, sendo competente a segunda Câmara reunida em sessão plenária, segundo o artigo 58, § 5º do novo CED. 
Assim, conclui que, a OAB/SE pode noticiar o fato, o cometimento da suposta infração disciplinar, ao Conselho Federal, para que seja iniciado de ofício o procedimento disciplinar contra o dr. Plutão, então presidente do Conselho da Seccional da OAB/PR.
Art. 58. Recebida a representação, o Presidente do Conselho Seccional ou o da Subseção, quando esta dispuser de Conselho, designa relator, por sorteio, um de seus integrantes, para presidir a instrução processual.
§ 5º A representação contra membros do Conselho Federal e Presidentes de Conselhos Seccionais é processada e julgada pelo Conselho Federal, sendo competente a Segunda Câmara reunida em sessão plenária. A representação contra membros da diretoria do Conselho Federal, Membros Honorários Vitalícios e detentores da Medalha Rui Barbosa será processada e julgada pelo Conselho Federal, sendo competente o Conselho Pleno. 
Art. 34. Constitui infração disciplinar:
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
O dr. Fred Mercury, sócio da Mercury e Stones advogados associados, com sede na cidade de São Paulo, pretendendo também ingressar, como sócio, na sociedade de advogados Elvis e John, efetua consulta ao TED da OAB/SP sobre tal possibilidade. Como membro do referido TED, qual seria seu parecer? Explique, resumidamente.
Dr. Fred Mercury, somente poderia ingressar como sócio na sociedade de advogados Elvis e John, se esta segunda sociedade for uma filial da Mercury e Stones advogados associados, a qual já é sócio, assim seria plenamente possível ambas associações dentro do mesmo estado. No entanto, se for de escritório diferentes, não é possível. Com efeito, o §4º do art. 15 determina que o advogado não pode ser sócio de mais de um escritório (sede ou filial) no mesmo estado. E, se existir mais de um desses escritórios em estados diferentes no qual se é sócio, não se pode abrir filiais em estados em que já existem escritórios. Ademais, quando falamos de filial, segundo o art. 15, §5º do EOAB deve ser averbado na seccional em que ele ela se instalar.

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