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RESUMO Eleições e sistemas eleitorais - Miguel de Lucca

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Eleições e sistemas eleitorais
Miguel De Luca
 
Define-se eleição como procedimento reconhecido pelas normas de uma organização em virtude da qual todos ou alguns de seus membros elegem a um número menor de pessoas ou a uma só, para ocupar cargos nessa organização.
A eleição envolve a existência de um corpus eleitoral determinado, votação para no mínimo um candidato e uma regra de cômputo dos votos e um critério de decisão em caso de empate.
As eleições de maior relevância são as de caráter nacional, tanto para membros do Poder Legislativo quanto Executivo. As demais eleições são consideradas de segunda ordem. As eleições também se distinguem de acordo com o seu nível de intermediação, sendo diretas, quando os eleitores votam diretamente no candidato, ou indiretas, em que um grupo eleito pelo povo é que elege o cargo específico.
Classificam-se ainda as eleições em competitivas, que é o procedimento característico da democracia em que as eleições cumprem a função de selecionar um governo; semi-competitivas, que só aparentemente são competitivas, e as não competitivas, nas quais o eleitor se vê sem opções para se manifestar seguramente.
Assim, são regras básicas das eleições: Direito de voto e padrão de eleitores – hodiernamente prevalece o sufrágio universal; uma modalidade de voto estabelecida (secreto, igual ou obrigatório); a verificação de candidaturas respaldadas por partidos políticos, e uma campanha eleitoral, onde os candidatos fazem a sua “propaganda”.
O sistema eleitoral é o mecanismo de cômputo de votos e consequente transformação da maioria dos votos em cargos obtidos pelos candidatos. Nem todos os partidos que se apresentam no comício obtêm cargos ou bancas, por isso diz-se que o sistema eleitoral tem um efeito redutor. São importantes características dos sistemas eleitorais o distrito ou circunscrição de voto, que são as seções que dividem ou agrupam o eleitorado para melhor computar os votos, considerando a sua base populacional; o tamanho da assembleia, que determina o número de cargos disponibilizados e influenciam na quantidade de partidos; e a fórmula eleitoral, que é a forma de cálculo usualmente mecânica dos totais de votos em uma determinada distribuição (majoritários – maioria relativa simples ou absoluta, proporcional ou desproporcional).
No entanto, as eleições podem ser convocadas para outros fins, como: o recall, que é um meio de destituir um governante de seu cargo antes que cumpra o mandato, complementando o impeachment; o plebiscito designa eleições ad hoc convocada pelos governantes para decidir sobre eventos excepcionais sem previsão constitucional; o referendum, que consiste em uma votação popular obrigatória estabelecida pelos governantes dentro de um determinado número de assuntos públicos estabelecidos pela Constituição e a iniciativa popular, que é uma ferramenta através da qual um número determinado de cidadãos solicita a revogação ou aprovação de propostas de leis com as suas assinaturas.
O principal desafio que resta é o de obter uma participação maior em comícios, devendo ainda garantir condições equitativas na competição por votos e uma maior transparência em todas as fases do processo eleitoral.

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