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ARTIGOS SISTEMAS ADESIVOS - RESUMO INTRODUÇÃO Escolha do material: ⇨ Características dos substratos a serem unidos ⇨ Características químicas ⇨ Mecanismo de ação do sistema de união Sistemas simplificados: ⇨ Não permitem adequado selamento dentinário ⇨ Interferem na polimerização química de alguns materiais resinosos DEFINIÇÃO São os materiais responsáveis pela ADESÃO, ou seja, união entre o material restaurador e a estrutura dental. A adesão adequada requer boa capacidade de molhamento, com pequeno ângulo de contato entre o adesivo e o substrato. O molhamento do aderente dependerá da: ⇨ Rugosidade da superfície: depende das características superficiais e é influenciada pelo condicionamento ácido. ⇨ Energia livre de superfície do substrato, influenciada pelo condicionamento ácido, deve ser maior que a tensão superficial do adesivo. ➯ Esmalte: após o condicionamento ácido a energia livre de superfície é aumentada. ➯ Dentina: após o condicionamento ácido a energia livre de superfície é diminuída pela exposição das fibrilas de colágeno após remoção dos componentes minerais. ➯ A dentina desmineralizada e úmida requer o PRIMER para aumentar a sua energia de superfície e permitir a molhabilidade do adesivo. ⇨ Tensão superficial do adesivo: a heterogeneidade da composição influencia. ⇨ Viscosidade do adesivo: influenciada pela viscosidade de cada monômero componente, pela proporção de diluentes e solventes orgânicos. Ou seja, a concentração de cada componente irá influenciar na viscosidade, interferindo no molhamento e na adesão. Composição química: ⇨ Monômeros e diluentes ⇨ Solventes ⇨ Fotoiniciadores e estabilizadores ⇨ Partículas de carga Composição Sistema: ⇨ Primer: monômeros resinosos diluídos em solventes orgânicos, que podem ou não conter água na formulação. 2 grupos funcionais: ➯ Hidrofílico: afinidade com colágeno ➯ Hidrofóbico: afinidade com material resinoso ➯ Permite a formação da camada híbrida com as fibrilas de colágeno, preenchendo os espaços interfibrilares e revestindo as fibras para penetração do agente adesivo. ➯ Aumenta a energia livre de superfície da dentina facilitando o molhamento pelo adesivo. ⇨ Adesivo: resina hidrofóbica com baixa viscosidade que liga o primer e a RC. CAMADA HÍBRIDA Responsável pela retenção dos materiais restauradores resinosos ao substrato dental. Mecanismo de adesão à dentina desmineralizada com ácido pela retenção micromecânica através da impregnação do adesivo à trama de fibrilas colágenas previamente desmineralizadas. CLASSIFICAÇÃO Passou a ter uma característica mais hidrofílica para ter maior afinidade com o substrato úmido da dentina. Técnica de adesão úmida ⇨ CONVENCIONAIS. ⇨ Preconiza a manutenção da dentina úmida. Ácido fosfórico desmineraliza a dentina ⇨ expõe as fibrilas de colágeno que são envoltas por água ⇨ a água deve substituir temporariamente o mineral dissolvido após a lavagem do ácido ⇨ preservar os espaços interfibrilares sem o colabamento das fibrilas ⇨ monômero adesivo será capaz de infiltrar a região desmineralizada e hibridizar a dentina. ⇨ A umidade é responsável pela manutenção da permeabilidade entre as fibras colágenas que não são mais suportadas pelo mineral. ⇨ O primer é aplicado antes do adesivo hidrofóbico sem que haja ressecamento da dentina. Autocondicionantes: 2 e 1 passos ⇨ Condicionam o substrato e infiltram a região desmineralizada concomitantemente por meio de um monômero acídico. ⇨ Associação de ácido e primer pela adição de ésteres fosfatados aos grupamentos carboxílicos de monômeros resinosos, que os acidificam ao ponto de dentimeralizarem o esmalte e a dentina. ⇨ A estrutura mineral do dente tem capacidade de tamponamento dos monômeros ácidos, há neutralização da sua ação desmineralizante após sua aplicação. ⇨ A eficiência no condicionamento e a penetração dos sistemas autocondicionantes no substrato dental depende de: ➯ Acidez inicial do material ➯ Capacidade de tamponamento que oferecem ⇨ Precisam de água na composição para deflagrar o processo de ionização e realizar o autocondicionamento. ⇨ Maior complexidade química e mais HIDROFÍLICOS. ⇨ Profundidade da cavidade não influencia no processo de adesão. ⇨ 2 passos: ➯ Primer ácido ➯ Adesivo ⇨ 1 passo: ➯ Primer ácido/adesivo: misturados e aplicados em 1 passo. Convencionais: 3 e 2 passos ⇨ Profundidade da cavidade influência no processo de adesão, devido a composição da dentina com q quantidade de túbulos dentinários e presença de água. ⇨ 3 passos: ➯ Ácido ➯ Primer ➯ Adesivo ⇨ 2 passos: ➯ Ácido ➯ Primer/Adesivo SUBSTRATOS PARA ADESÃO Apresentam retenção micromecânica ao esmalte, dentina e cemento por meio da hibridização dos substratos. As características dos substratos irão influenciar no condicionamento e infiltração do adesivo. Esmalte ⇨ Mais mineral ⇨ Pouco conteúdo orgÂnico ⇨ Organizado em prismas de esmalte passíveis de desmineralização após aplicação de ácido fosfórico ⇨ Não colabam quando desidratados ⇨ Melhor adesão pelos adesivos convencionais ⇨ Por ser muito mineralizado, promove rapidamente o tamponamento dos monômeros ácidos dos sistemas autocondicionantes, reduzindo sua capacidade de desmineralização. Dentina ⇨ 65% mineral e 35% orgânica com fibrilas colágenas e água ⇨ Organizada em rede complexa de túbulos dentinários dispostos radialmente à polpa em direção a superfície externa do dente Dentina intertubular ⇨ Substrato principal para formação da camada híbrida Dentina peritubular ⇨ Camada com matriz orgânica delicada e mais mineralizada ⇨ Perdida no condicionamento ácido Dentina superficial ⇨ Abaixo do esmalte ⇨ Poucos túbulos dentinários, de menor diâmetro. ⇨ Maior quantidade de dentina intertubular (C.H) Dentina média ⇨ Meia distância ⇨ Maior quantidade de túbulos dentinários e menor de dentina intertubular Dentina profunda ⇨ Próxima ao teto da câmara pulpar ⇨ Maior quantidade e diâmetro de túbulos dentinários ⇨ Pouca quantidade de dentina intertubular (dificulta a formação da camada híbrida) ⇨ Maior qtd de fluido proveniente da polpa Dentina esclerótica ⇨ Formada a partir da reação de defesa do CDP. ⇨ Obliteração dos túbulos dentinários com conteúdo mineral e hipermineralização da dentina abaixo da invasão. ⇨ Difícil condicionamento ácido Dentina afetada por cárie ⇨ Abaixo da dentina infectada por cárie ⇨ Estrutura desorganizada e parcialmente desmineralizada pelos ácidos de origem bacteriana, com menor dureza, menor quantidade de mineral e maior porosidade ⇨ Túbulos obliterados ⇨ Difícil condicionamento ácido ⇨ Não precisa ser removida pois é passível de remineralização CIV: ⇨ Quando houver dificuldade no condicionamento ácido da dentina aplicar o CIV como material adesivo pela sua adesão química aos substratos PASSO A PASSO Convencionais ⇨ Ácido ⇨ Lavagem abundante por no mínimo o mesmo tempo do condicionamento para completa remoção dos subprodutos da reação e do mineral solubilizado na superfície do substrato. ⇨ Secagem da cavidade com papel absorvente para remover o excesso de umidade da superfície, mas não a água dos espaços interfibrilares. O esmalte pode ser seco com jatos de ar sem prejuízos à adesão. ➯ Evitar a secagem com jatos de ar por não conseguir controlar a pressão do ar e nem a quantidade de umidade a ser removida, o que pode gerar desidratação da dentina e colabamento das fibrilas colágenas, prejudicando a infiltração dos monômeros resinosos. ➯ Caso desidratar a dentina, deve-se umedecer outra vez com água para expandir os espaços interfibrilares. ⇨ Aplicação de Primer e Adesivo ou Primer/Adesivo para formar uma camada uniforme e brilhante. Camada mais fina tem oferecido maior resistência adesiva À dentina. ➯ Volume excessivo de material: evaporação dos solventes será dificultado e com maior espessura da camada exposta ao meio bucal, com maior sorção de água e degradação da camada a longo prazo. ⇨ Aguardar 30s para penetração na região desmineralizada para que: ➯ Os solventesfavorecem a evaporação da água, preencham os espaços interfibrilares, envolvam as fibrilas de colágeno ➯ Permitir que o solvente residual seja evaporado e não comprometa a polimerização do adesivo. A polimerização incompleta afeta a adesão, sensibilidade pós operatória e criam uma camada mais suscetível à degradação no meio bucal. ⇨ Auxiliar a evaporação da água e solventes com jato de ar 20cm ⇨ Fotopolimerizar por 20s. Tipos de solvente ⇨ Água: dentina pode estar ligeiramente mais seca, sem brilho superficial de umidade, mas sem a desidratação. Pela evaporação mais lenta, devem ser aplicados de forma ativa/agitação para auxiliar na evaporação. ⇨ Acetona/Etanol: remover somente o excesso superficial, deixando com brilho superficial. Pela fácil evaporação a aplicação deve ser passivo para não evaporar a água dos espaços interfibrilares antes do tempo e afetar a camada híbrida. Autocondicionantes: ⇨ Podem ser aplicados ativamente para auxiliar na dissolução da smear layer, criando poros e facilitando a infiltração dos monômeros ácidos para formar a camada híbrida. ⇨ Não é necessário lavar o agente acídico e nem secar à dentina pois ocorre concomitantemente a desmineralização através da smear layer seguida da infiltração dos monômeros. Não há risco de desidratação e perda de espaços interfibrilares. SIMPLIFICADOS x RC DE POLIMERIZAÇÃO QUÍMICA A simplificação tornou o material mais acídico e hidrofílico As resinas de polimerização química tem aminas terciárias como agente catalisador da reação e são alcalinas, que ao entrarem em contato com adesivos com monômeros ácidos, reagem entre si e são consumidas, não atuando como catalisadoras/ativadoras da reação de polimerização. A camada mais superficial do adesivo não é polimerizada devido a inibição pelo oxigênio. Esses monômeros permanentes que irão entrar em contato com as aminas terciárias das resinas e inativa-las, permanecendo monômeros da resina não polimerizados que podem sofrer sorção de água e degradação hidrolítica. ⇨ Pode aplicar uma camada adicional de resina fluida hidrofóbica não ácida com uso de adesivos convencionais. PERMEABILIDADE DOS SIMPLIFICADOS A característica hidrofílica influencia negativamente na longevidade da camada adesiva. Funcionam como membranas permeáveis que não garantem o selamento hermético da dentina, permitindo a passagem de fluidos pela camada do adesivo, comprometendo a adesão. A permeação nanométrica de fluidos pelo adesivo é a nanoinfiltração. A permeabilidade ocorre pela polimerização incompleta da superfície do adesivo pelo bloqueio do oxigênio, permanecendo monômeros ácidos tornando a camada hipertônica em relação a dentina úmida subjacente, principalmente em dentes vitais. Pela diferença no gradiente de pressão osmótica, há movimentação de água da dentina (hipotônico) para a interface resina/adesivo (hipertônico) e formação de bolhas, enfraquecendo a união adesiva, com degradação hidrolítica. UNIVERSAIS São modificações dos autocondicionantes tradicionais com soluções adesivas com pH menor que o dos adesivos convencionais e monômeros funcionais acídicos capazes de ter adesão química com o substrato. Os monômeros ácidos podem ser usados na dentina mineralizada ou desmineralizada pelo ácido fosfórico, atuação dupla. ⇨ Potencial de união química com a hidroxiapatita pela formação de sais de monômero-cálcio. ⇨ Características menos hidrofóbicas sendo mais compatíveis com o substrato dentinário. EVOLUÇÃO Sobre-condicionamento ácido da dentina: ⇨ Áreas desmineralizadas e não infiltradas por monômeros resinosos. Condicionamento total: não ocorrem danos pulpares pelo potencial tamponante da dentina em cavidades rasas e de média profundidade. Controle da umidade da dentina: ⇨ Aumento da união imediata e da longevidade das restaurações ⇨ Dentina SECA: fibrilas colágenas (essenciais para a camada híbrida) colabam, diminuindo os espaços interfibrilares, que é essencial para a infiltração dos monômeros, o que reduz a homogeneidade da camada híbrida e gera baixa resistência de união imediata. ⇨ Dentina MOLHADA: impede a infiltração dos monômeros hidrofóbicos, que são essenciais para a longevidade da interface de união, e impede a aproximação dos monômeros para adequada polimerização. Evaporação do solvente: ⇨ Aumenta a resistência de união e sua durabilidade ⇨ Função do solvente: melhorar a infiltração dos monômeros hidrofóbicos e facilitar a evaporação da água que mantinha as fibrilas expandidas. ⇨ 3 passos: evaporar o solvente por pouco tempo e com jatos de ar de baixa pressão para não dificultar a mistura da resina adesiva (bond). obs: aplicação com agitação ou +2 camadas ⇨ melhoram a infiltração da resina no substrato condicionado. O uso de resina hidrofóbica sem solvente (bond) adicional aumenta a adesão dos sistemas simplificados devido ao aumento de monômeros hidrofóbicos na interface adesiva, que reduz a sorção de água e a degradação da interface de união. Solventes: ⇨ Água/Etanol: melhor resistência de união e longevidade. Maior tempo para a infiltração dos monômeros na dentina condicionada. ⇨ Acetona: evapora rapidamente, dificultando a infiltração dos monômeros dissolvidos. Além da micro separação de fases após a polimerização, deixando a interface adesiva menos homogênea e mais propensa a degradação. ⇨ Etanol: evapora em menor grau, com ótima infiltração, mas mantém a água da dentina condicionada, que, junto com o solvente residual, irão diminuir a capacidade de polimerização dos monômeros resinosos e degradação do polímero ao longo do tempo. ⇨ THF: pressão de vapor intermediária entre o etanol e a acetona. Boa durabilidade e baixa citotoxicidade. ⇨ DMSO:alta capacidade de dissolução para substâncias líquidas (dissolve monômeros hidrofílicos e hidrofóbicos) mesmo em pequenas concentrações, com homogeneidade excelente. Pressão de vapor muito baixa (quase não evapora), afetando a polimerização. ⇨ t-butanol: melhor hidrofobia, promovendo melhor infiltração dos monômeros hidrofóbicos. Pressão de vapor semelhante ao etanol, podem com maior taxa de evaporação. Excelente adaptação marginal e melhor selamento da dentina. Monômeros funcionais: ⇨ HEMA: hidrofílico, usado em 3 passos somente no primer, devido a alta afinidade com a água da dentina condicionada para facilitar a infiltração dos monômeros hidrofóbicos. ⇨ Com o bond, o teor de HEMA será reduzido, reduzindo a sorção de água pela hidrofilia do HEMA e a durabilidade da união. ⇨ HEMA-free: ocorre a separação das fases entre monômeros hidrofílicos e hidrofóbicos, reduzindo a homogeneidade da solução adesiva na interface de união. ⇨ Monômeros funcionais acídicos: promovem o condicionamento ácido pela presença de radicais ácidos ligados aos polimerizáveis separados por uma cadeia espaçadora. São capazes de ligar-se quimicamente por meio de ligações iônicas ao cálcio e a hidroxiapatita do esmalte e da dentina. Somada ao embricamento mecânico tradicional da camada híbrida, gera maior durabilidade. ⇨ Radicais ácidos fosfatados tem união química mais forte e durável por formarem sais de cálcio com menor solubilidade. ⇨ MDP: longa cadeia espaçadora pela presença de radical ácido fosfato. ⇨ Aplicação ativa: aumenta a interação química e maior grau de polimerização. ⇨ Esmalte: indicado a condicionamento ácido seletivo devido ao pH mais alto e condicionamento superficial pelos autocondicionantes. Fotoiniciadores: ⇨ Monômeros hidrofóbicos não se misturam bem com os solventes (principalmente a água - essencial nos autocondicionantes) reduzindo a homogeneidade de solução e da interface adesiva. ⇨ Os iniciadores geralmente são hidrofóbicos, o mais comum é a canforoquinona, molécula fotossensível que produz radicais livres. São menos efetivos na polimerização de monômeros hidrofílicos (HEMA) e funcionais ácidos, gerando maior propensão à degradação. ⇨ Fotoiniciadores hidrofílicos e hidrofóbicos são mais eficientes na polimerização e reduzema separação das fases, com interface adesiva homogênea e maior durabilidade. Mas, o pico de absorção é na luz ultravioleta, com espectro visível de luz púrpura. A luz azul não ativa efetivamente os fotoiniciadores hidrofílicos. Partículas de carga: ⇨ Adição de partículas de carga: melhor propriedade mecânica do polímero adesivo, resistência de união e durabilidade da união devido a maior resistência. ⇨ A presença do organosilano, agente de ligação hidrofílico e com baixa estabilidade hidrolítica leva ao desprendimento das partículas com zonas enfraquecidas na interface de união que são mais propensas a degradação. ⇨ Devem ter tamanho nanométrico, para infiltrar-se na camada híbrida junto da resina. São mais caras e difíceis de manter separadas, dificultando a infiltração na matriz de colágeno desmineralizada. Variação da espessura da camada de acordo com: ⇨ Viscosidade do material ⇨ Número de camadas aplicadas ⇨ Experiência do operador ⇨ Geometria da cavidade Metacrilamida x Metacrilatos ⇨ Metacrilato: a ligação do radical às cadeias espaçadoras é feita por funcionalidade éster, facilmente quebrada na presença de água. ⇨ Um problema nos autocondicionantes que precisam de certa qtd de água para correta ionização dos monômeros funcionais ácidos. ⇨ Quanto mais próximo da validade em um adesivo com água na composição, menor a adesão obtida e menor durabilidade. ⇨ Para reduzir a degradação dos monômeros: armazenar na geladeira (menor temperatura reduz a cinética de reação de hidrólise dos ésteres, mantendo a integridade dos monômeros) e sistema monomérico alternativo À base de metacrilamidas (em funcionais ácidos usar radicais fosfatos) que são resistentes a hidrólise. SIMPLIFICADOS/UNIVERSAIS Desenvolvimento ⇨ Promoverem boa retenção inicial ⇨ Sofrer o mínimo possível de degradação ao longo do tempo ⇨ Padrão-ouro na durabilidade/retenção: convencional de 3 passos e autocondicionantes de 2 passos. Os primeiros adesivos simplificados tinham como desvantagem a excessiva hidrofilia pela grande qtd de HEMA, água e solventes. No caso dos autocondicionantes, o pH muito baixo das soluções tornavam-os mais hidrofílicos, o que leva a maior sorção de água ⇨ adequação do pH e balancear a quantidade de monômeros hidrofílicos. Universais: ⇨ Monômero funcional MDP. MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO Hidrolítica do polímero A resina usada nos sistemas adesivos é um fator determinante da durabilidade da união da restauração. ↑ hidrofilia do polímero infiltrado na camada híbrida ↑ sorção de água ↑ hidrólise de todos os componentes da interface de união. A água induz a quebra das ligações ésteres entre as cadeias espaçadoras e os radicais polimerizáveis e entre as ligações entre monômeros hidrófilos com o HEMA, tornando o polímero mais linear e suscetível à captação de água. A hidrólise do polímero também depende do substrato no qual o polímero está unido. A união com o esmalte é mais estável e protege a união com a dentina se estiver presente em toda margem cavitária. Devido a saliva e fluidos bucais, junto com maior teor de água e pressão pulpar exercida pela circulação de sangue na polpa ⇨ maior degradação de dentina. Para reduzir a degradação hidrolítica do polímero ⇨ infiltrar a maior % de monômeros hidrofóbicos na dentina condicionada ⇨ técnica de adesão úmida com etanol ⇨ substitui a água na dentina condicionada por etanol por aplicações consecutivas do solvente ⇨etanol tem maior afinidade com os monômeros hidrofóbicos que a água ⇨ maior infiltração desses monômeros na dentina condicionada ⇨ maior durabilidade. Desprendimento das partículas de carga ⇨ A hidrólise do silano, que mantém as partículas unidas à matriz polimérica, causa o desprendimento das partículas e enfraquecimento da interface de união frente a esforços mastigatórios, aumentando a captação de água. Degradação de colágeno ⇨ Processo natural pela estrutura da proteína suscetível a quebra na presença de água. ⇨ Colágeno na dentina deveria ser sempre protegido por mineral ou resina hidrofóbica para evitar o contato com a água. ⇨ Sempre terá regiões de colágeno expostas na interface de união com a dentina. ⇨ Principal mecanismo de degradação nos primeiros meses da restauração e é acelerado pela ação das metaloproteinases de matriz (MMP) e catepsinas. ⇨ A degradação enzimática de colágeno é ativada durante o condicionamento ácido e aplicação do adesivo. ⇨ Clorexidina é capaz de inibir as MMPs e as catepsinas. Sua inclusão no ácido fosfórico e nos adesivos mostram aumento da durabilidade da união na dentina condicionada após a lavagem, durante o controle da umidade e previamente a aplicação do primer ou adesivo para ↓ a velocidade de degradação das interfaces adesivas. Partículas bioativas e remineralização Estratégia de remineralização biomimética: redução da degradação pela remineralização das regiões frágeis e ricas em água na interface adesiva por meio de substâncias liberadoras de cálcio e fosfato ⇨ com a remineralização as MMPs são fossilizadas e inativadas preservando a integridade das fibrilas colágenas expostas. ⇨ Partículas de cimento de Portland modificado, vidros bioativos, silicatos de cálcio, magnésio e titânio. Estratégias para preservar o mineral evitando a desmineralização/condicionamento excessivo da dentina também aumentam a durabilidade da união. Quanto mais mineral, menor degradação, pois não é degradado em condições fisiológicas. A remineralização terapêutica da interface adesiva ´precisa de 2 tipos de análogos biomiméticos ⇨ guiam a remineralização para regiões ricas em água e para dentro das fibrilas de colágeno expostas ⇨ ácido poliacrílico e ácido polivinil fosfônico.
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