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Fármaco II Eduarda Muzzi - MEDXV Farmaco II Eduarda Muzzi - Med XXV Farmacologia de Doenças Cardiovasculares Hiipertensão Arterial . - Doença cardiovascular mais comum - A sua Persistência leva: • lesão vasos renais, cardíacos e cerebrais • aumenta risco de insuficiência renal • coronariopatia • insuficiência cardíaca • acidente vascular cerebral • demência • aneurisma dissecante da aorta · Diagnóstico e etiologia: • Medidas repetidas de elevação da PA, com elevação duradoura ≥ 140/90 mmHg • A hipertensão sistólica isolada -> definida como pressão arterial sistólica superior a 140 a 160 mmHg, com pressão diastólica de menos de 90 mmHg - limita-se, em grande parte, a indivíduos com mais de 60 anos de idade · Riscos: • A presença de alterações patológicas em alguns órgãos-alvo anuncia um prognóstico pior do que o mesmo nível de pressão arterial, em um paciente sem esses achados • Hemorragia na retina, exsudato e papiledema indicam um prognóstico mais desanimador em curto prazo para um dado nível de pressão arterial • A hipertrofia ventricular esquerda,definida por eletrocardiograma ou por ecocardiografia, está associada a um resultado consideravelmente mais grave em longo prazo que inclui um maior risco de morte súbita cardíaca • O risco de doença cardiovascular e incapacidade e morte em pacientes hipertensos também é aumentado por fumo, diabetes e elevação da LDL • A coexistência de hipertensão com esses fatores de risco -> aumenta a morbidade e a mortalidade cardiovasculares · Fatores de risco para desenvolvimento HAS: - Obesidade - Alto consumo de sal (ideal 6g/dia -> 4 colheres de café rasas de sal (4 g) + 2 g de sal proveniente dos alimentos) - Tabagismo - Álcool: aumento da pressão arterial nos que bebem 3 ou mais doses por dia - Baixa de vinho tinto: benéfico na redução eventos cardiovasculares -> presença de flavonoides da casca da uva - Cafeína: não aumenta o risco de desenvolver hipertensão - Tabagismo: fator de risco importante para o desenvolvimento de aterosclerose - Sedentarismo: associado a níveis elevados de pressão arterial. Atividade física regular -> reduz os valores de pressão arterial, diminui a atividade simpática, melhora a tolerância à glicose e o metabolismo lipídico OBS: Redução de peso -> meta IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2 • para cada 10 kg de peso perdido, redução de 5 a 20 mmHg · Tratamento: • diminui morbidade e mortalidade decorrentes de doença cardiovascular • reduz risco de acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca e insuficiência renal • O propósito do tratamento da hipertensão é reduzir o risco cardiovascular • Podem ser necessárias outras intervenções dietéticas e farmacológicas, para tratar esses fatores de risco adicionais • O tratamento farmacológico efetivo de pacientes com hipertensão diminui a morbidade e a mortalidade da doença cardiovascular, reduz o risco de acidente vascular encefálico, insuficiência cardíaca e DAC OBS: Princípios da terapia antihipertensiva não farmacológica estão relacionados a mudançasdo estilo de vida, constituindo um importante componente do tratamento de todos os pacientes com hipertensão: Fazer atv fisica, ingerir menos sal OBS: Em alguns hipertensos de grau baixo a pressão arterial pode ser adequadamente controlada com uma combinação de: perda de peso, restrição da ingesta de sódio (para 5-6 g/dia), aumento de exercícios aeróbicos (> 30 min/dia, moderação no consumo de álcool, abandono do tabagismo, aumento no consumo de frutas, vegetais e produtos derivados do leite com baixo teor de gordura PA: DC (V ejetado x Fc) x RVP • Os fármacos reduzem a pressão arterial ao agir na resistência periférica no débito cardíaco ou em ambos • REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: - Os fármacos podem reduzir o débito cardíaco ao inibir a contratilidade do miocárdio ou reduzir a pressão de enchimento do ventrículo. A redução na pressão de enchimento do ventrículo pode ser alcançada por meio de ações sobre o tônus venoso ou sobre o volume de sangue usando efeitos renais. - Os fármacos podem reduzir a resistência periférica ao agir sobre o músculo liso provocando relaxamento dos vasos de resistência. Ou ao interferir na atividade dos sistemas que produzem constrição dos vasos de resistência o SNS, o SRA. · Mecanismos de controle da PA: · Barorreceptores arteriais: • Estimulados pela deformação da parede do arco aórtico e das carótidas (seio carotídeo) • Maior distensão desses receptores gera uma resposta de diminuição do simpático, diminuindo a frequência cardíaca; reduzindo a resistência vascular periférica • o mais importante mecanismo de controle de reflexo da PA momento a momento · Mecanismos hormonais: • Sistema renina-angiotensina-aldosterona: importante regulador fisiológico do volume sanguíneo, balanço eletrolítico e pressão arterial • Renina: enzima proteolítica produzida pelas células justaglomerulares renais liberada na circulação ->cliva o angiotensinogênio, formando a angiotensina I • Angiotensina I: clivada pela enzima de conversão da angiotensina ECA -> produz a angiotensina II -> considerada o hormônio biologicamente ativo • Angiotensina II atua em pelo menos dois receptores : AT1 e AT2 - Receptor AT1: efeitos agudos do sistema renina-angiotensina-aldosterona: vasoconstrição, geração de espécimes reativas de oxigênio, inflamação vascular, remodela vascular e cardíaco, estimula produção aldosterona - Receptores AT2: respostas opostas às observadas no estímulo dos receptores AT1. Vasodilatação, liberação de óxido nítrico, aumento de excreção renal de sódio e inibição da proliferação e da hipertrofia celular • Aldosterona hormônio mineralocorticoide com efeitos renais (reabsorção de Na e agua nos Tubulos), efeitos deletérios nos vasos, disfunção endotelial e proliferação de células musculares lisas, associando-se à hipertrofia vascular e aterosclerose. Coração: proliferação de fibroblastos, aumento de produção de colágeno e de fibronectina, resulta em fibrose tecidual, induz hipertrofia ventricular · Mecanismos vasculares: • Disfunção endotelial -> Menor disponibilidade de NO: - aumento do tônus vascular (vasoconstrição) - ativação de fatores pró-trombóticos e pró inflamatórios - ativação de genes associados à hipertrofia vascular - predisposição de início e desenvolvimento da aterosclerose • Endotélio: local crítico para o início da lesão inflamatória vascular • Disfunção endotelial: • aumento resistência vascular periférica e complicações vasculares • Mecanismos de disfunção endotelial: produção de espécimes reativas de oxigênio, ânion superóxido, reagem com o NO -> reduzindo sua biodisponibilidade • Outros fatores de risco cardiovascular: tabagismo, diabetes, dislipidemia, diminuição de estrógeno -> atuam sobre o endotélio; agrava o estado de disfunção endotelial · Princípios da terapia anti-hipertensiva: · Terapia não-farmacológica: * importante componente do tratamento • perda de peso • restrição do aporte de sódio, mesmo modesta reduz a pressão arterial • aumento do exercício aeróbico • moderação no consumo de álcool OBS: A maioria dos pacientes necessita de terapia farmacológica para o controle adequado da pressão arterial · Agentes anti-hipertensivos: Todos os agentes anti-hipertensivos atuam em um ou mais dos quatro locais anatômicos: • arteríolas (resistência) • vênulas pós-capilares (capacitância) • coração (débito da bomba) • rim (volume) · Agentes anti-hipertensivos: · Classificação: • Diuréticos • Agentes simpaticolíticos • Bloqueadores dos canais de Ca²+ • Inibidores da enzima conversora de angiotensina • Antagonistas do receptor de angiotensina II • Vasodilatadores · Mecanismos de ação: • Diuréticos: depleção de sódio, diminuição do volume sanguíneo • Agentes simpaticoplégicos: redução da RVP , inibição da função cardíaca, aumento acúmulo venoso nos vasos de capacitância • Bloqueadoresdos Canais de Ca • Vasodilatadores: dilatação dos vasos de resistência • Bloqueio da produção ou ação da angiotensina: redução da RVP · Locais de ação: · Características que devem ser observadas: • Ser eficaz via oral • Ser seguro, bem tolerado -> relação risco/benefício favorável ao paciente • Administração menor número possível de tomadas, com preferência para dose única diária; • Ser iniciado com as menores doses efetivas e preconizadas para cada situação clínica, podendo ser aumentadas gradativamente -> quanto maior a dose, maior probabilidade de efeito adverso • Não ser obtido por meio de manipulação -> pela inexistência de informações adequadas de controle de qualidade, bioequivalência e/ou de interação química dos compostos • Ser considerado em combinação para os pacientes com hipertensão em estágios 2 e 3 e para pacientes de alto e muito alto risco cardiovascular que, na maioria das vezes, não alcançam a meta de redução da pressão arterial preconizada com a monoterapia • Ser utilizado por um período mínimo de quatro semanas, salvo em situações especiais para aumento de dose, substituição da monoterapia ou mudança das associações em uso • Ter demonstração em ensaios clínicos a capacidade de reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular associada à hipertensão arterial • Evidências de estudos de desfechos clinicamente relevantes com duração média de três a quatro anos, demonstram redução de morbidade e mortalidade cardiovasculares com as seguintes classes de antihipertensivos: - diuréticos - betabloqueadores - inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) - bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II (BRA II) - bloqueadores dos canais de cálcio (BCC) DIURÉTICOS: · Introdução: • O rim filtra o volume de líquido extracelular por meio dos glomérulos renais em média 12 vezes por dia • Os néfrons renais regulam o volume de líquido do corpo e sua quantidade de eletrólitos por meio dos processos de secreção e reabsorção • Doenças como: hipertensão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, síndrome nefrótica e cirrose podem atrapalhar esse equilíbrio • Os diuréticos: - Aumentam a taxa do fluxo de urina e a excreção de Na+ e são usados para corrigir o volume ou a composição dos líquidos corporais nessas doenças - Aumentam a taxa de fluxo da urina - Aumentam a taxa de excreção de Na+ - Aumentam o fluxo urinário e excreção de sódio e de um ânion associado: Cl- = NaCl -> determinante do volume de líquido extracelular • Maioria da aplicações clínicas: reduzir o volume de fluido extracelular • Bloqueio de funções específicas de transporte-> valiosa ferramenta para: • hipertensão • insuficiência cardíaca • insuficiência renal • cirrose - Utilizados para ajustar: volume e/ou a composição dos líquidos corporais Tratamento baseado na redução de volume → ↓PA. Em baixas doses é barato e seguro, prevenindo derrame, infarto e IC. Os eletrólitos devem ser monitorados rotineiramente. · Mecanismo de ação: • Alteram o equilíbrio do sódio e água • Restrição de sódio: diminui a pressão arterial em pacientes hipertensos • Mecanismo de ação: - depleção das reservas corporais de sódio, aumentando a taxa de excreção de sodio, logo de agua. - diminui volume sanguíneo e débito cardíaco (V. ejetado x FC) - pode ocorrer aumento da RVP - 6 a 8 semanas: • DC normaliza e RVP declina • Administração contínua de diurético -> déficit global prolongado do Na+ total do corpo • Mecanismos compensatório: equilibram a excreção da Na+ -> ativação do sistema nervoso simpático, ativação do eixo renina-angiotensina-aldosterona e redução da pressão sanguínea arterial · Categorias: • Inibidores da anidrase carbônica • Diuréticos osmóticos • Diuréticos de alça • Diuréticos tiazídicos • Diuréticos poupadores de potássio · Inibidores da anidrase carbônica > Acetazolamida • Utilidade limitada como diurético -> precursores dos diuréticos modernos • Mecanismo de ação: Inibe a anidrase carbonica -> que converte H2CO3 em CO2 e Agua NORMAL: - A reabsorção de bicarbonato de sódio pelo TCP é iniciada pela ação de um trocador de Na+/H+ (NHE3) , localizado na membrana luminal das células epiteliais do túbulo proximal -> Esse sistema de transporte permite ao Na+ penetrar no lúmen tubular mediante troca com um próton (H+) - O H+ secretado na luz combina-se com o bicarbonato (HCO3−) -> H2CO3 (ácido carbônico), que é desidratado a CO2 e H2O pela AC (anidrase carbonica) - O dióxido de carbono, produzido pela desidratação do H2CO3, penetra na célula tubular proximal por difusão, onde é então reidratado a H2CO3 processo facilitado pela anidrase carbônica intracelular • Após dissociação do H2CO3, o H+ torna-se disponível para transporte, pelo trocador de Na+/H+ e o HCO3− é transportado para fora da célula por um transportador da membrana basolateral - A reabsorção de bicarbonato no túbulo proximal depende da anidrase carbônica, pois é ela quem vai formar o H2CO2 com a desidratação do CO2, e a partir disso se formar o bicarnonato. Essa enzima pode ser inibida pela acetazolamida e agentes relacionados - A acetozalamida inibe a anidrase carbônica no túbulo proximal (que iria produzir o bicarbonato a partir do co2 e agua). - Logo se tem uma abolição da reabsorção de NaHCO³ (Bicarbonato de sodio) no túbulo proximal, pois não se forma o bicarbonato (HCO3-) - Aumenta excreção HCO³- (Bicarbonato), juntamente com Na+ e K+ -> eleva o pH urinário e diminui o sanguineo -> leva a acidose metabólica -> diminui a formação de humor aquoso (reduz a PIO = pressão intraocular) • Farmacocinética: - Bem absorvidos por administração oral - Aumento pH urinário em 30 min, máximo em 2 h e persiste por 12 h • Indicações clínicas: - NÃO É ANTI-HIPERTENSIVO - Glaucoma: reduz a PIO - Casos de alcalinização urinária: - Intensifica excreção renal ácido úrico e ácidos fracos = caso de intoxicação por acidos - Casos de alcalose metabólica: - uso excessivo diuréticos - mal-das-montanhas • Inibidores da anidrase carbônica tópicos: dorzolamida e brinzolamida · Diuréticos osmóticos > glicerina > isossorbida > manitol Osmoticamente ativos e farmacologicamente inertes (não há receptores para ele) • Mecanismo de ação: Atuam: Ramo descendente da Alça de Henle - Moléculas farmacologicamente inertes → se acumulam no filtrado → ↑osmolaridade do filtrado → ↓ reabsorção de água, devido ao ↓gradiente →↑ excreção de água (e diurese) • Farmacocinética: - São pouco absorvidos por via oral -> diarréia osmótica: > Filtrado pelo glomérulo, mas não reabsorvido: provoca retenção de água, com diurese hídrica -> Maior diurese hídrica que natriurese (aumento da excreção de sódio na urina) -> perde maior de volume de agua - Administrados por via parenteral • Indicações clínicas: - Atenuar a redução da taxa de filtração glomerular na necrose tubular aguda -> não há mais benefício que a hidratação - Redução da pressão intraocular no pré e pós-operatório de cirurgia ocular - Redução do edema cerebral -> redução da pressão intracraniana: neurocirurgias - Síndrome de Desequilíbrio da Diálise -> remoção rápida dos solutos pela diálise em que a água desloca para o compartimento intracelular • Toxicidade e efeitos adversos: - Remoção da água intracelular - Expansão do volume extracelular -> edema pulmonar na insuficiência cardíaca, hiponatremia (perda de sodio sérico) com a expansão hídrica, hipernatremia e desidratação com a perda de água • Contra-indicados: em pacientes com anúria · Diuréticos de alça > furosemida; > bumetanida; > ácido etacrínico • Mecanismo de Ação: - Inibição do transportador luminal Na+/K+/2Cl- no ramo ascendente espesso da alça de Henle -> queda na reabsorção de NaCl e de Ca²+ e Mg²+ - Na membrana luminal há um canal de K+ -> possibilita a saída de K+ para o lúmen tubular . Além de canais basolaterais de Cl– proporcionam a reabsorção deste Cl e K para o sangue. Logo há um potencial positivo no lúmen ( em razão da reciclagem de K+ ). E um potencial negativo na membrana basolateralcom a reabsorção de Cl– para o sangue -> Isso estimula a reabsorção paracelular de Ca2+ e Mg2+ - Ao inibir o transportador Na+ /K+ /2Cl– -> Os diuréticos de alça promovem queda na reabsorção de NaCl e reduzem o potencial transepitelial , oque leva a uma queda também na reabsorção paracelular de Ca2+ e Mg2+ RESUMINDO: - Inibem a reabsorção de NaCl no ramo ascendente espesso da alça de Henle - Aumentam a excreção urinária • Na+, Cl-, Ca²+ e Mg²+, logo por osmose de agua = aumentando a diurese • Furosemida induz: - Aumento do fluxo renal - aumento da capacitância venosa sistêmica - diminui pressão de enchimento ventrículo esquerdo - uso no edema agudo de pulmão • antes do desenvolvimento da diurese - Uso no Edema/ascite por DR crônica - Uno no Edema associado a insuficiência cardíaca congestiva (ICC); *Hipertensão (uso limitado– meia vida é curto → 2 doses; não é droga de primeira escolha) • Farmacocinética - Absorvidos rapidamente após administração oral - biodisponibilidade varia de 60 a 80% - Eliminação renal -> eficiente excreção no túbulo proximal. Atinge o local de ação no ramo ascendente espesso da alça de Henle * Pacientes com doença renal -> meia-vida de eliminação da furosemida prolongada - A meia-vida dos diuréticos de alça é curta é de 1 a 3,5 h -> à medida que a concentração do fármaco declina no lúmen tubular os néfrons começam a reabsorver Na+ que leva a uma retenção que anula o efeito do diurético -> efeito amenizado pela restrição do consumo de Na+ e de esquemas posológicos adequado • Indicações clínicas: - Insuficiência cardíaca congestiva - Edema agudo do pulmão - Hiperpotassemia - Hipertensão arterial -> reduzem a pressão arterial * há redução da morbidade e mortalidade com os tiazídicos, não com diuréticos de alça - Síndrome nefrótica - Insuficiência renal crônica - Edema e ascite da cirrose hepática • Toxicidade: - hiponatremia - depleção do volume extracelular - hipopotassemia (induz arritmias cardíacas) - hipomagnesemia (risco arritmias cardíacas) = uso cronico do diuretico de alça. Revertida com adm magnesio por via oral - ototoxicidade (zumbido, surdez, vertigem) = perda auditiva relacionada a dose. Reversivel. Habitual em pcts com diminuição da função renal ou com uso de outros farmacos ototoxicos (atb aminoglicosideo) - hiperuricemia (ataque de gota) = aumento na reabsorção de acido urico devido a hipovolemia. Evitado com uso de doses mais baixas - hiperglicemia - redução HDL (lipoproteínas de alta densidade) -> Alcalose Metabólica Hipopotassêmica -> inibição da reabsorção de sal aumenta o aporte no ducto coletor. Aporte aumentado: leva a aumento da secreção de K+ e H+ pelo ducto (urina acida) - Revertida pela reposição de K+ • e correção da hipovolemia · Diuréticos Tiazídicos: >hidroclorotiazida >clortalidona • Mecanismo de Ação: - Os diuréticos tiazídicos atuam no túbulo contornado distal - bloqueando o transportador Na+ /Cl- (NCC) -> consequentemente inibindo a reabsorção de NaCl - A redução na concentração intracelular de Na+, dado esse bloqueio -> intensifica a troca Na+ /Ca2+ na membrana basolateral do túbulo contorcido distal -> o que leva à maior reabsorção de Ca2+ Obs.: bloqueio → queda de Na+citoplasmático → para suprir essa queda, há entrada de Na+ sanguíneo para dentro da celula pelo antiportador sódio-cálcio no TCD → REABSORÇÃO DE CÁLCIO para o sangue RESUMINDO: - Aumentam a excreção de NaCl: inibem o transportador Na+/Cl- no TCD - Aumenta a excreção de K+ e a reabsorção de Ca para o sangue - Aumentam a reabsorção de ácido úrico • Farmacocinética - Administrados por via oral - biodisponibilidade que varia em torno de 65 a 95% - Clortalidona absorvida lentamente, meia-vida bastante longa (aproximadamente 47 h -> logo pode fazer efeito a noite -> xixi durante a madrugada). Cerca de 65% excretados de modo inalterado na urina e pequena parte é excretada de maneira inalterada na bile - Hidroclorotiazida totalmente excretada na urina de maneira inalterada -> devido a menor meia vida não faz xixi durante a madrugada = MELHOR - Todos os diuréticos tiazídicos são secretados pelo sistema secretor de ácidos orgânicos no túbulo proximal - Diureticos tiazidicos atingem o lúmen tubular e o local de ação na forma inalterada • Toxicidade e Efeitos adversos - Raramente - distúrbios do SNC: vertigem, cefaleia, fraqueza - gastrintestinais: anorexia, náuseas, cólicas, pancreatite - hematológicos (discrasias sanguíneas) - dermatológicos - fotossensibilidade e erupções cutâneas - Incidência de disfunção erétil -> maior do que com outros anti-hipertensivos • tolerável - Anormalidades do equilíbrio hidreletrolítico: • depleção do volume extracelular • hipotensão • hipopotassemia • hiponatremia - Hiperuricemia -> pode levar a gota - Diminui a tolerância à glicose -> diabetes mellitus pode revelar-se durante a terapia - Podem aumentar os níveis: LDL-colesterol, colesterol total e triglicérides - Alcalose Metabólica Hipopotassêmica - Hiperuricemia - Comprometimento da Tolerância a Carboidratos: hiperglicemia, teste tolerância à glicose anormal -> compromete a liberação pancreática de insulina e diminui a utilização tecidual da glicose -> reversível com a correção da hipopotassemia - Hiperlipidemia: aumento de 5 a 15% dos níveis de colesterol e LDL, retorno aos valores basais após o uso prolongado - Hiponatremia (redução concentração plasmatica de Na) • Usos terapêuticos - Os diuréticos tiazídicos são baratos, bem tolerados e tão eficazes quando comparado a outras classes anti-hipertensivos - As tiazidas podem ser administradas 1 vez/dia, não exigem titulação da dose e possuem poucas contraindicações - Possuem efeitos aditivos ou sinérgicos quando combinadas com outras classes de agentes anti-hipertensivos - Hipertensão arterial: doses baixas, isolados ou em associação a outros anti-hipertensivos - Insuficiência cardíaca congestiva - Cirrose hepática - Insuficiência renal crônica - Glomerulonefrite aguda - Nefrolitíase cujo o cálculo é de Ca (pois aumenta a reabsorção de Ca) Doses: • hidroclorotiazida: 12,5 a 50 mg • clortalidona: 25 a 50 mg • Econômicos, eficazes • Administrados uma vez ao dia • Para hipertensão: prescrever doses baixas (25 mg) • Melhor tratamento inicial para hipertensão: sem complicações · Diuréticos Poupadores de Potássio: > espironolactona, eplerenona -> Antagonista dos receptores (citosólico) de aldosterona (parte terminal do TCD e ducto coletor) > amilorida, triantereno -> inibidores de transporte de Na epitelial nos ductos distais e coletores • Mecanismo de Ação: - Esses diuréticos impedem a secreção de K+ -> antagonizam os efeitos da aldosterona e inibem o transporte de Na no túbulo coletor cortical > Espironolactona: - antagonista dos receptores de aldosterona = logo não se tem a ação da aldosterona = Diminui a secreção de K e reabsorção de Na -> aumenta diurese NORMAL -> A aldosterona induz reabsorção de Na+ (e a secreção de K+) nos túbulos e ductos coletores -> sendo que essa reabsorção Na e secreção de K ocorrem por canais de ion que se abrem com a presença da aldosterona. Logo quando se reabsorve Na, também se reabsorve agua. - O Na+ que penetra na célula é transportado para o sangue pela bomba Na+ /K+ATPase basolateral, que troca Na+ por K+. A entrada de Na+ no interior da célula predomina, oque ocasiona um potencial elétrico negativo no lúmen tubular -> esse potencial impulsiona a entrada de Cl– pela via paracelular e a saída de K+ para o lúmen, por canais iônicos na célula principal. - O potencial negativo gerado no lúmen ativa a bomba H+ATPase da célula intercalada e provoca a saída de H+ para o lúmen Obs.: sobre a aldosterona e afinidade com receptores de esteróides: tem efeito anti-androgênico e anti-mineralocorticóide (sem efeitos estrogênicos ou glicocorticoide) > Amilorida e triantereno: - inibição do influxo de Na+ pelos canais iônicos da membrana luminal • Farmacocinética: > Espironolactona - sofre extenso metabolismo hepáticode primeira passagem - biodisponibilidade oral é em torno de 65% - Meia-vida curta (1 h e meia), mas seu metabólito ativo, a canrenona, tem meia-vida longa (16 h e meia) -> prolonga os efeitos do fármaco • Início de ação lento: • leva dias para obtenção do efeito terapêutico integral • Indicações clínicas: - natriurese discreta - raramente utilizados isoladamente no tratamento do edema ou da hipertensão - Hiperaldosteronismo primário - adenomas suprarrenal ou hiperplasia suprarrenal - Hiperaldosteronismo secundário: • insuficiência cardíaca • cirrose hepática • síndrome nefrótica - Diminuição do volume intravascular efetivo > Espironolactona: - diurético de escolha na cirrose hepática - diminui a morbidade, a mortalidade e as arritmias ventriculares na insuficiência cardíaca ASSOCIADO:- aumenta a resposta diurética e anti-hipertensiva dos diuréticos tiazídicos e de alça (aumentam excreção de K) -> resulta em níveis plasmáticos normais de K+, pois diminui a excreção de K ( diminui a hipocalemia) e aumenta a resposta diurética - Pode interferir em efeitos fibróticos e inflamatórios da aldosterona - Pode retardar a progressão da albuminúria nos pacientes diabéticos - Reduz os defeitos de perfusão miocárdica após infarto do miocárdio - Reduz a mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada após infarto do miocárdio • Toxicidade: - Hiperpotassemia: pode ser potencialmente fatal - Contraindicação: pacientes hiperpotassemia - Acidose metabólica - Ginecomastia - Impotência - Libido reduzida - Hirsutismo - Engrossamento da voz - Irregularidades menstruais FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: • Função do Sistema nervoso simpático: - aumento da contratilidade miocárdica - aumento da frequência cardíaca - elevação da resistência vascular sistêmica • Classe dos fármacos: - Antagonistas Beta-adrenérgicos: metoprolol, atenolol, propranolol - Antagonistas Alfa-adrenérgicos: prazosina, doxazosina, fentolamina - Antagonistas adrenérgicos mistos: labetalol, carvedilol - Agentes de ação central: metildopa, clonidina, guanabenzo - Agentes bloqueadores neurônios adrenérgicos: reserpina, guanadrel · Antagonistas beta-adrenérgicos/ Beta-bloqueadores: - tratamento da hipertensão, cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca congestiva e de certas arritmias > O propranolol ->protótipo ao qual os demais β-antagonistas são comparados - Antagonista β-adrenérgico não seletivo -> com igual afinidade por ambos receptores β1 (aumenta a contração e a frequencia cardiaca, aumenta velocidação condução No AV, aumenta secreção reinina) β2 (relaxamento musc lisa) > Metoprolol, atenolol, acebutolol, bisoprolol e esmolol -> atividade ligeiramente maior pelos receptores β1 (cardioseletivos) - Antagonistas β1-seletivos, apesar de a seletividade não ser absoluta > Labetalol e carvedilol atuam melhor como vasodilatadores em virtude de sua atividade α e β bloqueadora combinada. - B-bloqueadores não seletivos com ação cardiovascular adicional • Mecanismo de ação: Afeta a regulação da circulação através: - redução da contratilidade miocárdica, da frequência cardíaca e do débito cardíaco - reduz a secreção de renina (angiotensina II) -> reduzi RVP - ↓ DC → ↓ PA. Também ↓ o efluxo simpático do SNC e inibe a liberação de renina dos rins • Classificação - B-bloqe não seletivos-> não subtipo-seletivos (“primeira geração”) - β1-seletivos (“segunda geração”) - B-bloqueadores não seletivos com ação cardiovascular adicional (“terceira geração”) -> exibem propriedades cardiovasculares adicionais (especialmente vasodilatação) • Uso clinico: redução do débito cardíaco, redução da frequência cardíaca , diminuição da resistência periférica: - responsáveis pela redução da pressão arterial - Úteis na hipertensão leve a moderada - Hipertensão grave: úteis para impedir a taquicardia reflexa dos vasodilatadores diretos - Reduzem mortalidade insuficiência cardíaca • Toxicidade e efeitos adversos: resulta do bloqueio dos receptores beta cardíacos, vasculares ou brônquicos - indução de IC em pacientes suscetíveis - prolongam a vida na IC - bradiarritmias potencialmente fatais - interrupção abrupta: pode exacerbar a angina e piora da asma pré-existente - A bradicardia em repouso e a redução da frequência cardíaca durante o exercício constituem indicadores do efeito β-bloqueador não seletivo do propranolol. - Para asmáticos (b2 broncoconstrição), diabéticos e com doenças vasculares periféricas os seletivos β2 são um risco -> como propanolol - fadiga e depressão - comprometer reconhecimento da hipoglicemia nos diabéticos dependentes de insulina OBS: Bloqueadores beta de terceira geração: - ações vasodilatadoras > Carvedilol: bloqueio b¹, b² e alfa¹ - efeitos anti-oxidantes e antiproliferativos · Antagonistas alfa 1 adrenérgicos • Efeitos anti-hipertensivo: - bloqueio alfa1 nas arteríolas e vênulas =alfa 1 -> aumenta inotropismo e excitabilidade cardiacas, faz contração vasos -> Diminuem a resistência arteriolar e Aumentam a capacitância venosa - ↑ reflexo frequência cardíaca e atividade renina -> retorna valores normais com o tratamento prolongado • Uso clínico: - Efeito hipotensor discreto em longo prazo - Têm a vantagem de propiciar melhora discreta no metabolismo lipídico e dos sintomas de pacientes com hipertrofia prostática benigna - são usados principalmente em homens com hipertensão e hiperplasia prostática benigna concomitantes • Efeitos adversos: - Aumenta o risco de ICC - Hipotensão ortostática -> 1ª dose = dar ao deitar OBS: Aparecimento de tolerância pela retenção de sal e água -> exige o uso de doses gradativamente maiores - Não recomendados como monoterapia -> Mais efetivos: associação com betabloqueadores e diuréticos > Prazosina: > Doxazosina: indicado hipertrofia prostática benigna (HPB) · Agentes de ação central/Agonistas Alfa 2 adrenérgico: - Fármacos agonistas dos receptores α2 adrenérgicos -> Reduzem descarga simpática dos centros vasomotores no tronco encefálico (TE) > Metildopa: • Mecanismo de ação - Análogo da L-DOPA -> convertida em a-metildopamina e, finalmente, em a-metilnorepinefrina A-metilnorepinefrina é armazenada em vesículas, nas quais substitui a norepinefrina-> agonista nos receptores α2 adrenérgicos pré-sinápticos no tronco encefálico, reduzindo a descarga do SNS - (α2-agonista) ↓ RVP, com diminuição variável da FC e do DC • Uso clínico: - uso limitado ao tratamento da hipertensão durante a gravidez - inibe o efluxo adrenérgico no tronco encefálico e a liberação de norepinefrina (vasoconstritora) - Uma vantagem potencial da metildopa é o fato de que ela causa redução da resistência vascular renal, porém pode causar sedação cansaço mental persistente e diminuição da concentração mental. •Efeito indesejável: sedação e cansaço mental > Clonidina • Mecanismo de ação: - agonista direto dos receptores alfa2-adrenérgicos do tronco cerebral -> diminui a descarga simpática do SNC - efeito sobre o débito cardíaco (diminui) e em segundo lugar diminui RVP: ↓ frequência cardíaca - relaxamento vasos capacitância • Efeitos indesejáveis: sedação; xerostomia, síndrome de abstinência (crise hipertensiva) - Ocorre hipertensão de rebote após interrupção súbita da clonidina. FÁRMACOS QUE ATUAM NO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA: - Renina, angiotensina e aldosterona -> Participam da hipertensão, da insuficiência cardíaca, do infarto do miocárdio e nefropatia diabética • Três classes: - IECA (inibidores da eca - enzima conversora de angiotensina) - BRA’s (bloqueadores dos receptores de Angio) - Inibidor direto de renina • Sistema renina-angiotensina-aldosterona -> A Renina é liberada pelas células justaglomerulares -> que é estimulada por fatores como: - queda da pressão arterial - ativação do sistema nervoso simpático (SNS) - redução da concentração de sódio no túbulo distaldo néfron A renina converte o angiotensinogênio em angiotensina I, a qual é convertida em angiotensina II pela ECA -> A Angiotensina II atua em receptores AT1 -> nos vasos promove vasoconstrição, nos rins leva à retenção de sódio e água - Estimula a liberação de aldosterona na medula das suprarrenais e potencializa a atividade simpática − potente vasoconstritor arterial −> mediador da retenção de Na+ e água − potencializa a liberação de catecolaminas −> é arritmogênica − promove hiperplasia vascular − hipertrofia miocárdica patológica − estimula a morte de miócitos -> Aldosterona também atua nos rins -> promove a reabsorção de sódio e de água -> aumenta DC e aumenta a PA INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) - Bloqueiam a ECA2-> conversão de angiotensina I em angiotensina II - Diminuem a resistência vascular periférica - Reduzem a progressão da glomerulopatia diabética -> reduzem a pressão intraglomerular = efeito nefroprotetor - Atenuam a elevação das concentrações de aldosterona em resposta à perda de Na+ provocada pelos diuréticos -> Aumentam a eficácia dos diuréticos -> Diuréticos tiazídicos. O IECA vai diminuir a produção de aldosterona -> vai haver menos reabsorção de Na no ducto coletor e menor perda de potássio, por isso o IECA potencializa a função dos diuréticos que possuem menor bloqueio de reabsorção de Na. • Mecanismo de Ação - Os IECAs atuam inibindo a ECA2 -> não há a formação de angiotensina II: > não há vasoconstrição > não há retenção de Na+ e água -> Resultado = redução da pressão arterial - A cininase II/ ECA2 também degrada a bradicinina -> quando ocorre sua inibição pelos IECA’s, inibindo a degradação de bradicinina -> há acúmulo de bradicinina -> como ela é um peptídeo com potente ação vasodilatadora -> seu aumento colabora para redução da pressão arterial - Bloqueia a conversão da angio I em angio II, logo há um acúmulo de angio I -> A Angio I acumulada é desviada para vias metabólicas alternativas -> resulta na produção aumentada de peptídeos vasodilatadores, como Ang(1-9) e Ang(1-7) - Os IECA aumentam a liberação de renina -> interferindo na retroalimentação negativa na liberação de renina - Diminuem a pré-carga e a pós-carga cardíaca, reduzindo, assim, o trabalho cardíaco RESUMINDO: Diminuem a RVP-> diminuem PA, sem aumentar DC ou FC ou contratilidade. Impede hidrolise de angiotensina I em angiotensina II (vasoconstritor) e quebra de bradicinina (peptídeo que óxido nítrico e prostaciclinas, vasodilatadores) • Farmacocinética - Não existe condição que favoreça o uso de um inibidor de ECA sobre outro - Todos são convertidos no metabólito ativo no fígado, exceto captopril e lisinopril, de forma que estes dois podem ser preferidos para pacientes com grave insuficiência hepática. - Fosinopril é o único IECA que não é eliminado primariamente pelos rins e não requer ajuste de dosagem em pacientes com insuficiência renal. - Enalaprilato é o único fármaco desta classe disponível para uso IV - Os IECAs são depurados principalmente pelo rim (com exceção do fosinopril e do quinapril ->que têm eliminação hepática e renal). O comprometimento da função renal diminui a depuração plasmática dos IECAs -> recomendada redução da dose em pacientes com comprometimento renal > Diferem entre si apenas em alguns fatores: - farmacocinética: extensão da absorção e do efeito do alimento sobre esta, distribuição tecidual e eliminação, a inibição da ECA ser um efeito direto do fármaco ou de seu metabólito > Captopril - tem ótima biodisponibilidade via oral (75%) - presença de alimentos diminui a absorção -> deve ser administrado longe das refeições - meia-vida mais curta ->2 a 3 vezes/dia (mais vezes ao dia) > Enalapril sofre rápida absorção por via oral - biodisponibilidade de cerca de 60% - não é alterada pela presença de alimentos - é um pró-fármaco, metabolizado no fígado -> libera o enalaprilato - meia-vida plasmática de 11 h ->menos tomadas = 1 a 2 vezes/dia > Trandolapril , ramipril -> apenas uma única dose ao dia • Efeitos adversos: - pode ocorrer retenção de K+ = devido a diminuição aldosterona = hiperpotassemia - tosse seca (acumulo de bradicinina no pulmao - deve trocar o remedio) - angioedema (raro): ↑bradicinina (vasodilatadora) e permeabilidade vascular → TROCA IMEDIATA (efeito proibitivo) → pode ocorrer edema na árvore brônquica - contraindicados na gravidez (angio II atua nos receptores At1 e At2, sem a angio II, os receptores AT2 são importantes no fechamento da calota craniana e prod liq amniotico) - iniciar terapia com pequena dose -> acentuada queda inicial da PA rápida - exantema e febre OBS: - Na maioria dos pacientes não ocorre nenhuma alteração significativa na TFG após a sua administração.-> Contudo, em pcts com hipertensão vascular renal a TFG geralmente é mantida em consequência do aumento da resistência na arteríola pós-glomerular produzido pela Ang II (vasoconstrição art pos-glomerular) - Assim, naqueles com Estenose bilateral da artéria renal pré-glomerular ou com Estenose de um único rim ou como IC -> vai gerar uma vasoconstrição sobre a arteríola eferente - sai do rim (para se manter a pressao normal dentro do rim) -> Quando voce dar o IECA, não vai ter angio II, causando uma vasodilatação da arteríola eferente, levando a uma queda na TFG assim que se inicia a adm do remédio. - A administração de um IECA reduz a fração de filtração e provoca uma redução significativa na TFG = NEFROPROTETOR -> muito util em pessoas com diabetes e com nefronpatia diabética - Em alguns com doença renal preexistente a filtração glomerular pode diminuir com o uso de um IECA - É preciso ter em mente que os IECA apesar de inibirem a progressão da doença renal crônica estão associados a um risco de comprometimento reversível da filtração glomerular induzido pelo farmaco - Por conta disso - os níveis séricos de creatinina e K+ devem ser monitorados nas primeiras semanas • após a instituição da terapia. Aumentos nos níveis de creatinina sérica acima de 20% indicam a presença de estenose da artéria renal e são uma razão para suspender o tratamento com IECA - Captopril: - dose inicial: 50 mg/dia - Enalapril: - dose inicial: 5 mg/dia - Lisinopril: - dose inicial: 5 a 10 mg/dia • Interações - AINES: diminui o efeito hipotensor do IECA -> diminuindo vasodilatação. - Antiácidos: diminui biodisponibilidade de IECA - Suplemento de K, DPK e trimetoprima: hipercalemia (aumento serico potassio). BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DE ANGIOTENSINA (BRAS) • Bloqueio seletivo do receptor AT1 Ang II • Principais efeitos biológicos da angiotensina II: - vasoconstrição - liberação de aldosterona = aumento da reabsorção de sódio e água e excreção de K - ativação simpática - proliferação celular -> mediados pelo receptor AT¹ > Losartana: dose manutenção: 25 a 100 mg/dia - Menos frequente tosse e angioedema = NAO levam o acúmulo de bradicinina, não causando tosse, nem edema = bradicinina é vasosodilatadora - Não devem ser administrados na gravidez - Efeito completo 4 semanas após - São neuroprotetores no diabetes mellitus Entre o ieca e bra : escolher inicialmente IECA, pois os bras são menos estudados que os iecas. Mas hoje em dia se usa muito LOSARATANA • Farmacocinética - Têm baixa biodisponibilidade oral (< 50%) - ligação às proteínas plasmáticas em torno de 90% > Losartana, o protótipo do grupo -> pró-fármaco metabolizado pela CYP2C9 e CYP3A4, em ácido carboxílico (EXP 3174). o EXP 3174 é metabólito ativo - também atua antagonizando os receptores AT1 - meia-vida plasmática do EXP 3174 é maior (6 a 9 h) quando comparado com a losartana (2 h e meia) - A losartana e seu metabólito = sofrem depuração hepática e renal > Candesartana e olmesartana - pró-fármacos inativos, que ao serem metabolizados liberam metabólitos ativos > A valsartana tem a absorção reduzida na presença de alimentos - De modo geral os BRAs são depurados do plasma pela via renal e hepática OBS: A combinaçãode um IECA • e BRAS não é recomendada para o tratamento da hipertensão • Efeitos adversos - Hipotensão - Hiperpotassemia (bloq ação aldosterona) - Redução da função renal =incluindo a associada à estenose bilateral da artéria renal• e à estenose da artéria de um rim solitário - Tosse e angioedema->raramente - Os IECA e os bloqueadores dos receptores AT1 não devem ser administrados durante a gravidez e devem ser interrompidos assim que ela for detectada Inibidor Direto da Renina > Alisquireno - NOVA - Inibidor competitivo da renina - inibe a atividade da renina plasmática - Reduz a formação de angiotensina II, pois não forma angio I • Farmacocinética: - Baixa biodisponibilidade oral (2,6%) - Meia-vida de eliminação de 40 horas - Uma administração ao dia • Reações adversas: - Vertigem, fadiga, - Sintomas semelhantes à gripe, - Dores nas costas, - Hiperpotassemia e tosse (baixa incidência) BLOQUEADORES DO CANAL DE CÁLCIO - É necessário influxo de cálcio para a contração dos músculos liso e cardíaco - A descoberta de canais de cálcio no músculo cardíaco e, posteriormente, em outros tecidos (vascular) possibilitou o desenvolvimento de fármacos bloqueadores desses canais clinicamente úteis • Mecanismo de ação - Os bloqueadores de canais de cálcio bloqueiam os canais de cálcio do tipo L no músculo cardíaco e no músculo liso arterial, e exercem pouco efeito sobre o leito venoso (atuam na pós carga - relacionada a RVP e pressao aortica, e não na pré carga - relacionado ao retorno venoso) = relaxam a musc lisa arteriolar. - Não fazem efeito na musculatura lisa estriada por exemplo. > Di-hidropiridinas: anlodipino, nifedipino -> maior efeito sobre o músculo liso arterial > Não di-hidropiridínicos : verapamil e o diltiazem -> mais seletivos para canais de cálcio no músculo cardíaco e sobre o sistema de condução cardiaca - Outros tipos de canais de cálcio são menos sensíveis à ação desses bloqueadores - No músculo liso vascular a ação resulta em relaxamento nos leitos arteriais (reduzem a resist vasc perif) - NORMAL: O aumento da concentração de Ca2+ citosólico -> provoca o aumento da contração tanto nas células musculares lisas vasculares quanto nas cardíacas . Nos miócitos cardíacos a entrada de Ca2+ extracelular provoca uma liberação maior de Ca2+ das reservas intracelulares e, com isso, inicia a contração Nas células musculares lisas a entrada de Ca2+ desempenha um papel dominante a liberação de Ca2+ dos locais de armazenamento intracelular e também contribui para a contração do músculo liso vascular principalmente em alguns leitos vasculares - Os bloqueadores dos canais de Ca2+ exercem seus efeitos por meio de sua ligação à subunidade α1 dos canais de Ca2+ do tipo L , sensíveis à voltagem e da redução do fluxo de Ca2+ por meio do canal, não permitindo a contração • Efeitos cardiovasculares: - relaxam o músculo liso arterial-> reduzem a pós-carga. Exercem pouco efeito sobre os leitos venosos, logo não afetam significativamente a pré-carga cardíaca - relaxam o musculo cardiaco -> reduzindo a força de contraçao e a fc - Produzem também efeitos inotrópicos (diminui a força de contração, diminuindo o Dc) e cronotrópicos negativos (diminui a Fc) > Di-hidropiridinas: anlodipino e nifedipino -> não afeta a condução do nó SA e AV > Não di-hidropiridínicos : verapamil e diltiazém -> deprimem o nó SA e AV (efeito dromotropico negativo)-> base do tratamento de taquiarritmias supraventriculares - drogas antiarrítmicas • Efeitos hemodinâmicos: - diminuem a resistência vascular coronariana e aumentam o fluxo sanguíneo coronariano > Di-hidropiridinas: vasodilatadores mais potentes que o verapamil > potência que o diltiazém - redução da pressão arterial provoca reflexos simpáticos compensatórios ao reduzir a PA, com queda da rvp (muito no nifedipino pela baixa meia vida), taquicardia, inotropismo positivo -> menos taquicardia reflexa com o anlodipino do que com o nifedipino, devido a meia vida longa - verapamil e o diltiazém : efeito cronotrópico negativo (diminui fc) e diminuem a pressão arterial • Farmacocinética - Amplamente absorvidos por via oral - Biodisponibilidade reduzida em razão do metabolismo hepático de primeira passagem - Efeitos após 30 a 60 min da administração oral • exceção formas farmacêuticas de absorção mais lenta e de longa ação -> anlodipino, isradipino, felodipino ou nifedipino / Retard (absorção lenta) para o nifedipino - Ligam-se às proteínas plasmáticas (70 a 98%) - meia-vida de eliminação varia em torno de 1h até 64h - A administração oral repetida pode saturar o metabolismo hepático e aumentar a biodisponibilidade e a meia-vida dos bloqueadores de canais de cálcio • Toxicidade: - vasodilatação excessiva -> tonteira, hipotensão, cefaleia, rubor, náuseas, edema periférico - depressão cardíaca - bradicardia - bloqueio atrioventricular -> verapamil e diltiazém - insuficiência cardíaca -> devido ao baixo dc - contra-indicada associação de verapamil com antagonistas beta-adrenérgicos -> bloqueio AV; depressão da função ventricular • Usos terapeuticos > Anlodipino: indicação: angina, hipertensão > Nifedipino: indicação: angina, hipertensão, fenômeno de Raynaud (vasoconst periférica) - usada com formulações de liberação prolongada, diminui cefaléia e rubor - não mais usada na redução urgente da PA - Inibem a eliminação de digoxina - Monoterapia: hipertensão sistólica isolada em idosos > Diltiazém: indicação: angina, hipertensão, fenômeno de Raynaud > Verapamil: indicação: angina, hipertensão, arritmias, enxaqueca VASODILATADORES DIRETOS - Relaxam o músculo liso das arteríolas -> diminuem a resistência vascular periférica. São relaxantes de músculo liso de ação direta → ↓ RVP → ↓ PA - Desencadeiam respostas compensatórias com a queda da PA = barorreceptores, sistema nervoso simpático e sistema renina-angiotensina-aldosterona - Melhor atuação: associação com anti-hipertensivos que se opõem às respostas cardiovasculares compensatórias - Podem induzir isquemia miocárdica - Minoxidil e hidralazina (orais - controle a longo prazo PA); nitropursseto de sódio, diazóxido e fenoldopam (parenterais - emergencia) > Hidralazina: pouco usada devido a taquifilaxia - utilizada na hipertensão grave com terapia combinada: simpaticolíticos e diuréticos - medicação aceita no controle da hipertensão induzida pela gestação (pre elampsia) • Mecanismo de ação - Promove relaxamento do músculo liso arteriolar = apenas reduzem a pós carga - Envolve queda na concentração intracelular de cálcio = NÃO É UM BLOQUEADOR DOS CANAIS DE CALCIO - Interferência na ação do trifosfato de inositol (IP3) -> que atua sobre a liberação do cálcio do retículo sarcoplasmático - Não induz relaxamento das artérias coronarianas - Não atua no leito venoso • Farmacocinética - Bem absorvida pelo trato gastrintestinal - sofre intenso metabolismo de primeira passagem pelo fígado -> biodisponibilidade 25% (baixa) - A meia-vida varia em torno de 1 a 4 h -> o efeito hipotensor parece persistir por mais tempo que as concentrações sanguíneas • Efeitos adversos: cefaleia, náuseas, palpitações, rubor, taquicardia e síndrome do lúpus induzida -> após seis meses de uso > Minoxidil: - eficaz para formas graves e resistentes de hipertensão - dilata as arteríolas, mas não as veias -> atua na pós carga • Mecanismo de ação - Envolve sua conversão em um metabólito ativo -> o sulfato de minoxidil - A vasodilatação arteriolar = envolve a abertura de canais de potássio no músculo liso -> O efluxo de potássio proveniente dessa abertura causa hiperpolarização e consequente relaxamento da musculatura lisa - Não atua no leito venoso e nas coronárias • Efeitos adversos: - taquicardia, palpitações, edema, cefaleia, sudorese e hirsutismo (aumento pelos corporais) - aumento do débito cardíaco, devido a intensa diminuição da rvp - resultar em insuficiência cardíaca - reservado para hipertensão grave, resistente, com insuficiência renal: associadoa diurético e betabloqueador - Vasodilatação arteriolar com queda da pressão arterial pode causar ativação do SNS (efeito compensatorio) -> aumento da frequência e contratilidade cardíacas -> maior consumo de oxigênio pelo miocárdio e reduz o fluxo sanguíneo de áreas isquêmicas -> ISQUEMIA MIOCARDICA em pcts com coronopatias - Pode induzir maior retenção de sódio e água em razão da queda da pressão de perfusão renal - Pode causar hirsutismo -> minoxidil tópico pode ser utilizado como estimulante do crescimento capilar, para correção da calvície Insuficiência Cardíaca Congestiva . • Conceito: perda da capacidade do coração de bobear sangue corretamente, quer seja por déficit de contração e/ou de relaxamento, comprometendo o funcionamento do organismo - Leva -> Débito cardíaco inadequado para fornecer o oxigênio necessário ao organismo contribui para a morbidade e mortalidade - Mortalidade: ultrapassa 50% em 1 ano na ICC avançada - Farmacoterapia -> revolucionou a prática clínica , levou a progressão da doença atenuada e prolongou a sobrevida >Síndrome de ICC: − doença crônica − ocorrência de descompensação aguda episódica por diversas razoes • Fisiopatologia: - Principal função do sistema circulatório: transportar sangue oxigenado para a periferia - Débito cardíaco produzido pelo ventrículo esquerdo: distribui sangue oxigenado para os locais de demanda − por intermédio da modulação de resistores − nos leitos circulatórios periféricos -Sistema nervoso autônomo e sistema renina angiotensina: − vasoconstritores: aumentam a resistência vascular periférica − reduzem fluxo vasculares menos essenciais e preservar leitos circulatórios cruciais: SNC, miocárdio e rins - Insuficiência cardíaca congestiva: estado fisiopatológico em que o coração é incapaz de bombear sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos >Insuficiência sistólica: redução da contratilidade e da fração de ejeção, reduzindo o Dc >Insuficiência diastólica: rigidez e perda de relaxamento reduzem o débito cardíaco - Mecanismo de manutenção do débito cardíaco: - recrutamento da pré-carga (retorno venoso bom para manter o pre-carga, que é a pressao sofrida pelo ventriculo durante seu encimento): > redução da capacitância venosa (quantidade de sangue armazenado nas veias) > aumento do retorno venoso - eleva o volume diastólico final • aumento do volume ventricular esquerdo: • maior comprimento das fibras musculares • aumenta a força contrátil e o volume sistólico - Sistema nervoso simpático: > aumento da contratilidade miocárdica e da frequência cardíaca > elevação da resistência vascular sistêmica - Sistema renina-angiotensina: > aumento da secreção de renina, produção de angiotensina II: vasoconstritor potente -> ajuda a manter a pressão arterial média > eleva a produção supra-renal de aldosterona -> retém Na+ e água -> expandindo o volume intravascular e o retorno venoso -> Colaboram para manter a PAM e o débito cardíaco - A ICC leva a: - Disfunção contrátil: aumento do volume diastólico final (VDF), sem o aumenta o volume sistólico > aumento do VDF: aumento da pressão diastólica final do ventrículo esquerdo -> congestão sanguinea do VE -> congestão AE -> congestão pulmonar -> ocasiona edema intersticial e alveolar >efeitos vasoconstritores (SNA E SRA): elevam a resistência vascular sistêmica -> aumentam a pós-carga -> redução do volume sistólico ventricular esquerdo > diminuição do débito cardíaco: ativação contínua dos sistemas neuro-humorais = CICLO - Aumentos persistentes do volume sangue no coração > insuficiência valvar esquerda > hipertrofia padrão excêntrico > novas proteínas são acrescentadas aos miofilamentos existentes - Aumenta a complacência miocárdica (dilata mais) -> permite recrutamento contínuo da pré-carga (retorno venoso) sem elevação significativa da pressão diastólica do VE - Consequências: - dilatação progressiva do coração - aumenta o estresse sistólico da parede = coração enche, mas não consegue ejetar (acumulando sangue, aumetando a pressao interna) - Remodelagem hipertrófica: > estresse hemodinâmico -> síntese e organização espacial de novas proteínas contráteis > sobrecarga de pressão crônica (HAS, estenose aórtica): proteínas contráteis e novos sarcômeros acrescentados aos miócitos -> aumento espessura da parede e redução raio da câmara (hipertrofia concêntrica) = para manter um volume sistólico normal do VE >hipertrofia concêntrica: reduz a complacência do VE (dilata menos)-> a pressão diastólica do VE aumenta e predispõe a congestão • Sinais de sintomas: - Taquicardia - Redução da tolerância a exercícios: rápida fadiga muscular (sangue não chega facilmente ao musculo) - Falta de ar = ortopneia, dispenia -> congestão pulmonar devido a congestão lado esquerdo do coração - Edema periférico e pulmonar = ausculta congestão pulmonar - Cardiomegalia = hipertrofia concentrica ESCALA DE GRAVIDADE - Classe I: Alteração estrutural do coração, mas sem nenhuma limitação; sintomas apenas em exercícios intensos -> algo normal. Logo ainda não possui sintomas - Classe II: ligeira limitação das atividades físicas comuns -> com fadiga e palpitações ao subir uma escada por exemplo (angina estavel) - Classe III: fadiga com atividade física menos intensa que o normal, do dia a dia , como trocar de roupa (angina instavel) - Classe IV: sintomas com o repouso (angina de pretzel) • Fármacos usados na IC: - Diureticos, incluindo os poupadores de potassio - Antag recep aldost - IECA E BRAS - Beta bloq - Vasodilatadores - Glicosídeos cardíacos = aumentam força de contração DIURÉTICO (paciente congestivo - edema..), depois que melhorar esse quadro congestivo -> Espironolactona, IECA, BRAS (compensar a ICC) -> compensou -> inicial Propranolol OBS:Aumento da frequência cardíaca: primeiro mecanismo compensatório para manter o débito cardíaco TRATAMENTO FARMACOLÓGICO - Anormalidades da estrutura e função miocárdicas: > estímulos para a ativação das respostas biológicas > impelem a progressão da doença - Fármacos: diminuir a remodelagem ventricular ->para atenuar a progressão da doença, sintomas e reduzir a mortalidade Abordagem atual compreende: - redução da pré-carga (aumentar a capacitância/complacencia vascular, para não sobrecarregar esse coração), redistribuindo o sangue para longe do tórax, em direção às veias periféricas -> fármacos vasodilatadores - redução da pós-carga (redução RVP -> para que o coração tenha que fazer menos força -> farmacos que reduzem o tonus arteriolas - aumento do estado inotrópico (força de contração miocardica) Bloqueador canais Ca+ > anlodipino, nifedipino: - redução da pré-carga: + -redução da pós-carga: +++ -> NAO SAO USADOS -> reduzem inotropismo (força de contração) DIURÉTICOS Papel central no tratamento dos sintomas congestivos -> Para aliviar sintoma se estiver congesto - Resposta renal à ICC: retenção de Na+ e água -> expansão do volume líquido extracelular no intuito de aumentar o volume diastólico final e aumentar do volume sistólico - Função dos diureticos: eliminar Na e agua, reduz o volume circulante, reduz a pré carga (diminui retorno venoso) para a qual o coração vai trabalhar (pressão de enchimento ventricular menor) > resultam em congestão pulmonar e edema periférico > Reduzem o volume líquido extracelular e a pressão de enchimento ventricular (pré-carga) OBS: Se houver grande depleção de volume (perda), principalmente no que não tem sobrecarga de volume (pcts classe I) -> aumenta ativação neuro-humoral -> efeito deletério -> Empregar doses mínimas necessárias em pacientes com retenção de volume - Todos os pacientes: aconselhados a limitar a ingestão alimentar de NaCl ⚫ 2 a 3 g/dia > Diuréticos de alça (furosemida): - biodisponibilidade oral varia de 40 a 70% = fármaco de ação curta -> administrar 2 ou mais doses ao dia - monitorar peso e níveis de eletrólitos> Diuréticos tiazídicos ( hidroclorotiazida, clortalidona): - ineficazes em pacientes com disfunção renal = usado em terapia combinada -> refratários aos diuréticos alça - associados a maior perda de potássio Paciente da classe I, com hipertensao, JÁ tratado com diureticos tiazidico = pode manter ele, junto com outras classes de medicamentos. MAS se não, se for classe I, nao usar - Maioria dos pacientes: necessita de um diurético de alça > Diuréticos poupadores de potassio (Espironolactona -antag aldosterona) -> atua no receptor de aldosterona no ducto do néfron - OBS: é normal o aumento da concentração plasmática de aldosterona em pcts com ICC: até 20 vezes = > Por ativação do SRAA exarcebada em ICC -> o coração esta batendo mais fraco, saindo menos sangue ,logo a pressao de perfusao da arterial renal esta pequena (aumenta a liberação de Renina). > O segundo motivo é a ativação SN Simpaticos = diminuição do DC, diminui os desparos do seio carotideo = libera Ne (beta 1 nas celulas Justa glomerulares -> aldosterona). > Efeitos biológicos da aldosterona: retenção de sal -> perda de K+ e Mg+ -> redução da captação miocárdica de norepinefrina -> redução da sensibilidade dos barorreceptores -> fibrose miocárdica - Dosagem Espironolactona: 25 mg/dia - - Redução significativa: mortalidade e da hospitalização - Atenuam ou revertem a remodelagem patológica - Tratamento bem tolerado - efeitos aditivos aos inibidores de ECA - Usar na insuficiência cardíaca classe III ou IV INIBIDORES DA ECA2 (IECA’s) - redução da pré-carga: ++ - redução da pós-carga: ++ Base do tratamento da IC -> terapia de primeira linha para IC = redução da morbidade e da mortalidade - Inibem a enzima conversora de aldosterona 2 - Antagonismo da angiotensina: >Angiotensina II: − potente vasoconstritor arterial − mediador da retenção de Na+ e água − potencializa a liberação de catecolaminas − é arritmogênica − promove hiperplasia vascular − hipertrofia miocárdica patológica − estimula a morte de miócitos • Mecanismo de ação: - DIMINUEM a produção de angiotensina II e aldosterona - reduzem a atividade do sistema nervoso simpático - potencializam os efeitos dos diuréticos: Na no ducto coletor é reabsorvido, diminuindo a quantidade de aldosterona, voce aumenta a perda da Na e poupa potassio. - são dilatadores arteriais mais potentes que venosos = redução da pós-carga ventricular esquerda -> aumento do volume sistólico e do débito cardíaco - reduzem a remodelagem do coração - redução da morbidade e da mortalidade >Captopril, enalapril, lisinopril = indicados no tratamento da IC de qualquer intensidade - iniciar com dose baixa (6,25 mg de captopril) e aumentar ao longo das semanas - Observação: pressão arterial, níveis de eletrólitos e creatinina - Prolongam a sobrevida - Previnem o aparecimento de disfunção ventricular e mortalidade pós-infarto -Atenuam ou previnem o aumento dos volumes diastólico/sistólico finais do ventrículo esquerdo -> declínio da fração de ejeção do VE - - Previnem a progressão da IC pós-infarto = ao prevenir a remodelagem ventricular BLOQUEADORES DOS RECEPTROES DE ANGIO2 (BRA’s) - redução da pré-carga: ++ - redução da pós-carga: ++ Alternativa para os pacientes que não toleram os IECA - Evita os efeitos colaterais : tosse e angioedema > losartana: bloqueio dos receptores AT1 da angio II - Benefícios comparáveis quanto a mortalidade -Efeito anti-hipertensivo aditivo - associado aos inibidores de ECA VASODILATADORES NITROVASODILATADORES (Nitratos) - Relaxam o músculo liso vascular, principalmente as venulas (diminui a pre carga -> diminui estresse na parede e o retorno venoso, pois há aumento da complacência venosa - mais sangue nas veias) através da oferta de óxido nítrico > nitroglicerina (Nitradisc; Nitroderm) >dinitrato de isossorbida (Isordil) OBS: mononitrato de isossorbida (Monocordil) -> efeitos reflexos = não estudada na IC - Seguros e eficazes - Reduzem a pressão de enchimento do VE: redução da pré-carga -> por aumento da capacitância venosa periférica - Efeito vasodilatador seletivo sobre a vasculatura coronária epicárdica > Dinitrato de isossorbida (isordil): melhora capacidade de exercício e redução dos sintomas , batante limitados como monoterapia devido a tolerância farmacológica - aumentam a eficácia clínica de outros vasodilatadores = como a hidralazina HIDRALAZINA- - Promove relaxamento do músculo liso arteriolar = apenas reduzem a pós carga - Envolve queda na concentração intracelular de cálcio = NÃO É UM BLOQUEADOR DOS CANAIS DE CALCIO - Anti-hipertensivo eficaz: combinado com agentes que atenuam o aumento do tônus simpático e a retenção de sal e água -Reduz a pós-carga ventricular direita e esquerda: redução da resistência vascular pulmonar e sistêmica (dilatação arterial) -> aumento do volume sistólico Útil nos pacientes com IC e disfunção renal - Mais eficaz combinada com venodilatadores = nitratos (diminui pre carga) BLOQUEADORES DOS RECEPTORES BETA ADRENÉRGICOS - Insuficiência cardíaca-> caracteriza-se por hiperativação simpática -era contraindicado em ic = pois bloqueia b1 = reduz inotropismo-> mas na verdade a ICC há uma hiperativação SN simpático a longo prazo leva a uma agravamento na condição do coração -> exigindo mais inotropismo e cronotropismo = agrava a doença - São usados como modular/reduzir ativação simpática >Ativação simpática aumenta: contratilidade (inotropismo) e frequência cardíaca (cronotropismo) - Somente pacientes em pacientes já com estabilidade da sobrecarga -> diminui a mortaldiade e morbidade -> ajuda nos sintomas - Uso clínico: melhoram os sintomas e reduzem as hospitalizações - diminuem a mortalidade na IC leve a moderada -> recomendados nas classes II ou III -> juntamente com inibidores da ECA ou antagonistas dos receptores da angiotensina e diuréticos >Metoprolol (Lopressor, Seloken): antagonista beta-1 seletivo -> dose média: 100 mg/dia >Carvedilol: antagonista não-seletivo dos receptores beta e antagonista alfa-1 seletivo - até 25 mg duas vezes/dia - Recomendações: -iniciar em doses muito baixas ->dose aumentada lentamente ao longo de semanas - NÃO USAR na insuficiência cardíaca descompensada início recente (desestabilizada) GLICOSÍDEOS CARDÍACOS/DIGITÁLICOS - Efeito inotrópico positivo sobre o miocárdio deficiente em concentrações terapêuticas - Controle da resposta da frequência ventricular a fibrilação atrial - Modulação da atividade do sistema nervoso autônomo - Apenas a digoxina tem uso clínico atualmente > Digoxina - Podem causar bradicardia sinusal ou bloqueio AV - Em concentrações altas: aumento da atividade do sistema nervoso simpático com arritmias atriais e ventriculares DIGOXINA • • Mecanismos de ação: - inibem levemente a Na+/K+-ATPase cardíaca = causando aumento da [Na+] intracelular - o aumento de [Na+]intracelular = inibe a expulsão do Ca2+ por meio do NCX -> resulta em [Ca2+] intracelular mais alta, logo contratilidade aumentada OBS: Ao bloquear a enzima ele segura o calcio dentro da celula - O aumento da contratilidade -> aumento débito cardíaco = proporciona alívio sintomático em pacientes com IC - Com a retirada do principal deflagrador (DC baixo) para a ativação neuro-humoral = o tônus nervoso simpático, a frequência cardíaca e a resistência vascular periférica caem • Função - Reduz a automaticidade - Aumenta o potencial de membrana em repouso diastólico nos tecidos atriais e no nó AV -> devido a aumento do tônus vagal e redução da atividade do sistema nervoso simpático - Redução da velocidade de condução no nó AV - Essas reduções na pré-carga e pós-carga = diminuem a dilatação das câmaras e do estresse da parede = fortes determinantes do consumo de O2 do miocárdio - O aumento da perfusão renal • diminui a produção de renina • aumenta a diurese • diminuindo ainda mais a pré-carga • Farmacocinética: - excretada pelo rim = usar com cautela em pacientes com disfunção renal = intoxica - Absorção e Distribuição = 65 a 80%após administração oral - amplamente distribuída para os tecidos -> incluindo o sistema nervoso central. − Metabolismo e Excreção não é extensamente metabolizada = quase 66% excretados sem alterações pelos rins - depuração renal proporcional à depuração da creatinina • Uso clínico - Reservada para pacientes com IC com fibrilação atrial - pacientes em ritmo sinusal e sintomáticos apesar do tratamento máximo com inibidores da ECA e betabloqueadores • Toxicidade - Ritmo juncional atrioventricular, despolarizações ventriculares prematuras, ritmo bigeminal e BAV de segundo grau -> Podem causar virtualmente qualquer arritmia - Anorexia, náuseas, vômitos e diarreia doses altas, também impregnam nos Efeitos no sistema nervoso central - menos frequente: desorientação e alucinações - nos idosos distúrbios visuais (aberrações na percepção das cores) - Ginecomastia: raro OBS: BLOQUEADORES DO CANAL DE CÁLCIO - Não desempenham nenhum papel no tratamento da IC - Efeitos depressivos sobre o coração podem piorar a IC INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DIASTÓLICA - Ventrículo esquerdo: incapaz de encher, ao invés de esvaziar , pois está muito dilatado. - Função sistólica ventricular: normal - Os pacientes apresentam sinais de IC -> comprometimento do relaxamento ventricular e da distensibilidade do VE - Mais comum: pós-carga excessiva (hipertensão sistêmica alta RVP, valvulopatia na valvula aoirtica) • Princípios do tratamento: tratar adequadamente distúrbios associados: - hipertensão, isquemia miocárdica - TOMAR CUIDADO COM MEDICAMENTOS QUE REDUZEM PRÉ CARGA, pois esse pct é dependente da pre carga ->redução gradual da pré-carga: são dependentes da pré-carga para a manutenção do débito cardíaco - manter contração atrial sincrônica - controle da frequência ventricular Isquemia Cardíaca . • Principal sintoma da cardiopatia isquêmica: angina (dor quando o músculo cardiaco não recebe sangue suficiente) de peito • Causa :episódios transitórios de isquemia miocárdica por desequilíbrio entre suprimento e demanda de oxigênio do miocárdio - Aumento da demanda (ex exercicio fisico) -> gera aumento da frequência cardíaca, contratilidade ventricular e tensão da parede ventricular - Causa mais frequente de angina: − obstrução ateromatosa dos grandes vasos coronários: > Aterosclerose coronariana: − diminuição progressiva do raio do vaso −> compromete o fluxo sanguíneo coronariano −> produz sintomas de angina quando a demanda do miocárdio aumenta = angina de esforço > Trombose coronariana - diminuição súbita do raio do vaso -> não chega mais sangue = angina instável > Vasoespamo = angina de prinzmetal • Tipos de angina: - Angina de esforço/ estável: pessoa começa a sentir dor após fazer uma quantidade considerável de exercício físico. Dor para com o repouso ou com medicamento - Angina instavel: pessoa sente dor com atividades simples do dia a dia (escovar o cabelo) ou mesmo em repouso - Infarto agudo do miocardio: semelhante e instavel. Mas sem alivio com nitratos - Angina de prinzmetal/variante: Raro. Dor forte em repouso, devido a vasoespamo - Sintomas anginosos sem aumento da demanda de oxigênio do miocárdio: − trombose coronariana − angina instável − vasoespasmo − angina de Prinzmetal Angina típica: − desconforto subesternal compressivo e pesado − raramente descrito como dor − irradia para: ombro esquerdo, braço esquerdo, maxilar ou epigástrio - Sintomas provocados pelo esforço, aliviados em repouso ou nitroglicerina sublingual - Mulheres, idosos e diabéticos: − têm sintomas atípicos DETERMINANTES DO CONSUMO DE OXIGÊNIO DO MIOCÁRDIO Estresse da parede pressão intraventricular Raio ventricular Espessura da parede FC Contratilidade • Fármacos: - Os farmacos melhoram o equilíbrio entre o suprimento e demanda > Aumentam o suprimento por meio da dilatação da vasculatura coronária > Diminuem a demanda por redução do trabalho cardíaco > Nitrovasodilatadores > Antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos > Antagonistas dos canais de Ca+ Objetivos terapêuticos: - Angina típica/estável/de esforço: Normalmente possui uma placa aterosclerótica estavel grave, com obstrução parcial da luz capaz de manter condições basais de oxigenio (melhora com repouso e piora com exemplo ex fisico) -> Reduzir a demanda de oxigênio do miocárdio, com: redução da frequência cardíaca, da contratilidade ventricular e/ou da tensão da parede ventricular - Angina variante ou de Prinzmetal/Vasoespástica Aterosclerose + vasoespasmos = pct sente dor em repouso -> espamos coronarianos na microvasculatura, sem uma obstrução -> logo procurando medicamentos que vão evitar o vasoespasmo coronariano - Angina instável/progressiva: Aumento da frequência, duração e intensidade da angina. A Aterosclerose por ser nova é instável, podendo levar a uma ruptura -> trombos ou sangue intraplaca -> obstrução TOTAL e súbita das coronarianas = PROCEDE O IAM ->aumentar o fluxo sanguíneo de maneira imediata, para que não leva a um infarto do miocardio, com: stents, cirurgia de revascularização , heparina, antiplaquetários para a redução trombose coronariana NITRITOS E NITRATOS/Nitrovasodilatadores: - São os nitrovasodilatadores - Nitroglicerina é o protótipo do grupo -> não é mais usada - Têm mecanismo de ação e toxicidade semelhantes - Fonte de óxido nítrico (NO) princípio ativo -> promove o relaxamento das células musculares lisas: resulta em vasodilatação • Mecanismo de Ação - Fonte de NO - O nitroprussiato de sódio e os nitratos, conhecidos como nitrovasodilatadores são pró-fármacos ao serem metabolizados -> liberam NO -> ativa a guanilil-ciclase -> aumento dos níveis intracelulares de GMP cíclico -> aumento nos níveis de cGMP -> causa desfosforilação da cadeia leve de miosina -> quando isso ocorre não há interação entre a miosina e a actina -> o efeito final é o relaxamento do vaso • Farmacocinetica - Biodisponibilidade oral baixa -> prefere-se a via sublingual, pois evita efeito hepático da primeira passagem e leva a níveis sanguíneos terapêuticos em poucos minutos -> efeito rapido e meia vida curta - Duração total do efeito curta: 15 a 30 min - Preparados orais para ação mais longa > Nitroglicerina - concentrações plasmáticas máximas rapidamente de 4 min após sua administração sublingual - meia-vida de 1 a 3 min e metabólitos de 40 min -> com potência bem menor que o fármaco original Por isso o efeito do remédio é na hora para a angina > Dinitrato de isossorbida (Isordil) - concentrações plasmáticas máximas em 6 min com base na administração sublingual - meia-vida de 45 min e metabólitos -> 2-mononitrato de isossorbida e 5-mononitrato de isossorbida: meia-vida mais longa (3 a 6 h) -> colaboram para eficácia do fármaco original > 5-Mononitrato de isossorbida (Monocordil) - está disponível em forma de comprimidos -> não sofre metabolismo de primeira passagem significativo - apresenta uma excelente biodisponibilidade após administração oral - O mononitrato apresenta meia-vida mais longa que a do dinitrato de isossorbida - foi formulado como comprimido simples e como preparação de liberação prolongada = ambas as formas apresentam maior duração de ação do que as formas posológicas correspondentes do dinitrato de isossorbida EFEITOS CARDIOVASCULARES - Uso imediato: Doeu (angina) toma o remédio -> pois há uma isquemia que pode ir lesando o miocárdio - Uso preventivo > Nitroglicerina Em baixas concentrações/doses: dilata mais as veias do que as artérias - Venodilatação: diminui o tamanho das câmaras ventriculares esquerda e direita (com a chegada de menos sangue) e as pressões diastólicas finais diminuem, logo o miocardio precisa de menos sangue pois faz menos força -> diminui a pre carga - PA: pode cair ligeiramente - FC: pode sofrer ligeira elevação - Cefaleia: pela queda da PA e pela dilatação vasos arteriais meníngeos Em doses altas: maior acúmulo venoso e diminuição da resistência arteriolar- redução da pressão sistólica e diastólica - Taquicardia reflexa e vasoconstrição arteriolar periférica: tendem restaurar a resistência vascular sistêmica para elevar a pressao OBS: Pacientes com disfunção autônoma = diabetes descontrolada grave -> os altos niveis de glicose alteram as resposta do SN simpática e dos proprios vasos, não sendo eficientes (disfunção autonoma)-> queda da PA não pode ser compensada -> redução perfusão coronariana. CUIDADO! 3- Diminuição do tempo de ejeção: Quanto maior tempo de sistole, maior tempo sem oxigênio no miocardio, pois o sangue chega nas coronarias na diastole Os efeitos deletérios podem ser compensados com outros medicamentos • Toxicidade - Extensão direta da vasodilatação terapêutica: > hipotensão ortostática (tonteira e fraqueza) > taquicardia e cefaleia pulsátil (comum, intensa) > álcool acentua a hipotensão postural com síncope Medidas que facilitam o retorno venoso para melhorar a cefaleia e a hipotensão: únicas medidas terapêuticas necessárias -> combinação com sildenafila: pode causar hipotensão extrema • Tolerância Tolerância: o músculo liso pode desenvolver tolerância - taquifilaxia (rápida fiminuição do efeito do remedio) com os preparados de ação longa (oral e transdérmico) -> exposição frequentemente repetida ou contínua de altas doses leva a uma acentuada atenuação dos efeitos farmacológicos - interromper a terapia durante 8 a 12 h diariamente possibilita o retorno da eficácia • Usos terapêuticos - Tratar também os fatores que levam a Angina: >tratar hipertensão, hiperlipidemia, anemia tireotoxicose, obesidade, insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas e ansiedade > parar de fumar (nicotina promove um vasoespasmo importante) > não se alimentar em excesso > prescrever ácido acetilsalicílico ou clopidogrel = ag antiplaqueatarios - Angina de esforço: o farmaco diminui o retorno venoso (dilata veias -> aumenta a complacencia venosa = concentra sangue nas veias), reduz o volume intracardíaco: diminuição da tensão da parede e a necessidade de oxigênio do miocárdio - Angina variante/vasoespástica: relaxam o músculo liso das artérias coronárias e aliviam o espasmo das artérias coronárias > necessária terapia adicional, com bloqueadores dos canais de Ca+ = impede o vasoespasmo - Angina instável: dilatação das artérias coronárias epicárdicas e redução da demanda oxigênio do miocárdio > Angina instável (síndrome coronariana aguda): - dilatação das artérias coronárias epicárdicas - redução da demanda oxigênio do miocárdio - eficácia limitada - o tratamento inclui também :agentes antiplaquetários (AAS, clopidogrel), agentes antitrombina (heparina), stents intracoronários e cirurgia de derivação coronariana - Infarto agudo do miocárdio: Diminui a pré carga e aumenta a capacitância-> usados para aliviar a congestão pulmonar - contra-indicados para pacientes com hipotensão sistêmica - terapias de reperfusão com stents - agentes trombolíticos Uso sob demanda/imediato: > Nitroglicerina: quando necessário -> sublingual > Dinitrato de isossorbida (Isordil) -> sublingual > Mononitrato de isossorbida (Monocordil): -> oral Uso profilático: Oral > Nitroglicerina: comprimido de liberação prolongada > Dinitrato de isossorbida (Isordil): • duração da ação: 10 a 60 min • dose: 40 a 80 mg a cada 12 h • > Mononitrato de isossorbida (Monocordil): • dose: 60 a 120 mg/dia Uso cutâneo (discos transdermicos): Prolonga absorção > Nitroglicerina (Nitrodisc): interromper durante pelo menos 8 h a cada dia para evitar o aparecimento de tolerância ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE CÁLCIO - No músculo liso vascular sua ação resulta em relaxamento nos leitos arteriais, pois os canais de calcio levam a sua contração = coronário dilatadores - Produzem também efeitos inotrópicos e cronotrópicos negativos no músculo liso cardíaco = diminui a força de contração e a frequencia cardiaca - Atua no sistema de condução = antiarrítmicos - Fármacos: dihidropiridinas: anlodipino; nifedipino Não diidropiridinas: diltiazem; verapamil • Efeitos cardiovasculares: relaxam o músculo liso arterial = efeito na pos carga - exercem pouco efeito sobre os leitos venosos -> não afetam significativamente a pré-carga cardíaca - produzem efeito inotrópico negativo - o nifedipino não afeta a condução do nó SA e AV - verapamil e diltiazém -> deprimem o nó SA e AV -> base do tratamento de taquiarritmias supraventriculares • Efeitos hemodinâmicos: - diminuem a resistência vascular coronariana e aumentam o fluxo sanguíneo coronariano - diidropiridinas: vasodilatadores mais potentes que o verapamil > que é mais potente que o diltiazém na redução da pressão arterial - Ao promover intenso relaxamento arteriolar ->provoca reflexos simpáticos, taquicardia, inotropismo positivo - ocorre menos taquicardia reflexa com o anlodipino do que com o nifedipino, devido a meia vida longa - verapamil e o diltiazém -> efeito cronotrópico negativo e diminuem a pressão arterial • Toxicidade: - vasodilatação excessiva tonteira, hipotensão, cefaleia, rubor, náuseas, edema periférico Não diidropiridina: - depressão cardíaca - bradicardia - bloqueio atrioventricular - insuficiência cardíaca OBS: contra-indicada associação de verapamil venoso com antagonistas beta-adrenérgicos: bloqueio AV; depressão da função ventricular • Usos terapeuticos - Angina variante: resulta de uma diminuição do fluxo e atenuam o vasoespasmo - Angina por esforço: > aumento do fluxo sanguíneo (dilatação coronariana), > redução da demanda de oxigênio do miocárdio (diminuir pos carga) > redução da pressão arterial, da frequência cardíaca e da contratilidade OBS: nifedipino ou anlodipino (não retardam a condução AV) -> associado com bloqueador beta-adrenérgico: mais efetivo que o uso isolado destes agentes - Angina instável: ácido acetilsalicílico, nitratos, bloqueadores beta adrenérgicos e heparina -> bloqueadores dos canais de cálcio oferecem uma abordagem adicional por reduzirem o vasoespasmo - Infarto do miocárdio: não há evidências de que sejam benéficos e nifedipino tem efeito prejudicial > Anlodipino: indicação: angina, hipertensão > Nifedipino: indicação: angina, hipertensão, fenômeno de Raynaud > Diltiazém: indicação: angina, hipertensão, fenômeno de Raynaud > Verapamil: indicação: angina, hipertensão, arritmias, enxaqueca ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES BETA ADRENÉRGICOS/ Beta bloqueadores Bloqueia a taquicardia Diminuem reflexo simpaticos com uso dos bloqueadores dos canais de calcio - Efetivos para reduzir gravidade e frequência dos ataques de angina de esforço - Melhoram a sobrevida em pacientes que sofreram IM - podem agravar a angina vasoespástica/prinzmetal -> receptor b2 (função de vasodilatação) nos grandes vasos -> espasmo vascular nos farmacos não seletivos, apesar que a seletividade dos beta bloq não é absoluta - Eficácia atribuída: queda do consumo de oxigênio do miocárdio em repouso e durante o esforço (impede a taquicardia) e tendência aumento fluxo para regiões isquêmicas > A diminuição do consumo de oxigênio do miocárdio deve-se: - ao efeito cronotrópico negativo (diminui fc) - ao efeito inotrópico negativo (diminui a força de contração) - a redução da pressão arterial * em particular durante o exercício - Angina instável: reduz os episódios recorrentes de isquemia e o risco de progressão para IM agudo - Infarto do miocárdio: melhoram a mortalidade no IM , masdevem ser administrados precocemente e mantidos de modo indefinido • Contra-indicações: - asma, bradicardia grave, bloqueio AV - insuficiência ventricular esquerda grave > Propranolol (não seletivo): dose oral: 40 a 80 mg/dia comprimidos: 10, 40 e 80 mg > Metoprolol (seletivos b1): dose oral: 100 mg/dia, 1 vez/dia comprimidos: 100 mg > Atenolol (seletivos b1): dose oral: 50 mg/dia, 1 vez/dia comprimidos: 25, 50 e 100 mg > Carvedilol: comprimidos: 3,125, 6,25, 12,5, 25 mg EFEITO DOS NITRATOS, BETA BLOQ E BLOQ CANAIS DE CALCIO E ASSOCIADOS: Geralmente
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