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Farmaco II Eduarda Muzzi - XXV B Fármacos Anti Reumáticos • A artrite reumatoide é uma doença autoimune que afeta cerca de 1% da população • doença crônica que se caracteriza principalmente por: dor, rigidez, inflamação, inchaço e, por vezes, destruição das articulações • O tratamento farmacológico da artrite reumatoide inclui o alívio sintomático pelo uso de AINE = Embora tenham efeitos anti-inflamatórios, os AINE têm efeito mínimo ou ausente na progressão da deformidade articular · Autoimunidade • A incidência de doenças autoimunes se dá quando o sistema imune do hospedeiro ataca seus próprios tecidos, considerando erroneamente o antígeno próprio como estranho • O resultado típico consiste em = inflamação crônica no(s) tecido(s) que expressa(m) o antígeno • As doenças autoimunes são mais comumente causadas por perda de autotolerância tanto central quanto periférica - A tolerância central = refere-se à deleção clonal específica de células T e B auto reativas durante seu desenvolvimento de células precursoras em timo (células T) e medula óssea (células B) > A tolerância central assegura que a maioria das células T e B autorreativas imaturas não formará clones autorreativos = nao se multiplicarão • O timo e a medula óssea não expressam todos os antígenos do organismo, diversas proteínas são expressas apenas em tecidos específicos • Por esse motivo, também é importante a tolerância periférica que resulta da deleção de células T autorreativas por apoptose = mediada por ligante Fas-Faz, ativação das células T supressoras ou indução de anergia (perda de força) das células T, dada a apresentação de antígeno na ausência de coestimulação A tolerância central é distinta da tolerância periférica porque ocorre enquanto as células ainda estão presentes nos órgão linfáticos primários (timo e medula óssea), antes de serem exportadas para a periferia. A tolerância periférica é gerada depois das células atingirem a periferia. • Embora a perda da tolerância esteja na base de praticamente todas as doenças autoimunes, o estímulo que leva a essa perda frequentemente não é conhecido = fatores genéticos, mimetismo molecular = por meio do qual epítopos de agentes infecciosos assemelham-se a antígenos próprios • A terapia farmacológica para as doenças autoimunes ainda não se contrapõe à notável especificidade do processo biológico agressor • Os agentes farmacológicos atualmente disponíveis provocam, em sua maioria, imunossupressão generalizada e não são dirigidos contra a fisiopatologia específica · Fármacos anti reumáticos modificadores da doença • A artrite reumatóide é uma doença imunológica que provoca efeitos sistêmicos significativos capazes de reduzir a sobrevida do indivíduo, além da doença articular que diminui a mobilidade e a qualidade de vida • Os AINE oferecem principalmente alívio sintomático = reduzem a inflamação e a dor causada e, com freqüência, preservam a função - porém exercem pouco efeito sobre a progressão da destruição do osso e da cartilagem • O interesse tem sido focalizado na descoberta de tratamentos capazes de deter ou, pelo menos, de retardar essa progressão, ao modificar a própria doença • Os efeitos das terapias modificadoras da doença podem levar de 6 semanas a 6 meses para se tornarem evidentes = são de ação lenta em comparação com os dos AINES • Os fármacos anti reumáticos modificadores da doença (DMARD) reduzem a atividade da artrite reumatoide e retardam a progressão da destruição do tecido artrítico • Os DMARD incluem: • moléculas não-biológicas = metotrexato, azatioprina, hidroxicloroquina e cloroquina, sulfassalazina, ciclosporina • biológicas = adalimumabe, etanercepte, infliximabe, abatacepte • Os DMARD biológicos continuam sendo reservados para pacientes com atividade da doença moderada ou alta, persistente, com indicadores de prognóstico sombrio • O tratamento é ajustado para o paciente individualmente. O uso desses agentes deve ser ponderado, considerando-se seus efeitos adversos potencialmente graves • A combinação de AINE com esses agentes é comum METOTREXATO • Fármaco extremamente versátil no tratamento de ampla variedade de doenças imunologicamente mediadas, incluindo artrite reumatoide e psoríase • Além disso, o MTX é utilizado na prevenção da doença de enxerto-versus-hospedeiro. • O metotrexato é considerado a DARMD de primeira escolha no tratamento da artrite reumatóide, utilizado em até 60% dos pacientes Mecanismo de ação • Está relacionado com a inibição da aminoimidazol carboxamida ribonucleotídio (AICAR), transformilase e da timidilato sintetase, com efeitos secundários sobre a quimiotaxia dos leucócitos polimorfonucleares • Observa-se algum efeito sobre a diidrofolato redutase = o que afeta a função dos linfócitos e dos macrófagos, embora não constitua o seu principal • O metotrexato é um análogo de ácido fólico = inibe a diidrofolato redutase - Essa enzima é responsável pela produção de cofatores de tetrahidrofolato, necessários para biossíntese de purina e timidilato - A inibição da enzima conduz a comprometimento da síntese de DNA que tem maior impacto nas células que se dividem rapidamente • O metotrexato é imunossupressor essa atividade levou ao uso em AR, psoríase e outras doenças autoimunes Farmacocinética • Cerca de 70% absorvido após administração oral • É metabolizado em um metabólito hidroxilado menos ativo tanto o composto original quanto o metabólito são poliglutamatos no interior das células, onde permanecem por períodos prolongados • A meia-vida sérica do metotrexato é de apenas 6 a 9 h, embora possa atingir 24 h em alguns indivíduos • É excretado principalmente na urina, até 30% podem ser excretados na bile Indicações • Esquema posológico mais comum para a artrite reumatóide de 15 a 25 mg por semana - efeito aumentado com 30 ou 35 mg por semana • O fármaco diminui a taxa de aparecimento de novas erosões • Utilizado também: - na psoríase, - na artrite psoriática - na espondilite ancilosante - na polimiosite - na dermatomiosite - na granulomatose de Wegener - na arterite de células gigantes - no lúpus eritematoso sistêmico - e na vasculite Efeitos adversos • Os efeitos tóxicos mais comuns: náuseas e úlceras da mucosa • Com freqüência ocorre hepatotoxicidade progressiva relacionada com a dose = sob a forma de elevações das enzimas • a cirrose é rara (< 1%) • A hepatotoxicidade não está relacionada com a concentração sérica • Acompanhamento com biopsias hepáticas só é recomendado a cada 5 anos • A incidência de anormalidades das provas de função hepática e gastrintestinais pode ser reduzida com o uso de leucovorina nas 24 h após cada dose semanal ou com a administração diária de ácido fólico • Está contraindicado durante a gravidez AZATIOPRINA (AZA) • A azatioprina (AZA) é utilizado para supressão do sistema imune após transplante • AZA é um profármaco do análogo de purina, a 6-mercaptopurina (6-MP), lentamente liberado à medida que AZA reage de modo não enzimático, com compostos sulfidrílicos, como a glutationa Mecanismo de ação • Atua através de seu metabólito principal a 6-tioguanina • A 6-tioguanina suprime a síntese de ácido inosínico em consequência, a proliferação celular é inibida = a função das células B e das células T, a produção de imunoglobulinas e a secreção de interleucina 2 são diminuídas Farmacocinética • A azatioprina é bem absorvida por via oral • O metabolismo da azatioprina é bimodal na população • os metabolizadores rápidos depuram o fármaco quatro vezes mais rapidamente do que os metabolizadores lentos • A produção de 6-tioguanina depende da tiopurina metiltransferase (TPMT), os pacientes com atividade baixa ou ausente da TPMT (0,3% da população), correm um risco particularmente alto de mielossupressão em conseqüência das concentrações excessivas do fármaco original se a dose não for ajustada Indicações • Aprovada para uso na artrite reumatóide grave utilizada em uma dose de 2 mg/kg/dia • Estudos clínicos controladosmostraram a eficácia do fármaco = na artrite psoriática, na artrite reativa, na polimiosite, no lúpus eritematoso, sistêmico e na doença de Behçet Efeitos adversos • supressão da medula óssea: incluindo leucopenia (comum), trombocitopenia (menos comum) ou anemia (rara) • distúrbios gastrintestinais • certo aumento do risco de infecção • pode haver aumento dos linfomas com o uso de azatioprina • raramente, ocorrência de febre, exantema e hepatotoxicidade indica reações, alérgicas agudas Interações medicamentosas • A xantinoxidase = uma enzima de grande importância no catabolismo dos metabólitos da azatioprina é bloqueada pelo alopurinol • Por conseguinte deve-se evitar a combinação de azatioprina com alopurinol CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA Mecanismo de ação • A cloroquina e a hidroxicloroquina são utilizadas, principalmente no tratamento da malária, bem como nas doenças reumáticas • Mecanismo da ação = supressão das respostas dos linfócitos T a mitógenos (substâncias que induzem a mitose), inibição da quimiotaxia dos leucócitos, estabilização das enzimas lisossômicas, inibição da síntese de DNA e de RNA e captação de radicais livres Farmacocinética • Os antimaláricos sofrem rápida absorção apenas 50% ligam-se às proteínas no plasma • Ligam-se extensamente aos tecidos, sobretudo os tecidos que contêm melanina, como os olhos • Os fármacos são desaminados no fígado • e apresentam meias-vidas de eliminação de até 45 dias Indicação • Os antimaláricos foram aprovados para uso na artrite reumatóido, porém não são considerados FARMD muito eficazes • uma dose de ataque pode aumentar a taxa de resposta • Não há comprovação de que esses compostos possam alterar a lesão óssea da artrite reumatóide nas doses habituais • até 6,4 mg/kg/dia de hidroxicloroquina ou 200 mg/dia de cloroquina são necessários de 3 a 6 meses para se obter uma resposta • São utilizados no tratamento das manifestações cutâneas, serosite e dor articular do LES e também têm sido utilizados na síndrome de Sjögren Efeitos colaterais • Toxicidade ocular com doses de cloroquina acima de 250 mg/dia e com doses de hidroxicloroquina superiores a 6,4 mg/kg/dia = ela é raramente observada com doses mais baixas - Aconselha-se uma monitoração oftalmológica a cada 6 a 12 meses • A cloroquina é segura, mas a margem de segurança é estreita; uma dose única de 30 mg/kg pode ser fatal • Outros efeitos tóxicos incluem = dispepsia, náuseas, vômitos, dor abdominal, exantema e pesadelos • Relativamente seguros durante a gravidez • Os efeitos cardiovasculares incluem = hipotensão, vasodilatação, supressão da função miocárdica, arritmias cardíacas e eventual parada cardíaca • confusão, convulsões e coma também podem ser consequências de uma superdosagem • O tratamento prolongado ocasionalmente leva a efeitos adversos como = cefaleia, visão borrada, diplopia, confusão, convulsões, erupções liquenoides da pele, embranquecimento dos cabelos, alargamento do complexo QRS e anormalidades da onda T = tais complicações geralmente desaparecem logo após a interrupção do fármaco • A interferência desse fármaco na imunogenicidade de certas vacinas também foi demonstrada • Retinopatia irreversível e ototoxicidade podem resultar de doses diárias elevadas - A retinopatia presumivelmente está relacionada ao acúmulo de fármaco nos tecidos contendo melanina e pode ser evitada se a dose diária for igual ou menor a 250 mg • O tratamento prolongado com altas doses também pode causar = miopatia tóxica, cardiopatia e neuropatia periférica = melhoram se a administração do fármaco for prontamente interrompida • Raramente, transtornos neuropsiquiátricos = incluindo o suicídio, podem estar relacionados com a superdosagem CICLOSPORINA (CsA) • A descoberta, em 1976, de que ciclosporina é um inibidor específico da imunidade mediada por células T = possibilitou o transplante disseminado de órgãos inteiros • A CsA tornou o transplante de coração uma alternativa legítima no tratamento da insuficiência cardíaca em estágio terminal • A CsA é um decapeptídeo cíclico, isolado de um fungo do solo, Tolypocladium inflatum Mecanismo de ação • Inibe a produção dos receptores de interleucina 1 e 2, secundariamente, inibe a interação dos macrófagos e das células T e a responsividade das células T • A função das células B dependente das células T também é afetada • Em nível da função do sistema imune a ciclosporina suprime parte da imunidade humoral, porém é mais efetiva contra os mecanismos imunes dependentes das células T, como aqueles subjacentes à rejeição de transplante e outras formas de autoimunidade Farmacocinética • pode ser administrada por via intravenosa ou oral • a absorção é incompleta • biodisponibilidade de 20 a 30% • é metabolizada pela CYP3A • está sujeita a numerosas interações medicamentosas • As indicações clínicas da ciclosporina consistem em transplante de rim, fígado, coração e outros órgãos, AR, psoríase e xeroftalmia Indicações • Está aprovada para uso na artrite reumatóide e retarda o aparecimento de novas erosões ósseas • A dose habitual é de 3 a 5 mg/kg/dia em duas doses fracionadas • Pode ser útil no lúpus eritematoso sistêmico, na polimiosite e dermatomiosite, na granulomatose de Wegener e na artrite crônica juvenil • Na AR, a ciclosporina é utilizada nos casos graves que não melhoraram com metotrexato • A ciclosporina pode ser combinada com o metotrexato, mas os níveis dos dois fármacos devem ser monitorados cuidadosamente • Na psoríase, a ciclosporina está indicada para o tratamento dos pacientes imunocompetentes adultos, com doença grave e incapacitante para os quais outras terapias sistêmicas estão contraindicadas ou foram ineficazes Efeitos colaterais • Leucopenia, trombocitopenia e anemia são previsíveis • Em doses altas pode ser cardiotóxica • As principais reações adversas são disfunção renal e hipertensão, tremor, hirsutismo, hiperlipidemia e hiperplasia gengival • A hiperuricemia pode levar a um agravamento da gota • A nefrotoxicidade é observada na maioria dos pacientes, constitui a principal razão para a interrupção ou a modificação da terapia Interações medicamentosas • A ciclosporina interage com uma ampla variedade de fármacos comumente utilizados é preciso ter uma rigorosa atenção para as interações medicamentosas • Qualquer fármaco que afete as CYP, particularmente a CYP3A pode alterar as concentrações sanguíneas de ciclosporina SULFASSALAZINA Mecanismo de ação • A sulfassalazina é metabolizada em sulfapiridina e ácido 5-aminossalicílico = acredita-se que a sulfapiridina seja o componente ativo no tratamento da artrite reumatóide • Observa-se uma redução na produção dos fatores reumatóides IgA e IgM. • In vitro, inibe a liberação de citocinas inflamatórias produzidas por monócitos ou macrófagos Farmacocinética • 10 a 20% da sulfassalazina administrada por via oral são absorvidos uma fração sofre recirculação êntero hepática no intestino, onde a sulfassalazina é reduzida por bactérias intestinais, liberando sulfapiridina e ácido 5-aminossalicílico • Um pouco de sulfassalazina é excretado inalterado pela urina a sulfapiridina é excretada após acetilação e hidroxilação hepática • A meia-vida da sulfassalazina é de 6 a 17h Indicações e efeitos adversos • Efetiva na artrite reumatóide diminui a progressão da doença radiológica o esquema habitual é de 2 a 3 g/dia • Efeitos adversos cerca de 30% dos pacientes interrompem a medicação • devido à ocorrência de toxicidade • Os efeitos adversos comuns consistem em = náuseas, vômitos, cefaleia e exantema, anemia hemolítica e de metemoglobinemia, de ocorrência seja rara - em 1,4 a 4,4% dos pacientes ocorre neutropenia, enquanto a trombocitopenia é muito rara - infertilidade reversível nos homens • não parece ser teratogênica FÁRMACOS BLOQUEADORES DO TNF-α • As citocinas desempenham um papel central na resposta imune, bem como na artrite reumatóide • Apesar da expressão de uma ampla variedade de citocinas nas articulações de pacientes com artrite reumatóide• TNF-α parece ser fundamental no processo inflamatório • O TNF-α afeta a função celular = por meio da ativação de receptores específicos de TNF ligados à membrana TNFR1, TNFR2 • O fator de necrose tumoral α (TNF-α, do inglês tumor necrosis factor-α) é uma citocina de importância central em muitos aspectos da resposta inflamatória • Macrófagos, mastócitos e células TH ativadas (particularmente as células TH1), secretam TNF-α, o qual estimula a produção de metabólitos citotóxicos pelos macrófagos, aumentando, assim, a atividade de destruição fagocítica • O TNF-α também estimula a produção de proteínas de fase aguda, exerce efeitos pirogênicos e promove a contenção local da resposta inflamatória • O TNF-α tem sido citado em numerosas doenças autoimunes • Artrite reumatoide, psoríase e doença de Crohn são três doenças em que a inibição do TNF-α, demonstrou ter eficácia terapêutica • A artrite reumatoide ilustra o papel principal do TNF-α na fisiopatologia das doenças autoimunes • Embora o estímulo inicial para a inflamação articular ainda seja controvertido, acredita-se que os macrófagos na articulação acometida = secretem TNF-α, que ativa células endoteliais, outros monócitos e fibroblastos sinoviais • As células endoteliais ativadas super regulam a expressão de moléculas de adesão, resultando em recrutamento de células inflamatórias para a articulação • A ativação dos monócitos exerce efeito de retroalimentação positiva sobre a ativação de células T e fibroblastos sinoviais • Os fibroblastos sinoviais ativados secretam interleucinas que recrutam outras células inflamatórias • Com o decorrer do tempo, a membrana sinovial sofre hipertrofia e forma-se um pannus = que leva à destruição de osso e cartilagem na articulação, causando a deformidade característica e a dor da artrite reumatoide • Foram aprovados cinco fármacos que interferem no TNF-α para o tratamento da artrite reumatóide e de outras doenças reumáticas: - Adalimumabe - Infliximabe - Etanercepte - Abatacept Adalimumabe Mecanismo de ação • O adalimumabe é um anticorpo monoclonal IgG1 anti-TNF totalmente humano • Forma complexos com o TNF-α solúvel e impede a sua interação com os receptores de superfície celular p55 e p75 • Isto resulta em infrarregulação da função dos macrófagos e das células T Farmacocinética • O adalimumabe é administrado por via subcutânea, apresenta meia-vida de 10 a 20 dias • A depuração diminui em cerca de 40% na presença de metotrexato • A formação de anticorpo anti monoclonal humano diminui com a administração concomitante de metotrexato Indicações • O adalimumabe está aprovado para o tratamento = da artrite reumatóide, da espondilite ancilosante e da artrite psoriática • Diminui a taxa de formação de novas erosões • Efetivo como monoterapia e em associação com o metotrexato e outros FARMD • A dose habitual é de 40 mg em semanas alternadas • Aprovado na AR, psoríase em placas, EA, na doença de Crohn e na artrite crônica juvenil Infliximabe Mecanismo de ação • O infliximabe é um anticorpo monoclonal IgG1 quimérico = 25% provenientes de camundongo, 75% humano, que se liga com alta afinidade ao TNF-α solúvel e, possivelmente, é ligado à membrana • O seu mecanismo de ação é provavelmente idêntico ao do adalimumabe Farmacocinética • O infliximabe é administrado em forma de infusão intravenosa dose habitual de 3 a 5 mg/kg, a cada 8 semanas • Existe uma relação entre a concentração sérica e o efeito a depuração, em cada caso, exiba uma acentuada variação • A meia-vida terminal é de 9 a 12 dias sem acúmulo após doses repetidas no intervalo de 8 semanas • Induz produção de anticorpos antiquiméricos humanos em até 62% dos pacientes • A terapia concomitante com metotrexato diminui acentuadamente • a prevalência de anticorpos antiquiméricos humanos Indicações • Está aprovado para o tratamento = artrite reumatóide, espondilite anquilosante, doença de Crohn e artrite psoriática • Na AR, o esquema com metotrexato diminui a taxa de formação de novas erosões • Também é usado como monoterapia Etanercepte Mecanismo de ação • O etanercepte é uma proteína de fusão recombinante que consiste em dois componentes de receptores p75 de TNF solúvel ligados à porção Fc da IgG1 humana - liga-se a moléculas de TNF-α e também inibe a linfotoxina-αEtanercepte Farmacocinética • O etanercepte é administrado por via subcutânea em uma dose de 25 mg, 2 vezes/semana ou 50 mg/semana - produz a mesma área sob a curva e concentrações séricas mínimas em comparação com 25 mg, 2 vezes/semana • É lentamente absorvido e atinge a sua concentração máxima em 72 h após a sua administração • Apresenta meia-vida de eliminação sérica média de 4,5 dias Indicações • Aprovado para o tratamento da AR, artrite crônica juvenil, psoríase, artrite psoriática e espondilite ancilosante • Utilizado tanto como monoterapia quanto em associação com o metotrexato como terapia de apoio • mais de 70% dos pacientes tratados com etanercepte também utilizam metotrexato • Diminui a taxa de formação de novas erosões em comparação com o metotrexato isoladamente CERTOLIZUMABE • É um anticorpo peguilado humanizado, específico contra o TNF-α • Foi aprovado para o tratamento de adultos com doença de Crohn e AR, artrite psoriásica ativa e espondilite anquilosante ativa • Está disponível na forma de 200 mg de pó liofilizado ou injeções estéreis de 200 mg/mL pré-carregadas para administração subcutânea Abatacepte • Mostra-se efetivo no tratamento da AR em pacientes resistentes a outros fármacos • Inibe a ativação das células T • Dose recomendada = três doses de indução (0, 2 e 4 semanas), seguidas de infusões semanais • À semelhança de outros FARMD aumenta o risco de infecções do trato respiratório superior Toxicidade dos agentes bloqueadores do FNT-α • Todos os agentes anti-TNF = infliximabe, etanercepte, adalimumabe, golimumabe, certolizumabe • aumentam o risco de infecções graves, linfomas e outras neoplasias malignas • Foram relatados linfomas de células T hepato esplênicos fatais em pacientes adolescentes e adultos jovens, com doença de Crohn • tratados com infliximabe em associação com azatioprina e 6-MP (6- mercaptopurina) Efeitos adversos dos agentes bloqueadores do FNT-α • Os agentes bloqueadores do TNF-α aumenta o risco de infecções bacterianos e de infecção dependente de macrófagos = tuberculose, infecções fúngicas e outras infecções oportunistas, embora esse risco permaneça muito baixo • Os pacientes devem ser submetidos a triagem para tuberculose latente ou ativa, antes de iniciar um agente bloqueador do TNF-α • O uso desses fármacos está associado a um risco aumentado de reativação do HBV; importante realizar triagem antes de iniciar o tratamento • Aumentam o risco de câncer de pele = incluindo melanoma • realizar exame periódico da pele
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