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LIT_AP_Obras Obrigatorias da UFPR_Resumo

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RESUMO DAS OBRAS 
OBRIGATÓRIAS DA UFPR
As questões sobre obras literárias no vestibular da UFPR se inserem na prova de 
Conhecimentos Gerais e Compreensão e Produção de Textos. É essencial que o 
candidato:
 f tenha feito a leitura integral das obras e conheça bem os personagens e o enredo;
 f saiba identificar as figuras de linguagem presentes no texto;
 f conheça o contexto social e histórico da obra, assim como o seu período literário;
 f conheça o gênero literário em que a obra se encaixa;
 f identifique os principais temas presentes no livro.
Aqui você encontra o resumo das seguintes obras:
1. O Uraguai
2. Últimos Cantos
3. Casa de Pensão
4. Clara dos Anjos
5. Morte e Vida Severina
6. Sagarana
7. Relato de Um Certo Oriente
8. Nove Noites
O URAGUAI
Autor(a): Basílio da Gama
Gênero: Épico
Período: 1769
Espaço: Sete Povos das Missões, Rio Grande do Sul.
Período Literário
Arcadismo/Neoclassicismo.
Autor
Basílio da Gama nasceu em Tiradentes, Minas Gerais, e foi educado no colégio dos 
Jesuítas no Rio de Janeiro. Em 1759 viaja para a Itália e ingressa na Arcádia Romana 
com o pseudônimo de Termindo Sipílio. Oito anos depois, em 1767, volta ao Rio de 
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R Janeiro e é preso no ano seguinte acusado de jesuitismo. Livra-se da pena ao escrever 
um poema exaltando o casamento da filha do Marquês de Pombal. Basílio faleceu em 
Lisboa, Portugal, no dia 31 de julho de 1795.
Análise da Obra
A obra é uma narrativa em cinco cantos em decassílabos brancos (sem rima). É um 
poema épico (poema narrativo que relata feitos heróicos de povos e nações) que narra 
a expulsão dos jesuítas de Sete Povos das Missões pelos portugueses. Neste poema os 
personagens foram classificados em: portugueses como os heróis; jesuítas como vilões 
e o povo indígena como sendo nobres manipulados pelos jesuítas.
PERSONAGENS:
 f Gomes Freire Andrade - general 
português - Governador do Rio e de 
Minas;
 f Catâneo - chefe das tropas 
espanholas;
 f Cacambo - chefe indígena;
 f Sepé Tiaraju - guerreiro índio; 
 f Caitutu - irmão de Lindóia;
 f Lindóia - esposa de Cacambo;
 f Tanajura - indígena feiticeira;
 f Tatu-Guaçu – guerreiro indígena;
 f Balda - administrador das Missões; 
 f Baldeta – filho de Balda com uma 
índia;
 f Padre Tedeo – jesuíta;
 f Irmão Patusca – glutão.
ENREDO
Canto I: Apresenta o campo de batalha coberto de destroços e de cadáveres, 
principalmente de indígenas, e, voltando no tempo, apresenta um desfile do exército 
luso - espanhol.
Canto II: Relata o encontro entre os caciques Sepé e Cacambo e o comandante 
português, Gomes Freire de Andrada à margem do rio Uruguai. O acordo é impossível. 
Ocorre o combate. Os índios lutam valentemente, mas são vencidos. Sepé morre 
em combate, assassinado pelo Governador de Montevidéu, José Joaquim de Viana. 
Cacambo comanda a retirada.
Canto III: Sepé aparece em sonho a Cacambo sugerindo o incêndio do acampamento 
inimigo. Na volta da missão, Cacambo é traiçoeiramente assassinado por ordem de 
Balda.
Tanajura propicia visões a Lindóia, que “vê” o terremoto de Lisboa, a reconstituição 
da cidade pelo Marquês de Pombal e a expulsão dos jesuítas.
Canto IV: Apresenta a marcha das forças luso-espanholas sobre a aldeia dos índios, 
onde se prepara o casamento de Baldeta e Lindóia. A moça, entretanto, prefere 
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Ra morte. Com a chegada das tropas de Gomes Freire, os índios se retiram após 
queimarem a aldeia. 
Canto V: O poeta expressa suas opiniões a respeito dos jesuítas, colocando-os 
como responsáveis pelo massacre dos índios. Nesse mesmo canto ainda aparece a 
homenagem ao general Gomes Freire de Andrada que respeita e protege os índios 
sobreviventes.
Alude à ideia de um império universal da Companhia de Jesus, e seus atos condenáveis 
para realizá-lo, representados no teto da Igreja de São Miguel.
ASPECTOS TEMÁTICOS
Tratado de Madri: celebrado entre os reis de Portugal e de Espanha, as terras ocupadas 
pelos jesuítas, no Uruguai, deveriam passar da Espanha a Portugal. Os portugueses 
ficariam com os Sete Povos das Missões e os espanhóis, com a Colônia de Sacramento. 
Guerra Guaranítica: Luta travada entre 1753-1756; Portugal e Espanha x Indígenas 
e Jesuítas. Batalha: 1.511 guaranis foram mortos, 154 prisioneiros. Algumas centenas 
conseguiram fugir. Do exército aliado, 4 mortos e 30 feridos.
EMBATE POLÍTICO E IDEOLÓGICO:
Despotismo Esclarecido - Iluminismo
Mecenato Pombalino: Chamado de “Luso Atlante”, “Gênio de Alcides”. 
Características Árcades: rusticidade x civilização, referências mitológicas e clássicas.
O Choque de Culturas
Pré-Romantismo: descrição da natureza brasileira, advento do índio como tema literário, 
decassílabo solto dos românticos.
ÚLTIMOS CANTOS
Autor(a): Gonçalves Dias
Gênero: Romantismo
Período: 1851
Período Literário
Romantismo. Temática americanizada: exaltação de assuntos e paisagens brasileiras; 
predominância do indianismo (crítica ao colonizador).
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R Autor
Gonçalves Dias nasceu no Maranhão, era mestiço e tinha pai português e mãe cafuza 
(miscigenação entre índios e negros africanos). Estudou direito em Coimbra e quando 
regressou ao Brasil, em 1845, foi teólogo, poeta e professor. Sofreu por Ana Amélia, 
pois a família dela não aceitava o relacionamento com um mestiço; casou-se por 
conveniência com Olímpia, e tiveram uma filha que morreu na infância. Morreu em um 
naufrágio em 1864.
Análise da Obra
Sua obra tem teor autobiográfico, é narrativa e dialógica. Também possui variedade 
rítmica e métrica. O livro está dividido em: poesias americanas, poesias diversas e hinos.
POESIAS AMERICANAS
A primeira parte é composta por: poesia americana, natureza brasileira e índios 
brasileiros.
 f O Gigante de pedra 
 f Leito de folhas verdes
 f Y-juca-pyrama 
 f Marabá 
 f Canção do Tamoyo
 f A Mangueira
 f A mãe d’água.
POESIAS DIVERSAS
A terceira parte é composta por 45 poemas diversos que falam sobre a beleza da 
mulher, sentimento, saudade, melancolia, perda.
 f Duas coroas
 f Olhos verdes
 f Pede cantos aos ledos passarinhos
 f A pastora
 f A Concha e a Virgem
 f 2 Elegias – Poemas Fúnebres
HINOS
A terceira parte é composta pelos hinos de teor, tom e expansão grandiosos.
 f O meu sepulcro 
 f A Harmonia 
 f A Tempestade
 f Saudades 
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RCASA DE PENSÃO
Autor(a): Aluísio de Azevedo
Gênero: Naturalista
Período: 1876/1877
Espaço: S. Luís e Rio de Janeiro
Período Literário
Realismo e naturalismo, retratando a verdade. Nesse romance não há heróis e atos 
heroicos. No naturalismo, o homem é um animal desprovido de livre arbítrio, age por 
instinto e somente luta por sobrevivência.
Autor
Aluísio de Azevedo nasceu no Maranhão e foi um dos primeiros escritores profissionais 
brasileiros. Em suas obras, fazia grandes críticas à escravidão. Abandonou a literatura 
para seguir a carreira diplomática 
Análise da Obra
A obra tem foco narrativo em 3ª pessoa - onisciente, uma linguagem detalhista e tempo 
contemporâneo à obra. Transição: romance de personagem x de espaço. Doenças 
morais e físicas, denúncia social, falsa moralidade -hipocrisia, sensualidade, culto do 
diploma.
PERSONAGENS
 f Amâncio (Capistrano): jovem rico, 
“NORTISTA”.
 f Manoel Vasconcelos: Pai de 
Amâncio 
 f D. Ângela: Mãe de Amâncio
 f Pires: professor de Amâncio 
 f Campos: amigo de Vasconcelos 
 f Hortênsia: mulher de Campos
 f D. Carlota: irmã de Hortênsia.
 f Paiva e Simões: “amigos” de João 
Coqueiro
 f João Coqueiro: dono da pensão
 f Amélia: irmã de Coqueiro
 f Mme. Brizard: esposa de João 
Coqueiro
 f César e Nini: Filhos de Mme. Brizard
OS HÓSPEDES: MÉDIOS
 f Nº 01: Dr. Tavares – Advogado, gostava de fazerdiscursos
 f Nº 02: Fontes – havia ficado rico, mas perdera tudo, vendia muamba
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R f Nº 03 Piloto – Repórter do jornal Gazeta.
 f Nº 04 Campelo – Misterioso, pouco se sabe sobre ele.
 f Nº 05 Paula Mendes e Catarina – marido era rabequista e ela pianista
 f Nº 06 O guarda-livros – pagava sempre em dia - troca de quarto com Amâncio 
 f Nº 07 Rapaz doente – definha dia após dia e morre nas mãos de Amâncio.
 f Nº 08 Lúcia e Pereira – “casados”, Lúcia interesseira tenta seduzir Amâncio 
 f Nº 09 Melinho – Funcionário da Caixa.
 f Nº 10 Lambertosa – o Gentleman, homem metido a intelectual.
 f Nº 11 Dr. Correia – Médico, alugava o quarto só para estudar, mas não era bem 
isso
ENREDO
Capítulo I: Amâncio chega ao Rio, carta de recomendação, casa de Campos, descrição 
de sua rotina e seu passado, de guarda-livros a dono de Firma, devia favores ao pai de 
Amâncio.
Capítulo II: descreve Amâncio fisicamente. “Sua pequena testa, curta e sem espinhas, 
margeada de cabelos crespos, não denunciava o que naquela cabeça havia de voluptuoso 
e ruim. Seu todo acanhado, fraco e modesto não deixava transparecer a brutalidade 
daquele temperamento cálido e desensofrido.”. Remete à infância de Amâncio a rudeza 
de seu pai e professor (cena de violência).
Capítulo III: desinteresse pela medicina. Escreve uma carta à mãe e encontra com o 
Paiva Rocha, Salustino Simões e João Coqueiro, restaurante… Aparece a personagem 
Rita Baiana. Amâncio paga a conta e o carro.
Capítulo IV: Amâncio volta ainda de porre para a casa do Campos, pensa em sair dali, 
começa a vir na sua mente o convite de João Coqueiro, lembra da infância saltando ao 
colo das moças e beijando-as no pescoço.
Capítulo V: flashback da vida de João Coqueiro, pai severo, mãe tinha uma pensão, 
quando órfãos, ele e Amélia, casa-se com Mm. Brizard, reabrem a pensão. 
Capítulo VI: Coqueiro fala sobre o plano de casar Amélia com Amâncio para Brizard e 
levá-lo a morar na pensão. Arrumam para ele o gabinete, falam para Amélia do plano
Amâncio é recebido num jantar com bajulações e Coqueiro faz o convite. Amâncio o vê 
como um tolo e ridículo.
Capítulo VII: segue a narração do jantar na pensão, Amâncio acha os hóspedes 
enfadonhos, com exceção de Amélia e Lúcia.
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RCapítulo VIII: Amâncio se transfere para pensão.
Capítulo IX: o baile do Botafogo, Amâncio dança com Hortênsia.
Capítulo X: Conta-se a história de Lúcia e seu “marido”. Amâncio recebe flores e bilhetes 
anônimos, descobre que são de Lúcia. Vai ao quarto dela à noite e flagra o Doutor 
entrando com uma mulher.
Capítulo XI: Amâncio troca de quarto com o Guarda-livros, recebe uma carta da mãe 
e uma carta muito carinhosa do pai, que o surpreende e o faz chorar, mas todo aquele 
carinho já vinha tarde. Amâncio flagra Coqueiro num canto escuro da pensão com uma 
mulata. Amâncio fica doente, Lúcia vai algumas vezes ao seu quarto, beijam-se, o rapaz 
diz amá-la. Amélia faz vigília no quarto de Amâncio para evitar encontros dos dois.
Capítulo XII: Amâncio se cura da catapora, Lúcia revela a ele o plano de Coqueiro 
de casá-lo com Amélia. Coqueiro cobrava os aluguéis atrasados de Lúcia. Amâncio, 
secretamente, empresta-lhe o dinheiro. Coqueiro então revela a verdadeira história do 
“casamento” de Lúcia. Lúcia é expulsa da pensão, indo com o “marido” para outra.
Capítulo XIII: a maioria dos hóspedes deixa o pensionato, Amélia cobre o rapaz de 
beijos, mas foge do quarto em seguida. Amâncio passa a ter reumatismo, Nini cai da 
escada e bate a cabeça. O rapaz percebe que está pagando todas as custas da pensão 
e pensa em sair dali.
Capítulo XIV: o moço tuberculoso morre nos braços de Amâncio, todos deixam a casa 
de pensão. Paiva encontra Amâncio e diz que ele está sendo explorado. Amâncio 
encontra Lúcia e revela que sabe da sua condição.
Capítulo XV: Amâncio e Amélia começam a ter um caso, o rapaz tem medo das provas 
do curso de Medicina pois nada estuda, chega a notícia de que o pai de Amâncio morreu, 
Amélia pede a compra de um chalé, pois o rapaz se nega a casar-se.
Capítulo XVI: Amâncio faz os exames do curso e mesmo sem estudar tira notas boas, 
Campos oferece uma festa, o rapaz se declara para Hortênsia
Capítulo XVII: Amâncio passa a frequentar assiduamente a casa de Campos, as 
reconciliações com Amélia ficam cada vez mais caras, o rapaz escreve uma carta para 
Hortênsia, a qual é roubada por Amélia
Capítulo XVIII: a casa de pensão sofre reformas para se transformar em um Cortiço, 
pagas, obviamente, por Amâncio.
Capítulo XIX: Amâncio tenta viajar em segredo para o Maranhão, mas é denunciado 
por estupro por Coqueiro, será preso e julgado.
Capítulo XX: durante o julgamento, os jornais exploram o caso, a opinião pública fica 
ao lado de Amâncio, Campos pensa em auxiliar o rapaz, porém Coqueiro revela ao 
comerciante a carta de Amâncio para sua esposa.
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R Capítulo XXI: três meses depois, Amâncio é sentenciado inocente, sua libertação é 
comemorada pelo público, enquanto Coqueiro é execrado. Coqueiro amargurado e 
revoltado, mata Amâncio no Hotel Paris, que morre chamando pela mãe. 
Capítulo XXII: A opinião pública se volta favorável agora a Coqueiro, mãe de Amâncio 
chega ao Rio e descobre a morte de seu filho numa vitrine. 
CLARA DOS ANJOS
Autor(a): Lima Barreto
Gênero: Modernismo
Período: Início do século XX
Espaço: Subúrbio do Rio de Janeiro
Período Literário
Lima Barreto faz parte do grupo de pré-modernistas, pois escreve com linguagem 
jornalística e coloquial, muito diferente do que se escrevia na época.
Autor
Foi o precursor do Modernismo no Brasil. Tinha origem humilde e sofreu preconceito 
também por ser pardo. Foi obrigado a abandonar os estudos, pois seu pai faleceu e o 
sustento dos três irmãos dependia dele.
Análise da Obra
Sua obra possui traços autobiográficos e narração em 3ª pessoa - onisciente. Crítica 
o preconceito étnico, o abandono dos subúrbios, os “intelectuais”, a burocracia, o 
jornalismo, o ufanismo ingênuo. 
Característica folhetinesca: romance publicado capítulo a capítulo, pausado exatamente 
no momento de tensão na narrativa. Utilizava linguagem pré-moderna: gírias, palavras 
em inglês e francês. Preconceito na condição de mulher > pobre > mestiça > grávida > 
abandonada.
PERSONAGENS
Engrácia – mãe, sedentária, superprotetora
Joaquim – pai, carteiro, amoroso, negligente
Clara – filha única, 17 anos, natureza amorfa (moça pronta para “ser moldada” pelo 
homem)
Cassi Jones – corruptor, malandro, cantor de modinhas
D. Margarida – companhia de Clara
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RMarramaque – padrinho, contínuo, “literato”, honesto
Leonardo Flores – poeta bêbado – alter ego do autor
(pessoas honestas – comparar com Casa de pensão)
ENREDO
Capítulo I
Pai de Clara – Joaquim dos Anjos
Tocava Flauta – modinhas – cartas
Diamantina – Pajem - Rio de Janeiro
Emprego Público – carteiro – satisfeito
Casamento – casinha nos subúrbios - “O Seu Buraco” 
Lafões pede autorização – levar Cassi
Reprovação de Marramaque
Curiosidade de Clara: “quem era Cassi”?
Capítulo II
Manuel Borges de Azevedo - pai de Cassi – homem sério – emprego público
Salustiana Baeta Azevedo – mãe – arrogante, “descendente” de ingleses
Cassi – pouco menos de 30 – branco – sardento – modinhoso – suburbano – diferença 
mais étnica que social
Aridez moral e sentimental - encanta e seduz damas de humilde condição 
Fascinação por dinheiro sem trabalho – comparar com Amâncio nos dois aspectos
Delegacias – conseguia livrar-se com ajuda da mãe
Capítulo III
Marramaque – armazém - mestiço – traços indígenas 
Desejo literário – poeta fracassado
Apto a julgar Cassi – comparar com Nini
Joaquim aceita a ida do rapaz asua casa
Clara “crescera cheia de vapores de modinhas”
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R Capítulo IV
Dia da festa - a casa regurgitava 
Cassi demora a chegar… canta modinhas. Clara fica embevecida. Ao final da festa a mãe 
diz não querer mais Cassi ali e o pai concorda; em silêncio Clara chora...
Capítulo V
Depois da festa, Cassi bateu à porta de Joaquim e foi mal recebido. Clara estava 
convencida da paixão do rapaz por ela.
Capítulo VI
Com a má acolhida na casa de Joaquim. Cassi descobre que o Dr. Meneses (alcóolatra) 
trata dos dentes de Clara.
Capítulo VII
Cassi dá 10 mil réis para Meneses conseguir versos de amor e o Dr. Meneses vai a casa 
do poeta Leonardo Flores. Pede os versos deixando Flores indignado.
Capítulo VIII
Meneses passa a ser intermediário de cartas entre os dois e Cassi prometia que se 
casaria com ela. Engrácia odeia a ideia – Joaquim não se oporia. Marramaque se opõe 
veementemente. Clara avisa Cassi sobre a atitude do Padrinho que é assassinado por 
Cassi.
Capítulo IX
Clara ficou fora de si. Cassi explicou como “ato de desvario...provocado pelo amor”. 
Cassi no centro – “não era nada”, “sentia-se esmagado”, “sentia a sua inferioridade”.
Capítulo X
Aparecem os sintomas de gravidez; Meneses e Flores saem pela noite a beber.
Capítulo XI
Leonardo acorda – Meneses estava morto ao seu lado – tema do alcoolismo
Clara descobre que Cassi há 15 dias fora para São Paulo; pensa em se matar e em 
aborto
Dona Margarida convence-a a contar para a mãe. As 3 vão à casa de Cassi.
Final
“Ora, uma mulatinha, filha de um carteiro!... Nada a fazia inferior às outras, senão o 
conceito geral e a covardia com que elas o admitiam... Num dado momento, Clara 
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Rergueu-se da cadeira em que se sentara e abraçou muito fortemente sua mãe, dizendo, 
com um grande acento de desespero: 
 - Mamãe! Mamãe! 
 - Que é minha filha? 
 - Nós não somos nada nesta vida.”
MORTE E VIDA SEVERINA
Autor(a): João Cabral de Melo Neto
Gênero: Regionalista/Modernista
Período: 1950/1960
Espaço: Sertão nordestino e o litoral
Período Literário
Pertence à 3ª geração modernista. 
Autor
Nascido em Recife, João Cabral de Melo Neto foi poeta e diplomata. Era conhecido 
por ser complexo e fazer uso da razão. Foi agraciado com vários prêmios literários, 
entre eles o Prêmio Neustadt, tido como o Nobel Americano, sendo o único brasileiro 
galardoado com tal distinção, e o Prêmio Camões.
Análise da Obra
É um poema dramático: peça escrita em versos. Sua divisão é em um ato e 18 cenas, 
que são divididas em duas partes (não especificado no texto): Cenas 1 a 12: viagem 
de Severino retirante; Cenas 13 a 18: nascimento de Jesus severino. É uma viagem da 
Caatinga para o Recife, ele busca vida e encontra a morte.
1ª PARTE: FUGA DA MORTE
1. O retirante explica ao leitor quem é e a que vai (busca da identidade);
2. No caminho encontra dois homens carregando um defunto numa rede (morte por 
violência).
3. O retirante tem medo de se extraviar… o rio Capibaribe corta;
4. Na casa a que o retirante chega, cantam excelências para um defunto;
5. O retirante pensa interromper a viagem e procurar trabalho;
6. Dirige-se à mulher na janela - rezadeira;
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R 7. O retirante chega à zona da mata;
8. Assiste ao enterro de um trabalhador;
9. O retirante resolve apressar os passos para chegar ao Recife;
10. Chegando ao Recife ele senta-se para descansar;
11. Aproxima-se de um dos cais do Capibaribe;
12. Aproxima-se do retirante o morador de um dos mocambos.
2ª PARTE: ENCONTRO COM A VIDA
1. Uma mulher anuncia-lhe o que se verá;
2. Aproximam-se da casa do homem vizinhos e amigos;
3. Chegam pessoas trazendo presentes para o recém-nascido;
4. Falam as duas ciganas que haviam aparecido com os vizinhos;
5. Os vizinhos cantam a “beleza” do recém-nascido;
6. O carpina fala com o retirante que esteve de fora;
Enredo
Morte e vida. Antíteses: Esperança x decepção, desespero x esperança.
Características da obra
O tema central é a realidade nordestina, a fuga da seca em busca do Recife e que acaba 
morando em uma favela ribeirinha. 
Sonhos míseros, profecias - futuro de lama, de graxa (trabalho = dignidade).
Mudança de espaço, mas não a sina (continuam explorados). Não é o espaço que muda 
o homem - anti determinismo.
SAGARANA
Autor(a): Guimarães Rosa
Gênero: Modernista
Período: 1946
Espaço: Minas Gerais
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RPeríodo Literário
Fez parte da 3ª geração modernista (1945), onde buscavam explorar os temas sociais e 
a realidade brasileira com mais rigor, distanciando-se da linguagem coloquial. 
Autor
Guimarães Rosa, nascido em Cordisburgo, Minas Gerais, foi considerado por muitos 
o maior escritor brasileiro do século XX. Era poeta, diplomata, novelista, romancista, 
contista e médico. Sua característica era o uso da cultura clássica versus a cultura 
popular.
Análise Da Obra
Todo o livro se comunica; mesma linguagem espaço e tema. O título Sagarana é uma 
característica do autor; ele utiliza neologismos (ato de criar novos termos/palavras). 
Saga: origem germânica “canto heroico”, “lenda”. Rana: língua indígena “à maneira de”. 
O autor destaca a ligação do homem e a natureza, o saber culto versus o saber religioso/
sobrenatural.
Conto I: O burrinho Pedrês
Metáforas: viagem a outra cidade, travessia física = travessia da vida humana. Temática: 
burro = herói improvável, velho, fraco, cansado, pouco astuto, sábio, estoico, sereno, 
humilde. 
Velho burrinho Sete-de-Ouros - Brinquinho, Chico, Rolete, Capricho (vários nomes: 
diferentes identidades). Possui cantigas, prosas poéticas (rima, métrica, assonâncias, 
aliterações).
Conto II: A volta do marido pródigo
Lalino Salathiel: “um mulatinho descarado”. Ladino: esperto x salamaleque, bajulador. 
Malandro: Leonardinho, Macunaíma, João Grilo.
Lalino pede dinheiro emprestado para o espanhol Ramiro, vai para o Rio de Janeiro e 
deixa a esposa Maria Rita. Ela vai morar com o espanhol. Depois de um ano o marido 
volta sem dinheiro e passa a trabalhar na política para o Major Anacleto. Lalino consegue 
vencer as eleições na base de mentiras, chantagens e manipulações e expulsa os 
espanhóis. Ao final consegue recuperar sua esposa. 
Conto III: Sarapalha
O título original era Sezão. Vau da Sarapalha: lugar ermo. O povo fugiu da malária. 
O conto mostra o descaso do governo da Primeira República com o saneamento e a 
saúde, e também a conexão entre a mulher e a maleita.
Dois primos, atacados pela febre, e a empregada estão em uma chácara. Ribeiro lembra 
da sua esposa, Luísa, que o abandonou pelo dono da fazenda. Argemiro conta que era 
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R apaixonado pela mulher do primo, mesmo jurando nunca ter feito nada, é expulso da 
fazenda por ele.
Conto IV: Duelo
Conto de vingança, temática do herói improvável, vingança, violência no sertão.
1ª vingança: Turíbio Todo descobre que sua esposa o traía com o ex-militar Cassiano 
Gomes e, para se vingar, ele pensa em assassinar o rival, mas mata o irmão dele, Levindo 
Gomes.
2ª vingança: Cassiano passa a perseguir Turíbio. Silvana continua mantendo contato com 
os dois. Cassiano acaba morrendo devido ao coração fraco e, antes de partir, transfere a 
vingança para Capiauzinho Timpim (a quem Cassiano salvara o filho). Timpim completa 
a vingança. 
Conto V: Minha gente
Protagonista narrador, homem da cidade em viagem para a fazenda de seu tio Emílio 
Santana. Relação cidade x interior. No decorrer da viagem conversam com José Malvino, 
que tem a “ciência do sertão”. O narrador tenta conquistar sua prima Maria Irma, mas 
ela faz um plano para que o primo case com sua amigaArmanda, para que ela possa 
casar com o ex-noivo dessa amiga.
Conto VI: São Marcos
Narrado em 1ª pessoa. Oposição ao saber culto e não acreditava em feitiçaria. Zombava 
do feiticeiro João Mangalô. Durante suas viagens, o narrador escreve uma poesia em um 
bambual e ao passar novamente, se depara com respostas para as suas rimas - como 
se fosse um duelo poético. Passa a chamar o desconhecido de “Quem-Será”.
O protagonista fica cego no meio do mato e, desesperado, faz a oração de São Marcos 
(corpo fechado). Ele chega até a casa de João Mangalô e lá descobre que é de lá que 
vinha a ameaça, pois o feiticeiro havia feito um vodu seu. O narrador o obriga a desfazer 
a feitiçaria.
Conto VII: Corpo fechado
Conta a história de Manuel Fulô que conversa com um “Seu dotô”, que é o narrador da 
história. Características da obra: tom humorístico, uso apelativo para a magia e altos 
níveis de violência.
Manuel era dono de uma mulinha chamada Beija-Fulô. Ele decide se casar com Das 
Dor, mas Targino, o valentão, diz que quer para si a noite de núpcias. 
Indignado, Manuel troca sua mulinha por um feitiço para fechar o corpo e sai à rua para 
enfrentar Targino. Ele tira uma faquinha para enfrentar o valentão, mas Targino gira a 
perna esquerda, capota e falece. A festa de casamento de Fulô e Das Dor durou um 
mês.
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RConto VIII: Conversa de bois
Personagens: Tiãozinho, o menino guia, os bois (animais humanizados) e o carreiro 
Agenor Soronho.
Tiãozinho está triste ao lado dos bois pois na carroça o corpo morto de seu pai está 
sendo levado em cima das rapaduras. Os bois conversam e começam a reprovar como 
Soronho trata o menino.
No meio da travessia, os bois resolvem matar Soronho derrubando-o do carro. O menino 
agora está livre e Agenor jaz no chão.
Conto IX: A hora e a vez de Augusto Matraga
Personagem central da narrativa é Matraga; no decorrer da história: Nhô Augusto, 
Augusto Esteves e Augusto Matraga. 
1ª parte: fazendeiro valentão: sua mulher e a filha fogem com outro fazendeiro. Seus 
funcionários também trocam de lado e ele fica furioso. Decide ir sozinho até a fazenda 
do inimigo tirar satisfações e pedir que os funcionários retornem. Todos vão para cima 
dele e ele é espancado até - quase - a morte e jogado de um penhasco.
2ª parte: penitência: Augusto é resgatado e tratado por um “casal de pretos”. 
Arrependido, religioso e humilde, muda de nome e passa a se chamar Augusto Esteves. 
No final aparece o bando do seu Joãozinho fazendo com que todos da cidade se 
escondam de medo. Augusto os convida para ir até a casa do casal e recebe a proposta 
para se juntar ao bando. Augusto recusa e diz que agora é um homem de Deus.
3ª parte: redenção: afirma que já cumpriu sua penitência e decide ir para o mundo. 
Chega até uma vila onde está o bando de seu Joãozinho prestes a executar uma vingança. 
Um rapaz executou um dos membros do bando e Joãozinho está para executar a família 
indefesa do assassino. Augusto não permite e diz que só acontecerá por cima do seu 
cadáver. Ele se livra dos capangas e disputa um duelo com Joãozinho. Os dois morrem 
ao mesmo tempo. 
RELATO DE UM CERTO ORIENTE
Autor(a): Milton Hatoum
Gênero: Pós-moderno
Período: 1989
Espaço: Manaus
Período Literário
O período pós-moderno está marcado pela dependência de técnicas narrativas, mistura 
do real e do imaginário, liberdade de expressão, ausência de valores e regras.
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R Autor
Escritor, tradutor e professor manauara, é considerado um dos grandes escritores vivos 
do Brasil. Lecionou literatura na UFAM e na Universidade da Califórnia em Berkeley. É 
descendente de libaneses e costuma falar de lares desestruturados em suas obras.
Análise da Obra
A obra conta com visões contraditórias e complementares da mesma narrativa. Sucessão 
fragmentária: a história é uma tentativa de reconstrução do passado, e possui lacunas 
que somente o leitor poderá preencher. Os narradores mudam de capítulo para capítulo 
e às vezes o próprio capítulo tem essa mudança, chamado foco narrativo cambiante. 
PERSONAGENS
Fadel e Samira, pais de Emilie (e Marido), Emir e Emílio. 
Hakim, os 2 irmãos inominados, Samara Délia e 2 irmãos adotivos. 
Soraya Ângela (filha de Samara)
OUTROS PERSONAGENS
Anastácia Socorro - empregada e “amiga”
Dorner - fotógrafo alemão
Hindiê Conceição - amiga
Sara Benemou - os portugueses
Lobato Naturidade - curandeiro
ENREDO
Capítulo 1: a narradora mandando cartas para o irmão na Espanha; cena do 
atropelamento de Soraya, a boneca… Cena da chegada da narradora, ela dormindo na 
grama. Conhece a filha de Anastácia, uma criança que provavelmente será empregada 
também. Alforge: caderno, gravador, cartas…
Capítulo 2: Hakim é o narrador. Passado de Emilie no convento (anos 30); a ameaça de 
suicídio Emir. Ao deixar o lugar, Emilie marca exatamente a hora que saiu no relógio e os 
sinos que tocaram. A narrativa pula para os anos 50 e eles estão no meio de uma briga 
religiosa na ceia de natal, porque Emilie é católica e o marido é muçulmano. Acontece a 
mudança para o sobrado e a descoberta do baú de Emilie com o hábito de freira.
Capítulo 3: Dorner é o narrador e conta o suicídio de Emir no Rio Negro. Na manhã 
deste dia, Dorner encontra o amigo e tira uma fotografia dele enquanto segura uma 
orquídea. Após, o leitor descobre o que aconteceu durante a vinda para o Brasil. Emir se 
apaixona por uma francesa, e ela lhe dá um anel como lembrança. Ele diz a Emilie que 
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Rquer ficar na França, e ela não aceita, pois foi retirada do lugar onde estava feliz.
Capítulo 4: Marido de Emilie é o narrador e conta a sua história, a chegada no Brasil e 
como conheceu a esposa.
Capítulo 5: Dorner e Hakim. Nasce uma aversão de Hakim por conta da hipocrisia de 
sua mãe, ora tratando Anastácia como “da família”, ora desprezando-a; isso faz com 
que ele deixe a casa da família. Quem acha o corpo de Emir é o curandeiro Lobato 
Naturidade. Todo ano Emilie mandava fotos para Hakim, e ele fica sabendo da morte do 
pai quando chega uma foto só com sua mãe e ela está usando duas alianças.
É falado sobre a gravidez de Samara Délia, e como ela teve que ficar um ano dentro de 
casa para não envergonhar a família; a fofoca sobre quem é o pai aumenta e suspeitam 
de Dorner. Após a morte da filha, Samara sai do sobrado e vai morar na parisiense. 
Capítulo 6: Narradora conta sobre a morte de Emilie e como ela foi encontrada com um 
fio de telefone no pescoço.
Capítulo 7: Hindiê conta os últimos anos de Emilie e a tartaruga Salua que a amiga dizia 
ser seu “espelho vivo”. Emilie tenta fazer com que Samara retorne, mas os dois irmãos 
inominados dizem que ela deveria se odiar somente por pensar nisso.
Capítulo 8: A narradora conta que esteve internada em uma clínica e que a mãe foi 
visitá-la. Também relata que rasgou os depoimentos feitos pela família e amigos e 
depois se arrependeu, ordenando tudo com a sua voz.
ASPECTOS TEMÁTICOS
A obra apresenta peças faltantes na história, e algumas que somente o leitor coautor será 
capaz de concluir; questões familiares, a condição da mulher gravidez na adolescência e 
o preconceito. Aparece também o tema da identidade visual e coletiva, onde a narradora 
busca se entender.
A tradição oral e a linguagem lírica estão presentes e existem o choque cultural, 
aculturação e a xenofobia.
NOVE NOITES
Autor(a): Bernardo Carvalho
Gênero: romance contemporâneo (pós-moderno)
Período: anos 30, 60 e 2000.
Espaço: EUA, Ilha no Pacífico (Nakaroka), Paris, Rio de Janeiro, Xingu (MT), Carolina 
(TO/MA)
Narrador: dois narradores-personagens diferenciados por traços gráficos.
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R Período Literário
Pós-modernidade. A “auto-ficção”,narrativa em que o autor se torna personagem 
da própria história, é uma tendência do romance contemporâneo. Ao contrário das 
narrativas realistas, como “O Ateneu” e “Menino de Engenho”, o autor se torna um 
personagem de ficção. O leitor também se torna um co-autor da história, responsável 
por atar (ou não) os nós que a trama deixa abertos.
Autor
Bernardo Carvalho é um romancista, contista, jornalista e tradutor nascido em 1960, no 
Rio de Janeiro. Já atuou como correspondente da Folha de São Paulo em Paris e Nova 
Iorque.
Enredo e Personagens
O enredo tem 3 linhas narrativas.
Linha 1: focada no antropólogo americano Buell Quain, que veio ao Brasil estudar os 
índios krahô e acabou se suicidando aos 27 anos, em 1939.
Linha 2: focada em um menino de 6 anos de idade, que, nos anos 60, visita a região do 
Xingu (a contragosto) com o pai, que comprou uma fazenda no local.
Linha 3: focada no menino já adulto, que se transformou em um escritor empenhado 
em reconstruir a trajetória de Quain e descobrir o porquê de seu suicídio.
Manoel Perna: narrador-personagem (sua voz no texto é grafada em itálico), é um 
engenheiro-sertanejo, morador de Carolina, município próximo à tribo dos índios krahô. 
Ele se torna amigo do antropólogo Quain, e tem 9 noites de conversa com ele. Essas 
conversas são registradas em uma carta-testamento. Há um suspense em relação ao 
destinatário da carta (“Isto é para quando você vier”.)
Narrador-autor: (sua voz no texto é grafada em caixa normal). É o menino que depois 
se torna escritor e relata suas experiências na selva durante a infância. 
Dica de como pode ser cobrado no vestibular
“O que agora lhe conto é a combinação do que ele [o antropólogo] me contou e da 
minha imaginação ao longo de nove noites.”
A narrativa nasce da fronteira entre a história e a ficção. Atenção a como isso é abordado 
no livro, pois pode ser tema de questões.
Outras temáticas presentes no livro que podem ser exploradas são: sexualidade, visão 
sobre o índio, paternidade, memória e identidade.

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