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CASUÍSTICAS MODULO 10 EBRADI - TEMA 05 - ESTATUTO DO DESARMAMENTO

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CASUÍSTICAS MODULO 10 – EBRADI 
PÓS-GRADUAÇÃO – DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL 
TEMA 05 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO 
01 - Cor sentença prolatada em 10 de março de 2017, Arlindo foi condenado às penas de 3 anos reclusão, em regime aberto, e pagamento de 10 dias-multa, no piso legal, substituída por restritivas de direito consistentes em prestação de serviços à comunidade, em igual prazo, e multa, no importe de 10 dias-multa, declarado como incurso no art. 16 da Lei nº. 10.826/06, porquanto surpreendido, em 22 de novembro de 2015, mantendo no interior de sua residência, uma arma de fogo marca Click, calibre 25, municiada com 2 cartuchos, desprovido de autorização legal e em desacordo com determinação regulamentar. Considerando que a decisão transitou em julgado e Arlindo iniciou o resgate da reprimenda substitutiva há dois meses, 5 dias antes da entrada em vigor do Decreto nº 4321/17, que passou a classificar a mencionada arma como de uso permitido, como deve proceder e o que deve argumentar o advogado do sentenciado? 
RESPOSTA ESPERADA
O advogado de Arlindo deve peticionar ao juízo das execuções e requerer a readequação da tipificação conferida em sentença, com fundamento na vigência do novo complemento mais benéfico, decorrente da aplicação do Decreto nº 4321/17 que, ao classificar a arma Click, calibre 25, como de uso permitido, garante a desclassificação da conduta para a figura do art. 12 da Lei nº. 10.826/06, cuja reprimenda mínima é de 1 ano, ensejando, portanto, reforma da dosimetria da pena, inclusive, com a manutenção de apenas uma das substitutivas, em respeito ao estipulado pelo art. 44, §2º, primeira parte, do Código Penal. .
Acerca da Lei nº. 10.826/03, pode-se dizer que, exceto: 
"Resposta correta: quanto a complementação, trata-se de norma penal em branco homogênea.
Fundamentação: Visto ser norma em branco heterogênea." 
02 – Álvaro foi condenado às penas de 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime semiaberto, e pagamento de 11 dias-multa, por infração ao art. 16, IV, da Lei nº. 10.826/03, pois flagrado, em 13 de dezembro de 2009, mantendo, no interior de sua residência, a arma de fogo marca ABC, calibre 32, de uso permitido, com numeração suprimida e municiada com 3 cartuchos íntegros. Considerando que a decisão que a decisão foi proferida ontem, como deve proceder e o que deve argumentar o advogado de Álvaro? 
RESPOSTA ESPERADA
O advogado de Álvaro deve ingressar com recurso de apelação pleiteando, em suas razões, a absolvição do recorrente ante a incidência da excludente temporária de ilicitude, consistente no exercício regular de direito de manter, no interior de sua moradia, a arma de fogo que, mesmo tendo numeração suprimida, poderia ser entregue às autoridades até o prazo final de 31 de dezembro daquele ano, nos moldes estipulados pela Lei no. 11.922/09, inclusive, conforme reconhecido pela jurisprudência dos tribunais superiores (vide HC 295.796 do STJ). 
Assinale a alternativa incorreta: 
Fundamentação:"Resposta correta: é crime de perigo concreto.
Fundamentação: Visto ser classificado como crime de perigo abstrato, cujo risco é presumido." 
3-Afrânio está sendo processado como incurso no art.16, III da Lei nº. 10.826/03, visto que 10 de
fevereiro do presente ano, após denúncia anônima, policiais militares lograram apreender,
escondida no interior de um guarda roupas de sua residência, uma espingarda de dois canos,
desmuniciada, com numeração suprimida, ali mantida sem autorização e desacordo com
determinação legal. Durante a instrução, além dos milicianos, foram ouvidas duas testemunhas
que afirmaram residir no mesmo condomínio de Afrânio e presenciaram o momento da
apreensão da espingarda, a qual passou por perícia apenas de seus aspectos externos, sendo
consignada a supressão da numeração mediante raspagem manual. Em seu interrogatório,
Afrânio confessou a propriedade sobre a espingarda, a qual disse ter sido presente de seu
falecido tio. Encerrada a instrução e considerando a abertura de prazo para oferecimento de
memoriais, como deve proceder o advogado de Afrânio? 
RESPOSTA ESPERADA
O advogado de Afrânio deve apresentar memoriais requerendo a absolvição de seu cliente, por ausência de provas, visto que, malgrado realizada pericia, o laudo foi incapaz de apresentar qualquer conclusão acerca do funcionamento da espingarda e sua eventual aptidão para disparos, sendo, portanto, insuficiente a embasar condenação, nos moldes do art. 386, VII do CPP. 
Acerca do disparo de arma de fogo, pode-se dizer que: Resposta correta: O crime do art. 33, § 2º, dai Fundamentação: "Resposta correta: somente se caracteriza quando distante de outra finalidade criminosa. Fundamentação: Nos moldes da parte final do art. 15 do Estatuto do Desarmamento (desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime)." 
04- Almerindo foi condenado às penas de 9 anos de reclusão, regime inicial fechado, e pagamento de 30 dias multa, declarado como incurso no art. 16, caput, da Lei nº.10.826/03, por três vezes, na forma do art. 69 do Código Penal, pois, em março de 2016, durante bloqueio policial, foi surpreendido trazendo consigo 3 armas de fogo – uma pistola calibre 45, uma pistola calibre 9mm e uma pistola calibre 40 – todas de uso restrito, desmuniciadas e com numeração aparente, acondicionadas no interior do porta malas do automóvel por ele conduzido, sem autorização e em desacordo com determinação legal. Considerando que a decisão foi proferida no último dia útil, como deve proceder e o que deve argumentar o advogado de Almerindo? 
RESPOSTA ESPERADA
O advogado de Almerindo deve ingressar com recurso de apelação arguindo, em suas razões, o reconhecimento de crime único contra a segurança pública, porquanto, muito embora portasse ilegalmente 3 armas de uso restrito, houve uma só lesão à incolumidade pública, na forma do art. 16, caput, da Lei nº.10.826/03, cuja pena deve ser, portanto, redimensionada, mitigando-se ao patamar de 3 anos, inclusive de acordo com jurisprudência majoritária:
Há precedentes desta Corte no sentido de que a apreensão de mais de uma arma, munição, acessório ou explosivo com o mesmo agente não caracteriza concurso de crimes, mas delito único, pois há apenas uma lesão ao bem jurídico tutelado. STJ, AgRg no AgRg no REsp 1547489/MG, rel. Sebastião Reis Júnior, 28/06/2016. 
Quanto ao Estatuto do Desarmamento, não se pode dizer que: 
"Resposta correta: prevê qualificadora para o comércio ilegal de arma quando de uso restrito.
Fundamentação: A majoração conferida pelo art. 19 (nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito) é causa de aumento e não qualificadora."

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