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Caro aluno Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em pe- ríodo integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção: No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cuidadosa seleção de conteúdos multimídia para complementar o repertório do aluno, apresentada em boxes para facilitar a compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, livros, etc. Tudo isso é en- contrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos temas estudados – há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, com conteúdos essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, em uma seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso aluno. multimídia Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu distanciamento da realidade cotidiana, o que dificulta a compreensão de determinados conceitos e impede o aprofundamento nos temas para além da superficial memorização de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios na aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida a seção “Vivenciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma preocupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações entre aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm contato em seu dia a dia. vivenciando Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho ao fim da escolaridade básica, organizamos essa seção para que o aluno conheça as diversas habilidades e competências abordadas na prova. Os livros da “Coleção Vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Áreas de Conhecimento do Enem” há modelos de exercícios que não são apenas resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva e descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a apurar as questões na prática, a identificá-las na prova e a resolvê- -las com tranquilidade. áreas de conhecimento do Enem Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso, cria- mos para os nossos alunos o máximo de recursos para orientá-los em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de Ideias”, para aque- les que aprendem visualmente os conteúdos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas mentais e fluxogramas. Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a organiza- ção dos estudos e até a resolução dos exercícios. diagrama de ideias Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é ela- borada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que trata de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares atuais não exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos conteúdos de cada área, de cada disciplina. Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como Bio- logia e Química, História e Geografia, Biologia e Matemática, entre outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato com essa realidade por meio de explicações que relacionam a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizan- do temas da atualidade. Assim, o aluno consegue entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas faz parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive. conexão entre disciplinas Herlan Fellini De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desenvol- vida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e nos principais vestibulares voltados para o curso de Medicina em todo o território nacional. incidência do tema nas principais provas Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada coleção tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolução das ques- tões propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, com- pletos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas que complementam as explicações dadas em sala de aula. Qua- dros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados e compõem um conjunto abrangente de informações para o aluno que vai se dedicar à rotina intensa de estudos. teoria Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fazem parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos compilados, deparamos-nos com modelos de exercícios resolvidos e comenta- dos, fazendo com que aquilo que pareça abstrato e de difícil com- preensão torne-se mais acessível e de bom entendimento aos olhos do aluno. Por meio dessas resoluções, é possível rever, a qualquer momento, as explicações dadas em sala de aula. aplicação do conteúdo 2 © Hexag Sistema de Ensino, 2018 Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2020 Todos os direitos reservados. Autores Caco Basileus Herlan Fellini Felipe Filatte Kevork Soghomonian Diretor-geral Herlan Fellini Diretor editorial Pedro Tadeu Vader Batista Coordenador-geral Raphael de Souza Motta Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica Hexag Sistema de Ensino Editoração eletrônica Arthur Tahan Miguel Torres Matheus Franco da Silveira Raphael de Souza Motta Raphael Campos Silva Projeto gráfico e capa Raphael Campos Silva Imagens Freepik (https://www.freepik.com) Shutterstock (https://www.shutterstock.com) ISBN: 978-65-88825-06-8 Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis- posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições. O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre- sentando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora. 2020 Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino. Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP CEP: 04043-300 Telefone: (11) 3259-5005 www.hexag.com.br contato@hexag.com.br 3 SUMÁRIO FÍSICA CINEMÁTICA CALORIMETRIA ELETROSTÁTICA Aulas 1 e 2: Vetores 6 Aulas 3 e 4: Introdução ao estudo dos movimentos 18 Aulas 5 e 6: Movimento retilíneo uniforme 28 Aulas 7 e 8: Gráficos do MRU 38 Aulas 1 e 2: Calor sensível 50 Aulas 3 e 4: Mudanças de estado 61 Aulas 5 e 6: Transmissão de calor 72 Aulas 7 e 8: Expansão térmica de sólidos e líquidos 82 Aulas 1 e 2: Princípios da eletrostática 94 Aulas 3 e 4: Lei de Coulomb 104 Aulas 5 e 6: Campo elétrico 110 Aulas 7 e 8: Força elétrica e campo elétrico 119 4 Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade. H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos. H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. H3 Confrontar interpretações científicascom interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas. H4 Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade. Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos. H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano. H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum. H7 Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida. Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen- tos ou ações científico-tecnológicos. H8 Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos. H9 Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações nesses processos. H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais. H11 Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnológi- cos. H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios. Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais. H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos. H14 Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros. H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos. H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos. Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos. H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam. H19 Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental. Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi- co-tecnológicas. H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes. H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo. H22 Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais. H23 Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou econômicas. Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científi- co-tecnológicas. H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas H25 Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção. H26 Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos. H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios. Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico tecnológicas. H28 Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em ambientes brasileiros. H29 Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas ou produtos industriais. H30 Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente. 5 CINEMÁTICA: Incidência do tema nas principais provas UFMG O tema cinemática sempre está presente na prova da Unesp, com questões que exigem interpretrações gráficas e manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática sempre está presente na prova da Unifesp, com questões que exigem interpretrações gráficas (MRU e MRUV) e manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática sempre está presente na prova da Unicamp, com questões que exigem interpretrações gráficas e manipulações em equações horárias de movimento relacionan- do com dinâmica. O tema cinemática está presente com ques- tões que exigem manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática está presente com ques- tões que exigem manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática é cobrado com questões de manipulações de equações horárias de movimento. O tema cinemática é abordado com questões que exigem interpretrações gráficas e manipu- lações em equações matemáticas. A cinemática possui grande incidência nas provas do ENEM, sempre relacionando com o cotidiano e em praticamente em to- das as questões, e quase sempre possuem análise gráfica. O tema cinemática sempre está presente na prova da Fuvest, com questões que exigem interpretrações gráficas (MRU e MRUV) e manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática sempre está presente na prova da Uerj, com questões que exigem interpretrações gráficas e manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática sempre está presente na prova da Unigranrio, com questões que exigem análise de figuras e manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática sempre está presente nessa prova, com questões que exigem interpretrações de gráficos e análise de figuras com manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática sempre está presente com questões que exigem interpretrações, análise de figuras e manipulações em equações horárias de movimento. O tema cinemática sempre está presente na prova da UFPR. As questões abordadas não apenas exigem interpretrações gráficas e manipulações em equações horárias de movimento, mas também conceitos. O tema cinemática sempre está presente na prova da UEL, com questões que exigem interpretrações gráficas e manipulações em equações horárias de movimento. 6 VETORES COMPETÊNCIA: 5 HABILIDADE: 17 AULAS 1 E 2 1.GRANDEZAS VETORIAIS As escalares e as vetoriais, são os dois tipos de grande- zas físicas. Uma grandeza escalar é caracterizada apenas pela sua intensidade, ou seja, o valor numérico, acompa- nhado de sua unidade de medida. O tempo, a massa e a temperatura de um corpo são exemplos de grandezas escalares. Já as grandezas vetoriais necessitam, além da intensidade, da informação quanto à sua direção e seu sentido. Ao dizer, por exemplo, que um carro se move a 40 km/h, a informação sobre sua velocidade está incom- pleta. A velocidade é uma grandeza vetorial e, portanto, é necessário informar a direção e o sentido de deslocamen- to do carro. Neste caso, poderia ser dito que o carro trafe- ga na Rua da Consolação (direção) em sentido à Avenida Paulista (sentido). Exemplos de grandezas escalares: Grandezas escalares Grandezas vetoriais tempo velocidade massa aceleração temperatura deslocamento trabalho posição energia força elétrica pressão campo elétrico potência força magnética potencial campo magnético diferença de potencial força gravitacional quantidade de mol campo gravitacional carga elétrica força peso intensidade da corrente elétrica força de reação normal resistência elétrica força elástica capacidade térmica força tensora calor específico sensível força centrípeta calor latente empuxo fluxo magnético quantidade de movimento vazão momento capacitância impulso 2. VETOR Representam-se algumas grandezas físicas (grandezas vetoriais) por meio de vetores. A notação de um vetor é dada por uma letra (maiúscula ou minúscula) com uma pequena flecha para a direita acima da mesma. Vetor é um ente matemático representado por um segmento de reta orientado (flecha). v → ou v v (vetor v) A θ (origem) linha horizontal (direção) (final ou extremidade: sentido) r (reta suporte) “para onde” B → N O L S SESO NO NE Resumo: sentido: é dado pela orientação do segmento. direção: é dada pelo ângulo formado entre o vetor e o eixo horizontal. módulo ou intensidade: é dado pelo comprimento do segmento orientado (nº + unidade). N S O L NeNo So Se Livro que aborda de maneira simples, diver- tida e curiosa a evolução de conceitos-chave de geometria e o modo que o Homem com- preende o espaço. Leonard Mlodonow - A janela de Euclides multimídia: livros 7 2.1. Vetor e suas características O vetor pode ser representado por uma letra e um segmen- to orientado (flecha) sobre a letra: ___ › a ___ › b Lembrando que as três características de um vetor são: mó- dulo (ou intensidade), direção e sentido. Caso eles estejam sobre retas paralelas ou sobre a mesma reta (denominada reta suporte), a direção de dois vetores são iguais. Como exemplo, suponha que as retas r e s, na figura a seguir, sejam paralelas. Desse modo, os os vetores __ › c e ___ › d têm direções diferentes, mas os vetores _ ___ › a , ___ › b e __ › c possuem a mesma direção. Os vetores ___ › a e ___ › b , na figura a seguir, estão orientados em sentidos opostos, assim como os vetores ___ › b e __ › c . Entre- tanto, os vetores ___ › a e __ › c têm sentidos iguais. Os sentidos de dois vetores são iguais quando possuem a mesma direção e estiverem orientados para o mesmo lado. CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS Para a aplicação da noção de vetores, algumas ideias matemáticas são necessárias, utilizamos praticamente concei- tos de geometria espacial e geometria analítica. Noções de ponto, reta, espaço, segmento orientado e as operações entre os vetores são conceitos puramente matemáticos. É sempre importante lembrar que existe diferença nas operações entre grandezas escalares e operações entre grandezas vetoriais. Da matemática de Euclides ficaram definidos os conceitos de ponto, reta, plano e segmento de reta. O ponto, “o que não tem partes”, sendo um elemento desprovido de tamanho, sem dimensões, sem forma. A reta é definida como um ente geométrico de apenas uma dimensão, de maneira simplista podemos dizer que uma reta é formada por infinitos pontos “alinhados”; duas retas podem ser classificadas como paralelas, concorrentes, perpendiculares, coincidentes ou ainda como reta tangente ou reta secante. Física - Introdução a vetores e escalares - parte 1 (Khan Academy) FONTE: YOUTUBE multimídia: vídeo Física I - Aula 5 - Grandezas escalares e vetoriais FONTE: YOUTUBE multimídia: vídeo 8 Observações Vetores paralelos: diz-se que dois ou mais vetores são paralelos entre si, quando suas direções (inclina- ções) forem idênticas, não importando os sentidos dos mesmos. Vetor nulo: denomina-se vetor nulo a todo vetor cujo representante é um segmento de reta orientado, nulo, isto é, o início e o fim deste segmento de reta coinci- dem. A representação do vetor nulo é um ponto ( . ). Também pode ser representado pelo número zero com uma flecha acima do mesmo ( ___ › 0 ). Vetores simétricos ou opostos: quando dois ve- tores possuem o mesmo módulo, a mesma direção, porém sentidos opostos, diz-se que os mesmos são simétricos ou opostos entre si. Vetores iguais: dois vetores são iguais se, e somen- te se, tiverem o mesmo módulo, a mesma direção e o mesmo sentido. Aplicação do conteúdo 1. Ao olhar a figura, você consegue definir os vetores que: (UFB adaptado) a) têm a mesma direção. b) têm o mesmo sentido. c) são iguais. Resolução: a)Os vetores ___ › C e ___ › D estão em uma direção oblíqua (in- clinada), os vetores ___ › E , ___ › A e __ › F estão na direção vertical, e os vetores ___ › B e ___ › G estão na horizontal. b) Os vetores ___ › C e ___ › D estão no sentido nordeste e os vetores ___ › A e __ › F estão no sentido norte. c) Para que um vetor seja igual ao outro, as três carac- terísticas (módulo, direção e sentido) devem ser iguais. Observando om desenho, concluímos que os vetores ___ › A e __ › F são iguais, pois compartilham de um módulo 2u, dire- ção vertical e sentido norte. Os vetores ___ › C e ___ › D também são iguais por terem módulo 2 √ __ 2 u, uma direção oblíqua e sentido nordeste. O módulo de um vetor, graficamente, é proporcional ao seu comprimento. Suponha, por exemplo, que um automóvel esteja se deslocando com velocidade escalar de 80 km/h em sentido norte. Na figura, a flecha (apontando para o norte) representa o vetor velocidade __ › v do automóvel; o módulo desse vetor será u __ › v u = 80 km/h. É importante des- tacar que todo vetor que possuir mesma direção, mesmo sentido e mesma intensidade, representando, portanto, a mesma grandeza, representa uma classe de equipotência. A intensidade, módulo ou norma de uma grandeza veto- rial, é o módulo do valor numérico do vetor. __ › v O L N S | __ › v | = 80 km/h Se um objeto estiver em repouso, por exemplo, sua veloci- dade será nula. Desse modo, o vetor nulo, denotado por ___ › 0 , pode ser utilizado para representar essa grandeza. A dire- ção e o sentido não são definidos para o vetor nulo. Uma grandeza pode ter valor numérico igual a zero. O exemplo mais elementar de grandeza vetorial, é o des- locamento vetorial. Suponha que uma partícula desloca-se do ponto P até o ponto Q, seguindo a trajetória descrita pela figura. Q P Q P ___ › d O deslocamento vetorial realizado pela partícula é repre- sentado pelo vetor ___ › d . Que une o ponto inicial P (chamado origem do vetor) ao ponto final Q (chamado extremidade do vetor). 9 Aplicação do conteúdo 1. (UEM) Na ilustração abaixo, um trabalhador puxa por uma corda um carrinho que se desloca em linha reta. O puxão da corda efetuado pelo trabalhador pode ser des- crito como uma força que: a) possui somente magnitude. b) possui somente direção.c) possui direção e magnitude. d) não possui nem direção nem magnitude. e) realiza um torque. Resolução: Alternativa C Um vetor força com um módulo (magnitude), uma direção e um sentido, caracteriza o puxão da corda. Nesse caso, a direção é oblíqua (inclinada) e o sentido é nordeste, porém o sentido não é citado. Como surgiu o vetor O conceito formal de vetores, é trabalho de alguns ma- temáticos e físicos que estudavam os números comple- xos, entre eles podemos destacar Willian Rowan Ha- milton (1805-1865), Josian Willard Gibbs (1839-1903) e Carl Friedrich Gauss (1777-1855). Porém, conceitos mais intuitivos remontam a a Herão de Alexandria (sé- culo I). e Aristóteles (385-322 a.C.) 2.3. Somando vetores Diferente da soma de grandezas escalares, ainda assim as grandezas vetoriais podem ser somadas (ou adiciona- das).Por exemplo, ao efetuar a soma de 1 kg de tomates com mais 2 kg de tomates, o resultado sempre será 3 kg de tomates. Para somarmos vetores, no entanto, outra abordagem é necessária. Acompanhe abaixo, uma partícula efetua um deslocamento ___ › a do ponto M ao ponto N e, em seguida, um deslocamento ___ › b do ponto N ao ponto P. VIVENCIANDO Apesar de algumas pessoas pensarem que a utilização de conceitos vetoriais está restrita aos campos da Física e da Matemática, elas o fazem sem perceber. Atualmente, muitas pessoas utilizam GPS para se localizar ou localizar um destino. Só no fato de localizar um ponto em relação a um referencial já temos um vetor, mas quando localizamos um destino e seguimos os passos designados pelo GPS, cada passo trata-se de um vetor, e, a cada instrução realizada, estamos compondo uma soma vetorial pela regra do polígono. Se nos dias atuais pequenos deslocamentos nas cidades se dão através da utilização de aplicativos de localização como o WAZE, é possível imaginar a necessidade e a importância da localização em mapas cartográficos, cartas de navegação e a revolução que foi a organização utilizando latitude e longitude. 10 P M N ___ › a ___ › b P M N ___ › s ___ › a ___ › b O deslocamento final da partícula, que se moveu do ponto M ao ponto P, é indicada na figura pelo vetor __ › s . Desse modo, os dois deslocamentos anteriores podem ser substituídos por um deslocamento único, o vetor __ › s . Esse vetor é a soma (ou resultante) de ___ › a e ___ › b , e indicamos: __ › s = ___ › a + ___ › b 2.3.1. Polígono e sua regra Para somar dois vetores quaisquer (não nulos), ___ › a e ___ › b : Desenhamos um vetor igual a ___ › b (mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido) a partir da extremidade do vetor ___ › a . A soma de ___ › a e ___ › b , o vetor __ › s , é obtida ligando a origem de ___ › a à extremidade de ___ › b . ___ › a ___ › b ___ › a ___ › b ___ › a __ › s ___ › b __ › s = ___ › a + ___ › b Ou: pode-se desenhar um vetor igual a ___ › a , a partir da ex- tremidade de ___ › b . O vetor __ › s é a soma dos vetores, ligamos a origem de ___ › b à extremidade de ___ › a . ___ › a ___ › b ___ › a ___ › b Módulo do vetor soma FONTE: YOUTUBE multimídia: vídeo 11 ___ › a ___ › b __ › s A propriedade comutativa na adição de vetores apresenta: ___ › a + ___ › b = ___ › b + ___ › a Em caso de um dos vetores ser nulo: ___ › a + ___ › 0 = ___ › 0 + ___ › a = ___ › a Preste atenção: u __ › s u < u ___ › a u + u ___ › b u O módulo de __ › s é menor que a soma dos módulos de ___ › a e ___ › b . Portanto, o módulo de __ › s será obrigatoriamente igual à soma dos módulos de ___ › a e ___ › b , somente no caso em que os vetores ___ › a e ___ › b tenham direção e sentido iguais. Aplicação do conteúdo 1. Determinar o módulo da resultante dos vetores __ › x e __ › y . Cada quadradinho mede uma unidade. __ › x __ › y Resolução: O módulo de __ › s é obtido aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo sombreado na figura: __ › x 4 __ › s __ › y 3 u __ › s u 2 = 32 + 42 = 9 + 16 = 25 u __ › s u 2 = 25 ä u __ › s u = √ ___ 25 ä u __ › s u = 5 unidades Para fazer a soma de três ou mais vetores, basta aplicar este mesmo processo. A seguir, estão representados os vetores ___ › a , ___ › b e __ › c . Para ob- ter a soma dos três vetores, isto é, o vetor __ › s , tal que: __ › s = ___ › a + ___ › b + __ › c Desenhamos um vetor igual ao vetor ___ › b a partir da extre- midade de ___ › a , e a partir da extremidade de ___ › b desenhamos um vetor igual a __ › c , como na figura. Unindo a origem de ___ › a à extremidade de __ › c , obtemos o vetor __ › s . A regra do polígono pode ser aplicada para qualquer quanti- dade de vetores, basta adicionar a origem de um vetor à extre- midade do vetor anterior e, por fim, traçar o vetor resultante. 2.3.2. Paralelogramo e sua regra Considere os vetores __ › x e __ › y representados na figura. __ › x __ › y Desenhe vetores iguais a __ › x e __ › y a partir de uma mesma origem P. 12 A seguir, o segmento XXX MQ paralelo a XXX PN a partir da extremi- dade de __ › x (ponto M), e o segmento XXX NQ paralelo a XXX PM , de modo a obter o paralelogramo PMQN. Assim temos o vetor __ › s , que é a soma de __ › x e __ › y , unindo P a Q: P __ › x M __ › y N P __ › x M __ › y __ › s N Q P __ › x M N Q A seguinte relação pode ser usada para calcular o módulo da soma de dois vetores quaisquer. ___ › a ___ › b ___ › a ___ › b __ › s u __ › s u ² = u ___ › a u ² + u ___ › b u ² + 2 · u ___ › a u · u ___ › b u · cos u A regra do paralelogramo é uma prática comum na soma de vetores. Aplicação do conteúdo 1. (Unesp adaptado) Em escala, temos duas forças ___ › a e ___ › b , atuando num mesmo ponto material P. a b P 1N 1N a) Represente na figura reproduzida a força ___ › R , resultante das forças _____ › a e _____ › b , e determine o valor de seu módulo, em newtons. b) Determine o cosa formado entre os vetores ___ › a e ___ › b . Resolução: a) Pela regra do paralelogramo, temos que | ___ › R | = 3 N. b) Os módulos dos vetores são: módulo de ___ › a : a = 2 N módulo de ___ › b : b² = 2² + 3² b² = 13 b = √ ___ 13 N Aplicando a regra do paralelogramo, temos: R² = a² + b² + 2 · a · b · cosa 3² = 2² + ( √ ___ 13 )² + 2 · 2 · ( √ ___ 13 ) cosa 9 = 4 + 13 + 4( √ ___ 13 ) cosa cosa = (9 – 4 – 13)/4 ( √ ___ 13 ) cosa = –2 ____ √ ___ 13 2. Sobre uma superfície lisa (atrito desprezível), um cor- po está sendo tracionado por duas cordas. Qual a inten- sidade da força resultante Fr? (UEM) a) Fr = √ ___ 19 N b) Fr = √ __ 8 N c) Fr = √ ___ 34 N d) Fr = √ ___ 49 N e) Fr = √ __ 2 N Resolução: Alternativa A O ângulo de 120° está no segundo quadrante, onde o cos- seno é negativo. O valor de cos(120°)é –0,5. Aplicando a regra do paralelogramo, temos (Fr)² = (3)² + (5)² + 2 · 3 · 5 · cos(120°) (Fr)² = 9 + 25 + 30(–0,5) (Fr)² = 34 –15 (Fr)² = 19 Fr = √ ___ 19 N. 2.4. Oposto de um vetor Um vetor ___ › a com a mesma direção, não nulo, e o mesmo módulo de ___ › a , mas com sentido contrário, é denominado oposto de ___ › a . O vetor oposto de ___ › a é indicado por – ___ › a . r s – ___ › a ___ › a 13 2.5. Subtração de vetores De modo semelhante ao que se faz com os números reais, diferença de dois vetores ___ › a e ___ › b é obtida: ___ › a – ___ › b = ___ › a + (– ___ › b ) Isto é, o vetor ___ › a – ___ › b é obtido efetuando a adição do vetor ___ › a com o oposto de ___ › b . Por exemplo Dados os vetores ___ › a e ___ › b da figura, determinaremos o vetor ___ › d tal que ___ › d = ___ › a – ___ › b . Utilizando a relação apresen- tada acima, temos: ___ › d = ___ › a – ___ › b = ___ › a + (– ___ › b ) Então, fazemos a adição de ___ › a com _____ › –b : O módulo da diferença de dois vetores quaisquer pode ser calculado usando a seguinte relação: u ___ › d u ² = u ___ › a u ² + u ___ › b u ² – 2 · u ___ › a u · u ___ › b u cosu Onde u é o ângulo formado entre os vetores ___ › a e ___ › b , quando ambos estão partindo da mesma origem. Aplicação do conteúdo 1. (UFPI) Os vetores representam quatro forças, todas de mesmo módulo F. Qual alternativa representa uma força resultante nula. a) _____ › F1 + _____ › F4 + _____ › F 2 b) _____ › F 1– _____ › F 4+ _____ › F3 c) _____ › F 1+ _____ › F 2+ _____ › F 3 d) _____ › F 1 – _____ › F4 + _____ › F2 e) _____ › F 1 – _____ › F 2+ _____ › F3 Resolução: Alternativa A Montar o seguinte diagrama vetorial, de acordo com a re- gra do polígono: Sendo qualquer um desses vetores ponto de partida, o ponto inicial sempre coincide com o ponto final, tornando a resultante nula. 2. Dados os vetores representados na figura, obtenha ___ › D = ___ › X – ___ › Y . Resolução: Para a subtração vetorial,soma-se o vetor ___ › X com o oposto do vetor ___ › Y . ___ › D = ___ › X – ___ › Y ___ › D = ___ › X + (–1) ___ › Y Para encontrar o vetor ___ › D , invertemos o sentido do vetor ___ › Y e aplicamos a regra da poligonal . 14 2.6. Multiplicando e dividindo um vetor por um número Sendo ___ › a um vetor não nulo e k um número real não nulo. Multiplicar o vetor ___ › a pelo número k, e obter o vetor ___ › b : ___ › b = k · ___ › a ___ › b tem como característica: u ___ › b u = u k u · u ___ › a u ___ › b tem a mesma direção de ___ › a . Se k > 0, ___ › b tem o mesmo sentido de ___ › a , caso seja k < 0, ___ › b tem sentido oposto ao de ___ › a . Sendo assim, temos: a) _____ › F = m . ___ › a (m escalar positivo) b) _____ › F = |q| . _____ › E (q > 0 ou q < 0) Por exemplo Na figura, representamos os vetores ___ › a , 2 ___ › a e –2 ___ › a . Note que tanto 2 ___ › a como –2 ___ › a têm módulos iguais ao dobro do módulo de ___ › a . O vetor 2 ___ › a tem o mesmo sentido do vetor ___ › a e o vetor –2 ___ › a tem sentido oposto ao do vetor ___ › a . ___ › a 2 ___ › a –2 ___ › a Podemos também dividir o vetor ___ › a por k, obtendo o vetor __ › c : __ › c = ___ › a __ k Sendo: u __ › c u = | ___ › a | __ k Quanto à direção e ao sentido de __ › c , valem as mesmas con- siderações feitas para a multiplicação. Se k = 0, não podemos calcular ___ › a __ k . 2.6.1. Vamos à prática 1. Qual a soma dos vetores __ › x e __ › y , se cada quadradinho tem lados iguais a uma unidade. a) b) __ › x __ › y Resolução: a) Neste caso, temos: __ › x __ › s __ › y u __ › s u = u __ › x u + u __ › y u = 3 + 2 = 5 unidades b) O vetor __ › s é a soma de __ › x e __ › y , isto é: __ › x __ › s __ › y __ › s = __ › x + __ › y No entanto, neste caso, temos: u __ › s u = u __ › x u – u __ › y u = 5 – 3 = 2 unidades Observação Versor é um vetor unitário que possui a mesma dire- ção e mesmo sentido do eixo que o contém. 1 1 1 0 j y x z → i → k → j → = 1 u k → = 1 u i → = 1 u i → = 1 u u ... unidade de medida 0 1 x i → 1 10 j y x → i → i → = 1 u j → = 1 u 2.7. Projeções ortogonais ou decomposição ou componentes de um vetor O plano cartesiano é o sistema de referenciais que auxil- ia adequadamente toda representação vetorial. Seja um vetor ___ › a , conforme a representação abaixo: x y __ › a θ __ › y __ › x 15 A projeção de ___ › a, no eixo (x) pode ser representada pelo vetor ___ › a x, bem como a projeção do vetor ___ › a no eixo (y) pode ser representado pelo vetor ___ › a y. O vetor analisado pode ser representado como uma soma vetorial, ou seja: ___ › a = ___ › ax + ___ › ay Neste caso: ___ › ax = 3 ___ › i ___ › ay = 3 ___ › j Sendo ___ › i e ___ › j os vetores unitários nas direções indicadas pelos eixos (x) e (y) respectivamente, desta forma o vetor também pode ser representando por: ___ › a = 3 ___ › i + 3 ___ › j Devemos lembrar que os módulos dos componentes tam- bém podem ser representados por relações trigonométricas: senθ = ay __ a ay = a · senθ cosθ = ax __ a ax = a · cosθ Os vetores unitários, quando indicarem sentido oposto aos eixos considerados, serão representados por: – ___ › i e – ___ › j Aplicação do conteúdo 1. Em um ponto material P, estão aplicadas seis forças coplanares __ › F 1, __ › F 2, __ › F 3 , __ › F 4 , __ › F 5 e __ › F 6 , representadas confor- me figura a seguir, cujas intensidades são, respectiva- mente, 12 N, 8,0 N, 15 N, 6,0 N, 8,0 N e 7,0 N. A resultante desse sistema de forças tem intensidade: a) 10 N. b) 8,0 N. c) zero. d) 12 N. e) 16 N. Resolução: Alternativa A Vamos decompor os vetores __ › F 2 e __ › F 5 nos eixos __ › i e __ › j : O vetor __ › F 2 será: __ › F 2 = (| __ › F 2| cos x) __ › i + (| __ › F 2| senx) __ › j __ › F 2 = (8cosx) __ › i + (8senx) __ › j (N) O vetor __ › F 5 será: __ › F 5=(–1)(| __ › F 5| cosx) __ › i +(–1)(| __ › F 5| senx) __ › j __ › F 5 =(–8cosx) __ › i + (–8senx) __ › j (N) O vetor __ › F 1 será: __ › F 1 = | __ › F 1| __ › i __ › F 1= 12 __ › i (N) O vetor __ › F 3 será: __ › F 3 = | __ › F 3| __ › j __ › F 3= 15 __ › j (N) O vetor __ › F 4 será: __ › F 4 = (–1) | __ › F 4| __ › i __ › F 4= –6 __ › i (N) O vetor __ › F6 será: __ › F 6 = (–1) | __ › F 6| __ › j __ › F 6= –7 __ › j (N) Como resultante das forças temos a soma vetorial de todas elas: __ › F r = __ › F 1 + __ › F 2 + __ › F 3 + __ › F 4 + __ › F 5 + __ › F 6 __ › F r = 12 ___ › i + (8cosx) __ › i + (8senx) __ › j + 15 __ › j + (– 6) __ › i + (– 8cosx) __ › i + (– 8senx) __ › j + (– 7) __ › j __ › F r = (12 – 6 + 8cosx – 8cosx) __ › i + ( 15 – 7 + 8senx – 8senx ) __ › j __ › F r = (6) __ › i + (8) __ › j (N). Assim, o módulo do vetor __ › F r será: (Fr )²= (6)² + (8)² (Fr )² = 36 + 64 (Fr )² = 100 | __ › F r| = √ ____ 100 N | __ › F r| = 10 N. 16 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica. CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES 17 Hablidade A matemática entra como ferramenta fundamental para a interpretação e/ou construção de fenômenos no contexto da física, dessa forma se faz necessário saber o manuseio, aplicabilidade além da capacidade interpretativa dessa linguagem simbólica. Tal qual o terceiro eixo cognitivo da matriz de referência do ensino médio diz: “selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.” A utilização de vetores é inerente à física, dada a grande quantidade de grandezas vetoriais, sendo vital para a compreensão a fixação deste assunto, mais básico e, como dito anteriormente uma ferramenta, fundamental para a física. Modelo (Enem) Um foguete foi lançado do marco zero de uma estação e após alguns segundos atingiu a posição (6, 6, 7) no espaço, conforme mostra a figura. As distâncias são medidas em quilômetros. Cursos Unicamp: Física Geral | I - Aula 4 FONTE: YOUTUBE multimídia: vídeo multimídia: sites www.respondeai.com.br/resumos/1/capitu- los/1 pt.khanacademyorg/math/precalculus/vec- tors-precalc 17 Considerando que o foguete continuou sua trajetória, mas se deslocou 2 km para frente na direção do eixo-x, 3 km para trás na direção do eixo-y, e 11 km para frente, na direção do eixo-z, então o foguete atingiu a posição: a) (17, 3, 9). b) (8, 3, 18). c) (6, 18, 3). d) (4, 9, –4). e) (3, 8, 18). Análise expositiva - Habilidade 17: No ensino médio o contato inicial que se tem em física com vetores é em cinemática. A ideia de representar a posição de um objeto no espaço é o exemplo mais clássico da utilização de vetores, além de ser um dos motivadores de sua criação. Adotando como referência “para trás” como sendo no sentido negativo e “para frente” como um deslocamento no sentido positi- vo de cada eixo, devemos somar o número inteiro correspondente ao deslocamento em cada coordenada, sendo assim temos que: (6 + 2,6 – 3,7 + 11) = (8, 3, 18). Alternativa B B VETOR MÓDULO PROCESSO GEOMÉTRICO DIREÇÃO PROCESSO ANALÍTICO SENTIDO DIAGRAMA DE IDEIAS 18 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS MOVIMENTOS COMPETÊNCIAS: 1 e 6 HABILIDADES: 2 e 20 AULAS 3 E 4 A cinemática é o ramo da mecânica que descreve os movi- mentos, que tem por objeto o estudo do movimento dos cor- pos sem levar em conta os agentes que o produzem. Os con- ceitos de posição, velocidade e aceleração ao longo do tempo são tópicos estudados por esse ramo. As dimensões dos corpos não interferem no estudo de determinado fenômeno, sendo assim tais corpos serão considerados pontos materiais. 1. A POSIÇÃO DENTRO DE UMA TRAJETÓRIA Determinar a posição de um corpo em cada instante, é o principal objetivo da cinemática. O conceito de posição pode ser exemplificado pelas marcações quilométricas de uma rodovia, ou seja, posição é o lugar geométrico que o corpo está no instante da observação. Esses marcos podem ser utilizados para localizar os veículos que nela trafegam. Na figura abaixo, a posição do carro é determinada pelo marco km 80. Chamamos de trajetória o conjunto de diferentes posi- ções ocupadas, visto que ao longo do tempo, um corpo pode ter diferentes posições. O deslocamento é a varia- ção da posição apresentada pelo corpo durante um inter- valo de tempo. Como exemplo, um carro que ocupava a posição do marco de km 60 em um instante, e num ins- tante posterior, a posição do marco km 80, dizemos que o carro percorreu a distância de 20 km. Ainda na figura abaixo, existem dois carros, um na posi- ção km 80 e outro na posição km 60, mas se deslocando em sentidos contrários. Analisando apenas o marco quilométrico, não é possível determinar o sentido do movimento. Representação esquemática de posições numa rodovia. O marco quilométrico km 80 localiza o carro nessa estrada e fornece sua posição. 80 Km 80 Km 60 Km Chamado origem dos espaços, o marco zero, foi esco- lhido arbitrariamente. A partir dessa posição, são medidos os comprimentos que indicam a posição do corpo. O marco zero é o referencial. O CORPO A ENCONTRA-SE A 10 KM DO MARCO ZERO, E O CORPO B, A 20 KM. Frames of Reference (1960) FONTE: YOUTUBE multimídia: vídeo 2. GRANDEZA ESCALAR (DISTÂNCIA PERCORRIDA) E GRANDEZA VETORIAL (DESLOCAMENTO) A diferença entre as posições final e inicial ocupadas numa determinada trajetória, é chamada de deslocamento escalar. + S0 S S ΔS ΔS = S - S0 S0 .... posição inicial S ...... posição final ΔS ... variação de posição ou deslocamento escalar S0 0 O total de movimento realizado por um móvel, é a Distân- cia percorrida. 19 Observação: o deslocamento escalar nem sempre é igual à distância percorrida. Isso só é verdade quando o movi- mento é sempre no mesmo sentido e a favor da trajetória. CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS ”Nada me produz tanta perplexidade como o tempo e o espaço. E, entretanto, nada me preocupa menos que o tempo e o espaço, já que nunca penso neles.” Charles Lamb Muitos filósofos já discutiram sobre o tempo e para alguns é um conceito indefinível em palavras. Zenão de Eleia (490-430 a.C.) foi um filósofo que se opôs à ideia de movimento, para ele o movimento era uma ideia que não pode- ria existir: “Um móvel que está no ponto A e tenta atingir o ponto B. Isso é impossível, pois antes de atingir o ponto B, o móvel tem que atingir o meio do caminho entre A e B, isto é, um ponto C. Mas para atingir C, terá que primeiro atingir o meio do caminho entre A e C, isto é, um ponto D. E assim, infinitamente”. Ou seja, antes de atingir o destino final, o móvel teria que passar por sucessivos pontos intermediários infinitamente, jamais chegando ao seu destino. Seu paradoxo mais famoso trata de Aquiles, o velocista, e a tartaruga: “Imagine uma corrida entre Aquiles e uma tartaruga. Por questões de justiça, é dada para a tartaruga uma vantagem inicial, já que ela é mais lenta, a tartaruga irá começar a disputa na metade do caminho. Aquiles jamais a alcançará, porque quando ele chegar ao ponto de onde a tartaruga partiu, ela já terá percorrido uma nova distância; e quando ele atingir essa nova distância, a tartaruga já terá percorrido uma outra nova distância, e assim, infinitamente.” Desse modo, a ideia de encontro entre dois móveis é impossível. Platão (427-348 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) disseram que o tempo tem origem cosmológica. Devido a inú- meros eventos periódicos na Natureza, a ideia de tempo cíclico foi sendo desenvolvida pela Humanidade (gregos, egípcios, maias etc. tinham a ideia de ciclos). A cultura ocidental-cristã incorporou a ideia de tempo linear, sendo esse uma grandeza absoluta. Para o filósofo Santo Agostinho (345-430), não seria correto definir o tempo em termos do movimento periódico dos astros, pois na hipótese da ausência de movimento dos astros, automaticamente o tempo desapareceria,o que seria um absurdo. Para filósofos mais modernos, como Immanuel Kant (1724-1804), o tempo é uma criação da mente humana, assim como para Baruch Spinoza (1632-1677). Aplicação do conteúdo 1. Saindo de um ponto X de uma trajetória, um indiví- duo caminha até uma posição Y e, em seguida, retorna para o ponto Z. Observe a figura e responda: -50 -40 -30 t0 (X) (Z) (Y) t1t2 -20 -10 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 S (m)0 a) qual a distância percorrida de X até Y? b) qual o deslocamento efetuado pelo indivíduo de X até Y? c) qual a distância percorrida pelo indivíduo do instante t0 até t2? d) qual o deslocamento total percorrido pelo indivíduo do instante t0 até o instante t2? Resolução: a) A distância percorrida corresponde efetivamente ao que o indivíduo percorreu, ou seja, 120 m, pois ele se desloca da posição –30 m e vai até a posição 90 m. Perceba que, como é um movimento no mesmo sentido e com a mesma direção da trajetória, a distância percorrida pode ser calcu- lada através da expressão: d = DS = S – S0 d = 90 – (–30) d = 120 m b) DS = S – S0 DS = 90 – (–30) DS = 120 m c) Desde o instante t0 até t2, o indivíduo se desloca de X para Y e de Y para Z; logo, a distância percorrida é a soma dos segmentos d = XY — + YZ — d = 120 + 40 d = 160 m 20 d) O deslocamento é calculado pela expressão: DS = S – S0 S = 50 – (–30) DS = 80 m Observe que, quando o deslocamento se dá em um só sentido, a distância percorrida é numericamente igual ao deslocamento (vide itens a e b). 2. Partindo de X, uma pessoa efetua voltas em tor- no de uma praça retangular. Do instante da partida, calcule o deslocamento e a distância percorrida, nas seguintes situações: 400m 300m WZ YX a) a distância percorrida por ela até chegar em W; b) o deslocamento até W; c) a distância percorrida e o deslocamento em uma volta completa. Resolução: a) De X até Y, a pessoa percorreu 400 m; de Y até W, per- correu 300 m; então: d = XY— + YW— d = 400 + 300 d = 700 m b) O deslocamento de X até W é o valor da hipotenusa, que pelo teorema de Pitágoras é: (XW—)2 = (XY—)2 + (YW—)2 DS2 = (400)2 + (300)2 DS2 = 160.000 + 90.000 DS2 = 250.000 DS = 500 m c) A distância percorrida em uma volta completa é: d = XY— + YW— + WZ— + ZX— d = 400 + 300 + 400 + 300 d = 1.400 m e o deslocamento é S = 0, pois a posição inicial e final são o mesmo lugar (X). 3. REFERENCIAL Se a posição de um corpo é alterada ao longo do tempo em relação a um referencial, este está em movimento. Pode-se analisar o movimento de um corpo comparando sua posição em relação a outro corpo, que, nesse caso, será o referen- cial. Assim, o estado de movimento ou repouso de um corpo depende do referencial escolhido. Um mesmo corpo pode estar em repouso em relação a um referencial e em movi- mento em relação a outro. A trajetória do corpo também é dependente do referencial. Os corpos, por sua vez, também possuem uma classificação. Se a dimensão do corpo, compa- rada com a dimensão da trajetória for desprezível, esse será chamado de ponto material; se ele não puder ser despreza- do, será chamado de corpo extenso. Existem muitos casos em que o tamanho do corpo deverá ser considerado. 3.1. Repouso e movimento, definição. O PASSAGEIRO DENTRO DO ÔNIBUS ESTÁ EM MOVIMENTO EM RELAÇÃO À PESSOA EM PÉ NO PONTO (OBSERVADOR). DENTRO DO ÔNIBUS, O PASSAGEIRO ESTÁ EM REPOUSO EM RELAÇÃO AO MOTORISTA. A forma da trajetória de um ponto material depende do referencial adotado. A trajetória descrita por um móvel também depende do referencial adotado. A imagem abaixo exemplifica as trajetórias diferentes de uma lâmpada em queda livre, em relação a dois referenciais. Quando sua posição em relação a um referencial é alterada durante o intervalo de tempo, consideramos que um ponto material esta em movimento. Um ponto material é considerado em repouso quando sua posição em relação a um referencial não é altera- da durante o intervalo de tempo considerado. Observador Passageiro Dentro do ônibus, o passageiro está em repouso em relação ao motorista. PassageiroMotorista 21 A LÂMPADA DESCREVE UMA TRAJETÓRIA RETILÍNEA VERTICAL EM RELAÇÃO AO OBSERVADOR (T). EM RELAÇÃO AO OBSERVADOR (S), A TRAJETÓRIA DA LÂMPADA É PARABÓLICA. A escolha do referencial é feita de modo a facilitar a reso- lução dos exercícios e totalmente arbitrária. Aplicação do conteúdo 1. Um ônibus escolar está parado no ponto de ônibus e um aluno está sentado em uma das poltronas. Quando o ônibus entra em movimento, sua posição no espaço se altera, afastando-se do ponto de ônibus. Nessa situ- ação, podemos afirmar que a conclusão errada é que: a) o aluno sentado na poltrona acompanha o ônibus e, portanto, também se afasta do ponto de ônibus. b) podemos dizer que um corpo está em movimento em relação a um referencial quando a sua posição muda em relação a esse referencial. c) o aluno está parado em relação ao ônibus e em movi- mento em relação ao ponto de ônibus, se o referencial for o próprio ônibus. d) se o referencial for o ponto de ônibus, o aluno está em movimento em relação ao ônibus. e) para dizer se um corpo está parado ou em movimento, precisamos relacioná-lo a um ponto ou a um conjunto de pontos de referência. Resolução: Alternativa D Observamos que o aluno está em movimento se o referencial adotado for o ponto de ônibus ou a rua; pois, como vimos, a escolha do referencial é arbitrária e é necessário escolher apenas um único ponto como referencial. Porém, caso o re- ferencial escolhido seja o próprio ônibus, ou o motorista do ônibus, a posição do aluno não irá se alterar em relação ao motorista ou ao ônibus. 2. (PUC-SP) Analise a tirinha da Turma da Mônica consi- derando os princípios da Mecânica Clássica e defina as afirmativas mais adequadas. I. Cascão encontra-se em movimento em relação ao skate e também em relação ao amigo Cebolinha. II. Cascão encontra-se em repouso em relação ao skate, mas em movimento em relação ao amigo Cebolinha. III. Em relação a um referencial fixo fora da Terra, Cascão jamais pode estar em repouso. Estão corretas: a) apenas I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. Resolução: Alternativa D I. Incorreta, pois Cascão está em repouso em relação ao ska- te, mas em relação ao Cebolinha ele está em movimento. II. Correta. III. Correta, pois a Terra gira constantemente em torno de seu eixo e em torno do Sol; em relação a um referencial fixo fora da Terra, Cascão jamais poderia estar em repouso. 4. VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA Definida como a razão entre a variação da posição do cor- po e o intervalo de tempo decorrido durante essa variação na posição. A velocidade escalar de um corpo determi- na o quão rápido é o seu deslocamento. Um ponto material P descreve uma certa trajetória em rela- ção a um determinado referencial. No instante t1 sua posi- ção é S1 e no instante posterior t2 sua posição é S2. Durante o intervalo de tempo Dt = t2 – t1, a variação espacial do ponto material é DS = S2 – S1. A velocidade escalar média vm no intervalo de tempo Dt é expressa pela relação: vm = DS ___ Dt = S2 – S1 _____ t2 – t1 Média ou instantânea, a unidade de velocidade escalar é expressa em unidade de comprimento por unidade de tem- po: km/h (quilômetros por hora), m/s (metros por segundo), mi/h (milhas por hora), cm/s (centímetros por segundo) etc. Posição 1 (T) (T) (T) (T) Posição 2 Posição 3 (S) 22 As unidades de velocidades podem ser convertidas umas nas outras, por exemplo, de km/h para m/s e vice-versa. Sabemos que: 1 km = 1.000 m 1 h = 60 min e 1 min = 60 s 1 h = 60 · 60 s = 3.600 s Então: 1 km ___ h = 1.000 m _______ 3.600 s = 1 m ____ 3,6 s Portanto: 1 km ___ h = 1 ___ 3,6 m __ s e 1 m/s = 3,6 km/h km ___ h × 3,6 : 3,6 m __ s Para converter km/h em m/s, divide-se o valor da veloci- dade por 3,6; para converter m/s em km/h, multiplica-se o valor da velocidadepor 3,6. Aplicação do conteúdo 1. Combinando tradição e modernidade, o edifício Taipei 101 é um ícone de Taiwan. O edifício possui 61 elevadores, sendo dois de ultravelocidade. Suas carac- terísticas de segurança permitem-lhe suportar tufões e terremotos, que são frequentes nessa região. Se um desses elevadores de ultravelocidade sobe, do térreo até o 89º andar, percorrendo 380 metros em 40 segundos, conclui-se que a sua velocidade média vale, em m/s: a) 4,7. b) 7,2. c) 9,5. d) 12,2. e) 15,5. Resolução: Alternativa C De acordo com as informações fornecidas pelo enunciado, o deslocamento do elevador foi de DS = 380 m e o inter- valo de tempo de Dt = 40 s. Assim, a velocidade média do elevador é calculada da se- guinte forma: vm = DS ___ Dt = 380 ___ 40 ä vm = 9,5 m/s 2. (Cefet) Uma escada rolante de 6 m de altura e 8 m de base transporta uma pessoa entre dois andares consecutivos num intervalo de tempo de 20 s. A velo- cidade média desta pessoa, em m/s, é: a) 0,2. b) 0,5. c) 0,9. d) 0,8. e) 1,5. Resolução: Alternativa B Em um desenho ilustrativo do problema, percebemos: O espaço percorrido por uma pessoa na escada rolante é a hipotenusa do triângulo pitagórico. Aplicando o teorema de Pitágoras, temos: DS2 = 62 + 82 DS2 = 100 DS = √ ____ 100 DS = 10 m Assim, a velocidade média da escada rolante será: vm= DS ___ Dt vm= 10 ___ 20 vm = 0,5 m/s 3. (UFJF) Um caminhão em viagem de Juiz de Fora a Belo Horizonte, pretende passar por Barbacena (cidade situa- da a 100 km de Juiz de Fora e a 180 km de Belo Horizon- te). A velocidade máxima no trecho que vai de Juiz de Fora a Barbacena é de 80 km/h e de Barbacena a Belo Horizonte é de 90 km/h. Qual o tempo mínimo, em horas, de Juiz de Fora a Belo Horizonte, respeitando-se os limi- tes de velocidades. a) 4,25 h b) 3,25 h c) 2,25 h d) 3,50 h e) 4,50 h Resolução: Alternativa B No desenho ilustrativo do exercício, temos: 23 O intervalo de tempo do primeiro trecho será: v1= S1 v1= (S1 – S0) 80 = (100 – 0) t1 = 100 ___ 80 t1 = 1,25 h. O intervalo de tempo do segundo trecho será: v2= S2 v2= (S2 – S1) 90 = (280 – 100) _________ t2 t2 = 180 ___ 90 t1 = 2 h Assim, o intervalo de tempo total será: ttotal = t1 + t2 ttotal = 1,25 + 2 ttotal = 3,25 horas. VIVENCIANDO O conceito de velocidade média tem importantes aplicações cotidianas, entre elas podemos citar o custo no transpor- te de mercadorias, aplicações no cálculo da vazão de reservatórios, o cálculo do custo da energia elétrica no sistema metroviário. Na indústria, seu conceito é utilizado na produção. Atualmente, com a introdução da matemática e estatística nos esportes, o conceito de velocidade média é amplamente utilizado na estratégia dos esportistas, seja desde um maratonista, nadador ou mesmo um jogador de futebol (é possível analisar a velocidade média do jogador durante uma partida, a distância efetivamente percorrida por ele, sua aceleração média e muito mais). No filme ”Mo- neyball”, que foi baseado em fatos reais, Billy Beane emprega conceitos estatísticos para a elaboração do seu time. Física - Velocidade Média (Khan Academy) FONTE: YOUTUBE interatividade: vídeo multimídia: sites pt.khanacademyorg/science/physics/one-di- mensional-motion/displacement-velocity-ti- me/a/what-is-displacement efisica.if.usp.br/mecanica/basico/referenciais/ intro/ www.estudopratico.com.br/referencial-movi- mento-espaco-e-repouso/ 4.1. Movimentos progressivo e retrógrado Quando a posição de um material varia no sentido da orientação positiva da trajetória, o movimento é progressivo. Onde os valores da sua posição aumentam ao longo do tempo e sua velocidade escalar é positiva. Retrógrado é quando o ponto material se move no sentido oposto à orientação positiva da trajetória. Os valores da sua posição decrescem ao longo do tempo e sua velocidade escalar é negativa. t1 t2 t2 t1 t1 24 0 v > 0 v < 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 © R afa el Sc ha ffe r G im en es /S ch äff er Ed ito ria l OBSERVE QUE O SINAL ATRIBUÍDO À VELOCIDADE ESCALAR INDICA O SENTIDO DO MOVIMENTO. Aplicação do conteúdo 1. Um móvel realiza um movimento uniforme e seu espaço varia com o tempo segundo a tabela: t(s) 0 1 2 3 4 5 S(m) 20 17 14 11 8 5 a) Classifique o movimento dizendo se é progressivo ou retrógrado. b) Calcule e velocidade escalar do móvel. c) Qual é o espaço inicial do móvel? Resolução: a) Podemos perceber pela tabela que o móvel se locomove no sentido contrário à trajetória, pois o espaço ao longo do tempo diminui. Logo, temos um movimento retrógrado (v < 0). b) Vamos utilizar o tempo t = 0 s e o tempo t = 4 s. No primeiro, temos a posição de 20 metros e, no segundo, de 8 metros. Assim, a velocidade escalar será: v = ∆S __ ∆t v = (Sf – So) _______ (tf – to) v = (8 –20) _____ (4–0) v = –12 ___ 4 v = –3 m/s Resposta: –3 m/s Observação: em um movimento uniforme retrógrado, a ve- locidade só pode ser negativa, o que confirmamos na letra b. c) A posição inicial será localizada no início do movimento (t = 0 s). Temos que para t = 0 s a posição é de 20 metros. 5. FUNÇÃO HORÁRIA A função que relaciona o espaço S com os instantes de tempo t correspondentes é a Função horária da posição, e é representada genericamente por S = f(t). Essa expres- são é lida: S é uma função de t. Para fornecer uma função horária, deve-se indicar as uni- dades do espaço e do tempo: caso S esteja em metros (m) e t em segundos (s), podemos apenas informar que as uni- dades são as do SI. Nesse caso, a unidade da velocidade v será m/s. Se S estiver em quilômetros (km) e t em horas (h), a unidade de v será km/h. Aplicação do conteúdo 1. A partícula se desloca ao longo do eixo x. Calcule a ve- locidade média da partícula no intervalo entre t = 2 s e t = 8 s, em m/s. Resolução: Observando o gráfico, o corpo encontrava-se na posição –40 m no instante de tempo t = 2 s e estava na posição +20 m no instante de tempo t = 8 s. Desse modo, a veloci- dade média é calculada da seguinte maneira: vm = Dx ___ Dt = x – x0 _____ Dt = 20 – (–40) ________ 6 = 10 m/s 25 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM 2 Habilidade A compreensão do mundo visto de forma racional, mecânica e cartesiana se faz necessária no universo acadêmi- co-científico, sendo cada vez mais importante no mundo atual, aonde novas tecnologias são desenvolvidas em altíssima velocidade. Dentro dos eixos cognitivos, a habilidade 2 impõe ao aluno a compreensão, dentro das várias áreas do conhecimen- to, de fenômenos físicos com a intenção de conceber os fenômenos naturais implicando na produção tecnológica. A compreensão do mundo ao nosso redor é cada vez mais vital para a sobrevivência dentro uma sociedade altamente desenvolvida e competitiva. Pertence também a outro eixo cognitivo, enfrentando situações-problema em que o aluno deve saber organizar, relacionar e interpretar as informações. Problemas relacionados ao transporte, ou mesmo saúde, para e dentro do desenvolvimento científico são objeto de estudo das ciências naturais. Além, é claro, de cobrar do aluno a construção de argumentação ao relacionar diferentes informações. Modelo 1 (Enem) Um pesquisador avaliou o efeito da temperatura do motor (em velocidade constante) e da velocidade mé- dia de um veículo (com temperatura do motor constante) sobre a emissão de monóxido de carbono (CO) em dois tipos de percurso, aclive e declive, com iguais distâncias percorridas em linha reta. Os resultados são apresentados nas duas figuras. A partir dos resultados, a situação em que ocorre maior emissão de poluentes é aquela na qual o percurso é feito com o motor: a) aquecido, em menores velocidades médias e em pista em declive; b) aquecido, em maiores velocidadesmédias e em pista em aclive; c) frio, em menores velocidades médias e em pista em declive; d) frio, em menores velocidades médias e em pista em aclive; e) frio, em maiores velocidades médias e em pista em aclive. 26 Análise expositiva 1 - Habilidade 2: Esse é um excelente exercício pertencente ao modelo Enem, exemplo típico do que é exigido no exame. Além de solicitar que o aluno faça a leitura e compreensão correta dos gráficos individu- almente, permite ao aluno analisar dois diferentes gráficos da mesma situação-problema. Desse modo requer que o aluno saiba ligar problemas cotidianos, relacionados ao transporte e saúde, ao mundo técnico-científico relacionado ao movimento do móvel. A primeira figura permite concluir que para menores temperaturas (motor frio) e em pista em aclive a emissão de CO é maior ao compararmos o gráfico de aclive (mais escuro) com o gráfico de declive (claro e tracejado). Desse modo é interessante perceber que a emissão é maior para a temperatura mais baixa nos dois casos do movimento do veículo, diminuindo conforme aumenta a temperatura (funcionamento) do motor. A segunda figura mostra que a emissão de CO é maior para baixas velocidades médias e em pista em aclive. A análise acontece do mesmo modo que no primeiro gráfico, sendo que é interessante notar que o veículo emite menos CO quanto maior é a velocidade média, fato interessante nas grandes cidades, onde o congestionamento de veículos nas grandes vias, e consequentemente a baixa velocidade média, aumenta a emissão de poluentes. Alternativa D D Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.20 Habilidade O estudo do movimento é objeto essencial da física e das ciências naturais. Ele pertence ao cerne da construção do pensamento físico e filosófico. Fator importante no desenvolvimento da física e do pensamento científico. Para caracterizar a causa ou efeitos do movimento, é necessário que o aluno domine a linguagem matemática e científica, primeiro eixo cognitivo para que ele possa enfrentar situações-problema. Também é importante que o aluno saiba construir sua argumentação baseado no pensamento lógico e dedutivo. Compreender as causas e efeitos dos movimentos dos corpos pertencentes ao Universo é importante, não só dentro do mundo acadêmico-científico mas também no cotidiano das pessoas, afinal os indivíduos estão em constante movimento e cercados por objetos também em movimento. Saber compreender, prever ou antecipar o movimento dos diferentes objetos é fundamental na produção técnico-científica. Modelo 2 (Enem) Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima permitida é 120 km/h. Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande continuamente na veloci- dade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para a realização da entrega? a) 0,7 b) 1,4 c) 1,5 d) 2,0 e) 3,0 Análise expositiva 2 - Habilidade 20: Esse exercício é um exemplo de que o aluno deve saber de antemão conceitos básicos de movimento, além de dominar a manipulação matemática em equações e fórmulas. O exercício produz uma situação-problema pertencente ao cotidiano do aluno. Primeiramente, temos os seguintes dados: o primeiro deslocamento ∆S1 = 80 km com a velocidade v1 = 80 km/h; já o segundo deslocamento é de ∆S2 = 60 km com a velocidade média v1 = 120 km/h. Lembrando que a velocidade média é dada pela razão entre o deslocamento do móvel pelo intervalo de tempo correspondente. C 27 DESLOCAMENTO A A ESPAÇO TEMPO INTERVALO DE TEMPO POSIÇÃO INICIAL RAPIDEZ POSIÇÃO FINAL VELOCIDADE MÉDIA DIAGRAMA DE IDEIAS v = Uma vez que o tempo total é a soma dos dois tempos parciais, segue que: = t1 + t2 t = S1 + S2 = 80 ___ 80 + 60 ____ 120 = 1 + 0,5 t = 1,5 h. Alternativa C S t v1 v2 28 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME COMPETÊNCIAS: 1 e 6 HABILIDADES: 3 e 20 AULAS 5 E 6 1. MRU - MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME O conceito de velocidade média é muito importante, po- rém, é pouco preciso. Por isso, a partir de agora, iremos estudar alguns casos específicos de movimento. Movimentos retilíneos uniformes são todos os movi- mentos nos quais o vetor velocidade não se altera, ou seja, direção, sentido e intensidade não são alterados. Dessa forma, em um estudo unidimensional, o módulo da veloci- dade é constante, assim, em quaisquer instantes considera- dos a velocidade instantânea será equivalente à velocidade escalar média: v = vm = DS ___ Dt = constante i 0 Sendo assim, no movimento uniforme, o corpo percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais. VIVENCIANDO Assim como o conceito de velocidade média, a velocidade escalar média instantânea é aplicada em diversos casos, afinal quando queremos uma maior precisão ao descrever o movimento de um móvel a função velocidade instantâ- nea é muito mais reveladora. Um dos casos mais clássicos, de muito interesse, pois é aplicado em diversas situações, é aquele em que a velocidade é constante. A velocidade pode ser considerada constante em inúmeras situações, tal como a esteira de produção nas indústrias, um carro que viaja numa estrada por um longo período de tempo sem mudar sua velocidade etc. Física - Cinemática: MRU FONTE: YOUTUBE multimídia: vídeo MRU (Movimento Retilíneo Uniforme) - Mundo Física - ENEM FONTE: YOUTUBE multimídia: vídeo 29 1.1. Função horária Como visto anteriormente, a função horária de um movi- mento é a expressão matemática que fornece a posição para um determinado instante de tempo t. A velocidade escalar instantânea, no movimento uniforme, é constante e coincide com a velocidade escalar média, qualquer que seja o intervalo de tempo. Portanto: vm = DS ___ Dt ä v = DS ___ Dt Fazendo DS = S – S0 e Dt = t – 0 = t, vem: v = DS ___ Dt ä v = S – S0 _____ t ä v · t = S – S0 S = S0 + v · t FUNÇÃO HORÁRIA DO MOVIMENTO UNIFORME Sistema Internacional S0 posição inicial metro (m) S posição final v velocidade escalar (constante e não nula) metro por segundo (m/s) t tempo segundo (s) Desse modo, o espaço S é composto por duas parcelas: o espaço inicial S0 e o espaço percorrido após o início da contagem do tempo, cujo valor é v · t. Adotamos, neste estudo, o instante inicial (t0 = 0) para que a função horária evidencie o comportamento do corpo como se o estudo do movimento se desse a partir daquele instante. Na expressão da função horária, S0 e v são constantes ao longo do tempo; a velocidade escalar do movimento é v; se o movimento é progressivo, v > 0, e se o movimento é retrógrado, v < 0, ou seja, quando v > 0, o movimento é a favor da orientação da trajetória, e quando v < 0, o movi- mento é contra a orientação da trajetória. CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS A função polinomial do primeiro grau com apenas uma variável independente e uma dependente chama-se função afim, definida como f de em dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a ≠ 0. Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante. Nesse caso, a função posição é dada em termo dos coeficientes a, que será a velocidade do móvel, e b, que será a posição inicial. Assim, teremos a posição S em função do tempo t. 30 A tabela ilustra alguns exemplos, sendo S em metros e t em segundos: S = S0 + vt S0 v progressivo/ retrógrado S = 50 + 20 t S0 = 50 m v = +20 m/s v > 0, progressivo S = 60 – 9 t S0 = 60 m v = –9 m/s v < 0, retrógrado S = –40t S0 = 0 v = –40 m/s v < 0, retrógrado S = 18 t S0 = 0 v = 18 m/s v > 0, progressivo Resumindo os conceitos de movimento uniforme: S = S0 + v · t, onde v = constante i 0 v = vm = DS ___ Dt Para qualquer tipo de trajetória, o MRU é definido por es- sas funções. Aplicação do conteúdo 1. (UC-GO) A figura mostra a posição de um móvel, em movimento uniforme, no instante t = 0. Sendo 5 m/s o módulo de sua velocidade escalar, pede-se: a) a função horária dos espaços; b) o instante em que o móvel pas- sa pela origem dos espaços. Resolução: a) A figura nos mostra que o móvel tem uma posição inicial de 30 m e movimenta-se no sentido contrário da trajetória, logo, a sua velocidade constante é –5 m/s (movimento retrógrado). Assim, a função horária do movimento será: S = S0 + v · t S = 30 + (–5)t S = 30 – 5t Resposta: A função horária é S = 30 – 5t. b) Para encontrar o instante em que o móvel passa pela origem dos espaços, basta igualar a posição final a 0. As- sim, temos: S = 30 – 5t 0 = 30 – 5t 5t = 30 t = 30 ___ 5 t = 6 s. Resposta: O tempo será de 6 segundos. 2. O espaço inicial de uma bicicleta que descreve um mo- vimento retilíneo e uniforme é –5 m. Nesse movimento, a bicicleta percorre a cada intervalo de tempo de 10 s uma distância de 50 m. Determine a função horária do espaço para esse movimento, e considere-o progressivo. Resolução: A bicicleta percorre 50 metros em 10 segundos, logo, a velocidade dela será: v = ∆S __ ∆t v = 50 ___ 10 v = 5 m/s A posição inicial da bicicleta é –5 m e sua velocidade cons- tante é de 5 m/s, logo, a função horária do movimento será: S = S0 + v · t S = –5 + 5t. 3. (Ufgrs) Um caminhoneiro parte de São Paulo com velo- cidade escalar constante de módulo igual a 74 km/h. No mesmo instante, parte outro de Camaquã, no Rio Grande do Sul, com velocidade escalar constante de 56 km/h. Em que cidade eles vão se encontrar? a) Camboriú b) Garopaba c) Laguna d) Araranguá e) Torres Resolução: O caminhão A tem posição inicial igual a 0 km, velocidade constante de 74 km/h e o sentido é o mesmo da trajetória. A função horária do movimento do caminhão A será: SA = S0, A + vA t SA = 0 + 74 t SA = 74 t O caminhão B tem posição inicial de 1.300 km e movimen- ta-se contra a trajetória, logo sua velocidade será de –56 km/h. A função horária do movimento do caminhão B será: SB = S0,B + vBt SB = 1300 + (–56)t SB = 1300 – 56 t. MRU - Esquema - Função - Tabelas - Gráficos FONTE: YOUTUBE multimídia: vídeo 31 No ponto de encontro, temos que as posições finais dos caminhões são iguais, logo: SA = SB 74 t = 1300 – 56 t 74 t + 56 t = 1300 130 t = 1300 t = 1300 ____ 130 t = 10 h Agora, basta aplicar o tempo igual a 10 horas em uma das duas funções horárias para encontrar a posição final. SA = 74 t SA = 74(10) SA = 740 km Os caminhões vão se encontrar na cidade de Garopaba. Alternativa B Galileu Galilei (1564-1642) foi um dos fundadores do pen- samento científico moderno baseado na experimentação, fazendo a transição da filosofia natural da antiguidade para a ciência moderna. Empregando a matemática às suas observações experimentais, Galileu deu importantes contribuições ao estudo do movimento uniforme, perce- bendo ser impossível distinguir entre dois objetos isolados, qual está parado ou qual está em movimento, formulou o princípio da relatividade galineana. Encontro – o encontro entre móveis significa que os mesmos passam pela mesma posição na trajetória ao mesmo tempo. Considere 2 móveis (1 e 2) em MRU com funções horárias de posição S1 = S01 + v1 t e S2 = S02 + v2 t de modo que eles se encontrem e, se você quiser descobrir o tempo de encontro é só igualar as duas funções e isolar o tempo. Se desejar encontrar a posição do encontro basta substituir esse tempo numa das funções. Aplicação do conteúdo 1. Dois móveis, 1 e 2, movem-se com movimento unifor- me e no mesmo sentido num certo trecho retilíneo. Suas velocidades escalares possuem intensidades respectiva- mente iguais a 20 m/s e 15 m/s. No tempo inicial zero, os móveis encontram-se nas posições indicadas abaixo. (m) 0 100 Determine: a) o instante do encontro; b) a posição do encontro. Resolução: a) Antes de iniciarmos a resolução, vamos escrever as fun- ções horárias da posição de cada móvel. Assim: S1 = S01 + v1 t e S2 = S02 + v2 t S1 = 0 + 20 t e S2 = 100 + 15 t Encontradas as funções horárias da posição, devemos igualar as mesmas para determinar o instante que 1 encontra 2. S1 = S2 0 + 20 t = 100 + 15 t 20 t – 15 t = 100 5 t = 100 t = 20 s b) Para encontrarmos a posição do encontro, basta substi- tuir o valor do tempo encontrado no item anterior em qual- quer uma das funções horárias. Assim: S1 = 0 + 20 · 20 S1 = 400 m Portanto, a posição do encontro fica a 400 m da origem. 2. Dois veículos movem-se em MRU, um de encontro ao outro. Suas velocidades escalares têm módulos 22 m/s e 18 m/s, respectivamente. No instante t = 0 os veículos ocupam as posições sinalizadas na figura que se segue. (m) 0 200 Determine: a) o instante do encontro; b) a posição do encontro. Resolução: A resolução deste exercício é similar ao anterior. a) Escreva as funções horárias da posição de A e B. SA = S0A + vA t e SB = S0B + vB t SA = 0 + 22 t e SB = 200 – 18 t Nesse exercício a velocidade de B é –18 porque o veículo move-se no sentido oposto ao da orientação da trajetória. Igualando as funções, temos: 32 0 + 22 t = 200 – 18 t 22 t + 18 t = 200 40 t = 200 t = 5 s b) Para determinarmos a posição em que ocorre o encontro, basta substituir o valor do tempo em uma das funções. Assim: SA = 0 + 22 · 5 SA = 110 m Temos que a posição do encon- tro é 110 m da origem. 1.2. Velocidade relativa Sejam duas partículas realizando movimentos uniformes, em relação a um referencial qualquer, em uma mesma trajetória ou em trajetórias paralelas. A velocidade relativa das duas par- tículas pode ser calculada escolhendo uma das partículas como um novo referencial. Como os módulos de suas velocidades são constantes em função do tempo, o módulo da velocidade relativa é dado por: vREL = DSREL ____ Dt Onde: vREL é a velocidade relativa de um cor- po em relação a outro; Dt é ointervalo de tempo; e DSREL é a distância relativa entre os corpos. Dado que o movimento das partículas é realizado na mes- ma trajetória ou em trajetórias paralelas, as partículas po- dem se mover no mesmo sentido ou em sentidos opostos, como ilustrado na figura abaixo. VA VB Vrelativa = | VB | – | VA | ; VB > VA VA VB Vrelativa = | VB | + | VA | 1.2.1. As velocidades têm a mesma direção e mesmo sentido Em casos de aproximação, como de afastamento, o mó- dulo da velocidade relativa entre as partículas é dada pela diferença entre os módulos das suas velocidades. vREL = |vMAIOR| – |vMENOR| As velocidades têm a mesma direção e sentidos contrários Em casos de aproximação, como de afastamento, o mó- dulo da velocidade relativa entre as partículas é dada pela soma dos módulos das suas velocidades. vREL = |vMAIOR| + |vMENOR| Aplicação do conteúdo 1. Três móveis, A, B e C, encontram-se numa trajetória retilínea descrevendo movimentos uniformes, de acor- do com a figura a seguir: Determine: a) a velocidade de A em relação a B; b) a velocidade de B em relação a C; c) a velocidade de C em relação a A. Resolução: a) O móvel A está na mesma direção e sentido que o corpo B, logo a velocidade relativa será: vAB = |vA| – |vB| vAB = |5| – |8| vAB = –3 m/s. Temos que o móvel A nunca irá encontrar o móvel B, pois a sua velocidade relativa é de afastamento (vAB < 0). b) O móvel B está na mesma direção porém em um sentido contrário do corpo C, logo a velocidade relativa será: vBC = |vB| + |vC| vBC = |8| + |–4| vBC = 8 + 4 vBC = 12 m/s. Temos que o móvel B irá encontrar o corpo C, pois a sua velocidade relativa é de aproximação (vBC > 0). c) O móvel C está na mesma direção, porém em um sentido
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