Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Valdir Barbosa da Silva Júnior Welington Mrad Joaquim Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo Robson Humberto Rosa Física, volume 1 Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central Uniube F539 Física, volume 1 / Valdir Barbosa da Silva Júnior ... [et al.]. – Uberaba : Universidade de Uberaba, 2018. 192 p. : il. Programa de Educação a Distância – Universidade de Uberaba. Inclui bibliografia ISBN 978-85-7777-777-8 1. Física. 2. Mecânica. 3. Cinemática. I. Silva Júnior, Valdir Barbosa da. II. Universidade de Uberaba. Programa de Educação a Distância. III. Título. CDD 530 © 2018 by Universidade de Uberaba Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Universidade de Uberaba. Universidade de Uberaba Reitor Marcelo Palmério Pró-Reitor de Educação a Distância Fernando César Marra e Silva Coordenação de Graduação a Distância Sílvia Denise dos Santos Bisinotto Editoração e Arte Produção de Materiais Didáticos-Uniube Projeto da capa Agência Experimental Portfólio Edição Universidade de Uberaba Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário Sobre os autores Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo Doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (Uni- camp); mestrado em Engenharia Civil pela mesma instituição; graduado em Engenharia Civil pela Universidade de Uberaba (Uniube). Professor adjunto do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Robson Humberto Rosa Graduado em Física pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Professor de Física no ensino superior da Faculdade Talentos Humanos, nos cursos de Engenharia. Valdir Barbosa da Silva Júnior Especialista em ensino de Física e em docência do ensino superior pela Univer- sidade do Oeste Paulista. Licenciado em Ciências Físicas. Docente no ensino médio, desde 1995, em escola da rede privada. Docente nos cursos de gradua- ção em Engenharia e Tecnologia em Produção Sucroalcooleira, da Universidade de Uberaba (Uniube). Welington Mrad Joaquim Graduado e licenciado em Física pela Fundação Educacional de Barretos. Es- pecialista em Ensino de Física pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Professor do curso de Gestão em Agronegócios da Universidade de Uberaba (Uniube). Professor do Colégio Nossa Senhora das Dores, do Colégio Nossa Senhora das Graças e do curso de Engenharia Civil do Centro de Ensino Su- perior de Uberaba (Cesube). Sumário Apresentação ................................................................................................. XI Capítulo 1 Introdução ao estudo da mecânica ...............................................1 1.1 A física e suas divisões ............................................................................... 3 1.2 Grandeza física e principais unidades de medida .................................................4 1.2.1 Notação científica ............................................................................... 8 1.3 Cinemática ................................................................................................................10 1.3.1 Movimento e repouso .........................................................................................10 1.3.2 Partícula (ponto material) ...................................................................................11 1.3.3 Posição e deslocamento ....................................................................................11 1.3.4 Velocidade média e velocidade escalar média ..................................................12 1.3.5 Velocidade instantânea ......................................................................................13 1.4 Aceleração instantânea e aceleração média ............................................................15 1.4.1 Classificação dos movimentos ...........................................................................16 1.4.2 Movimento com aceleração constante ...............................................................19 1.5 Movimento na vertical ...............................................................................................22 1.6 Introdução ao estudo dos vetores ............................................................................24 1.6.1 As grandezas físicas .........................................................................................25 1.6.2 Componentes de vetor .......................................................................................25 1.6.3 Vetor velocidade e vetor aceleração ..................................................................26 1.7 Lançamento horizontal .............................................................................................29 1.8 Lançamento oblíquo .................................................................................................31 1.9 Movimento circular uniforme (MCU) .........................................................................33 Capítulo 2 Princípios da dinâmica e estática dos pontos materiais ..........45 2.1 Força e energia .........................................................................................................46 2.2 Introdução ao estudo da dinâmica ............................................................................47 VI UNIUBE 2.2.1 Força resultante ................................................................................................49 2.2.2 Equilíbrio ............................................................................................................50 2.3 As leis de Newton .....................................................................................................50 2.3.1 Primeira lei de Newton .......................................................................................50 2.3.2 Segunda lei de Newton ......................................................................................52 2.3.3 Terceira lei de Newton ........................................................................................52 2.4 Força peso ( P ) ........................................................................................................55 2.5 Força normal ( N ) ....................................................................................................57 2.6 Força de tração (T ) .................................................................................................58 2.7 Força elástica ( eF ) ...................................................................................................58 2.8 Força de atrito ( atF ) .................................................................................................60 2.9 Estática dos pontos materiais .............................................................................64 2.10 Forças no plano ........................................................................................................65 2.10.1 Lei do paralelogramo ........................................................................................65 2.10.2 Componentes cartesianas de uma força ..........................................................68 2.11 Equilíbrio de um ponto material ................................................................................71 2.11.1 Forças no espaço .............................................................................................74 2.12 Equilíbrio de um ponto material no espaço ..............................................................80Capítulo 3 Trabalho e energia .......................................................................89 3.1 Trabalho de uma força ..............................................................................................90 3.2 Movimento em uma dimensão com força variável ...................................................92 3.3 Trabalho da força elástica .........................................................................................93 3.4 Potência ....................................................................................................................94 3.5 A energia no cotidiano ..............................................................................................96 3.5.1 Energia solar ......................................................................................................98 3.5.2 Energia nuclear ...............................................................................................99 3.5.3 Energia eólica ...................................................................................................101 3.5.4 Energia mecânica ............................................................................................102 3.6 Princípio da conservação da energia .....................................................................103 3.7 Energia cinética ......................................................................................................104 3.8 Teorema da energia cinética ...................................................................................106 3.8.1 Trabalho de uma força constante .....................................................................106 3.9 Energia potencial ...................................................................................................110 UNIUBE VII 3.9.1 Energia potencial gravitacional ........................................................................110 3.9.2 Energia potencial elástica ................................................................................112 Capítulo 4 Sistemas de partículas, torque e movimento rotacional ..........123 4.1 Sistema de partículas .............................................................................................124 4.2 Centro de massa e centro de gravidade .................................................................125 4.3 Posição do centro de massa de um sistema de partículas ....................................128 4.3.1 Sistema de partículas com uma dimensão ......................................................128 4.3.2 Sistema de partículas com duas dimensões ....................................................129 4.4 A segunda lei de Newton para um sistema de partículas .......................................130 4.5 Momento linear e impulso .......................................................................................131 4.5.1 Momento linear ou quantidade de movimento de uma partícula ( p ) ..............131 4.5.2 Impulso .............................................................................................................132 4.5.3 Teorema do impulso .........................................................................................133 4.6 Colisões ..................................................................................................................136 4.7 Momento e energia cinética em colisões ................................................................137 4.8 Conservação da quantidade de movimento ...........................................................139 4.8.1 Coeficiente de restituição .................................................................................139 4.8.2 Velocidade relativa ...........................................................................................140 4.9 Movimento rotacional ..............................................................................................141 4.9.1 Posição angular ................................................................................................141 4.9.2 Deslocamento angular .....................................................................................142 4.9.3 Velocidade angular ...........................................................................................143 4.9.4 Aceleração angular ...........................................................................................143 4.9.5 Relação entre velocidade linear e angular .......................................................144 4.9.6 Energia cinética de rotação ..............................................................................145 4.10 Momento de inércia ................................................................................................146 4.10.1 Energia cinética de rotação ............................................................................147 4.11 Torque ( ) .................................................................................................................147 4.12 Momento angular.....................................................................................................148 4.12.1 Conservação do momento angular ................................................................150 Referencial de respostas ............................................................................153 Apresentação A Física é, talvez, entre as ciências exatas, a que mais faz parte da vida do homem. Com o desenvolvimento tecnológico recente, a física objetiva descrever como ocor- rem os fenômenos naturais, com hipóteses, teses, experimentos e teorias. Assim, podemos descrevê-la como o ramo da ciência que, juntamente com a matemática, a biologia e a química, procura explicar os fenômenos que ocorrem na natureza pela experimentação e elaboração de conceitos e teorias. Na física, portanto, analisam-se os movimentos dos corpos, as trocas de energia entre sistemas, a propagação da luz e muitos outros fenômenos. A física moderna é relativamente lembrada quando falamos de mecânica quân- tica e a teoria da relatividade, assim como as novas descobertas do dia a dia, pois são teorias surgidas no começo do século XX. Representada por Max Planck e Einstein, a mecânica quântica teve sua ascensão quando resolvido o problema da radiação do corpo negro. Já Maxwell, comprovou a teoria clássica do eletromagnetismo. A física clássica, estudada nos cursos de ensino médio e nos anos iniciais dos cursos superiores, costuma ser dividida em cinco grandes grupos: a mecânica; a termodinâmica; a óptica; a ondulatória e a eletricidade. Nela, são citados gran- des nomes de pesquisadores, como Johannes Kepler, que formulou as três leis da mecânica celeste; Christiaan Huygens, descobridor dos anéis de Saturno; e Simon Stevin, que desenvolveu grandes teorias na estática e hidrostática. Te- mos, ainda, Galileu Galilei, considerado o pai da física por inúmeras definições e conceitos, e Isaac Newton, o cientista inglês mais conhecido como físico e matemático. Este livro faz parte da nossa coleção de física, que compreende a mecânica. A elaboração dos livros desta coleção teve por meta oferecer a você um ins- trumento de trabalho simples, dinâmico e adaptado à realidade do ensino em nosso país. X UNIUBE No primeiro capítulo, é abordada a cinemática, buscando-se o entendimento dos movimentos relacionados ao ponto material, estudo que é reforçado com uma série de exercícios. Tendo você compreendido os conceitos abordados no Capítulo 1, a sequência de estudos se tornará mais fácil e prazerosa no Capítulo 2, uma vez que, agora, é abordado o movimento dos corpos e as causas que os relacionam. Antes não nos preocupávamos com o que fazia o corpo se movimentar, somente nos interessava o seu movimento. O Capítulo 3 trata da energia, que é um dos conceitos essenciais da física e pode ser encontrado em todas as suas disciplinas, assim como em outras, par- ticularmente na química. No quarto e último capítulo, são abordadosos sistemas de partículas, o torque e o movimento rotacional. Você, com certeza, já deve ter se perguntado a res- peito do motivo de a maçaneta da porta ser posta o mais distante possível da dobradiça e sobre como aplicar diversas forças em variadas direções mantendo o corpo em equilíbrio. Enfim, procuramos oferecer, no início de cada capítulo, uma sólida base teórica, para que você tenha uma visão geral do assunto. Esta é, com certeza, uma etapa muito importante do seu processo de aprendizagem, considerando não só o estudo da física como também o conjunto das disciplinas que correspondem ao estágio atual de sua jornada acadêmica. Valdir Barbosa da Silva Júnior / Welington Mrad Joaquim Introdução Desejamos que você inicie, com entusiasmo, mais um ciclo de sua formação acadêmica e profissional, e aprenda, nesse trajeto, a geren- ciar o seu tempo, dispondo -se a estar cada vez mais preparado para o aprendizado que deverá ser constante. Esse é um tempo para desenvolver novas habilidades, visando sua formação profissional. Pensando nisso, foi que elaboramos este livro, a fim de lhe possibilitar um ganho no que se refere à construção de conhecimentos de física. A física dentro das ciências exatas é a que mais faz parte da vida do homem. Ela está presente quando andamos, falamos, pegamos algum objeto. A gravidade, por sua vez, está presente na Terra e há inúmeras formas de representá -la. Durante o estudo da física, percebemos uma forte presença da mate- mática, mas não há limitação em termos de números e equações, pois a física engloba todo o universo, desde uma partícula que compõe um átomo até a imensidão do universo. Neste primeiro capítulo, iremos abordar, dentro da mecânica, a cinemá- tica, que se refere ao movimento dos corpos. Você terá a oportunidade de revisar vários conceitos da física, principalmente aqueles relaciona- dos à cinemática. Eles serão importantes para o entendimento de outros conteúdos da física que você estudará ao longo de seu curso. No decorrer do capítulo, estão propostas algumas atividades para que você possa praticar os conceitos trabalhados. Recomendamos a você Introdução ao estudo da mecânica Capítulo 1 2 UNIUBE que faça as atividades antes de conferir o referencial de respostas. É preciso que você desenvolva seu método de raciocinar a partir da re- solução que oferecemos para os exercícios. É com o objetivo de descobrir novidades e vencer desafios que iremos iniciar o estudo da física. Não temos a intenção de esgotar o assunto apresentado aqui, mas, sim, procurar motivá -lo para a construção de conhecimentos. Bons estudos! Objetivos Ao término dos estudos propostos neste capítulo, esperamos que você esteja apto(a) a: • utilizar as unidades de medidas das grandezas físicas, de acordo com o Sistema Internacional de Unidades; • identificar os algarismos mais significativos nos seus cálculos; • conhecer e identificar os princípios fundamentais da mecânica; • conceituar e calcular deslocamento, velocidade média instantâ- nea e aceleração média e instantânea; • descrever o movimento retilíneo em termos de velocidade média e instantânea; • solucionar problemas relacionados ao movimento retilíneo com aceleração constante, incluindo questões de queda livre. Esquema 1.1 A física e suas divisões 1.2 Grandeza física e principais unidades de medida 1.2.1 Notação científica 1.3 Cinemática 1.3.1 Movimento e repouso 1.3.2 Partícula (ponto material) 1.3.3 Posição e deslocamento 1.3. 4 Velocidade média e velocidade escalar média 1.3. 5 Velocidade instantânea 1.4 Aceleração instantânea e aceleração média 1.4.1 Classificação dos movimentos UNIUBE 3 1.4.2 Movimento com aceleração constante 1.4.2.1 Uma outra visão 1.5 Movimento na bertical 1.6 Introdução ao estudo dos vetores 1.6.1 As grandezas físicas 1.6.2 Componentes de vetor 1.6.3 Vetor velocidade e vetor aceleração 1.6.3.1 Vetor velocidade 1.6.3.2 Vetor aceleração 1.7 Lançamento horizontal 1.8 Lançamento oblíquo 1.9 Movimento circular uniforme (MCU) Resumo Atividades 1.1 A física e suas divisões A física assistida no nível superior não possui uma área de atuação específica, pois se pretende formar profissionais versáteis o suficiente para resolverem problemas atuais por meio de uma abordagem interdisciplinar. Mas o que é física? Física: é a ciência que estuda as leis naturais (do grego physikê), a fim de favorecer o homem em seu trabalho relativo às leis que regem os fenômenos da natureza. Mas o que é física? Física: é a ciência que estuda as leis naturais (do grego physikê), a fim de favorecer o homem em seu trabalho relativo às leis que regem os fenômenos da natureza. As leis ou os princípios físicos, frequentemente, são expressos por relações ma- temáticas entre grandezas físicas presentes em um determinado fenômeno. Ao abordarmos o estudo da física, precisamos antes, compreender suas divi- sões: • Mecânica: estuda os movimentos e está subdividida em cinemática, dinâmica, estática, gravitação e hidrostática. 4 UNIUBE • Termologia: estuda os fenômenos térmicos e está subdividida em termome- tria, calorimetria, termodinâmica, estudo dos gases e estudo das dilatações térmicas. • Óptica: estuda os fenômenos luminosos, sendo subdividida em óptica geo- métrica e óptica física. • Ondulatória: estuda os fenômenos envolvendo as ondas. • Eletricidade: estuda os fenômenos elétricos, sendo dividida em eletrostática, eletrodinâmica e eletromagnetismo. • Física moderna: estuda um conjunto de teorias, principiando a mecânica quântica e a teoria da relatividade, bem como todas as teorias posteriores. 1.2 Grandeza física e principais unidades de medida Na física, uma grandeza ou quantidade é o conceito que descreve qualitativa e quantitativamente as relações entre as propriedades observadas no estudo da natureza (no seu sentido mais amplo), daí sua importância nesta parte inicial do nosso estudo. Uma grandeza descreve qualitativamente um conceito porque para cada noção diferente pode haver (pelo menos em princípio) uma grandeza diferente e vice- -versa. Podemos classificar as grandezas da seguinte forma: • Grandezas escalares: são completamente definidas quando são especificados o seu módulo e a sua unidade de medida, por exemplo: tempo, temperatura, área e volume. • Grandezas vetoriais: são aquelas que, para serem caracterizadas, necessitam de um número e uma unidade (valor algebraico), direção e sentido. • Grandezas fundamentais: são as grandezas ditas primitivas, de que não dependem de outras para serem definidas. Exemplos: massa, tempo, com- primento. • Grandezas derivadas: são definidas por relação entre as grandezas funda- mentais. Exemplos: velocidade, força, potência. UNIUBE 5 IMPORTANTE! Grandeza física: algo suscetível de ser comparado e medido. Como exemplo, temos: tempo, comprimento, massa etc. IMPORTANTE! Grandeza física: algo suscetível de ser comparado e medido. Como exemplo, temos: tempo, comprimento, massa etc. De acordo com o SI (Sistema Internacional), há sete unidades fundamentais, cada qual correspondendo a uma grandeza (Quadro 1): Quadro 1: Unidades fundamentais do Sistema Internacional (SI). Nome Símbolo Grandeza metro m Comprimento quilograma kg Massa segundo s Tempo ampére A Intensidade de corrente elétrica Kelvin K Temperatura Mol mol Quantidade de matéria Candela cd Intensidade luminosa SAIBA MAIS A variedade das unidades de determinada grandeza se deve às unidades de base. Com as relações específicas, temos, a partir das unidades de base, as unidades derivadas. SAIBA MAIS SAIBA MAIS A variedade das unidades de determinada grandeza se deve às unidades de base. Com as relações específicas, temos, a partir das unidades de base, as unidades derivadas. Por exemplo: a unidade de medida da velocidade é m/s, sendo esta uma unidade derivada do comprimento (m) por tempo (s). Veja a representação: /m m s s = sv t ∆ = = ∆ 6 UNIUBE A seguir, abordaremos algumas unidades bastanteutilizadas no nosso dia a dia. • Algumas unidades de comprimento 1 m = 100 cm = 1000 mm 1 km = 1000 m = 0,6214 mi (milhas) 1 cm = 0,3937 pol 1 mi = 5280 pés = 1,609 km • Algumas unidades de tempo 1 min = 60 s 1 h = 3600 s 1 dia = 24 h = 86400 s 1 ano = 365,24 dias = 3,156 . 107 s • Algumas unidades de massa 1 kg = 1000 g = 103 g 1 ton (tonelada) = 1000 g = 103 kg 1 libra = 453,59237 g • As principais unidades de velocidade 1 m/s = 3,281 pés/s 1 pé/s = 0,3048 m/s 1 mi/min = 60 mi/h 1 km/h = 0,6214 mi/h Sendo que no sistema internacional (SI), temos: m/s. UNIUBE 7 A unidade usual é km/h, portanto vale lembrar a observação, a seguir: 1000 11 36000 3,6 km m m h s s = = Deste modo, chegamos à seguinte conclusão: dividir por 3,6 multiplicar por 3,6 km/h m/s EXEMPLIFICANDO! 1 – Transformações de unidades: a) 3,45 min em segundos. Resolução: Separando a parte inteira da decimal, 3,45 min = 3min + 0,45 min, temos que: 0,45 min × 60 = 27 s Transformando 3 min em segundos: 3 minutos × 60 = 180 s 3,45 min = 27 + 180 = 207 s b) 250 g em kg. Resolução: 1 1000 250 250 0,25 1000 kg g x g x x kg ® ® = \ = 8 UNIUBE c) Quantas horas, minutos e segundos há em 17,52 h? Resolução: Separando -se a parte inteira da parte decimal, temos: 17,52 h = 17 h + 0,52 h; transformando 0,52 h em minutos: 0,52 × 60 min = 31,2 min; separando -se a parte inteira da parte decimal 31,2 min = 31 min + 0,2 min; transformando 0,2 min em segundos: 0,2 × 60 s = 12 s; 17 h 31 min 12 s = 17,52 h 1.2.1 Notação científica É todo número escrito na forma, em que n é um numero inteiro. PARADA PARA REFLEXÃO Trabalhar com números muito grandes ou muito pequenos nem sempre é tarefa das mais fáceis. A primeira tentativa conhecida de representar números demasiadamente extensos foi do matemático e filósofo grego Arquimedes, que foi descrito em sua obra O contador de areia, onde desenvolveu um método de representação numérica para estimar quantos grãos de areia existiam no universo. PARADA PARA REFLEXÃO Trabalhar com números muito grandes ou muito pequenos nem sempre é tarefa das mais fáceis. A primeira tentativa conhecida de representar números demasiadamente extensos foi do matemático e filósofo grego Arquimedes, que foi descrito em sua obra O contador de areia, onde desenvolveu um método de representação numérica para estimar quantos grãos de areia existiam no universo. Observe algumas exemplificações: São dados dois números: • um muito grande (300.000.000.000.000.000) = 3 × 1017 • um muito pequeno (0,000.000.000.000.015) = 1,5 × 10 -14 UNIUBE 9 A condição para colocarmos um número em notação científica é: 1 10a≤ < Logo, (300.000.000.000.000.000) = 3×1017 (0,000.000.000.000.015) = 1,5×10 -14 Podemos concluir que a notação científica é muito útil na representação de números pequenos ou muito grandes. EXEMPLIFICANDO! 2 – Escreva os números seguintes em notação científica: a) 876.000.000 b) 0,000.051 Agora, acompanhe nossa resolução. a) Para escrever em notação científica, a vírgula é colocada entre os algarismos 8 e 7, resultando 8 casas decimais: 876.000.000 = 8,76×10n → 8,76×108 b) A vírgula é grafada entre 5 e 1, deslocando se, então, 5 casas para a direita: 0,000.051 = 5,1×10n → 5,1×10 -5 Agora, realize a atividade, a seguir, tendo como base os exemplos anteriores: AGORA É A SUA VEZ 1. Escreva em notação científica os seguintes números: a) 876.000 b) 0,000.51 c) 122,5.108 d) 0,000.000.4.10 –8 2. Quantas horas, minutos e segundos há em 21,86 h? AGORA É A SUA VEZ 1. Escreva em notação científica os seguintes números: a) 876.000 b) 0,000.51 c) 122,5.108 d) 0,000.000.4.10 –8 2. Quantas horas, minutos e segundos há em 21,86 h? 10 UNIUBE 1.3 Cinemática Você sabe o que significa cinemática?Você sabe o que significa cinemática? Cinemática é o ramo da física que procura descrever os movimentos. Neste sentido, são enfocados o estudo da posição, do deslocamento, do espaço percorrido, da velocidade e da aceleração dos corpos. Passemos, então, ao estudo desse ramo da física. 1.3.1 Movimento e repouso O estado de movimento de um corpo define-se como aquele em que o corpo altera a sua posição, relativamente, a um referencial, ao longo do tempo. Um corpo está em repouso quando a sua posição, relativamente a um referencial, permanece inalterado ao longo do tempo. O estado de movimento ou de repouso depende do referencial que é usado, sendo por isso um estudo relativo. Um corpo pode estar em repouso, relativa- mente a um referencial e, ao mesmo tempo, em movimento, relativamente a outro referencial. Um dos exemplos mais comuns é utilizarmos diferentes referenciais em um ônibus em movimento, com vários passageiros em seu interior. Se utilizarmos como referencial do movimento o condutor do ônibus, responda: 1º caso Todos os passageiros que vão sentados no interior do ônibus estão em repouso ou movimento, relativamente a ele? 2º caso Se utilizarmos como referencial uma pessoa parada na calçada, todos os pas- sageiros estão em repouso ou em movimento relativamente a essa pessoa? UNIUBE 11 Observe que o referencial é importantíssimo para respondermos a essas questões. Respondendo: 1º caso Todos os passageiros estão em repouso. 2º caso Todos os passageiros estão em movimento. 1.3.2 Partícula (ponto material) Uma partícula é tratada como um ponto, um objeto sem dimensões, de tal ma- neira que rotações e vibrações não estarão envolvidas em seu movimento. PARADA PARA REFLEXÃO Imagine só! Uma formiga é, certamente, um ponto material? Bom, apesar do seu tamanho (bem pequeno), teremos lugares e corpos os quais farão com que a formiga não seja considerada um ponto material. Então, vale ressaltar que depende do lugar e dos objetos que estão ao redor. PARADA PARA REFLEXÃO Imagine só! Uma formiga é, certamente, um ponto material? Bom, apesar do seu tamanho (bem pequeno), teremos lugares e corpos os quais farão com que a formiga não seja considerada um ponto material. Então, vale ressaltar que depende do lugar e dos objetos que estão ao redor. Em resumo, vamos tratar como pontos materiais (ou partículas) os corpos que tenham apenas movimento de translação, sendo o caso mais simples a situação em que estes apresentam movimento retilíneo. 1.3.3 Posição e deslocamento A localização de uma partícula é fundamental para a análise do seu movimento. O seu movimento é completamente conhecido se a sua posição no espaço é conhecida em todos os instantes. Vamos considerar que esse movimento é composto de uma trajetória retilínea que tem como posição inicial o ponto P, com coordenada x0, no instante t0 e posição final com coordenada x, no instante t. 12 UNIUBE O deslocamento x∆ é uma medida da diferença entre as posições: final x e inicial x0. Veja o esquema, a seguir, que ilustra bem o que definimos aqui: Temos que: 0x = x - x∆ Desse modo, podemos dizer que: • posição é o valor algébrico que um corpo pode adquirir ao longo de uma trajetória; • as mudanças de posição de um móvel, sobre uma trajetória, podem ser ex- pressas numericamente pelo deslocamento escalar. 1.3.4 Velocidade média e velocidade escalar média IMPORTANTE! A velocidade média é uma grandeza física associada à “rapidez” de uma partícula. IMPORTANTE! A velocidade média é uma grandeza física associada à “rapidez” de uma partícula. A velocidade de uma partícula, no geral, é a razão segundo a qual a sua posição varia com o tempo. Podemos analisar um movimento de diversas maneiras, dependendo da sofisticação dos nossos instrumentos de medida. A velocidade escalar média é definida como a razão entre a distância percorrida (comprimento do “caminho descrito pelo móvel em seu movimento”) e o tempo gasto no percurso: UNIUBE 13 Se uma viagem entre duas cidades A e B distantes 120 km uma da outra durou 1,5 h, nós dizemos que o percurso foi vencido com uma velocidade escalar mé- dia de 80 km/h. Na vida cotidiana, essa informaçãoé suficiente para descrever uma viagem. Já a velocidade média, por sua vez, é definida como a razão entre o desloca- mento e o tempo necessário para esse evento: Considerações importantes: • a velocidade escalar é sempre positiva; é o módulo da velocidade sem qual- quer indicação de direção e sentido; • a velocidade média representa o que aconteceu entre o início e o fim de uma viagem; • quando o valor da velocidade média for positivo, o movimento é classificado como progressivo e o móvel caminha a favor da trajetória; • quando o valor da velocidade média for negativo, o movimento é classificado como retrógrado e o móvel caminha contra a trajetória. 1.3.5 Velocidade instantânea Na figura a seguir, podemos observar que à medida que o intervalo de tempo t∆ diminui, o ponto P2 se aproxima do ponto P1. Quando 0t∆ → , o ponto P2 tende ao ponto P1, a reta que os une passa a coincidir com a própria tangente (à curva no ponto P1), ou seja, a reta V = tangα . Assim, a velocidade instantânea em um dado ponto no gráfico espaço versus tempo é a tangente à curva neste ponto específico. 14 UNIUBE Figura 1: Velocidade instantânea. A velocidade instantânea “v” nos dá informações sobre o que está acontecendo em um dado momento. Ela é definida como: lim 0t x dx t dtV D ® D = D= Conforme vimos, a velocidade média representa o que aconteceu entre o início e o fim de uma viagem. Já a velocidade instantânea, em um dado momento, representa o que aconteceu naquele momento. Relacionando as velocidades instantâneas de cada um dos momentos, temos uma informação completa de como variou a velocidade ao longo de toda a viagem. No movimento retilíneo e uniforme, a partícula se move com velocidade cons- tante. A sua característica é que a velocidade, em qualquer instante, é igual à velocidade média. Portanto, a equação que define este tipo de movimento é: X V t= × No movimento uniforme, o móvel percorre, para intervalos de tempos iguais, espaços também iguais. Quando este movimento for, também, retilíneo podemos verificar que não existirá aceleração. Uma vez retilíneo, não existirá aceleração de forma alguma. UNIUBE 15 EXEMPLIFICANDO! 3 – Normalmente, você gasta 10 min, de carro, para percorrer 5 mi até a faculdade em uma pista retilínea. Você sai de casa 15 min antes de as aulas começarem. Em um determinado dia, um semáforo quebrado causa-lhe um atraso, diminuindo o fluxo do tráfego para 20 mph nas primeiras 2 mi do trajeto. Nessas condições, você se atrasaria para as aulas? Vamos resolver juntos! 2 3T mi miT T T∆ = ∆ + ∆ Utilizando .x Vm T∆ = ∆ , temos: 2 3 2 0,1 6min 20 / 3 5 0,5 / min 10min mi méd mi méd usual total usual usual X miT h V mi h X miT V V X miV mi t ∆ ∆ = = = = ∆ ∆ = = ∆ = = = ∆ Para 3miT∆ , vem que: 3 3 6min 0,5 / minmi miT mi ∆ = = 0 2 3 min12T mi miT T T∆ = ∆ +∆ += Conclusão: com o atraso, o percurso requer 12 min, e não apenas 10 min usuais. Uma vez que você, preventivamente, reservou 15 min para o trajeto, não chegará atrasado para as aulas. EXEMPLIFICANDO! 3 – Normalmente, você gasta 10 min, de carro, para percorrer 5 mi até a faculdade em uma pista retilínea. Você sai de casa 15 min antes de as aulas começarem. Em um determinado dia, um semáforo quebrado causa-lhe um atraso, diminuindo o fluxo do tráfego para 20 mph nas primeiras 2 mi do trajeto. Nessas condições, você se atrasaria para as aulas? Vamos resolver juntos! 2 3T mi mi2 3T mi mi2 3T T T2 3T T T2 32 3T mi mi2 3T T T2 3T mi mi2 3∆ = ∆ + ∆T T T∆ = ∆ + ∆T T T2 3T T T2 3∆ = ∆ + ∆2 3T T T2 3T mi miT T TT mi mi∆ = ∆ + ∆T mi miT T TT mi mi2 3T mi mi2 3T T T2 3T mi mi2 3∆ = ∆ + ∆2 3T mi mi2 3T T T2 3T mi mi2 3 Utilizando x Vm T.x Vm T.∆ = ∆x Vm T∆ = ∆x Vm T.x Vm T.∆ = ∆.x Vm T. , temos: 2 3 2 0,1 6min 3 5 0,5 / min 10min mi méd mi méd usual total usual usual X mi2X mi2T h2T h2 0,1 6minT h0,1 6minmiT hmi X miT hX mi2X mi2T h2X mi2 V mi h20 /V mi h20 /médV mi hméd X mi3X mi3 V Vméd usualV Vméd usual X totalX total miV mi5V mi5 0,5 / minV mi0,5 / mintotalV mitotalusualV miusual miV mimi tusualtusual ∆X mi∆X miT h∆T hX miT hX mi∆X miT hX mi∆ = = = =0,1 6min∆ = = = =0,1 6minT h∆ = = = =T hT h∆ = = = =T hT h∆ = = = =T h2T h2∆ = = = =2T h2 0,1 6minT h0,1 6min∆ = = = =0,1 6minT h0,1 6minmiT hmi∆ = = = =miT hmi X miT hX mi∆ = = = =X miT hX mi2X mi2T h2X mi2∆ = = = =2X mi2T h2X mi2T h∆T h∆ = = = =T h∆T hX miT hX mi∆X miT hX mi∆ = = = =X miT hX mi∆X miT hX mi ∆X mi∆X mi ∆ = =∆ = =3∆ = =3mi∆ = =mi X mi ∆ = = X miT∆ = =T3T3∆ = =3T3 ∆ ∆ = = ∆X mi∆X mi ∆ = = X mi∆X mi ∆X∆X V mi= = =V miV mi= = =V miV mi= = =V mi ∆ Para 3miT3T3∆ , vem que: 3 3 6min 0,5 / minmi mi 0,5 / minmi0,5 / min ∆ = =∆ = =3∆ = =3 3 ∆ = = 3 mi∆ = =mi mi ∆ = = miT∆ = =T3T3∆ = =3T3 0 2 3 min120 2 3 min120 2 3 minT mi mi0 2 3 minT mi mi0 2 3 min∆ = ∆ +∆ +=0 2 3 min∆ = ∆ +∆ +=0 2 3 min0 2 3 minT mi mi0 2 3 min∆ = ∆ +∆ +=0 2 3 minT mi mi0 2 3 minT T T∆ = ∆ +∆ +=T T T0 2 3 minT T T0 2 3 min∆ = ∆ +∆ +=0 2 3 minT T T0 2 3 minT mi miT T TT mi mi∆ = ∆ +∆ +=T mi miT T TT mi mi0 2 3 minT mi mi0 2 3 minT T T0 2 3 minT mi mi0 2 3 min∆ = ∆ +∆ +=0 2 3 minT mi mi0 2 3 minT T T0 2 3 minT mi mi0 2 3 min Conclusão: com o atraso, o percurso requer 12 min, e não apenas 10 min usuais. Uma vez que você, preventivamente, reservou 15 min para o trajeto, não chegará atrasado para as aulas. 1.4 Aceleração instantânea e aceleração média A aceleração descreve uma taxa de variação da velocidade com o tempo. A aceleração é uma grandeza vetorial. No movimento retilíneo, seu único compo- nente diferente de zero está sobre o eixo ao longo do qual o movimento ocorre. Em um movimento retilíneo, pode referir -se tanto ao aumento quanto à redução da velocidade. 16 UNIUBE Assim, a aceleração é a derivada em relação ao tempo dv dt . Uma vez que a velocidade é a derivada da posição x em relação a t. A aceleração é a segunda derivada de x relativamente a t, isto é, 2 2 dv d(dx/dt) d xa = d dt dt dt = = 1.4.1 Classificação dos movimentos • Forma da trajetória → A trajetória pode ser retilínea ou curvilínea. • Sentido do movimento → De acordo com esse critério, o movimento pode ser progressivo ou retrógrado (quadro a seguir). Quadro 2: Sentido do movimento. Sentido do movimento Sinal da velocidade Tipo de movimento A favor da trajetória v > 0 Mov. Progressivo Contra a trajetória v < 0 Mov. Retrógrado • Variação de rapidez (módulo da velocidade). → |v| crescente – movimento acelerado – velocidade e aceleração têm o mesmo sentido (mesmo sinal). → |v| decrescente – movimento retardado – velocidade e aceleração têm sentidos contrários ( sinais diferentes ). → |v| constante – movimento uniforme – aceleração escalar sempre nula. Os critérios descritos são independentes. Assim, podem ser feitas quaisquer com- binações das possibilidades de um critério com as possibilidades de outro. UNIUBE 17 EXEMPLIFICANDO! 4 – Suponha que a velocidade Vx de um carro em qualquer instante t seja dada pela equação: Vx = 60 m/s + (0,50 m/s3) × t2 a) Ache a variação da velocidade média do carro do intervalo de tempo entre t1 = 1,0s e t2= 3,0s. b) Ache a aceleração média do carro nesse intervalo de tempo. c) Ache a aceleração instantânea do carro para t1 = 1,0s, considerando ∆t = 0,1s, ∆t = 0,01s, ∆t = 0,001s. Resolução: a) Para determinarmos essa letra, inicialmente achamos a velocidade em cada instante substituindo cada valor de t na equação. Para t 1= 1,0s: 3 2 1 60 / (0,5 / ) (1,0 ) 60,5 /xV m s m s s m s= + = Para 2 3,0t s= , 3 2 2 60 / (0,5 / ) (3,0 ) 64,5 /xV m s m s s m s= + = A variação da velocidade Vx∆ é dada por: 2 1V V V 64,5 / 60,5 / 4,0 /x x x m s m s m s∆ = − = − = b) A aceleração média durante esse intervalo de tempo é: 22 1 2 1 V V 4,0a 2,0 / t t 2,0 x x m m s − = = = − c) quando 2t=0,1s ,t 1,1s∆ = e nós encontramos: 2 2 2 1 2 V 60 (0,5)(1,1) 60,605 / V 60,605 60,50 0,105 / V 0,105a 1,05 / t 0,1 x x xx x m m s V V m s m s = + = ∆ = − = − = ∆ = = = ∆ 18 UNIUBEquando 2t=0,01s ,t 1,01s∆ = e nós encontramos: 2 2 2 1 2 V 60 (0,5)(1,01) 60,51005 / V 60,51005 60,50 0,01005 / V 0,01005a 0,1005 / t 0,1 x x xx x m m s V V m s m s = + = ∆ = − = − = ∆ = = = ∆ quando 2t=0,001s ,t 1,001s∆ = e nós encontramos: 2 2 2 1 2 V 60 (0,5)(1,001) 60,5010005 / V 60,5010005 60,50 0,0010005 / V 0,105a 0,010005 / t 0,1 x x xx x m m s V V m s m s = + = ∆ = − = − = ∆ = = = ∆ Para analisar a variação da velocidade durante certo intervalo de tempo t, nós defi- nimos a aceleração média deste intervalo como: 2 1 2 1 V V Va t t tm − ∆ = = − ∆ Quando queremos saber o valor da aceleração em cada instante do intervalo consi- derado, deveremos calcular a aceleração instantânea: lim 0a = t V dv t dtD ® D = D As unidades mais utilizadas de aceleração são: No SI Outras m/s Km/h2, km/s2 etc. 5 – No instante t = 10 s, a velocidade escalar de um móvel é v = 5 m/s e, no instante t = 16 s, a velocidade escalar é v = 23 m/s. Qual é a aceleração escalar média no intervalo dado? Resolvendo juntos! UNIUBE 19 22 1 2 1 V V V 23 5 18a a 3 / t t t 16 10 6m m m s− ∆ −= = = = ∴ = − ∆ − AGORA É A SUA VEZ 3. Ao meio-dia (t = 12 h), um móvel parte do repouso e, às 15 horas, atinge a veloci- dade 20 m/s. Qual é a aceleração escalar média do móvel, em km/h2, no intervalo referido? 4. A distância entre dois automóveis em um dado instante é de 450 km. Admita que eles se deslocam ao longo de uma mesma estrada, um ao encontro do outro, com movimentos uniformes de velocidades escalares de valores absolutos 60 km/h e 90 km/h. Determine ao fim de quanto tempo irá ocorrer o encontro e a distância que cada um percorre até esse instante. AGORA É A SUA VEZ 3. Ao meio-dia (t = 12 h), um móvel parte do repouso e, às 15 horas, atinge a veloci- dade 20 m/s. Qual é a aceleração escalar média do móvel, em km/h2, no intervalo referido? 4. A distância entre dois automóveis em um dado instante é de 450 km. Admita que eles se deslocam ao longo de uma mesma estrada, um ao encontro do outro, com movimentos uniformes de velocidades escalares de valores absolutos 60 km/h e 90 km/h. Determine ao fim de quanto tempo irá ocorrer o encontro e a distância que cada um percorre até esse instante. 1.4.2 Movimento com aceleração constante O movimento com aceleração constante é aquele no qual a aceleração se man- tém constante durante todo o percurso em trajetória retilínea. • Equação horária da posição: 2 0 0 2 ax x V t t− = + • Equação horária da velocidade: 0V V a t= + ⋅ Observação: podemos demonstrar uma outra equação chamada de equação de Torricelli, a única expressão independente do tempo. 2 2 0 2V V a x= + ⋅ ⋅∆ 1.4.2.1 Uma outra visão dva dv a dt dt = Þ = × 20 UNIUBE Fazendo a integral indefinida (ou antiderivada) de ambos os membros, teremos: dv a dt= ×ò ò , que é reduzida a: v a dt c= × +ò , em que c é uma constante de derivação. v a dt c at c= + = +ò Para calcularmos C, fazemos t = 0, o instante para o qual 0v v= : 0 ( )(0)v a c c= + = Como 0v c= , temos 0 0v at v v v at= + \ = + Para obter a equação horária, faz -se: dx v dt= × Fazendo a integral definida de ambos os membros, temos `x v dt c= × +ò em que c` é outra constante de integração. Como v é constante, não pode ser co- locado fora do sinal de integral. 0( ) `x v at dt c= + +ò Como v0 é constante, podemos escrever 0 `x v dt a t dt c= + +ò ò integrando vem: 21 ` 2o x v t at c= + + UNIUBE 21 EXEMPLIFICANDO! 6 – Um carro a 90 km/h é freado uniformemente com a aceleração escalar de 2,5 m/s2 (em módulo) até parar. Determine a distância percorrida do automóvel, desde o início da frenagem até parar. Dados: Velocidade inicial = 90 km/h; passando para m/s; 90÷3,6 = 25 m/s Velocidade final = 0 (repouso) Aceleração = –2,5 m/s 2 (a aceleração é negativa, pois no movimento retardado a velocidade e a aceleração têm sinais contrários) Resolução: 2 2 2 2 0 2 (0) (25) 2 ( 2,5) 0 = 625-5 x 5 x = 625 x = 125m V V a x x= + ⋅ ⋅∆ → = + ⋅ − ⋅∆ ⋅∆ ⋅∆ ∆ 7 – Uma partícula em movimento retilíneo uniformemente variado tem a seguinte equação para a sua posição, 38 27x t t= − + com x em metros e t em segundos. a) Encontre a função velocidade v (t). b) Encontre a função aceleração a(t) da partícula. c) Existe algum instante para o qual v = 0? Resolvendo juntos: a) Para obtermos a função velocidade v(t), diferenciamos a função posição x em relação ao tempo. dxV dt = Portanto, derivando a equação da posição, teremos a seguinte equação para a ve- locidade: 227 3V t= − + 22 UNIUBE b) Para obtermos a função aceleração a(t), diferenciamos a função velocidade obtida anteriormente v em relação ao tempo. a = dv dt Portanto, derivando a equação da velocidade, teremos a seguinte equação para a aceleração: a = 6t , com a em metros por segundo ao quadrado. c) Fazendo v(t)=0, resulta: 20 27 3 3 st t= − + ∴ = ± Assim, a velocidade é nula, tanto 3 segundos antes, como 3 segundos após a leitura zero do cronômetro. 1.5 Movimento na vertical Caso você arremesse um objeto para cima ou para baixo e consiga, de alguma maneira, eliminar os efeitos do ar sobre o seu voo, esse objeto ficaria com ace- leração constante chamada de aceleração de queda livre, ou aceleração da gravidade, representada por “g” (intensidade). Observações: • essa aceleração independe das características do objeto, tais como massa e forma, proposto por Galileu, que afirma que todos os corpos em um dado local caem com a mesma aceleração; • o valor de g varia ligeiramente com a latitude e com a elevação. Ao nível do mar, o valor é 9,8 m/s2, que é o que você deverá usar nos problemas deste capítulo; • as equações do movimento uniformemente variado também se aplicam à queda livre, quando o movimento ocorre na vertical tanto para cima quanto para baixo; • entretanto, preste atenção que, para a queda livre, as direções do movimento ocorrem na vertical (eixo y), em vez do eixo x. UNIUBE 23 x corresponde a y a corresponde g As três equações para o movimento de queda livre são a função horária da po- sição na queda livre, a função horária da velocidade na queda livre e a equação de Torricelli, na queda livre: 2 2 2 0 0 0 1 ; + g t ; = +2 a 2 y V t g t V V V V y∆ = + ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ ∆ SAIBA MAIS • Usa -se sinal positivo na aceleração, quando o módulo da velocidade está aumen- tando, e sinal negativo quando o módulo da velocidade está diminuindo. • Quando um corpo parte do repouso significa que a velocidade inicial vale zero. • Quando um corpo é lançado para cima, no ponto mais alto da trajetória, a in- tensidade da sua velocidade vale zero, (momento da inversão de sentido do movimento). SAIBA MAIS SAIBA MAIS • Usa -se sinal positivo na aceleração, quando o módulo da velocidade está aumen- tando, e sinal negativo quando o módulo da velocidade está diminuindo. • Quando um corpo parte do repouso significa que a velocidade inicial vale zero. • Quando um corpo é lançado para cima, no ponto mais alto da trajetória, a in- tensidade da sua velocidade vale zero, (momento da inversão de sentido do movimento). EXEMPLIFICANDO! 8 – Uma bolinha de tênis é lançada para cima com uma velocidade de 10 m/s. Des- prezando a resistência do ar e considerando o valor da intensidade da aceleração da gravidade igual a 9,8 m/s2, calcule: a) O instante em que a bolinha atinge a altura máxima. b) A altura máxima atingida pela bolinha. Dados: Velocidade inicial = 10 m/s Aceleração da gravidade = 9,8 m/s2 Na altura máxima, temos que v = 0 24 UNIUBE Solução: a) Cálculo do instante em que o objeto atinge a altura máxima. V = V0 – g t 0 = 10 – 9,8.t t = 1,02 s b) 2 2 0 2 2 2 0 10 2 9,8 5,10 V V g y y y m = − ∆ = − ⋅ ⋅∆ ∆ = AGORA É A SUA VEZ 5. Uma bola é lançada em linha reta para cima. Qual é a velocidade da bola no topo de sua trajetória? Qual é sua aceleração nesse ponto? A aceleração é constante e vale 9,8 m/s2. 6. Uma pedra é lançada para cimacom uma velocidade de 50 m/s, desprezando a resistência do ar e considerando o valor da intensidade da aceleração da gravidade igual a 9,8 m/s2, calcule: a) O instante em que a pedra atinge a altura máxima. b) A altura máxima atingida pela pedra. AGORA É A SUA VEZ 5. Uma bola é lançada em linha reta para cima. Qual é a velocidade da bola no topo de sua trajetória? Qual é sua aceleração nesse ponto? A aceleração é constante e vale 9,8 m/s2. 6. Uma pedra é lançada para cima com uma velocidade de 50 m/s, desprezando a resistência do ar e considerando o valor da intensidade da aceleração da gravidade igual a 9,8 m/s2, calcule: a) O instante em que a pedra atinge a altura máxima. b) A altura máxima atingida pela pedra. 1.6 Introdução ao estudo dos vetores Os vetores são usados para tratamento de conjuntos de dados que possuem as mesmas características. Uma das vantagens de se usar vetores é que o conjunto recebe um nome comum e os elementos deste conjunto são referenciados por meio de índices. Pelo nome vetor, estaremos referenciando estruturas que podem ter mais de uma dimensão, por exemplo, matrizes de duas dimensões. UNIUBE 25 1.6.1 As grandezas físicas Grandeza escalar: fica perfeitamente caracterizada pelo valor numérico e pela unidade de medida. Exemplos: volume, tempo, massa etc. Grandeza vetorial: necessita, para ser perfeitamente caracterizada, das ideias de direção e sentido, de valor numérico e de unidade de medida. Exemplo: deslocamento, velocidade, aceleração, força etc. O conjunto formado pelo valor numérico e pela unidade de medida é denominado intensidade ou módulo. IMPORTANTE! Vetor: ente matemático abstrato, determinado por um conjunto de segmentos orien- tados, caracterizando a sua direção, o seu sentido e a sua intensidade. IMPORTANTE! Vetor: ente matemático abstrato, determinado por um conjunto de segmentos orien- tados, caracterizando a sua direção, o seu sentido e a sua intensidade. Um vetor é representado graficamente por um segmento de reta orientado (ge- ralmente indicado por uma letra que lembra a grandeza vetorial em questão). 1.6.2 Componentes de vetor As componentes escalares (ax, ay) de qualquer vetor bidimensional ao longo dos eixos de um sistema de coordenadas (x, y) são encontradas traçando -se linhas perpendiculares da origem e da extremidade do vetor até o eixo corres- pondente. Figura 2: Componentes escalares. 26 UNIUBE Componente horizontal do vetor: acos a a cos a x xq q= Þ = × Componente vertical do vetor: a sen a a sen a y yq q= Þ = × O sinal algébrico de uma componente indica seu sentido ao longo do eixo asso- ciado. Dadas suas componentes, podemos encontrar o módulo e a orientação de a , com: 2 2a = a ax y+ 1.6.3 Vetor velocidade e vetor aceleração Ao estudarmos a cinemática dos movimentos retilíneos, vamos trabalhar com a velocidade e a aceleração apenas de forma numérica, isto é, levando -se em consideração apenas a sua intensidade. Como já foi dito anteriormente, o sinal da velocidade indica o sentido do movimento. Vamos ver agora, separadamente, cada um deles. 1.6.3.1 Vetor velocidade O vetor velocidade possui intensidade igual ao módulo da velocidade do objeto em um determinado instante. Esse valor pode ser determinado de diferentes formas, dependendo do movimento em questão. A sua direção e o seu sentido, porém, são sempre determinados da mesma forma. Imagine uma pedra presa a um barbante colocada em rotação. Se o barbante arrebenta em um certo ponto P, ver -se -á que a pedra segue a trajetória retilínea mostrada na Figura 3, ou seja, sempre tangente a cada ponto da trajetória. UNIUBE 27 módulo = igual ao módulo do vetor direção = tangente a cada ponto sentido = do movimento Figura 3: Representação da direção do vetor velocidade. Desta forma, se um patinador descreve determinada trajetória (Figura 4), o seu vetor velocidade nos pontos A, B e C, será: Figura 4: Representação do vetor velocidade em vários pontos. 1.6.3.2 Vetor aceleração É o vetor que indica uma variação do vetor velocidade, o qual, no entanto, como toda grandeza vetorial, possui módulo, direção e sentido. Para variar tais caracte- rísticas, o vetor aceleração é decomposto em dois outros vetores perpendiculares entre si, cada um representando um tipo específico de variação da velocidade. • Vetor aceleração tangencial (at): indica variação do módulo do vetor veloci- dade. • Vetor aceleração centrípeta (ac): indica variação da direção e sentido do vetor velocidade. a) Vetor aceleração tangencial (at) Indica uma variação do módulo ou intensidade do vetor velocidade. A sua direção, como o nome indica, é tangente à trajetória, do mesmo modo que o vetor velocidade. 28 UNIUBE O sentido do vetor aceleração tangencial pode ser: • O mesmo do vetor velocidade, se o movimento for acelerado (Figura 5). Figura 5: Representação da direção e do sentido do vetor aceleração tangencial no movimento acelerado. • Contrário ao do vetor velocidade, se o movimento for retardado (Figura 6). Figura 6: Representação da direção e do sentido do vetor aceleração tangencial em um movimento retardado. Como o vetor aceleração tangencial mostra uma variação no módulo do vetor velocidade, ele será nulo quando o movimento for uniforme, uma vez que, neste movimento, o módulo do vetor velocidade é constante. b) Vetor aceleração centrípeta (ac) Indica apenas uma variação da direção do vetor velocidade. A sua direção é perpendicular à direção do vetor velocidade e o sentido, como o nome indica, é em direção ao centro da curva da trajetória (Figura 7). UNIUBE 29 Figura 7: Representação da direção do vetor aceleração centrípeta. Como o vetor aceleração centrípeta indica uma mudança na direção do vetor velocidade, ele será nulo quando o movimento for retilíneo, uma vez que, neste movimento, a direção do vetor velocidade é constante. 2 c Va R = 1.7 Lançamento horizontal Quando um corpo é lançado horizontalmente, ele descreve em relação ao solo uma trajetória parabólica. É o caso de lançamento de um objeto a partir de uma mesa horizontal e até mesmo o lançamento de uma bomba por um avião em movimento horizontal. O movimento é complexo, mas pode ser decomposto em dois outros movimentos mais simples e que já foram estudados anteriormente: • o movimento retilíneo uniforme (na direção horizontal); • a queda livre (na vertical). Pode -se imaginar dois movimentos simultâneos: um no eixo x (horizontal) e outro no eixo y (vertical). Ao se tratar os movimentos independentemente, podemos aplicar as equações de cada um deles, com apenas uma variável em comum: o tempo. O tempo decorrido para que o corpo alcance o solo na vertical é o mesmo com que ele descreve o movimento na horizontal, isto é, o movimento horizontal não influi no tempo de queda do corpo. Tanto é verdade que dois corpos, um corpo 30 UNIUBE lançado horizontalmente e outro abandonado em queda livre, da mesma altura e ao mesmo tempo, atingem o solo no mesmo instante. No movimento horizontal, podemos usar a equação do MRU: X V t= × No movimento vertical, podemos usar as equações da queda livre de forma reduzida, estudadas anteriormente: 2 2; V= g t; V 2 2 ty g g yD = × × = D EXEMPLIFICANDO! 9 – Uma esfera rola com velocidade escalar constante de 10 m/s sobre uma mesa horizontal. Ao abandonar a mesa, ela fica sujeita à ação exclusiva da aceleração da gra- vidade ( g = 9,8 m/s2), atingindo o solo em um ponto situado a 5 m do pé da mesa. Determine: a) O tempo de queda. b) A altura da mesa em relação ao solo. Solução: a) Ao abandonar a mesa, a esfera apresenta, na direção horizontal, movimento com velocidade constante de 10 m/s. Assim: . 5 9,8. 0,51X v t t t s= ∴ = ∴ ≅ b) Simultaneamente ao movimento horizontal, a esfera cai de uma altura y em queda livre: 2 2. 9,8.(0,51) 1,27 2 2 g ty y y m= ∴ = ∴ = EXEMPLIFICANDO! 9 – Uma esfera rola com velocidade escalar constante de 10 m/s sobre uma mesa horizontal.Ao abandonar a mesa, ela fica sujeita à ação exclusiva da aceleração da gra- vidade ( g = 9,8 m/s2), atingindo o solo em um ponto situado a 5 m do pé da mesa. Determine: a) O tempo de queda. b) A altura da mesa em relação ao solo. Solução: a) Ao abandonar a mesa, a esfera apresenta, na direção horizontal, movimento com velocidade constante de 10 m/s. Assim: . 5 9,8. 0,51X v t t t s. 5 9,8. 0,51X v t t t s. 5 9,8. 0,51X v t t t s= ∴ = ∴ ≅X v t t t s. 5 9,8. 0,51X v t t t s. 5 9,8. 0,51= ∴ = ∴ ≅. 5 9,8. 0,51X v t t t s. 5 9,8. 0,51 b) Simultaneamente ao movimento horizontal, a esfera cai de uma altura y em queda livre: 2 2. 9,8.(0,51)2 2. 9,8.(0,51)2 2 1, 27 2 2 g t. 9,8.(0,51)g t. 9,8.(0,51)y y y m1,27y y y m1,27 2 2 y y y m 2 2 = ∴ = ∴ = . 9,8.(0,51) = ∴ = ∴ = . 9,8.(0,51)g t = ∴ = ∴ = g t. 9,8.(0,51)g t. 9,8.(0,51) = ∴ = ∴ = . 9,8.(0,51)g t. 9,8.(0,51)y y y m= ∴ = ∴ =y y y my y y m= ∴ = ∴ =y y y my y y m= ∴ = ∴ =y y y m. 9,8.(0,51)y y y m. 9,8.(0,51)= ∴ = ∴ =. 9,8.(0,51)y y y m. 9,8.(0,51)g ty y y mg t= ∴ = ∴ =g ty y y mg t. 9,8.(0,51)g t. 9,8.(0,51)y y y m. 9,8.(0,51)g t. 9,8.(0,51)= ∴ = ∴ =. 9,8.(0,51)g t. 9,8.(0,51)y y y m. 9,8.(0,51)g t. 9,8.(0,51) UNIUBE 31 1.8 Lançamento oblíquo O lançamento oblíquo acontece quando, a partir do solo, um corpo é lançado com uma velocidade inicial (V0), formando um ângulo (θ) com a horizontal (neste caso, representado pelo eixo x). É o caso do lançamento de uma bala de canhão (Figura 8) ou da bola em um “tiro de meta” cobrado por um jogador de futebol ou em um arremesso de bas- quete. Figura 8: Lançamento oblíquo. Assim como o lançamento horizontal, este movimento também pode ser decom- posto em dois outros movimentos mais simples, e que já foram estudados: • o movimento retilíneo uniforme (na direção horizontal); • o lançamento vertical. Um detalhe, no entanto, deve ser observado antes de se usar as equações destes movimentos. Como a velocidade inicial é inclinada em relação à horizontal, só se pode utilizar nas equações do movimento horizontal a componente horizontal da velocidade. Na vertical, o raciocínio é o mesmo. Então, para se utilizar as velocidades ini- ciais na horizontal e na vertical, deve -se efetuar o seu cálculo, com base nos conhecimentos de vetores: V0x=V0 cosθ 32 UNIUBE V0y=V0 senθ Com este cálculo efetuado, podemos utilizar as equações dos movimentos mencionados: • no eixo x, movimento horizontal – movimento retilíneo uniforme: X V t= × • no eixo y, movimento vertical – lançamento vertical: 0 2 0 0 2 2 0 . 1. . 2 2 . y y y Vy V g t y y V t g t Vy V g y = + − = + = + ∆ Observações: • para se determinar a distância alcançada pelo objeto (ou alcance), deve -se utilizar a equação do MRU, com um tempo igual a 2t, pois 2.t é o tempo de voo do objeto; • no ponto de altura máxima, apenas a componente vertical da velocidade é nula; • no ponto de altura máxima, a componente horizontal da velocidade tem módulo constante durante todo o movimento; • o alcance máximo é atingido quando o ângulo de lançamento é 45º. 2 0V sen 2A= g q× UNIUBE 33 AGORA É A SUA VEZ 7. Um corpo é atirado obliquamente em um lugar onde a resistência do ar pode ser desprezada, com velocidade inicial de 100 m/s, numa direção que forma com a ho- rizontal um ângulo θ, tal que sen θ = 0,8 e cos θ = 0,6. Adotando-se a aceleração da gravidade igual a 9,8 m/s2, determine: a) A intensidade das componentes horizontal e vertical da velocidade no instante de lançamento. b) O instante em que o corpo atinge o ponto mais alto da trajetória. c) A altura máxima atingida pelo corpo. AGORA É A SUA VEZ 7. Um corpo é atirado obliquamente em um lugar onde a resistência do ar pode ser desprezada, com velocidade inicial de 100 m/s, numa direção que forma com a ho- rizontal um ângulo θ, tal que sen θ= 0,8 e cos θ = 0,6. Adotando-se a aceleração da gravidade igual a 9,8 m/s2, determine: a) A intensidade das componentes horizontal e vertical da velocidade no instante de lançamento. b) O instante em que o corpo atinge o ponto mais alto da trajetória. c) A altura máxima atingida pelo corpo. 1.9 Movimento circular uniforme (MCU) Diz -se que um movimento é circular quando a sua trajetória é uma circunferência ou um arco de circunferência. Exemplos: vitrola, ponteiros de um relógio, hélice de um motor. Esse movimento é chamado de uniforme por causa da sua velocidade angular, que é sempre constante (Figura 9). Neste caso, a velocidade vetorial apresenta módulo constante, mas varia em direção e sentido. O movimento circular uniforme é periódico, isto é, repete -se em intervalos de tempos iguais. Este intervalo de tempo, é denominado período (T), e no caso do MCU, é o tempo gasto para o corpo em movimento completar uma volta, ou seja, retornar ao ponto de origem. Como exemplo, temos: rotação da Terra (1 ano), ponteiros das horas de um relógio (12 h), entre outros. A unidade de período no SI é o segundo (s). 34 UNIUBE Figura 9: Representação de um MCU�. IMPORTANTE! Todo movimento periódico acontece em determinado número de vezes em um dado intervalo de tempo. Temos a frequência º( )nf t = D . IMPORTANTE! Todo movimento periódico acontece em determinado número de vezes em um dado intervalo de tempo. Temos a frequência º( )( )n( )n( )f( )f( ) t ( )=( ) D ( ) D ( ). • A frequência tem como unidade no SI: (Hz) hertz. Podemos observar que (Hz) hertz é o mesmo que (R.P.S.) rotações por segundo, e se multiplicarmos por 60, iremos encontrar (R.P.M.) rotações por minuto. • A relação entre frequência e período é facilmente demonstrada por: 1f T = Uma vez que se trata de um movimento circular, são percorridos ângulos ao longo do tempo. A relação entre o ângulo percorrido e o tempo recebe o nome de velocidade angular, conforme equação: t q w D = D UNIUBE 35 Neste movimento, a velocidade angular é constante, uma vez que se trata de um movimento uniforme, isto é, são percorridos ângulos iguais em tempos iguais. A unidade de velocidade angular no SI é o radiano/segundo (rad/s), mas também pode ser utilizado o grau/segundo (º/s). Uma relação importante entre velocidade angular e distância pode ser facilmente deduzida: • Além de terem percorrido um ângulo, no decorrer do tempo, também é percor- rida uma determinada distância. A relação entre distância percorrida e tempo já foi estudada nos movimentos retilíneos. Aqui, ela vai receber o nome de velocidade linear ou tangencial (v), para ser distinta da velocidade angular. A relação é: V Rw= × Para uma volta completa, temos: 2 ; = 2 2üü§ü§ f T R V Rf T p w w p p p = = EXEMPLIFICANDO! 10 – Uma partícula descreve uma trajetória circular com velocidade escalar constante em intensidade. O raio do círculo é 15 cm e a partícula completa uma volta a cada 10 s. Calcule: a) O período e a frequência. b) A velocidade angular. c) A velocidade escalar. d) A intensidade da aceleração centrípeta. Vamos resolver juntos? a) O período é T = 10 s; tempo de uma volta. 36 UNIUBE 1 f 0,1 Hzf T = ∴ = b) A velocidade é dada por = 2 fw p =0,2 rad/sw p\ c) A velocidade linear é: V Rw= × 3 cm/sV p\ = d) A aceleração centrípeta tem intensidade: 2 2 ca 0,6 / V cm s R = = Resumo Devemos sempre nos lembrar de algumas definições: a) Referencial Qualquer corpo (ponto) tomado como referência, em relação ao qual verificare- mos o movimento de outros corpos. b) Tipos de movimento 1 – Movimento unidimensional: com apenas uma coordenada conseguimos localizar o objeto. Exemplo: um carro em uma rodovia. 2 – Movimento bidimensional: neste caso, necessitamos de duas coordenadas para obter a posição do objeto (móvel). Exemplo: a localização de uma pessoa em qualquer posição na superfície da Terra. 3 – Movimento tridimensional: é necessário o conhecimento de três coordenadas para localizar o objeto. Exemplo: um satélite em órbita da Terra. c) Repouso Um objeto está em repouso quando a sua posição não varia,no tempo, em relação a um referencial adotado. UNIUBE 37 d) Movimento Um objeto (móvel) está em movimento quando a sua posição varia, no tempo, em relação ao referencial adotado. e) Trajetória É a linha imaginária formada pelas sucessivas posições ocupadas pelo móvel. Exemplo: uma estrada sendo percorrida por um carro. f) Ponto material Um objeto é considerado um ponto material quando suas dimensões são con- sideradas desprezíveis em relação às outras grandezas envolvidas. Exemplo: o tamanho da Terra em relação à distância da Terra ao Sol. Em relação ao deslocamento, é importante lembrar: • o fato de o deslocamento ser positivo não significa que o movimento tenha sido sempre a favor da trajetória; • o deslocamento não é, genericamente, a distância percorrida. Isso só acon- tecerá quando o movimento for sempre no mesmo sentido e a favor da orien- tação da trajetória; • quando o deslocamento for nulo, isso não significa que necessariamente o corpo tenha ficado em repouso. O corpo pode ter se movido e retornado à posição inicial. g) Movimento uniforme A velocidade escalar é uma constante não nula. No movimento uniforme, é in- diferente falar em velocidade escalar média ou velocidade escalar instantânea, pois a velocidade escalar é constante. 38 UNIUBE IMPORTANTE! Um móvel em movimento uniforme (MU) apresenta deslocamentos iguais em inter- valos de tempo iguais. No estudo dos movimentos variados, tem particular importância o movimento va- riado uniformemente (MUV). Nesse tipo de movimento, também conhecido como movimento uniformemente variado, a velocidade varia de uma maneira regular. IMPORTANTE! Um móvel em movimento uniforme (MU) apresenta deslocamentos iguais em inter- valos de tempo iguais. No estudo dos movimentos variados, tem particular importância o movimento va- riado uniformemente (MUV). Nesse tipo de movimento, também conhecido como movimento uniformemente variado, a velocidade varia de uma maneira regular. h) Movimento uniformemente variado (MUV) No movimento uniformemente variado (MUV) têm -se, em intervalos de tempos iguais, variações de velocidades iguais. No vácuo, todos os corpos, soltos simultaneamente de uma mesma altura, che- gam ao solo ao mesmo tempo e com a mesma velocidade. Isso acontece sempre, quaisquer que sejam suas massas, formatos ou material de que sejam feitos. Em queda livre, a aceleração é constante e igual para todos os corpos. Próximo à superfície de nosso planeta, a Terra, a aceleração de queda livre possui uma intensidade de, aproximadamente, 9,8 m/s2, valor que normalmente é arredon- dado para 10 m/s2. O símbolo g representa a aceleração de queda livre em sua plenitude, ou seja, em módulo, direção e sentido. Por outro lado, o símbolo g se refere simplesmente à intensidade (módulo) da aceleração de queda livre. UNIUBE 39 Figura 10: Movimento uniformemente variado (MUV). A área compreendida pelo gráfico em um dado intervalo de tempo nos fornece o módulo do deslocamento escalar nesse intervalo. Além disso, como o movi- mento é sempre progressivo, o deslocamento escalar é positivo e coincide com a distância efetivamente percorrida. Em intervalos de tempo iguais e consecutivos, um móvel em queda livre percorre distâncias cada vez maiores, na proporção dos números ímpares consecutivos (1d, 3d, 5d, 7d, ...) i) Lançamento vertical 1. Para baixo A diferença entre a queda livre a partir do repouso e o lançamento vertical para baixo reside nas condições iniciais: a velocidade inicial não é nula (Figura 11). 40 UNIUBE Figura 11: Lançamento vertical para baixo. 2. Para cima Vejamos, agora, o movimento de um corpo lançado verticalmente para cima com uma velocidade inicial v0, no vácuo. À medida que o corpo sobe, sua ve- locidade diminui uniformemente até tornar -se nula, quando então tem início a descida. Assim, temos: na subida o movimento é uniformemente retardado (Figura 12), pois a velocidade e a aceleração têm sinais diferentes; na des- cida, o movimento é uniformemente acelerado (velocidade e aceleração de mesmo sinal). Figura 12: Lançamento vertical para cima. UNIUBE 41 j) Lançamento horizontal Movimento horizontal (direção Ox) – Se o corpo estivesse se deslocando com a velocidade inicial que lhe foi imprimida, mas sem a ação da gravidade, o movi- mento seria horizontal retilíneo e uniforme. Nesse movimento, em intervalos de tempo iguais, o corpo tem deslocamentos iguais (). O valor de depende da velocidade inicial que foi imprimida ao corpo e do intervalo de tempo uniforme que consideramos; Movimento vertical (direção Oy) – Nessa direção, o móvel está em queda livre, a partir do repouso. Em intervalos de tempo iguais, medidos a partir do instante em que ele começa a cair, os deslocamentos são proporcionais aos números ímpares: 1d, 3d, 5d, 7d, ... O valor de d depende de campo gravitacional do local e do intervalo de tempo uniforme. k) Lançamento oblíquo 2 2 2 x yV V V= + EM QUALQUER INSTANTE Figura 13: Lançamento oblíquo. • O estudo desse movimento é feito por meio da decomposição em duas dire- ções: horizontal e vertical (Figura 13). Movimento horizontal (direção Ox) – Nessa direção, o movimento é retilíneo e uniforme, pois o campo gravitacional é vertical, não influindo na componente vertical do movimento. Movimento vertical (direção Oy) – Nessa direção, o movimento é variado uniformemente. A componente vertical da velocidade diminui uniformemente até se tornar nula, o que acontece no ponto de altura máxima e, em seguida, aumenta uniformemente até a bola atingir o solo. 42 UNIUBE AGORA É A SUA VEZ No corpo do texto, você realizou algumas atividades e, na sequência, são apresen- tadas mais um grupo delas para que você tenha a oportunidade de desenvolver de forma completa as habilidades correspondentes a este estudo introdutório da física. Realize-as com atenção e dedicação. AGORA É A SUA VEZ No corpo do texto, você realizou algumas atividades e, na sequência, são apresen- tadas mais um grupo delas para que você tenha a oportunidade de desenvolver de forma completa as habilidades correspondentes a este estudo introdutório da física. Realize-as com atenção e dedicação. Atividades Atividade 1 Uma partícula percorre uma circunferência de 10 cm de raio efetuando uma volta a cada 5 s. Determine: a) O período e a frequência. b) A velocidade angular. c) A velocidade escalar. d) A aceleração centrípeta. Atividade 2 Para buscar um vestido, Linda tem que percorrer uma distância total de 10 km, assim distribuída: nos 2 km iniciais, por causa dos semáforos e quebra -molas, determinou que poderia gastar 3 minutos. Nos próximos 5 km, supondo pista livre, gastará 3 minutos. No percurso restante, mais 6 minutos, já que se trata de um caminho com ruas muito estreitas. Se os tempos previstos por Linda forem rigorosamente cumpridos, qual será sua velocidade média ao longo de todo o percurso? Atividade 3 Um automóvel trafega com velocidade constante de 12 m/s por uma avenida e se aproxima de um cruzamento onde há um semáforo com fiscalização eletrônica. Quando o automóvel se encontra a uma distância de 24 m do cru- zamento, o sinal muda de verde para amarelo. O motorista deve decidir entre parar o carro antes de chegar ao cruzamento ou acelerar o carro e passar pelo cruzamento antes do sinal mudar para vermelho. Este sinal permanece amarelo por 2,2 s. O tempo de reação do motorista (tempo decorrido entre UNIUBE 43 o momento em que o motorista vê a mudança de sinal e o momento em que realiza alguma ação) é de 0,5 s. a) Determine a mínima aceleração constante que o carro deve ter para parar antes de atingir o cruzamento e não ser multado. b) Calcule a menor aceleração constante que o carro deve ter para passar pelo cruzamento sem ser multado. Aproxime 1,72 – 3,0. Atividade 4 Um paraquedista radical pretende atingir a velocidade do som. Para isso, seu plano é saltar de um balão estacionário na alta atmosfera, equipado com roupaspressurizadas. Como nessa altitude o ar é muito rarefeito, a força de resistência do ar é desprezível. Suponha que a velocidade inicial do paraquedista em rela- ção ao balão seja nula e que a aceleração da gravidade seja igual a 10 m/s2. A velocidade do som nessa altitude é 300 m/s. Calcule: a) Em quanto tempo ele atinge a velocidade do som. b) A distância percorrida nesse intervalo de tempo. Atividade 5 Dois bocais de mangueiras de jardim, A e B, estão fixos ao solo. O bocal A é perpendicular ao solo e o outro está inclinado 60° em relação à direção de A. Correntes de água jorram dos dois bocais com velocidades idênticas. Qual é a razão entre as alturas máximas de elevação da água? Atividade 6 Numa competição de motocicletas, os participantes devem ultrapassar um fosso e, para tornar possível essa tarefa, foi construída uma rampa conforme está representado na Figura 14, a seguir. 44 UNIUBE Figura 14: Rampa para salto com motocicletas. Desprezando as dimensões da moto e considerando L = 7,0 m, cos 10° = 0,98 e sen 10°= 0,17, determine a mínima velocidade com que as motos devem deixar a rampa a fim de que consigam atravessar o fosso. Faça g = 10 m/s2. Atividade 7 Uma partícula percorre uma trajetória circular de raio 10 m com velocidade constante em módulo, gastando 4,0 s em um percurso de 80 m. Determine o período e a aceleração desse movimento. Luiz Fernando Resende dos Santos Anjo / Valdir Barbosa da Silva Júnior / Welington Mrad Joaquim Introdução Nesta etapa do estudo da física, serão abordados os conceitos da dinâ- mica e as leis de Newton, assim como o equilíbrio dos pontos materiais. Este capítulo é composto de texto introdutório para situar o assunto que será estudado, além dos objetivos específicos que definem as metas a serem atingidas ao final dos seus estudos. Inclui, ainda, atividades que favorecem a compreensão dos textos lidos e um conjunto de respostas que têm a finalidade de auxiliá-lo a verificar o grau de aprendizagem atingido até determinado momento. Ao ler o conteúdo proposto, faça um resumo das principais dificuldades encontradas. A dedicação aos estu- dos individuais é de suma importância para o seu desenvolvimento. Bons estudos! Objetivos Ao término dos estudos propostos neste capítulo, esperamos que você esteja apto(a) a: • determinar a relação entre força, massa e aceleração; • caracterizar uma força como uma grandeza física vetorial; • determinar a força resultante de duas ou mais forças que atuam sobre um corpo; • enunciar as três leis de Newton; • identificar os tipos de força, peso, força de atrito, força normal e suas aplicações; • compreender as principais operações com vetores; • entender o equilíbrio de corpos no plano e no espaço. Princípios da dinâmica e estática dos pontos materiais Capítulo 2 46 UNIUBE Esquema 2.1 Força e energia 2.2 Introdução ao estudo da dinâmica 2.2.1 Força resultante 2.2.2 Equilíbrio 2.3 As leis de Newton 2.3.1 Primeira lei de Newton 2.3.2 Segunda lei de Newton 2.3.3 Terceira lei de Newton 2.4 Força peso ( P ) 2.5 Força normal ( N ) 2.6 Força de tração (T ) 2.7 Força elástica ( eF ) 2.8 Força de atrito ( atF ) 2.9 Estática dos pontos materiais 2.10 Forças no plano 2.10.1 Lei do paralelogramo 2.10.2 Componentes cartesianas de uma força 2.11 Equilíbrio de um ponto material 2.11.1 Forças no espaço 2.12 Equilíbrio de um ponto material no espaço Resumo Atividades Referências 2.1 Força e energia Vivemos em um universo em movimento. As galáxias, as estrelas, os planetas e os satélites se movem, o mesmo acontece com uma turbina em uma usina, as hélices de um ventilador etc. Essas e outras diversas situações são analisadas e compreendidas pelo estudo das forças. Falando em forças, não podemos deixar de mencionar a energia, pois esta desempenha um papel essencial em todos os setores da vida e é uma das grandezas mais importantes da física. O sol, a água, o vento, o petróleo e o carvão são fontes que suprem boa parte do consumo atual de energia no mundo, mas, à medida que a população do UNIUBE 47 planeta cresce e os itens de conforto à disposição do homem se multiplicam, aumenta também a demanda por energia, exigindo novas alternativas e técnicas de obtenção. 2.2 Introdução ao estudo da dinâmica Em nosso dia a dia, encontramos objetos que se movem e outros que perma- necem em repouso. À primeira vista, parece que um corpo está em repouso quando não existem forças atuando nele, e inicia o movimento quando uma força começa a atuar sobre ele. Figura 1: Força exercida no bloco. Fonte: Acervo EAD – Uniube. No desenvolvimento deste roteiro, vamos analisar o quanto essas aparências se aproximam ou se afastam da realidade. Para tanto, buscaremos nos conceitos da dinâmica, as opções para compreendê-las: Umas das grandezas mais importantes no estudo da dinâmica é a força. Como exemplo, podemos mostrar algumas situações em que as forças aparecem: 1a situação Objetos em queda. Por que os objetos caem?Por que os objetos caem? 48 UNIUBE Se você respondeu pela atração da Terra, acertou! Os objetos caem porque são atraídos pela Terra. Há uma força que puxa cada objeto para baixo e que também é responsável por manter a atmosfera sobre a Terra, e por deixar a Lua e os satélites artificiais em órbita. Essa força é deno- minada força gravitacional. Portanto, a força gravitacional representa uma interação existente entre a Terra e os objetos que estão sobre ela. 2a situação Figura 2: Livros sobre a mesa. Fonte: Acervo EAD – Uniube. Agora, analise... O livro cai? Por quê?O livro cai? Por quê? Para que os objetos não caiam é necessário que exista uma superfície para que fiquem apoiados; neste caso, chamada de superfície de contato. Da mesma forma, a mesa sustenta o livro, para que ele não caia. Vejam que há duas forças opostas: a força da gravidade, que puxa o livro para baixo, e uma força para cima, de sustentação, que a mesa exerce sobre o livro. Neste caso, temos a força normal. Podemos concluir que as formas pelas quais os objetos interagem uns com os outros são muito variadas. Newton conseguiu elaborar leis que permitem lidar com toda essa variedade, descrevendo essas interações como forças que agem entre os objetos. Cada interação representa uma força diferente, que depende das diversas condições UNIUBE 49 em que os objetos se interagem. Mas todas obedecem aos mesmos princípios elaborados por Newton, e que ficaram conhecidos como leis de Newton. Para saber um pouco mais sobre Isaac Newton, veja o Saiba mais, a seguir. SAIBA MAIS Sir Isaac Newton (Woolsthorpe, 4 de janeiro de 1643 – Londres, 31 de março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes em História da Ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica. Fonte: Wikipédia (2010). SAIBA MAIS SAIBA MAIS Sir Isaac Newton (Woolsthorpe, 4 de janeiro de 1643 – Londres, 31 de março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes em História da Ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica. Fonte: Wikipédia (2010). Achamos oportuno, antes de abordamos as leis de Newton, conhecermos alguns conceitos relacionados à grandeza física força: As unidades de medida de força são: Quadro 1: Unidades de força. SI CGS MKS N (Newton) dyn (dina) Kgf (quilograma – força) Em muitas situações, precisamos converter uma unidade em outra. Neste caso, temos as seguintes relações: 1 Kgf = 9,8
Compartilhar