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Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais – DTCS 
Curso de graduação em Direito – 1º período 
Introdução ao Estudo de Direito. IED - 2021.2. Estudo dirigido complementar à sala de aula. 
Docente: Reginaldo da Silva Gomes. Data de entrega: 29 de novembro de 2021. 
 
Discente: Aldo Matheus Coelho Freire 
 
 Responda às questões, indicando o marco teórico da pesquisa; com suporte doutrinário. Não cabe 
resposta sintética e sem suporte. 
 
1. O que é Direito?Direito é ciência? 
Direito em seu sentido objetivo, seria um conjunto de regras dotadas de sanções que regem as relações 
dos homens que vivem em sociedade, ou seja, o jus romano. Já no sentido didático, poderíamos entender 
o direito, como sendo a ciência das regras obrigatórias que presidem às relações dos homens em 
sociedade. Para Limongi França, o direito pode ser entendido sobre quatro aspectos: o primeiro, o direito 
como o justo; o segundo como regra de direito; o terceiro como poder de direito e o quarto como sanção 
de direito. 
o direito como ciência se preocupa antes e principalmente com a ordem e a segurança da sociedade. São 
as necessidades sociais e a vontade do homem que atuam na interpretação dessas necessidades e 
transformam as regras que essas necessidades impõem naquilo que se denomina direito positivo. 
ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário Enciclopédico de Direito, 1992 
DINIZ, Maria Helena. Conceito de Norma Jurídica como Problema de Essência, 1985 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Teoria da Norma Jurídica, 1986 
FRANÇA, R. Limongi. Instituições de Direito Civil, 1994 
FRIEDE, Reis. Ciência do Direito, Norma, Interpretação e Hermenêutica Jurídica, 1997 
LIMA, Hermes. Introdução à Ciência do Direito, 1980 
MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e Aplicação do Direito, 1981 
NÁUFEL, José. Novo Dicionário Jurídico Brasileiro, 1997 
 
2. Qual é a diferença e em que consiste Fontes do Direito e Fatores do Direito? 
Enquanto as “Fontes do Direito” trataria da origem, de onde vem os conceitos e normas do mundo 
jurídico, suas raízes históricas, de onde se cria (fonte material) e como se aplica (fonte formal) 
Enquanto os “Fatores do Direito” São as relações da vida que indicam ao legislador as questões sociais 
que devam ser regulamentadas. Esses fatores, chamados sociais e jurídicos, funcionam como motores da 
vida social e do direito. 
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito, pp. 167 e 175. 
 
3. Em que consiste as três dimensões da semiótica (sintática, semântica e pragmática)? Como 
esses conceitos desaguam ou impactam numa dimensão pragmática da norma jurídica? 
Dimensão pragmática: É a descrição da compreensão lógica do produto, de como ele é formado. São suas 
leis de funcionamento e sua utilidade. 
Dimensão sintática: Refere-se à descrição e à compreensão do funcionamento técnico do produto, sua 
organização física e estrutural, visual, e suas inter-relações sistêmicas. 
Dimensão semântica: Diz respeito à dimensão do próprio objeto e do que ele pode significar, no contexto 
de várias relações entre signos diversos. É a significação do produto. 
A semiótica é discutida em diversos campos do conhecimento. Uma das finalidades da semiótica é 
conhecer a origem, construção e dinâmica dos significados. 
Em Design, a disciplina transita entre as frentes teórica e metodológica, principalmente em interseções 
com a Comunicação. 
Um produto pode ser caracterizado como um signo, isto é, uma unidade representativa de potenciais 
significados (Niemeyer, 2003). Charles Morris (1938) descreve o que chamou de dimensões semióticas 
do signo, isto é, as partes fundamentais de um signo que operam em interdependência. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
4. Em que consiste o procedimento argumentativo dogmático? 
Tal procedimento está pautado na ideia de correção e, na perspectiva de Alexy, não conduz a decisões 
particulares, uma vez que, sobre a decisão sempre é possível a formulação de uma regra, permitindo, 
desta forma, o estabelecimento de uma ponte entre a ponderação do caso particular e a universalização. 
As valorações não implicam, portanto, na existência de um campo livre, de puro arbítrio por parte daquele 
que deve decidir o caso, reclamando que sejam as decisões tomadas de forma objetiva. Reconhece, por 
outro lado, o autor que “nenhum procedimento que garanta certeza está à vista ainda. Porém, qualquer 
pessoa que equipare racionalidade com certeza terá de renunciar à idéia de uma teoria da argumentação 
jurídica racional”. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
5. Qual é o conteúdo dos argumentos jurídicos: ab absurdo (1), abauctoritate (2), a contrario 
sensu (3), ad hominem (4), ad personam (5), ad rem (6), a fortiori (7), a maiori ad minus (8), 
a minori ad maius (9), a pari (10), a posteriori (11), a priori (12), silogístico (13), exemplar 
(14)? 
O argumento ad absurdum na interpretação jurídica é um tipo especial de argumentação pragmática onde 
a principal razão para decisão é um juízo sobre a desejabilidade ou indesejabilidade da interpretação 
proposta para uma lei (FETERIS, 2005, p. 461). 
“O argumento abauctoritate, por exemplo, goza de posição importante na argumentação e retórica 
jurídica, pois diz respeito à opinião dos jurisconsultos, cientistas sociais, estudiosos em geral, que formam 
a doutrina e desempenham papel importante em nosso sistema jurídico. Tanto mais será valioso o 
argumento quanto mais acatado e respeitado for o doutrinador.” (VENOSA, 2006, p. 161) 
A expressão Contrario Sensu no direito é utilizada no processo de argumentação, sendo também 
conhecida como “apelo do contrário”. Ela denota qualquer proposição que é argumentada como correta, 
porque não é refutada por um determinado caso. 
É o oposto da analogia. Quando a analogia é permitida, um contrário é proibido e vice-versa. 
Argumentum ad hominem (latim, argumento contra a pessoa) é uma falácia informal identificada quando 
alguém procura negar uma proposição com uma crítica ao seu autor e não ao seu conteúdo 
A falácia ad hominem assume muitas formas. Ataca, por exemplo, o carácter, a nacionalidade, a raça ou 
a religião da pessoa. Em outros casos, a falácia sugere que a pessoa, por ter algo a ganhar com o 
argumento, é movida pelo interesse. 
A argumentação ad personam consiste em desvalorizar e mesmo 
desautorizar o discurso do outro através de ataques que incidem sobre a 
sua pessoa, o seu carácter ou os seus atos. 
Este tipo de argumentação, procurando descredibilizar o oponente 
enquanto pessoa, visa desvalorizar a sua iniciativa argumentativa como 
algo que não merece ser tomado em conta ou ser ouvido. Deste modo 
salienta aspectos que colocam em evidência a falta de autoridade do 
oponente para se pronunciar sobre o assunto em questão. 
No argumento Ad Rem ou também chamado de Ad Humanitatem, a premissa está calcada numa verdade 
consensual da Humanidade sem que seja preciso convencer um auditório da tese defendida. O direito a 
vida é, por exemplo, um argumento Ad Rem, pois reputa-se válido para qualquer pessoa em qualquer 
sociedade. 
O argumento a fortiori é também chamado de argumento a minori ad maius. É um argumento tipicamente 
jurídico, de origem latina, e sua melhor expressão talvez esteja no brocardo “quem pode o mais, pode o 
menos”. Esse argumento se baseia numa espécie de analogia, semelhante ao argumento a pari, a diferença 
está em que não se apontam as duas hipóteses como simplesmente análogas, mas se afirmar que a 
hipótese proposta é uma forma “maior” da hipótese paradigma. 
A expressão latina a maiori, ad minus é uma forma de argumentação jurídica que estabelece que o que é 
válido para o mais, deve necessariamente prevalecer parao menos, ou "quem pode o mais, pode o 
https://dicionariodireito.com.br/analogia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia_informal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Car%C3%A1ter
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7a_(categoriza%C3%A7%C3%A3o_humana)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o
menos". É um tipo de argumento que se insere na argumentação a fortiori, juntamente com os raciocínios 
do tipo a minori, ad maius, que é o seu inverso, estando também relacionado com o processo a simili. É 
utilizado para a interpretação extensiva da lei, isto é, para casos não contemplados diretamente na lei, mas 
que se podem inferir utilizando este raciocínio. 
A expressão latina A minori ad maius é uma forma de argumentação jurídica que estabelece que o que é 
proibido ao menos é, necessariamente, proibido para o mais. É um tipo de argumento que se insere na 
argumentação a fortiori, juntamente com os raciocínios do tipo a majori ad minus, que é o seu 
inverso, estando também relacionado com o processo a simili. 
A expressão latina "a pari" é uma técnica de retórica em que se argumenta 
utilizando proposições semelhantes e que pode ser traduzida por "por paridade" ou "por igual 
razão". Consiste num tipo de argumentação indutiva simples cujas conclusões (por exemplo, "se este 
artigo da Wikipédia é mau, os outros também são") nem sempre são verdadeiras. 
Também chamado per efectum ou abeffectis. Essa argumentação propõe comprovar a validade de uma 
tese pelas consequências da sua aplicação. Remonta das consequências conhecidas aos princípios ou 
causas eventualmente desconhecidas. 
A priori é justamente o contrário de a posteriori, onde há a elaboração de um argumento sem apoio aos 
fatos, sem a existência de experiência. 
Ainda é comum na filosofia o uso do termo “apriorismo” que se traduz numa doutrina, por exemplo, onde 
as experiências ou raciocínios que são a priori tem um papel de destaque. 
O silogismo é a estrutura básica de um argumento ou um raciocínio dedutivo, o qual é formado por três 
proposições que estão interligadas. 
Na filosofia, o silogismo é parte integrante da lógica aristotélica e está baseado na dedução. Ou seja, parte 
de afirmações verdadeiras para uma nova afirmação também verdadeira. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
6. O que é a dogmática hermenêutica ou a ciência do Direito como teoria da interpretação, 
tratada por Tércio Sampaio Ferraz Jr.? 
A dogmática jurídica tem como dogma prefixado a norma jurídica. Tal dogma constitui-se de 
determinadas interpretações da realidade que não devem ser questionadas e, caso o sejam, devem ater-se 
aos parâmetros fixados pelas próprias normas jurídicas (como, por exemplo, no caso de arguição de 
inconstitucionalidade material de lei ordinária ou incompetência do órgão legiferante), sem prejuízo para 
a coerência interna do sistema normativo como um todo. A inquestionabilidade dos pontos de partida, 
contudo, não significa que os dogmas jurídicos sejam interpretações estáticas da conduta social, uma vez 
que eles precisam ser constantemente revistos a fim de acompanhar a mutabilidade inerente àquela 
conduta. A dogmática jurídica consiste exatamente no manejo das regras que garantem que esses 
processos de revisão e atualização permanecerão dentro dos limites fixados pelas próprias normas 
jurídicas, estabelecendo modos interpretativos e integradores para adaptação da norma ao fato. 
Podemos conceituar a hermenêutica como sendo o conjunto de teorias voltadas para a interpretação de 
algo, não somente um texto escrito, mas de tudo que se possa atribuir significado e sentido. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
7. A ideia de um Direito Natural resiste aos tempos atuais e às novas demandas sociais? 
As relações entre Direito e Justiça importavam à época de Aristóteles e também importam hoje. “O 
Direito Natural é um dos grandes temas jurídicos. As posturas relativistas que entendem ser uma questão 
metajurídica são rechaçáveis porque têm por fim ocultar a impotência de um positivismo tresnoitado que 
pretende relegar o tema com tática de avestruz.” Uma tradição milenar como a do Direito Natural não 
precisa de defesa. Mas precisa de defesa uma sociedade como a nossa que não conhece essa tradição. 
Defender a existência de valores naturais e universais representa uma verdadeira afronta ao relativismo 
moral dominante no Brasil. Aqui, exerce-se a tolerância não porque os valores da maioria que ganhou a 
última eleição podem estar errados, mas porque não existem valores. O Direito Penal não lida com 
comportamentos ruins: uma conduta é considerada crime não por causa da maldade ou crueldade 
intrínseca do ato, mas porque foi tipificada e proibida pela lei. Não é porque o ato é ruim que ele foi 
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_fortiori
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_minori,_ad_maius
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A_simili&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Proposi%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Argumenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Indu%C3%A7%C3%A3o
https://conceito.de/papel
proibido; porque ele foi proibido é que ele é ruim. As leis meramente refletem os interesses hegemônicos 
de uma determinada sociedade. Na melhor das hipóteses, as leis são somente conjunturais; na pior, elas se 
originam de desejos e psicopatias excludentes de uma determinada classe dominante de pessoas. Quando 
se alcançar uma maioria diferente, mudam-se todas as leis e valores daquela sociedade. Não pode haver 
um referencial sereno e seguro de Justiça. No país onde é proibido proibir, valores não existem porque 
são incômodos e nada palpáveis, mas desejos e instintos se mostram muito reais. O Direito Natural 
sempre resistiu a uma política conduzida pelas vísceras. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
8. Há convergência ou antagonismo entre o Positivismo jurídico e o Normativismo jurídico? 
A diferença entre direito natural e direito positivo é que o direito natural independe do Estado ou de leis. 
Por isso, é considerado autônomo. Esse tipo de direito é inerente a todo ser humano, possuindo carácter 
universal, imutável e atemporal. 
O direito positivo, por outro lado, depende de uma manifestação de vontade, seja da sociedade ou de 
autoridades. Ele é criado por meio de decisões voluntárias, e deve ser garantido por um conjunto de leis e 
normas. 
Sendo assim, por mais que tenham características, fontes, modo de agir diferentes, há mais convergência 
do que antagonismo, uma vez que, ambos por mais que tenham pequenas batidas de cabeça, ainda 
caminham juntos para moldar as sociedades e as pessoas na qual vivem. Afinal, o direito positivo é 
moldado de acordo com o convívio e pensamentos das pessoas, ou seja, para que ele seja criado é 
necessário um atuação do direito natural, assim, não tem como serem antagônicos uma vez que um 
necessita do outro para surgir. 
http://revistas.newtonpaiva.br/redcunp/wp-content/uploads/2020/05/PDF-D4-09.pdf 
 
9. Os ramos do Direito, nominados Civil, do Trabalho e Comercial/Empresarial, resistem à 
classificação de Direito privado? Responda a partir de suas características e aspectos 
principais e uma constitucionalização do Direito. 
Direito Civil É o principal ramo do direito privado, composto por normas e princípios que regem as 
relações entre particulares que possuem condições iguais. O direito civil estabelece direitos e impõe 
obrigações no campo dos interesses individuais. O direito civil disciplina os negócios jurídicos em geral, 
os direitosde família e sucessões, o estado das pessoas, obrigações e contratos, propriedade e outros 
direitos reais. 
Direito Empresarial: O direito empresarial possui conceitos e princípios próprios e rege as atividades 
comerciais, desde a constituição até a administração e extinção de empresas. As relações desenvolvidas 
na atividade do comércio também são reguladas pelo direito comercial, por meio das suas leis e costumes 
utilizados. Observação: o Direito privado também regula as relações entre particulares e entes públicos, 
quando este não está imbuído de supremacia sobre o particular. 
Direito do Trabalho: Embora haja uma interferência clara de direito público no direito do trabalho, a 
natureza jurídica do direito do trabalho ainda permanece sendo de direito privado e cada vez mais vem se 
tornando mais clara tal premissa. Por exemplo, ao observarmos as recentes adoções de dispositivos dentro 
do ordenamento jurídico brasileiro no sentido de garantir a liberdade das partes e restringir a atuação 
estatal. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
10. No âmbito de uma Enciclopédia jurídica, quais são os principais ramos do Direito público e 
qual é o conteúdo, a finalidade e principais características destes? 
Claro o primeiro é o Direito Constitucional, afinal, É a base de tudo. Toda norma precisa ser 
constitucional, ou seja, seguir o que está disposto na Constituição Federal de 1988. Aqui você pode 
trabalhar no processo legislativo criando leis para instituir uma política pública ou interpretando a CF a 
favor da sociedade e do interesse público, por exemplo; 
http://revistas.newtonpaiva.br/redcunp/wp-content/uploads/2020/05/PDF-D4-09.pdf
https://jus.com.br/tudo/direito-civil
https://jus.com.br/tudo/propriedade
https://www.aurum.com.br/blog/ordenamento-juridico/
Direito Administrativo: Uma das principais disciplinas para quem deseja prestar concurso público, ela 
rege a atuação dos funcionários do Estado, o funcionamento de Ministérios, órgãos e instituições 
públicas. Também trata das licitações e execuções de contrato com a Administração Pública; 
Direito Penal: Quem pune é o Estado e também cabe a ele garantir ao acusado um julgamento justo e 
conforme os princípios da lei. Muitos estudantes seguem carreira em Direito nessa área porque ela 
abrange mais assuntos além do sistema carcerário brasileiro; 
Direito Financeiro: Cuida da União, estados, municípios e Distrito Federal. Sabia que existe um órgão 
autônomo ao Legislativo, Executivo e Judiciário encarregado de fiscalizar as contas deles? É o Tribunal 
de Contas da União. O controle orçamentário é essencial para garantir a destinação e o retorno à 
população do dinheiro arrecadado pelo governo. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
11. O que é um ato ilícito? Qual é a classificação da Culpa na sua composição? Quais são as 
excludentes de ilicitude? Quais são as teorias da responsabilidade civil? 
Em direito, ato ilícito é o ato causador de prejuízo, seja patrimonial, físico ou moral, a outrem 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
A culpa é elemento determinante para que se tenha a responsabilização, esse tipo de responsabilidade é 
conhecida como responsabilidade subjetiva, onde depende do sujeito e de suas ações para a concretização 
do dano. 
A culpa se divide em imprudência, negligência e imperícia. A culpa por imprudência se caracteriza pela 
relação de uma ação, ou seja, de um ato ou fato positivo que descumpre o dever de cuidado ocasionado 
dano. Também é chamada de culpa incomittenndo, visto que, se caracteriza por um ato comissivo. (Fazer) 
A culpa por negligência se caracteriza por uma omissão que descumpre o dever de cuidado ocasionando o 
dano. Também é chamada culpa em “omittendo”. (Não fazer) A culpa por imperícia se constitui pela 
quebra de um dever de cuidado, dever esse de caráter técnico ou científico, que o sujeito profissional 
daquela técnica ou ciência descumpre ocasionando dano. 
As excludentes de ilicitude, serão abordadas as previstas em lei, quais sejam: Estado de Necessidade, 
Legítima Defesa, Estrito Cumprimento de Dever Legal e Exercício Regular de Direito; 
Entende-se por Responsabilidade Civil a obrigação que a pessoa causadora tem de indenizar os danos que 
venha alguém a sofrer. 
Portanto, a responsabilidade subjetiva se dará quando o causador de determinado ato ilícito atingir este 
resultado em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado 
apenas caso se consume sua responsabilidade. 
Já na responsabilidade objetiva, o dever de indenizar se dará independentemente da comprovação de dolo 
ou culpa, bastando que fique configurado o nexo causal daquela atividade com o objetivo atingido. 
Portanto, percebe-se que, em suma, a diferença entre a responsabilidade subjetiva e a objetiva, se dá 
quando a primeira depende da comprovação de dolo ou culpa, enquanto a objetiva se dará apenas sendo 
caracterizado o nexo causal. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
12. Quais são os elementos essenciais e acidentais do negócio jurídico? 
São elementos essenciais, que tornam possível a existência dos negócios jurídicos, a manifestação de 
vontade, o objeto e a forma. A esses elementos essenciais devemos incluir a causa; 
São elementos acidentais: condição, termo e encargo ou modo. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
13. Qual é e em que consiste a classificação dos negócios jurídicos? O que é negócio jurídico 
processual? 
Quando falamos de negócio jurídico, nos referimos a um ato que tem por finalidade a aquisição, 
modificação ou extinção do direito. Ele forma uma conduta de auto regramento de conduta das partes, 
com a intenção de satisfazer seus interesses; 
https://blog.anhanguera.com/direito-uma-area-promissora-para-carreira-em-concursos/
O negócio deve ser unilateral, bilateral ou plurilateral 
Negócio unilateral acontece quando há declaração de vontade de apenas uma das partes (ex: testamento); 
Receptício, que ocorre quando quem recebe o efeito sabe a intenção/vontade da outra parte; 
não receptício, quando não se sabe da vontade da outra parte. 
Negócio bilateral ocorre com a declaração de vontade de ambas as partes, tendo efeitos no momento por 
elas determinadas enquanto vivas; 
Negócio Plurilateral se forma mediante associação de interesses em regime de comunhão de direitos; 
Quanto à onerosidade. 
O negócio pode ser oneroso (há contraprestação); 
gratuito (apenas uma das partes tem vantagem patrimonial); 
neutro (sem alguma vantagem ou desvantagem para as partes); 
bifronte (quando o negócio se inicia oneroso e por fim acaba sendo gratuito, ou vice versa) dependendo se 
há disposição patrimonial de ambas as partes ou não. 
Quanto à forma. O Negócio pode ser formal, se tiver que adotar a forma prevista em lei para ter validade, 
e informal, cabendo apenas às parte estabelecerem livremente a forma a ser adotada. 
O negócio jurídico processual (NJP) viabiliza aos contratantes estabelecerem ônus, poderes, faculdades e 
deveres processuais para eles enquanto partes do processo, distintos dos já previstos ordinariamente em 
lei. (Não é tão utilizado). 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
14. O que é e como se classificam os Fatos jurídicos? 
 
É uma mola propulsora capaz de gerar relações jurídicas entre os homens, concedendo direitos e 
instituindo obrigações. É todo acontecimento natural ou humano capaz de criar,modificar, conservar ou 
extinguir direitos, bem como de instituir obrigações, entorno de determinado objeto. 
Possuindo três características: Decorrem de uma ação humana ou da natureza; produzem consequências 
de direito, instituídas pelas normas jurídicas; É um acontecimento externo, decorrendo de uma situação 
fática ou real. 
Podem ser classificados, quanto à presença ou não da vontade humana em sua formação. 
Fato Jurídico 
Conformidade com o Direito 
Fato Jurídico Stricto Sensu (sem conduta) 
Ato Fato Juridico (conduta avolitiva) 
Atos reais 
Atos indenizativos 
Atos caducificantes 
Ato Juridico (conduta volitiva) 
Negócio Jurídico 
Ato Jurídico Stricto Sensu 
Contrário ao Direito (Ilicito) 
Ato ilícito 
A. I. objetivo 
A. I. subjetivo 
 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
15. Como é juridicamente resolvido um conflito de leis no tempo e no espaço? 
Nos conflitos de leis no espaço, aplica-se o princípio da territorialidade previsto nos artigos 8º e 9º da 
LICC e o da extraterritorialidade previsto nos artigos 7º, 10, 12 e 17, da LICC. 
O conflito de leis no espaço tem duas causas fundamentais, o intercâmbio entre os diferentes países e a 
diversidade legislativa, pois cada país tem suas leis. 
Nos conflitos de leis no tempo, acontece quando vem uma lei e revoga outra. A regra adotada pelo 
ordenamento jurídico é de que a norma não poderá retroagir, ou seja, a lei nova não será aplicada às 
situações constituídas sobre a vigência da lei revogada ou modificada (princípio da irretroatividade). 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/conflitos-de-leis-no-tempo-e-no-
espaco/20064#:~:text=Nos%20conflitos%20de%20leis%20no,uma%20lei%20e%20revoga%20outra.&te
xt=Isso%20%C3%A9%20o%20conflito%20de,anterior%20ou%20de%20lei%20posterior. 
https://concurseria.com.br/wp-content/uploads/2018/07/Vig%C3%AAncia-da-Lei-Conflito-das-Leis-no-
Tempo-e-Efic%C3%A1cia-da-Lei-no-Espa%C3%A7o.pdf 
 
16. Em que consiste os três princípios fundamentais do Código Civil de 2002 (eticidade, 
socialidade e operabilidade)? 
O princípio da socialidade diz respeito ao prevalecimento dos valores coletivos sobre os individuais; 
Já o princípio da eticidade trata do valor da pessoa humana como fonte para todos os demais valores. 
Aqui há a inserção e maior valorização do da igualdade; 
Por fim, o princípio da operabilidade surgiu no ordenamento haja vista a necessidade que o Direito 
possuía de ser concreto e efetivo em suas ações sustenta que o direito existe e deve ser aplicado, deve ser 
efetivado para ser executado. Seu objetivo é a efetivação da norma. 
Dessa forma, é possível notar que o legislador se utilizou de tais princípios para a criação de um novo 
Código a fim de conceder mais importância aos valores coletivos (socialidade) facilitar sua compreensão 
(operabilidade) e fazer com que suas normas sejam aplicadas visando a obtenção da igualdade com base 
na dignidade da pessoa humana (eticidade). 
AMARAL NETO, Francisco dos Santos. Estratto da <<Roma e América. Diritto romano comune, p. 76. 
DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico, v. 3. 
ESCANE, Fernanda Garcia – Os princípios norteadores do Código Civil de 2002. Revista Eletrônica 
Direito, Justiça e Cidadania – Volume 4 – nº 1 – 2013. 
 
17. Quais foram os principais juristas incumbidos de fazer a transição do sistema civilista de 
1916 para o atual e quais as suas contribuições? 
 Miguel Reale, José Carlos Moreira Alves, Agostinho Alvim, Silvio Marcondes, ErbertChamoun, Clóvis 
do Couto e Silva e Torquato Castro. relatores da Parte Geral, do Direito das Obrigações, do Direito de 
Empresa, do Direito das Coisas, do Direito de Família e do Direito das Sucessões. 
https://jus.com.br/artigos/59544/apontamentos-a-teoria-egologica-de-carlos-cossio 
 
18. Como se deu a codificação do Direito e os Códigos modernos (da Prússia, de Napoleão, da 
Áustria) receberam alguma influência dos Códigos antigos (Hamurabi, Legislação Mosaica, 
das XII Tábuas, de Manu, Alcorão)? 
A codificação é um movimento jurídico aparecido no Ocidente no século XIX, em função do qual os 
direitos ocidentais, quanto à forma, se dividem em: direito continental, ou direito codificado, que 
compreende o grupo francês, tendo por ponto de partida o Código de Napoleão (Code Civil des Français), 
e o grupo alemão; e sistema do Common Law ou do grupo Anglo- Americano. 
O movimento, apesar de não ser muito antigo, pois data de pouco mais de um século, foi conhecido desde 
a Antiguidade. A história do Direito Romano processa-se entre duas codificações: a Lei da XII Tábuas e o 
Corpus Juris de Justiniano. Na Suméria existiram codificações famosas. Até bem pouco tempo, era tido o 
Código de Hamurabi como a mais antiga codificação. Entretanto, em 1948, outro código mais antigo foi 
descoberto, o Código de Ur-Namu. 
Pode-se dizer que, na civilização europeia, ressurge, no século XVIII, o movimento codificador. Não se 
manifestou, a princípio, em códigos, mas em compilações, isto é, em reunião de leis esparsas ou de 
costumes, só em 1804 surge o primeiro código moderno: o de Napoleão (Code Civil des Français ou 
CodeNapoléon). 
Na acepção antiga, Código era um conjunto amplo de normas jurídicas escritas. A sua organização não 
obedecia a uma sequência lógica e, normalmente, não passava de condensação das diferentes regras 
vigentes. 
Da Antiguidade vem o famoso Código de Hamurábi, que liga a sua existência à do povo babilônico. Dos 
romanos nos ficou de primeiro a Lei das XII Tábuas. A obra monumental, no gênero, foi o Corpus Juris 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/conflitos-de-leis-no-tempo-e-no-espaco/20064#:~:text=Nos%20conflitos%20de%20leis%20no,uma%20lei%20e%20revoga%20outra.&text=Isso%20%C3%A9%20o%20conflito%20de,anterior%20ou%20de%20lei%20posterior
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/conflitos-de-leis-no-tempo-e-no-espaco/20064#:~:text=Nos%20conflitos%20de%20leis%20no,uma%20lei%20e%20revoga%20outra.&text=Isso%20%C3%A9%20o%20conflito%20de,anterior%20ou%20de%20lei%20posterior
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/conflitos-de-leis-no-tempo-e-no-espaco/20064#:~:text=Nos%20conflitos%20de%20leis%20no,uma%20lei%20e%20revoga%20outra.&text=Isso%20%C3%A9%20o%20conflito%20de,anterior%20ou%20de%20lei%20posterior
https://concurseria.com.br/wp-content/uploads/2018/07/Vig%C3%AAncia-da-Lei-Conflito-das-Leis-no-Tempo-e-Efic%C3%A1cia-da-Lei-no-Espa%C3%A7o.pdf
https://concurseria.com.br/wp-content/uploads/2018/07/Vig%C3%AAncia-da-Lei-Conflito-das-Leis-no-Tempo-e-Efic%C3%A1cia-da-Lei-no-Espa%C3%A7o.pdf
https://jus.com.br/tudo/cidadania
https://jus.com.br/artigos/59544/apontamentos-a-teoria-egologica-de-carlos-cossio
Civilis, do século VI, compilação ordenada pelo imperador Justiniano. Entre as codificações mais antigas 
que alcançaram projeção, podemos também citar as seguintes: Código de Manú, Legislação Mosaica e o 
Alcorão. 
Todos esses códigos trouxeram influencia para os seus posteriores, seja na maneira de atuar ou na 
maneira de não atuação, afinal, hoje em dia não se tem a ideia de “olho por olho, dente por dente” devido 
já ter sido visto em pratica e ser considerável abomináveis para as sociedades atuais. Bem como a forma 
como é ditada e registradas, claro de forma atualizada, vem também por influência dos antigos códigos. 
 
 
19. O que se entende por Princípios gerais de Direito, qual seu conteúdo e qual é a relevância na 
aplicação das normas jurídicas? 
Os princípios gerais do direito são orientações macro ou guia teórico norteador da política e da prática 
jurídica. 
São compostos de subjetividade e de conteúdo valorativo de característica genérica. 
Segundo Manoel Gonçalves, os princípios gerais do direito vão em direção a uma situação jurídica 
específica. 
As orientações geraisservem, sobretudo, para auxiliar o intérprete na hora de encontrar soluções à 
aplicação das normas. 
Principalmente quando elas não dão as respostas necessárias para a resolução do problema jurídico em 
questão. 
Os princípios possuem tríplice função, como indica o professor Inocêncio Mártires Coelho: 
informadora para o legislador; 
normativa para os casos de lacunas; 
interpretadora, como critério de orientação para o intérprete e para a magistratura. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
20. O que é Analogia e qual é sua relevância na aplicação da norma jurídica? 
A analogia legis caracteriza-se pela aplicação de lei a caso semelhante por ela previsto, ou seja, parte de 
um preceito legal e concreto, e faz a sua aplicação aos casos similares; 
De outro lado, tem-se a analogia iuris, esta que se caracteriza pela aplicação de princípios de direito nos 
casos de inexistência de norma jurídica aplicável; 
Para TÉRCIO SAMPAIO DE FERRAZ JÚNIOR, a analogia iuris é uma espécie de conjugação de dois 
métodos lógicos: a indução e a dedução. A partir de casos particulares obtém-se uma generalização da 
qual resultam princípios os quais se aplicam, então dedutivamente, a outros casos; 
A analogia do direito tem por finalidade a integração da norma jurídica com seus meios próprios, partindo 
do pressuposto da coerência intrínseca do sistema; 
PAULO DOURADO GUSMÃO manifesta o seu pensamento mencionando que seria impossível 
confundir a analogia aos princípios gerais de direito, já que naquela existe norma para um caso 
semelhante ao não previsto e, neste último, não existe nenhuma norma expressa. 
 
https://www.pauloqueiroz.net/analogia-interpretacao-e-principio-da-legalidade/ 
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1131/Analogia-Novo-CPC-Lei-no-13105-2015 
 
21. Como a elaboração e aplicação da norma jurídica se concilia com a ideia de Justiça para 
atingir os fins preconizados pelo Direito? 
A justiça é o tema primordial do direito, este objetivo é um desafio até mesmo para o próprio legislador, 
que tem como ideal consagrá-la nos textos legislativos. O jurisconsulto Ulpiano deu a seguinte definição 
para este ideal: a “Justiça é a constante e firme vontade de dar a cada um, o que é seu”. Dessa forma, 
segundo este pensamento, a justiça seria feita quando se “dar a cada um, o que é seu”, O “seu”. Desta 
definição, representa algo que deve ser entendido como próprio da pessoa e pode ser aplicado de diversas 
maneiras como, por exemplo, punição adequada para cada delito, proporção em relação a quando se paga 
de imposto dependendo da renda e etc. 
https://www.pauloqueiroz.net/analogia-interpretacao-e-principio-da-legalidade/
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1131/Analogia-Novo-CPC-Lei-no-13105-2015
O ideal de justiça é a essência do direito. A justiça esta presente no direito quando deixa de ser apenas um 
ideal e se incorpora às leis, dando-lhes sentido, e passa a ser efetivamente exercitada na vida social e 
praticada pelos tribunais. 
 Ao estabelecer os critérios da justiça em lei, o legislador deverá se basear nos princípios do Direito 
Natural. Dessa forma, o legislador ao elaborar a lei deve ter como fundamento, os princípios do direito 
Natural, enquanto as leis se basearem na ordem natural das coisas, haverá predomínio da justiça, porém, 
caso o ordenamento jurídico se afaste dos princípios do Direito Natural, haverá a prevalência de leis 
injustas. É importante ressaltar que os critérios do ideal de justiça devem se incorporar nas normas 
jurídicas. A incompetência ou a desídia do legislador pode levá-lo à criação de leis irregulares, que vão 
trair a mais significativa das missões do Direito, que é buscar justiça. 
NADER, Paulo. Introdução ao estudo do Direito. 43. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2021. 
 
22. Como se deu a formação e evolução do Sistema jurídico brasileiro? 
Após 1822 uma onda liberal, nacionalista e anticolonial varreu o Brasil, e assim como em vários outros 
aspectos também se buscou a emancipação da cultura jurídica no Brasil, ou seja, o desencadeamento do 
processo de elaboração da legislação própria no Público e no Privado. Inegavelmente, o primeiro grande 
documento normativo do período pós-independência foi a Constituição Imperial de 1824, imbuída de 
ideias e instituições marcadamente liberais, originadas da Revolução Francesa e de doutrinas do 
constitucionalismo francês. (SILVA, 2005, p. 74). 
O estado liberal republicano recém nascido em 1889, um ano após a lei que pôs fim a escravidão e alguns 
anos após a mais sangrenta guerra da história do Brasil, mantinha consigo uma população ainda ausente 
de direito se da mínima participação política, sendo um projeto montado por poucos e para poucos. 
Seguindo nessa linha liberal e ao mesmo tempo centralizadora que o texto constitucional de 1891 
expressava valores assentados na filosofia política republicano-positivista, pautados por procedimentos 
inerentes a uma democracia burguesa formal, gerada nos princípios do clássico liberalismo individualista. 
É possível se observar os principais aspectos das mudanças ocorridas no pensamento jurídico ao observar 
a grande influência do direito privado no desenvolvimento jurídico brasileiro e, ainda, a analisar ao longo 
da evolução os acertos, desacertos, incongruências e anacronismos na aplicação do Direito, pois apesar de 
sensíveis progressos da técnica judicial, a formação do jurista brasileiro bem como a produção de 
literatura jurídica ainda que ainda continua dissociada dos reclamos da realidade fática-social, restando 
ainda, sob a égide enigmática de arcaísmo jurídico bem peculiar de uma sociedade individualista e 
retrógrada. 
Sem dúvida, apontar o desenvolvimento das Ciências Jurídicas no Brasil, evidencia a influência de 
estudos jurídicos que sofreram influência dos textos codificados, principalmente de Direito Civil os quais 
partiram de ideários liberais como a revolução francesa. É possível mesmo perceber a relação existente 
entre essa aproximação externa, a evolução da legislação civil e o aprimoramento da doutrina bem como 
o crescente prestígio da jurisprudência pátria. A verdade é que o Direito Privado dominou por bastante 
tempo a mentalidade dos juristas em todo mundo. E, essa forma de se enxergar o fenômeno jurídico, na 
ótica privatista, veio se modificar recentemente. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
23. Esclareça em que consiste e se ainda remanescem no ordenamento jurídico brasileiro, as 
teorias deBernhard Windscheid (1817-1892), Rudolf Von Ihering (1818-1892), Georg Jellinek 
(1851-1911) e Friedrich Carl Von Savigny (1779-1861). 
Em relação as teorias a cerca da natureza do direito subjetivo, são três teorias formuladas pelos juristas 
Jellinek, Windscheid e Ihering, que tentaram explicar sobre o que seria o direito subjetivo, porém essas 
teorias receberam diversas críticas. 
A Teoria da Vontade de Bernhard Windscheid (1817–1892) 
Bernhard era um jurisconsulto alemão que definiu o direito subjetivo como “o poder ou senhorio da 
vontade reconhecido pela ordem jurídica”. Ou seja, essa teoria defende que, o direito subjetivo seria o 
poder da vontade humana garantido pelo ornamento jurídico. Essa teoria recebeu diversas críticas, 
principalmente de Hans Kelsen, que por meio de diversos exemplos refutou, demonstrando que a 
existência do direito subjetivo nem sempre depende da vontade de seu titular, pois os incapazes, tanto os 
menores como os privados de razão e os ausentes, apesar de não possuírem vontade no sentido 
psicológico, possuem direitos subjetivos e os exercem por meio de seus representantes legais. 
Segundo ainda tercio Sampaio Ferraz júnior, o direito subjetivo não teria por base a vontade, mas a 
possibilidade de fazera garantia da ordem jurídica tornar efetiva a proteção do direito. 
Portanto, essa ideia de direito subjetivo não remanesce ainda no ordenamento jurídico devido a sua 
inconsistência, no caso da teoria da verdade, ao centralizar a ideia de direito subjetivo ao elemento de 
vontade, está desconsiderando o fato de que tanto os incapazes, mesmo não possuindo compreensão das 
coisas e por tanto não tendo como eles terem vontade sobre algo, eles possuem o direito de desfrutar dos 
seus direitos subjetivos. Exemplo: mesmo que uma pessoa por exemplo tenha problemas mentais e dessa 
forma, ela não tenha um bom juízo para ter “vontade” no seu sentido psicológico, mesmo assim ela possui 
direitos subjetivos que são exercidos pelos seus representantes legais. Ainda hoje tem que critique essa 
ideia. 
A Teoria do Interesse de Rudolf von Ihering(1818-1892) 
Rudolf von Ihering, também jurisconsulto alemão, centralizou a ideia do direito subjetivo ao elemento 
interesse, segundo ele, o direito subjetivo seria “o interesse juridicamente protegido”. Assim como a 
teoria da vontade, esta teoria também recebeu diversas críticas. Assim como a crítica feita a teoria da 
verdade, os opostos a ela, alegavam que os incapazes, não possuindo compreensão das coisas, não tinham 
como chegar a ter interesse e nem por isso ficariam impedidos de desfrutar dos seus direitos subjetivos, 
porém pensando pelo lado psicológico do elemento interesse, ela estaria ligada a teoria da vontade, porém 
pensando não por esse lado, sem levantar em conta o interesse como sendo o “o meu” e o “o seu” e sim o 
interesse da sociedade em geral, ai sim não haveria dúvida de que esse elemento pertenceria a natureza do 
direito subjetivo, porém ainda hoje essa teoria recebe muitas críticas por acharem que von 
Iheringconfundiu a finalidade do direito subjetivo com a sua natureza. 
Teoria Eclética de Georg Jellinek (1851–1911). 
Georg Jellinek era jurisconsulto e publicista alemão, ele alegou que tanto a teoria da verdade, quanto a do 
interesse se revelavam insuficientes, julgando as incompletas, para ele o direito subjetivo não seria apenas 
vontade e nem somente interesse, mas seria uma junção dos dois elementos. Para ele o direito subjetivo 
seria” o bem ou interesse protegido pelo reconhecimento do poder da vontade”. Essa teoria recebeu as 
mesmas críticas que a teoria da vontade e do interesse e por esse mesmo motivo não remanesce em nosso 
ordenamento jurídico. 
teoria da ficção de FriedricTh Carl Von Savigny (1779-1861). 
Esta teoria está relacionada a natureza jurídica das pessoas jurídicas, segundo o jurista alemão Von 
Savigny, a personalidade jurídica seria um atributo apenas dos seres dotados de vontade. Para ele as 
pessoas jurídicas, por carecerem de arbítrio, a sua personalidade jurídica seria admitida por uma ficção 
jurídica. Von Savigny definiu a pessoa jurídica como “ente criado artificialmente e capaz de possuir um 
patrimônio” as críticas relacionadas a teoria da ficção estão relacionadas ao fato de que segundo essa 
concepção, a personalidade jurídica das pessoas naturais seria uma decorrência de sua faculdade de 
querer, além disso os opositores dessa teoria também afirmam que as pessoas jurídicas são entes que 
possuem determinados fins e capacidade para realizá-los. 
Essa teoria da ficção não remanesce no nosso ordenamento jurídico, pois o nosso ordenamento jurídico 
considera que tanto as pessoas naturais, como as pessoas jurídicas são dotados de personalidade jurídica, 
além de que a personalidade jurídica das pessoas não depende da sua vontade para existir, as pessoas já 
nascem adquirindo elas. 
NADER, Paulo. Direito subjetivo. In:___. Introdução ao estudo do Direito.Rio de Janeiro: Forense, 2021. 
Cap 30. p 325-326. 
NADER, Paulo. relações jurídicas. In:___. Introdução ao estudo do Direito.Rio de Janeiro: Forense, 2021. 
Cap 28. P. 312. 
 
24. Qual é a distinção entre Direito Internacional Público e Direito Internacional Privado? 
Enquanto o Direito Internacional Público trata o conjunto de normas e leis nas relações entre países, o 
Privado faz a mediação dos particulares, como Estados e Organizações Internacionais. 
MARA, Tânia. Direito Internacional Privado x Direito Internacional Público. Disponível em: 
http://www.webestudante.com.br/we/index.php?option=com_content&view=article&id=28:direito-
internacional-privado-x-publico&catid=15:internacional&Itemid=79 . Acesso em: 24 ago. 2011. 
 
25. Qual é a influência do Direito Romano e do Direito Canônico, no Direito brasileiro? 
No campo do direito civil, o direito romano influencia fortemente todas as ramificações, todavia, deu-se 
enfoque à seara das pessoas, bens e obrigações. No tocante ao processo civil, demonstrou-se que princípio 
vigente na atualidade, como o princípio do dispositivo, da oralidade surgiu no direito romano. E por fim, 
no direito penal as práticas romanas influenciaram na percepção sobre a finalidade da pena, ou seja, os 
requisitos subjetivos existentes na legislação atual foram oriundos do surgimento de escolas penais 
clássicas, as quais advieram em razão do caráter da pena imposto pela lei das XII Tábuas e práticas 
pretéritas de castigo. 
O Direito Canônico precede o direito comum, dos povos, sendo assim muitas Instituições que são hoje do 
direito nacional do direito brasileiro, principalmente do direito civil e processual, elas foram “inspiradas” 
nas regras nas normas do direito canônico. Como por exemplo, no caso do direito civil, o nosso direito de 
família é muito aproximado do direito canônico, em alguns tempos atrás sendo maior de idade relevância. 
E também na questão do processo, sendo o pioneiro do inquérito e do processo quando ele oferece 
oportunidade de diálogo entre uma parte e outra. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
26. Quais são as fontes do Direito Civil? Como ele se relaciona com os demais ramos do Direito? 
As fontes do Direito Processual Civil são as mesmas do direito em geral, isto é, a lei e os costumes, como 
fontes imediatas, e a doutrina e jurisprudência, como fontes mediatas. Em razão do caráter público do 
direito processual, é a lei, sem dúvida, sua principal fonte. 
Tais fontes se encaixam nos demais ramos, uma vez que, pode-se considera-las universais, por estar em 
todos os ramos. 
GONÇALVES. Marcus Vinicius Rios. Teoria geral / Curso de direito processual civil vol. 17. ed. São 
Paulo: Saraiva Educação, 2020. 
THEODORO. Júnior, Humberto. Curso de direito processual civil. vol. 1. 59. ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2018 
 
27. Trace um paralelo entre lei (ordinária, complementar, delegada) e norma constitucional. 
As normas constitucionais são todas as disposições inseridas numa Constituição, ou reconhecidas por ela, 
independentemente de seu conteúdo. Elas se subdividem em duas espécies: as regras e os princípios. 
Como já dito, todas as normas constitucionais têm estrutura e natureza de norma jurídica, ou seja, são 
normas providas de juridicidade. 
Por sua vez a Lei é uma espécie de norma que foi criada por um processo específico, pelo poder 
legislativo (federal, estadual ou municipal), conforme os termos estabelecidos pela constituição. 
MACHADO, Hugo de Brito. Uma Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Dialética. 2000. 
 
28. Que é súmula, aresto, acórdão, precedente e sentença? 
A palavra súmula, proveniente do latim summa, significa resumo, síntese. Assim sendo, Súmula, em 
termos jurídicos, é o resumo da jurisprudência predominante e pacífica de determinado tribunal. o 
conteúdo jurídico direcionador em pauta não se esgota no enunciado da Súmula, mas é encontrado em 
seus precedentes. 
Aresto: É termo técnico, de largo uso na linguagem jurídica, com o significado de acórdão, decisão de um 
tribunal, decisão coletiva. Ex.: "Com o retorno dos autos do tribunal, o juiz da comarca determinou o 
cumprimento do venerandoaresto". 
Acórdão: forma verbal substantivada; trata-se da 3ª pessoa do plural (forma arcaica) do presente do 
indicativo do verbo acordar (concordar), cujo significado é 'julgamento feito pelos tribunais superiores' 
(CPC, art. 163, CPP, arts. 556, 563, 564 e 619) 
Precedente é a decisão judicial tomada em um caso concreto, que pode servir como exemplo para outros 
julgamentos similares. Há contudo, muitas discussões, no sentido que decisões isoladas poderiam ser 
consideradas jurisprudência. 
Sentença é o pronunciamento em que o juiz encerra a fase de conhecimento do procedimento comum, ou 
seja, encerra o processo na 1ª instância, analisando ou não o mérito – a questão principal da ação. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
29. Que é medida provisória? Como é feita equais são as limitações para editá-las? 
As Medidas Provisórias (MPVs) são normas com força de lei editadas pelo Presidente da República em 
situações de relevância e urgência. Apesar de produzir efeitos jurídicos imediatos, a MPV precisa da 
posterior apreciação pelas Casas do Congresso Nacional (Câmara e Senado) para se converter 
definitivamente em lei ordinária. 
O prazo inicial de vigência de uma MPV é de 60 dias e é prorrogado automaticamente por igual período 
caso não tenha sua votação concluída nas duas Casas do Congresso Nacional. Se não for apreciada em até 
45 dias, contados da sua publicação, entra em regime de urgência, sobrestando todas as demais 
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 
O art. 62 da Constituição Federal traz as regras gerais de edição e apreciação das MPVs, definindo 
inclusive os assuntos e temas sobre os quais não podem se pronunciar. Já o disciplinamento interno do 
rito de tramitação dado pela Resolução do Congresso Nacional n° 1 de 2002 exige, por exemplo, sobre 
emendas, a formação da comissão mista e prazos de tramitação. 
https://www2.camara.leg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/guia-para-jornalistas/medida-provisoria 
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/medida-provisoria-n-1.061-de-9-de-agosto-de-2021-337251007 
 
30. Conceitue coisa móvel, fungível, infungível, divisível, indivisível, indivisa, pública, privada, 
fora do comércio, consumível, coletiva. 
 
São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da 
substância ou da destinação econômico-social. (Art. 82, CC) 
As coisas fungíveis são assim as que valem pelo que há nelas de genérico, de comum com outras do 
mesmo género e qualidade. É nesse elemento genérico que se concentram a vontade e a intenção das 
pessoas que sobre elas estabelecem relações jurídicas. 
Bens infungíveis, o referido código não traz definição, mas não restam duvidas que se trate de termo 
oposto ao que o código definiu, assim, os bens infungíveis são os que não podem ser substituídos por 
outros da mesma espécie, quantidade e qualidade; 
São exemplos de bens infungíveis as obras de arte, bens produzidos em série que foram personalizados, 
ou objetos raros dos quais restam um único exemplar. 
Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável 
de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam; 
Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das 
partes. 
O artigo 87 do vigente Código Civil bem informa o conceito legal de bens divisíveis, possibilitando-nos, 
por via inversa, entender como bem indivisível aquele que não se pode fracionar sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam; 
Coisa indivisa: É toda aquela que, por sua própria natureza, não pode ser materialmente repartida, sem 
prejuízo do conjunto, alteração da sua substância ou imprestabilidade para o fim a que se destina; 
Coisa Pública: É toda aquela que se acha compreendida no patrimônio do Estado, ou outra entidade de 
direito público, ou se destina a satisfazer as necessidades ou interesses da coletividade; 
Privado é um adjetivo que se refere a qualquer espaço, edifício, propriedade ou atividade que não 
pertence ao Estado, e, por consequência, não é público. Diz respeito aquilo que não é público, pelo fato 
do proprietário ser um particular; 
Fora do comércio (extra commercium): são bens insuscetíveis de apropriação (por sua própria natureza) e 
legalmente inalienáveis (não passíveis de alienação por disposição legal). São bens naturalmente 
indisponíveis (ar, água do mar etc); legalmente indisponíveis (bens de uso comum do povo; bens de uso 
especial; bens dos incapazes; valores e direitos da personalidade, como a dignidade, liberdade, honra; e 
órgãos do corpo humano); ou indisponíveis pela vontade humana (bens com cláusula de inalienabilidade - 
o que implicará na impenhorabilidade e incomunicabilidade dos bens nos termos da Súmula 49 do STF); 
Bens Consumíveis: o Código Civil, em seu artigo 86, afirma que "são consumíveis os bens móveis cujo 
uso importa a destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art62
https://legis.senado.leg.br/norma/561120/publicacao/15678176
https://www2.camara.leg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/guia-para-jornalistas/medida-provisoria
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/medida-provisoria-n-1.061-de-9-de-agosto-de-2021-337251007
alienação". Assim, bens consumíveis são bens que são destruídos após serem utilizados, como o dinheiro, 
a comida, o livro para o vendedor etc. 
Bens coletivos: conjunto de bens singulares simples ou compostos, agrupados pela vontade da pessoa, 
tendo destinação comum, como um rebanho ou uma biblioteca, permitindo-se a sua desconstituição pela 
manifestação de vontade do seu titular e como bens coletivos de direito, o complexo de direitos e 
obrigações a que a ordem jurídica atribui caráter unitário, dotadas de valor econômico, como o dote, o 
espólio, a massa falida e a herança, sendo certo que tal unidade deriva e resulta da imposição da lei. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
31. Que se entende por BENS juridicamente protegidos? Que é bem de família e bens 
parafernais? 
Quando algo passa a ser valioso e procurado, torna-se um bem. Cria-se, então, o interesse de tutelar esse 
bem, tutela essa que no direito é feita através de sua normatização. Protegido pela legalidade, esse bem 
passa a apresentar-se como um bem jurídico, e sendo protegido pelo legislador penal a doutrina 
considera-o como bem jurídico penalmente tutelado. 
De acordo com Toledo (1994, p. 15) “Bem em um sentido mais amplo, é tudo aquilo que nos apresenta 
como digno, útil, necessário valioso [...] Os bens são, pois, coisas reais, ou objeto ideal dotado de” valor 
“, isto é, coisas materiais e objetos imateriais que além de ser o que são, valem. 
Bem de família é a propriedade destinada à residência e moradia da família que recebe o benefício da 
impenhorabilidade, ou seja, não pode ser penhorado e não pode sofrer nenhuma forma de apreensão. E 
assim não responde por dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos 
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam. 
São aqueles que, no regime dotal de casamento, constituem propriedade da mulher, que sobre eles exerce 
administração, gozo e livre disponibilidade, não podendo, contudo, alienar os imóveis. 
O atual código não contempla o aludido instituto, o que entreplica sua extinção a partir de então, 
respeitados os efeitos jurídicos em relação aos bens qualificados como tais à luz do Código Civil de 1916, 
tudo em obséquio ao postulado da irretroatividade da lei e do primado do direitoadquirido. 
https://trilhante.com.br/curso/efeitos-conexos-do-contrato-de-trabalho/aula/bens-juridicos-tutelados-2 
 
32. O que se entende por PESSOA no Direito Civil? 
Toda pessoa natural é sujeita de direito, portanto, é capaz de adquirir direitos e deveres na ordem civil, 
segundo o artigo 1º do Código Civil, esse artigo trata aqui da capacidade de direito ou de gozo que toda 
pessoa tem. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
33. Conceitue e diferencie capacidade e personalidade jurídica. 
Art. . 1º, CC, “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. 
Para Sílvio Rodrigues, “afirmar que o homem tem personalidade é o mesmo que dizer que ele tem 
capacidade para ser titular de direitos”. O direito civil pátrio encaixou o conceito de capacidade ao de 
personalidade, assim pode-se dizer que a capacidade é a medida da personalidade, ou seja, para alguns a 
capacidade é plena e para outros é limitada. 
Assim sendo “para ser pessoa basta que o homem exista, e, para ser capaz, o ser humano precisa 
preencher os requisitos necessários para agir por si, como sujeito ativo ou passivo de uma relação 
jurídica. Eis porque os autores distinguem entre capacidade de direito ou de gozo e capacidade de 
exercício ou de fato” (Antônio Chaves). 
No entanto, apesar dos autores via de regra considerarem sinônimas as expressões personalidade jurídicas 
e capacidade jurídica, para José Carlos Moreira Alves, se faz necessário diferenciá-las. Assim, 
personalidade jurídica é conceito absoluto, ou seja, ela existe ou não existe enquanto capacidade jurídica é 
conceito relativo, ou seja, pode ter-se mais capacidade jurídica, ou menos. Concluindo, a personalidade 
jurídica é a potencialidade de adquirir direitos e contrair obrigações; a capacidade jurídica é o limite dessa 
potencialidade. 
https://trilhante.com.br/curso/pessoas-no-codigo-civil-1/aula/personalidade-juridica-capacidade-e-
legitimacao-1 
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/regime/regime.htm
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/casamento/casamento.htm
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/propriedade/propriedade.htm
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/alienar/alienar.htm
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/c%C3%B3digo/c%C3%B3digo.htm
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/instituto/instituto.htm
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/c%C3%B3digo/c%C3%B3digo.htm
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/irretroatividade-da-lei/irretroatividade-da-lei.htm
http://www.enciclopedia-juridica.com/pt/d/direito-adquirido/direito-adquirido.htm
https://trilhante.com.br/curso/efeitos-conexos-do-contrato-de-trabalho/aula/bens-juridicos-tutelados-2
https://trilhante.com.br/curso/pessoas-no-codigo-civil-1/aula/personalidade-juridica-capacidade-e-legitimacao-1
https://trilhante.com.br/curso/pessoas-no-codigo-civil-1/aula/personalidade-juridica-capacidade-e-legitimacao-1
 
34. O Big Bang legislativo aludido por Ricardo Luís Lorenzetti (apud Flavio Tartuce) substitui a 
ideia piramidal de Hans Kelsen quanto ao ordenamento jurídico? Explique. 
Pode-se dizer que não há uma substituição quanto ao ordenamento jurídico com a ideia piramidal, mas 
sim, uma complementação ou ao menos mostra uma nova perspectiva para tal pensamento, mas a forma 
da ideia apresentada por Kelsen acaba por ser muito importante e simbólico, ainda mais impossibilitando 
uma substituição, afinal, por mais que seja um novo ideal, ainda não é visto com força suficiente para se 
colocar no modelo para o ordenamento jurídico. 
https://www.migalhas.com.br/coluna/registralhas/204677/o-big-bang-legislativo-na-perspectiva-notarial-
e-registral 
https://vempradome.com.br/blog/piramide-de-hans-kelsen/ 
 
35. Há hierarquia entre as normas jurídicas que integram o amplo Sistema jurídico? Justifique 
sua resposta; 
Sim, há hierarquia entre as normas, cumpre primeiramente esclarecer que a noção de hierarquia ou 
subordinação existente entre as normas é relevante principalmente para o controle de constitucionalidade 
das leis, bem como para resolver eventual conflito intertemporal. 
Ressalte-se que por vezes, como há normas sucessivas no tempo, haja vista que a norma só pode ser 
revogada por outra norma de igual ou superior hierarquia. 
A de salientar que não existe uma hierarquia entre normas constitucionais originárias. De sorte, que todas 
as normas elaboradas pelo Poder Constituinte originário, independentemente de seu conteúdo, 
posicionando-se no mesmo nível hierárquico. 
Portanto, tanto as normas que consagram os direitos fundamentais como as cláusulas pétreas, bem como 
as normas de conteúdo formalmente constitucional e até mesmo as normas integrantes do Ato das 
Disposições Transitórias (ADCT) pois todas essas normas se situam no mesmo patamar hierárquico. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
36. Julius von KIRSCHMANN estava certo quando disse em 1847 que “...a ciência jurídica, 
tendo por objeto o contingente, é também contingente: três palavras retificadoras do legislador 
tornam inúteis uma inteira biblioteca jurídica”? Justifique sua resposta. 
Julius von Kirschmann foi equivocado ao expressar esse pensamento, pois baseou-se me uma visão 
limitada do Direito como algo condicionado apenas pelo tempo e lugar, sem manter nenhum aspecto fixo 
e universal. O Direito não é, como ele afirma limitado apenas ao que é definido pelo legislador, pois esse 
saber reúne fundamentos universais e necessários. Dessa forma, os desdobramentos ocorridos da 
interpretação de tais princípios, bem como sua aplicação no tempo e no espaço é que são contingentes e 
não o Direito em si. Um exemplo disso seria a liberdade, que vem mantendo seu caráter ao longo do 
tempo, mas também variando na maneira como esse princípio está regulamentado na prática. 
NADER, P. A natureza do Direito Subjetivo. In_ Introdução ao Estudo do Direito. Edt. Forense. 36ª ed. 
2014 
 
37. Quais são os princípios que sustentam a segurança jurídica? Explique-os. 
Irretroatividade da lei: Princípio segundo o qual uma lei nova não pode voltar ao passado, não 
considerando situações já consolidadas na vigência da lei anterior. Seus dois maiores fundamentos são a 
segurança e a certeza nas relações jurídicas, devidamente representadas pela integridade do ato jurídico 
perfeito, do direito adquirido e da coisa julgada. 
Coisa julgada: O instituto da coisa julgada se destina a tornar definitiva uma solução dada pelo Poder 
Judiciário a determinada controvérsia que a ele tenha sido submetida. É dividida, em geral, em duas 
espécies, a coisa julgada formal e a coisa julgada material. A coisa julgada formal significa que, em 
determinado processo, houve uma última decisão, por meio da qual se colocou seu termo final, sem que 
contra ela tenha sido interposto qualquer recurso. 
Outorga de ampla defesa e contraditório: O princípio do contraditório e da ampla defesa, em Direito 
processual, é um princípio jurídico fundamental do processo judicial moderno. Exprime a garantia de que 
ninguém pode sofrer os efeitos de uma sentença sem ter tido a possibilidade de ser parte do processo do 
https://www.migalhas.com.br/coluna/registralhas/204677/o-big-bang-legislativo-na-perspectiva-notarial-e-registral
https://www.migalhas.com.br/coluna/registralhas/204677/o-big-bang-legislativo-na-perspectiva-notarial-e-registral
https://vempradome.com.br/blog/piramide-de-hans-kelsen/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_processual
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_processual
https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_jur%C3%ADdico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_judicial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parte_(direito)
qual está provém, ou seja, sem ter tido a possibilidade de uma efetiva participação na formação da decisão 
judicial (direito de defesa). O princípio é derivado da frase latina Audialteram partem (ou audiatur et 
altera pars), que significa "ouvir o outro lado", ou "deixar o outro lado ser ouvido bem". 
Devido processo legal: Chama-se devido processo legal o princípio que garante a todos o direito a um 
processo com todas as etapas previstas em lei, dotado de todas as garantias constitucionais. 
https://jus.com.br/artigos/4318/o-principio-da-seguranca-
juridica#:~:text=Acerca%20dos%20elementos%20que%20d%C3%A3o,acusados%20em%20geral%2C%
20fic%C3%A7%C3%A3o%20do 
 
38. O que é direito positivo, subjetivo, objetivo, substantivo, material e instrumental? O que é 
dever subjetivo? 
Direito positivo consiste no conjunto de todas as regras e leis que regem a vida social e as instituições de 
determinado local e durante certo período de tempo; 
O direito subjetivo se refere aos direitos que são efetivamente garantidos ao indivíduo pela lei. É a forma 
concreta de um direito que foi determinado pela lei e pode ser usufruído por uma pessoa; 
Portanto, é o direito subjetivo que permite que uma pessoa invoque a previsão da lei para garantir o 
cumprimento de um direito. 
O direito objetivo consiste nas previsões gerais e abstratas presentes no ordenamento jurídico. É todo o 
conjunto de normas e regras vigentes em um Estado, que devem ser respeitadas pela sociedade, sob pena 
de sanções. 
Diz-se que o direito objetivo é abstrato pois é previsto de forma generalizada no ordenamento jurídico, 
incidindo de forma indiscriminada sobre todos os indivíduos e situações que se enquadram nas previsões. 
Direito material ou direito substantivo é o conjunto de normas que regulam os fatos jurídicos que se 
relacionam a bens e utilidades da vida, contrapondo-se, neste sentido, ao direito processual ou formal. 
Refere-se o termo à essência ou matéria do direito objetivo, ou seja, as regras abstratas criadoras das 
relações concretas de direito. 
O Direito Instrumental ou Direito Processual é aquele direito que se manifesta por meio da ação, ou seja, 
se manisfesta através do processo, é a manisfestação da lei nos casos concretos, por exemplo, a pessoa 
sofreu um dano (Direito Material), ela busscará a reparação do dano por meio da ação (Direito 
Instrumental) 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
39. Que é enfoque jurídico dogmático? Que é enfoque jurídico zetético? 
A distinção entre um modo de pensar dogmático e um modo de pensar zetético é utilizada por Viehweg 
pela primeira vez em um artigo publicado em 19684 e é proposta como uma maneira de entender a 
complexidade gerada pela amplitude que o fenômeno jurídico abrange e que coloca ao jurista tarefas que 
vão desde uma análise de um determinado ordenamento jurídico até investigações de caráter científico ou 
filosófico. 
Elaborada desta forma e especialmente com esta terminologia, a distinção não encontra paralelo na 
literatura jurídica deste período. Ao contrário, no entanto, do que ocorreu com a recuperação da tópica5 , 
não alcançou notoriedade, embora seja considerada um dos pontos importantes da contribuição de 
Viehweg. 
o enfoque dogmático revela o ato de opinar e ressalva alguma das opiniões. O zetético, ao contrário, 
desintegra, dissolve as opiniões, pondo-as em dúvida. Questões zetéticas têm uma função especulativa 
explícita e são infinitas. Questões dogmáticas têm uma função diretiva explícita e são finitas. 
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/43625/dogmatica-juridica 
https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-educacao/2525904 
 
40. Quais as características da Escola da Exegese. 
As principais características da Escola da Exegese eram: a inversão das relações tradicionais entre direito 
natural e direito positivo, a onipotência do legislador, a interpretação da lei fundada na intenção do 
legislador, o culto ao texto da lei e o respeito pelo princípio da autoridade. Tais características fizeram 
com que os intérpretes desta escola obtivessem uma visão limitada do Direito. 
https://www.infoescola.com/direito/garantias-constitucionais/
https://jus.com.br/artigos/4318/o-principio-da-seguranca-juridica#:~:text=Acerca%20dos%20elementos%20que%20d%C3%A3o,acusados%20em%20geral%2C%20fic%C3%A7%C3%A3o%20do
https://jus.com.br/artigos/4318/o-principio-da-seguranca-juridica#:~:text=Acerca%20dos%20elementos%20que%20d%C3%A3o,acusados%20em%20geral%2C%20fic%C3%A7%C3%A3o%20do
https://jus.com.br/artigos/4318/o-principio-da-seguranca-juridica#:~:text=Acerca%20dos%20elementos%20que%20d%C3%A3o,acusados%20em%20geral%2C%20fic%C3%A7%C3%A3o%20do
https://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fato_jur%C3%ADdico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_processual
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ess%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_objetivo
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/43625/dogmatica-juridica
https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-educacao/2525904
https://jus.com.br/artigos/23137/a-escola-da-exegese-origem-caracteristicas-e-contribuicoes 
 
41. Que é Jusnaturalismo? Em que escola ele se enquadra? 
Jusnaturalismo é o Direito Natural, ou seja, todos os princípios, normas e direitos que se têm como ideia 
universal e imutável de justiça e independente da vontade humana. 
De acordo com a Teoria do Jusnaturalismo, o direito é algo natural e anterior ao ser humano, devendo 
seguir sempre aquilo que condiz aos valores da humanidade (direito à vida, à liberdade, à dignidade, etc) 
e ao ideal de justiça. 
Escola do Jusnaturalismo Racionalista 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
42. Uma tempestade ou uma agressão pode fazer nascer uma relação jurídica? Como? 
Sim, uma tempestade, caso ocasione prejuízos a uma residência e o seguro tenha de agir para cobrir os 
gastos, acaba por ocasionar uma relação jurídica, assim denominado por fatos jurídicos em sentido estrito 
Bem como uma agressão no momento em a polícia entra em cena, ou no momento em que tentam uma 
reconciliação, também surge uma relação jurídica, nesse caso os atos jurídicos. 
https://eduhrios.jusbrasil.com.br/artigos/322765094/fatos-atos-e-negocios-juridicos 
 
43. O que é e qual a relevância de rebus sic stantibus e pacta sunt servanda? 
Rebus sic stantibus é uma expressão em latim que pode ser traduzida como "estando assim as coisas". 
A expressão é bastante usada na área do Direito, possuindo aplicações no Direito Penal, Direito Civil e no 
Direito Internacional. 
De forma geral esta cláusula significa que situações ou obrigações terão validade enquanto a situação que 
deu origem a elas se mantiver. 
Pacta sunt servanda é um termo em latim que significa “os pactos devem ser cumpridos”. Representa o 
princípio da força obrigatória dos contratos, que diz: se as partes estiverem de acordo e desejarem se 
submeter a regras estabelecidas por elas próprias, o contrato obriga seu cumprimento como se fosse lei. 
A cláusula rebus sic stantibus se relaciona com o pacta sunt servanda, expressão em latim que significa 
"os contratos devem ser cumpridos". Este termo é uma referência à obrigatoriedade do cumprimento dos 
contratos, pois prevê que a assinatura de um acordo obriga as partes a cumpri-lo. 
FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito – Técnica, Decisão, Dominação. São 
Paulo: Atlas, 1996. 
 
44. Que é “vacatio legis”, revogação, irretroatividade, regulamentação e repristinação da norma 
jurídica (explique se nosso direito acolhe este último instituto jurídico)? 
Vacatio Legis é um termo jurídico, de origem latina, que significa vacância da lei, ou seja "a Lei Vaga", 
que é o período que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor, ou 
seja, que tem seu cumprimento obrigatório. 
A Vacatio Legis, fundamentada juridicamente, é estabelecida para que haja um período de assimilação danova lei que entrará em vigor depois do prazo determinado. Esse período é em média de 45 dias, 
contando da data da publicação da lei. 
Revogar é anular, desfazer, eliminar, derrogar, invalidar. Revogar é cancelar uma decisão tomada 
anteriormente. É voltar atrás, é fazer com que algo deixe de vigorar. 
Revogar é um verbo transitivo direto, com origem do latim revocare, que é o ato ou efeito de tornar nulo 
ou sem efeito. Ex.: revogar um contrato, revogar uma licitação, etc. 
Irretroatividade é a qualidade de não retroagir, não ser válido para o passado. As leis e atos 
normativos em geral, a princípio, são editadas para que passem a valer para o futuro, desde a data da 
publicação ou a partir de um período fixado, geralmente no final do seu texto. 
A principal razão para isso é que, se o ato passa a ser de cumprimento obrigatório, não poderia ser exigido 
antes do seu conhecimento dos que devem cumpri-lo. Isso não impede, todavia, que uma lei que institua 
um benefício a ser concedido pelo Poder Público (um aumento salarial aos servidores públicos, por 
exemplo), gere efeitos retroativos, como exceção à regra geral. 
https://jus.com.br/artigos/23137/a-escola-da-exegese-origem-caracteristicas-e-contribuicoes
https://eduhrios.jusbrasil.com.br/artigos/322765094/fatos-atos-e-negocios-juridicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ato_normativo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ato_normativo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_P%C3%BAblico
A regulamentação é necessária para o funcionamento das regras contidas no Marco Civil, pois alguns 
artigos da Lei fazem remissão explicita ao regulamento, como as exceções à neutralidade de rede ou 
procedimentos de segurança que as empresas devem adotar com os dados dos usuários. 
A repristinação é um instituto que determina a vigência de uma Lei revogada em virtude da revogação da 
Lei que a revogou em um primeiro momento. 
Repristinação é um tema bastante consolidado no sistema jurídico brasileiro. No entanto, só pode ser 
invocado caso a lei dispuser em sentido diverso. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
45. Que é direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada? Qual é a fonte constitucional 
de proteção dessas hipóteses? 
O direito adquirido é aquele cujo exercício não pode ser obstado pela vontade de outrem, inclusive pela 
vontade da lei. Se tal direito pode ser extinto pela vontade alheia, não se trata de direito adquirido. O 
direito adquirido encontra respaldo no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal de 1988, que dispõe: a lei 
não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada’’. 
Ato jurídico perfeito é aquele em que já se consumou de acordo com a lei vigente à época. O direito já foi 
exercido, todos os atos já foram praticados, não podendo ser modificados por Lei posterior. “§ 1º Reputa-
se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.” LINDB. 
Por coisa julgada entende-se o estado de imutabilidade dos efeitos da sentença, não mais sujeita a 
recursos. Para a LINDB, chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba 
recurso. 
“§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.” LINDB. 
Conforme disciplina o CPC:“Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna 
imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.” 
Dessa forma, à decisão judicial que não mais se sujeita a recurso denomina-se coisa julgada material. A 
imutabilidade da sentença é importante instrumento que confere credibilidade do Estado, promovendo 
segurança jurídica e paz social. 
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 12 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense. 1993. p.150. 
DWORKIN, Ronald. Law´s Empire. London: Fontana Press. 
 
46. Lei formalmente feita por parlamentares subornados pelo Poder Executivo pode ser arguida 
de inaplicável? Qual o fundamento para tal hipótese, se existente? 
A inconstitucionalidade formal propriamente dita decorre da inobservância do devido processo 
legislativo. Podemos falar, então, além de vício de competência legislativa (inconstitucionalidade 
orgânica), em vício no procedimento de elaboração da norma, verificado em momentos distintos: na fase 
de iniciativa ou nas fases posteriores. O vício formal subjetivo verifica-se na fase de iniciativa. Logo, 
quando há parlamentares subornados pelo Poder Executivo essa pode ser declarada inconstitucional por 
vício formal subjetivo e assim ser arguida de inaplicável. 
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 22. 
 
47. Como se corrige erro de ortografia numa lei? 
Artigo 1º, §§ 3º e 4º da LINDB: 
§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo 
deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 
§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
A diferença se estabelece na publicação da LEI, correção de erro material antes da publicação considera-
se apenas um novo tempo para publicar está. Ocorrida a correção após a publicação, considera-se nova 
lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657compilado.htm 
 
48. Que são regras de interpretação e qual a distinção entre interpretação e hermenêutica? 
Por meio de pesquisa e da realização deste, é possível entender as regras de interpretação existentes, são 
elas: gramatical, lógica, sistemática, teleológica, histórica e comparativa: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729579/inciso-xxxvi-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657compilado.htm
INTERPRETAÇÃO GRAMATICAL: Por meio dessa, possível compreender o significado da norma, a 
literalidade. 
INTERPRETAÇÃO LÓGICA: Essa, busca o sentido normativo a partir da aplicação da lógica, de forma 
que se possa extrair o sentido da norma, utilizando-se do raciocínio. Com a aplicação dessa regra, tudo a 
norma é interpretada com precisão. 
INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA: A interpretação sistemática analisa as normas de forma única, sob 
a perspectiva de que o ordenamento jurídico não possua incompatibilidades. Essa, evita as contradições 
com os princípios gerais do direito e com normas superiores. 
INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA: Essa forma é também conhecida como finalística. Esse modo mira a 
finalidade, o objetivo da norma quando criada. Esse método busca adaptar a norma para a realidade 
apresentada. 
INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA: A interpretação histórica leva em consideração o conteúdo de sua 
criação. Esse método é dividido em: histórica próxima, que leva em consideração o momento em que foi 
concebida (a norma) e em histórica remota, que observa o significado original da norma, levando em 
consideração dados de diversas áreas. 
INTERPRETAÇÃO COMPARATIVA: Essa forma de interpretação leva em consideração os institutos 
jurídicos, normas e conceitos e a evolução que eles apresentaram ao longo do tempo, de forma a 
identificar possíveis semelhanças, para que se possa compreender o significado atribuído para 
determinadas secções das normas, afim de resolver problemas atuais. 
No Direito, assim como na teologia, na filosofia, entre outros ramos do saber, procurou-se desenvolver 
uma hermenêutica, ou seja, um conjunto de regras e métodos que regessem o ato de interpretar. 
Aqui já se pode vislumbrar a diferença entre hermenêutica e interpretação: aquela é a ciência, o conjunto 
de regras aceitáveis

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