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Epidemiologia Aulas 4 e 5

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EPIDEMIOLOGIA
VETERINÁRIA
A U L A 4 E 5 - 1 3 / 1 2 E 2 0 / 1 2
EDUARDA CAROLINE GOSTINSKI
OCORRÊNCIA DE DOENÇAS EM
POPULAÇÕES
FATORES QUE RESTRINGEM A OCORRÊNCIA
DE DOENÇAS EM UM ECOSSISTEMA
→ Imunidade dos hospedeiros - parte dos
hospedeiros protegidos em decorrer de
imunização ou infecção prévia;
→ Agente etiológico erradicado ou ainda
não introduzido no ecossistema;
→ Limitações ambientais interferindo com
a sobrevivência do agente etiológico - calor
ou frio excessivo e outros. Ex: leptospirose,
o agente precisa de umidade, pH de neutro
a alcalino, então em um lugar com local
seco e pH ácido, a bactéria não sobrevive;
→ O ciclo de vida do agente não pode ser
completado. Ex: vetores biológicos são
necessários em alguns ciclos de agentes
etiológicos;
→ Disseminação não realizada - baixa
densidade de hospedeiros susceptíveis.
CONCEITOS
⭐ Caso: pessoa ou animal infectado ou
doente apresentando características
clínicas, laboratoriais e epidemiológicas
específicas.
⭐ Caso clínico: animal infectado
(hospedeiro) que esteja apresentando
sinais ou sintomas detectáveis no exame
clínico.
⭐Caso suspeito: hospedeiro com 
histórico clínico, sintomas e possível
exposição à fonte de infecção sugerem
que possa estar ou vir a desenvolver
alguma doença infecciosa, suspeito até os
resultados do laboratório.
⭐Caso confirmado: hospedeiro isolado e
identificado o agente etiológico, ou com
evidências laboratoriais da presença do
agente etiológico como conversão
sorológica em amostras de sangue nas
fases agudas e convalescentes. Esse
indivíduo poderá ou não apresentar a
síndrome indicativa da doença. 
⭐Caso esporádico: é o caso que segundo
informações, não apresenta
epidemiologicamente relacionado a outros
casos. Caso isolado.
⭐Caso índice: primeiro entre vários outros
casos similares. Possui vínculo
epidemiologicamente, geralmente
identificado como fonte de infecção. Pode
ser caso primário mas as vezes não
acontece.
⭐ Caso primário: é o primeiro caso da
enfermidade em uma população, a partir
da data do início da investigação
epidemiológica.
⭐Caso co-primário: caso de enfermidade
que ocorre após o caso primário, porém
em um período inferior ao período de
incubação da doença.
⭐Caso secundário: caso de enfermidade
que ocorre após o caso primário, em um 
Eduarda Caroline Gostinski
período igual ou superior ao período de
incubação da doença. A fonte foi o caso
primário.
⭐Foco: é a localidade onde está ocorrendo
determinada enfermidade. É constituído
pelos indivíduos doentes e os indivíduos
que entraram em contato com estes
(comunicantes). Ex: Em casos de febre
aftosa por ser uma doença transmissível
por via aérea, a propriedade e raio de 5km
são considerados foco.
⭐ Caso autóctone: caso da doença que
teve sua origem dentro dos limites do lugar
em referência ou sob investigação. Ter
estabelecido os casos primários e
secundários.
⭐ Caso alóctone: o doente, atualmente
presente na área sob consideração,
adquiriu a enfermidade em outra região, de
onde emigrou. São também chamados de
casos importados.
⭐ Investigação epidemiológica: estudo
realizado, particularmente no caso de
doenças transmissíveis, a partir de casos
clinicamente declarados ou mesmo de
portadores, com a finalidade de detectar
as fontes de infecção e permitir a adoção
das medidas profiláticas mais adequadas.
Não é um estudo amostral, sendo utilizado
na investigação de casos, de óbitos ou de
surtos.
⭐ Inquérito epidemiológico: estudo
epidemiológico das condições de
morbidade por causas específicas,
efetuado em amostra representativa ou no
todo de uma população definida e
localizada no tempo e no espaço. Estudo
levado a efeito quando as informações são
inexistentes ou, se existentes, são
inadequadas em virtude de diagnóstico
deficiente, notificação imprópria ou
insuficiente, mudança de comportamento 
epidemiológico de determinadas doenças,
dificuldade na avaliação de cobertura ou
eficácia vacinais, etc. 
Investigação é feita a partir de casos, e
inquérito é realizado direto com as
populações.
DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DA
OCORRÊNCIA DE DOENÇAS
Sempre leva em consideração a relação
entre tempo x espaço.
Formas de distribuição temporal das
doenças:
→ Área livre ou Indene: é a ausência da
ocorrência de uma doença em uma
população de uma dada região.
→ Esporádica: é a ocorrência eventual de
uma doença em uma população de uma
dada região.
→ Endemia ou enzootia: presença de
uma doença em uma população de uma
dada região, dentro de limites normais e
esperados. Pressupõe a presença do
agente etiológico e condições ambientais
presentes no ecossistema.
→ Epidemia ou epizootia: presença de
uma doença em uma população de uma
região, ocorre acima dos limites
considerados normais e esperados. É
necessário alguma mudança no
ecossistema. Ex: introdução de agentes,
mutação, mudança ambiental e outros.
→ Surto: epidemia de pequenas
proporções que ocorre em uma pequena
população de uma área restrita. Ex.
restaurante, unidade de criação de animal,
etc.
→ Pandemia ou panzootia: é quando uma
epidemia sai do controle e se entende por
grandes regiões geográficas, atingindo
várias populações de diversos países e
continentes. Ex: AIDS, Influenza, COVID, etc.
Eduarda Caroline Gostinski
SÉRIES TEMPORAIS
Avaliar a doença em um determinado
intervalo de tempo. Tipos principais:
⭐Tendência Geral, Histórica ou Secular:
observa a longo prazo, na evolução de um
determinado prazo - ver ao longo do
tempo o comportamento da doença,
avaliar as medidas de controle e suas
eficácias.
⭐ Variação Cíclica: oscilações periódicas
da frequência de um evento. Ocorrem em
períodos superiores a um ano.
⭐ Variação Sazonal ou Estacional:
Oscilações periódicas da frequência de um
evento. Ocorrem no decorrer de um ano
⭐ Variação Irregular ou Acidental:
Alterações na frequência de agravos à
saúde devido a acontecimentos não
previsíveis. Ocorrem quando se tem:
catástrofes naturais como enchentes,
catástrofes artificiais como guerras, surtos
de doenças de via hídrica e toxinfecções
alimentares
CURVAS EPIDÊMICAS
→ Epidemia sempre diminui: quando
diminui o número de hospedeiros
susceptíveis.
→ Valor limite: densidade mínima de
hospedeiros susceptíveis para ocorrer uma
epidemia. Como em doenças transmitidas
por contato - 20 a 30% de hospedeiros
susceptíveis.
De acordo com a curva epidêmica, as
epidemias podem ser:
→ Epidemia por Fonte Comum: epidemia
instantânea, maciça ou explosiva.
Exposição dos hospedeiros por uma fonte
única. Ocorre em um curto período de
tempo, com aparecimento dos casos ao
mesmo tempo. A maioria dos casos são
co-primários, ex: toxinfecções alimentares, 
Eduarda Caroline Gostinski
doenças transmitidas por águas e
alimentos contaminados.
→ Epidemia Propagativa: Epidemia
progressiva. Disseminação mais lenta,
Primeiros indivíduos infectados tornam-se
fonte de infecção para os demais
hospedeiros susceptíveis, propagando a
doença entre eles. A maioria dos casos
observados são secundários.
DETERMINAÇÃO DO COMPORTAMENTO
DE UMA ENFERMIDADE
→ Nível Endêmico: é a faixa esperada de
casos, serve para diferenciar uma endemia
de epidemia. É necessário para colher
dados da população de uma área mês a
mês por um período de no mínimo cinco
anos. Este procedimento elimina o efeito
do acaso. Ex. Seca ou chuvas em excesso.
CÁLCULO DO NÍVEL ENDÊMICO
⭐ Média:
Nível endêmico = x ± 1,96 . σ 
Desvio Padrão (σ) = √Σ (x - x)² 
 N 
N = nº de anos observados 
O valor de 1,96 corresponde ao nível de
significância de 5% que foi adotado.
⭐Mediana:
Trabalha com o valor intermediário entre
os dados.
Ela tem vantagens sobre a média, pois
anula a influência dos valores extremos e
elimina os valores negativos. 
Primeiro Quartil (25%): Q = N + 1 
 4
-
-i
1
Organizar os valores mês a mês em
ordem crescente;
Organizar os valores no gráfico.
Segundo Quartil ou Mediana (50%):
Mediana: N + 1 
 2
Terceiro Quartil (75%):
Q = 3 . (N + 1) 
 4
Para calcular a mediana é necessário:
Eduarda CarolineGostinski
1
3

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