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Reposição de Vitaminas e Sais Minerais

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Vitaminas e Sais Minerais
Farmacologia - Aula 4
“Deixe que a alimentação seja o seu remédio e o remédio a sua alimentação (Hipócrates).”
NUTRIENTE
· São substâncias que fazem parte do nosso organismo e dos alimentos, cuja ausência ou diminuição abaixo de um limite mínimo produz, no decorrer de um tempo, uma enfermidade carencial.
· Os nutrientes são classificados de acordo com as necessidades diárias de acordo com as recomendações em:
· MACRO e MICRONUTRIENTES.
CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS MINERAIS
Os minerais podem se dividir em 3 grupos principais a partir das quantidades de ingestão diária recomendada: macrominerais, oligoelementos e elementos traços.
1. Macrominerais: elementos cujas necessidades diárias superam os 100 mg → cálcio (1.200 mg), Na, K, Mg.
· K na perda devido uso de diuréticos, e NA só em comorbidades de hipófise.
· Magnésio → deficiência quando utiliza inibidor da bomba de prótons.
2. Oligoelementos ou Microminerais: necessidades diárias são menores que 100 mg → ferro, zinco, selênio
· Ferro mais relacionado ao sistema imunológico.
· Zinco mais relacionado ao sistema nervoso, é cofator em relação a síntese de neurotransmissores.
3. Elementos traços: minerais para os quais ainda não há uma recomendação de ingestão estabelecida, mas se encontram na ordem das micro ou nanogramas. → cobre (fundamental para SNC)
· A reposição e a incorporação de micronutrientes ao corpo a partir da alimentação é a maneira mais adequada de se manter os estoques corporais em níveis desejáveis.
· Outros componente bioativos importantes:
· Fitoestrógenos, encontrados nos grãos e leguminosas, principalmente os de soja;
· Glucosinolatos, encontrados nos vegetais crucíferos (couve e repolho);
· Inibidores de proteases, encontrados em grãos e feijões;
· Flavonóides, encontrados nas frutas, legumes e verduras e também no café e chá 
· Carotenóides (em frutas amarelas e verduras e legumes verde-escuros) - vitamina A e E (neuroprotetoras) → cenouras e abóboras;
· Flavonoides e carotenoides como papel de antioxidantes e neuroprotetores;
· Fosfolipídios (lecitina de soja).
· Ferro livre nas plantas → dificuldade em absorção por conta de outras substâncias presentes. Uma combinação antiga e efetiva é feijão preto consumir com frutas cítricas (vit c) aumenta biodisponibilidade
BIODISPONIBILIDADE DOS MICRONUTRIENTES
· A escolha do suplemento deve considerar:
· pH (ácido ou alcalino): pH gastrointestinal necessário para a solubilização do nutriente;
· Ex. Carbonato de cálcio que deve ser em ambiente ácido
· Forma de apresentação do suplemento: solução aquosa, cápsula, pó;
· Dependência de enzimas do trato gastrointestinal que auxiliam na absorção de alguns micronutrientes;
· Vitaminas lipossolúveis nas refeições → sais biliares 
· Integridade intestinal e superfície de absorção → bariátrica, suplementar vitamina B12 SL ou IV, via oral tem déficit pois preciso da secreção ácida, do fator intrínseco
· Via de administração: oral, SL, intramuscular ou endovenosa, de acordo com a gravidade da deficiência nutricional;
· Bariátrica tem que ser via sublingual ou IM/enteral, pois preciso do fator intrínseco, mas secreta pouco pois foi cortada grande parte do estômago, por isso VO não é recomendada.
· Quantidade e tipo de micronutriente presente nas formas de administração.
· Ter ideia de doses e absorção dos nutrientes → às vezes a dose é muito grande e a absorção é pequena.
Principais locais de absorção desses elementos
←Resumo das principais funções de cada vitamina.
ANEMIA
· A anemia é uma condição patológica em que ocorre diminuição da massa de hemoglobina e da massa eritrocitária.
· OMS: concentração de Hb inferior a 12 g/dL para mulheres pré-menopausa e inferior a 13,0 g/dL para homens e para mulheres na fase pós-menopausa.
· As manifestações clínicas da anemia são variáveis e dependem da etiologia, da gravidade, da velocidade de instalação, das eventuais comorbidades e dos mecanismos compensatórios que o paciente foi capaz de mobilizar.
· As queixas mais comum são: astenia, dispneia e palpitações, tontura, cefaléia, zumbidos, claudicação intermitente e angina pectoris nos pacientes com doença arterial aterosclerótica.
· Diagnóstico: clínico e laboratorial: 
· SUS: reticulócitos e hemograma → permite classificar a anemia de acordo com sua a intensidade e com o volume corpuscular médico (VCM) das hemácias, além de mostrar as contagens de leucócitos, assim como a sua morfologia (ex. pleocariócitos e bastonetes gigantes nas anemias megaloblásticas), e de plaquetas (reduzida na falência ou infiltração da MO e na anemia megaloblástica, etc.).
· A anemia ferropriva é a mais comum , mas temos também de B9 e B12.
· Por deficiência da B12 temos a população que não consome e/ou não tem acesso aos alimentos com maior quantidade como carnes..
· B9 sempre foi grande motivo de déficit e políticas públicas recomendaram farinhas com ferro e ácido fólico, ajudando bastante nessa deficiência.
Anemia Ferropriva
· É a principal e a que mais vemos casos.
· Na prática clínica com interações medicamentosas que podem diminuir mais ainda.
FERRO
· Dose terapêutica recomendada é de 2 mg a 5 mg/kg/dia por um período suficiente para normalizar os valores da Hb – de um a dois meses – e restaurar os estoques normais de ferro do organismo – de dois a seis meses ou até se obter ferritina sérica maior que 50 ng/Ml.
· Se precisa de muita dose, dividir → crianças	Comment by Luiza Bertoldi Hansen: Sulfato Ferroso
· Causa grande irritação do TGI
· Nosso organismo se defende do ferro → intestino bloqueia a absorção (principalmente, constipação e diarreia) → potencializados se a dose for muito alta (dose alta e mais vezes ao dia)
· Aumentar a ingestão de probióticos e prebióticos na maioria dos casos devido constipação.
· Utilizar somente até os valores de ferro normalizarem.
· Melhor utilizar uns 30/40 min antes de se alimentar pois é neste momento que tem secreção gástrica.
· O tratamento padrão é a suplementação de sal de ferro por via oral, na dose de 50-200 mg/dia de ferro elementar (o ferro elementar corresponde a 20% da massa do sulfato ferroso) para indivíduos adultos.
· Nunca vamos passar de 100 mg → pois os EA se tornam intoleráveis
· Doses superiores a 200 mg: a mucosa intestinal atua como barreira, impedindo a absorção do metal, e a proporção absorvida diminui significativamente → NÃO ABSORVE NADA.
· Os sais ferrosos administrados por via oral são rapidamente absorvidos, devendo ser ingeridos, de preferência, com o estômago vazio, ou uma hora antes das refeições - horário de maior produção de ácido gástrico.
· Para cada 100 mg de ferro elementar, demorar em torno de 15 min para administração da ampola e diluir com SF 
· O ideal é que o suplemento de ferro seja acompanhado de vitamina C e de frutooligossacarídeos para prevenir a constipação, melhorar a flora intestinal e proporcionar melhor absorção do mineral.
· Tomar com suco de laranja
· Cítricos deixam pH mais ácido e como são antioxidantes, evitam que ferro 2 seja convertido em ferro 3 (estado férrico tem pouca absorção)
· Interações que reduzem a absorção de ferro: cálcio e o fitato.
· EA: náusea, vômito, gosto metálico (em especial se for administrado longe das refeições - que é o correto), epigastralgia, dispepsia, desconforto abdominal, diarreia, obstipação.
· Antes perder um pouco de absorção do ferro do que perder totalmente a adesão terapêutica.
· Principais medidas práticas para minimizar os EA e melhorar a adesão ao tratamento com sais ferrosos são:
· Fracionar a dose total diária em duas ou três tomadas;
· Orientar o paciente para que tome o medicamento durante ou após as refeições, sendo que, neste caso, a diminuição da absorção poderá ser compensada pelo aumento da adesão ao tratamento;
· Administrar doses menores, ou 50% da dose preconizada ou, por exemplo, começar com apenas uma dose diária, aumentando-as gradativamente, de acordo com a tolerância de cada paciente.
· Considerar as características de absorção do diversos tipos de suplementaçãode ferro disponíveis no mercado:
· Fumarato ferroso: 33% de ferro elementar, geralmente bem tolerado pelos pacientes, e apresenta boa absorção do mineral.
· Sulfato ferroso: apenas 20% de ferro elementar e apresenta maiores efeitos gastrointestinais. (SUS, é o padrão utilizado para reposição)
· Ferronil: 98% de ferro elementar, ferro elementar, com partículas bem reduzidas. Podem ser administrados durante ou após a refeição. 
· Eles apresentam menor incidência de EA, proporcionando maior adesão ao tratamento e melhores resultados.
· Principais compostos com ferro disponíveis para tratamento oral da anemia ferropriva:
Formulações de 300 mg temos cerca de 50/60% biodisponível de ferro elementar.
O mais padrão é ir pela média da população de precisar de 100-200 mg de ferro elementar por dia (maioria utiliza a conta de 100 mg que daria sulfato ferroso 2x ao dia)
Gestantes geralmente 1x ao dia (as que não possuem anemia, somente suplemento a mais).
Só em situações muito específicas, como na bariátrica, que precisam de injeções IV com dose maior.
· Ferro Endovenoso: sacarato de hidróxido férrico. Para o cálculo da dose total em mg de ferro a ser reposta, pode-se utilizar a seguinte fórmula: (Hb desejada - Hb encontrada) x 200 + 500.
· Administração lenta - 15 min para administração de 1 ampola.
· Diluir o composto apenas em solução fisiológica (SF) a 0,9%; diluir cada ampola (5 ml, 100 mg) em, pelo menos, 100 mL de SF;
· Infundir cada 100 mg de ferro endovenoso por, pelo menos, 15 minutos; respeitar o tempo de infusão do medicamento;
· Respeitar o limite da dose máxima por aplicação, de 200 mg (duas ampolas), e da dose máxima semanal de 500 mg;
· Respeitar o intervalo entre as aplicações, que é de, pelo menos, 24 horas.
· Nos SUS, VO tem e as ampolas no hospital.
VITAMINAS 
· Vitaminas e parte dos minerais → cofatores enzimáticos, síntese de elementos importantes, produção de energia (ATP), para o funcionamento do ciclo de Krebs
VITAMINA A
· Vitamina A – IDR: 5.000UI (IDR = ingestão diária recomendada)
· Pouco disponível na dieta, mas é encontrada nos seus precursores, os carotenos.
· O termo vitamina A compreende uma família de compostos alimentares essenciais lipossolúveis que são estruturalmente relacionados ao retinol e que compartilham atividades biológicas. Os carotenóides atuam como precursores alimentares do retinol (produção de cones e bastonetes). Seis deles (β-caroteno, β-criptoxantina, α-caroteno, licopeno, luteína e zeaxantina) representam mais de 95% da concentração total de carotenóides plasmáticos
· Funções: atua na regulação do crescimento celular e na modulação da expressão gênica. Previne xeroftalmia (cegueira noturna), previne infecções, câncer e DCV, participa do crescimento ósseo, das funções ovarianas e testiculares, função antioxidante.
· Crescimento de cabelos (devido crescimento celular)
· O β-caroteno é o mais abundante na natureza e é encontrado em vegetais e frutas de cor verde-escuro e amarelo-alaranjado:
· Cenouras e abóboras (α- e β-caroteno); tomates e derivados (licopeno); goiaba vermelha (licopeno) e espinafre (luteína).
· Estudos epidemiológicos sugerem que os carotenóides exercem papel protetor importante contra doenças cardiovasculares ( pela função antioxidante) e certos tipos de cânceres.
· Formulações: 
1. Arovit®: solução oral com 150.000 UI/mL em 20mL, ampola com 300.000 U/1 mL, drágeas com 50.000 UI; e Retinar®: drágeas de 50.000 UI;
a. Indicação: profilaxia e tratamento da deficiência da vitamina A.
b. Posologia: 30 a 300mg ao dia nas refeições.
2. Betacaroteno (Betacaroteno – Fontovit®)
· Indicação: profilaxia e tratamento da deficiência da vitamina A
· Posologia: 30 a 300mg ao dia nas refeições.
· EA de Hipervitaminose A: Irritabilidade, vertigem, febre, cefaleia, pele seca e quebradiça, perda de peso, hipervitaminose A (hipertensão, intracraniana, fadiga, mal-estar, letargia, desconforto abdominal, anorexia, vômito, hepatotoxicidade, icterícia).
· Vitaminas lipossolúveis tem que cuidar pois se acumulam no corpo.
· Órgão mais afetado: fígado (em todas llipossolúveis)
· Apenas a vitamina E não tem relatos de hepatotoxicidade 
· Vitaminas hidrossolúveis não são absorvidas pela pele.
VITAMINA E
· IDR: 20 a 30 UI (UI = 1 mg)
· Maior dificuldade em conseguir na dieta
· A vitamina E é uma substância lipossolúvel e existente na natureza como tocoferóis e tocotrienóis, em quatro formas diferentes (α, β, γ e δ), sendo o -tocoferol a forma antioxidante mais ativa e amplamente distribuída nos tecidos e no plasma.
· A vitamina E constitui o antioxidante lipossolúvel mais efetivo encontrado na natureza, e importante fator de proteção contra a peroxidação lipídica nas membranas celulares e na circulação sanguínea.
· Os óleos vegetais (uma vez aquecido oxida e não tem o papel dela) e as margarinas, além de oleaginosas como amêndoas, castanhas, amendoim e gérmen de trigo, constituem alimentos ricos em vitamina E. 
· Quanto ao suplemento, ela é feita isolada.
· É antioxidante (função carro chefe).
· Ajudo na utilização da vitamina K, sistema circulatório
· Única que é efetivamente neuroprotetora
· Tocoferol (Vita E 400 ®)
· Única que é neuroprotetora - todos as pessoas que fumam deveriam ter uma maior oferta de vitamina E (por conta dos radicais livres)
· Indicação: profilaxia e tratamento da deficiência de vitamina E
· Posologia: concentrações 4 -5 x a quantidade dietética recomendada. 
· Administrar durante as refeições (precisa dos sais biliares)
· Contraindicação: anemia ferropriva, deficiência de vitamina K → repor esses primeiro e depois administrar a vitamina E.
VITAMINAS DO COMPLEXO B
· Vitaminas do complexo B têm participação fundamental no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. 
· Atuam de formas diferentes e em diversos sistemas enzimáticos, participam como coenzimas na ativação de inúmeros processos metabólicos. São as que mais estão associadas a isso.
· Vitaminas complexo B contribuem para a manutenção da saúde do sistema nervoso central e periférico, músculos, ossos, pele, olhos, cabelos, fígado e aparelho gastrointestinal.
· Deficiências de vitaminas do complexo B são, em sua grande maioria, neurológicas, dermatológicas e gastrointestinais.
· Hidrossolúveis → nosso corpo armazena pouco essas vitaminas. Necessidades diárias, diferentemente das lipossolúveis. 
B1: Tiamina - Benerva® - cpr 100 ou 300 mg
· Dores neuropáticas, insuficiência cardíaca 
· Fontes: leveduras, farelo de trigo, cereais integrais e as castanhas. Hortaliças, frutas, ovos, carnes.
· Termolábil.
· Função:
· Atua como coenzima de vários sistemas enzimáticos que catalisam reações de descarboxilação oxidativa (participam do Ciclo de Krebs, via das pentoses fosfatadas) - produção de energia no organismo- é fundamental para o funcionamento do cérebro (síntese de neurotransmissores), e células em geral (músculo liso e esquelético).
· Via das pentoses → vias de produção de ATP, nenhuma célula nervosa consegue produzir ATP sem tiamina.
· A tiamina é depletada pelo uso de álcool → intoxicação aguda do álcool, usa tiamina
· Etilistas crônicos precisam de suplementação. 
· Carência: A deficiência de tiamina pode resultar em três síndromes distintas:
1. Beribéri seco, caracterizado por neuropatia periférica crônica → formigamento nos pés, dormência
2. Beribéri úmido, no qual insuficiência cardíaca e anormalidades metabólicas predominam, com pouca evidência de neuropatia periférica.
3. Encefalopatia de Wernicke que pode ser com psicose Korsakoff, caracterizada por confusão mental, dificuldade na coordenação motora e paralisia do nervo ocular (oftalmoplegia) → uso agudo, bebeu demais, está embriagado
· Altas doses de vitaminas diárias (100 – 600 mg) podem ser utilizadas para o tratamento de lombociatalgias (principalmente as que tem compressão dos nervos espinhais), neurite trigeminal ou ótica, paralisia facial, encefalopatias, herpes zóster (vírus neurotróficos, são tóxicos para a bainha de mielina)
· Dexa + citoneurim → bem frequente na prática.
B2: Riboflavina - Biofructose®,Energoplex®, NeoCebetil Complexo® e Frutoplex® em ampola 10 ml.
· Fontes: leite e seus derivados, carne e vísceras (como fígado e rins), vegetais folhosos verdes (como a couve, brócolis, repolho e agrião), ovos e ervilhas.
· Função: a riboflavina é fundamental no processo metabólico de proteínas, carboidratos e gorduras. Essencial para formação de eritrócitos, neoglicogênese e função tireoidiana. Forma duas coenzimas, FMN (flavina mononucleotídeo) e FAD (flavina adenina dinucleotídeo) que participam dos processos de oxiredução celulares e transporte de elétrons. FMN participa do processo de ativação da piridoxina (Vit. B6) e a FAD, da conversão do aminoácido triptofano em niacina (Vit. B3). A riboflavina também está envolvida nos processos de manutenção da integridade cutânea.
· Vit B3 → síntese de lipídeos (partícula de HDL)
· Carência - a deficiência crônica pode levar a alguns sintomas neuropáticos, dermatológicos (estomatite angular, seborreia nasolabial), gastrintestinais (glossite, anorexia) e oculares (fotofobia, ardência, prurido). 
· Geralmente começa com queixa de dormência e queimação nos pés.
· Suplementação de riboflavina é feita com sua forma fosfatada, em soluções injetáveis ou preparados orais. Nas deficiências de vitamina B2 as doses orais, diárias, de 5 – 10 mg estão associadas à boa resposta terapêutica.
· Associada com B1 injetáveis ou em suplementos do complexo B 
· Em pacientes com úlceras córneas e fotofobias, a utilização de riboflavina está bem indicada.
· Todos os suplementos do complexo B têm todas as vitaminas, menos a B7 (biotina), pois ela é a única que estimula o apetite.
· Baixa adesão
B3: Niacina: o ácido nicotínico e a nicotinamida. - Acinic®, Metri®, Papuless®. Apresentações. Comprimidos de 250, 500, 750 e 1.000 mg 
· Fontes: a principal fonte é a carne vermelha. Também pode ser encontrada no leite e derivados, ovos, fígado, peixe, leveduras, cereais integrais e em vários vegetais (brócolis, tomate, cenoura, aspargo, abacate e batata-doce).
· Raro ter deficiência de B3. Nos países desenvolvidos, a maioria da deficiência é de seu precursor, triptofano.
· Função: também chamada de vitamina PP: nicotinamida e o ácido nicotínico. Triptofano é precursor da niacina cuja reação é dependente de vitaminas B1, B2, B6 e de bactérias intestinais.
· Triptofano é um aminoácido essencial que vem da dieta → digerir proteínas → preciso do sistema ácido para quebrar as proteínas e absorver os aminoácidos → população usa IBP de forma crônica, fazendo déficit de digestão e absorção.
· A principal forma de obter niacina é a partir do triptofano.
· A niacina participa da formação das coenzimas NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo) e NADP (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato), responsáveis pela transferência de elétrons e metabolismo dos carboidratos, gorduras (HDL) e proteínas.
· Deficiência de niacina → frações lipídicas alteradas 
· É fundamental para o bom funcionamento do sistema neurológico. Além disso, contribui para a manutenção do bom estado da pele e mucosas.
· Carência: carência causa Pelagra, cujos sintomas são genericamente referidos como três D (dermatite, diarreia e demência)	Comment by Natan Arthur Debatin: Sensação de dormência mãos e pés: B1, B2 e B3
· Dermatite (hiperpigmentação, hiperceratose e descamação): manifesta-se após exposição solar, caracterizada por eritema intenso, parecido a uma queimadura que pode estar associado à presença de vesículas que cicatrizam e posteriormente descamam. Manifesta-se em regiões como mãos (em luvas), pés (em botas) e pescoço (colar de casal).
· Demência: as alterações neuropsiquiátricas são atribuídas à conversão diminuída da serotonina a partir do triptofano. O quadro neuropsiquiátrico se manifesta com fadiga, insônia e apatia, podendo evoluir para confusão mental, déficit de memória, convulsões, catatonia e alucinações.
· Diarreia: é produto da inflamação da mucosa intestinal.
· Inicialmente a pelagra pode se manifestar com o aparecimento de fraqueza, anorexia, tonturas, sensação de queimação e fadiga.
· Indicado: Pelagra, hipertrigliceridemia, LDLc elevado.
B5: ácido pantotênico
· Apresentações: polivitamínicos, Solução oral de 50 mL; pomada com 30 g Babytol®, Bepantol®, Be- pantol Baby®, Bepantriz®, Cicatenol®, Epitegel®, Neopantol®.
· A absorção, o efeito é sistêmico.
· Fontes: gema do ovo, fígado, leveduras, salmão, brócolis e carnes magras.
· Função - forma parte da Coenzima A, que atua no metabolismo de lipídeos (na ativação de ácidos graxos e transporte de grupamentos ácidos) e também no Ciclo de Krebs.
· É necessária para diversos processos metabólicos celulares como a síntese de hormônios a partir do colesterol; formação de anticorpos; a biotransformação e detoxificação de substâncias tóxicas.
· Cicatrização
· Tem propriedade hidratante e de reparação tecidual → aplicado de maneira tópica para cicatrização de feridas, úlceras, inflamações e escaras.
· Carência: A deficiência de ácido pantotênico, apesar de rara, manifesta-se por irritabilidade, fadiga, desequilíbrio dos hormônios sexuais, dor muscular e distúrbios do sono.
· Dores e queimação dos pés
· Alterações nervosas e circulatórias
B6: piridoxina	Comment by Natan Arthur Debatin: B1  B6 E B12 vânia disse ser carro chefe das vitaminas, que temos maior dificuldade
· Fontes: levedura de cerveja, fígado e outras vísceras, carne de galinha, cereais integrais, soja e castanhas.
· Quando acumulamos homocisteína, faz mal para o coração. Quanto maior o teor dela, maior o risco de IAM.
· Encontrada em três formas biológicas: piridoxina, piridoxal e piridoxamina.
· Função - metabolismo proteico, no transporte e metabolismo do ferro e contribui no metabolismo da homocisteína.
· A piridoxina está implicada na gliconeogênese, na síntese de diversos neurotransmissores (histamina, dopamina, norepinefrina e ácido δ-aminobutírico).
· Via que inibe a dor é mediada principalmente por serotonina e noradrenalina, por isso essas lesões tem uma resposta muito boa quando temos dores neuropáticas, e melhoram com vitaminas do complexo B.
· Na conversão de triptofano em niacina e na função imune síntese de interleucina-2 e proliferação de linfócitos.
· Síntese da niacina para produzir HDL
· Todo tratamento que faz esquema quádruplo para tuberculose, precisa suplementar com piridoxina 
· Carência: pessoas que fazem uso crônico de antagonista à piridoxina (isoniazida, corticoides, contraceptivos hormonais).
· Manifestações clínicas: estomatite, queilite angular, glossite, irritabilidade, depressão e confusão mental. Nos casos graves há a presença de anemia normocítica e normocrômica, insônia e quadros convulsivos. Também pode manifestar-se com neuropatia periférica.
· Neuri B6® (cpr 40mg), Seis-B® (cpr 100 e 300 mg), Gob 6® (cpr 25mg) → deficiência de piridoxina (alcoolismo, queimaduras, gastrectomia, hipertireoidismo, síndromes absortivas), neurite por fármacos, tensão pré-menstrual, anemia sideroblástica.
· Em vários suplementos, B1, B6 e B12 vão muito além da necessidade diária
B7/8: biotina (H)
· Fontes: em humanos é sintetizada por bactérias do trato GI, alimentos de origem animal como carnes, ovos, leite, fígado, frutas oleaginosas
· Função:
· Atua como coenzima de enzimas que transferem grupos carboxila (-COOH)
· Atua na síntese de ácidos graxos, metabolismo de aminoácidos (leucina), atua na via gliconeogênica.
· É necessária para o crescimento e o bom funcionamento da pele e seus órgãos anexos (cabelo, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas) assim como para o desenvolvimento das glândulas sexuais.
· Carência: Apesar de serem raros, os sinais de deficiência incluem manifestações dermatológicas (alopecia, dermatites); neurológicas (perda de memória, depressão) e gastrintestinais (glossite, náuseas, anorexia).
· Dermatite esfoliativa nas regiões dos olhos, nariz e boca. O quadro é caracterizado pela ausência de glândulas sebáceas e alopecia por atrofia dos folículos pilosos, conjuntivite e ataxia.
· A função essencial da biotina é a síntese de proteínas e, mais especificamente,produzir queratina, explicando sua contribuição para o crescimento saudável das unhas e cabelos.
· Isolada – em fórmulas magistrais – 2,5 mg a 10 mg.
· Estimula o apetite, normalmente não está nos complexos vitamínicos. Normalmente vem em formulações para unha e cabelos. 
B9: ácido fólico
· Fontes: leveduras, vegetais folhosos verde-escuros frescos, fígado e outras vísceras, amendoim, ovo. cereais enriquecidos e grãos integrais. 
· Função: Participa na divisão celular, desenvolvimento do tubo neural, hematopoiese e metabolismo da homocisteína. Síntese das bases (purinas e pirimidinas) para síntese DNA e RNA.
· Na gravidez o ácido fólico temos pesquisas de que o ideal seja suplementado antes.
· O ácido fólico participa dos processos de interconversão de aminoácidos, entre eles: catabolismo da histidina à ácido glutâmico, transformação da serina em glicina e conversão da homocisteína à metionina.
· É essencial para a maturação das hemácias e dos leucócitos na medula óssea.
· Síntese do grupamento HEME. 
· Prevenir e tratar casos de anemia.
· A deficiência de folato ocorre por diversos mecanismos:
· Ingestão alimentar insuficiente, falhas na absorção, utilização de substâncias antifolato.
· Deficiência aguda de folato: incluem manifestações como anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, ulcerações orais e alopecia.
· Deficiência crônica de folato: caracteriza-se pelo quadro clássico de anemia megaloblástica, o fraqueza, adinamia, anorexia, cefaleia. 
· Deficiência de folato relacionada com sintomas neuropsiquiátricos: o folato é importante para o funcionamento do sistema nervoso – inúmeras desordens psiquiátricas:
· delirium, psicose, depressão e demência.
· Apresentações: 
· Comprimidos de 2 e 5 mg e gotas 5 mg/mL com 10 mL → Acfol®, Acifólico ®, Afopic®, Bravitan®, Endofolin®, Enfol®, Folacin®, Folantine®, Folin®, etc.
· Estudos internacionais: 5 mg é considerada uma dose muito alta e que traria muitos efeitos adversos. Alguns médicos pedem para as gestantes cortarem o comprimido no meio.
· Ácido folínico- cpr -15 mg (existe no componente de alto custo) - usado em paciente com hepatotoxicidade que não consegue bioativar, gestantes que fazem tratamento de toxoplasmose.
· Indicações: Tratamento da anemia megaloblástica por deficiência de folato; suplemento nutricional para prevenir defeitos de fechamento do tubo neural; deficiências enzimáticas específicas, suplemento no tratamento da toxoplasmose. Tratamento da toxoplasmose deve-se associar devido ao medicamento (ser antifolato) não deixar o dihidrofolato virar tetrahidrofolato.
· EA: rubor discreto, irritabilidade, insônia, confusão, mal-estar, prurido, rash, anorexia, náusea, distensão abdominal, flatulência, reações de hipersensibilidade.
· Tratamento da toxoplasmose → medicamento é antifolato e não deixam formar tetrahidrofolato. 
B12: cobalamina
· A cobalamina ou vitamina B12 se refere a um grupo de compostos nos quais o íon cobalto está presente. Pode apresentar as formas moleculares B12a (cianocobalamina) → disponível no Brasil, B12b (hidroxicobalamina), B12c (nitrocobalamina).
· Fontes: A fonte natural de vitamina B12 na dieta humana restringe-se a alimentos de origem animal- leite, carne e ovos.
· Manifestações da deficiência de vitamina B12:
· Alterações no epitélio gastrointestinal: glossite (língua despapilada (lisa, avermelhada e dolorosa). Pode haver anorexia, náuseas, vômitos, dispepsia, diarreia e, menos frequentemente, perda de peso.
· Manifestações hematológicas: fraqueza, adinamia, dispneia aos esforços, palpitações, tontura, zumbido e vertigem.
· Alterações neurológicas: edema de células neuronais mielinizadas, desmielinização, degeneração axônica. Parestesias em mãos e pés, fraqueza muscular, instabilidade da marcha, ataxia, diminuição dos reflexos tendinosos profundos, perda de visão central, delirium, depressão e perda de memória.
· Estas alterações neurológicas/psiquiátricas incluindo neuropatias periféricas, distúrbios da marcha, déficit cognitivo e sintomas psiquiátricos podem estar presentes sem anormalidades hematológicas.
· Quando detectamos anemia por falta de B12, a pessoa já está bem deficitária quando falamos em bainha de mielina.
· Hiper-homocisteinemia - relacionada com quadros de AVC e DCV.
· Função: 
· Cofator de enzimas que catalisam rearranjos intramoleculares de ligações C-C, bem como metilações;
· É necessária para a mobilização (oxidação) de lipídeos e para manter a reserva energética dos músculos.
· Cofator para duas enzimas: a metilmalonil-Coa redutase (envolvida no metabolismo dos aminoácidos, do colesterol, da timina e dos ácidos graxos) e metionina sintetase (participa da remetilação da homocisteína, a qual é reciclada novamente à metionina).
· É essencial para o metabolismo de lipídeos e carboidratos.
· Síntese de DNA e RNA.
· A vitamina B12 é liberada pela digestão de proteínas de origem animal, sendo então capturada pela haptocorrina (transcobalamina I – proteína) sendo esse complexo posteriormente degradado pelas proteases pancreáticas com consequente transferência da molécula de vitamina B12 para um fator intrínseco gástrico (FI), proteína produzida pelas células parietais do estômago.
· A vitamina B12 é a única vitamina do complexo B que precisa do fator intrínseco (secretado pelo estômago) por VO em bariátricos pode não ter absorção.
· Precisa do fator intrínseco gástrico para garantir absorção
· Posteriormente, adere-se a receptores específicos das células epiteliais do íleo terminal, onde a vitamina B12 é absorvida, chegando a circulação sistêmica.
· Suplementação: via oral – inúmeras associações e injetável (extremamente dolorosas)
· Apresentação: Ampola de 1.000 e 5.000 mg de 2 mL. Bedozil®, Cronobe®, Rubranova® (hidroxicobalamina).
· Alzheimer e depressão no idoso tem que dosar B12.
· O valor deveria ser pelo menos 400 (vários autores descrevem).
· 200 é normal no valor de referência, mas deveriam ser suplementados. 
ASSOCIAÇÕES DE VITAMINAS DO COMPLEXO B
· Citoneurin® – 1000 e 5000 – cpr e inj. (B1: tiamina) + (B6 - piridoxina) + (B12 cianocobalamina)
· Dica: observar no rótulo se a quantidade atende as necessidades diárias – 100%.
VITAMINA C
· Ácido ascórbico (AA) é uma vitamina hidrossolúvel e termolábil.
· A dose recomendada de Vit. C no organismo é de cerca de 100mg por dia.
· Em situações diversas, tais como infecções, gravidez e amamentação, e em tabagistas, doses ainda mais elevadas são necessárias.
· Mais comum em outono e inverno → sangramento nasal.
· Funções:
· Cofator para duas enzimas essenciais na biossíntese do colágeno.
· Estimula a proliferação celular, bem como a síntese de colágeno pelos fibroblastos dérmicos, independente da idade.
· Atua como cofator, previne a oxidação do ferro e, portanto, protege as enzimas contra a auto inativação.
· Antioxidante → porém pró-oxidante em doses muito altas.
· Auxilia na cicatrização
· Previne escorbuto
· Integridade de vasos sanguíneos
· Importante na biossíntese de catecolaminas
· Produção das citocinas → fortalecer sistema imunológico (mas não usar quando está gripado né anta, tem que usar antes)
· Pró-oxidante em doses muito altas.

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