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Modulo de Gestão Financeira Orcamentária

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Prévia do material em texto

Gestão Financeira Orçamental 
 
Manual do Curso de Licenciatura de Gestão de 
Recursos Humanos 
 
ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 
 
 
 
 
 
 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
i 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), e 
contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total 
deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos judiciais 
em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira – Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail: isced@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
mailto:isced@isced.ac.mz
http://www.isced.ac.mz/
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
ii 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece a colaboração dos 
seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: 
Autor Esmeraldo Tomé Inácio 
Coordenação 
Design 
Financiamento e Logística 
Revisão Científica 
 Revisão Linguística 
Ano de Publicação 
Local de Publicação 
 
Direcção Académica do ISCED 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação a Distancia (IAPED) 
xxxx 
Helga Libânio dos Santos 
2016 
ISCED – BEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
iii 
 
ÍNDICE 
Visão geral .................................................................................................................................................... 1 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Gestao Financeira e Orçamental ............................................ 1 
Objectivos do Módulo ................................................................................................................................ 1 
Objectivos Específicos ............................................................................................... 1 
Quem deveria estudar este módulo ...................................................................................................... 1 
Como está estruturado este módulo ..................................................................................................... 2 
Ícones de actividade ................................................................................................................................... 3 
Habilidades de estudo ................................................................................................................................ 3 
Precisa de apoio? ......................................................................................................................................... 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ...................................................................................................... 6 
Avaliação ........................................................................................................................................................ 6 
Apresentação da disciplina ...................................................................................................................... 8 
TEMA – I: PRINCÍPIOS DE ANÁLISE FINANCEIRA ................................................................................. 9 
UNIDADE TEMÁTICA 1.1 Análise financeira ......................................................................................... 9 
1.1.1. Objecto do estudo da Análise Financeira .......................................................................... 10 
1.1.2. Objectivos do estudo da Análise Financeira ..................................................................... 10 
1.1.3. Análise completa ....................................................................................................................... 11 
1.1.4. Limitações da análise financeira........................................................................................... 11 
1.1.5. Quem são os interessados pela análise financeira? ....................................................... 12 
1.1.6. Tipos de análise ......................................................................................................................... 14 
Sumário ......................................................................................................................................................... 14 
Exercícios desta unidade Temática ...................................................................................................... 15 
UNIDADE TEMÁTICA 1.2 Informação de apoio à análise financeira ........................................... 16 
1.2.1. As demonstrações financeiras .............................................................................................. 17 
1.2.1.1. O balanço ...................................................................................................................... 19 
1.2.1.2. A demonstração dos resultados ............................................................................. 19 
1.2.1.3. O anexo ao balanço e à demonstração de resultados ..................................... 20 
1.2.1.4. A demonstração dos fluxos de caixa ..................................................................... 20 
1.2.2. Informações extra-contabilísticas: internas e externas ................................................ 20 
Sumário ......................................................................................................................................................... 21 
Exercícios desta unidade Temática ..................................................................................................... 21 
UNIDADE TEMÁTICA 1.3 Metodologia de análise económico-financeira ................................. 22 
1.3.1. A análise económico-financeira ........................................................................................... 23 
1.3.2. Indicadores económico-financeiros .................................................................................... 23 
1.3.2.1. Indicadores Económicos ........................................................................................... 23 
1.3.2.2. Indicadores de Rendibilidade Económica ............................................................ 24 
1.3.2.3. Indicadores de Funcionamento .............................................................................. 24 
1.3.2.4. Indicadores de Liquidez ............................................................................................ 24 
1.3.2.5. Indicadores da Estrutura Financeira ..................................................................... 25 
1.3.2.6. Indicadores de Financiamento do Crescimento ................................................ 25 
Sumário ......................................................................................................................................................... 26 
Exercícios desta Unidade Temática ...................................................................................................... 26 
Sumário ......................................................................................................................................................... 32 
UNIDADE TEMÁTICA 1.4 Exercícios deste TEMA .............................................................................. 32 
TEMA – II: ANÁLISE DA RENTABILIDADE............................................................................................ 34 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
iv 
 
UNIDADE TEMÁTICA 2.1 Rentabilidade económica ........................................................................ 34 
2.1.1. Rentabilidade económica ....................................................................................................... 34 
UNIDADE TEMÁTICA 2.2 Rentabilidade financeira .......................................................................... 36 
2.2.1. Definição ...................................................................................................................................... 37 
2.2.2. Decomposição da rentabilidade financeira ...................................................................... 38 
UNIDADE TEMÁTICA 2.3 Alavancagem financeira ........................................................................... 40 
2.3.1. Definição ...................................................................................................................................... 40 
2.3.2. Alavanca Financeira ................................................................................................................. 40 
Sumário ......................................................................................................................................................... 43 
Exercícios destas unidades temáticas .................................................................................................. 43 
Sumário ......................................................................................................................................................... 47 
UNIDADE TEMÁTICA 2.4 Exercícios deste TEMA .............................................................................. 47 
TEMA – III: GESTÃO FINANCEIRA .......................................................................................................... 48 
UNIDADE TEMÁTICA 3.1 Introdução a Gestão Financeira ............................................................. 48 
3.1.1. Gestão Financeira, Análise Financeira e Função Financeira ........................................ 49 
3.1.2. O papel e o perfil dos profissionais de gestão financeiro ............................................. 50 
3.1.3. Objectivos da gestão financeira ........................................................................................... 51 
3.1.4. Desafios da gestão financeira ............................................................................................... 52 
Sumário ......................................................................................................................................................... 53 
Exercícios desta Unidade Temática ...................................................................................................... 53 
UNIDADE TEMÁTICA 3.2 A evolução da gestão financeira ............................................................ 55 
3.2.1. Evolução histórica da gestão financeira ............................................................................. 55 
Sumário ......................................................................................................................................................... 58 
Exercícios desta Unidade Temática ...................................................................................................... 58 
UNIDADE TEMÁTICA 3.3 Impacto da inflação e da depreciação na Gestão Financeira ....... 59 
3.3.1. Impacto da inflação na Gestão Financeira ........................................................................ 59 
3.3.2. Impacto da depreciação na Gestão Financeira ................................................................ 61 
Sumário ......................................................................................................................................................... 61 
Exercícios desta Unidade Temática ...................................................................................................... 61 
Sumário ......................................................................................................................................................... 62 
UNIDADE TEMÁTICA 3.4 Exercícios deste Tema .............................................................................. 62 
TEMA – IV: GESTÃO FINANCEIRA DE CURTO PRAZO ....................................................................... 65 
UNIDADE TEMÁTICA 4.1 Política de Capital Circulante .................................................................. 65 
4.1.1. Política de Capital Circulante ................................................................................................. 65 
Sumário ......................................................................................................................................................... 67 
Exercícios desta Unidade Temática ...................................................................................................... 67 
UNIDADE TEMÁTICA 4.2 O equilíbrio financeiro de curto prazo ................................................. 68 
4.2.1. O conceito de fundo de maneio necessário ..................................................................... 71 
4.2.2. O Equilíbrio Estrutural da Tesouraria .................................................................................. 72 
Sumário ......................................................................................................................................................... 74 
Exercícios desta Unidade Temática ...................................................................................................... 75 
UNIDADE TEMÁTICA 4.3 Gestão do disponível ................................................................................ 80 
4.3.1. Objetivo da gestão do disponível ......................................................................................... 81 
4.3.2. Reserva de Segurança de Tesouraria: ................................................................................. 82 
4.3.2.1. Modelos de determinação do RST ......................................................................... 82 
Sumário ......................................................................................................................................................... 85 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
v 
 
Exercícios desta Unidade Temática ...................................................................................................... 85 
UNIDADE TEMÁTICA 4.4 Gestão do realizável .................................................................................. 89 
4.4.1. Gestão do realizável ................................................................................................................. 89 
UNIDADE TEMÁTICA 4.5 Gestão das Existências ............................................................................. 90 
4.5.1 Gestão das Existências ............................................................................................................ 91 
UNIDADE TEMÁTICA 4.6 Gestão de dividas de curto prazo .......................................................... 91 
Sumário ......................................................................................................................................................... 94 
Exercícios desta Unidade Temática ...................................................................................................... 94 
Sumário ......................................................................................................................................................... 97 
UNIDADE TEMÁTICA 4.7 Exercícios deste TEMA .............................................................................. 97 
TEMA – V: PLANEAMENTO FINANCEIROA MÉDIO E LONGO PRAZO ........................................ 102 
UNIDADE TEMÁTICA 5.1 Estrutura de capitais da empresa ....................................................... 102 
5.1.1. Estrutura de capital ................................................................................................................ 103 
5.2.1. Nível de Capitais Permanentes Adequados e Métodos Empíricos para determinar 
a estrutura dos Capitais Permanentes Adequados .................................................................... 104 
5.2.2. Estrutura de capital e custo de capital ............................................................................. 105 
5.2.2.1. Custo de fontes específicas de capital ................................................................ 107 
5.2.2.1.1. Custo de capital alheio ........................................................................ 108 
5.2.2.1.2. Custo de capital próprio ...................................................................... 109 
5.2.2.1.3 Custo Médio Ponderado de Capital - CMPC ................................. 114 
Sumário ....................................................................................................................................................... 115 
Exercícios desta Unidade Temática .................................................................................................... 115 
Sumário ....................................................................................................................................................... 116 
UNIDADE TEMÁTICA 5.2 Exercícios deste TEMA ............................................................................ 117 
TEMA – VI: O ORÇAMENTO .................................................................................................................. 118 
UNIDADE TEMÁTICA 6.1Conceito de orçamento ........................................................................... 118 
6.1.1. Definição geral: âmbitos privados e público ................................................................... 118 
6.1.2. Orçamento público ................................................................................................................. 120 
Sumário ....................................................................................................................................................... 123 
Exercícios desta Unidade Temática .................................................................................................... 123 
UNIDADE TEMÁTICA 6.2 Os princípios orçamentais ..................................................................... 124 
6.2.1. Princípios políticos .................................................................................................................. 125 
6.2.2. Princípios contabilísticos ...................................................................................................... 127 
6.2.3. Princípios económicos ........................................................................................................... 128 
Sumário ....................................................................................................................................................... 129 
Exercícios desta Unidade Temática .................................................................................................... 130 
UNIDADE TEMÁTICA 6.3 Elementos principais do orçamento .................................................. 132 
Sumário ....................................................................................................................................................... 133 
Exercícios desta Unidade Temática .................................................................................................... 133 
UNIDADE TEMÁTICA 6.4 Objectivos do orçamento ...................................................................... 134 
6.4.1. Definição dos objetivos do orçamento ............................................................................ 135 
6.4.2. Outras considerações sobre objetivos ............................................................................. 135 
Sumário ....................................................................................................................................................... 136 
Exercícios desta Unidade Temática .................................................................................................... 136 
UNIDADE TEMÁTICA 6.5 Funções e classificação do orçamento .............................................. 137 
6.5.1. As funções ou finalidades do orçamento ........................................................................ 137 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
vi 
 
6.5.2. Classificação do orçamento ................................................................................................. 138 
Sumário ....................................................................................................................................................... 150 
Exercícios desta Unidade Temática .................................................................................................... 150 
UNIDADE TEMÁTICA 6.6 Vantagens e limitações do orçamento .............................................. 152 
6.6.1 Vantagens dos Orçamento ................................................................................................... 152 
6.6.2 Limitações do orçamento ..................................................................................................... 153 
Sumário ....................................................................................................................................................... 155 
Exercícios desta Unidade Temática .................................................................................................... 155 
UNIDADE TEMÁTICA 6.7 O processo orçamentário nas organizações .................................... 155 
6.7.1. O processo orçamentário geral .......................................................................................... 156 
6.7.2. Orçamentário Anual de Tesouraria ................................................................................... 158 
Sumário ....................................................................................................................................................... 160 
Exercícios desta Unidade Temática .................................................................................................... 161 
Sumário ....................................................................................................................................................... 162 
UNIDADE TEMÁTICA 6.8 Exercícios deste TEMA ............................................................................ 162 
EXERCÍCIOS DO MÓDULO ...................................................................................................................... 163 
Sumário ....................................................................................................................................................... 163 
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................................... 167 
 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
1 
 
 
Visão geral 
Benvindo à Disciplina/Módulo de Gestão Financeira e 
Orçamental 
 
Objectivos do Módulo 
 
Ao terminar o estudo deste módulo de Gestão Financeira e 
Orçamentária deverás ser capaz de emitir de uma opinião sobre 
o desempenho económico e financeiro de uma organização ou 
projecto, tomar decisões ao nível da gestão financeira de curto 
prazo da empresa de investimento e de financiamento a médio 
e longo prazo. 
 
Desenvolver raciocínio lógico, crítico e a n a l í t i c o para 
o p e r a r com v a l o r e s e formulaçõesmatemáticas, 
presentes nas relações formais e causais entre fenómenos 
produtivos, administrativos e de controlo, expressando-se de 
modo crítico e criativo diante da problemática organizacional. 
 
 
Objectivos 
Específicos 
▪ Preparar os alunos para exercer funções no domínio da 
gestão financeira das empresas; 
▪ Capacitar os alunos para a tomada de decisões de 
investimento e de financiamento a médio e longo prazo; 
▪ Capacitar os alunos para a tomada de decisão ao nível da 
gestão financeira de curto prazo da empresa; 
▪ Competência para exercer funções no domínio da gestão 
financeira da empresa; 
▪ Competência para a tomada de decisões de investimento e 
de financiamento a médio e longo prazo, em particular para 
as decisões de estrutura de capital e de política de 
dividendos; 
Competência para análise e tomada de decisão ao nível da 
gestão financeira de curto prazo da empresa. 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 3º ano do curso 
de licenciatura em Gestão de Recursos Humanos do ISCED. 
Poderá ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se 
actualizar e consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, 
esses serão bem-vindos, não sendo necessário para tal se 
inscrever. Mas poderá adquirir o manual. 
 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
2 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Gestão Financeira e Orçamentária, para 
estudantes do 3º ano do curso de licenciatura em Recursos 
Humanos, à semelhança dos restantes do ISCED, está 
estruturado como se segue: 
 
Páginas introdutórias 
• Um índice completo. 
• Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa 
conhecer para melhor estudar. Recomendamos 
vivamente que leia esta secção com atenção antes de 
começar o seu estudo, como componente de 
habilidades de estudos. 
 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua 
vez comporta certo número de unidades temáticas ou 
simplesmente unidades, Cada unidade temática se caracteriza 
por conter uma introdução, objectivos, conteúdos. 
 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: 
Puros exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e 
actividades práticas algumas incluído estudo de caso. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em 
si, num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e 
cheio de dúvidas e limitações no seu processo de 
aprendizagem, apresenta uma lista de recursos didácticos 
adicionais ao seu módulo para você explorar. Para tal o ISCED 
disponibiliza na biblioteca do seu centro de recursos mais 
material de estudos relacionado com o seu curso como: Livros 
e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste material 
físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso 
a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
3 
 
 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no 
final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. 
Segundo, exercícios que mostram apenas respostas. 
 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-
avaliação mas sem mostrar os passos e devem obedecer o 
grau crescente de dificuldades do processo de aprendizagem, 
umas a seguir a outras. Parte das tarefas de avaliação será 
objecto dos trabalhos de campo a serem entregues aos 
tutores/docentes para efeitos de correcção e 
subsequentemente nota. Também constará do exame do fim 
do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exercícios 
de avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre 
determinados aspectos, quer de natureza científica, quer de 
natureza diadáctico-Pedagógica, etc., sobre como deveriam 
ser ou estar apresentadas. Pode ser que graças as suas 
observações que, em gozo de confiança, classificamo-las de 
úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas 
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar 
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar 
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, 
uma mudança de actividade, etc. 
 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a 
aprender. Aprender aprende-se. 
 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para 
facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, 
implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os 
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes 
e eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando 
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais 
esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo 
dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 
 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de 
leitura. 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
4 
 
 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e 
assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou 
as de estudo de caso se existirem. 
 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-
tempo, respectivamente como, onde e quando. Estudar, como 
foi referido no início deste item, antes de organizar os seus 
momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que 
seria ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro 
lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de tarde/fins-de-
semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num 
sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo em 
cada 30 minutos, em cada hora, etc. 
 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido 
estudado durante um determinado período de tempo; Deve 
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao 
seguinte quando achar que já domina bem o anterior. 
 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder 
ler e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor 
opção é juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos 
conteúdos de cada tema, no módulo. 
 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por 
tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora 
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso 
(chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja que 
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos 
assuntos das actividades obrigatórias. 
 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o 
rendimento da aprendizagem. Por que o estudante acumula um 
elevado volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco 
tempo, criando interferência entre os conhecimentos, perde 
sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não 
aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se 
achar injustamente incapaz! 
 
 
ISCED CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 30 Ano Disciplina/Módulo: Gestão Financeira e Orçamentária 
5 
 
 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para respondera 
questões de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre 
tudo, estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, 
na área em que está a se formar. 
 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e 
que matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo 
livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, 
decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras 
actividades. 
 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois 
será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que 
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode 
ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil 
identificar as partes que está a estudar e Pode escrever 
conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, 
pode também utilizar a margem para colocar comentários seus 
relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar 
é imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois 
de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja 
um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar; 
 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, 
o material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas 
dúvidas como falta de clareza, alguns erros de concordância, 
prováveis erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, 
página trocada ou invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os 
serviços de atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de 
Recursos (CR), via telefone, SMS, Correio electrónico, se tiver 
tempo, escreva mesmo uma carta participando a preocupação. 
 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC 
se torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, 
estudante – CR, etc. 
 
As sessões presenciais são um momento em que você caro 
estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff 
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central do ISCED 
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste 
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6 
 
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza 
pedagógica e/ou administrativa. 
 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% 
do tempo de estudos a distância, é muita importância, na 
medida em que permite-lhe situar, em termos do grau de 
aprendizagem com relação aos outros colegas. Desta maneira 
ficará a saber se precisa de apoio ou precisa de apoiar aos 
colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos relacionados 
com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes 
temas e unidade temática, no módulo. 
 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades 
e auto−avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, 
mas é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser 
entregues duas semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação 
do estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos 
de campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e 
os mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). 
Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de 
um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, 
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem 
caracterizar a realização dos trabalhos e seu autor (estudante do 
ISCED). 
 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja 
uma avaliação mais fiável e consistente. 
 
 
 
1 Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade intelectual de outras pessoas, 
sem prévia autorização. 
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7 
 
 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam 
com um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar 
os conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto 
presencial conta com um máximo de 10%) do total de tempo do 
módulo. A avaliação do estudante consta detalhada do 
regulamentado de avaliação. 
 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo 
e decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da 
cadeira. 
 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). 
 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão 
utilizados como ferramentas de avaliação formativa. 
 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as 
recomendações, a identificação das referências bibliográficas 
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. 
 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento 
de Avaliação. 
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Apresentação da disciplina 
 
 
A direcção financeira entre as empresas não apresenta sensíveis 
diferenças, nem de formação nem de gestão, razão pela qual seria um 
erro estabelecer diferenciações pelo tipo ou sector empresarial. 
 
Ao nível financeiro, todas as empresas enquadradas em quaisquer dos 
sectores produtivos têm, ademais, objectivos idênticos. Entre todos 
eles, hoje assume-se plenamente que o objectivo financeiro prioritário 
é a maximização da rentabilidade dos accionistas ou proprietários da 
empresa. Contudo, esse objectivo não deve ser perseguido 
exclusivamente pelos profissionais do sector financeiro, mas por todos 
os directores dos diferentes subsistemas que estruturam a empresa. 
 
Os subsistemas básicos da gestão empresarial, ou seja, a produção, a 
comercialização, a organização e o financiamento devem actuar de 
forma integrada, pois são eles que garantirão o devenir da empresa e 
suas possibilidades de gerar benefícios e de maximizar seu valor no 
futuro. 
 
Nessa gestão integrada, quatro são os objectivos estratégicos 
atribuídos preferencialmente ao subsistema financeiro: 
 
- Seleccionar os investimentos que propiciem uma maior 
rentabilidade ao futuro da actividade empresarial. 
 
- Fazer com que, junto com sua rentabilidade, a empresa seja 
ainda solvente atendendo ao coerente pagamento de suas 
dívidas. 
 
- Optimizar o uso dos recursos financeiros, fazendo com que o 
custo médio ponderado do capital seja o menor possível. 
 
- Controlar para que esses objectivos, em coerência com os 
demais objectivos funcionais, permitam a continuada geração 
de valor para o accionista. 
 
Consequentemente, essa disciplina orienta-se a destacar os aspectos 
mais relevantes a configurarem conceitualmente a direcção financeira 
de qualquer empresa, apresentando, ao longo dos capítulos, exemplos 
e exercícios práticos de fácil estudo e compreensão. 
 
 
 
 
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TEMA – I: PRINCÍPIOS DE ANÁLISE FINANCEIRA 
UNIDADE TEMÁTICA 1.1 Introdução a análise financeira 
UNIDADE TEMÁTICA 1.2 Informação de apoio à análise financeira 
UNIDADE TEMÁTICA 1.3 Metodologia de análise económico-
financeira 
UNIDADE TEMÁTICA 1.4 Exercícios de Auto-avaliação 
 
UNIDADE TEMÁTICA 1.1 Análise financeira 
Objectivos 
Destacar os aspectos mais relevantes dos objectivos financeiros e das 
trajetórias económico-financeiras da empresa 
 
Introdução 
 
A análise financeira refere-se à avaliação ou estudo da viabilidade, 
estabilidade e lucratividade de um negócio ou projecto. 
 
Engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem 
realizar diagnósticos sobre a situação financeira de uma empresa, 
assim como prognósticos sobre o seu desempenho futuro. Para que o 
analista possa verificar a situação económico-financeira de uma 
empresa, torna-se fundamental o recurso a alguns indicadores, sendo 
que os mais utilizados são aqueles que assumem a forma de rácios. 
 
Estes apresentam uma vantagem, não só de tornar mais precisa a 
informação, como também de facilitar comparações, quer para a 
mesma empresa, ao longo de um certo período de tempo, quer entre 
empresas distintas, num mesmo referencial de tempo. Contudo, 
convém salientar que os rácios apenas constituem um instrumento de 
análise, que deve, ser complementado por outros tantos. Com efeito, 
a análise de indicadores, fornece apenas alguns indícios que o analista 
deverá procurar confirmar através do recurso a outras técnicas. 
 
Segundo João Carvalho das Neves, a técnica estabelecida pelos 
analistas financeiros consiste em estabelecer relações entre contas e 
agrupamentos de contas do Balanço e de Demonstração de resultados 
entre outras grandezas económico – financeiras". 
 
A análise financeira é assim capacidade de avaliar a rentabilidade 
empresarial, tendo em vista, em função das condições actuais e 
futuras verificar se os capitais investidos são remunerados e 
reembolsados de modo a que as receitas superem as despesas de 
investimento e de funcionamento. 
 
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De forma a alcançar a sobrevivência e desenvolvimento pretendido 
pela empresa, a avaliação e interpretação da situação económico-
financeira de uma empresa centra-se nas seguintes questões 
fundamentais: 
• Equilíbrio financeiro; 
• Rentabilidade dos capitais; 
• Crescimento; 
• Risco; 
• Valor criado pela gestão. 
 
O recurso à análise financeira é extremamente importante para as 
diversas partes interessadas numa boa gestão empresarial, sendo que 
essas partes interessadas são gestores, credores, trabalhadores e as 
respectivas organizações, Estado, investidores e clientes. 
 
Cada grupo ou indivíduo tem diferentes interesses, por isso fazem a 
análise financeira mais adequada aos objectivos pretendidos. Apesar 
desses objectivos poderem ser diferentes, as técnicas utilizadas 
baseiam-se, fundamentalmente, no mesmo conjunto de informações 
económico-financeiras: 
• Balanço patrimonial; 
• Demonstração de resultados líquidos; 
• Demonstração dos fluxos de caixa. 
 
A técnica mais utilizada pela análise financeira é a que recorre aos 
rácios, um instrumento de apoio para sintetizar uma enorme 
quantidade de informação, e comparar o desempenho económico-
financeiro das empresas ao longo do tempo. Constituem assim uma 
base da análise financeira, mas não dão respostas. Essas encontrar-se-
ão nos aspectos qualitativos da gestão 
 
1.1.1. Objecto do estudo da Análise Financeira 
 
O objecto da análise financeira é constituído pela empresa e, mais 
especificamente, pela gestão empresarial 
 
A informação fornecida pelas demostrações financeiras oferece a 
imagem fiel da situação financeira, patrimonial e de resultado da 
empresa em um período específico. Tal situação é o resultado da 
gestão empresarial. Por isso, o analista deve julgar qual foi a evolução 
da empresa e, portanto, sua gestão, analisar a situação anual e 
orientar acerca de sua gestão futura. 
 
1.1.2. Objectivos do estudo da Análise Financeira 
 
O objectivo do estudo da análise financeira deve ser constituído pelo 
conhecimento da situação da empresa para, a partir daí, oferecer 
informação útil para a tomada de decisões. 
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Trata-se de estabelecer previsões futuras a partir do conhecimento da 
situação passada e presente, com o fim de facilitar a tomada de 
decisões. 
 
Em suma, com a análise pretende-se, partindo de dados de tipo 
quantitativo contidos nas demostrações financeiras de uma empresa 
e de outros aspectos adicionais mais difíceis de quantificar, chegar ao 
conhecimento mais profundo possível da situação dessa empresa. 
 
Para isso, estudam-se de forma sistemática esses demostrações, 
aplicando diferentes técnicas que destaquem e deixem manifestos os 
pontos específicos sobre de diversas situações de seu comportamento 
passado, permitindo elaborar prognósticos relativos ao 
comportamento futuro das variáveis determinantes da gestão 
empresarial. 
 
1.1.3. Análise completa 
 
Uma análise completa não deve limitar-se à empresa considerada 
individualmente, mas deve levar em conta a posição da empresa 
dentro do conjunto de concorrentes, ampliando a visão individual com 
uma análise comparativa, de forma que se possa observar, de uma 
perspectiva ampla, a posição da empresa na esfera do sector a que 
pertence. 
 
O analista deve buscar a máxima homogeneidade quanto às condições 
das empresas que integram o grupo de comparação: 
- Coincidências de estruturas: devem ser selecionadas as 
empresas com as mesmas actividades principais, nem mais 
nem menos, já que se alteraria sua estrutura patrimonial; 
 
- Semelhanças em grandeza dentro de uma mesma estrutura: 
de forma que possamos comparar patrimónios que se movam 
dentro de uma mesma escala empresarial. A medida mais 
homogénea costuma ser o volume de altivos; 
 
- Analogia de situação: eliminando do grupo - base aquelas 
instituições que suponham um desajuste patrimonial por 
razões extraordinárias. As empresas, por exemplo, em 
suspensão de pagamentos ou em falência devem ter um 
tratamento específico, pois suas singulares condições 
patrimoniais desequilibram qualquer análise genérica. 
 
1.1.4. Limitações da análise financeira 
 
O analista financeiro enfrenta uma série de limitações que, 
necessariamente, vai conhecer, entre as quais estão: 
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- Não existe qualquer estado financeiro, coeficiente, razão, 
regra, etc., que, por si mesmo, permita obter conclusões 
definitivas na análise; 
 
- A análise financeira trata de estabelecer um método de 
trabalho para acercar-se a intuir qual pode ser a realidade 
da instituição analisada; 
 
- Os instrumentos utilizados na análise financeira não 
conduzem a exactidões matemáticas, já que, à parte da 
qualidade dos dados contabilísticos de partida, os 
instrumentos são afectados por critérios subjetivos, 
normas de avaliação alternativas, peso da inflação, etc., 
que o analista deve conhecer e avaliar o efeito; 
 
- Para realizar uma análise razoavelmente correcta, é 
necessário contar com informação suficiente e de 
qualidade comparada, conhecer os instrumentos de análise 
e ter ideias claras e os objectivos bem definidos; 
- o analista deve interpretar os resultados à luz de sua 
experiência e deve considerar outros dados, externos ou 
internos, que possam influir na situação actual ou futura da 
empresa; 
 
- Finalmente, o analista deve levar em conta a oportunidade 
da informação, assim como sua relação eficácia - custo, isto 
é, deve-se cumprir o objectivo da análise a um custo 
razoável e no tempo oportuno 
 
1.1.5. Quem são os interessados pela análise financeira? 
 
Esta análisepode ter duas vertentes: 
1. Vertente Eexterna - acompanhamento da situação da empresa 
pelos públicos externos da mesma; 
2. Vertente interna - obtenção de uma visão que permita 
diagnosticar tendências menos positivas e delinear medidas 
correctivas. 
 
Entre os interessados mais relevantes destacam-se: 
 
A. VERTENTE EXTERNA 
 
Investidores, analistas e auditores 
Os accionistas, já que como tais, podem com tal informação aprovar 
ou não a gestão dos directores e decidir comprar mais acções ou 
vendê-las. Os investidores potenciais, que através dos mercados de 
capitais, desejarão obter informação confiável para optimizar suas 
decisões financeiras de investimento em uma ou outra empresa. Os 
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13 
 
analistas dos citados mercados, buscando-se aconselhar melhor nas 
decisões de compra e venda, e os auditores externos, que devem 
cumprir as práticas de auditoria externa. 
 
Credores 
Os credores da empresa também estarão interessados na sua 
informação contabilístico-financeira, tanto se o são a título de 
fornecedores como se o são a título de penhoristas, como as entidades 
financeiras e os subscritores de obrigações. 
 
O prestamista estará interessado, fundamentalmente, no reembolso 
do principal e dos juros por parte do precatório, assim como em 
cláusulas concretas de segurança de seu empréstimo tais como o valor 
dos activos penhorados. 
 
A administração pública 
Através de suas regulamentações fiscais para efeitos impositivos, e 
também por sua capacidade normativa em temos de direito financeiro 
e direito contabilístico. 
 
Os clientes 
A continuidade no fornecimento, a confiabilidade, a estabilidade 
económica da empresa e a possibilidade de cumprimento dos 
contratos que se possam firmar entre empresa e clientela podem ser 
critérios determinantes nas decisões de compra.A análise financeira 
assume uma enorme importância em termos de previsão do futuro, 
aumentando assim a capacidade de resposta das empresas (por 
antecipação) e a sua competitividade. 
 
B. VERTENTE INTERNA 
 
Do ponto de vista interno, a própria direcção da empresa estará 
interessada em saber qual foi a evolução do negócio, como foi 
desenvolvido a gestão dando lugar à situação actual e sobretudo, qual 
é a previsível evolução futura para tomar as decisões adequadas no 
presente pensando no futuro. 
 
De igual forma, interessa conhecer como está situada a empresa 
dentro do conjunto de concorrente, detectando, assim, seus pontos 
fracos e fortes com o fim de tomar as decisões oportunas a respeito. 
 
Os trabalhadores 
Os demais trabalhadores porque a divisão do valor agregado originado 
pela empresa também devem contar com o consenso deles e com sua 
aceitação. 
 
 
 
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14 
 
 
1.1.6. Tipos de análise 
 
Uma vez feitas as contas anuais, dispõe-se de um resumo da empresa 
com sua situação financeira. É a este ponto que nos leva o processo 
contabilístico realizado correctamente. Agora, então, é possível, 
através de uma série de técnicas e análises, obter mais informação da 
que existe, aparentemente, por exemplo, em um balanço. Essas 
técnicas e procedimentos estão demarcados na chamada Análise de 
Balanços ou Análise das demonstrações Financeiras, cujo objectivo 
principal é proporcionar elementos de juízo sobre uma situação 
económica e como se chegou a tal situação, permitindo tomar 
decisões futuras de maneira racional. 
 
Análise Estrutural: estuda a composição e estrutura do balanço e da 
conta de perdas e ganhos, suas inter-relações, mudanças ou variações, 
tendências, etc. 
 
Análise Financeira: analisa as necessidades financeiras da empresa, 
seu grau de liquidez, sua solvência, a exigibilidade do passivo, etc. 
 
Análise Económica e de Rentabilidades: centra-se nos resultados da 
empresa, ou seja, analisa a conta de perdas e ganhos. São aspectos 
clássicos da análise económica a rentabilidade, a produtividade, o 
controle dos custos, etc. 
 
Análise estática do balanço 
Uma maneira de conhecer a estrutura do activo e do passivo é a de 
expressar cada uma das rubricas em percentagem sobre o total do 
activo, com o fim de conhecer o peso de cada uma delas sobre o total. 
 
% de participação =
conta × 100
Activo
 
 
Análise dinâmica 
Trata-se da comparação inter-temporal da empresa, com fim de 
conhecer a evolução e tas tendências de cada rubrica. O instrumento 
utilizado é a Percentagem de Variação. 
 
 
 
Sumário 
Nesta Unidade Temática 1.1 estudamos e discutimos 
fundamentalmente seis subcapítulos em termos de princípios de 
análise financeira, nomeadamente: 
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15 
 
1. Objecto do estudo da Análise Financeira; 
2. Objectivos do estudo da Análise Financeira; 
3. Análise completa; 
4. Limitações da análise financeira; 
5. Os interessados pela análise financeira e; 
6. Tipos de análise 
 
 
Exercícios desta unidade Temática 
Exercício de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
1. O analista financeiro enfrenta uma série de limitações. Quais são 
estas limitações? 
 
R// Limitações do analista financeira: não existe qualquer 
estado financeiro, coeficiente, razão, regra, etc., que, por si 
mesmo, permita obter conclusões definitivas na análise; a 
análise financeira trata de estabelecer um método de trabalho 
para acercar-se a intuir qual pode ser a realidade da instituição 
analisada; os instrumentos utilizados na análise financeira não 
conduzem a exactidões matemáticas, já que, à parte da 
qualidade dos dados contabilísticos de partida, os 
instrumentos são afectados por critérios subjetivos, normas de 
avaliação alternativas, peso da inflação, etc., que o analista 
deve conhecer e avaliar o efeito; para realizar uma análise 
razoavelmente correcta, é necessário contar com informação 
suficiente e de qualidade comparada, conhecer os 
instrumentos de análise e ter ideias claras e os objectivos bem 
definidos; o analista deve interpretar os resultados à luz de sua 
experiência e deve considerar outros dados, externos ou 
internos, que possam influir na situação actual ou futura da 
empresa; 
 
2. A quem interessa a análise financeira? 
 
R// A analise financeira interessa aos investidores, analistas e 
auditores, credores a administração pública, aos clientes, a 
própria direcção da empresa estará, aos trabalhadores 
 
Exercício de AVALIAÇÃO 
 
1. Distinga a análise estática da análise dinâmica. 
2. Qual é o objectivo principal da análise financeira? 
3. Identifique os três tipos de análise e comente cada um deles. 
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4. Uma determinada empresa, registou um crescimento anual do 
seu volume de negócio em 25% em relação ao exercício 
economia do ano anterior. 
a) Identifique o tipo de análise patente nesta frase. 
5. Quando é que se diz uma análise é completa? 
 
 
UNIDADE TEMÁTICA 1.2 Informação de apoio à análise financeira 
Objectivos 
Informação Contabilística à Informação Financeira. Documentos base 
da Análise Financeira. 
 
Introdução 
 
A análise financeira se apoia, visando tomar decisões, acima de 
qualquer outro documento, nas demostrações financeiras, sendo 
fundamentalmente: 
- Balanço; 
- Demonstração dos Resultados; 
- Anexo as DF’s (relatório de actividades), onde se divulga as 
bases de preparação e politicas contabilísticas adoptadas e 
outras divulgações explicativas 
 
Constituindo-se em documentos nucleares tanto das técnicas de 
análise e diagnóstico empresarial quanto de gestão e planeamento 
económico-financeiro. 
 
Esses documentos se complementam com outros nitidamente 
financeiros: 
- Demonstração das Alterações no Capital Próprio; 
- Demonstração de Fluxos de Caixa 
 
Ambos propostos pelas novas Normas Internacionais de Contabilidade 
(Normas NIC). 
 
Partindotodos eles em sua elaboração dos sistemas de informação 
contabilística de que disponha a empresa. Daí a estreita vinculação 
entre finanças e contabilidade. 
 
A contabilidade é entendida assim como o idioma económico-
financeiro dos negócios empresariais, constitui-se na linguagem 
comum para representar e informar, codificando e registando 
sistematicamente o conjunto de acontecimentos de carácter 
económico e financeiro que afectam os negócios. 
 
 
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17 
 
 
Acresce ainda para algumas das entidades a necessidade de verem as 
suas contas auditadas por entidades independentes. Auditoria 
Independente. E ainda o Relatório do Conselho Fiscal 
 
1.2.1. As demonstrações financeiras 
 
De uma forma sintética, podemos dizer que é objectivo da 
Contabilidade, a recolha, registo e tratamento dos factos decorrentes 
das operações efectuadas pelas organizações, de forma a elaborar 
demonstrações económico-financeiras, as quais revelam: 
- A situação patrimonial e financeira; 
- A situação económica e a capacidade de gerar excedentes; 
- O grau de cumprimento das obrigações para com terceiros, 
incluindo as de carácter fiscal. 
 
Características qualitativas da informação financeira 
Quanto ao seu objectivo, “As Demostrações financeiras (DF’s) devem 
proporcionar informação acerca da posição financeira, das alterações 
desta e dos resultados das operações para que seja útil a investidores, 
a credores e a outros utentes, a fim de investirem racionalmente, 
concederem crédito e tomarem decisões semelhantes contribuindo 
assim para o funcionamento eficiente dos mercados de capitais”. 
 
O Plano Geral de Contabilidade enumera como destinatários da 
informação contabilística: Investidores; Financiadores; Trabalhadores; 
Fornecedores e Outros Credores; Administração Pública; Público em 
Geral. 
 
A responsabilidade pela preparação da informação financeira e da sua 
apresentação é primordialmente da Administração. Os utentes 
estarão tanto melhor habilitados a analisar a capacidade da empresa 
de gerar fundos, com oportunidade e razoável segurança, quanto 
melhor forem providos de informação que foque a posição financeira, 
os resultados das operações e as alterações naquela posição.” 
 
Características qualitativas 
As Demonstrações Financeiras devem proporcionar informação que 
seja compreensível aos utentes, sendo a sua utilidade determinada 
por três características qualitativas: 
 
- Relevância 
Qualidade que a informação tem de influenciar as decisões dos 
seus utentes. A informação é materialmente relevante se a sua 
omissão ou erro for susceptível de influenciar as decisões dos 
utilizadores da informação. 
 
 
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- Fiabilidade 
Qualidade que a informação tem de estar liberta de erros 
materiais e de juízos prévios. As operações ou acontecimentos 
devem ser apresentados de acordo com a sua substância e 
realidade económica e não necessariamente com a sua forma 
legal. 
 
- Comparabilidade 
A divulgação e a quantificação dos efeitos financeiros de 
operações similares e de outros acontecimentos devem ser 
registados de forma consistente pelo conjunto da empresa e 
durante a sua vida, para identificar tendências na sua posição 
financeira e nos resultados das suas operações. As empresas 
devem adoptar a normalização, a fim de se conseguir 
comparabilidade entre elas. 
 
Estas características, juntamente com conceitos, princípios e 
normas contabilísticas adequadas, fazem que surjam 
demonstrações financeiras geralmente descritas como 
apresentando uma imagem verdadeira e apropriada da posição 
financeira e dos resultados das operações da empresa. 
 
Princípios Contabilísticos 
1. Da continuidade – a empresa opera continuadamente, com 
duração ilimitada. 
 
2. Da consistência – não alteração das políticas contabilísticas de 
um ano para o outro. Se isso acontecer, e tiver efeitos 
materialmente relevantes, tal facto deve ser referido no anexo 
ao Balanço e Demonstração de Resultados. 
 
3. Da especialização (ou do acréscimo) – Os proveitos e os custos 
são reconhecidos quando obtidos ou incorridos, 
independentemente do seu recebimento ou pagamento, 
devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos períodos 
a que respeitam. 
 
4. Do custo histórico – Os registos contabilísticos devem basear-
se em custos de aquisição ou de produção. 
 
5. Da prudência – Significa que é possível integrar nas contas um 
grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas em 
condições de incerteza sem, contudo, permitir a criação de 
reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada 
quantificação de activos e proveitos por defeito ou de passivos 
e custos por excesso. 
 
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19 
 
 
6. Da substância sob a forma – As operações devem ser 
contabilizadas atendendo à sua substância e à realidade 
financeira e não apenas à sua forma legal. 
 
7. Da materialidade – As demonstrações financeiras devem 
evidenciar todos os elementos que sejam relevantes e que 
possam afectar avaliações ou decisões pelos utentes 
interessados. 
 
1.2.1.1. O balanço 
O balanço é o elemento básico da informação financeira, pois todas as 
operações que se registam nos diversos livros e documentos que 
integram a contabilidade se reflectem, no fim do exercício, no balanço, 
o qual tem mapas auxiliares que esclarecem, com pormenor, os 
valores que constam no mesmo. 
 
O balanço pode ser definido segundo duas perspectivas: 
 
1. Perspectiva patrimonialista – quadro que nos evidencia a situação 
patrimonial da organização, ou seja, os bens, direitos e obrigações 
que lhe estão afectos. 
 
1º Membro 2º Membro 
Bens 
Direitos 
 
ACTIVO 
Obrigações 
- para com sócios/accionistas 
SITUAÇÃO LÍQUIDA 
- Para com terceiros 
PASSIVO 
 
2. Perspectiva Financeira – traduz um conjunto de aplicações de 
capital, bem como as correspondentes origens. 
1º Membro 2º Membro 
Aplicações de Capital 
- Imobilizado 
- Existências 
- Dívidas de Terceiros 
- Disponibilidades 
ACTIVO 
Origens 
- dos sócios/gerados pela empresa 
CAPITAL PRÓPRIO 
 
- de terceiros 
CAPITAL ALHEIO 
 
1.2.1.2. A demonstração dos resultados 
 
Segundo Santos (1997), a demonstração de resultados “apresenta o 
resultado do exercício da empresa, evidenciando os proveitos e 
ganhos bem como os custos e perdas”, dividindo entre resultados 
correntes (operacionais e financeiros) e extraordinários, ou seja, os 
resultados por natureza. Ainda segundo o mesmo autor, “ a 
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20 
 
demonstração dos resultados (por funções) tem, como finalidade, 
evidenciar vários níveis dos resultados da empresa, o que permite uma 
análise mais pormenorizada. 
 
1.2.1.3. O anexo ao balanço e à demonstração de resultados 
 
O anexo ao balanço e à demonstração de resultados é constituído por 
um conjunto de notas que pretendem clarificar alguns valores que 
constam naqueles dois mapas. 
 
1.2.1.4. A demonstração dos fluxos de caixa 
 
Segundo Rodrigues (2003), a demonstração dos fluxos de caixa é uma 
demonstração financeira da maior importância. Por um lado, não está 
sujeita à denominada “contabilidade criativa”, por outro lado, 
apresenta-nos os fluxos de caixa das actividades operacionais, das 
actividades de investimento e das actividades de financiamento, 
permitindo-nos apreciar quais os fluxos de caixa gerados pelas 
operações (ou aplicados nelas), que investimentos (ou 
desinvestimentos) está a empresa a efectuar e quais as fontes de 
financiamento.” 
 
1.2.2. Informações extra-contabilísticas: internas e externas 
 
Além das informações contabilísticas, constantes das demonstrações 
financeiras e demais mapas contabilísticos de publicação não 
obrigatória,é importante ainda a pesquisa e análise de informações de 
carácter não contabilístico, entre as quais se destacam: 
- Factores conjunturais (do meio envolvente) que afectam a 
actividade da empresa, ou seja, avaliação da envolvente 
externa; 
- Comparação com estatísticas sectoriais; 
- Capacidade da administração de tomar medidas nas diversas 
áreas que afectam o desempenho económico-financeiro, isto 
é, qualidade da administração quanto à análise das opções 
estratégicas tomadas e concretizadas; 
- Sistema de Informação da empresa; 
- Relatório de Gestão da empresa (análise da sua natureza e 
conteúdo). 
 
A pertinência deste tipo de informações acentua-se se considerarmos 
que a informação contabilística tem como limitação a revelação de 
sintomas e não causas da situação da empresa, além de que a análise 
de indicadores é pobre pois não fornece aos utilizadores as razões do 
nível de desempenho. 
 
Resta aqui salientar que a principal dificuldade da análise financeira 
não é a aplicação de técnicas de análise, mas sim seleccionar o tipo de 
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informação mais fiável para, de seguida, aplicar essas mesmas 
técnicas. 
 
 
Sumário 
Nesta Unidade Temática 1.2 estudamos e discutimos 
fundamentalmente sobre informação de apoio a análise financeira, 
sintetizada de seguinte forma: 
1. Conjunto das demostrações financeiras 
2. Características qualitativas da informação financeira 
3. Princípios Contabilísticos; 
4. Perspectiva patrimonialista e financeira do balanço; 
5. Informações extra-contabilísticas: internas e externas 
 
Exercícios desta unidade Temática 
Exercício de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
1. Fale sobre os documentos que se apoia a análise financeira. 
 
R// A análise financeira se apoia, visando tomar decisões, 
acima de qualquer outro documento, nas demostrações 
financeiras, sendo fundamentalmente: Balanço; Demonstração 
dos Resultados; Anexo as DF’s (relatório de actividades), onde 
se divulga as bases de preparação e politicas contabilísticas 
adoptadas e outras divulgações explicativas. Esses documentos 
se complementam com outros nitidamente financeiros: 
Demonstração das Alterações no Capital Próprio e 
Demonstração de Fluxos de Caixa. Acresce ainda para algumas 
das entidades a necessidade de verem as suas contas auditadas 
por entidades independentes. Auditoria Independente. E ainda 
o Relatório do Conselho Fiscal. 
 
2. A análise de rácios é uma técnica de interpretação e crítica 
apoiada na contabilidade e estatística que tem como objectivo 
a apreciação de balanço e documentos correlativos e 
complementares. Tal apreciação comporta juízos sobre a 
evolução de certos fenómenos ou grandezas observadas, 
através de documentos referentes a um ou vários períodos 
a) No seu entender, qual é a finalidade principal do uso 
dos rácios? 
 
R// Os rácios têm como finalidade principal permitir a extração 
de tendências e compará-las com padrões preestabelecidos. A 
finalidade dessa análise – que pode ser tanto no âmbito da 
empresa quanto em relação ao segmento/concorrentes - é, 
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mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer 
algumas bases para inferir o que acontecerá no futuro. 
 
Exercício de AVALIAÇÃO 
 
1. Certamente, já ouviu falar sobre as demostrações financeiras. 
Com base nos seus conhecimentos, quais são as principais 
peças financeiras (demostrações financeiras) mais usadas em 
Moçambique? Faça uma breve descrição sobre cada uma 
delas. 
 
2. Além das informações contabilísticas, constantes das 
demonstrações financeiras e demais mapas contabilísticos de 
publicação não obrigatória, é importante ainda a pesquisa e 
análise de informações de carácter não contabilístico. 
a) Mencione pelo menos 3 elementos de informação 
extra-contabilísticas. 
 
3. Mencione os princípios de contabilidade geralmente aceites 
que conhece. 
 
4. Em que consiste o princípio contabilístico substância quanto 
a forma? 
 
5. O que são bens e direitos no balanco patrimonial? 
 
6. De pelo menos 3 exemplos a cada um deles. 
 
 
UNIDADE TEMÁTICA 1.3 Metodologia de análise económico-financeira 
Objectivos 
 
Estudo dos Métodos e Técnicas de Análise Económica e Financeira 
 
Introdução 
Propõe-se nesta unidade temática o estudo da metodologia de análise 
económico-financeira a qual será objecto de desenvolvimento neste 
capítulo. 
 
A análise financeira é um processo, baseado num conjunto de técnicas, 
que tem por fim avaliar e interpretar a situação económico-financeira 
de uma empresa. 
 
Esta avaliação e interpretação centra-se em torno de questões 
fundamentais para a sobrevivência e desenvolvimento da empresa, 
tais como o equilíbrio, risco, rentabilidade e valor da empresa. 
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23 
 
 
1.3.1. A análise económico-financeira 
 
A análise financeira tem como base de suporte os documentos 
contabilísticos, os quais nem sempre respondem aos objectivos da 
análise financeira, pelo que a utilização do balanço exige um trabalho 
de preparação metodológica dos documentos contabilísticos, pois 
estes, dada a necessidade de normalização, não privilegiam a 
perspectiva do diagnóstico financeiro. Impõe-se deste modo a 
construção de mapas económico-financeiros. 
 
Comparação das demonstrações financeiras sucessivas 
A análise económico-financeira inicia-se com a construção de mapas 
de mutação de valores, ou seja, demonstrações financeiras sucessivas 
e respectivas comparações. 
 
1.3.2. Indicadores económico-financeiros2 
 
Os indicadores a seguir apresentados estão agrupados em categorias, 
cujo critério base é a natureza dos fenómenos que os indicadores 
pretendem retratar. 
 
1.3.2.1. Indicadores Económicos 
 
Os indicadores económicos pretendem analisar a rendibilidade da 
empresa, tendo por base a informação constante da demonstração de 
resultados. Abordam aspectos como a estrutura de custos, de 
proveitos, margens de rendibilidade e capacidade de 
autofinanciamento. 
 
Ênfase em alguns indicadores económicos, nomeadamente: 
 
▪ Vendas + Prestações de Serviços (V.+P.S.) 
▪ Produção 
▪ Valor Acrescentado Bruto (V.A.B.) 
▪ Excedente Bruto de Exploração (E.B.E.) 
▪ Autofinanciamento Bruto 
▪ Autofinanciamento Líquido 
▪ Resultado Económico Bruto (R.E.B.) 
▪ Meios Libertos (M.L.) 
 
2 A maior parte dos indicadores usados na análise económico-financeira assumem a forma de rácios (quociente entre 
duas grandezas com significado económico ou financeiro). É de notar que o aumento do nº de rácios utilizados na análise 
nem sempre constitui verdadeiro acréscimo de informação, devendo evitar-se a utilização de rácios que não contribuem 
positivamente para a apreensão da situação da empresa. De notar ainda que interpretar não é apenas ler cada 
indicador, mas sim definir tendências por áreas e pela conjugação dos diferentes indicadores entre si, além de exigir um 
conhecimento adequado da empresa e do ambiente que a rodeia (produtos, mercados, concorrência e condições do 
sector/indústria). Ainda é de salientar que a análise de indicadores deve ser comparativa, quer ao nível temporal 
(período não inferior a 3 anos), quer sectorial (Centrais de Balanços, por exemplo). 
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24 
 
 
1.3.2.2. Indicadores de Rendibilidade Económica 
 
Rendibilidade Operacional das Vendas = Resultados Operacionais / 
(Vendas + Prestação de Serviços) 
 
Rendibilidade Líquida das Vendas = R.L.E. / (Vendas +Prestação de. 
Serviços) 
 
1.3.2.3. Indicadores de Funcionamento 
 
Os indicadores de funcionamento (de actividade e/ou de 
produtividade) medem a eficiência com que a empresa está a gerir os 
seus activos, quer sejam imobilizados quer sejam circulantes. 
- Rotação do Activo =(Vendas + Prestação de Serviços) / Activo 
Total 
- Prazo Médio de Pagamento (PMP) = [Fornecedores / (Compras 
+ Fornecimento e serviços de terceiros) com IVA]*360 ou 12 
- Prazo Médio de Recebimento (PMR) = [Clientes / (V+P.S.) com 
IVA] * 360 ou 12 
- Prazo Médio de Permanência das Matérias-primas = 
(Existências M.P. / C.M.C.) * 360 ou 12 
- Prazo Médio de Permanência das Mercadorias = (Existências 
Mercadorias / C.M.V.) * 360 ou 12 
- Prazo Médio de Permanência dos Produtos Acabados = 
(Existências P.A. / CIPA) * 360 ou 12 
- Produtividade do Trabalho = V.A.B. / Nº médio de 
trabalhadores 
- Produtividade do Equipamento = V.A.B. / Imobilizações 
Corpóreas (valor bruto) 
- Coeficiente Capital/Emprego = Imobilizado Corpóreas (valor 
bruto) / Nº médio de trabalhadores 
 
1.3.2.4. Indicadores de Liquidez 
 
Óptica Tradicional: 
- Fundo de Maneio (F.M.) = Activo Circulante – Passivo de Curto 
Prazo 
- Liquidez Geral = Activo Circulante / Passivo de Curto Prazo 
- Liquidez Reduzida = (Activo Circulante – Existências) / Passivo 
de Curto Prazo 
- Liquidez Imediata = Disponibilidades / Passivo de Curto Prazo 
 
Estes indicadores devem ser analisados em conjunto com os prazos 
médios. 
 
Óptica Moderna: 
- Fundo de Maneio = Capitais Permanentes – Activo Fixo 
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25 
 
- Necessidades em Fundo de Maneio (N.F.M.) 
- Tesouraria Líquida (T.L.) = Fundo de Maneio – Necessidades de 
Fundo de Maneio 
 
1.3.2.5. Indicadores da Estrutura Financeira 
 
Estes indicadores evidenciam o equilíbrio das componentes 
patrimoniais constantes do balanço, relacionado apenas aspectos 
financeiros. 
- Cobertura do Activo Fixo = Capitais Permanentes / Activo Fixo 
Líquido 
- Autonomia Financeira = Capitais Próprios / Activo Total 
- Endividamento = Passivo / Activo Total 
- Taxa (ou grau) de endividamento = Passivo / Capitais Próprios 
- Taxa (ou grau) de endividamento a Médio/Longo Prazo = 
Passivo MLP / Capitais Próprios 
- Estrutura do Endividamento = Passivo de Curto Prazo / Passivo 
- Solvabilidade = Capitais Próprios / Passivo 
- Estrutura de capital = Capitais Próprios / Passivo de Médio e 
Longo Prazo 
- Capacidade de Endividamento = Capitais Permanentes / 
Passivo MLP 
 
1.3.2.6. Indicadores de Financiamento do Crescimento 
- Taxa de Crescimento Nominal (g) = (Activo Económico1 / 
Activo Económico0) - 1 
- Taxa de Crescimento Financeiramente Sustentável (g*) 
 = (R.L.E. 1 / Capitais Próprios0 ) * (1-d) em que d é a 
taxa de distribuição de resultados 
 
Estes indicadores permitem analisar o financiamento da empresa, na 
medida em que procura verificar, em situação de manutenção das 
condições de gestão financeira (sem aumentos de capital) e das 
condições de gestão operacional, se ela é capaz de financiar o 
respectivo crescimento. A taxa de crescimento financeiramente 
sustentável aparece determinada em função da rendibilidade dos 
capitais próprios e da taxa de retenção dos resultados (1-d). 
 
A partir da taxa de crescimento nominal (g) verificada pela empresa e 
da taxa de crescimento sustentável (g*) pode inferir-se o seguinte: 
- Se g*>g a empresa tem excedentes de recursos financeiros, 
face ao crescimento verificado; 
- Se g*<g a empresa tem insuficiência de recursos financeiros. 
 
 
 
 
 
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26 
 
 
Sumário 
Nesta Unidade Temática 1.3 estudamos e discutimos a metodologia 
de análise financeira. O nosso estudo foi direcionado aos indicadores 
económicos e financeiros, nomeadamente: 
1. Indicadores Económicos 
2. Indicadores de Rendibilidade Económica 
3. Indicadores de Funcionamento 
4. Indicadores de Liquidez 
5. Indicadores da Estrutura Financeira 
6. Indicadores de Financiamento do Crescimento 
 
Exercícios desta Unidade Temática 
Exercício de AUTO-AVALIAÇÃO 
 
1. A análise Financeira estuda de forma sistemática as demostrações, 
aplicando diferentes técnicas que destaquem e deixem manifestos 
os pontos específicos sobre de diversas situações de seu 
comportamento passado, permitindo elaborar prognósticos 
relativos ao comportamento futuro das variáveis determinantes da 
gestão empresarial. 
a) A análise financeira comporta uma série de limitações. 
Comente a afirmação. 
 
− Não existe qualquer DF’s, coeficiente, razão, regra, etc., 
que, por si mesmo, permita obter conclusões definitivas na 
análise; 
− A análise financeira trata de estabelecer um método de 
trabalho para acercar-se a intuir qual pode ser a realidade 
da instituição analisada; 
− Os instrumentos utilizados na análise financeira não 
conduzem a exactidões matemáticas, já que, à parte da 
qualidade dos dados contabilísticos de partida, os 
instrumentos são afectados por critérios subjectivos, 
normas de avaliação alternativas, peso da inflação, etc., 
que o analista deve conhecer e avaliar o efeito; 
− Para realizar uma análise razoavelmente correcta, é 
necessário contar com informação suficiente e de 
qualidade comparada, conhecer os instrumentos de 
análise e ter ideias claras e os objectivos bem definidos; 
− O analista deve interpretar os resultados à luz de sua 
experiência e deve considerar outros dados, externos ou 
internos, que possam influir na situação actual ou futura 
da empresa; 
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− Finalmente, o analista deve levar em conta a oportunidade 
da informação, assim como sua relação eficácia - custo, 
isto é, deve-se cumprir o objectivo da análise a um custo 
razoável e no tempo oportuno 
 
2. A empresa BITALA, LDA, dedica-se ao negócio de explora pedreiras 
de mármore. Com a pedra extraída a empresa fornece, a empresas 
de construção civil e armazenistas, materiais para equipar e decorar 
cozinhas. 
 
No exercício económico de 2013 e 2014, a empresa apresenta os 
seguintes elementos contabilísticos: 
 
Britalar, Lda 
Balanço para o ano findo em 31 de Dezembro de 2013 e 2014. 
 
BALANÇO 2013 2014 
Activo Imobilizado 
 
Imobilizado Incorpóreo 1.064,00 3.362,00 
Imobilizado Corpóreo 122.000,00 197.968,00 
Investimentos Financeiros 5.002,00 5.002,00 
Amortizações Acumuladas -58.536,00 -104.374,00 
Activo Circulante 
 
Existências 146.657,00 234.006,00 
Clientes 37.417,00 18.333,00 
Depósitos bancários e caixa 22.217,00 1.411,00 
Activo Total 275.821,00 355.708,00 
Capital Próprio 
 
Capital Social 20.003,00 20.003,00 
Reservas 1.841,00 36.883,00 
Resultados Transitados 7.731,00 12.209,00 
Resultado Líquido 4.378,00 3.335,00 
Total do Capital Próprio 33.953,00 72.430,00 
Passivo 
 
Dívidas a terceiros médio e longo prazo 61.506,00 48.287,00 
Dívidas a terceiros de curto prazo 
Fornecedores 128.018,00 84.661,00 
Estado e Outros Entes Públicos 52.344,00 150.330,00 
Total do Passivo 241.868,00 283.278,00 
Total do Capital Próprio e Passivo 275.821,00 355.708,00 
 
 
 
 
 
 
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Britalar, Lda. 
Demonstração de Resultados para o ano findo em 31 de Dezembro 
de 2013 e 2014 
PROVEITOS OPERACIONAIS 2013 2014 
Vendas líquidas 381.742,00 438.297,00 
TOTAL DOS PROVEITOS 381.742,00 438.297,00 
 
CUSTOS OPERACIONAIS 
Custo das existências vendidas e matérias 
consumidas 
168.423,00 161.023,00 
Custos Fixos 182,657.00 226,847.00 
TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS 351.080,00 387.870,00 
 
RESULTADOS OPERACIONAIS 30,662.00 50,427.00 
Custos financeiros 30,628.00 46,964.00 
Receitas financeiras 5,596.00 3,477.00 
RESULTADOS FINANCEIROS -25,032.00 -43,487.00 
RESULTADOS CORRENTES 5,630.00 6,940.00 
Impostos 1,252.00 3,605.00 
RESULTADOS LÍQUIDOS 4,378.00 3,335.00 
 
Serviços de Produção 
As existências de produtos no fim do ano 2013 e as quantidades 
mínimas que a empresa deve manter no final de 2014

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