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QUESTÕES DE HISTÓRIA ANTIGA (com gabarito)

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HISTÓRIA ANTIGA
1 – (ENEM/2017)
O sistema de irrigação egípcio era muito
diferente do complexo sistema
mesopotâmico,
porque as condições naturais eram muito
diversas nos dois casos. A cheia do Nilo
também fertiliza as terras com aluviões,
mas é
muito mais regular e favorável em seu
processo e em suas datas do que a do
Tigre e
Eufrates, além de ser menos destruidora.
CARDOSO, C. F. Sociedades do antigo
Oriente Próximo. São
Paulo: Ática, 1986.
A comparação entre as disposições do
recurso natural em questão revela sua
importância para a
a)desagregação das redes comerciais.
b)supressão da mão de obra escrava.
c)expansão da atividade agrícola.
d)multiplicação de religiões monoteístas.
e)fragmentação do poder político.
2 – (UEFS/2018)
Uma opinião aceita amplamente é a de
que os gregos receberam o alfabeto dos
povos fenícios. O nosso próprio alfabeto é
derivado do alfabeto grego. Os
intermediários foram os etruscos, cuja
escrita foi transmitida aos romanos.
(John F. Healey. “O primeiro
alfabeto”.In: Lendo o passado,
1996. Adaptado.)
O excerto explicita a existência de
a)igualdades culturais, linguísticas e
políticas
entre as sociedades das antiguidades
Oriental e
Clássica.
b)desenvolvimentos paralelos e
independentes dos povos
mesopotâmicos, semitas, africanos e
greco-romanos.
c)encontros inter-civilizacionais e políticos
decorrentes da formação do antigo
Império Egípcio na Europa e na Ásia.
d)diálogos e trocas culturais transcorridos
na região do Mar Mediterrâneo na
Antiguidade.
e)vínculos necessários entre difusão de
regimes
democráticos e formação cultural dos
cidadãos.
3 – (IFRS/2018)
Leia o trecho a seguir.
O que diz o primeiro documento escrito da
história
Símbolos abstratos formam o documento
escrito mais antigo de que se tem
conhecimento até hoje
Na Antiguidade, acreditava-se que a
escrita vinha dos deuses. Os gregos
pensavam tê-la recebido de Prometeus.
Os egípcios, de Tot, o deus do
conhecimento. Para os sumérios, a
deusa Inanna a havia roubado de Enki, o
deus da sabedoria. Mas à medida que
essa visão perdia crédito,
passou-se a investigar o que levou
civilizações antigas a criar a escrita.
Motivos religiosos ou artísticos? Ou teria
sido para enviar
mensagens a exércitos distantes?
O enigma ficou mais complexo em 1929,
após o arqueólogo alemão Julius Jordan
desenterrar uma vasta biblioteca de
tábuas de argila com
figuras abstratas, um tipo de escrita
conhecida como "cuneiforme", com 5 mil
anos de idade
1
[...]. As tábuas estavam em Uruk, uma
cidade [...]
das primeiras do mundo - às margens do
rio
Eufrates, onde hoje fica o Iraque. Ali,
desenvolveu-se uma escrita que nenhum
especialista moderno conseguia decifrar.
Disponível em:
˂http://www.bbc.com/portuguese/geral-
39842626˃ Acesso em: 04 set. 2017.
De acordo com o trecho, podemos
identificar
que o texto está tratando do modelo de
escrita
antiga desenvolvido
a)no Egito do período faraônico.
b)na China anterior ao primeiro imperador.
c)em uma das primeiras civilizações da
Mesopotâmia.
d)na Anatólia do período bíblico.
e)na Grécia dos tempos homéricos.
4 – (UNISC/2014)
Há 25 anos era promulgada, no país, a
Constituição de 1988, rotulada como carta
cidadã. O histórico das constituições no
mundo
contemporâneo tem marcos como a
inglesa de
1688, a francesa do período jacobino e a
norte-
americana da Guerra da Independência.
No Brasil, o histórico das constituições
revela as mudanças políticas do Império,
da República, do período getulista, do
regime militar e das redemocratizações.
Essa cultura política contemporânea não
encontra paralelo no
passado mais antigo. Na antiguidade,
inexistia essa prática constitucional da
relação entre
Estado e sociedade, o que havia eram
códigos comportamentais, destinados à
preservação
das cidades ou à relação com os deuses.
Nesse
sentido, a mais antiga lei escrita da
antiguidade que se tem registro é
a)a Lei das Doze Tábuas, da Roma
antiga.
b)o Código de Hamurabi, da
Mesopotâmia.
c)o Papiro de Harris, da China antiga.
d)o Código Canônico, dos pais
apostólicos.
e)a Lei dos Faraós, do Egito antigo.
5 – (UNESP 2016)
129. Se a esposa de alguém for
surpreendida em flagrante com outro
homem, ambos devem ser amarrados e
jogados dentro d’água, mas o marido
pode perdoar a sua esposa, assim como
o rei perdoa a seus escravos. [...]
133. Se um homem for tomado como
prisioneiro de guerra, e houver sustento
em sua casa, mas mesmo assim sua
esposa deixar a casa por outra, esta
mulher deverá ser
judicialmente condenada e atirada na
água. [...] 135. Se um homem for feito
prisioneiro de guerra e não houver quem
sustente sua esposa, ela deverá ir para
outra casa e criar seus filhos. Se mais
tarde o marido retornar e voltar à casa,
então a esposa deverá retornar ao
marido, assim como as crianças devem
seguir seu pai. [...]
138. Se um homem quiser se separar de
sua esposa que lhe deu filhos, ele deve
dar a ela a quantia do preço que pagou
por ela e o dote que ela trouxe da casa de
seu pai, e deixá-la partir.
(www.direitoshumanos.usp.br)
Esses quatro preceitos, selecionados do
Código
de Hamurabi (cerca de 1780 a.C.),
indicam
uma sociedade caracterizada
a)pelo respeito ao poder real e pela
solidariedade
2
entre os povos.
b)pela defesa da honra e da família numa
perspectiva patriarcal.
c)pela isonomia entre os sexos e pela
defesa da
paz.
d)pela liberdade de natureza numa
perspectiva
iluminista.
e)pelo antropocentrismo e pela
valorização da
fertilidade feminina.
6 – (UDESC/2017)
“Quem construiu Tebas, a das sete
portas?
Nos livros vem o nome dos reis, mas
foram os
reis que transportaram as pedras?
Babilônia,
tantas vezes destruída, quem outras
tantas a
reconstruiu? Em que casas da Lima
Dourada
moravam seus obreiros?”
(Perguntas de um operário que lê. Bertold
Brecht)
Heródoto de Halicarnasso, nascido no
século V
a.C., é comumente conhecido como “o Pai
da
História”. De acordo com o historiador
François Hartog, Heródoto interessava-se,
entre outras questões, pelas maravilhas e
pelos
monumentos considerados, muitas vezes,
expressões da influência divina.
Considerando os questionamentos de
Bertold
Brecht, assinale a alternativa que contém
a melhor interpretação para a frase de
Heródoto: “O Egito é uma dádiva do Nilo”.
a)Permite constatar o desconhecimento
de
Heródoto no que diz respeito à Geografia,
uma
vez que os rios que atravessam o território
egípcio são Tigre e Eufrates.
b)Representa um anacronismo pois, no
século V a.C., quando proferida, o Egito
era ainda colônia do grande Império
Bizantino.
c)Atribui apenas à presença do Nilo o
desenvolvimento do Egito, porém não
considera a
importância da presença humana, do
trabalho empreendido na utilização do rio
e dos benefícios naturais para o
desenvolvimento da região.
d)Representa a profunda religiosidade do
povo egípcio, o qual atribuía ao deus Nilo
o desenvolvimento do Império, à época,
no período pré-dinástico.
e)Atribui centralidade às ações do
imperador Nilo
que, entre os séculos VI a.C. e V a.C.,
administrou o processo de expansão
territorial do Império Egípcio, sem,
todavia, ressaltar a participação dos
soldados que lutavam sob o comando do
imperador.
3
7 – (FUVEST/2015) Examine estas
imagens produzidas no antigo Egito:
Apud Ciro Flammarion Santana Cardoso.
O Egito antigo. São
Paulo: Brasiliense, 1982.
As imagens revelam
a)o caráter familiar do cultivo agrícola no
Oriente
Próximo, dada a escassez de mão de
obra e a
proibição, no antigo Egito, do trabalho
compulsório.
b)a inexistência de qualquer
conhecimento
tecnológico que permitisse o
aprimoramento da
produção de alimentos, o que provocava
longas
temporadas de fome.
c)o prevalecimento da agricultura como
única
atividade econômica, dada a
impossibilidade de
caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo
antigo
Egito.
d)a dificuldade de acesso à água em todo
o Egito,
o que limitava as atividades de plantio e
inviabilizava a criação de gado de maior
porte.
e)a importância das atividades agrícolas
no antigo
Egito, que ocupavam os trabalhadores
durante
aproximadamente metade do ano
8 – (ENEM/2017)
TEXTO I
Sóloné o primeiro nome grego que nos
vem à
mente quando terra e dívida são
mencionadas
juntas. Logo depois de 600 a.C., ele foi
designado “legislador” em Atenas, com
poderes sem precedentes, porque a
exigência
de redistribuição de terras e o
cancelamento
das dívidas não podiam continuar
bloqueados
pela oligarquia dos proprietários de terra
por
meio da força ou de pequenas
concessões.
FINLEY, M. Economia e sociedade na
Grécia antiga. São
Paulo: WMF Martins Fontes, 2013
(adaptado)
TEXTO II
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um
dos
textos fundamentais do direito romano,
uma
das principais heranças romanas que
chegaram até nós. A publicação dessas
leis, por
volta de 450 a.C., foi importante, pois o
conhecimento das “regras do jogo” da
vida em
sociedade é um instrumento favorável ao
4
homem comum e potencialmente limitador
da
hegemonia e arbítrio dos poderosos.
FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo:
Contexto, 2011
(adaptado)
O ponto de convergência entre as
realidades
sociopolíticas indicadas nos textos
consiste na
ideia de que a
a)discussão de preceitos formais
estabeleceu a
democracia.
b)invenção de códigos jurídicos
desarticulou as
aristocracias.
c)formulação de regulamentos oficiais
instituiu as
sociedades.
d)definição de princípios morais encerrou
os
conflitos de interesses.
e)criação de normas coletivas diminuiu as
desigualdades de tratamento.
9 – (ENEM/2016)
Pois quem seria tão inútil ou indolente a
ponto
de não desejar saber como e sob que
espécie de
constituição os romanos conseguiram em
menos de cinquenta e três anos submeter
quase todo o mundo habitado ao seu
governo
exclusivo — fato nunca antes ocorrido?
Ou,
em outras palavras, quem seria tão
apaixonadamente devotado a outros
espetáculos ou estudos a ponto de
considerar
qualquer outro objetivo mais importante
que a
aquisição desse conhecimento?
POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB,
1985.
A experiência a que se refere o historiador
Políbio, nesse texto escrito no século II
a.C., é a
a)ampliação do contingente de
camponeses livres.
b)consolidação do poder das falanges
hoplitas.
c)concretização do desígnio imperialista.
d)adoção do monoteísmo cristão.
e)libertação do domínio etrusco.
10 – (ENEM/2016)
[...] O SERVIDOR – Diziam ser filho do
rei...
ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a
criança?
O SERVIDOR — Foi ela, Senhor.
ÉDIPO — Com que intenção?
O SERVIDOR — Para que eu a matasse.
ÉDIPO — Uma mãe! Mulher desgraçada!
O SERVIDOR — Ela tinha medo de um
oráculo dos deuses.
ÉDIPO — O que ele anunciava?
O SERVIDOR — Que essa criança um dia
mataria seu pai.
ÉDIPO— Mas por que tu a entregaste a
este homem?
O SERVIDOR — Tive piedade dela,
mestre. Acreditei que ele a levaria ao país
de
onde vinha. Ele te salvou a vida, mas para
os
piores males! Se és realmente aquele de
quem
ele fala, saibas que nasceste marcado
pela
infelicidade.
ÉDIPO — Oh! Ai de mim! Então no final
tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu
te
veja aqui pela última vez, já que hoje me
revelo o filho de quem não devia nascer, o
esposo de quem não devia ser, o
assassino de
quem não deveria matar!
SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre:
L&PM, 2011.
5
O trecho da obra de Sófocles, que
expressa o
núcleo da tragédia grega, revela o(a)
a)condenação eterna dos homens pela
prática
injustificada do incesto.
b)legalismo estatal ao punir com a prisão
perpétua o crime de parricídio.
c)busca pela explicação racional sobre os
fatos
até então desconhecidos.
d)caráter antropomórfico dos deuses na
medida
em que imitavam os homens.
e)impossibilidade de o homem fugir do
destino
predeterminado pelos deuses.
11– (ENEM PPL 2016)
O aparecimento da pólis, situado entre os
séculos VIII e VII a.C., constitui, na
história
do pensamento grego, um acontecimento
decisivo. Certamente, no plano intelectual
como no domínio das instituições, a vida
social
e as relações entre os homens tomam
uma
forma nova, cuja originalidade foi
plenamente
sentida pelos gregos, manifestando-se no
surgimento da filosofia.
VERNANT, J.-P. As origens do
pensamento grego.Rio de
Janeiro: Difel, 2004 (adaptado).
Segundo Vernant, a filosofia na antiga
Grécia
foi resultado do(a)
a)constituição do regime democrático.
b)contato dos gregos com outros povos.
c)desenvolvimento no campo das
navegações.
d)aparecimento de novas instituições
religiosas.
e)surgimento da cidade como
organização social.
12 – (ENEM/2015)
O que implica o sistema da pólis é uma
extraordinária preeminência da palavra
sobre
todos os outros instrumentos do poder. A
palavra constitui o debate contraditório, a
discussão, a argumentação e a polêmica.
Torna-se a regra do jogo intelectual, assim
como do jogo político.
VERNANT, J. P. As origens do
pensamento grego. Rio de
Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).
Na configuração política da democracia
grega
especial a ateniense, a ágora tinha por
função
a)agregar os cidadãos em torno de reis
que
governavam em prol da cidade.
b)permitir aos homens livres o acesso às
decisões
do Estado expostas por seus magistrados.
c)constituir o lugar onde o corpo de
cidadãos se
reunia para deliberar sobre as questões
da
comunidade.
d)reunir os exércitos para decidir em
assembleias
fechadas os rumos a serem tomados em
caso de
guerra.
e)congregar a comunidade para eleger
representantes com direito a
pronunciar-se em
assembleias.
13 – (ENEM/2014)
Compreende-se assim o alcance de uma
reivindicação que surge desde o
nascimento da
cidade na Grécia antiga: a redação das
leis. Ao
escrevê-las, não se faz mais que
assegurar-lhes
permanência e fixidez. As leis tornam-se
bem
6
comum, regra geral, suscetível de ser
aplicada
a todos da mesma maneira.
VERNANT, J. P. As origens do
pensamento grego. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1992 (adaptado).
Para o autor, a reivindicação atendida na
Grécia antiga, ainda vigente no mundo
contemporâneo, buscava garantir o
seguinte
princípio:
a)Isonomia — igualdade de tratamento
aos
cidadãos.
b)Transparência — acesso às
informações
governamentais.
c)Tripartição — separação entre os
poderes
políticos estatais.
d)Equiparação — igualdade de gênero na
participação política.
e)Elegibilidade — permissão para
candidatura
aos cargos públicos.
14 – (ENEM/2014)
TEXTO I
Olhamos o homem alheio às atividades
públicas não como alguém que cuida
apenas
de seus próprios interesses, mas como
um
inútil; nós, cidadãos atenienses,
decidimos as
questões públicas por nós mesmos na
crença
de que não é o debate que é empecilho à
ação,
e sim o fato de não se estar esclarecido
pelo
debate antes de chegar a hora da ação.
TUCÍDIDES. História da Guerra do
Peloponeso. Brasília:
UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
Um cidadão integral pode ser definido por
nada mais nada menos que pelo direito
de
administrar justiça eexercer funções
públicas;
algumas destas, todavia, sãolimitadas
quanto
ao tempo de exercício, de tal modo
quenão
podem de forma alguma ser exercidas
duas
vezespela mesma pessoa, ou somente
podem
sê-lo depois decertos intervalos de tempo
prefixados.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB,
1985.
Comparando os textos I e II, tanto para
Tucídides (no século V a.C) quanto para
Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania
era
definida pelo(a)
a)prestígio social.
b)acúmulo de riqueza.
c)participação política.
d)local de nascimento.
e)grupo de parentesco.
15 (ENEM/2013)
Durante a realeza, e nos primeiros anos
republicanos, as leis eram transmitidas
oralmente de uma geração para outra. A
ausência de uma legislação escrita
permitia aos
patrícios manipular a justiça conforme
seus
interesses. Em 451 a.C., porém, os
plebeus
conseguiram eleger uma comissão de dez
pessoas – os decênviros – para escrever
as leis.
Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia,
para
estudar a legislação de Sólon.
COULANGES, F. A cidade antiga. São
Paulo. Martins Fontes,
2000
A superação da tradição jurídica oral no
7
mundo antigo, descrita no texto, esteve
relacionada à
a)adoção do sufrágio universal masculino.
b)extensão da cidadania aos homens
livres.
c)afirmação de instituições democráticas.
d)implantação de direitos sociais.
e)tripartição dos poderes políticos.
16 – (ENEMPPL 2012)
No contexto da polis grega, as leis
comuns
nasciam de uma convenção entre
cidadãos,
definida pelo confronto de suas opiniões
em
um verdadeiro espaço público, a ágora,
confronto esse que concedia a essas
convenções
a qualidade de instituições públicas.
MAGDALENO, F. S. A territorialidade da
representação
política: vínculos territoriais
decompromisso dos deputados
fluminenses. São Paulo: Annablume,
2010.
No texto, está relatado um exemplo de
exercício da cidadania associado ao
seguinte
modelo de prática democrática:
a)Direta.
b)Sindical.
c)Socialista.
d)Corporativista.
e)Representativa.
17 – (ENEM PPL 2012)
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.
BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de
Atenas. In: Meus
caros Amigos, 1976. Disponível em:
http://letras.terra.com.br.
Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).
Os versos da composição remetem à
condição
das mulheres na Grécia antiga,
caracterizada,
naquela época, em razão de
a)sua função pedagógica, exercida junto
às
crianças atenienses.
b)sua importância na consolidação da
democracia, pelo casamento.
c)seu rebaixamento de status social frente
aos
homens.
d)seu afastamento das funções
domésticas em
períodos de guerra.
e)sua igualdade política em relação aos
homens.
18 – (UNICAMP/2018)
Os gregos sentiram paixão pelo humano,
por
suas capacidades, por sua energia
construtiva.
Por isso, inventaram a polis: a
comunidade
cidadã em cujo espaço artificial,
antropocêntrico, não governa a
necessidade da
natureza, nem a vontade dos deuses,
mas a
liberdade dos homens, isto é, sua
capacidade de
raciocinar, de discutir, de escolher e de
destituir dirigentes, de criar problemas e
propor soluções. O nome pelo qual hoje
conhecemos essa invenção grega, a mais
revolucionária, politicamente falando, que
já
se produziu na história humana, é
democracia.
(Adaptado de Fernando Savater, Política
para meu filho. São
Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 77.)
Assinale a alternativa correta,
considerando o
texto acima e seus conhecimentos sobre
a
Grécia Antiga.
8
a)Para os gregos, a cidade era o espaço
do
exercício da liberdade dos homens e da
tirania
dos deuses.
b)Os gregos inventaram a democracia,
que tinha
então o mesmo funcionamento do sistema
político vigente atualmente no Brasil.
c)Para os gregos, a liberdade dos homens
era
exercida na polis e estava relacionada à
capacidade de invenção da política.
d)A democracia foi uma invenção grega
que criou
problemas em função do excesso de
liberdade dos
homens.
19 – (UNICAMP/2015)
Apenas a procriação de filhos legítimos,
embora essencial, não justifica a escolha
da
esposa. As ambições políticas e as
necessidades
econômicas que as subentendem
exercem um
papel igualmente poderoso. Como
demonstraram inúmeros estudos, os
dirigentes
atenienses casam-se entre si, e
geralmente com
o parente mais próximo possível, isto é,
primos
coirmãos. É sintomático que os autores
antigos
que nos informam sobre o casamento de
homens políticos atenienses omitam os
nomes
das mulheres desposadas, mas nunca o
nome
do seu pai ou do seu marido precedente.
(Adaptado de Alain Corbin e outros,
História da virilidade, vol.
1. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 62.)
Considerando o texto e a situação da
mulher
na Atenas clássica, podemos afirmar que
se
trata de uma sociedade
a)na qual o casamento também tem
implicações
políticas e sociais.
b)que, por ser democrática, dá uma
atenção
especial aos direitos da mulher.
c)em que o amor é o critério principal para
a
formação de casais da elite.
d)em que o direito da mulher se sobrepõe
ao
interesse político e social.
20 – (FUVEST/2016)
Em certos aspectos, os gregos da
Antiguidade
foram sempre um povo disperso.
Penetraram em pequenos grupos no
mundo mediterrânico e,
mesmo quando se instalaram e acabaram
por dominá-lo, permaneceram desunidos
na sua organização política. No tempo de
Heródoto, e muito antes dele,
encontravam-se colônias gregas não
somente em toda a extensão da
Grécia atual, como também no litoral do
Mar Negro, nas costas da atual Turquia,
na Itália do
sul e na Sicília oriental, na costa
setentrional da
África e no litoral mediterrânico da França.
No interior desta elipse de uns 2500 km
de comprimento, encontravam-se
centenas e centenas de comunidades que
amiúde diferiam na sua estrutura política e
que afirmaram sempre a sua soberania.
Nem então nem em nenhuma outra altura,
no mundo antigo, houve uma nação, um
território nacional único regido
por uma lei soberana, que se tenha
chamado Grécia (ou um sinônimo de
Grécia).
M. I. Finley. O mundo de Ulisses.
Lisboa: Editorial Presença,
1972. Adaptado.
9
Com base no texto, pode-se apontar
corretamente
a)a desorganização política da Grécia
antiga, que
sucumbiu rapidamente ante as investidas
militares
de povos mais unidos e mais bem
preparados para
a guerra, como os egípcios e macedônios.
b)a necessidade de profunda
centralização
política, como a ocorrida entre os
romanos e
cartagineses, para que um povo pudesse
expandir
seu território e difundir sua produção
cultural.
c)a carência, entre quase todos os povos
da
Antiguidade, de pensadores políticos,
capazes de
formular estratégias adequadas de
estruturação e
unificação do poder político.
d)a inadequação do uso de conceitos
modernos,
como nação ou Estado nacional, no
estudo sobre
a Grécia antiga, que vivia sob outras
formas de
organização social e política.
e)a valorização, na Grécia antiga, dos
princípios
do patriotismo e do nacionalismo, como
forma de
consolidar política e economicamente o
Estado
nacional.
21 – (UEFS/2018)
Os homens espartanos eram
exclusivamente soldados profissionais.
Sua vida, integralmente
modelada pelo Estado, era-lhe
inteiramente dedicada. Aos sete anos o
menino era entregue
nas mãos do Estado; a educação
consistia, sobretudo, em desenvolver a
habilidade guerreira. Tornando-se adulto,
ele passava a maior parte do tempo com
seus companheiros de armas e devia
participar da refeição comum.
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da
Grécia, 1980.
Adaptado.)
Na Grécia Antiga, a cidade-Estado de
Esparta distinguia-se
a)pela organização política e social
orientada pelo
objetivo preponderante de defesa da
cidade.
b)pela formação dos dirigentes políticos
para o
exercício das atividades agrícolas e
comerciais da
cidade.
c)pela adoção de um regime político cuja
participação era permitida apenas aos
guerreiros
das cidades aliadas.
d)pela anexação de mercados externos
fornecedores de equipamentos militares
para a
cidade.
e)pela inexistência de relações
escravistas em
uma cidade de pouco desenvolvimento da
atividade comercial.
22 – (UFGD/2017)
Em Atenas, na Grécia Antiga, os ideais de
democracia conviviam com a escravidão.
Pedro Paulo Funari, em sua obra “Grécia
e Roma” (2002) destaca que não é
“exagero dizer que a democracia
ateniense dependia da existência da
escravidão” (p. 38).
Nessa perspectiva, considera-se que:
a)Os escravos de Atenas, em sua maioria,
eram
prisioneiros de guerra e seus
descendentes.
10
b)A escravidão em Atenas era limitada,
pois se
prevalecia a ideia de democracia plena,
em que
gradativamente o sistema escravista ia
desaparecendo
c)Os grupos de escravos que viviam em
Atenas
eram provenientes de Esparta, haja vista
que,
Atenas e Esparta eram rivais históricos
desde o
século III.
d)A democracia ateniense foi ímpar para
pensar o
sistema democrático no Brasil, após a
proclamação da República, em 1822.
e)Os escravos atenienses eram de origem
africana, sobretudo, dos países que
compõem o
Sul da África. Até o século VI, o tráfico de
africanos para Atenas era significativo.
23 – (UNESP/2017)
Apesar de sua dispersão geográfica e de
sua
fragmentação política, os Gregos tinham
uma
profunda consciência de pertencer a uma
só e
mesma cultura. Esse fenômeno é tão
mais
extraordinário, considerando-se a
ausência de
qualquer autoridade central política ou
religiosa e o livre espírito de invenção de
uma
determinada comunidade para resolver os
diversos problemas políticos ou culturais
que
se colocavam para ela.
(Moses I. Finley. Os primeirostempos da
Grécia, 1998.
Adaptado.)
O excerto refere-se ao seguinte aspecto
essencial da história grega da
Antiguidade:
a)a predominância da reflexão política
sobre o
desenvolvimento das belas-artes.
b)a fragilidade militar de populações
isoladas em
pequenas unidades políticas.
c)a vinculação do nascimento da filosofia
com a
constituição de governos tirânicos.
d)a existência de cidades-estados
conjugada a
padrões civilizatórios de unificação.
e)a igualdade social sustentada pela
exploração
econômica de colônias estrangeiras.
24 – (UNESP/2016)
A cidade tira de seu império uma parte da
honra, da qual todos vós vos gloriais, e
que
deveis legitimamente apoiar; não vos
esquiveis
às provas, se não renunciais também a
buscar
as honras; e não penseis que se trata
apenas,
nesta questão, de ser escravos em vez de
livres:
trata-se da perda de um império, e do
risco
ligado ao ódio que aí contraístes.
(Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução
à história da
Antiguidade, 2009.)
O discurso de Péricles, no século V a.C.,
convoca os atenienses para lutar na
Guerra do
Peloponeso e enfatiza
a)a rejeição à escravidão em Atenas e a
defesa do
trabalho livre como base de toda
sociedade
democrática.
b)a defesa da democracia, por Atenas,
diante das
ameaças aristocráticas de Roma.
c)a rejeição à tirania como forma de
governo e a
11
celebração da república ateniense.
d)a defesa do território ateniense, frente à
investida militar das tropas cartaginesas.
e)a defesa do poder de Atenas e a sua
disposição
de manter-se à frente de uma
confederação de
cidades.
25 – (ENEM/2017)
TEXTO I
Esta foi a regra que eu segui diante dos
que me
foram denunciados como cristãos:
perguntei a
eles mesmos se eram cristãos; aos que
respondiam afirmativamente repeti uma
segunda e uma terceira vez a pergunta,
ameaçando-os com o suplício. Os que
persistiram, mandei executá-los, pois eu
não
duvidava que, seja qual for a culpa, a
teimosia
e a obstinação inflexível deveriam ser
punidas.
Outros, cidadãos romanos portadores da
mesma loucura, pus no rol dos que devem
ser
enviados a Roma.
Correspondência de Plínio, governador de
Bitínia,
provínciaromana situada na Ásia Menor,
aoimperador
Trajano. Cerca do ano 111 d.C. Disponível
em:
www.veritatis.com.br. Acesso em: 17 jun.
2015 (adaptado).
TEXTO II
É nossa vontade que todos os povos
regidos
pela nossa administração pratiquem a
religião
que o apóstolo Pedro transmitiu aos
romanos.
Ordenamos que todas aquelas pessoas
que
seguem esta norma tomem o nome de
cristãos católicos. Porém, o resto, os
quais
consideramos dementes e insensatos,
assumirão a infâmia da heresia, os
lugares de
suas reuniões não receberão o nome de
igrejas
e serão castigados em primeiro lugar pela
divina vingança e, depois, também pela
nossa
própria iniciativa.
Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In:
PEDRERO-SÁNCHEZ,
M. G. História da Idade Média: textos e
testemunhas. São
Paulo: Unesp, 2000.
Nos textos, a postura do Império Romano
diante do cristianismo é retratada em dois
momentos distintos. Em que pesem as
diferentes épocas, é destacada a
permanência
da seguinte prática:
a)Ausência de liberdade religiosa.
b)Sacralização dos locais de culto.
c)Reconhecimento do direito divino.
d)Formação de tribunais eclesiásticos.
e)Subordinação do poder governamental.
26 – (ENEM/2016)
A Lei das Doze Tábuas, de meados do
século V
a.C., fixou por escrito um velho direito
costumeiro. No relativo às dívidas não
pagas, o
código permitia, em última análise, matar
o
devedor; ou vendê-lo como escravo “do
outro
lado do Tibre” — isto é, fora do território
de
Roma.
CARDOSO, C. F. S. O trabalho
compulsório na Antiguidade.
Rio de Janeiro: Graal, 1984.
A referida lei foi um marco na luta por
direitos
na Roma Antiga, pois possibilitou que os
12
plebeus
a)modificassem a estrutura agrária
assentada no
latifúndio.
b)exercessem a prática da escravidão
sobre seus
devedores.
c)conquistassem a possibilidade de
casamento
com os patrícios.
d)ampliassem a participação política nos
cargos
políticos públicos.
e)reivindicassem as mudanças sociais
com base
no conhecimento das leis.
27 – (ENEM/2016)
Os escravos tornam-se propriedade nossa
seja
em virtude da lei civil, seja da lei comum
dos
povos; em virtude da lei civil, se qualquer
pessoa de mais de vinte anos permitir a
venda
de si própria com a finalidade de lucrar
conservando uma parte do preço da
compra; e
em virtude da lei comum dos povos, são
nossos
escravos aqueles que foram capturados
na
guerra e aqueles que são filhos de nossas
escravas.
CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório
na Antiguidade.São
Paulo: Graal, 2003.
A obra Institutas, do jurista
AeliusMarcianus
(século III d.C.), instrui sobre a escravidão
na
Roma antiga. No direito e na sociedade
romana desse período, os escravos
compunham uma
a)mão de obra especializada protegida
pela lei.
b)força de trabalho sem a presença de ex-
cidadãos.
c)categoria de trabalhadores oriundos dos
mesmos povos.
d)condição legal independente da origem
étnica
do indivíduo.
e)comunidade criada a partir do
estabelecimento
das leis escritas.
28 – (ENEM/2009)
O fenômeno da escravidão, ou seja, da
imposição do trabalho compulsório a um
indivíduo ou a uma coletividade, por parte
de
outro indivíduo ou coletividade, é algo
muito
antigo e, nesses termos, acompanhou a
história
da Antiguidade até o séc. XIX. Todavia,
percebe-se que tanto o status quanto o
tratamento dos escravos variaram muito
da
Antiguidade Greco-romana até o século
XIX
em questões ligadas às divisões do
trabalho.
As variações mencionadas dizem respeito
a)ao caráter étnico da escravidão antiga,
pois
certas etnias eram escravizadas de
preconceitos
sociais.
b)à especialização do trabalho escravo na
Antiguidade, pois certos ofícios de
prestígio eram
frequentemente realizados por escravos.
c)ao uso dos escravos para a atividade
agroexportadora, tanto na Antiguidade
quanto no
mundo moderno, pois o caráter étnico
determinou
a diversidade de tratamento.
d)à absoluta desqualificação dos escravos
para
trabalhos mais sofisticados e à violência
em seu
13
tratamento, independente das questões
étnicas.
e)ao aspecto étnico presente em todas as
formas
de escravidão, pois o escravo era, na
Antiguidade
Greco–romana, como no mundo moderno,
considerado uma raça inferior.
29 – (UNICAMP/2017)
A imagem acima retrata parte do mosaico
romano de Nennig, um dos mais bem
conservados que se encontram até o
momento no norte da Europa. A
composição conta com mais de 160 m2 e
apresenta como tema cenas
próprias de um anfiteatro romano.
(https://fr.wikipedia.org/wiki/Perl_(Sarre)#/medi
a/File:Retiari
us_stabs_secutor_(color).jpg. Acessado em
12/08/2016.)
A partir da leitura da imagem e do
conhecimento sobre o período em
questão, pode-se afirmar corretamente
que a imagem representa
a)uma luta entre três gladiadores, prática
popular
entre membros da elite romana do século
III d. C,
que foi criticada pelos cristãos.
b)a popularidade das atividades circenses
entre os
romanos, prática de cunho religioso que
envolvia
os prisioneiros de guerra.
c)uma das ações da política do pão e do
circo,
estratégia da elite romana que usava
cidadãos
romanos na arena, para lutarem entre si
e, assim,
divertir o povo.
d)uma luta entre gladiadores, prática que
tinha
inúmeras funções naquela sociedade,
como a
diversão, a tentativa de controle social e a
valorização da guerra.
30 – (FUVEST/2018)
(...) o “arco do triunfo” é um fragmento de
muro que, embora isolado da muralha,
tem a
forma de uma porta da cidade. (...) Os
primeiros
exemplos documentados são estruturas
do
século II a.C., mas os principais arcos de
triunfo
são os do Império, como os arcos de Tito,
de
Sétimo Severo ou de Constantino, todos
no foro
romano, e todos de grande beleza pela
elegância
de suas proporções.
PEREIRA, J. R. A., Introdução à
arquitetura. Das origens ao
século XXI. Porto Alegre: Salvaterra,
2010, p. 81.
Dentre os vários aspectos da arquitetura
romana, destaca-se a monumentalidade
de
suas construções. A relação entre o “arco
do
triunfo” e a História de Roma está
baseada
a)no processo de formaçãoda urbe
romana e de
14
edificação de entradas defensivas contra
invasões
de povos considerados bárbaros.
b)nas celebrações religiosas das
divindades
romanas vinculadas aos ritos de
fertilidade e aos
seus ancestrais etruscos.
c)nas celebrações das vitórias militares
romanas
que permitiram a expansão territorial, a
consolidação territorial e o
estabelecimento do
sistema escravista.
d)na edificação de monumentos
comemorativos
em memória das lutas dos plebeus e do
alargamento da cidadania romana.
e)nos registros das perseguições ao
cristianismo e
da destruição de suas edificações
monásticas.
31 – (FUVEST/2018)
Os Impérios helenísticos, amálgamas
ecléticas
de formas gregas e orientais, alargaram o
espaço da civilização urbana da
Antiguidade
clássica, diluindo-lhe a substância [...].
De 200 a.C. em diante, o poder imperial
romano avançou para leste [...] e nos
meados
do século II as suas legiões haviam
esmagado
todas as barreiras sérias de resistência do
Oriente.
P. Anderson. Passagens da Antiguidade
ao feudalismo. Porto:
Afrontamento, 1982.
Na região das formações sociais gregas,
a)a autonomia das cidades-estado
manteve-se
intocável, apesar da centralização política
implementada pelos imperadores
helenísticos.
b)essas formações e os impérios
helenísticos
constituíram-se com o avanço das
conquistas
espartanas no período posterior às
guerras no
Peloponeso, ao final do século V a.C.
c)a conquista romana caracterizou-se por
uma
forte ofensiva frente à cultura helenística,
impondo a língua latina e cerceando as
escolas
filosóficas gregas.
d)o Oriente tornou-se área preponderante
do
Império Romano a partir do século III d.C.,
com a
crise do escravismo, que afetou mais
fortemente
sua parte ocidental.
e)os espaços foram conquistados pelas
tropas
romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em
seu
período de apogeu, devido às lutas
intestinas e às
rivalidades entre cidades-estado.
32 – (FUVEST/2014)
César não saíra de sua província para
fazer
mal algum, mas para se defender dos
agravos
dos inimigos, para restabelecer em seus
poderes os tribunos da plebe que tinham
sido,
naquela ocasião, expulsos da Cidade,
para
devolver a liberdade a si e ao povo
romano
oprimido pela facção minoritária.
Caio Júlio César. A Guerra Civil. São
Paulo: Estação
Liberdade, 1999, p. 67.
O texto, do século I a.C, retrata o cenário
romano de
a)implantação da Monarquia, quando a
aristocracia perseguia seus opositores e
os
15
forçava ao ostracismo, para sufocar
revoltas
oligárquicas e populares.
b)transição da República ao Império,
período de
reformulações provocadas pela expansão
mediterrânica e pelo aumento da
insatisfação da
plebe.
c)consolidação da República, marcado
pela
participação política de pequenos
proprietários
rurais e pela implementação de amplo
programa de reforma agrária.
d)passagem da Monarquia à República,
período de consolidação oligárquica, que
provocou a
ampliação do poder e da influência
política dos militares.
e)decadência do Império, então sujeito a
invasões estrangeiras e à fragmentação
política gerada pelas rebeliões populares
e pela ação dos
bárbaros.
33 – (PUC-SP/2019)
“Como, ao tempo em que o Império se
enfraquecia, a Religião Cristã se afirmava,
os
Cristãos exprobavam aquela decadência
aos
pagãos, e estes pediam contas dela à
Religião
Cristã.
Diziam os Cristãos que Diocleciano
perdera o
Império associando-se a três colegas,
porque
cada Imperador queria fazer despesas tão
grandes e manter exércitos tão fortes
como se
ele fosse único.
Que, por isso, não sendo proporcional o
número dos que davam ao número dos
que
recebiam, os encargos se tornaram tão
grandes
que os agricultores abandonaram as
terras e
elas viraram florestas”
(Montesquieu, Charles de Secondat,
Baron de, 1689-1755 –
Consideraçõessobre as causas
dagrandeza dos romanos e da
sua decadência/Montesquieu;introdução,
tradução e notas de
Pedro Vieira Mota. – São Paulo : Saraiva,
1997 – Páginas 304
e 305)
A partir do texto ao lado, pode-se
entender que
a crise do Império Romano decorreu,
dentre
outros fatores:
a)Da entrada dos chamados “povos
bárbaros”, que intensificaram trocas
comerciais na parte
ocidental, levando à desestruturação da
vida rural.
b)Da ascensão do cristianismo, religião
que negava a divindade do Imperador, e
dos altos
custos militares, levando à inevitável
oneração dos tributos sobre os
agricultores.
c)Da expansão territorial constante, o que
levou à substituição de camponeses livres
por escravos, causando forte êxodo rural.
d)Das trocas culturais com outros povos,
o que levou a críticas internas ao poder
central, já que permitiu a penetração de
ideais republicanos
trazidos pelos “povos bárbaros”.
34 – (UNESP/2018)
(http://recursostic.educacion.es.)
16
O mapa do Império Romano na época de
Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) demonstra
a)a dificuldade das tropas romanas de
avançar
sobre territórios da África e a
concentração dos
domínios imperiais no continente europeu.
b)a resistência do Egito e de Cartago, que
conseguiram impedir o avanço romano
sobre seus
territórios.
c)a conformação do maior império da
Antiguidade e a imposição do poder
romano
sobre os chineses e indianos.
d)a iminência de conflitos religiosos,
resultantes
da tensão provocada pela conquista de
Jerusalém
pelos cristãos.
e)a importância do Mar Mediterrâneo para
a
expansão imperial e para a circulação
entre as
áreas de hegemonia romana.
35 – (UNESP/2014)
Roma provou ser capaz de ampliar o seu
próprio sistema político para incluir as
cidades
italianas durante sua expansão
peninsular.
Desde o começo ela havia –
diferentemente de
Atenas – exigido de seus aliados tropas
para
seus exércitos, e não dinheiro para seu
tesouro;
desta maneira, diminuindo a carga de sua
dominação na paz e unindo-os
solidamente em
tempo de guerra. Neste ponto, seguia o
exemplo de Esparta, embora seu controle
militar central das tropas aliadas fosse
sempre
muito maior.
(Perry Anderson. Passagens da
Antiguidade ao Feudalismo,
1987. Adaptado.)
O texto caracteriza uma das principais
estratégias romanas de domínio sobre
outros
povos e outras cidades:
a)o estabelecimento de protetorados e de
aquartelamentos militares.
b)a escravização e a exploração dos
recursos
naturais.
c)a libertação de todos os escravos e a
democratização política.
d)o recrutamento e a composição de
alianças
bélicas.
e)a tributação abusiva e o confisco de
propriedades rurais.
GABARITO:
1 C 19 A
2 D 20 D
3 C 21 A
4 B 22 A
17
5 B 23 D
6 C 24 E
7 E 25 A
8 E 26 E
9 C 27 D
10 E 28 B
11 E 29 D
12 C 30 C
13 A 31 D
14 C 32 B
15 B 33 B
16 A 34 E
17 C 35 D
18 C
18

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