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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA ENFERMAGEM JULIANA TRAJANO SILVERIO DA SILVA LIGIA FORTUNATO DA SILVA EMERGÊNCIA Emergência Clinica RECIFE 2020 2 UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA ENFERMAGEM JULIANA TRAJANO SILVERIO DA SILVA LIGIA FORTUNATO DA SILVA EMERGÊNCIA Emergência Clinica Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado a UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA de Recife, como exigência parcial à obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Orientador(a): Ana Clara RECIFE 2020 3 UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM JULIANA TRAJANO SILVERIO DA SILVA LIGIA FORTUNATO DA SILVA EMERGÊNCIA Emergência Clinica Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado à UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA de Recife, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. BANCA EXAMINADORA Prof. Titulação Nome do Professor UNIP - Universidade Paulista de Recife Prof. Titulação Nome do Professor UNIP - Universidade Paulista de Recife Prof. Titulação Nome do Professor UNIP - Universidade Paulista de Recife 4 UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM JULIANA TRAJANO SILVERIO DA SILVA LIGIA FORTUNATO DA SILVA EMERGÊNCIA Emergência Clinica AUTORIZAÇÃO PARA DEPÓSITO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Com base no disposto da Lei Federal nº 9.160, de 19/02/1998, AUTORIZO a UNIP - Universidade Paulista, sem ressarcimento dos direitos autorais, a disponibilizar na rede mundial de computadores e permitir a reprodução por meio eletrônico ou impresso do texto integral e/ou parcial da OBRA acima citada, para fins de leitura e divulgação da produção científica gerada pela Instituição. RECIFE-PE, ______/______/______ JULIANA TRAJANO SILVERIO DA SILVA LIGIA FORTUNATO DA SILVA Declaro que o presente Trabalho de Conclusão de Curso, foi submetido a todas as Normas Regimentais da UNIP - Universidade Paulista de Recife, nesta data, AUTORIZO o depósito da versão final desta monografia bem como o lançamento da nota atribuída pela Banca Examinadora. Recife-PE, ______/______/______ ----------------------------------------------------------------- Proªf. Ana Clara Orientador 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 06 2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................................................. 07 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................................. 14 6 1 INTRODUÇÃO No Brasil, 90% das emergências são de casos clínicos e somente 10% dizem respeito aos traumas em pronto-atendimento hospitalar que, em sua maioria, apresenta casos de baixa complexidade que poderiam ser tratados nas redes básicas de saúde. As mudanças no perfil de morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis trazem repercussão ao atendimento na unidade de emergência hospitalar e aos atendimentos de urgência clínica, que são os mais frequentes. Os hospitais ainda são importantes portas de entrada para a assistência médica, justificado pelas dificuldades no acesso oportuno a serviços básicos, especializados e de apoio diagnóstico. Ademais, o sentido de urgência para o paciente pode não ser o mesmo para a equipe de saúde. Os serviços de emergência devem ser adequados às políticas de saúde a fim de satisfazer às necessidades da população em relação ao atendimento às emergências clínicas. Estudos realizados nas emergências clínicas verificaram que os diagnósticos mais encontrados estão relacionados ao sistema cardiovascular, como: as lesões cerebro-vasculares, incluindo com mais frequência o acidente vascular encefálico isquêmico, seguido pelo hemorrágico e por lesões cardiovasculares (insuficiência ventricular esquerda com edema agudo de pulmão e doença coronariana isquêmica aguda). Estratégias buscam a incorporação de avanços terapêuticos, tecnológicos e gerenciais específicos que viabilizem o acesso aos serviços de emergência hospitalar com garantia de acolhimento, da primeira atenção qualificada e resolutiva, da estabilização das funções vitais e da referência adequada dos pacientes graves. 7 2 DESENVOLVIMENTO 2.1. O QUE É UMA EMERGÊNCIA CLÍNICA? As emergências clínicas são estados graves de saúde que não foram causados por nenhum fator externo e são, normalmente, consequências de doenças pré-existentes. Nestes casos, os pacientes costumam se apresentar com palidez, perda de consciência, respiração difícil, contraturas musculares, entre outros sintomas. 2.2. OS CASOS MAIS COMUNS NA EMERGÊNCIA CLÍNICA 2.2.1. Dor de dente Causas comuns: Cáries, infecção, gengivite, exposição de raiz nervosa, ou fratura de dente. Tratamento: Pode-se realizar bloqueio nervoso para aliviar a dor se houver exposição de raiz; drenagem de abscesso e prescrição de antibióticos em caso de infecção. No entanto, essas são apenas medidas emergenciais até a realização de uma consulta odontológica. Recomendações de alta: Prescrição de antibióticos e/ou analgésicos (Ex: Dipirona, Paracetamol), e encaminhamento para consulta odontológica. 2.2.3 Feridas cortantes Causas comuns: Objetos pontiagudos como facas ou vidro. Tratamento: Compressão direta para interromper o sangramento. Lavar com soro fisiológico em alta pressão para reduzir o risco de infecção. Pode-se solicitar uma radiografia se o objeto estiver fixado na ferida ou houver suspeita de fratura óssea. A depender do tamanho, profundidade e localização, deve-se realizar o fechamento da ferida, ou com grampos (tipicamente em feridas do couro cabeludo), sutura para cortes profundos, ou cola ou fita adesiva para cortes superficiais, especialmente na face. Recomendações de alta: Cortes profundos que envolveram muitos detritos devem ser reavaliados dentro de 24h para afastar infecção. Caso contrário, 8 recomenda-se a remoção da sutura em posto de saúde entre 5 a 14 dias após o trauma (suturas faciais não devem ultrapassar 7 dias). Se houverem sinais de infecção – pus, secreção, rubor, edema – recomendar que se retorne ao pronto- socorro. 2.2.3. Entorses Causas comuns: Estiramento ou ruptura de ligamento. Qualquer articulação (joelho, quadril, punho, interfalângicas, por exemplo) podem sofrer entorse, mas a mais comum é a do tornozelo. Tratamento: Analgésicos como Ibuprofeno e Dipirona podem aliviar a dor e inflamação. Se o paciente estiver com dor intensa, pode-se solicitar uma radiografia do membro para afastar fraturas. Normalmente, não se utiliza imobilização com tala, pois o edema pode gerar compressão intensa. Recomendações de alta: Seguir o “RICE”: Repouso do membro; Ice (gelo) na lesão (20 minutos); Compressão da área (envolver numa atadura); e Elevação do membro, para reduzir o edema. A dor e o edema devem melhorar em poucos dias. Na ausência de melhora, deve-se orientar o retorno à unidade. 2.2.4. Dor lombar Causas comuns: Desgaste do dia a dia, levantamento de peso da forma errada, uso excessivo, movimentos repetitivos envolvendo a musculatura lombar, e até mesmo tensão. A depender da idade, pode se tratar de sintoma de artrite, cálculos renais, ou alguma lesão estrutural como herniação discal. Tratamento: Dor lombar pode ser aliviada com anti-inflamatórios. Opióides podem ser prescritos se a dor for debilitante. Uma investigação diagnóstica maisprofunda usando exames de imagem, como ressonância magnética ou radiografia, pode ser feita se a dor for crônica. Recomendações de alta: Compressas quentes ou frias em casa podem aliviar a inflamação, edema, dor e tensão muscular. Se a dor não ceder após alguns dias, deve se orientar o retorno. 2.2.5. Infecções do trato urinário Causas comuns: Bactérias no trato urinário, rins, ureteres, bexiga ou uretra. 9 Tratamento: Um rápido sumário de urina com urocultura pode indicar a presença de bactéria, e a antibioticoterapia deve começar a combater a infecção dentro de dois dias (infecções mais graves podem demorar mais). Pode também se prescrever medicação para aliviar a dor no trato urinário. Recomendações de alta: Acompanhamento ambulatorial na atenção primária dentro de um ou dois dias se houver envolvimento renal; e em uma semana se apenas infecções da bexiga, menos graves. Se persistirem a dor e febre, ou os sintomas piorarem após dois dias de antibioticoterapia, ou na presença de sinais de infecção renal (calafrios, dor em flanco, febre alta), deve-se orientar o retorno. 2.2.6. Cefaleia Causas comuns: Dor de cabeça pode ser uma reação aos estressores do cotidiano, migrânea, ou uma agonizante cefaleia em salvas. Em casos mais raros, podem ser um sinal de algo sério como meningite, hemorragia cerebral, ou um tumor cerebral. Tratamento: Medicações podem aliviar cefaleias tensionais ou migrâneas, que estão frequentemente acompanhadas de náuseas e vômitos. Se houverem sinais que sugiram cefaleia secundária, uma tomografia computadorizada ou outros exames podem ser solicitados. Recomendações de alta: Pacientes em que se suspeite de migrânea podem ser encaminhados a um neurologista especialista em cefaleias. Em caso de persistência da dor, deve se indicar acompanhamento com neurologista. 2.2.7. Cálculos renais Causas comuns: Cristalização de componentes da urina. Algumas pessoas têm maior predisposição ao desenvolvimento de cálculos renais do que outras, mas viver em clima quente ou consumir uma dieta rica em cálcio podem também contribuir. Tratamento: Sumário de urina – pode se identificar sangue e/ou sinais de infecção – e tomografia abdominal pode identificar os cálculos renais. Medicamentos para a dor e a náusea são frequentemente prescritos para aliviar os sintomas até que o cálculo seja expelido na urina. Cálculos muito grandes para atravessarem o trato urinário devem ser removidos por um urologista. Se o paciente não responder à 10 medicação, cursar com vômitos persistentes, ou se desenvolver uma infecção, pode haver necessidade de internação. Recomendações de alta: Deve se entregar um recipiente para coleta do cálculo, para que seja realizada a análise química da composição e determinar o que promoveu a sua formação. Assim, poderá se orientar mudanças dietéticas, que podem envolver uma maior ingesta hídrica. Pacientes com cálculos maiores devem ser encaminhados para um urologista. 2.2.8. Abscessos e infecções cutâneas superficiais Causas comuns: Bloqueio das glândulas sebáceas ou sudoríparas, inflamação dos folículos pilosos, ou punções cutâneas. Germes atravessam a barreira epidérmica, promovendo a ação do sistema imune. Pressão do acúmulo de pus no abscesso, somado com a inflamação do tecido adjacente, causam a dor. Abscessos podem surgir em qualquer lugar, mas os locais mais comuns são na axila, vagina e virilha. Tratamento: Abertura e drenagem dos fluidos do abscesso gera alívio. Após a drenagem deve se realizar a hemostasia e curativo. Não se utilizam antibióticos, a não ser que haja uma infecção intensa. Recomendações de alta: O curativo deve ser removido em casa. Realizar a limpeza da área três a quatro vezes por dia para permitir a cicatrização. Evitar o uso de produtos como álcool asséptico ou peróxido de hidrogênio pois esses líquidos podem causar dano ao tecido em regeneração. 2.2.9. Infecções de vias aéreas superiores Causas comuns: Gripe ou resfriado comum, ambos de etiologia viral, ou faringite, que pode ser bacteriana. Odinofagia, tosse, coriza, espirros, congestão nasal e febre baixa são normalmente causados por vírus de resfriado. A gripe, que possui sintomas similares mas pode causar também febre alta, dores intensas e astenia, também é causada por um vírus. Faringite, que normalmente não vem acompanhada com coriza ou tosse, pode ser causada por estreptococo. Tratamento: Antibióticos podem ser prescritos para os estreptococos, mas são ineficazes contra vírus. Para gripes e resfriados, medicações como antitussígenos, descongestionantes nasais, e analgésicos/antipiréticos podem ser prescritos para aliviar os sintomas. Para idosos ou pacientes imunodeprimidos, pode 11 se solicitar uma radiografia de tórax para descartar pneumonia, que pode ser tratada com antibióticos. Recomendações de alta: Febre e resfriado geralmente duram apenas uma semana. Observar se há piora dos sintomas – febre alta persistente, aumento do escarro, e dor torácica – pois podem indicar o desenvolvimento de uma pneumonia. 2.2.10. Dor abdominal Causas comuns: Refluxo ácido, ulcera, apendicite, pancreatite, cálculos biliares, intoxicação alimentar, ou obstrução intestinal. O principal motivo pelo qual pessoas com dor abdominal vão para a emergência é náusea e vômitos incoercíveis. Tratamento: Um exame físico bem feito para especificar a localização da dor, associado a uma anamnese que abranja as características, intensidade e duração podem definir a possível causa. Se necessário, exames de imagem como ultrassonografia e tomografia computadorizada podem ser solicitados para identificar obstruções ou sinais de inflamação. A investigação diagnóstica irá determinar se há necessidade de internação hospitalar, cirurgia, ou apenas tratamento medicamentoso. Recomendações de alta: Como realizar um diagnóstico preciso pode ser traiçoeiro, os pacientes devem ser orientados a retornar à emergência caso não haja melhora em 24h, e especialmente se a dor piorar. 2.3. PERFIL DOS ATENDIMENTOS HOSPITALARES A imprevisibilidade é característica determinante nos serviços de urgência/emergência e pode ser minimizada através da utilização dos resultados de estudos que permitam identificar o perfil populacional e as morbidades mais frequentes no serviço. O conhecimento destes aspectos específicos facilita o planejamento e a organização da unidade e do trabalho de enfermagem, refletindo na qualidade da assistência prestada ao usuário. É importante que se façam estudos populacionais, de faixa etária e etnia para que através desses resultados possamos maximizar os atendimentos e diminuir os índices de maus atendimentos (COELHO; GOULARD; CHAVES, 2013). No que se refere à faixa etária, os maiores números de atendimento corresponderam à faixa etária entre 20 e 59 anos. Se pode dizer que apesar do 12 envelhecimento populacional e o aumento das taxas de doenças crônicas relacionadas a essa população, os serviços de emergência pré-hospitalar, estão atendendo um maior número de pacientes jovens com possibilidade de inserção no mercado de trabalho. O processo de envelhecimento reflete diretamente no consumo de serviços na área da saúde, na medida em que a população acima de 65 anos tem uma demanda quatro vezes maior de internações hospitalares se comparada à média da população. As diferenças socioeconômicas e de gênero são determinadas pela exposição a fatores de risco, fato que coloca as populações marginalizadas em desvantagem significativa, fazendo com que o diagnóstico das doenças ocorra tardiamente, quando já se fazem necessários cuidados de saúde para resolução de um quadro agudo. Sendo o serviço de emergência não o responsável pelo tratamento de problemas agudos, porém ainda muito procurado por demandas que deveriam ser de urgência, o que já é esperadoportanto que a população que tenha menos acesso ou não disponha de informação que embasem o cuidado com sua saúde represente um maior número de atendimentos. A porcentagem dos atendimentos com tempo de permanência inferior a seis horas pode ser decorrente de encaminhamentos inadequados para a referida unidade. A permanência por tempo superior a 24 horas pode significar a dificuldade para os encaminhamentos dos pacientes após o atendimento inicial, para outra unidade. A falta de leitos para internação é uma situação comum em muitos hospitais, sendo necessário manter pacientes na unidade de emergência por tempo superior a 24 horas ocasionando um número elevado de internações, situação esta que necessita de adequações para fornecer uma assistência de qualidade para os pacientes. Na prática, esta condição é cada vez mais frequente, ficando os usuários acomodados em macas, comprometendo a qualidade do serviço e da assistência prestada. A necessidade de vagas de internação em unidades específicas é bastante comum, como por exemplo, por leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Queixas traumáticas como quedas inespecífica e quedas da própria altura são mais prevalentes. Há associação entre a queda da própria altura e a população idosa. É importante considerar a necessidade de especial atenção para a população 13 idosa, devido a vulnerabilidade dessa população e o significado disso na qualidade de vida e nos custos com internações, cirurgias e reabilitações. 14 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. COELHO, Mônica; GOULART, Bethania; CHAVES, Lucieli. URGÊNCIAS CLÍNICAS: PERFIL DE ATENDIMENTOS HOSPITALARES. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, vol. 14, núm. 1, 2013, pp. 50-59. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, Brasil. 15 1 INTRODUÇÃO 2 DESENVOLVIMENTO REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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