Buscar

morfossintaxe_ii

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2a edição | Nead - UPE 2010
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Núcleo de Educação à Distância - Universidade de Pernambuco - Recife
 Silva, Francisca Núbia Bezerra e Oliveira, Maria das Graças Alves de.
 Letras: morfossintaxe II / Francisca Núbia Bezerra e Silva, Maria das Graças 
Alves de Oliveira - Recife: UPE/NEAD, 2010.
 
60 p. il. 
ISBN
 1. Morfossintaxe. 2. Língua Portuguesa. 3. Gramática. 4. Sintaxe. I. 
 II. Universidade de Pernambuco - UPE. II. Título. 
 
 
S586l 
CDU 801.5 
Impresso no Brasil - Tiragem 150 exemplares
Av. Agamenon Magalhães, s/n - Santo Amaro
Recife - Pernambuco - CEP: 50103-010
Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664
Reitor
 
Vice-Reitor
 
Pró-Reitor Administrativo
 
Pró-Reitor de Planejamento
 
Pró-Reitor de Graduação
 
Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa 
 
Pró-Reitor de Extensão e Cultura
Prof. Carlos Fernando de Araújo Calado
Prof. Reginaldo Inojosa Carneiro Campello
Prof. José Thomaz Medeiros Correia
Prof. Béda Barkokébas Jr.
Profa. Izabel Cristina de Avelar Silva
Profa. Viviane Colares S. de Andrade Amorim 
Prof. Álvaro Antônio Cabral Vieira de Melo
UNIVERsIDADE DE PERNAmbUCo - UPE
NEAD - NÚCLEo DE EDUCAÇÃo A DIsTÂNCIA
Coordenador Geral
 
Coordenador Adjunto
 
Assessora da Coordenação Geral
 
Coordenação de Curso
 
Coordenação Pedagógica
 
Coordenação de Revisão Gramatical
 
Administração do Ambiente
 
Coordenação de Design e Produção
 
Equipe de design 
 
Coordenação de suporte
EDIÇÃo 2010
Prof. Renato Medeiros de Moraes
Prof. Walmir Soares da Silva Júnior
Profa. Waldete Arantes
Profa. Silvania Núbia Chagas
Profa. Maria Vitória Ribas de Oliveira Lima
Profa. Patrícia Lídia do Couto Soares Lopes
Profa. Angela Maria Borges Cavalcanti
Profa. Eveline Mendes Costa Lopes.
José Alexandro Viana Fonseca
Prof. Marcos Leite
 
Anita Sousa
Gabriela Castro
Rodrigo Sotero
Afonso Bione
Prof. Jáuvaro Carneiro Leão
5
Morfossintaxe ii
eMenta
Estudo reflexivo da Língua Portuguesa: gramática da frase, da oração e do texto, 
objeto da sintaxe, relações sintáticas e meios de expressão dessas relações. Grupos 
de palavras e elementos frásicos. Ordem dos termos nas orações. Frases compos-
tas e frases conjuntamente referentes. Sistemas de correspondência. Flexibilida-
de sintática da língua. 
objetivo Geral
Compreender a morfossintaxe como uma abordagem diferente da gramática 
normativa, fazendo com que o acesso e o domínio sobre a sintaxe viabilize uma 
aprendizagem reflexiva a respeito de um dos pilares estruturais da Língua Portu-
guesa.
apresentação da disciplina
Caro estudante!
Você já teve um contato anterior com a Morfossintaxe I, e agora estamos aden-
trando ao mundo da Morfossintaxe II. É um mundo amplo, cheio de estruturas 
e, para entendê-las, precisamos de uma intimidade com a linearidade dos discur-
sos, da forma como eles surgem no processo da comunicação e a unidade básica 
desses processos, que são dois: a parataxe (coordenação), que se presta melhor 
para o nivelamento das ideias, fazendo com que todas as ideias emitidas tenham 
(ou pareçam ter) o mesmo grau de importância, e hipotaxe (subordinação) mere-
cendo uma atenção especial, porque é aqui que se situa o plano de hierarquiza-
ção das ideias, ou seja, mostra o predomínio de uma ideia sobre a outra – o que 
conduz nosso interlocutor a entender, de forma cabal e com riqueza de detalhes, 
nossa mensagem.
Profa. Ms. Francisca Núbia bezerra e silva
Profa. maria das Graças Alves de oliveira
Carga Horária | 60 horas 
7Capítulo 1 77Capítulo 1
objetivos específicos
•	 Reconhecer	a	 importância	 factual	 e	pontual	da	 sintaxe	como	prerrogativa	
para o ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa;
•	 Desenvolver	um	conjunto	de	saberes	úteis	e	necessários	à	análise	sintática	
das frases, da oração e do texto;
•	 Refletir	sobre	grupos	de	palavras,	elementos	frásicos	e	a	importância	da	or-
dem dos termos como aparece na oração, objetivando o conhecimento das 
relações de sua aplicabilidade e relevância na prática do professor da Língua 
Portuguesa;
•	 Fornecer	meios	mais	 adequados	 para	 que	 a	 compreensão	 de	 que	 não	 há	
fronteiras entre a gramática da palavra e a gramática da frase e do texto; 
•	 Trabalhar	aspectos	da	morfossintaxe	da	Língua	Portuguesa	do	ponto	de	vista	
produtivo, de forma que o aluno tenha melhor conhecimento e domínio 
das estruturas frasais do português pra melhor desempenho oral e escrito do 
aluno;
•	 Iniciar	os	alunos	em	prática	de	análise	que	tomam	o	componente	sintático	
como paradigma, desenvolvendo os conhecimentos sobre os componentes 
lexical, semântico e pragmático da língua.
introdução
Este capítulo vai nos levar a um aprofundamento sobre a coordenação, unindo 
orações independentes do ponto de vista sintático, mas que, na verdade, se rela-
cionam	pelo	sentido,	é	o	que	se	chama	coordenação	gramatical	–	que	GARCIA	
(1980) denomina de “falsa coordenação”. Assim, ele diz que há uma perspectiva 
do âmbito da coordenação, e há outra perspectiva da subordinação que ele cha-
ma de psicológica.
Na subordinação, as orações se encaixam – ocorre uma dependência tanto do 
ponto da sintaxe como do ponto do semântico, já que a relação entre elas mostra 
um perfil de complexidade, pois precisamos ficar atentos aos parágrafos e ao 
uso dos conectivos para que a junção das orações obedeça a uma lógica e haja 
coerência no texto.
eixo teMático: 
sintaxe, seu objeto
Profa. Ms. Francisca Núbia bezerra e silva
Profa. maria das Graças Alves de oliveira
Carga Horária | 15 horas 
8 Capítulo 1
Sintaxe ocupa um lugar de destaque em muitas gra-
máticas da língua portuguesa, porque grande parte 
das normas do bem dizer e do bem escrever recaem 
sobre essa estrutura, isto é, sobre a organização das 
palavras na sentença. Nenhuma regra de conduta 
da língua culta tem sentido sem uma análise sintá-
tica da sentença que se estuda. Por isso, antes que 
se aplique qualquer norma gramatical, é preciso 
compreender de que forma os elementos sintáticos 
estão dispostos naquela sentença especial.
Por conseguinte, pretendemos propor um ensino 
da Sintaxe de forma global, estrutural e coerente, 
mediante a fixação dos padrões frasais, sem frag-
mentar ou isolar os seus elementos constituintes, 
estudando-os separadamente. Procedendo assim, o 
estudo da Sintaxe será fácil, racional e, sobretudo, 
útil,	devido	ao	resultado	prático	que	o	aprendiz	ob-
terá já nas primeiras lições, em termos de melhor 
inteligibilidade dos textos lidos e facilidade para a 
expressão escrita dos seus pensamentos.
Quando se fala em morfossintaxe, alguns estudio-
sos separam a morfologia da sintaxe, colocando-
as em níveis distintos, enquanto outros preferem 
englobá-las num só nível, a morfossintaxe, já que uma 
não se poderia explicar sem a outra.
Ex.: a função(1) é explicada pela classe(2) e pela po-
sição que ocupa nos diferentes níveis e vice-versa.
LN (locução nominal) = + Det.: art. + Mod.: adje-
tivo + N.: substantivo. – O belo rapaz.
Não podemos trabalhar estes dois conceitos de ma-
neira estanque, porque para definirmos uma classe 
de vocábulos, precisamos definir qual o papel do 
vocábulo na unidade sintagmática(3) em que ele 
ocorre.
Então, entremos de CABEÇA nessas construções 
que são o aparato maior do saber e do conhecer 
melhor o nosso idioma.
1. objeto da sintaxe
Estudar a sintaxe de uma língua significa identifi-
car as maneiras como se associam as palavras para 
formar frases, as sentenças para formar as orações 
e os processos de produção e compreensão para 
formar os textos. Isso ocorre, porque os enuncia-
dos da língua constituem unidades linguísticas que 
possuem uma estrutura nas relações de concordân-
cia, de subordinação e de ordem.
A sintaxe é entendida como o conjunto das pro-
priedades das estruturas, que estão subjacentes aos 
enunciados existentes (possíveis) numa dada lín-
guaparticular,	 como	no	português,	e	à	descrição	
dessas estruturas. Mesmo havendo um consenso 
geral sobre a definição de sintaxe, não há uma 
perspectivação do seu objeto. Não consideramos 
que	o	assunto	–	sintaxe	–	seja	pertinente	só	à	frase,	
mas que dá suporte a várias outras construções que 
são muito além de qualquer frase.
KOCH e VILELA (2001, p. 285) assentam que 
“a sintaxe ocupa-se assim da construção do discurso linea-
rizado, como ele surge no processo de comunicação, com-
preendendo a frase – a unidade básica do processo -, o gru-
po de palavras e os respectivos meios formais que servem 
para construir a frase e o grupo de palavras.”
Se tivermos diferentes ideias para comunicarmos 
a alguém, precisamos de um bom domínio de 
análise sintática que nos possibilitará hierarquizar 
nossos pensamentos nos mais diferentes contex-
tos, porque análise sintática é a espinha dorsal do 
nosso idioma, ou seja, 70% (no mínimo).
Essa análise é uma técnica empregada no estudo da 
estrutura	sintática	de	uma	língua.	Ela	é	útil	quan-
do se pretende:
1. descrever as estruturas sintáticas possíveis ou 
aceitáveis da língua; ou
2. decompor o texto em unidades sintáticas, a 
fim de compreender a maneira pela qual os 
elementos sintáticos são organizados na sen-
tença.
A	 sintaxe	 já	 foi	 considerada	um	conteúdo	difícil	
pelos estudantes de Língua Portuguesa, rejeitada 
como	 conhecimento	 inútil	 e	 equivocado,	 contu-
do, a verdade é que esse é um estudo de maior im-
portância, se quisermos empreender uma viagem 
(1) É um princípio organizacional da linguagem.
(2) É uma propriedade que se atribui a um elemento fora do contexto.
(3) É quando um ou mais vocábulos reúnem-se em sintagmas para formar uma unidade maior que é a oração. 
9Capítulo 1
no mundo da interpretação correta dos textos, 
orientar-nos dentro dos melhores parâmetros reda-
cionais. 
Sabemos que tais estudos não são apreciados, por-
que são ministrados mediante uma metodologia 
equivocada que expõe o fenômeno linguístico de 
modo fragmentado e quase sempre incoerente.
2. relações sintáticas e Meios de 
 expressão dessas relações
2.1. relações sintáticas
As línguas necessitam de uma sintaxe que permita 
e ‘regule’ as relações entre as palavras, sem o que 
fica inviável comunicar o que se deseja. É na or-
dem do enunciado e na organização que damos 
às	palavras	que	se	pode	inferir	um	entendimento	
coerente. Quando eu digo enunciado, refiro-me a 
qualquer produção linguística, considerada como 
resultado de uma enunciação. Ex. O galo subiu 
no telhado e quebrou a perna. E o que seria uma 
enunciação? É o ato individual de utilização da 
língua, é o evento constituído da produção de um 
enunciado, é o dito. 
Por isso, por meio do estudo da sintaxe de uma 
língua, podemos identificar todas as possibilidades 
que as palavras possuem para formar frases, uma 
vez que é na sintaxe que encontramos os consti-
tutivos linguísticos de sua estrutura. Não é possí-
vel unirmos, de forma aleatória, as palavras sem 
considerarmos, além da ordem destas, o espaço da 
morfologia, a pontuação e outros fatores gráficos.
A língua envolve relações paradigmáticas e relações 
sintagmáticas. Há uma ligação desses elementos 
com várias possibilidades de, num mesmo con-
texto, se incluírem e se excluírem, porque aqui se 
realizam as relações paradigmáticas, mas há limites 
para essas modificações.
Numa representação gráfica, é costume colocar o 
sintagma como um eixo horizontal em que os ele-
mentos linguísticos combinam-se em um sintagma, 
e há eixos verticais para cada posição do sintagma, 
sobre o qual se dispõem os elementos linguísticos 
que podem, por meios de relações paradigmáticas, 
ocupar essa posição.
Podemos assim representar esse exemplo:
Paradigma
Paulo conheceu Emília.
João desconhece Emília Sintagma
Mario reconhece Emília
Paradigma
Conhec-e-re-mos
Estud-a-ria-s Sintagma
Part-í-sse-is
Este é um exemplo claro de relações paradigmáti-
cas e sintagmáticas, ocorridas em todos os níveis 
da língua: dos sons, dos morfemas e das palavras.
Observe que os elementos linguísticos contraem 
essas relações dentro dos níveis paradigmáticos 
e sintagmáticos – sons com sons, morfemas com 
morfemas, palavras que formam a frase. 
•	 fonemas: /m/, /a/, /t/, /u/
•	 morfemas: des-mat-a-r
•	 palavras que formam a frase: o + lenhador + 
desmatou + o + terreno
Assim, relação sintagmática é aquela que ocorre 
entre os termos de um sintagma, ou seja, um enun-
ciado. Eles estão tão intimamente ligados que não 
pode ser modificado um e mantido o outro.
Paradigmático: admite uma série de variações 
muito complexas de gênero, pessoa, tempo, modo, 
conjugação, voz, aspecto e derivação.
Ex.: Eu moro na minha casa com meus pais. 
Ele mora sua seus
Tu moras tua teus
Eu moro na minha casa com meus pais
Vós morais vossa vossos
Nós moramos nossa nossos
Eles moram sua seus
Nossa tendência natural é a de seguir a ordem 
direta de colocação, quando o sujeito antecede o 
verbo, e este, os complementos – os substantivos 
antepõem-se aos adjetivos – daí precisamos conhe-
cer bem as relações e as funções sintáticas.
Cabe	às	relações	sintáticas	a	“mobilidade”	das	ex-
pressões dentro das frases e, portanto, a atenção ao 
se inverterem esses termos.
10 Capítulo 1
As relações sintagmáticas, por sua vez, são as rela-
ções gramaticais.
Vejamos os exemplos nessas frases como essas rela-
ções se estabelecem:
a. A combinação predicativa é a combinação en-
tre o sujeito e o predicado na frase, em que 
ambos os elementos se condicionam pela con-
cordância	que	há	entre	pessoa	e	número.
Nem todos os alunos ficaram reprovados na 
disciplina de Linguística.
b. A subordinação ou combinação hipotáctica 
ocorre numa relação de dependência com 
uma	orientação	única.	Vejamos	nos	exemplos	
das frases abaixo como essas relações se estabe-
lecem:
 - subordinante e subordinada
 
O carro em que ele chegou é modelo 2010.
 - relação sujeito e objeto
 
Falamos a verdade.
 - verbo (ou enunciado) e uma determinação 
adverbial
 
Eles chegaram ontem mesmo. 
	 -	Núcleo	frásico,	seus	elementos	e	relações	atri-
butivas
 
A nova loja.
c. Coordenação ou combinação paratática ocor-
re entre palavras, grupos e frases com o mesmo 
valor sintático. E isso se realiza:
 
 - por seriação de palavras:
Andamos por ruas, bairros e praças
 - por seriação de grupos frásicos:
Nós solicitamos a todos os moradores da 
cidade para cultivarem fruteiras em seus 
quintais, para colaborarem, de alguma 
forma, com o novo projeto de urbanização 
de nossa cidade.
 - por meio da seriação de frases:
Temos	várias	empresas	de	ônibus,	os	azuis	vão	
para um destino, os verdes, para as universidades, 
e os amarelos, para o centro da cidade.
A coordenação apresenta formas diferentes de 
ligar-se e tudo tem a ver com a palavra que produz 
essa união ou coordenação, que pode ser:
•	 assindética – é feita sem qualquer partícula de 
ligação
Ele é inteligente, humano, uma pessoa 
com quem se pode contar.
•	 monossindética – feita com um elemento de 
ligação 
Ele é inteligente e humano. Um ser 
com quem se pode contar.
•	 polissindética – aqui ocorrem vários elemen-
tos de ligação
Ele é uma pessoa inteligente, 
humana e atenciosa.
Vejamos o que se entende por 
relações sintáticas
“A lição de português”
completa o sentido
de “estudar”
Maria estudou a lição de português
“Maria”: agente da ação 
expressa pelo verbo “estudar” 
“de português “ especifica o 
tipo de “lição” estudada 
Observe que quando dizemos algo como: “Maria 
estuda a lição de português”, afirmamos que Maria 
foi	o	agente	da	ação	de	estudar.	Dizemos	também	
que “a lição de português” completou o sentido 
de estudou. Há, então, uma relação sintática entre 
“estudar”	e	“de	português”.	Relacionamos	também	
“estudou”	à	“a	lição	de	português”,	porque	“a	lição	
de	português”	completa	o	sentido	de	estudou.Da	
mesma forma, existe uma relação sintática entre “a 
lição” e “de português”, porque “de português” es-
pecifica o tipo de lição que foi estudada. 
11Capítulo 1
De	certa	forma	são,	exatamente,	as	relações	sintá-
ticas que definem as estruturas possíveis na sinta-
xe da língua e da função sintática se diz a mesma 
coisa.	Retomando	os	elementos	desse	enunciado,	
podemos dizer que se estabelecem uma relação 
sintática, porque cada um deles tem uma função 
sintática específica, nas quais entram em relação.
Faça você mesmo a observação:
função sintática
vras e com as palavras que são os constituintes 
de frases.
1) Agora você vai criar três exemplos em que se 
estabeleçam todas essas relações sintagmáticas 
nessa ordem: fonemas – morfemas - frase.
Fonemas: 
Morfemas: 
Frases:
 
2) Vamos agora identificar relações paradig-
máticas já que são reconhecíveis, permutáveis 
por outras unidades, mas, com mudança de 
significado:
Fonemas: / p/, /a/, /t/,/ u/ – do fonema ini-
cial P
/K/, /a/, /M/, /a/ – do fonema medial
Morfema: infeliz, substituição da desinência 
in
Estudamos,	substituição	da	desinência	núme-
ro- pessoal, desinência modo temporal
O /estudante/ é/ a/ sustentabilidade/ desse 
país. Substituição do sujeito, predicado e com-
plemento nominal
3. GraMática da frase 
3.1. caracterização da frase 
Como você caracteriza uma frase? 
Após a tentativa, vejamos o que temos a dizer, ba-
seado em alguns autores, sobre a característica da 
frase.
Kouri (1993, p. 13) diz que “a frase possui melodia, 
ritmo, entoação peculiar que a escrita procura su-
gerir por meio dos sinais de pontuação e que lhe 
empresta sentido completo na situação em que é 
proferida ou escrita.”
Outra	caracterização	proposta	por	CEREJA	e	MA-
GALHÃES (1999, p. 211) é a de que 
“frase interage por meio de enunciado; - palavras ou con-
junto de palavras – que constituem a unidade menor do 
texto.”
“A lição de português”: Objeto direto de” estuda” 
“Estudou a lição de português”: predicado verbal 
do sujeito “Maria”
Maria estudou a lição de português
“Maria”: sujeito 
do verbo “estudar”
“a” e “de estudar”: adjuntos 
adnominais do objeto direto 
Tanto	na	frase,	em	nível	sintático,	quanto	na	pala-
vra, em nível morfológico, podem ser determina-
das as relações sintagmáticas e paradigmáticas.
Observamos que, na própria sintaxe, há paradig-
mas, e estes podem ser entendidos a partir de de-
terminados critérios e valores e do contexto no 
qual estão inseridos. Assim, partindo de determi-
nados critérios e valores, temos os paradigmas de 
frase, segundo VILELA e KOCH (2001, p. 289).
 Critérios Paradigmas frásicos
intenção do discurso 
frases declarativa, interrogati-
va, imperativa, etc
afirmação/negação frase afirmativa / negativa
modalidade 
frase da possibilidade, realida-
de, irrealidade, etc.
Exemplo: 
Após apresentarem o resultado do Vestibular 
de 2010, os aprovados saíram para comemorar.
= (frase declarativa, afirmativa, realidade) 
 
atividades | Voltemos	às	relações	sintagmá-
ticas – a forma oral de comunicação em que 
sons se combinam numa sequência linear, que 
ocorre em diferentes níveis e fundamenta-se 
no que chamamos de eixo sintagmático da 
linguagem (linearidade da fala). Essas relações 
ocorrem com fonemas que constituem as síla-
bas; com morfemas – que constituem as pala-
12 Capítulo 1
Para VILELA e KOCH (2001, p. 296), 
“a frase configura numa proposição, num estado de coisas 
que ocorrem num texto transformado em enunciado ou 
em parte de um enunciado. Já o enunciado, como fato de 
discurso, pode ocorrer como uma palavra apenas, como 
uma frase ou como um texto composto de várias frases.”
GARCIA	(1992,	p.	06)	caracteriza	
“a frase para expressar um juízo, indicar uma ação, estado 
ou fenômenos, transmitir um apelo, uma ordem ou exte-
riorizar emoção.”
Essas características coincidem com a sua? Senão, 
tente produzir uma nova caracterização para a frase.
Resposta: 
Baseado na caracterização da frase, produza uma 
definição sobre esta.
Resposta:
Acertou? Que bom!
Vamos ter agora a oportunidade de observar con-
ceitos de outros autores.
KOURI	afirma	que	
“frase é a unidade de comunicação entre falante e ouvinte, 
entre escritor e leitor.”
CEREJA	e	MAGALHÃES	dizem	que	
“frase é a unidade de texto que, numa situação de comu-
nicação, é capaz de transmitir um pensamento completo.”
Para VILELA e KOCH, a frase pode ser entendida 
como coisas bem diferentes. 
“A frase pode ser autônoma ou parte de uma frase comple-
xa (subordinante, subordinada, coordenada, frase-elemen-
to de frase)” 
Exemplos: 
O	João	foi	à	pesca	[=frase autônoma]
O	João	disse	[= subordinante]	que	ia	à	
pesca	[= subordinada]
O	João	saiu	e	foi	à	pesca	[= coordenadas]
O	homem	que	saiu	[= frase-elemento frase(4) }foi 
à	pesca
GARCIA	diz	que	
“frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para esta-
belecer comunicação.”
 E agora, como você definiria frase?
Resposta:
Esperamos que diante de tantos conceitos de frase, 
nos mais variados quadrantes, tenhamos ampliado 
esse enunciado linguístico capaz de transmitir uma 
ideia – essa é a ideia correta que queremos que che-
gue até você.
3.2. forMas apresentadas pela frase
As formas de frases tradicionais são determinadas 
pelo	 número	 de	 predicações	 (ou	 unidades	 para-
digmáticas) e segundo as relações sintáticas entre 
essas predicações; no entanto, é preciso adiantar 
que frase e oração são diferentes na sua estrutura 
interna.	A	frase	simples	apresenta	uma	única	uni-
dade predicativa, e a frase composta, várias unida-
des predicativas.
Essas relações sintáticas ficam bem claras nesses 
exemplos:
•	 a	combinação	de	frase	simples	(seriação	de	fra-
ses):
Todos	precisam	de	atividade	física,	
pois assim mantemos a saúde. 
•	 a	combinação	de	frase	composta	a	uma	subor-
dinante:
Se você souber dessa nova data, 
mande por escrito.
O conceito de frase é muito abrangente, incluindo 
desde estruturas linguísticas bem simples, como:
Ai! 
que num dado contexto, é suficiente para transmi-
tir,	com	clareza,	determinado	conteúdo.
Já a oração tem como característica uma palavra 
fundamental, que é o verbo (ou sintagma verbal), 
em que resumimos, quase sempre, duas unidades 
predicativas entre as quais se estabelece a relação 
predicativa – o sujeito e o predicado.
(4) A frase-elemento de frase é a frase que representa a expansão de qualquer elemento de uma frase. Aqui – a frase relativa: que saiu – forma com 
O homem o sujeito da frase. (Vilela e Koch).
13Capítulo 1
sujeito predicado
 Nós jantamos agora
Após estabelecermos a diferença entre oração e 
frase, precisamos agora falar sobre período, que, 
na linguagem, representa toda e qualquer manifes-
tação com o objetivo de propiciar a comunicação 
entre os indivíduos; pode ser constituído de uma 
ou mais orações e concluído por uma pontuação 
definida.
Vemos, pois, que frase, oração e período têm seus 
constructos	diferentes	–	e	agora	mãos-à-obra,	é	seu	
momento de mostrar seu talento ao compor um 
texto de cordel com definições de frase, oração e 
período.
Resposta
3.3. tipo de entoação da frase
O acento, a entoação e o ritmo são os constitutivos 
do que chamamos prosódia, que está na interface 
do domínio privilegiado entre a fonologia, a mor-
fologia e o léxico. 
Segundo	o	Dicionário	de	Termos	Linguísticos,	vol.	
1 (Edições Cosmos) prosódia diz respeito ao “estu-
do da natureza e funcionamento das variações de 
tom, intensidade e duração na cadeia “falada”. A 
entoação tem a ver com a inter-relação, ao nível do 
texto, entre o acento da palavra, o acento frásico 
ou nuclear, que constituem a unidade tonal. 
Entoação tem um significado muito importante 
na frase falada, porque dá a exata dimensão do que 
se deseja comunicar.
Da	formacomo	falamos,	inferimos	os	vários	senti-
dos e intenções do que está sendo dito, para que se 
diz	e	indicar	constatação,	dúvida,	surpresa,	indig-
nação, decepção, etc.
A entoação se constrói na melodia frásica, na ar-
ticulação interna da frase (pausa ou ausência de 
pausa), o ritmo, o acento da palavra ou da frase. 
Nossa tradição gramatical nos dá o suporte para 
manifestar e realizar muitos dos aspectos de ento-
ação por meio da pontuação, aos quais correspon-
dem os elementos orais, tais como:
ponto [.], ponto de interrogação [?], de admira-
ção/exclamação[!], vírgula [,], ponto e vírgula [;], 
dois pontos[:], reticências[...], vírgulas altas[ ‘ ] as-
pas[“ ”], parêntesis [( )], travessão[ - ].
A pontuação indica valores individuais de cada um 
dos elementos, como você observará nos exemplos 
a seguir:
•	 O ponto final – indica o fim de uma frase do 
tipo assertivo- declarativo.
Hoje eu irei ao parque.
•	 A vírgula – emprega-se para destacar segmen-
tos da frase deslocáveis, como sujeito e com-
plementos; é um dos meios privilegiados para 
distinguir as relativas explicativas das restriti-
vas.
Nós	ouvimos	as	músicas	pela	Internet	vs	Pela	
internet,	ouvimos	as	músicas.
Ele trabalha todas as noites vs Ele trabalha, 
todas as noites.
Agora, tudo mudou com o inverno.
O	aluno,	que	trabalha	à	noite,	dorme	
durante o dia.
•	 Ponto e vírgula – separa, na frase, orações da 
mesma natureza ou destaca, no caso de enu-
meração,	 os	 vários	 elementos,	 ou	 os	 núcleos	
de uma enumeração:
Nós temos muitos trabalhos para hoje; para 
daqui a dez dias
também.
Nós temos muitos trabalhos para hoje e para 
amanhã: para quatro semanas ao todo; para 
todo mês 
e para todo semestre.
já
chegou?
já
chegou!!!!
já
chegou?!
já
chegou.
já
chegou...
14 Capítulo 1
•	 Reticências – possuem o valor de etc...
Ela não deve comer doces, mas come goiabada, 
mel, quebra queixo, marmelada...
 - A reticência, presta-se, pois, a implícitos, 
alusões,	 à	 intertextualidade,	 pertencentes	 ao	
mundo do falante e do ouvinte.
 
Essa é uma questão de honestidade... 
de clareza... de atitude...
•	 Parênteses – permite isolar expressões dis-
pensáveis, que o leitor pode não ler, ou ele-
mentos acrescidos na relação locutor/ falante, 
escrevente e revela cumplicidades assumidas, 
porém aparentemente deixadas de lado, mas 
consabidas.
Depois	que	começou	a	trabalhar	(e	já	faz	
tantos anos), anda todo feliz e muito prosa.
Diante	de	tanta	injustiça	(e	isso	não	é	de	hoje),	
conseguiu vencer aquela causa finalmente.
•	 Dois pontos – introduzem, no enunciado, 
uma expressão, uma enumeração, explicitação 
ou provoca um relacionamento de segmentos 
que se seguem e exprimem causalidade numa 
consequência.
avalanche que ocorreu em Niterói foi séria: 
uma tragédia anunciada.
•	 Ponto de exclamação – denota uma enorme 
gama de sentimentos, de emoções.
Parabéns! você é o vencedor.
Ah! Por que não me avisou antes?
Hoje? Impossível!!
•	 Ponto de interrogação – manifesta o desejo de 
se ter uma resposta ou fazer uma pergunta cuja 
resposta pode ser clara ou não ter a possibilida-
de de resposta.
Você acha tudo isso muito fácil?
Você tem as respostas para todas as 
perguntas até hoje?
A vida é feita de perguntas ou de respostas?
•	 Travessão – indica a alteração de registro ou 
enunciação, introduz o discurso direto, indica 
que os intervenientes no discurso mudaram, 
pode equivaler a parênteses e, ainda, pode ser-
vir para sublinhar e destacar certos elementos 
da frase.
Vou repetir tal qual ouvi – na próxima 
quarta- feira, não haverá aula - não sei o porquê.
•	 Aspas – apontam para uma explicação suple-
mentar ou distanciamento do autor ou tam-
bém uma chamada de atenção para uma classi-
ficação ou desclassificação, etc.:
Quando ele fala “Nós somos todos solidários”, 
isso não representa uma totalidade, mas uma 
expectativa pessoal da empresa em questão.
“Do	alto	dessas	pirâmides”,	reconhecemos	ser	
uma frase de Napoleão Bonaparte. 
4. tipos de frases
Temos	a	compreensão	de	que	frase	é	a	menor	uni-
dade comunicativa quando o falante tem uma in-
tenção bem definida. Essa definição se prende a 
determinados aspectos funcionais da frase, como 
veremos a seguir:
•	 Frases declarativas – o principal objetivo é o 
de comunicar algo. E este tipo de frases é, do 
ponto de vista comunicativo, a forma normal, 
não marcada da frase.
Eu já comprei os lápis de cor.
•	 Frases interrogativas – ocorrem quando se 
está inseguro acerca da existência de um esta-
do de coisas.
Eu já comprei os lápis de cor?
•	 Frases imperativas – procura-se fazer com que 
o destinatário faça algo. A forma mais marca-
da, neste tipo, é a imperativa do verbo.
Vá comprar os lápis de cor!
•	 Frases optativas – exprimem a intenção do fa-
15Capítulo 1
lante dirigindo-se a um emissor ao expressar 
um desejo.
Tomara	que	alguém	tenha	ido	comprar	
os lápis de cor!
•	 Frases imprecativas	–	o	emissor	expõe	uma	sú-
plica por meio de uma maldição.
Que eu perca as vistas, se isso não for verdade!
•	 Frase não- idiomáticas – do ponto de vista de 
uma tradução, é a que pode ser traduzida lite-
ralmente para uma língua.
Olho por olho, dente por dente 
(an eyes for eyes, tooth for tooth)
•	 Frase idiomática ou expressão idiomática – é 
a frase não traduzida literalmente para outro 
idioma.
Em cada língua que surge, expressa-se com 
palavras diferentes: Ele está na pior. He’s down 
and out (literalmente: Ele está abaixo e fora).
•	 Frase clichê – reproduz formas de discrimina-
ção social e formas de pensar a relação social.
Ela é uma preta de alma branca.
Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
Lugar de mulher é na cozinha.
Todo	homem	calça	40.
•	 Frase feita – é a que, a fim de expressar deter-
minada ideia, é dita sempre de forma invariá-
vel.
Ele foi pego com a boca na botija
• Frase formal – (não coloquial, não popular) 
– é dita de acordo com as normas gramaticais 
padrão do idioma, com palavras que não são 
do conhecimento da população.
Esse som está tão alto que fere os meus 
tímpanos auriculares.
•	 Frase coloquial – nesta, são usados termos 
simples, textos resumidos e informais, poden-
do ter erro de gramática; é falada por qualquer 
pessoa, não importando o nível social.
Te	ligo	depois.
Tá	certo,	concordo.
Visse aquele discurso?
Terminamos	esta	significativa	etapa	que	aprofunda	
nosso conhecimento sobre frases, o que comunica, 
a quem comunica, como comunica.
É um conhecimento indispensável para que to-
dos nós possamos atingir nosso objetivo maior: a 
comunicação e o entendimento no plano oral e 
escrito – quer seja nas relações sintagmáticas ou 
paradigmáticas.
atividades | Queremos lhe fazer um convite: 
vamos pôr em prática o que nós aprendemos?
1)	 Retiramos	os	sinais	de	pontuação	que	in-
dicam o final dos períodos que formam os pa-
rágrafos	seguintes.	Recoloque-os:
SAIBA MAIS!
Desejando um aprofund
amento maior, você 
poderá encontrar nas p
áginas seguintes da 
Web:
http://pt.wikipedia.org/w
iki/Sintaxe
http://www.soportugues
.com.br/secoes/sint/
h t t p : / / w w w . y o
u t u b e . c o m /
watch?v=obGnfvtdA_g
 resuMo 
 
Neste capítulo, estudamos a fundamen-
tação teórica sobre sintaxe, em que po-
demos entender as relações sintáticas e 
os meios de expressões dessas relações 
dentro de uma subdivisão nos níveis pa-
radigmáticos e sintagmáticos nos quais 
podemos observar a importância deste 
estudo para uma compreensão maior 
sobre coordenação e subordinação.
16 Capítulo 1
(...) A ideia de que é preciso aportuguesar os vocá-
bulos estrangeiros segundo os especialistas está ul-
trapassada o que determina o aportuguesamento 
ou não de palavras estrangeiras é a forma como a 
população se familiariza com elas de acordo com a 
lexicógrafa Thereza Possoli da equipe do dicioná-
rio Larousse alguns vocábulos graças à semelhan-
ça com a morfologia e a fonética brasileiras são 
adaptados para o idioma com naturalidade (...) 
Revista Veja, 21 de abril de 2010, p. 97.
2) Conforme a realidade designadada ento-
ação, os enunciados se apresentam de formas 
variadas. Pontue e justifique a entoação das 
frases abaixo:
Por que você chegou tão tarde
Não é tarde 
Mas o seminário começou pela manhã
Qual é mesmo a nossa justificativa para esse 
atraso 
Essa ideia é correta mas ( ) vamos dizer a ver-
dade tal qual ocorreu ( ) a chuva atrasou tudo 
e que chuva ( ) Os jornais confirmarão o que 
estamos falando ( ) Então vamos ao trabalho 
( ) mãos-à-obra	( ) vamos compensar o atraso 
( )
Atenção:
E diante de tão variadas formas por que se 
apresentam os enunciados, há traços comuns 
que você precisa descobri-los:
a) São mensagens completas e de acordo com 
o que se acha o falante e o ouvinte;
b) São unidades sequenciais delimitadas por 
um silêncio precedente a ele e uma pausa fi-
nal;
c) São preferidos com um contorno melódico 
particular.
3) Agora produza frases dentro de uma mo-
dalidade de intenção comunicativa do enun-
ciado em que o falante transmita ao seu inter-
locutor a mensagem desejada:
a) para lhe expor afirmando ou negando cer-
tos fatos;
b) para indagar sobre algo;
c) para apelar-lhe em geral atuando sobre ele;
d) para chamar-lhe atenção;
e) para traduzir-lhe os próprios pontos de vista 
ou sentimentos;
f)	para	expor	uma	súplica	através	de	uma	mal-
dição;
 
referÊncias
AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss 
da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 
2008.
CEREJA, William Roberto & MAGALHÂES, The-
reza Cochar. Português Linguagens. São Paulo 
: atual, 2003.
DANTAS, Janduir. Lições de Gramática em ver-
sos de cordel. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Por-
tuguesa. Rio de janeiro: Lucerna, 2001.
KOCH, Ingedore Villaça; Vilela Mário. Gramá-
tica da língua Portuguesa: gramática da pala-
vra, gramática da frase, gramática do texto/
discurso. Portugal: livraria Almerinda, 2001.
MACAMBIRA, José Rebouças. A estrutura mor-
fo-sintática do português. São Paulo: Pioneira, 
1987.
PERINE, Mário Alberto. Gramática do portu-
guês brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 
2010.
17Capítulo 2Capítulo 2
eixo teMático: 
terMos da oração
objetivos específicos
•	 Reconhecer	a	importância	dos	termos	da	oração	como	um	dos	pressupostos	
de compreensão estrutural do nosso idioma;
•	 Estabelecer	as	diferenças	e	o	lugar	a	que	pertence	a	predicação	e	as	categorias	
do verbo;
•	 Trabalhar	 as	 questões	 pertinentes	 ao	 sintagma	 verbal,	 a	 predicação	 e	 sua	
relação com o verbo - eixo estrutural da oração;
•	 Refletir	sobre	a	gramaticalização	dos	verbos	no	que	concerne	ao	aspecto	ver-
bal, suas distinções e conceitos.
introdução
O estudo dos termos da oração tem uma vital importância para a compreensão 
falada e escrita de nosso idioma.
Vamos trabalhar com esse constructo de forma eficaz, tranquila porque aprender 
Português não é o mesmo que aprender análise sintática – vai muito além desse 
assunto, mas passa por esse conhecimento, quando ele estabelece vínculos desse 
saber com domínio da língua. 
Assim,	sem	dúvida,	quanto	maior	for	o	seu	domínio	sobre	esses	assuntos,	maio-
res são as expectativas de sucesso e como você nasceu para vencer, vamos entrar 
no mundo dos termos da oração, do verbo-eixo, porque tudo é uma questão de 
encadeamento. Vamos estabelecer esses elos.
1. terMos da oração
Como vemos o sujeito? O que você sabe sobre o sujeito da oração?
SUJEITO é elemento frásico,(1), sintaticamente obrigatório e que juntamente 
com o predicado constitui a frase mínima, estabelecendo a concordância entre 
pessoa	e	número	e	a	forma	verbal.
Profa. Ms. Francisca Núbia bezerra e silva
Profa. maria das Graças Alves de oliveira
Carga Horária | 15 horas 
18 Capítulo 2
O sujeito quase sempre vem em primeiro lugar e 
pode ser substituído por sua forma pronominal su-
jeito (= ele/eu/tu). 
Então, a oração se caracteriza fundamentalmente 
pelo verbo – ou sintagma verbal, que, na maioria 
das	vezes,	reúne	duas	unidades	significativas,	entre	
as quais se estabelece a relação predicativa - o sujei-
to e o predicado. Nós vamos trabalhar esse assunto 
pela perspectiva do idioma diante desses dois ter-
mos, logo após, uma primeira exposição com argu-
mentos explícitos sobre a oração.
Oração e frase - a oração tem uma estrutura pró-
pria e representa o objeto mais propício - a análise 
gramatical, porque exibe as relações que os com-
ponentes mantêm entre si. Quando falamos em 
oração, estamos falando, portanto, de seu alicerce, 
que é a gramática.
Porém precisamos falar, também, sobre frase, por-
que sua estrutura interna difere da oração, já que 
não	apresenta	uma	relação	predicativa	–	são,	às	ve-
zes, simples palavras – outras vezes, uma reunião 
delas, como já vimos no primeiro capítulo.
Estabelecidas essas diferenças, vamos agora passar 
a algumas definições que vão pormenorizar esses 
tipos de elementos frásicos: sujeito, predicado e 
demais complementos. 
O primeiro grupo natural identificado de forma 
correta exerce uma função sintático-semântica cha-
mada	 SUJEITO,	 e	 o	 segundo	 grupo	 exerce	 uma	
função, também semântico-sintática, chamada 
PREDICADO.	Veja	esses	exemplos:	
 sujeito / predicado
Os bombeiros/ apagaram o fogo.
Nós/ trabalhamos como pedreiros.
 Nós/ vimos o esforço de todos.
O cidadão/ compreende as normas de trânsito.
Diante	da	colocação	dos	sujeitos	acima,	podemos,	
com certeza, dizer que o sujeito é a unidade ou sin-
tagma nominal(2), que estabelece uma relação pre-
dicativa	com	o	núcleo	verbal	para	construir	uma	
oração.
O sujeito se realiza por nome ou equivalente, o 
sujeito fica integrado (ou incorporado) na forma 
verbal. Mas há também uma outra maneira de rea-
lizar o sujeito: por meio dos pronomes da primeira 
e da segunda pessoa, a menos que haja o risco de 
ambiguidade.
Quando nós viajamos, eu, ela e 
você chegamos cedo.
Sujeito é uma noção gramatical e não, semântica, 
ou	 seja,	 é	 uma	 referência	 à	 realidade	 designada.	
Quando explicitado, ou, claro na oração, o sujei-
to está representado – e só pode sê-lo – por uma 
expressão substantiva exercida por um substantivo 
ou pronome ou equivalente. 
José de Alencar escreveu grandes romances.
agente
 
Grandes romances foram escritos 
por José de Alencar.
paciente
(1) Elementos frásicos podem ser assim constituídos, segundo KOCH e VALENÇA - o conceito de “elemento frásico” está primariamente comprome-
tido com as relações sintáticas entre os constituintes da frase; - está ainda envolvido nos diferentes tipos de frase. Por exemplo, os tipos de frase, 
como são entendidos na gramática como ordem canônica da frase, apresentam-se como modelo para a combinação de determinantes unidades 
linguística em frase; - desempenha ainda um importante papel no estudo dos elementos frásicos na descrição de regras de ordenação dos consti-
tuintes da frases.
(2) Sintagma nominal é uma unidade com operadores determinantes.
SAIBA MAIS!
http://www3.unisul.br/
paginas/en-
sino/pos/linguagem/040
1/10.htm
SAIBA MAIS!
MORFOSSINTAXE DO SU
JEITO
O núcleo do sujeito é se
mpre um substan-
tivo (ou um equivalente 
dele: pronome ou 
palavra substantivada). 
Por isso, quando o 
falante constrói uma or
ação, sempre en-
caixa um substantivo na
 função de núcleo 
do sujeito.
Suj.
Todas as manhãs, eu e 
meus alunos faze-
mos uma caminhada.
Apresento-lhe a pessoa
 que lhe deixou 
essa referência.
19Capítulo 2
Dizemos,	assim,	que	uma	palavra	só	pode	ser	sujei-
to, porque é um substantivo ou equivalente.
Uma característica fundamental do sujeito explíci-
to é estar em consonância com o sujeito gramatical 
do verbo do predicado, ou seja, que se adapte, que 
concorde	ao	seu	número,	pessoa	e	gênero	(aqui	fa-
lamos quando há particípio no predicado). 
Eu cheguei. Nós chegamos. Eles não haviam 
chegado ainda.
Estudando o sujeito, vamos ter a oportunidade de 
contactar novas terminologias que darão acesso a 
um entendimento melhor, porque a língua é um 
organismo vivo, evolui e nós precisamos, claro, 
acompanhar esses avanços.
Quando se pressupõeum “sujeito humano”, deno-
minamos, então, de sujeito indeterminado, e isso 
se dá nas construções reflexivas de terceira pessoa. 
Veja este exemplo:
Vive-se bem nesta cidade e estuda-se 
melhor ainda.
Entretanto,	 diante	 de	 um	OD,	há	 uma	 reflexiva	
normal (passiva reflexa):
Vendem-se flores.
Alugam-se apartamentos para estudantes.
É comum no uso popular construções do gênero: 
 
Vende-se flores.
O sujeito indeterminado ocorre também nas ter-
ceiras pessoas do plural.
Falam (= fala-se) de fatos impressionantes 
sobre esse sítio histórico.
Fique atento! 
Neste tipo de construção sintática, a palavra se é 
denominada índice de indeterminação do sujeito.
E a velha oração sem sujeito? Aqui há uma expli-
cação	coerente	que	foge	à	classificação	tradicional.
Orações sem sujeito-sujeito psicológico – é assim 
que	vamos	abordar	 esse	 conjunto	à	parte	na	 sin-
taxe do português. Quando o sujeito gramatical 
não existe – o que ocorre é um sujeito psicológico 
(Macambira,	pág.	164-1997)	que	não	interessa	em	
análise sintática, representado pelas circunstâncias 
presentes, isto é, pelo contexto em que são enun-
ciadas. 
A oração: Fogo! quando dita pelo chefe aos sol-
dados, que apontam a carabina ao prisioneiro de 
mãos amarradas... apresenta circunstâncias muito 
diversas dessa outra construção: Fogo! pronuncia-
da por um espectador durante a projeção de um 
filme.
Temos	duas	 circunstâncias	diferentes	que	podem	
ser traduzidas dessa forma: Soldados, façam fogo! 
No segundo, a tradução seria diferente: Pessoal, a 
casa está pegando fogo!
Assim, orações desprovidas de sujeito são forma-
das pelos chamados verbos “impessoais”, integran-
tes de uma lista finita.
Verbos que denotam “fenômenos da natureza” 
que não são atribuídos, em nossa cultura, a um 
dado	ser,	indivíduo	ou	entidade;	são	a	única	sub-
classe de verbos que reconhecidamente denotam 
essas construções:
Anoitecia naquela ilha.
Hoje está ventando demais.
Choveu durante a semana.
atividade | 
1. Leia este trecho:
Em São Paulo, implantaram uma indústria da 
multa que fica cada vez mais faminta. Agora, em 
um trecho de uma avenida, o limite é 70 km/h e, 
duas quadras mais à frente, cai para 60km/h. E 
o motorista, além de ficar atento à confusão do 
trânsito, tem que se prevenir contra essas arma-
dilhas.
Trecho Novas palavras: língua portuguesa. Emília Amaral.. 
[et al.]. – 2 ed. Renov. - São Paulo: FTD, 2005.
Para	compreender	com	clareza	o	conteúdo	do	
texto, o leitor (ou ouvinte) deve identificar, 
na sequência textual, sobre que ou de quem o 
autor está falando. Assim, encontre os termos 
solicitados.
a) O que teria levado o falante a empregar o 
verbo implantar na 3ª pessoa do plural? Jus-
20 Capítulo 2
tifique.
b) Em cada período, há sujeito – classifique-
os e identifique-os.
c) Qual a função sintática de limite para o 
verbo ser e o verbo cair.
2. Leia a tira, a seguir, de Fernando Gonsales:
a) No primeiro quadrinho, incomoda está no 
singular. A que se deve esse fato?
b) No 2º quadrinho, incomodam está no plu-
ral - por quê?
c) Qual é a função sintática da expressão EI, 
RAPAZES?	
2. vozes verbais
Voz é a forma sintática, que o predicado assume 
para atribuir um papel semântico ao sujeito.
A voz é expressa por um sistema de recursos sintáti-
cos, que definem certos padrões formais do verbo, 
distinguindo-se tradicionalmente em voz ativa, pas-
siva e reflexiva, exemplificadas nas frases abaixo:
•	 Na	letra	a, temos um caso de voz ativa – o su-
jeito é o agente do processo verbal.
•	 Na	letra	b, temos um caso de voz 
passiva – o sujeito é paciente do proces-
so verbal.
•	 Na	letra	c, temos um sujeito que 
é, ao mesmo tempo, agente e paciente 
do processo verbal.
Precisamos agora ver os constituintes do 
PREDICADO (e predicativos), expres-
são linguística de uma função assertiva 
no sentido de que ele configura a pro-
priedade de um indivíduo ( ou classe de 
indivíduos) ou a relação entre dois ou 
mais indivíduos.
Assim, o predicado compõe-se de um 
lexema, cuja semântica representa lin-
guisticamente esta função assertiva, e 
dos morfemas gramaticais, que, ligados 
à	forma	do	verbo	conjugado,	exprimem	
pessoa,	número,	tempo,	modo		do verbo.
De	acordo	com	o	que	acabamos	de	ver,	a	PREDI-
CAÇÃO é um ato de afirmar alguma coisa, con-
figura um acontecer, um estado, uma relação ou 
a propriedade de um acontecimento (ou de uma 
classe de acontecimentos).
A predicação se realiza por meio do verbo – pelo ato 
de predicar - porque o ser humano associa um atri-
buto a um objeto, circunscrevendo essa associação 
a alguma fase da linha do tempo, respectivamente 
atual, anterior e posterior ao momento da fala.
3. o predicado verbal 
Pode ser definido e entendido a partir de um ver-
bo de ação e que não pode ser retirado porque faz 
falta	à	frase:
 
O Ministro da Fazenda anunciará um 
pacote de medidas breve.
a) Os acróbatas alcançaram o topo do circo.
b) O topo do circo foi alcançado pelos acrobatas. 
c) Um dos acróbatas feriu-se levemente no braço.
sujeito agente objeto diretoVTD
sujeito 
paciente
agente da 
passiva
locução 
verbal 
Fo
nt
e:
 F
ol
ha
 d
e 
Sã
o 
Pa
ul
o,
 1
1/
1/
98
21Capítulo 2
A Escola de Informática bloqueou o 
acesso	ao	MST.
Dubai	possui	os	maiores	prédios	da	Terra.
 
Aqui o enunciado deixa evidente o que é predicado 
verbal e o que significa “fazer falta”.
Temos	a predicação verbal, que ocorre nas seguin-
tes formas:
•	 forma	(finita)	simples	do	verbo:	Ela	caminha.
•	 formas	compostas	do	verbo:	Ela	tem	caminha-
do, de caminhar, deve caminhar.
•	 fraseologia	 verbal:	 ter	 em	mente,	 ter	 respeito	
por etc...
•	 forma	verbal	+	predicativo.
 
O predicativo pode ser:
•	 um	substantivo: Ela é atleta.
•	 um	adjetivo: O dia está ótimo.
•	 um	grupo preposicional: Essa marca está fora 
de prazo. Falou antes de pensar.
Os verbos que servem de suporte ao predicativo 
são chamados de VERBOS COPULATIVOS – 
ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar.
Há verbos que, eventualmente, funcionam como 
COPULATIVO,	é	o	caso	de	ANDAR (+ adjetivo) 
ex: Ele anda contente., ACABAR / terminar + 
nome(ele acabou senador outra vez), TORNAR-
SE / FAZER-SE + nome (Ele tornou-se vice-presi-
dente aos setenta anos/ Ele se fez ouvinte na hora 
certa).
Nós vimos a predicação verbal, mas temos agora o 
cuidado,	a	atenção	de	chegar	à	intimidade	do	pre-
dicado,	do	núcleo	e	de	seus	determinantes.
Sabendo que sujeito e predicado organizam a rela-
ção predicativa, podendo ser simples ou comple-
xos, esses delimitadores semânticos verbais serão 
denominados ARGUMENTOS ou COMPLE-
MENTOS VERBAIS. É no estabelecimento des-
sas delimitações semânticas que os verbos recebem 
o nome de transitivos:
O guarda viu o acidente.
TD
Eles necessitam de ajuda.
TI
A transitividade dos verbos representa realidades 
bem concretas e não necessitam de outros signos 
léxicos. Assim, dizemos que um predicado simples 
na tradição gramatical é chamado de intransitivo:
 
Todos	aqui	trabalham.
Int.
Nós chegamos cedo.
Int.
As árvores cresceram rapidamente.
Int.
 
Agora vamos ver como identificar os tipos de argu-
mentos determinantes do predicado, complemen-
to direto ou objeto direto. Observamos, de início, 
que há uma terminologia bem interessante para 
objeto direto que envolve a definição e facilita a 
identificação. Objeto é um complemento da com-
binação	predicativa,	sendo	determinado	quanto	à	
forma – direto, indireto, preposicional, adverbial.
Pela transitividade dos verbos, chegaremos facil-
mente aos seus complementos transitivos diretos 
(TD), quando seguidos de objeto direto.
Limpar a casa / limpá-la.
Dividir	o espaço / dividi-lo.
Transitivo	 indireto	 (TI), quando seguido de um 
objeto indireto (OI).
Essa peça agradou a todos.
Quando são seguidos de dois termos adjacentes, 
que assim se dividem. Intransitivos diretos e indi-
retos (TDI),	seguidos	de	OD	e	OI.
Entreguei os diplomas ao secretário.
Nesses exemplos, oscomplementos em itálico li-
gam-se, diretamente, aos verbos e são substituíveis 
pelas formas átonas o/a/os/as.
Temos	exceções,	quando	o	objeto	direto	pode	ser	
preposicionado e não raro; esse objeto inicia já por 
essa preposição:
•	 antes	do	pronome	átono:
A mim, não me coube falar sobre o assunto, 
a ele coube explicar tudo.
•	 antes	de	quem:
A quem ele respeitava era a mim. 
22 Capítulo 2
•	 	antes	do	nome	de	Deus:
Amar	a	Deus/	temer	a	Deus.
•	 quando	houver	a	coordenação	entre	um	OD	
pronome átono e um grupo nominal:
Ela	estava	a	preservar-se	a	si	e	à	família.
•	 para	 desfazer	 a	 ambiguidade	 ou	 tematizar	 o	
OD:
Ao filho poucas vezes o ajudou, mas 
sentia sempre esse peso.
•	 se	o	predicativo	ocorrer	antes	do	OD:	
Ele quis empregar seu irmão a um 
dos cargos vetados.
•	 na	frase	comparativa	reduzida	a	OD:
Ela aprecia-os como a seus sobrinhos.
Mas precisamos evidenciar agora as diferenças 
factuais entre objeto direto e objeto indireto ple-
onástico para que tenhamos mais segurança nessa 
abordagem sintática: Veja estes exemplos:
Essa turma, já a encontrei na formatura.
 OD OD
OI OI Pleon.
Às suas apresentações, não lhes é 
permitido faltar ninguém.
Não podemos ir adiante sem citar quando a prepo-
sição é facultada diante de pronomes indefinidos 
designativos de pessoa:
Preteria a uns e aceitava outros.
Agora podemos ir ao chamado complemento in-
direto ou OI.
•	 O	complemento	indireto	é	regido	pela	prepo-
sição a (eventualmente por, para): 
Foi chamada para atender uma emergência.
•	 e	ocorre	com	alguns	verbos	transitivos	indire-
tos (obedecer, agradar, etc.):
Precisamos obedecer aos nossos pais.
Eu não posso agradar a todos.
•	 transitivos	diretos	e	indiretos	(dar,	responder,	
perguntar, etc.):
Vou dar esse privilégio a você.
Não quero responder a esses questionamentos.
Eu perguntei tudo pela ordem de chamada.
•	 alguns	adjetivos	(obediente,	agradável,	etc.):
Todas	as	crianças	eram	obedientes	ao monitor.
Essa é uma situação muito agradável ao público.
Obs.:	O	emprego	de	 lhe/lhes	 referidos	à	 terceira	
pessoa (ele/ela/eles/elas/) quase sempre se restrin-
ge	ao	Brasil,	à	modalidade	escrita	formal.
Vejamos os exemplos:
Pertence ao depositante/ Pertence-lhe.
Agradar a todos/ Agradar-lhes.
Referir	aos mesários/	Referir-lhes.
É o momento de situar a posição e importância 
do que cabe aos verbos biobjetivos, quando existe, 
na oração, transitivo direto e indireto ao mesmo 
tempo.
Vejamos estes exemplos:
Preciso devolver o livro à biblioteca.
Ele revelou um novo conceito ao escritor.
Aquela firma oferece primeiro emprego a todos.
Aqui apresentamos a combinação do verbo tran-
sitivo direto (em itálico) e outro preposicionado 
(sublinhado). A esses verbos unem-se aqueles que 
expressam ou implicam alguma espécie de “transfe-
rência” ou “mudança” de posse, como dar, empres-
tar, mostrar, entregar, etc.
Esses exemplos vão ajudar na fixação desses verbos:
Eles deram o resultado errado ao monitor.
Ele emprestou muitos livros ao estudante.
Aqui mostramos as diferenças aos participantes, 
depois entregamos o resumo ao coordenador-geral. 
4. predicado verbo-noMinal 
Como identificá-lo de imediato? É fácil, muito fá-
cil.	O	predicado	verbo-nominal	contém	dois	núcle-
os – um verbo significativo, nocional e um nome 
predicativo.
Achei a banda super clean. 
núcleo núcleo
Mas não podemos esquecer que o predicado verbo-
nominal ocorre também quando além de um ver-
bo significativo, apresenta predicativo do sujeito.
23Capítulo 2
A professora caminhava apressada.
núcleo núcleo
 PVN
a) Você é louco?
b) Eu amo o mundo!
c)	Eu	creio	em	Deus.
5. adjunto adverbial 
Em	seu	conteúdo,	não	oferece	maiores	problemas	
já que seu comportamento sintático na oração é 
heterogêneo e requer assim uma atenção por parte 
de quem procura descrever este termo.
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi-
ca circunstâncias em que se desenvolve o processo 
verbal (noções como tempo, lugar, modo, causa, 
finalidade, etc...) ou intensifica em verbo, adjetivo 
ou advérbio. Na realidade, o adjunto adverbial da 
oração é uma função desenvolvida por advérbios e 
locuções adverbiais.
Todas	as	urnas	chegaram	ontem	à	noite, 
ao Fórum.
•	 ontem	à	noite	é	adjunto adverbial de tempo.
•	 ao	Fórum	é	adjunto adverbial de lugar.
Então, os adjuntos adverbiais expressam diferen-
tes valores semânticos. Os adjuntos adverbiais de 
intensidade podem acompanhar o verbo, substan-
tivos, adjetivos e advérbios.
Os principais tipos de adjuntos adverbiais serão 
aqui exemplificados, observando-se os seus aspec-
tos	mais	interessantes	quanto	à	descrição	gramati-
cal e aos esquemas pertinentes as funções exercidas 
nas circunstâncias concretas do discurso.
•	 Adjunto adverbial de lugar – a característi-
ca essencial dos adjuntos é a pergunta onde, 
precedido ou não de preposição (donde, por 
onde? aonde, até onde, etc.)
Todos	trabalhavam	na clínica – (onde?)
Observamos do viaduto aquele trânsito – 
(donde?)
O maratonista correu até a vitória – (até onde?)
•	 Adjuntos adverbiais temporais –	responde	às	
perguntas quando? desde quando? até quan-
do? durante quanto tempo? e podem referir-se 
ao verbo, ao sintagma verbal ou a toda a ora-
ção.
As cerejeiras florescem durante a primavera – 
(referida ao verbo)
SAIBA MAIS!
v i d e o l o g . u o l . c o
m . b r / v i d e o .
php?id=366496 – 
 
MORFOSSINTAXE DOS O
BJETOS
Na estrutura sintática d
os enunciados, a 
função de núcleo do obje
to (direto e indire-
to) é sempre desempenh
ada por substanti-
vo (ou por um equivale
nte dele: pronome 
ou palavra substantivad
a) 
Como prometido, recebe
u um talvez.
VTD OD
Entregou o simpósio a m
im.
VTDI OD OI
atividade |
1. Leia esses versos:
(...)
Sei que a vida vale a pena,
Mesmo que o pão seja caro
E a liberdade pequena.
Ferreira Gullar
a) Nesse trecho de poema, há um verbo suben-
tendido.	Reescreva	o	verso	em	que	ele	ocorre,	
explicitando-o.
b) Caro está no masculino, pequena no femi-
nino, por quê?
c) Que função sintática têm as palavras referi-
das em b?
2. Leia este poema de Mário Quintana:
Simultaneidade
- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo!
Eu creio em Deus! Deus é um absurdo!
Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não sou poeta.
Agora, compare o predicado destas orações, 
justificando-as.
24 Capítulo 2
As famílias colhem seus legumes pela manhã – 
(referida ao sintagma verbal colhe seus legumes)
Chegamos ao entardecer – (quando?)
Ficaremos no aeroporto até	às	18h – (até quando)
Permanecemos 6 horas esperando o voo – 
(durante quanto tempo?)
•	 Adjuntos adverbiais modais	–	respondemos	à	
pergunta como? de que modo ou maneira? e se 
reportam ao verbo ou ao sintagma da oração 
para qualificar ou descrever como o processo 
se realiza.
Este livro está vendendo bem.
Ela saiu de forma imperceptível.
Os torcedores falaram do resultado com alegria.
Entraram no estádio aos empurrões.
Saímos sem que fôssemos percebidos.
•	 Adjuntos adverbiais de fim, de causa, de ins-
trumento e de companhia – as características 
comuns a essas quatro circunstâncias adver-
biais é que não podem ser representadas por 
meros advérbios, mas sim, por sintagmas pre-
posicionados, com exceção do de companhia.
Dançou	com todas. (companhia)
Tremia	com frio. (causa)
Fechou a porta de cadeado. (instrumento)
Estudou para médico. (fim)
•	 Adjunto adverbial de quantidade – tais ad-
juntos adverbiais respondem a perguntas do 
tipo quanto? até quanto? em que medida?
Nesta região, chove intensamente no outono. 
(quando)
Esses livros custam até	400	reais. (até quanto) 
Estudamos bastante aos domingos.
(em que medida)
Esperamos que, com todos esses casos e exemplos, 
tudo tenha ficado a contento e você não precise 
descabelar-se, tentando aprender de cor depois de 
contactar com mais essa riqueza expressiva de nos-
sa sintaxe.
atividade | Numa aula de gramática, o pro-
fessor propôs ao aluno indicar a funçãosintá-
tica do termo grifado na seguinte oração:
Os jogadores saíram do campo 
irados após o jogo.
Veja a resposta do aluno – irado é adjunto ad-
verbial de modo.
Agora é sua vez. Está correta ou não essa res-
posta. Justifique.
aGente da passiva
Dizemos	que	agente	da	passiva	é	o	termo	que,	lida	
a	oração	às	avessas,	transforma-se	em	sujeito	da	voz	
ativa.
O relógio de pulso foi idealizado por 
Santos	Dumont.
Por Santos Dumont é o agente da passiva, porque 
lida	 a	 oração	 às	 avessas,	 Santos	 Dumont	 pode	
transformar-se no sujeito.
 
Santos	Dumont	idealizou	o	relógio	de	pulso.
Por essa razão, o agente da passiva é um sujeito dis-
farçado	ou	camuflado	–	assim	a	leitura	às	avessas	
deve ser feita de tal modo que gere três fenômenos 
indispensáveis:
a. transformação do particípio em forma finita;
b. desaparecimento do verbo ser;
c. desaparecimento da preposição: por ou de.
Em:	(O	homem	foi	criado	por	Deus),	o	agente	da	
passiva	é	por	Deus,	porque	a	oração	pode	ser	lida	
às	avessas.
Deus	criou	o	homem.
Ao transformar criado em 
criou, desapareceu foi e a pre-
posição. O verbo ser aparece 
como elemento secundário da 
passiva participial, podendo 
haver agente da passiva sem a 
presença do verbo ser.
O	homem,	criado	por	Deus,	
aspira	à	imortalidade.
SAIBA MAIS!
http://www.scribd.com/A
dverbio/d/12663707 
 
MORFOSSINTAXE DO AD
JUNTO ADVERBIAL
Os adjuntos adverbiais 
são representados unica
mente por palavras 
(ou locuções), que integr
am a classe gramatical d
os advérbios.
O artista subiu cuidados
amente ao palco.
adj. adv. de modo
As boas palavras entram
 diretamente no coração
.
25Capítulo 2
Aqui por	Deus é agente da passiva e não figura o 
verbo	ser	na	oração:	pode	ler-se	às	avessas.
Deus	criou	o	homem	–	transformando-se	o	
particípio em pretérito perfeito e omitindo-se a 
preposição.
A posição normal do agente da passiva é após o 
verbo.
										O	mundo	foi	criado	por	Deus.
Podemos encontrar, também, outras percepções 
sobre esse termo argumental, não obrigatório, que 
a gramática tradicional chama de “agente da passi-
va” e, modernamente, é chamada de complemen-
to agente.
Esse complemento agente pode ser opcional, pois 
são construções gramaticalmente corretas.
As tarefas foram cumpridas por todos. 
O paciente foi atendido pelo hospital.
Tradicionalmente,	a	gramática	põe	este	agente	en-
tre os complementos verbais por conta do seu rela-
cionamento com o sujeito e com o complemento 
direto. Com o sujeito, essa relação se dá porque, 
transformando	essa	estrutura	da	passiva	à	estrutu-
ra ativa, o complemento agente passa a sujeito:
Todos	cumpriram	suas	tarefas.
Já com o complemento direto, deve-se ao fato de 
que este vem exigido pela característica gramatical 
da construção ativa, o agente o da construção pas-
siva:
O hospital atendeu ao paciente.
Definido	o	 agente	passiva	 é	 a	hora	de	partirmos	
para o complemento nominal. Vamos lá?!
6. coMpleMento noMinal 
Nem só os verbos têm o privilégio da transitivida-
de, também determinados substantivo, adjetivo e 
advérbio se fazem acompanhar de complementos.
Esses complementos são nominais e quase sempre 
são introduzidos por uma preposição. 
Há, na língua portuguesa, sempre formas diferen-
tes de se identificar a hierarquia sintática dos ter-
mos oracionais: é quando se observa, por exemplo, 
adjunto adverbial e o termo primário, e o comple-
mento nominal é termo secundário.
Vamos observar o diferencial entre termos primá-
rio e secundário (segundo Macambira, 1997, p. 
152 – os termos primários envolvem como centro 
o predicado: objeto direto, objeto indireto, adjun-
to adverbial e agente da passiva. 
Quanto aos termos secundários, podemos obser-
var que estão no âmbito do adjunto adnominal, 
complemento nominal, aposto e vocativo. 
Há palavras que complementam verbos, e há pala-
vras que complementam nomes - há palavras que 
servem, e outras que são servidas. Assim, o comple-
mento nominal está incluído no segundo grupo.
Complemento nominal é o termo sintático que 
complementa nomes, ou seja, dá uma amplitude 
de sentido aos substantivos, adjetivos e advérbios.
Você provavelmente já encontrou estes avisos:
Trecho	impróprio	para	banho.
Risco	à	saúde.
Aqui o banho é a intenção real da informação – 
mesmo que saúde e risco se sobreponham como 
alvo primordial dessa informação aos banhistas. 
Nestas frases, os termos para banho e à	saúde são 
complementos nominais.
Agora, observemos um claro caso que confirma a 
transitividade dos nomes:
SAIBA MAIS!
http://wp.clicrbs.com
.br/sualin-
gua/2009/05/11/da-pa
ssiva-sinteti-
ca-para-a-ativa/
atividade | Vamos agora observar as vozes 
do verbo. Então pesquise na Internet, para um 
aprofundamento maior, e enriqueça com mais 
este	 conhecimento	 tão	 importante.	 Mãos-à-	
obra!!!
SAIBA MAIS!
http://eborret.sites.uol.c
om.br/com-
plemento.html
26 Capítulo 2
Complemento nominal está esclarecido, e o AD-
JUNTO ADNOMINAL? Agora podemos ultra-
passar quaisquer barreiras que possam existir nesse 
sentido.	Reconhecemos	que	há	um	momento	em	
que podemos não distinguir essa dupla. Vejamos 
como facilitar essa distinção. Só para lembrar: o 
complemento nominal complementa o sentido de 
um nome transitivo (substantivo, adjetivo ou advér-
bio), enquanto o adjunto adnominal complemen-
ta, caracteriza e ou define o nome sem intermedia-
ção de um verbo. As classes de palavras que podem 
desempenhar a função de adjunto adnominal são 
adjetivos, locuções adjetivas, pronomes, numerais 
e artigos. É uma expressão que acompanha um ou 
mais nomes, conferindo-lhe um atributo.
Vejamos estes exemplos que deixam bem mais cla-
ro a posição e função de adjunto adnominal, de tal 
forma	que	não	mais	teremos	dúvidas.
Expressamos e entendemos o adjunto nas sequên-
cias frásicas abaixo:
a. numeral e adjetivo: Na loja, duas manequins 
vestiam calças e camisetas lilazes.
b. nome adjetivo: olhos verdes, mãos delicadas.
c. locução ou expressão adjetiva: mãos de fada, 
força de leão, morro de pedras, crista da onda.
d. artigo: o tempo, os tempos.
e. pronome adjetivo: 
• possessivo: teus esforços
• demonstrativos: esses esforços
•	 	indefinido: tais questões, mais pesquisas, 
qualquer atlas, cada manhã
•	 interrogativo: que pesquisa? qual desco-
berta?
•	 	relativo (cujo e flexões): pesquisas cujos 
méritos creditamos... 
Vejamos como vai ficar esse assunto na 
SAIBA MAIS!
 MORFOSSINTAXE DO C
OMPLEMENTO 
NOMINAL
Na estrutura sintática da
 oração, o núcleo 
do complemento nomi
nal pode ser ex-
presso por palavras das
 seguintes classes: 
substantivo (ou palavr
a substantivada), 
pronome e numeral.
Estamos ansiosas pelo re
sultado.
CN
Depositou todo crédito e
m nós.
CN
SAIBA MAIS!
 MORFOSSINTAXE DO A
DJUNTO 
ADNOMINAL
O adjunto adnominal é
 um elemento se-
cundário, que sempre 
se associa a um 
elemento principal, rep
resentado por um 
substantivo. Assim send
o, o adjunto ad-
nominal é expresso po
r palavras que se 
associam ao substantivo
. São elas: artigo, 
adjetivo, locução adjetiv
a, numeral e pro-
nome.
Pode comprar também
 este livro; meus 
alunos novos já leram o
 resumo do autor.
Quando o termo é introduzido por preposição e 
estiver ligado a um adjetivo ou advérbio, ele será, 
sem	dúvida,	um	complemento	nominal.
 ADJETIVO
Ela é perita em legislação.
 C N
 ADVÉRBIO 
Ela está longe da cidade.
 C N
Se estiver transitivo e funcionando como o alvo 
para o qual tende um movimento, um sentimento 
ou uma disposição, será complemento nominal. Se 
isso não ocorrer, será adjunto adnominal.
Observe estes exemplos:
A resposta aos apelos não foi atendida.
subst. trans. adj.adnom.
sujeito
A resposta dos chefes não os acalmou.
subst./ adj. adnom.
sujeito
27Capítulo 2
Na 1ª frase, o alvo foi – os apelos; na 2ª frase, dos 
chefes não é alvo, mas o agente locutor da respos-
ta.
Veja agora se você é capaz de fazer essa diferencia-ção.
Ele tem um amor de mãe.
Ele	tem	amor	à	mãe.
Observou? Olha a dica: o adjunto adnominal só 
trabalha para o substantivo (concreto ou abstrato), 
enquanto o complemento nominal pode trabalhar 
para o substantivo abstrato, adjetivo e advérbio.
Na	dúvida,	ao	classificar	uma	estrutura,	devemos	
observar se está trabalhando para um adjetivo ou 
advérbio, e aí saberemos se tratar de um comple-
mento nominal.
Mais uma explicação: quando a estrutura estiver 
relacionada dentro das funções de adjetivos, lo-
cuções adjetivas, pronomes, numerais e artigos 
ligados a um substantivo e se este “existe” sem o 
auxílio de um complemento, será um adjunto ad-
nominal.
•	 necessidade	de atenção – note que necessidade 
não “existe” sem o complemento de “de aten-
ção”. Isso caracteriza o complemento nomi-
nal.
 
•	 chuva	fria – note que chuva “existe” sem com-
plemento, “fria” pode ser retirado, sem alterar 
o significado do substantivo – aqui teremos 
um adjunto adnominal.
Note também que os adjuntos adnominais não de-
terminam ou especificam o nome – eles conferem 
uma nova informação ao nome e, por isso, são cha-
mados de modificadores.
A mãe comprou dois perfumes.
Em que momento o lugar do predicativo pode in-
terferir nessa compreensão apresentada de adjunto 
adnominal e complemento nominal? Não há es-
paço para a não - diferenciação entre esses termos 
e o predicativo, cada um tem seus constituintes e 
especificidades. No caso do predicativo, só o en-
contramos no predicado, e dá uma característica 
momentânea do substantivo. E como estabelecer 
essa diferença? Podemos diferenciar um do outro 
substituindo a estrutura sintática por – o,-os,-a,-as. 
Exemplo:
Procurei meus velhos amigos. Procurei-os.
Observe que velhos amigos pode ser substituído 
por – os.
Agora notemos esta outra estrutura:
Considero sua decisão ótima. Considero-a ótima.
A estrutura sua decisão ótima não pode ser intei-
ramente substituída, caracterizando, assim, o pre-
dicativo que, neste caso específico, é o predicativo 
do objeto, pois se refere ao substantivo decisão.
Atenção: Essa referência rápida ao predicado foi ape-
nas um “tira-dúvidas”.
atividade | 
Temos	aqui	um	anúncio	que	contém	duas	ora-
ções:
a) Essas orações são construídas com verbos 
transitivos diretos. Você sabe disso, claro. 
Qual seria o objeto direto de cada uma delas?
b)	Mas	na	oração	“Declare	seu	amor	por	Per-
nambuco”, a palavra amor é um complemento 
de declare; é um objeto direto. O termo Per-
nambuco é complemento de que palavra?
c)	Reformule	 esta	 oração,	 trocando	 a	 expres-
são declarar amor pelo verbo amar.
Neste caso, qual seria o objeto do verbo amar?
Obs.: Exercício adaptado do livro Português: 
Linguagens de Cereja e Magalhães.
Fo
nt
e:
 h
tt
p:
//
br
.o
lh
ar
es
.c
om
/p
ra
ia
_d
o_
sa
n-
ch
o_
fe
rn
an
do
_d
e_
no
ro
nh
a_
fo
to
11
81
92
9.
ht
m
l
Declare seu 
amor por 
Pernambuco
28 Capítulo 2
aposto 
É o outro componente do grupo sintagmático no-
minal; é um substantivo ou expressão equivalente, 
que	modifica	um	núcleo	nominal,	também	conhe-
cido como fundamental, sem necessitar de outro 
instrumento gramatical que marque essa função 
adnominal – pode ser marcada por vírgula ou si-
nal	equivalente	(travessão	e	parêntese).	Daí	então	
deriva o fato de dizermos que a aposição pode ser 
específica ou especificativa, ou então, pode ser ex-
plicativa.
O aposto explicativo apresenta valores secundários 
que merecem descrição especial:
•	 Enumerativo – é representado por um dos 
pronomes (ou locução) tudo, nada, ninguém, 
cada um, um e outro, etc., ou por substantivo.
Tudo – ansiedades, medos e preocupações – 
foram tiradas de sua vida.
Doces,	bolos,	sorvetes	–	nada – a apetecia.
Professores, amigos e colegas – ninguém o 
convenceu a mergulhar.
Políticos, funcionários e parentes, cada um, 
deu-lhes as boas vindas.
Todos	aceitaram	a	proposta,	mas	um e outro fez 
comentários desastrosos.
A mãe de Chico Buarque de Holanda, 
dona Mimele, faleceu ontem.
•	 Distributivo
Irandé Antunes e Marcos Bagno são os meus 
escritores preferidos: ambos são linguísticos.
•	 Circunstancial – comparação, tempo, causa, 
etc., precedido ou não de palavra que marca 
esta relação.
O telescópio, grande olho curioso, 
observava o sol.
“Escultor” – esculpe a sua musa em aço.
José de Alencar, quando vice-presidente, 
dá exemplo de cidadania.
7. vocativo
Gente,	vocativo	é	uma	unidade	à	parte.	Por	quê?	
Está desligado da estrutura argumental da oração, 
possui uma entoação exclamativa, cumpre a fun-
ção apelativa de 2ª pessoa, pois, por seu intermé-
dio, chamamos ou pomos em evidência a pessoa 
ou coisa a que nos dirigimos.
Raphael, vem aqui!
Você, minha filha, precisa estudar mais!
Paciência, onde tu estás?
Obs.: Algumas vezes é precedido de ó
Ó gente, onde será a festa?
Temos	ainda	o	vocativo	com	função	apelativa,	não	
há, neste caso, necessidade de marcar o sujeito.
Deixe-me!	Deixe-me	resolver	sozinho...
SAIBA MAIS!
 MORFOSSINTAXE DO A
POSTO
O núcleo do aposto po
de ser expresso por 
substantivo (ou palavra
s substantivadas) e 
pronome.
 Aposto Substan
tivo 
 
Ayrton Senna, brilhante 
piloto de fórmula 1, 
morreu tragicamente.
SAIBA MAIS!
 MORFOSSINTAXE DO V
OCATIVO
O núcleo do vocativo po
de ser o nome que o 
falante utiliza para cha
mar diretamente seu 
interlocutor, sendo sem
pre apresentado por 
um substantivo (ou pala
vra substantivada) ou 
pronome.
Minha bela filha, tudo p
assa na vida.
 vocativo substantivo
29Capítulo 2
ele não tinha dúvidas: 
sempre achava um jeito de nos torturar
com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os Estados Unidos.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode
declinava partículas expletivas, corretivos
e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia 
matei-o
com um objeto direto na cabeça.
atividade | 
 resuMo 
 
No capítulo 2, constatamos os ter-
mos da oração e sintagmas, quan-
do respondemos às questões sobre 
esses elementos frásicos, e a ordem 
que se apresentam na frase. Mos-
tramos as diferenças significativas e 
por que conhecer essas estruturas 
de nosso idioma que são tão impor-
tantes para fundamentar esse estu-
do.
Identificar como sujeito, frase e sin-
tagmas interagem e contribuirá para 
que essa interação melhore em nos-
sa língua e, coincidentemente, nos 
ajudará a conduzir, com maior cla-
reza, nossa fala e o nosso discurso 
com as pessoas com as quais nos 
comunicamos no nosso dia a dia.
Sujeito e predicado são os construc-
tos do nosso idioma, carecendo, 
sempre, de uma atenção maior por 
parte dos falantes da língua nativa 
e de todos os que desejam se apro-
fundar e dominar uma linguagem.
Explicitada a intenção deste capítulo 
que você pode aprofundar com vá-
rios autores e, especialmente, Kock 
e Valença, daremos continuidade 
ao nosso estudo. 
Fo
nt
e:
 B
ra
nt
 P
ar
ke
r e
 Jo
hn
ny
 H
ar
t. 
O
 m
ag
o 
W
iz
. S
ão
 P
au
lo
: H
er
m
us
, 1
97
3,
 p
.4
3)
Observe que, no 1º quadro, temos a palavra 
cabeludo, e senhor	no	3º.	Temos	um	cavalheiro	
sem mancha e sem medo, como você classifi-
caria estes termos? Explique-os.
Para	 concluirmos	 este	 conteúdo,	 vamos	 ler	
esta poesia para fazermos uma descontração, 
pois este capítulo foi uma labuta...
O Assassino Era o Escriba
Paulo Leminski
Meu professor de análise sintática
era o tipo de sujeito inexistente.
Um pleonasmo.
O principal predicado de sua vida,
regular com um paradigma de 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto ad-
verbial,
30 Capítulo 2
referÊncias
AZEREDO, José Carlos. Gramática Houaiss 
da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 
2008.
KOCH, Ingedore Villaça; Vilela Mário. Gramá-
tica da Língua Portuguesa: gramática da pala-
vra, gramática da frase, gramática do texto/
discurso. Portugal: livraria Almerinda, 2001.
MACAMBIRA, José Rebouças. A estrutura mor-
fo-sintática do português.São Paulo: Pioneira, 
1987.
PERINE, Mário Alberto. Gramática do portu-
guês brasileiro. São Paulo: Parábola Editorial, 
2010.
www.mundovestibular.com.br/.../SUJEITO-E-
PREDICADO/Paacutegina1.html -
h t t p : / / v i d e o l o g . u o l . c o m . b r / v i d e o .
php?id=366496
http://www.scribd.com/doc/19827718/Resu-
mo-de-Sintaxe
31Capítulo 3Capítulo 3
eixo teMático: 
sintaGMas
objetivos específicos
•	 Construir	uma	noção	 referencial	de	 terminologias	diferentes	e	de	aborda-
gem dos sintagmas oracionais;
•	 Identificar,	no	interior	dos	sintagmas,	as	classes	conforme	se	distribuem	e	
a posição que ocupam diretamente na oração ou em outros sintagmas mais 
amplos e seus constitutivos;
•	 Selecionar	as	informações	necessárias	para	eventuais	contextualizações	com	
a terminologia sintagmática atual na Língua Portuguesa.
introdução
Nós vamos entrar no universo Sintagmático, tão atual e paradoxalmente tão 
antigo, sem o que nosso estudo sobre Morfossintaxe inexistiria.
Para tudo, vamos necessitar dos sintagmas - desse conjunto de elementos que 
constituem uma unidade significativa dentro da oração e que mantêm entre si 
relações de dependência e de ordem. Conhecer a natureza dos sintagmas vai 
lhe dar uma relação de intimidade com seu idioma que só esse saber pode lhe 
proporcionar.
Sintagma é uma “comunidade linguística”, que interage o tempo todo, o que 
deixa	você	bem	à	vontade,	ao	transitar	por	nosso	idioma.	O	sintagma	consiste	
num conjunto de elementos que constituem uma unidade significativa dentro da 
oração e que mantêm entre si relações de dependência e de ordem, organizados 
em	torno	de	um	elemento	fundamental,	denominado	núcleo,	que	pode,	por	si	
só, constituir o sintagma. Não poderíamos terminar essa apresentação sem lem-
brar o grande linguista Noam Chomsky, um dos maiores estudiosos do caráter 
sintático, semântico e fonológico que é a premissa de todas as frases e de todas 
as línguas.
Pelo exposto acima, dá para perceber a importância desse assunto. Então, bom 
estudo, boa compreensão e sucesso!
Profa. Ms. Francisca Núbia bezerra e silva
Profa. maria das Graças Alves de oliveira
Carga Horária | 15 horas 
32 Capítulo 3
1. os constituintes oracionais –
 os sintaGMas
Vamos trabalhar alguns aspectos da sintaxe da 
língua portuguesa do ponto de vista produtivo – 
quanto maior o conhecimento e o domínio das 
estruturas frasais do português, mais eficiente será 
o desempenho oral e escrito do falante da língua.
“Chama-se sintagma uma sequência de palavras 
que constituem uma unidade (sintagma vem de 
uma palavra grega que comporta o prefixo sin-, que 
significa com, que encontramos, por exemplo, em 
simpatia e sincronia). Um sintagma é uma associa-
ção de elementos compostos num conjunto, orga-
nizados num todo, funcionando conjuntamente. 
(…) sintagma significa, por definição, organização 
e	relações	de	dependência	e	de	ordem	à	volta	de	
um	 elemento	 essencial.	 “(Dubois-Charlier.	 Bases	
de Análise Linguística)
•	 valor	 variado	 do	 comportamento	 sintático	
apresentado pelas relações de ordem, concor-
dância e regência;
•	 percepção	 das	 estruturas	 sintáticas	 simples	 e	
de como, a partir destes, podemos produzir as 
mais complexas, baseando-se nas ampliações.
Vamos utilizar dois procedimentos que irão ajudar 
a compreensão do conceito de sintagma onde quer 
que ele coloque:
1. deslocável para outra posição na oração;
2. substituível por uma unidade simples.
A menina desatou o nó das fitas com 
muita alegria.
 
No caso 1, as sequências a menina, o nó das fitas e 
com muita alegria são sintagmas, porque podere-
mos também dizer:
•	 O	nós	das	fitas,	a	menina	desatou	com	muita	
alegria.
•	 Com	muita	alegria,	a	menina	desatou	o	nó	das	
fitas.
•	 Com	muita	alegria,	desatou	a	menina	o	nó	das	
fitas.
No caso 2, essa sequência é confirmada, porque 
podemos substituí-la, conforme os exemplos abai-
xo:
•	 Ela	 (=	a	menina)	desatou	o	nó	das	 fitas	com	
muita alegria.
•	 A	menina	desatou-o	(=	o	nó	das	fitas	com	mui-
ta alegria).
•	 A	menina	desatou	o	nó	das	fitas	alegremente	
(= com muita alegria)
Reconhecemos	prontamente	como	sintagmas,	por-
que ocupam certos lugares nessa estrutura grama-
tical e, ainda, uma vez que ocupam o mesmo lugar 
na estrutura, recebem a mesma classificação:
•	 sintagma	nominal	(SN)	–	Ela	e	a	menina
•	 sintagma	adverbial	(Sadv)	–	alegremente	e	com	
muita alegria
•	 sintagma	verbal	(SV)	–	desatou	o	nó	das	fitas
Então, dos exemplos citados, temos as seguintes 
conclusões:
O especialista não respondeu todas as perguntas.
O especialista
sintagma 
nominal
não respondeu todas as perguntas. 
sintagma 
verbal
O especialista
sintagma 
nominal
não respondeu
modificador 
+ verbo
todas as perguntas
sintagma 
nominal
O especialista
det. + núcleo 
nominal
não respondeu
advérbio + 
núcleo verbal
todas as perguntas
det. + det. + 
núcleo nominal
A combinação das palavras para formarem as frases 
não é aleatória; existe a necessidade de um conhe-
cimento de determinados princípios linguísticos, 
sem os quais não combinaremos as palavras para 
lhes dar o sentido necessário a sua compreensão – 
há, pois, uma ordem, uma sequência e uma lógica 
às	quais	chamaremos	de	SINTAGMA	para	formar	
uma unidade maior que é a oração.
Segundo	AZEREDO	(2000,	p.	151),	para	um	en-
sino produtivo da língua e da literatura, devemos 
nos	ater	à	(ao):
•	 hierarquia	da	 estrutura	oracional,	 isto	 é,	 dos	
constituintes que a oração apresenta;
•	 estrutura	 interna	 própria	 de	 cada	 um	 desses	
constituintes;
33Capítulo 3
•	 os	vocábulos	formam	as	orações	indiretamente	
– e os sintagmas são os verdadeiros constituin-
tes da oração;
•	 um	sintagma	pode	se	constituir	por	um	grupo	
de vocábulos ou por um simples vocábulo;
•	 os	sintagmas	assim	como	os	morfemas	perten-
cem a diferentes classes.
2. a classe dos sintaGMas
Um agrupamento intermediário é uma unidade 
sintagmática e está situado, pois, entre o nível do 
vocábulo	 e	 o	 da	 oração.	 Dessa	 maneira,	 um	 ou	
mais vocábulos se unem (em sintagma) para for-
mar uma unidade maior, que é a oração. Logica-
mente, esses vocábulos constitutivos dos sintagmas 
se	organizam	em	torno	de	um	núcleo.
Para desempenhar o papel de sintagma, as palavras 
pertencem a uma determinada classe gramatical 
com função distinta. Obedecem a um conjunto de 
mecanismos formais que, na sua unidade e estrutu-
ra gramatical, pode ser assim esquematizado.
•	 período
•	 oração
•	 sintagma
•	 vocábulo
•	 morfemas
Para melhor entendimento, vamos nos basear no 
poema de Cecília Meireles e observar os níveis de 
estruturação	do	enunciado,	retirado	do	(In	PRO-
JETO	PEAD)	
Texto 1 
colar de carolina
Com seu colar de coral, 
Carolina 
corre por entre as colunas 
da colina. 
 
O colar de Carolina 
colore o colo de cal, 
torna corada a menina.
 
E o sol, vendo aquela cor 
do colar de Carolina, 
põe coroas de coral 
nas colunas da colina. 
(Cecília Meireles)
Comentário 
Neste poema, a autora faz um jogo de palavras, ti-
rando proveito, principalmente, do aspecto sono-
ro. Os diversos níveis a que nos referimos acima 
podem ser apontados no texto: 
Nível do período 
O colar de Carolina 
colore o colo de cal, 
torna corada a menina.
Nível da oração 
O colar de Carolina 
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
Nível do sintagma 
O colar de Carolina (SN)
colore o colo de cal (SV)
torna corada a menina (SV)
Nível do vocábulo 
Com/ seu/ colar/ de/ coral / Carolina / corre / 
por/ entre/ as/ colunas / de/ a /colina.
Nível do morfema 
O / col/ar / de / Carolina / 
color/e / o / col/o /de/ cal/, 
torn/a / cor/a/d/a /a/ menin/a.
 
http://Iportuguesa.malha.net/content/view/29/45/
As gramáticas descrevem os níveis da oração e do 
período no âmbito da sintaxe e os níveis do mor-
fema e do vocábulo no âmbito da morfologia. No 
entanto, geralmente não tomam conhecimento do 
nível do sintagma - intermediário entre vocábulos 
e oração. E, como mostra Azeredo: 
“... os vocábulos não se unem para formar a oração, do 
mesmo modo

Outros materiais