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STEPHANNY TEIXEIRA – MEDICINA INTRODUÇÃO Por trás da IC estão outras entidades como: HAS, DAC, etilismo, infecções virais, DM, doença de chagas. No Brasil a principal é a cardiopatia isquêmica crônica. DEFINIÇÃO IC é quando o coração não consegue bombear o sangue de acordo com a demanda tecidual causando dilatação e/ou HVE. Os ventrículos não se enchem nem esvaziam de forma adequada. Isso causa: - Aumento na pressão do enchimento de VE - Baixo débito (exaustão) - Síncope - Choque cardiogênico. FISIOPATOLOGIA Função sistólica: capacidade do ventrículo de ejetar sangue de grandes artérias. VDF: a quantidade de volume no final da diástole (~100ml). Mais conhecido como pré-carga cardíaca. Ele depende exclusivamente do retorno venoso ao coração. O retorno venoso depende da volemia e do tônus do leito venoso DS: o quanto desse VDF é ejetado a cada batimento. VSF: o quanto sobra de sangue (~40ml) após ele ser ejetado. DC: fluxo total gerado pelo coração (DC = DSxFC) Função diastólica: capacidade que o ventrículo tem de se encher de sangue, sem aumentar pressão cavitária. IC esquerda: maioria dos casos. Tem dispneia, ortopneia, DPN. Exemplos: IAM, cardiopatia hipertensiva, estenosa mitral. IC direita: ocorre por IVD, cursa com turgência jugular, hepatomegalia, ascite, edema de MMII. Exemplos: DPOC, obesidade, pneumopatias, TEP, IAM de VD. IC biventricular: maioria começa com IVE e evolui com IVD. IC sistólica: perda da capacidade contrátil, causando dilatação ventricular (cardiopatia dilatada) causando FE <50%. Causa ↓de DC e ↑ volume de enchimento. IC diastólica: contração miocárdica normal, mas restrição de enchimento diastólico ↑ de pressão de enchimento e pressão venocapilar (congestão) HV concêntrica. IC de baixo debito: MAIORIA dos casos. IC de alto debito: exige maior trabalho cardíaco (tireotoxicose, anemia grave, beribéri, fistulas, sepse, etc). Remodelamento cardíaco: ↓ no DC é percebida pelos barorreceptores periféricos ↑ tônus periférico (↑ NORA, ↑ liberação de renina, mas o estimulo maior para ativação do SRAA é a hipoperfusão renal, devido diminuição do filtrado de Na+ e hipodistensão da arteríola aferente). A NORA age com efeito miocardiotóxico, alongando o miocito e deixando-o hipofuncionante, ocorrendo um downregulation. A angiotensina II é um dos principais agentes indutores de hipertrofia ventricular na insuficiência cardíaca. COM A ALTERAÇÃO DA FORMA E FUNÇÃO DO MIÓCITO REMODELAMENTO CARDÍACO. Pós-carga: é a “dificuldade” imposta ao esvaziamento ventricular. Se expressa na tensão da parede miocárdica durante a sístole. O aumento da pós-carga reduz o débito sistólico, e eleva o consumo miocárdico de oxigênio. QUADRO CLÍNICO Assintomático por anos. Sintomas evoluem pelo ↓DC. Síndrome congestiva pulmonar: congestão aumenta o trabalho respiratório e estimula os receptores J pulmonares, provocando a sensação de dispneia. Como as pressões de enchimento inicialmente se elevam durante o esforço, o sintoma clássico inicial é a dispneia aos esforços. Há ainda, DPN e ortopneia. EAP: EXTREMO DA CONGESTÃO PULMONAR. Taquidispneia, cianose, insuficiência respiratória, cianose central (hipoxemia grave). EAP costuma ocorrer quando a pressão capilar pulmonar ultrapassa 25 mmHg (normal = até 12 mmHg). A radiografia de tórax mostra dilatação vascular nos ápices e infiltrado bilateral em “asa de borboleta” ou “de morcego”. STEPHANNY TEIXEIRA – MEDICINA Síndrome congestiva sistêmica: com o avançar da disfunção de VE, há surgimento progressivo de hipertensão arterial pulmonar secundária. Com o tempo, o VD sobrecarregado acaba entrando em falência instalando a insuficiência biventricular. Síndrome de baixo debito: mais comum na IC sistólica. Aparece inicialmente aos esforços, devido à incapacidade do coração em aumentar o débito durante o esforço ou qualquer situação de estresse. Os sintomas se confundem com os de uma síndrome “geral”: fadiga muscular, indisposição, mialgia, cansaço, lipotímia. A maioria dos sintomas é secundária à inadequada perfusão muscular durante o esforço físico. Emagrecimento e caquexia: paciente tende a perder massa muscular pelo desbalanço entre DC e demanda metabólica da musculatura esquelética. O paciente pode ainda não emagrecer pelo edema. Choque cardiogênico: EXTREMO DA IC. Manifestação comum na IC aguda grave. Exame físico: B3, turgência jugular (IVD), pulso arterial diminuído, ictus difuso, B1 hipofonetica, B2 hiperfonética. Sopro sistólico no foco mitral ou tricúspide e aumenta com inspiração profunda (manobra de Riviero carvalho). Pode ter estertores no terço inferior dos hemotóraces. A síndrome de derrame pleural é frequente na IVE e na IC biventricular, pois a drenagem pleural é dependente do sistema venoso pulmonar e sistêmico. Pode ter anasarca, hepatopatia congestiva. ETIOLOGIAS ISQUÊMICA É A MAIS COMUM! HIPERTENSIVA É A 2ª CAUSA MAIS PREVALENTE. DIAGNÓSTICO RX: cardiomegalia, critério MAJOR de Framingham. Os campos pulmonares podem apresentar sinais de congestão: (1) inversão do padrão vascular, isto é, as veias ficam mais proeminentes nos ápices pulmonares do que nos lobos inferiores (pois o edema intersticial, maior nos lobos inferiores, as comprime); (2) linhas B de Kerley, linhas paralelas ao diafragma, visualizadas nas regiões laterais dos hemitórax inferiores, na incidência PA. Estas linhas representam o ingurgitamento linfático, relacionado ao edema pulmonar; (3) infiltrado intersticiais bi ou unilaterais (em geral peri- hilares), devido ao edema intersticial, ou até infiltrado alveolar (no EAP); STEPHANNY TEIXEIRA – MEDICINA (4) derrame pleural e “tumor fantasma”: o derrame geralmente é bilateral, predominando à direita (pior drenagem linfática). ECG: SVE, SVD, SAE e SAD. ECO: é o método mais útil para a confirmação diagnóstica, avaliação da etiologia, do perfil hemodinâmico e do prognóstico. O “eco” é o responsável por dividir a insuficiência cardíaca em sistólica e diastólica, o que é fundamental na decisão terapêutica a ser tomada. A fração de ejeção (É O QUE PREDIZ PROGNÓSTICO INDEPENDENTE DE CLASSE FUNCIONAL) é o grande dado: FE < 50% indica disfunção sistólica. BNP: aumenta na insuficiência cardíaca congestiva, mas não na pneumopatia, servindo como um divisor de águas em pacientes com dispneia. Valores >400 estão na IC sintomática. Valores entre 100-400 pg/ml podem significar disfunção ventricular esquerda assintomática. PROGNÓSTICO 3 METs equivalem ao esforço de deambular ou guiar um carro; 5 METs, a um passeio de bicicleta; 7 METs, à subida de dois lances de escada ou ao ato sexual; 9 METs ou acima, às atividades esportivas. A ergometria nos dá uma estimativa dos METs COMPLICAÇÕES TEP: formação de trombo nas veias ileofemorais e pélvicas + estase venosa. TEP sistêmico: trombos murais se formam (no interior de átrios ou ventrículos aderidos ou não as suas paredes). FR: FE<30%, FA e acinesia apical. Arritmias: flutter, FA, TV, FV. Causa de morte: FV. STEPHANNY TEIXEIRA – MEDICINA TRATAMENTO DA IC SISTÓLICA Dieta: restrição de sal. Repouso (nas classes III e IV) ou descompensado deve ficar o máximo de tempo possível para diminuir demanda metabólica. Vacinação: IVAS são frequentes, recomenda fazer anti influenza e antipneumococcica. AINES: devem ser evitados (aumenta PA e retém sais). O fator descompensador mais comum é a má adesão terapêutica! Aumentam sobrevida da IC sistólica: IECA, BB, espironolactona, hidralazina + nitrato e antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II. IECA Causaarteriodilatação reduzindo pos carga, venodilatação diminuindo pre carga e reduz efeito da angiotensina II sobre o miocárdio. A melhora dos sintomas ocorre logo após o início do tratamento devido aos dois primeiros efeitos que, em conjunto, melhoram a performance ventricular. ↑ os níveis de bradicinina, substância vasodilatadora endógena. ↑ prostaglandinas, além de uma maior produção de óxido nítrico (vasodilatador endógeno). Inicia com dose de menor, ex. captopril 6,25mg 2x ao dia aumentado a cada 2 semanas, observando níveis de K+ e Cr. Exemplos: captopril 50mg 3x ao dia, enalapril 10mg 2x ao dia, ramipril (melhor) 10mg/dia. Suspender se aumento de Cr. INDICAÇÕES: Todos os casos de IC sistólica, assintomáticos ou sintomáticos (salvo contraindicações). BETA BLOQUEADOR A ação na IC sistólica é o bloqueio da ação tóxica da noradrenalina sobre os miócitos cardíacos e a redução da liberação de noradrenalina nas sinapses cardíacas. Efeito pleno é tardio (3-6 meses). Efeitos adicionais são a redução do consumo miocárdico de oxigênio, reduzindo a isquemia; redução da frequência cardíaca, facilitando a mecânica diastólica. Se dose inicial for mínima, aumentar a cada 2-4 semanas até a dose plena utilizada nos estudos científicos, e se o paciente estiver previamente compensado (“sem congestão” – p. ex.: uso adequado de diuréticos), a maioria tolera bem o uso do betabloqueador. As “doses-alvo” dos três BB estudados são: carvedilol 25-50 mg 2x/dia; metoprolol 200 mg/dia; bisoprolol 10 mg/dia. INDICAÇÕES: Todos os pacientes com IC sistólica, independente da classe, doença isquêmica do miocárdio, cardiomiopatia hipertrófica hereditária sintomática. Observações: (1) existem apenas 3 drogas de primeira linha: carvedilol, bisoprolol e metoprolol; (2) nunca iniciar com o paciente agudamente descompensado (ex.: sinais e sintomas de congestão pulmonar e/ou sistêmica); (3) tanto faz começar o tratamento com IECA ou BB. Contraindicações formais: asma, bradiarritmia. ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA (ESPIRONOLACTONA) Ocorre inibição do efeito da aldosterona sobre o miocárdio reduzindo a degeneração de fibras, a apoptose e a fibrose intersticial prevenindo o remodelamento ventricular. Outro possível efeito benéfico é a prevenção da hipocalemia pelos diuréticos de alça ou tiazídicos, com isso, reduzindo a chance de arritmias ventriculares e morte súbita. Uso é de 25mg/dia. INDICAÇÕES: IC sistólica "sintomática" (classe funcional NYHA II a IV). Contraindicação formal: K > 5,5 mEq/L. HIDRALAZINA + NITRATO Hidralazina: é um vasodilatador arteriolar direto que reduz a pós-carga e assim melhora a performance ventricular. Efeitos adversos incômodos: cefaleia, tonteira, lúpus fármaco induzido pode ocorrer, especialmente nas doses mais altas. O dinitrato de isossorbida tem um importante efeito venodilatador, reduzindo assim a pré-carga e facilitando o trabalho ventricular. A redução da mortalidade pela associação hidralazina + dinitrato comprova o grande benefício do efeito vasodilatador geral (arterial e venoso) nos pacientes com insuficiência cardíaca sistólica moderada. Dose alvo de 75mg/dia de hidralazina + 40mg 3x ao dia de isosssorbida. INDICAÇÕES: Pacientes negros com IC, já em uso de IECA e betabloqueadores, nas classes II-IV. Alternativa aos pacientes brancos com intolerância aos inibidores da ECA e aos antagonistas da angiotensina II. Todo o paciente que permaneça sintomático apesar da terapia padrão. IVABRADINA São inibidores específicos da corrente If. A corrente If é responsável pelo mecanismo de despolarização automático do nódulo sinoatrial. Assim, a ivabradina (5 mg VO 12/12h, podendo-se chegar a 7,5 mg VO 12/12h) consegue reduzir a frequência cardíaca no repouso e no exercício, e já existem evidências de que seu emprego na IC (em associação à terapia otimizada) consegue reduzir ainda mais a morbimortalidade, em particular se a etiologia for isquêmica. STEPHANNY TEIXEIRA – MEDICINA INDICAÇÕES: pacientes com classe funcional II-IV da NYHA com disfunção sistólica e terapia otimizada (IECA ou BRA + BB), desde que a FC seja maior ou igual a 70 bpm e o ritmo seja sinusal. DROGAS QUE ALIVIAM OS SINTOMAS: diuréticos de alça, TZD, digitálicos, dobutamina. NÃO AUMENTAM SOBREVIDA MAS MANTÉM PACIENTE EM ESTADO COMPENSADO. Melhor REMÉDIO PARA COMPENSAR PACIENTE COM IC CONGESTIVA É FUROSEMIDA! FUROSEMIDA São eficazes tanto na IC sistólica quanto na IC diastólica! Aumenta a excreção renal de Na+ e H2O e reduz a volemia do paciente. Indicado sempre que houver sinais e sintomas significativos da síndrome congestiva. Os pacientes com IC classe III ou IV, em sua maioria, necessitam do emprego dos diuréticos de alça ou dos tiazídicos para manterem-se compensados. Pacientes descompensados: administração parenteral (dose de 120mg) de furosemida, pois a absorção dos diuréticos por via oral está muito prejudicada pela congestão da mucosa intestinal. A dose oral deve ser geralmente o dobro da venosa. Efeitos adversos: hipovolemia, insuficiência pré-renal, hipocalemia, hipomagnesemia, hiperuricemia, hiperglicemia, hiperlipidemia, nefrite intersticial alérgica. Tiazídicos: hiponatremia, hipercalcemia. Diuréticos de alça: ototoxicidade, hipocalcemia, hipercalciúria (litíase renal). Por isso, a monitorização dos eletrólitos é obrigatória nas primeiras três semanas do início da terapia diurética. DIGOXINA São três os seus efeitos cardíacos: 1. Efeito Inotrópico Positivo: sua principal ação farmacológica é a inibição da Na/KATPase. O transporte transmembrana de Ca++ está ligado ao de Na+. Existe uma proteína de membrana trocadora de Na+ por Ca++ (trocador Na/Ca). Se a Na/K ATPase é inibida, o Na+ intracelular começa a se acumular, aumentando o seu efluxo pelo trocador Na/Ca, em troca da entrada Ca++ no miócito. A consequência final é o aumento do Ca++ citossólico, principal determinante do inotropismo cardíaco. Este íon é armazenado no retículo sarcoplasmático da célula miocárdica (um local de depósito de cálcio), aumentando a sua disponibilidade para a contração muscular na sístole, garantindo, assim, maior força contrátil – melhora da função sistólica. 2. Ação Colinérgica: o aumento do tônus vagal reduz o automatismo do nódulo sinusal, aumenta a refratariedade e diminui a velocidade de condução do nódulo AV. Este efeito justifica o uso dos digitais nas taquiarritmias supraventriculares, pois reduzem a resposta ventricular na fibrilação atrial e no flutter atrial. Este efeito também justifica o seu potencial bradiarrítmico na toxicidade. 3. Ação Arritmogênica: o acúmulo intracelular de cálcio predispõe à ativação de uma corrente de sódio capaz de precipitar pós-potenciais tardios e desencadear extrassístoles ou taquiarritmias automáticas por atividade deflagrada, no miocárdio atrial ou ventricular. NENHUM estudo demonstrou a redução da mortalidade na insuficiência cardíaca pelo uso de digital. Portanto, são drogas de segunda linha na IC sistólica, importantes para garantir o alívio sintomático de alguns pacientes e mantê-los no estado compensado. Indicações: IC sintomática classe III-IV, em pacientes que não compensaram apesar do uso de IECA, betabloqueador e diurético. IC com fibrilação atrial de alta resposta ventricular (não controlados com uso de betabloqueadores). Os digitais são contraindicados nos casos de insuficiência cardíaca diastólica pura, na cardiomiopatia hipertrófica ou na doença isquêmica do miocárdio sem IC sistólica pode piorar a função diastólica ou a isquemia. Seu uso também está contraindicado em pacientes com bloqueio AV de 2º grau Mobitz II e 3º grau; doença do nó sinusal sem proteção de marca-passo e em síndromes de pré-excitação. A droga mais usada por via oral é a digoxina, na dose de 0,125-0,375 mg VO/dia. Em pacientes idosos, portadores de insuficiência renal e baixo peso, especialmente mulheres, a dose deve ser ainda menor (0,125 mg em dias alternados). O digital venoso mais usado em nosso meio é o deslanosídeo (cedilanide), na dose 0,4-0,12 mg IV/dia (em 2 tomadas). Intoxicação Digitálica: o digital deve ser suspenso e devem ser controlados todos os fatores predisponentes descritos acima (os mais comuns são hipocalemia e hipomagnesemia). No caso de bradiarritmias sintomáticas ou graves, está indicada a atropina e, às vezes, um MP interno provisório (até a redução dos níveis da droga). No caso de taquiarritmias ventriculares, a droga de escolhas é a fenitoína (ataque: 250 mg IV, manutenção: 100 mg 5/5 min, máximo de 1 g); pode-se fazer lidocaína IV (100 mg de ataque e 1-4 mg/min de manutenção). Devemos, se possível, tentar evitar a cardioversão elétrica pelo risco de assistolia e FV. ANTICOAGULANTES STEPHANNY TEIXEIRA – MEDICINA Indicações para Anticoagulação: a) História de evento embólico. b) Fibrilação atrial paroxística ou persistente. c) Amiloidose (risco aumentado de tromboembolismo). d) Cardiomiopatia dilatada familiar. e) História de tromboembolismo em parentes de primeiro grau. TRATAMENTO DA IC DIASTÓLICA Os sintomas congestivos devem ser controlados com diuréticos! Deve usar em baixas doses para prevenir o baixo débito (pacientes não retêm tanto líquido quanto aqueles com IC sistólica, e uma pequena redução volêmica causa uma grande queda nas pressões de enchimento ventricular). Controlar agressivamente a hipertensão arterial, com drogas que reduzem comprovadamente a hipertrofia ventricular (inibidores da ECA – principal –, antagonistas AT1, diuréticos, betabloqueadores, verapamil, diltiazem ou amlodipina). Nesta doença, tanto o betabloqueador quanto o verapamil são drogas de primeira linha para controlar os sintomas. Ambas as drogas (e também o diltiazem, a amlodipina e a disopiramida) agem melhorando a função diastólica desses pacientes, ao facilitar o relaxamento miocárdico TRATAMENTO EAP HIPERTENSIVO Tem prognóstico e pronta resposta à terapia. O paciente deve ser colocado imediatamente no “MOV” – oxigênio, veia, monitor, e ter um ECG realizado. - Nitroglicerina (Tridil) IV – 10-20 mcg/min, ou nitrato (dinitrato de isossorbida) 5 mg SL. - Captopril (SL) – 25 mg. - Nitroprussiato de sódio (IV) – 0,5-5 mcg/kg/min: casos mais graves ou refratários de hipertensão. - Furosemida (IV) – 20-80 mg. - Morfina (IV) – 2-4 mg. O nitroprussiato de sódio e o captopril agem baixando a pós-carga, pela vasodilatação arterial. STEPHANNY TEIXEIRA – MEDICINA A furosemida, o nitrato e a morfina são fundamentais para reduzir a pré-carga (retorno venoso), muito importante para o controle do edema pulmonar. FLASHCARDS Um paciente de 48 anos de idade interna para investigação de ascite. É realizada paracentese diagnóstica, que revela Gradiente de Albumina Soro- Ascite (GASA) de 1,2 g/dl e nível de proteínas no líquido ascítico > 2,5 g/dl. A principal hipótese diagnóstica é ICC o analisar as possíveis causas de uma ascite, a primeira coisa a fazer é verificar o GASA, que no caso era de 1,2 g/dl ( ≥ 1,1), nos levando à conclusão de que é uma causa transudativa. Quase todas as causas de ascite transudativa cursam com baixas concentrações de proteína no líquido abdominal (< 2,5 g/dl), exatamente o oposto do que a banca nos informou no enunciado. Portanto, para acertar esta questão você precisava saber que a insuficiência cardíaca congestiva é uma exceção, causando uma ascite com GASA ≥ 1,1 g/dl e proteínas no líquido ascítico > 2,5 g/dl.
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