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A FIDELIDADE E AS FRUSTRAÇÕES MINISTERIAIS DO OBREIRO UMA SELEÇÃO DOS MELHORES ARTIGOS DE 25 ANOS DE ESTUDOS DE GORDON D. FEE Nesta obra, tem os a oportunidade de vislumbrar 25 anos da produção intelectual de um dos m aiores estudiosos pentecostais do Novo Testam ento da atualidade, Gordon Fee. São 21 artigos de estudos textuais, exegéticos e teológicos sobre as mais variadas passagens do Novo Testamento. São estudos primorosos que dem onstram o domínio que Fee tem na ta re fa exegética e ilustram o objetivo da exegese a serviço da comunidade cristã. g o r d o n d . I PARA QUÊ? 21 ESTUDOS TEXTUA EXEGÉTICOS E TEOLÓG DO NOVO TESTAMEN GORDON D. FEE é professor emérito de Estudos do Novo Testamento no Regent College, em Vancouver, Canadá. Além de destacada atuação como estudioso do Novo Testamento, tendo publicado vários livros e artigos em seu campo de especialização, a critica textual, é também reconhecido como profes sor e orador brilhante. noa 0 8 0 0 021 73 73w w w . c p a d . c o m . b r CB4 http://www.cpad.com.br CAPTA DA CPAD RONALDO R. DE SOUZA D ire to r-execu tivo da CPAD Em abril, tivemos uma assem bléia geral ordinária e outra extraordinária da CCADB na cidade de Belém do Pará, com importantes decisões para a denominação Evangelismo, teologia, família e ministério em foco Um dos enfoques da nova revista Obreiro Aprovado, como adiantamos na edição passada, é a evangelização, o crescimento da Igreja. Nesta edição, essa temática, sem fazer entrar em detrimento as demais que compõem o perfil da revista, têm um destaque todo especial. A começar do entrevistado desta edição, o pastor Raul Cavalcanti, líder da Assembléia de Deus em Imperatriz (MA) e presidente da Comissão de Evangelismo e Discipulado da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB). Ele fala sobre os projetos de evangelização que tem implementado em sua região e também sobre a grande mobilização evangelística em nível nacional que a CGADB estará promovendo em maio do ano que vem. Destaque também para as matérias da seção "Avançando o Reino de Deus", que aborda trabalhos evangelísticos que têm dado resultado nas ADs em Florianópolis e Tauá (CE). Em abril, tivem os uma assem bléia geral ordinária e outra extraordinária da CGADB na cidade de Belém do Pará, com im portantes decisões para a denominação. Saiba tudo nas páginas 12 a 16 desta edição. Por fim, queremos destacar ainda os artigos de Teologia, Lide rança e Família desta edição: pastor Osiel Gomes (MA) fala sobre as divergências de tradução da Bíblia e a fidedignidade do texto bíblico; o pastor Carlos Kléber Maia (RN) discorre sobre Armínio e a Doutrina da Eleição; pastor Wagner Gaby (PR) aborda a integri dade moral e espiritual do líder; e o pastor Elinaldo Renovato (RN) fala sobre ter sucesso no ministério sem perder a família. Temos também um artigo devocional do pastor Gil Monteiro (RJ) acerca da fidelidade do obreiro e suas frustrações ministeriais. Cremos que o conteúdo desta edição será bênção para a sua vida. Portanto, boa leitura e até a nossa próxima edição! Presidente da Convenção Geral José Wellington Costa Junior Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Bezerra da Costa Diretor-executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Editor-Chefe Silas Daniel Editor Eduardo Araújo Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente de Produção e Arte Jarbas Ramires Silva Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho Gerente Comercial Cícero da Silva Chefe do Setor de Arte e Design Wagner de Almeida Projeto Gráfico Fábio Longo Diagramação Leonardo Engel Ilustrações Banco de Imagens Shutterstock Fotografia Arquivo (CPAD) TELEMARKETING (2" a 6“ das 8h às 18lt e aos sábados das 8h às Hht Rio de Janeiro: (21) 3 1 7 1 -2 7 2 3 Demais localidades: 0800-021-7373 (ligação gratuita) • Atendimento a Igrejas - ramal 2 • Atendimentos a colportores e seminaristas ramal 3 • Atendimento a Livreiros - ramal 4 • Atendimento a pastores e demais consumidores - ramal 5 • SAC tServiço d e Atendimento ao Clientet - ramal 6 LIVRARIA VIRTUAL: www.cpad.com.br Ouvidoria: ouvidoria@cpad.com.br PAGAMENTO - A CPAD não mantém ne nhum tipo de pessoa, representante ou vendedor de assinaturas autorizado a receber diretamente do cliente. O pagamento de assinaturas deve ser feito por meio de boletos em agências bancárias ou através de cartão de credito. OBREIRO Revista evangélica trimestral, criada em outubro de 19//. editada pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus, é destinada à liderança pentecostal de modo geral. Registrada sob n." 007.022.328, conforme Lei de Imprensa. A correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo e as remessas de valor (pagamento de assinatura, publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a Igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das colaborações solicitadas. Casa Publicadora das Assembléias de Deus At’. Brasil 34.401, Bangu Cep 21852-002, Rio de Janeiro. RI Tels.: (21) 2406-7373 / 2406-7413 Fax: 2406.7370 07. ENTREVISTA Pastor Raul Cavalcante Batista Líder da Assembléia de Deus em Imperatriz (MA) e da Comissão de Evangelismo e Discipu- lado da CGADB fala sobre projetos de evangelização e ad Mobilização Evangelística Nacional 72. REPORTAGEM CGADB realiza AGO e AGE no berço do pentecostalismo no Brasil Milhares de obreiros de todo o país marcam presença juntamente com suas esposas e filhos no conclave marcado pela análise de projetos e a ministração da Palavra 78. TEOLOGIA As divergências de tradução da Bíblia e a fidedignidade do texto bíblico O pastor e teólogo Osiel Gomes fala acerca a utilidade das diversas traduções existentes no Brasil da Bíblia Sagrada 22. TEOLOGIA Armínio e a Doutrina da Eleição O pastor e teólogo Carlos Kléber Maia discorre sobre a Doutrina da Eleição à luz da Bíblia, a partir dos escritos do teólogo holandês Jacó Armínio 27. RESENHA O Discipulado Eficaz e o Crescimento da Igreja, de Rayfran Batista; e Equilíbrio Emocional, da Dra. Elaine Cruz 28. LIDERANÇA A integridade moral e espiritual do líder O pastor Wagner Gaby, líder da AD em Curitiba (PR), fala sobre esse tema vital para a vida do obreiro cristão 3 4 . AVANÇANDO O REINO DE DEUS 1 Evangelismo aliado ao social em Florianópolis (SC) Projeto Ide tem vários canais de evangelização que atuam na capital catarinense 38. AVANÇANDO O REINO DE DEUS 2 Projetos “Tauá para Cristo” e o “Culto do Filho Pródigo” Assembleianos do interior do Ceará conquistam e discipulam vidas para Cristo por meio de ações específicas 43. FAMÍLIA E MINISTÉRIO A família como apoio ao ministério O pastor Elinaldo Renovato de Lima, líder da Assembléia de Deus em Parnamirim (RN), fala sobre a importância da família na vida do obreiro 47. DEVOCIONAL A fidelidade do obreiro e suas frustrações ministeriais O pastor Gil Monteiro (RJ) discorre acerca dos obstáculos que surgem ao longo da caminhada do obreiro na Seara do Mestre http://www.cpad.com.br mailto:ouvidoria@cpad.com.br MENSAGENS — Form ação d os o b reiro s O que tenho a dizer sobre a revista Obreiro Aprovado? Trata-se de um periódico que só acrescenta em informação teológica, sendo indispensável para todo obreiro preocupado em reciclar seus conhecimentos dentro da Palavra de Deus. Recomendo e acrescento a sua importância na formação de novos obreiros dispostos a anunciar a salvação em Cristo Jesus. Pr José Martins do Amarante, São Luiz Gonzaga (RS) — C onteúdo útil para se u s le ito res A revista Obreiro Aprovado tem um conteúdo atualizado e que torna-se útil para os seus leitores, considerando que os obreiros absorvem informações imporantes para o seu amadurecimento e, consequentemente, sua melhor atuação na Seara do Mestre. PrCelso Gregário de Lima, Sena Madureira (AC) R ecla m es da A ssem b léia d e D eus Eu aprecio a revista Obreiro Aprovado pelo qualidade de seu conteúdo direcionado aos obreiros. Através de seus artigos, encontramos não apenas uma indicação à conduta cristã, mas também um direcionamento quanto aos reclames da Assembléia de Deus no Brasil e seu testemunho entre seus irmãos e a sociedade. Cristiano Medeiros, Içara (SC) — A b ran g ên cia por tod o o país Esta revista aborda temas atuais, fator que facilita a sua abrangência por todo o país. O novo design também é digno de nota, bem elaborado. Samuel Pereira, Fortaleza (CE) — Fon te d e ap rendizado Este periódico traz informações com as quais só temos a aprender, considerando que o conteúdo é escrito por articulistas cujo talento para ensinar é notável. Parabéns! Pr João Auto da Silva, Paty do Alferes (RJ) 5 Quer também mandar sua mensagem? Então escreva para a revista Obreiro Aprovado. Pode enviar sua mensagem para o email obreiro^cpad.com.br ou, se preferir, enviar sua carta para o endereço Avenida Brasil, 34.401, Bangu, Rio de Janeiro (RJ) ' CEP 21852-002. Esperam os o seu contato! CARTA A LIDERANÇA PENTECOSTAL PR. JO SÉ WELLINGTON COSTA JUNIOR Presidente da Convenção Geral das Assem bléias de Deus no Brasil O Senhor é quem transforma a vida do ser humano, levanta aquele que está desanimado, além de garantir a nossa vocação ministerial Deus muitas vezes escolhe os mais simples para servir no ministério P rezados irmãos, se analisarmos atentamente o conteúdo de 2 Timóteo 2.15, vamos extrair dele pelo menos três temas que nos farão corresponder com a expectativa de nossa escolha para compor o corpo ministerial da Casa do Senhor: apresentar-se aprovado, não ter do que se envergonhar e manejar bem a Palavra da Verdade. No mais, Cristo declarou em seu último discurso aos discípulos, em João 15.16: "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda". Você foi escolhido pelo Senhor Jesus Cristo. O Senhor é quem transforma a vida do ser humano, levanta aquele que está desanimado, além de garantir a nossa vocação ministerial. Mas eu pergunto: quais são os critérios que o Se nhor Jesus Cristo aplica na escolha da pessoa que vai servi-lO? Não consigo entender este processo plenamente, mas quando lembramo-nos do início do ministério terreno do Senhor, após o seu batismo pelas mãos de João Batista, aprendemos um pouco. A Bíblia diz que a Santa Trindade manifestou-se ali: Jesus ao sair das águas do Jordão, o Espírito Santo em forma corpórea de pomba que pousa sobre o Messias, e o Pai, que diz: "Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo" (Mc 1.11). A presença da Trindade naquele momento confirma o ministério do Senhor Jesus Cristo. Depois disso, o Filho de Deus foi ao deserto orar e jejuar e, em seguida, iniciou a sua jornada ministerial Para tanto, Ele realiza a composição de seu ministério. Para onde Jesus desloca-se a fim de escolher seus coopera- dores? O Senhor vai escolher dentre os súditos do rei, em seu palácio, ou no colegiado dos fariseus ou escribas no Templo? Nada disso, Jesus foi para o Mar da Galiléia. Mas que tipo de gente o Messias encontraria por lá? Doutores ou autoridades? Ele encontrou homens simples e incultos, porém, mesmo com a ausência de vasta cultura, se você se deixa moldar pelo Espírito Santo, o Senhor te fará ser útil na Sua Casa. ENTREVISTA Pastor Raul Cavalcante Batista Fotos: Arquivo pessoal Igreja torna-se referência na evangelização e ação social em Imperatriz (MA) O pastor Raul Cavalcante Batista é reconhecido entre as lideranças as- sem bleianas por seu intenso trabalho voltado para a área de evangelismo e missões. Líder de uma das grandes igrejas do Brasil, a Assembléia de Deus em Imperatriz (MA), o pastor Raul Cavalcante tem sido referencial para muitos obreiros e pastores espalhados pelo país e na América Latina. Nesta entrevista, concedida à Obreiro Aprovado, ele comenta sobre assuntos variados mas todos voltados para a Seara do Mestre. Dentre os comentários, o líder pentecostal citou os projetos visando ao impulso da evangelização dos povos e a Mobilização Evange- lística Nacional da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), agendada para o próximo ano, precisamente no mês de maio. Atualmente, o pastor Raul Caval cante conjuga a liderança da igreja, a I a vice-presidêcia da Convenção dos Ministros da Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus no Maranhão (COMADESMA) e a presidência da Comissão de Evangelismo e Disci- pulado da CGADB. Pastor Raul Cavalcante, sa bemos que o evangelismo é uma das marcas registradas da AD em  Ministramos a Palavra de Deus às famílias além de instruir os fiéis de que forma eles podem contribuir na evangelização e em m issões Imperatriz, com destaque para projeto Ide e Pregai. Como ele funciona? Este projeto funciona em todas as nossas congregações. Trata-se de um grupo formado por homens e mulheres que realizam evangeliza ção em cada casa, com distribuição de literatura evangelística e visita ção de lares. Este trabalho acontece uma vez por semana, aos sábados ou domingos, com fiéis desejosos de falar do amor de Deus em cada casa. Sabemos que os caminhonei ros são uma classe de trabalha dores indispensáveis na manu tenção da economia do país, mas existe um projeto evangelístico para alcançá-los? A nossa igreja coordena há 14 anos um projeto denominado "Caminhoneiros para Cristo". Nós preparamos um CD com pequenas mensagens e hinos apropriados a fim de atender à demanda. Nor malmente, a mensagem é de minha autoria e, depois dela, um convite é feito a fim de orientá-lo a acei tar Jesus como Salvador pessoal e procurar uma igreja. A equipe responsável por evangelizar os caminhoneiros desloca-se até os postos de combustível, juntamente com técnicos de enfermagem e de mais profissionais com o objetivo de conversar com eles e doar um destes CDs para que ouçam durante a sua jornada de trabalho. O trabalho não tem sido em vão, temos tido alguns resultados. E quanto às famílias? Como conscientizá-las no sentido de que os grupos fam iliares são im portantes na evangelização dos povos? A nossa igreja desenvolve um trabalho chamado Ministério Lar Feliz. O projeto é formado por dois canais: Curso Lar Feliz, formado por pequenos grupos, com casais nos lares, voltados para orientar acerca dos aspectos comuns do lar; e tam bém atendem os aos noivos no sentido de orientar quem vai inaugurar um novo núcleo familiar. Nós trabalhamos com todo esse contingente, uma vez por mês, ao realizarmos um culto específico, e nesta reunião ministramos a Palavra de Deus às famílias, além de instruir os fiéis de que forma eles podem contri buir na evangelização e missões. Como acontece o discipulado na AD em Imperatriz? O discipulado é realizado de três maneiras: primeiro, através do pequeno grupo (missão do lar), que é a melhor forma de discipulado; a segunda é conduzindo essa pessoa à Escola Bíblica Dominical na qual já existe um pequeno grupo aguardan do por ele. O estudo da Palavra de Deus é garantido e o convertido tem a chance de fazer amizades. Hoje em dia, separamos essa mesma classe da EBD e a conduzimos, em outro dia da semana, na residência de um dos fiéis, com todo o grupo junto com o objetivo de desenvolver o relacio namento. O incentivo que temos oferecido aos novos convertidos visa ao seu comparecimento aos cultos, considerando que este é o discipu lado mais eficiente: EBD, cultos de ensino bíblico e o pequeno grupo. Aqueles que perderam a liber dade também são contemplados? É verdade que existe um projeto de expansão da EBD nos presí dios locais? Nós mantemos uma classe de EBD no interior do presídio.As reuniões acontecem uma vez por semana, através da capelania insta lada no local. O projeto tem como meta desenvolver um trabalho evangelístico através do estudo das revistas. A direção da colônia penal confiou-nos essa oportunidade e assim realizamos toda a semana o estudo da Palavra de Deus através da revista de Escola Dominical. Esse método tem tido bom resultado. A igreja em Imperatriz adminis tra 112 congregações e existe uma meta a fim de conduzir, pelo menos, três pessoas não evangélicas à EBD e matriculá-las. Como funciona esse projeto? Na verdade, o projeto constitui- -se um desafio. Foi acordado que todas as classes da Escola Dominical de nossa igreja tenham uma meta de colocar três pessoas não evangélicas na classe, matriculando-as. Dessa forma, antes mesmo de ser crente, a pessoa é matriculada para ser um aluno. Ao longo de sua caminhada, a pessoa relaciona-se, aprende a amar a Deus e, no momento em que decide entregar a sua vida para Jesus, estará realmente entrosada com os demais fiéis. Trata-se de uma meta que encontra-se em expansão e em processo de conscientização de nossos líderes e professores a fim de que eles possam abraçar em sua totalidade. Está em andamento e creio que teremos sua execução em plenitude até o final deste ano. Como funciona o projeto Mão no Arado, cuja meta é de revitali zação e crescimento em dez anos? Este projeto é semelhante ao projeto Década da Colheita, que foi encerrado em 2014. Mas o Mão no Arado contempla todas as ativi dades da igreja. Dividimos a igreja em sete áreas de influência: política, expansão (evangelização e missões), construção, comunicação, social e musical. Todas essas áreas estão com metas específicas. Mas, o que vem a ser isto? Cada área possui um secretário especial que conduz toda a rede daquele departamento. Por exemplo: área musical, que inclui coreografia, banda de música, corais e vocais, isto é, todo o contingente que está dentro dessa secretaria e ainda o desenvolvimento de um projeto visando ao futuro, e com a seguinte pergunta: daqui a dez anos, o que vamos desejar ser? Para cada área existe um projeto em que cada ano nos adaptamos à nova realidade. O nosso interesse está voltado para o crescimento da igreja, com a revitalização do povo, voltando aos princípios, à busca dos dons do Espírito Santo, portanto à vida da igreja dinâmica em todas as áreas, seja administrativa ou espiritual. O projeto Mão no Arado contempla todo esse contexto. A depressão tem feito vítimas principalmente entre os jovens, e a Clínica da Alma tem sido um valioso instrumento divino a fim de alcançar vidas. Conte para nós como tem sido essa experiência. Todos os dias temos uma pessoa especializada pronta para atender na Clínica da Alma. A pessoa que procura a nossa ajuda vai encontrar alguém capacitado a fim de prestar atendimento através da oração e de conselhos com a intenção de recolocá-la entre seus familiares e na comunhão dos fiéis, com equilíbrio emocional e espiritual. Podemos contemplar diversos casos de pes soas que já exerceram liderança, que tiveram família e atravessaram momentos depressivos, mas a nossa equipe pode ajudá-los, atuando em conjunto com essas pessoas. O Se nhor trabalha e a bênção é liberada. Lembro-me do caso de um líder que, após uma experiência traumática, caiu em depressão, mas através do trabalho de nossos profissionais e da oração, aconselhamento e desco bertas as razões de sua situação, ele revigorou e agora está devidamente entrosado com os demais fiéis e com a família. E quanto aos dependentes q u ím icos? Com o fu n cion a o Centro de Tratamento Esperança (CET)? Trabalhamos com os dependen tes químicos e o fazemos diuturna- mente. Realizamos uma triagem e acompanhamento familiar e depois conduzimos a pessoa ao centro de tratamento, onde ela permanece entre sete ou oito meses. Hoje, ad- Á O nosso interesse está voltado para o crescimento da igreja, com a revitalização do povo, voltando aos princípios, à busca dos dons do Espírito Santo; portanto, à vida da igreja dinâmica em todas as áreas, seja administrativa ou espiritual ministramos dois centros: o CET e a Casa de Davi, dois locais sob a nossa coordenação e onde temos tido re sultados, embora existam casos em que a pessoa volta para as drogas. Porém, uma grande parte tem sido recuperada e testifica da bênção recebida. Acreditamos neste projeto devido aos anos de atividade. Muita gente que prega a Palavra de Deus, canta e demais obreiros já foram tratados por nós e hoje são bênção na Casa do Senhor. Sabemos que há missionários na África através do projeto que leva o nome do continente, mas como funciona esse projeto? Nós temos um grande projeto de missões que contempla hoje em dia mais de 25 nações e dez estados bra sileiros. Dentro deste projeto existe outro denominado Projeto África, que tem como meta colocar mais 100 missionários nas regiões mais carentes através de um programa que temos por lá, e lançamos um desafio para a igreja a fim de aumen tar a nossa capacidade financeira para alcançar esses objetivos. Desse modo, o Projeto África ganha corpo entre os fiéis e eu tenho certeza que, em breve, teremos esse número de missionários naquele continente. Nós vamos trabalhar com pessoas nativas, algumas estamos trazen do ao Brasil para submeter-se ao treinamento. Desenvolvemos dois cursos de treinamento por ano, formando em cada turma cerca de 50 alunos, oriundos de diversas partes do mundo. Ele tem duração de 60 dias e essas pessoas devida mente treinadas retornam para as suas bases a fim de desenvolver o trabalho. Financeiramente, fica mais barato para nós. Este é o projeto que desenvolvemos na área de missões. Por favor comente sobre a Mo bilização Evangelística Nacional agendada para maio de 2020, pro movida pela CGADB e proposta pelo senhor na AGO em Belém. A Comissão de Evangelismo e Discipulado que, pela graça divina, está sob a minha administração, é portadora de um projeto grandioso para o Brasil. Lançamos um desafio agendado para maio de 2020, preci samente no último sábado, no Dia da Evangelização Global. O objetivo é realizar uma cruzada evangelística em todos os estádios do Brasil. Nós vamos estimular os pastores para re alizarem o evento no mesmo dia, se não, que seja realizado um trabalho de grande porte. Estamos em contato com o presidente da CGADB, pastor José Wellington Costa Junior e esta mos no aguardo de apoio financeiro para a realização do projeto. 10 RB a PROVa Dc OB Fotos: Tiago Bertulino torado. Cuidemos das pessoas em todos os sentidos, principalmente, como diz a Bíblia, dos 'domésticos da fé'". Na sequência, a CGADB entregou placa de homenagem ao pastor Gilberto Marques por ter hospedado a AGO e AGE no Pará. Ainda na manhã do dia 10, os convencionais retomaram as discus sões em tomo da reforma do Estatuto Social e do Regimento Interno da CGADB. Dentre as decisões toma das, a Mesa Diretora, com a anuência do plenário, determinou a retirada da pauta do Tribunal de Ética e Dis ciplina para discussão subsequente junto aos pastores presidentes de Convenções regionais e seus respec tivos representantes jurídicos. Durante a abertura das ativida des da tarde do dia 10, o presidente da AD em Blumenau (SC) e da Con venção das Igrejas Evangélicas As sembléia de Deus em Santa Catarina e Sudoeste do Paraná (Ciadescp), pastor Nilton dos Santos, ministrou a Palavra de Deus. Os trabalhos da 8a AGE foram concluídos às 17h30 após análise e aprovação de todos os pontos das reformas do Estatuto e Regimento Interno da CGADB, com moção de louvor e salvas de palmas ao presidente, pastor José Welling- ton Costa Junior, pela brilhante condução das reuniões em Belém. No penúltimo dia do conclave, as reuniões foram dedicadas à 44a AGO, cuja abertura teve um devo- cional ministrado pelo primeiro- -secretário da CGADB, pastorElienai Cabral que inspirou-se no texto de Efésios 4.1-7 e intitulou sua reflexão como "O resgate da dignidade do ministério cristão". O apologista combateu biblica- mente o orgulho, a vaidade, a soberba e a altivez, tendo como referencial o próprio Jesus Cristo como exemplo máximo de humil dade. Finda a ministração, o pastor José Wellington Junior convidou o Quarteto Gileade (CPAD Music) e o pastor e cantor Silvan Santos, para entoarem canções de louvor a Deus. Instalada a 44a AGO, o presiden te convidou o primeiro secretário, pastor Elienai Cabral, para a leitura do Edital de Convocação. Em segui da, foram apresentadas as várias autoridades políticas presentes, entre elas os deputados estaduais Alex Santiago (PA), Mical Macedo (MA), Samuel Junior (BA) e pastor José Cavalcante (MA), e os deputa dos federais pastor Francisco Eurico (PE) e Olival Marques (PA). Depois, houve a apresentação e a aprovação por unanimidade, sem ressalvas, dos relatórios da CGADB, Emad, Senami e CPAD concernentes ao biênio 2017/2018; a homologação do registro de novas Convenções filiadas à CGADB, todas apresen tadas e aprovadas pelo plenário, a saber: Coimadetins (TO) - Pr. Claudemir Lopes; Comadeeso (ES) - Pr. Nataniron Ribeiro da Cunha; CIMADSETA - Pr. Darley Macedo Lima; Cimadmube (PA) - Pr. João Alves da Silva Filho; Comader (RR) - Pr. Milton Carvalho de Oliveira Filho; Comadar - Argentina - Pr. Nilton de Oliveira; CPADERJ - Pr. Valdemir Oliveira de Araújo; Co- maerj - Pr. Izequiel Teixeira; Ceades (ES) - Pr. João Manoel Rodrigues; Comfrademgo (MG) - Pr. Samuel Lopes da Silva; Confradeesto (ES) - Pr. Oscar Domingos de Moura; e a reintegração da Comaderj, presi dida pelo pastor Jonas Francisco de Paula, ao quadro de filiadas. O líder da Convenção das ADs do Estado do Amapá e da AD em Santana (AP), e I o secretário do Conselho Administrativo da CPAD, pastor Lucifrancis Tavares, foi o ministrante da Palavra de Deus no devocional de abertura dos trabalhos do período vesper tino. O texto bíblico de Lucas 10.1- 7,24 baseou a sua alocução. Por sua vez, o pastor Elienai Cabral foi apresentado e recebido como consultor doutrinário da CGADB em substituição ao pas tor Antonio Gilberto, falecido em 2018. A CGADB emitiu moções de pesar pelo falecimento dos pasto res Antonio Gilberto e Samuel Ro drigues, presidente da Cieadespel, aos familiares. O pastor Raul Cavalcante, presi dente da AD em Imperatriz (MA) e da Comissão de Planos e Estratégias OB 14 REIRO de Evangelismo e Discipulado da CGADB, apresentou um projeto de evangelização nacional a ser coloca do em prática em maio do ano que vem pelas ADs de todo o Brasil. Em seguida, o pastor Werner Nachtigal, da Alemanha, interpretado pelo pastor Jônatas Ferreira, divulgou o projeto do Dia Global de Evangeli zação. Com o objetivo de facilitar a evangelização de diversas áreas acessíveis apenas por vias pluviais, durante a AGO, a Faculdade Gama- liel, representada pelo pastor Océlio Nauar, doou dez motores (rabetas) para a AD no Estado do Amapá, e a empresa Vermont Corretora de Seguros, na pessoa do pastor André Tsuchiya, diretor proprietário, doou sete motores (rabetas) para a Con venção das ADs no Pará. Ainda à tarde, foi tratado o tema sobre o posicionamento da CGADB em relação à união estável e, por meio de parecer da Comissão Especial, foi mantida a resolução an terior sobre o assunto, rejeitando o plenário o instituto da união estável. A últim a noite de culto da AGO da CGADB, realizado em 11 de abril, no Centro de Eventos Pastor Francisco Alves Ribeiro, foi evidenciado pelo mover do Espírito Santo, com renovação de propósitos e muito fervor espiritu al. Foram contabilizados cerca de 5 mil pessoas no evento, que teve a participação da União de Esposas de Ministros das Assembléias de Deus (Unemad). A celebração foi conduzida pelo pastor José Wellington Junior, que iniciou as atividades com oração e hinos da Flarpa Cristã. Em seguida, a presidente da Une mad, Lídia Dantas manifestou sua gratidão com a leitura do Salmo 133. "Agradecemos inicialmente a Deus, também ao presidente da CGADB, pastor José Wellington Junior, ao pastor Gilberto Marques e sua esposa Alice Marques, e a todas as irmãs que compõem a Unemad, e ao povo paraense pelo acolhimento", ressaltou. Ao termi nar, ela anunciou a data e o local do próximo Encontro Nacional de Esposas de Ministros, agendado para o dia 3 de março de 2020 em Fortaleza (CE). O louvor ficou por conta dos cantores Lília Paz, Marcelo Santos, Sumara Santos, Raphael Dias e o Quarteto Gileade, bem como pelo Coral da Associação de Esposas de Ministros do Estado do Pará. A P astor G enival Bento (AL) pregou a mensagem da Palavra de Deus baseado no texto bíblico de Atos 3.7,8. O culto foi marcado por um clima de fervorosa adora ção a Deus. Sob a direção inicial do 4o vice- -presidente da CGADB, pastor Te- móteo Ramos de Oliveira, a última sessão plenária da 44a AGO teve uma palavra devocional m inis trada pelo pastor Ângelo Galvão. Já na direção do trabalho, pastor José Wellington Junior, apresentou os assuntos em pauta: o relatório da Faculdade Evangélica de Tec nologia, Ciências e Biotecnologia (Faecad), por meio de seu dire tor, pastor Isael de Araújo, com apresentação de algumas novida des da instituição de ensino em andamento. Entre elas, a Escola Bíblica on-line, com curso bási co (gratuito para convencionais adimplentes) e avançado (a custo de R$ 100,00 para público geral e 20% de desconto para os conclu dentes do curso básico); nomeação e homologação dos integrantes da Comissão Eleitoral; alienação de bem im óvel in tegran te do patrimônio da CPAD, localizado na cidade de Recife (PE); apresen tação de relatório da Secretaria N acional de M issões (Senami) pelo pastor Claudino, secretário administrativo; apresentação da Rede Assem bleiana de Ensino; apresentação do projeto 500 Mis sionários Médicos da Comissão de Evangelização; apresentação de relatório de Comissão especial composta por membros dos Con selhos de Educação e Cultura, e de Doutrina e da Comissão de Apologética e para avaliação de nova versão bíblica para as ADs brasileiras. A versão recomendada e provada pelo plenário para utili zação foi a Edição Nova Almeida  TEOLOGIA O siel G om es é pastor da AD em Tirirical (MA), professor de grego e hebraico e comentarista de Lições Bíblicas (CPAD). O siel C o m es As divergências d< fidelidade do texti As diversas traduções existentes são úteis para o leitor e não comprometem a f idedignidade do texto bíblico Uma profusão de novas versões da Bíblia surge a cada momento, lançadas pelo mercado editorial, e muitos leitores assíduos, de mentes perspicazes, em contato com o texto bíblico, notam as divergências de uma para outra, destarte aqueles que desejam escamotear a singulari dade das Escrituras, especialmente sua inspiração divina, e que buscam fama, popularidade, devido ao cres cimento de cristãos no mundo, que tem resultado na maior leitura das Escrituras. Esses escritores lançam seus livros no mercado ou mesmo aventuram-se na internet afirmando que a Bíblia não é verdadeira, por que em suas páginas encontram-se diferenças e erros. Mas, o cristão verdadeiro deve ter em mente que está diante da Palavra de Deus expressa em palavras humanas, e que isso não retira a reverência que deve haver em relação ao texto bíblico (Êx 3.5). A Palavra de Deus é viva e eficaz em sua essência, mais penetrante que qualquer espada de dois gumes (Hb 4.12). Essas diversas traduções são imprescindíveis, porque a penetra- bilidade das Escrituras depende do entendimento do texto bíblico na língua daquele que há de ter con tato com a Palavra. A nossa Bíblia, escrita em hebraico e grego, e parte em aramaico, teve que ser traduzi da para que a revelação divina nos alcançasse. Se assim não fosse, como dizElizabeth Muriel Ekdahl, "a Pa lavra estaria embainhada". Mesmo assim, muitos ainda se perguntam: "Qual o motivo de tantas traduções? Porque uma determinada Bíblia apresenta mais palavras do que outra? Qual é a melhor versão? Qual a mais correta? E se realmente existe alguma versão com este perfil, então por que tantas outras versões?" Devemos considerar que as diversas traduções existentes são úteis. Os tradutores são conhecedo res do grego e do hebraico bíblico e almejam que os leitores tenham maior aproximação com os escritos "originais". Nesse sentido, há tradu ções que seguem a forma mais genu ína possível do grego e do hebraico, o que pode ser denominado de lite- rais-modificadas ou formais. Existem, porém, tradutores que utilizam uma tradução mais natural, livre em sua expressão, buscando ajudar a todos de modo geral. Essas suas traduções são chamadas de idiomáticas ou fun cionais, como é o caso da Bíblia Viva e da Nova Traduçao na Linguagem de Hoje. Ambas, porém, formal ou funcionalmente, têm como objetivo alcançar o texto original. Portanto, um texto bíblico pode ser traduzido seguindo a forma mais literal ao que está em grego e hebraico; ou de forma mais livre, dando um significado ao texto, mas sendo fiel ao sentido do texto. As duas formas estão corretas, com diferença apenas na forma de tradu ção textual. Essas variantes podem ser percebidas nas seguintes ver- OB 18 REI RO i tradução da Bíblia e a & bíblico sões: ARC; ARA; AVR; BJ; BSV; NVI; BLH; VIV; CH. Para que você note as diferenças de traduções, analise Filipenses 2.1, fazendo comparações com todas essas traduções citadas e logo entenderá que a diferença existente diz respeito apenas à for ma como se traduz o mesmo texto, nada mais. Mas, por que tantas diferenças textuais? Vamos entender essa história. Não raro, temos ouvido algum preletor dizer: "Nos originais...". Na verdade, ele está dizendo que recor reu às cópias do texto bíblico. Escrevo as palavras "originais" entre aspas visto que os textos originais mesmo, escritos à mão por Moisés, Lucas, Paulo etc, feneceram com o passar do tempo. Esses artefatos de milhares de anos não mais existem, mas, antes de seu desaparecimento, o conteúdo foi copiado com muita agudeza. São essas cópias que temos hoje. O Velho Testamento foi escrito em hebraico, com pequena parte em aramaico; o Novo Testamento foi escrito em grego. Logo, para se entender o que aquele texto quer dizer em nossa língua é que se faz a tradução. A partir de 1516, com a invenção da imprensa, o humanista holandês Erasmo de Roterdã publica o Novo Testamento Grego. Fundamentado nas citações de textos bíblicos pelos líderes cristãos dos primeiros sécu los e munido dos manuscritos mais antigos de que dispunha, buscou  assiduamente entender o que seria o original grego do Novo Testamento. Foi um árduo trabalho. Quando ele encontrava diferença em uma palavra em certo manuscrito, fazia seleção daquela que fosse a mais cor reta e, somente depois disso, foi que escreveu o Novo Testamento Grego. O texto de Erasmo sofreu revisões por diversas vezes, mas foi a revisão de 1560 que ganhou mais vulto, pas sando a ser aceita pela Igreja, o que fi cou conhecido como Textus Receptus, isto é, Texto Recebido. Foi desse texto que João Ferreira de Almeida fez uso para sua tradução, considerando que o preâmbulo de sua obra não se fun damentou em manuscritos gregos, mas em traduções do Texto Recebido que existia em outras línguas. Tempos depois, muitos outros m anuscritos foram achados, de modo que atualmente estão contabi lizados mais de 5,3 mil manuscritos em grego do Novo Testamento, entendendo que alguns deles con têm alguns versículos ou partes de pequenos versículos; outros contêm todo o Novo Testamento, os quais seriam em um número de 50. Portanto, muitos seguem o Textus Receptus enquanto outros, as traduções que se fundamentam nos manuscritos achados recentemente, manuscritos estes que são, muitos deles, considerados mais antigos do que os manuscritos usados pelo Receptus. Isso deu origem ao cha mado Texto Crítico, que por outros é denominado de Westcott-Hort, que são os sobrenomes dos responsáveis pela primeira publicação. Esses dois textos têm seus gran des defensores, uns preferindo o Textus Receptus e outros, o Texto Crítico, sendo que a diferença é bem pouca. As diferenças entre o Textus Receptus e o Texto Crítico são pe queníssimas: eles concordam entre si em mais de 99% do seu conteúdo. As diferenças que se notam entre ambos os textos não modificam ou alteram qualquer doutrina bíblica, especialmente as fundamentais. O que pode ocorrer é tão somente que um pode ter certa palavra que o outro não tem. Além disso, você pode discordar da opção escolhida por aquele tradutor ao verter aquele versículo para nossa língua, mas nunca se tratará de algo que coloca em xeque a fidedignidade do texto bíblico ou de alguma doutrina. Um caso bem simples está em 1 Coríntios 1.22, que por vezes apa rece, em algumas traduções, com a palavra "sinais" e, em outras, no singular "sinal". Na Almeida Revis ta e Corrigida (ARC), consta "sinal" e na Almeida Revista e Atualziada (ARA), "sinais". Portanto, a diferença textual entre uma tradução e outra é resultante de os tradutores terem escolhido como referência o Textus Recebido ou o Texto Crítico, e um texto pode conter certas palavras ou expressões que o outro não tem. Isso pode ser visto em passagens como Atos 20.4 e Romanos 8.2, por exemplo. As versões presentes em nossas livrarias fazem uso tanto de um como de outro. Por exemplo, a tra- RO dução Corrigida Fiel da Sociedade Bíblica Trinitariana faz uso do Texto Recebido; já a Revista e Corrigida faz uso do Texto Recebido Modificado, enquanto as demais (ARA, VR, BJ, NVI, BLH, VIV e CH) fizeram uso do denominado Texto Crítico. Como as diferenças não afetam as doutrinas bíblicas, podemos fa zer uso dessas traduções diferentes buscando um melhor entendimento daquilo que está escrito, pois elas soam com tonicidade e expressões diferentes, de maneira que se toma mais rica e fácil a compreensão do que escreveram os homens de Deus no passado, e que hoje, no universo linguístico de cada um de nós, nos é apresentado nas Escrituras Sagradas. Homens de Deus têm trabalhado para que isso seja acessível a todos. No caso de algumas palavras não constarem no Texto Crítico, como palavras, frases e até mesmo versículos, isso fica em muitos casos ressaltado por meio de colchetes (caso da ARA), através dos quais os tradutores sinalizam se tal palavra faz ou não parte do Texto Crítico. Por vezes, as explicações do que está entre colchetes constam em notas de rodapé, como no caso da BHL. Existem muitos exemplos a que podemos recorrer nos textos bíblicos para notarmos as diferenças, que podem ser de palavras. Observe que, em Apocalipse 1.5, na ARA, aparece a palavra "libertou", enquanto que na ARC aparece "lavou". Isso pode ser constatado tanto na ARA como na ARC também, por exemplo, no caso de Mateus 21.28-31. Em Marcos 8.48, na ARA aparece "verme", já na ARC aparece "bicho". Assim, muitas outras frases e palavras aparecem diferentes ou entre colchetes. Os manuscritos do Antigo Tes tamento são em menor quantidade em relação aos do Novo Testamento. Relata-se que, antes da descoberta dos Manuscritos Cairo Genizah, o número de manuscritos hebraicos chegava apenas a 731. Por exemplo, a Bíblia de Kittel se alicerçou tão somente em quatro manuscritos, e um em especial foi o Códice de Leningrado, que é o maior manus crito do Antigo Testamento, o mais completo. Pontuam-se, no entanto, outros manuscritos: Códice de Cairo, Códice Babilônico dos Profetas Pos teriores, Códice Aleppo, Códice do Museu Britânico, Códice Reuchlin. No período da padronização do texto hebraico (século 5 e 6 d.C.), feita pelos escribas judeus, os massoretas, crê-se queforam destruídos, para evitar erros, todos os manuscritos que discordassem da vocalização. Isso fez com que o texto que temos hoje do Antigo Tes tamento se fundamente em poucos manuscritos. A grande vantagem é que os poucos manuscritos do Antigo Testamento são de boa qua lidade, e ainda descendem de um tipo de texto firmado entre 100 a.C. e 100 d.C. Portanto, a confiabilidade do texto do Velho Testamento se respalda prioritariamente na reve rência, habilidade e confiabilidade dos escribas que o transmitiram e que tinham extremo cuidado ao escreverem as Escrituras Sagradas. Concluindo, afirmamos que a fidelidade do texto do Antigo Testa mento é, primeiro, confirmada pelo processo de transmissão feita pelos escribas judeus; e, segundo, pelos rolos encontrados no Mar Morto. A fidelidade dos textos do Novo Testamento se dá através da abun dância de manuscritos, das versões e citações patrísticas, sendo que a fonte mais importante são os papiros, os unciais, os minúsculos. O apóstolo Paulo ensinou que a revelação divina chegou até nós em palavras (ICo 2.13) e que os homens que a escreveram estavam sob a ins piração e égide do Espírito Santo (2Pe 1.21). Além disso, devemos atentar para o fato de que as diferenças entre os vários manuscritos são tão poucas que ocupariam mais ou menos dois terços de uma só página do Novo Testamento. ■ Bibliografia: BERKHOF. Louis, Princípios de Interpretação Bíblica: Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1995. BRUCE, F. Merece Confiança o Novo Testamento? São Paulo: Vida Nova, 1999. BRUCE, F. O Cânon das Escrituras: como os livros da Bíblia vieram a ser reconhecidos como Sagradas Escrituras. São Paulo: Hagnos, 2011. COMFORT, Philip. A Origem da Bíblia. Rio de Janeiro, CPAD, 1998. PICKERING, Wilbur. Qual oTexto Original do Novo Testamento. Porto Alegre: Doksa, 2010. SAWADOGO, Jean-Baptiste; MUNGER, Mareia. The Kingdom, the Power and the Glory. Global University, 1982. SILVA, Cássio Murilo Dias. Metodologia de Exegese Bíblica. São Paulo: Paulinas, 2000. WARFIELD. B. B .The Inspiration and the Authority of the Bible.Filadélfia: Presbiterian and Reformed, 1948. TEOLOGIA Carlos K léb e r M ala Carlos K léber M aia é pastor da Assembléia de Deus em Natal (RN), mestrando em Teologia (FABAPAR) e pós- graduado em Teologia do Novo Testamento Aplicada (FTBP). Jacó Armínio e O teólogo holandês apresentou um entendimento da eleição cristocêntrico e muito mais coerente com o texto bíblico A Doutrina da Salvação foi um dos tópicos da teologia que gerou acaloradas discussões ao longo da história, e foi a doutrina que provocou a Reforma Protestante no século 16. Os reformadores con cordavam em questões importantes desta doutrina, como a justificação unicamente pela fé em Cristo, por meio da graça de Deus, mas outras questões dividiam opiniões. A crença na doutrina da predes tinação, que é bíblica, foi compar tilhada pela maioria dos teólogos cristãos, especialmente os herdeiros da Reforma. Mas várias questões acerca desta predestinação sempre geraram muitas polêmicas entre os estudiosos: Qual a base escolhida por Deus, para a eleição ou conde nação dos homens? Qual o papel de Cristo e de cada homem neste processo? O que esta doutrina revela sobre o caráter de Deus? O teólogo holandês Jacó Armínio (1559-1609) rejeitou a dupla predes tinação proposta pelo reformador de Genebra, João Calvino (1509-1564), que afirma que Deus, por meio de um decreto, elege alguns homens para salvação e reprova os demais, condenando-os à eterna punição no inferno, sem levar em conta qual quer ato ou condição destes.1 Armínio apresenta um modelo de eleição que tem Cristo como ponto central e rejeita a reprovação incondicional tradicionalm ente atribuída ao pensamento refor mado. Por não concordar com o pensamento calvinista, foi acusado injustamente de defender o pelagia- nismo2 ou o semipelagianismo, e o socianismo.3 Armínio era teólogo reformado. Ele permaneceu dentro da Igre ja reformada da Holanda toda a sua vida, mas sua teologia "segue uma trajetória diferente da teologia de seus oponentes reformados" (STANGLIN; McCALL, 2016, p. 37). O teólogo holandês conceitua a eleição4 para a salvação como "o decreto eterno de Deus pelo qual, de Si mesmo, desde a eternidade, Ele decidiu justificar em Cristo (ou por Cristo) os fiéis e aceitá-los na vida eterna, para o louvor da sua gloriosa graça" (ARMÍNIO, 2015, v3, p. 300). Armínio fundamenta sua dou trina da eleição na pessoa e na obra de Cristo, e seu entendimento acerca desta obra é fundamentado no amor de Deus, como sendo duplo: amor a Si mesmo (à Sua justiça e retidão) e o amor às Suas criaturas. Dizer que Deus elege alguém para salvação sem levar em conta sua fé implica, para ele, dizer que Deus ama estas pessoas mais do que ama Sua pró pria justiça. Armínio defende a dou trina da simplicidade divina, pela qual não pode haver atributos rivais ou vontades contraditórias em Deus. Porque Deus é o summum bo- num, Sua volição para com Suas criaturas é benevolente; Sua primei ra ação para com elas não pode ser a condenação. Deus ama até mesmo o mau e indigno, característica que somos comandados a imitar. A ideia AA a doutrina da eleição de Deus criar pessoas para que pu desse salvar alguns e enviar outros para o inferno é vista por Armínio como totalmente inconsistente com o caráter e a natureza de Deus apre sentados na Bíblia. Para ele, isto é repugnante à sabedoria, à justiça e à bondade divinas. Para Armínio, à luz da Bíblia, a eleição é cristocêntrica, pois acon tece inteiramente "em Cristo". A apresentação calvinista da doutrina não honra adequadamente a Cristo, fazendo da salvação "apenas uma causa subordinada da salvação que já havia sido preordenada" (ARMÍ- NIO, 2015, v l, p. 230). Na sua Declaração de Sentimen tos, apresentada em 1608, ele expõe sua visão sobre a predestinação. O plano abrangente e eterno de Deus em relação à salvação dos homens era apresentado pelos teólogos cal- vinistas como uma ordem lógica de decretos divinos. Armínio baseou sua doutrina da eleição não na ló gica de decretos divinos, como seus oponentes, mas na Pessoa e Obra de Jesus. Porém, ele também apresenta sua ordem dos decretos e em quatro desígnios, sendo o primeiro aquele no qual o Pai elege Cristo como "M ediador, Redentor, Salvador, Sacerdote e Rei" (ARMÍNIO, 2015, vol. 1, p. 226). Ressalta ele que Cristo é a funda ção e o foco da eleição, da salvação e do próprio cristianismo, Aquele "em quem o decreto é fundamen tado" (ARMÍNIO, 2015, v2, p. 100). Cristo é a base da eleição e a causa  Gravura de iacó Armínio / sem data / divulgação internet Retrato do Arminiano Johannes Wtenbogaert / Por Rembrandt / Ano 1633 meritória dela: "Todavia, colocamos Cristo como a fundação dessa pre destinação e como causa meritória daquelas bênçãos que foram des tinadas aos fiéis por esse decreto. Pois o amor com que Deus ama os homens completamente para a sal vação, e segundo o qual Ele deseja absolutamente conceder-lhes a vida eterna, esse amor não tem existên cia, exceto em Jesus Cristo, o Filho do Seu amor que, tanto pela Sua comunicação eficaz como pelos Seus muitos dignos méritos, é a causa da salvação, e não somente o dispensa- dor da salvação recuperada, mas, igualmente, aquele que solicita, obtém e restaura aquela salvação que havia sido perdida. Portanto, a palavra 'suficiente' não é atribu ída a Cristo quando Ele é apenas chamado executor do decreto que havia sido feito anteriormente e sem a sua consideração como a pessoa sobre quem se baseia esse decreto" (ARMÍNIO, v2, p. 92). Afirma Armínio que Jesus "é mais do que um meio para realizar um decreto anterior e não cristológico. Ele é mais do que o executor do de creto. Ele é o fundamento do decreto, de maneira que toda a eleição é 'em Cristo"' (BANGS, 2015, p. 414). Cristo não é apenas o dispensador de umasalvação já adquirida (ARMÍNIO, 2015, v2, p. 92) nem só um meio para salvação já preparada antes da fun dação do mundo (ARMÍNIO, 2015, v3, p. 300). Silas Daniel (2017, p. 430) assevera que a obra de Jesus não é um instrumento "criado por Deus para formalizar a salvação que Ele já havia determinado dar a apenas algumas pessoas as quais Ele já havia escolhido antes da fundação do mundo". Colocar a eleição dos homens em primeiro lugar, como acontece no calvinismo, e a eleição de Cristo em sequência, é inverter a ordem bíblica: "Ele foi, em primeiro lugar, na ordem da natureza, predestinado para ser a Cabeça, e então nós para sermos os membros. Ele foi, em primeiro lugar, ordenado para ser o Salvador, e então fomos ordenados nEle para sermos salvos, por Ele e nEle. Aquele que diz: 'Em primeiro lugar, Deus predestinou os homens e então ordenou Cristo para ser a Ca beça desses predestinados' inverte a ordem apresentada nas Escrituras" (ARMÍNIO, 2015, v3, p. 310). Não poderia haver nenhum lugar para predestinação, exceto em Cris to, "visto que Deus não pode amar um pecador para a salvação, a não ser que o pecador se reconcilie com Ele em Cristo" (ARMÍNIO, 2015, v3, p. 287). A condição elementar para a eleição é o "estar em Cristo" (PIN- NOCK; WAGNER, 2016, p. 145). Armínio rejeitou a doutrina cal- vinista da dupla predestinação por diversas razões, entre elas porque não é o fundamento do cristianismo, nem da salvação; não foi admitido 24 por Concílios, nem nas Confissões, nem pelos doutores da igreja; fere a natureza de Deus e do homem; é contrária ao ato da criação e à natureza da vida e da condenação eterna; é incoerente com a natureza do pecado e da graça; faz de Deus o único pecador; é prejudicial à salva ção, inverte a ordem do Evangelho e subverte o fundamento da religião (ARMÍNIO, 2015, v l, p. 226-227). Na teologia arminiana, a eleição deve ser graciosa e evangélica (apre sentar uma boa nova de salvação), pois "uma vez que o Evangelho é puramente gracioso, essa predes tinação também o é, conforme a inclinação benevolente de Deus em Cristo" (ARMÍNIO, 2015, v2, p. 92). O teólogo holandês defende ainda que a eleição é condicional. Acerca do decreto da eleição individual,5 ele afirma que este "tem o seu em basamento na presciência de Deus, pela qual Ele sabe, desde toda a eternidade, que tais indivíduos, por OB RO meio de sua graça preventiva, cre ríam, e por sua graça subsequente, perseverariam" (ARMÍNIO, 2015, v l, p. 227). A explicação de Armí- nio da natureza da predestinação "é com pletam ente teocêntrica" (STANGLIN; McCALL, 2016, p. 43). Deus conhece certamente aquele que atende à condição que Ele mesmo estabeleceu para a salvação: a fé. Armínio afirma que a própria salva ção é ofertada a partir da presciência divina da desobediência humana, e declara que não encontra na Bíblia "algum decreto pelo qual Deus tenha decidido exibir a sua própria glória, na salvação destes e na condenação daqueles, exceto pela presciência da queda" (ARMÍNIO, 2015, v3, p. 64). Sem este conhecimento divino certo e antecipado, não podería haver eleição condicional. Arm[inio afirma que "Deus não pode 'amar previa mente e considerar afetuosamente como seu' a nenhum pecador", a não ser que Ele o conheça previamente em Cristo e o considere como um crente (ARMÍNIO, 2015, v3, p. 455). A fé prevista é condição indispensável para a eleição: "Aquele que não está em Cristo não pode ser amado em Cristo. Mas ninguém está em Cris to, exceto pela fé; pois Cristo habita em nossos corações pela fé, e somos enxertados nEle e incorporados nEle pela fé. Portanto, Deus não reconhece como Seu e não escolhe para a vida eterna nenhum pecador, a menos que o considere como um crente em Cristo, e feito um só com Ele pela fé" (ARMÍNIO, 2015, v3, p. 303). A fé necessária para a salvação deve ser perseverante, pois "se al guém cair da fé, cai dessa união e, em consequência disso, da benevolência de Deus pela qual foi aceito previa mente em Cristo". (ARMÍNIO, 2015, v3, p. 463). Para Armínio, o crente precisa perseverar na fé para ser, de fato, um eleito: "A eleição para a sal vação compreende, em seus limites, não apenas a fé, mas igualmente a perseverança na fé; (...) Agostinho diz que 'Deus escolheu para a sal vação aqueles que Ele vê que poste riormente crerão pela ajuda de Sua graça precavida ou precedente, e que perseverarão, pela ajuda de Sua graça subsequente ou consequente' (...) Às vezes, os cristãos fiéis estão em uma circunstância em que não produzem, durante algum tempo, nenhum efeito da fé verdadeira, nem mesmo a apreensão da graça e das promessas de Deus, nem a confiança em Deus e em Cristo; mas é exatamente isso que é necessário para obter a salvação. Mas o apóstolo diz, a respeito da fé, com referência ao fato de ser uma qualidade e uma capacidade de crer: 'Conservando a fé e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé' (ARMÍNIO, 2015, v l, p. 350,351). Deus pode requerer fé do ho mem decaído, pois "decidiu con ceder aos homens graça suficiente pela qual os homens podem crer" (ARMÍNIO, 2015, v l , p. 348). A graça salvadora objetiva restaurar a natureza caída e habilitar o ho mem a crer e buscar a Deus. A fé é a condição da eleição, não a base meritória dela. Armínio afirma num de seus debates públicos: "Mas da mos o nome de 'fiéis' [ou crentes] não àqueles que o seriam pelos seus próprios méritos ou força, mas àqueles que, pela bondade gratuita e peculiar de Deus, creríam em Cris to" (ARMÍNIO, 2015, v l, p. 507). ÂSínodo Nacional de Dordrecht/Pouwel Weyts the Younger/Coleção Doidts Museum, Dordrecht CPAO/CEMP Uma introdução histo'úot«‘k‘>< 1 r I %ii 36.. A RM IN 1A N ISM CPURO SIMPLES 0RMINIANISMO V MECÂNICA mSAUBÇ*) AfiBAÇA»C*VS«* Estabelecendo, em sua teologia, a necessidade primordial da graça divina para que o homem possa crer, Armínio rebate a acusação de sustentar o pelagianismo, pois a iniciativa para salvação está exclu sivamente em Deus. Assim como a eleição para a salvação, Armínio considera que a reprovação para a condenação eterna é baseada na presciência divina dos pecados cometidos pelos homens (ARMÍNIO, v3, p. 343,344) e que esta reprovação "necessariamente tem duas coisas que a antecedem: o ódio pela injustiça e a presciência de que o indivíduo, por sua própria culpa, será culpado de injustiça, por omis são ou por comissão" (ARMÍNIO, v3, p. 335). Armínio considera que a verdadeira segurança do cristão não está numa escolha incondicional e ir resistível, mas repousa na promessa de salvação para todo o que crer; está no fato de, pela fé, o fiel pertencer ao corpo eleito de Cristo. As boas novas da salvação podem, e devem, ser pregadas a todas as pessoas. Armínio entendia que a pre destinação revela o coração de um Deus gracioso, cuja característica fundamental é o amor. Para ele, dizer que Deus criou homens já pre destinados para a ira, a destruição, e rejeição total, sem que estes possam ser alvo da livre graça de Deus, tal como revelada em Cristo Jesus, é simplesmente impensável. Embora Deus permita que alguns pereçam, sendo reprovados etema- mente, isto ocorre de acordo com seu divino pré-conhecimento de que res posta as pessoas darão à Sua graça, se dirão "não" a Seu chamado para sal vação. O homem diz "não" ao resistir à graça divina, que prevenientemente o capacita a dizer "sim". A eleição de Cristo como salvador de todos os ho mens, como oferta graciosa de Deus a ser recebida em fé por um coração que já foi predisposto pela graça, é o que melhor representa a natureza do Deus amoroso que enviou Seu Filho para morrer pelos homens. ■ NOTAS BIBLIOGRÁFICAS 'Timothy George (Teologia dos Reformadores, São Paulo, Vida Nova, 1994, p.232) define a predestinação calvinista como absoluta, já que não está con dicionada a nenhuma contingência finita; particular, pois pertencea indivíduos e não a grupos; dupla, pois Deus, para Seu louvor, elegeu uns para a vida eterna e outros para a perdição eterna. 2 O pelagianismo é defendido por Pelágio, um monge britânico do século 4; prega que o homem tem capacidade natural de viver uma vida santa e sem pecado e alcançar a salvação por sua vontade livre; nega o pecado original e minimiza a necessidade da expiação realizada por Cristo e da graça divina para a salvação, cf. TITULO, Thiago Velozo, A Gênese da Predestinação na História da Teologia, Fonte Editorial, 2013. 3 O socianismo ou socinianismo está ligado a Fausto Socino (falecido em 1604); não crê na Trindade e rejeita o pecado original, entre outras doutrinas. 4 Armínio, como Calvino e outros teólogos, utiliza os termos "predestinação" e "eleição" como sinônimos, de forma intercambiável. Silas Daniel ressalta a diferença entre estes dois conceitos teológicos, afirmando que "conquanto sejam duas coisas intimamente relacionadas, não são uma e a mesma coisa, e predestinação não envolve condenação eterna"(DANIEL, 2017, p. 423,424). 5 Muitos arminianos posteriores, como H. Orton Wiley, Robert Shank e William Klein, defenderam uma visão corporativa da eleição. Ver COTTRELL, Jack em PINNOCK, Clark H.; WAGNER, John D. Graça para Todos: a dinâmica arminiana da salvação, São Paulo, Reflexão, 2016. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARMÍNIO, Jacó. As Obras de Armínio. 3 volumes. Traduzida por Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2015. BANGS, Carl. O. Armínio - um estudo da reforma holandesa. Traduzida por Wellington Mariano. São Paulo: Reflexão, 2015. DANIEL, Silas. Arminianismo, A Mecânica da Salvação: Uma exposição histórica, doutrinária e exegética sobre a graça de Deus e a responsabilidade humana. Rio de Janeiro: CPAD, 2017. OLSON, Roger E. História da Teologia Cristã - 2000 anos de tradição e reformas. São Paulo: Vida, 2001. OLSON, Roger E. Teologia Arminiana - mitos e realidades. Traduzida por Wellington Mariano. São Paulo: Reflexão, 2013. PICIRILLI, Robert R. Graça, Fé e Livre Arbítrio - visões contrastantes da salvação: calvinismo e arminianismo. São Paulo: Reflexão, 2017. SHANK, Robert. Eleitos no Filho: um estudo sobre a doutrina da eleição. São Paulo: Reflexão, 2015. STANGLIN, Keith D.; MCCALL, Thomas H. Jacó Armínio - teólogo da graça. São Paulo: Reflexão, 2016. 26 OB r o OBRAS PARA O ENRIQUECIMENTO DA SUA VIDA MINISTERIAL ( 0 | R a y k r a n B a t is t a d \ S il v a CWD DISCIPULADO EFICAZ E CRESCIMENTO DA IGREJA Rayfran Batista da Silva O Discipulado EFICAZ e o Crescimento da IGREJA Discipulado é um processo que revela o propósito divino para restaurar a humanidade, transmitindo vida e aperfeiçoando o caráter. Nesta obra, o pastor Rayfran Batista, líder da Assembléia de Deus em Santa Inês (MA), preocupado com o acompanhamento que as igrejas devem dar aos novos crentes em Cristo, ensina o que é ser discipulador e a importância do discipulado para que a igreja cresça de forma saudável. O livro é di vidido em três partes: "A Teologia do Discipulado e do Crescimento da Igreja"; "Princípios e Dimensões do Discipulado Eficaz"; e "Estratégias, Orientações e Sugestões para a Prática do IDiscipulado Eficaz". A obra apresenta estratégias que começam na evangelização, passam pela consolidação e continua até que o novo crente esteja apto a discipular outras pessoas. Destacando que este trabalho é fruto não apenas de um estudo aprofundado sobre a questão à luz da teologia bíblica, mas tam bém da prática cristã, posto que o autor tem aplicado esses princípios na igreja em que lidera e tem experimentado os resultados esperados. Obra indicada para quem deseja o crescimento sadio de sua igreja. Dra. E la in e Cruz EQUILÍBRIO EMOCIONAL Elaine Cruz EQUILÍBRIO EMOCIONAL PERSONALIDADE TRANSFORMADA PELO FRUTO DO ESPIRITO A partir do novo nascimento em Cristo e da consequente presença do Espírito Santo em nós, adquirimos todas as possibilidades para mol dar nosso temperamento, reformar nosso caráter e reconstruir uma personalidade saudável, dentro dos padrões estabelecidos para nossa vida por Deus, os quais são evidenciados em Sua Palavra. Nesta obra, a professora e psicóloga Elaine Cruz, especialista em psicologia clínica e escolar, discorre de forma objetiva sobre as virtudes do fruto do Espírito necessárias para nos ajudar a não adoecer ou, se for o caso, quando já adoecidos, a nos direcionar na cura da nossa psiquê. A obra começa descrevendo o que é a personalidade e destacando a importância de termos uma personalidade saudável e como isso é pos sível a partir da aplicação do fruto do Espírito em nossas vidas. A E>ra. Elaine trata sobre o equilíbrio emocional não apenas tecnicamente, mas biblicamente, com orientações práticas que irão abençoar a vida do leitor. Esta é uma obra indicada não apenas para pessoas que estão buscando equilíbrio para as suas emoções, mas também para pastores, conselheiros e psicólogos cristãos que militam na área do aconselhamento. LID ER A N ÇA W agner Ta deu dos Santos Gaby A Wagner Tadeu dos Santos Gaby é líder da Assembléia de Deus em Curitiba (PR), membro fundador da Cassa de Letras Emilio conde, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil Integridade moi A integridade é um bem precioso que deve ser preservado peio cristão O term o in te g r id a d e vem da palavra latina integrare, (inteiro, uno, total) e está ligada à ideia de totalidade, unicidade e indivisibilidade. Trata-se de uma palavra que oferece um sentido de completude, ou seja, tem conexões com o indivíduo. O perfil de um líder íntegro está relacionado a uma pessoa completa e que não apresen ta deficiência em alguma área. As pessoas podem confiar nele, pois trata-se de um indivíduo que cum pre as suas promessas. O seu proce dimento em público é o mesmo em sua vida particular, junto aos seus amigos e familiares. Dessa forma, o termo latino integritate significa a qualidade de alguém ser íntegro, conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, brioso, pundonoroso, al guém cuja natureza de ação oferece uma imagem de inocência, pureza ou castidade; o que é íntegro, é justo e perfeito, é puro de alma e de espí rito (Tg 1.2-4; Mt 5.44-48; 2 Tm 3.17; Cl 2.10; Fp 3.15-21). A integridade engloba a coerência, honestidade, equilíbrio e previsibilidade; por sua vez a integridade oferece poder às nossas palavras, força aos nossos planos e impacto às nossas ações. "A jornada da vida, para o ho mem correto é segura: íntegro; no hebraico tom, significa completo, são" (Charles Fritsch). Este homem será resguardado de perturbações como acidentes, enfermidades e ataques maqui nados pelos ímpios. O resultado de sua conduta é que ele terá uma vida longa e feliz. Ademais, não será lançado no descrédito por parte de palradores insensatos; pelo contrário, estará a salvo de suas críticas, de suas palavras cor tantes (SI 112.8). Encontramos na carta do apóstolo Paulo à Tito 2.7, a palavra grega aphthoria, a qual só é mencionada uma vez no Novo Testamento, e a sua tradução para o português significa integridade. "Torna-te, pessoalmente, pa drão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência" (ARA). "Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras. Em seu ensino , m ostre integridade e seriedade" (NVI). Mas podemos verificar em ou tras versões, porém, aparece como incorruptibilidade ou santidade. Neste texto, a integridade, como uma virtude, aparece como uma das qualidades que os líderes das igrejas cristãs devem possuir. A Bíblia com reflexões de Lutero (SBB), traz o seguinte comentário: "A m aior qualidade de um bispo consiste em expor a Pala vra com retidão, porque ensinar é sua principal atividade, e ele deve dedicar-se ao máximo para preservar a doutrina. Mostra, isto é, na doutrina m ostrarás inte gridade, seriedade, uma palavra sadia e irrepreensibilidade. Todos esses quatro aspectos devem ca racterizar o ensino: integridade,ral e espiritual do líder seriedade, uma pregação sadia e irrepreensibilidade". Mostrar integridade no ensino é ser íntegro naquilo que você prega e anunciar por inteiro a m ensagem de Deus. Em Atos 20.27, o apóstolo Paulo deixou o seu exemplo aos obreiros de Éfeso, dizendo: "porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus". Agindo dessa maneira, estaremos glorificando o nome do Senhor e oferecendo iluminação para muitos. "Ele reserva a ver dadeira sabedoria para os retos; e escudo para os que caminham em integridade" (Pv 2.7). "Abo m ináveis para o Senhor são os perversos de coração, mas os que andam em integridade são o seu prazer" (Pv 11.20). Integridade Moral A integridade moral indica a inteireza moral e dignidade de um indivíduo. A integridade refere- -se à higidez moral, a condição daqueles indivíduos possuidores de um autêntico caráter moral, contrastando com aqueles cuja natureza inclui o engodo, a astú cia e a malícia. Em Gênesis 25.27 encontram os uma com paração entre Jacó e Esaú. O prim eiro surge como um homem íntegro, em contrapartida o seu irmão é descrito como um homem dotado de habilidades violentas. Um fazendeiro m anobrou o caminhão até a balança no silo para armazenagem de cereais e Á RO depois saiu da boleia (gabina). Quando o operador da balança estava prestes a fazer a leitura, o fazendeiro pisou serenamente na balança, acrescentando o seu peso ao da colheita. Na crença de que ninguém testemunhou a sua manobra, o fazendeiro esvaziou o caminhão e voltou à balança para pegar o recibo. Embora o opera dor da balança tivesse percebido a ação dissimulada do fazendeiro, preferiu não confrontar a desones tidade diretamente. Em vez disso, entregou o recibo ao fazendeiro e disse: "A cho que você gostaria de saber. Você acaba de vender-se por oito dólares e cinquenta e seis centavos". A integridade envolve a ho nestidade (dignidade, probidade, decência e pureza). O caráter e a integridade de um líder sem pre estão em evidência. O ser hum ano faz as suas escolhas, diariamente. As pessoas ao nosso redor observam a nossa conduta junto aos demais e concluem se estamos sendo corteses ou não. O público observa como reagimos às críticas. A nossa família contempla se as nossos feitos estão de acordo com o que proferimos em público. A integridade não é o que você aparenta m anter quando todos te observam, mas é justam ente quem você é quando ninguém está observando. Quando somos ínte gros, estamos dispostos a viver se gundo nossos princípios, mesmo que ninguém esteja observando. É um n ível de m oralid ad e excelente, sem importar-se com o que está acontecendo ao seu redor. É um alto padrão de honestidade, veracidade, decência e honra inal terável. É fazer ao próximo o que gostaria que lhe fizessem (Mt 7.12). Uma pessoa moralmente íntegra, mantém a sua palavra, mesmo que venha a lhe causar danos. O íntegro não usa jogo de palavras, não fala com meias verdades e não deixa dúvidas ao se pronunciar, ou seja, não há dubiedade. O seu linguajar resume-se ao "sim é sim, e não é não" (Mt 5.37). Integridade espritual Os termos hebraicos relacio nados com in teg rid ad e (tom , tum-máh, tam, ta-mím) têm como A significado de raiz aquilo que é "completo" ou "inteiro" (Lv 25.30; Js 10.13; Pv 1.12). Tam (SI 37.37b) significa íntegro, piedoso, gentil, reto e plano. Tradu zido como sincero ou sinônimo (SI 64.4; Jó 1.1,8; 2.3;8.20;9.20-22). Ta-mím é usado diversas vezes para referir-se à inteireza física, ou sanidade, e à ausência de defeitos, por exemplo, quanto aos animais sacrificiais (Êx 12.5; 29.1; Lv 3.6). Mais vezes, porém, estes ter mos denotam sanidade moral ou a qualidade de inculpe. Porém quando aplicado a Deus, ta-mím pode ser apropriadamente tradu zido por "perfeito", como ao se referir à atividade e às obras de Jeová, sua maneira de agir, seu conhecimento e sua lei (Dt 32.4; Jó 36.4; 37.16; SI 18.30; 19.7). To das estas qualidades e expressões divinas manifestam uma inteireza e plenitude tão inigualáveis, tão salutares e isentas de defeitos ou falhas, que claramente identificam sua Fonte como sendo o único Deus verdadeiro (Rm 1.20). Os padrões bíblicos do pastor descrito pelo apóstolo Paulo em 1 Timóteo 3.1,2 são principalmente m orais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira o pasto- rado é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administra tiva ou graus acadêmicos. O enfo que das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedo ria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os postu lantes ao ministério pastoral sejam primeiramente provados quanto à sua trajetória espiritual (1 Tm 3.10). Partindo daí, o E spírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, isto é, que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracida de, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve mostrar o ensino de Cristo em Mateus 25.21 de que ser "fiel sobre o pouco" conduz à posição de governar "sobre o muito". Exem p los B íblicos de Integrid ad e Espiritual N oé a) O patriarca andava com Deus (Gn 6.9 - ARA). b) Ele achou graça aos olhos do Senhor. c) Noé foi considerado por Deus como o pregador da justiça, foi preservado do dilúvio (2 Pe 2.5). Jo sé (filho de Jacó) a) O Senhor revelou ao adoles cente que seria um líder, e várias pessoas se inclinariam ante ele. b) A maneira pelo qual Deus gerou essa integridade que caracterizou José até o fim. c) O patriarca era um homem convicto dos propósitos divinos em sua vida. d) Ele foi um adolescente mimado, mas sem empáfia, ou dificuldade na convivência. e) Jovem totalmente comprometi do com Deus f) José era competente em tudo o que realizava. g) Ele não recorria a desculpas quando a integridade ficava ame açada. h) José não alimentou rancor, mes mo depois do mal perpetrado por seus irmãos. i) O patriarca concebeu um plano bem-sucedido para alimentar uma grande população j) O filho de Jacó não procurou tomar o lugar de seu chefe. M oisés a) O libertador foi criado como fi lho da filha de Faraó, de modo que ele teria a chance de ser, talvez, o próximo Faraó. b) E d ucado em um am biente onde existia as melhores escolas seculares, ele passou a conhecer os valores do mundo. c) Mas o jovem mantinha a sua fé em Deus e escolheu ser maltratado com seus irmãos por julgar ser isto mais importante do que a sua posição social e os bens do Egito. d) Ele não temeu a ira do rei, por que contemplava a recompensa de Deus. e) Manteve seu relacionamento com o Senhor com integridade. f) Moisés era um homem paciente. g) Mais humilde do que qualquer pessoa na face da Terra. h) Orientado sempre e constante mente por Deus. i) Administrou a formação de jui zes a fim de atender aos israelitas. D avi a) O monarca não foi uma pessoa perfeita, pois o mesmo Deus que o classifica como homem segun do Seu coração, não permite que construa o templo por ter sido um homem envolvido em muitas guerras (1 Cr 22.8). b) O importante é a maneira como Davi reage quando confrontado pelo seu pecado. Davi pede por misericórdia e grande compaixão. c) Não faz nenhuma tentativa de suavizar ou banalizar o pecado  AOB que havia cometido (SI 51.10-12). d) Antes de sua morte, Davi pediu ao Senhor que contemplasse a seu filho Salomão com um coração íntegro a fim de guardar os seus m andam entos, testem unhos e estatutos (1 Cr 29.19 - ARA). Jó a) A sua reputação fez dele um líder forte na sua família e comunidade. b) O patriarca acumulou fortuna considerável e demonstrou gran de sabedoria nos negócios e em questões comunitárias. c) Apesar de sua tristeza e ator m entado diante do com porta mento de sua esposa, aquele h homem demonstroufé inabalável em Deus (Jó 2.9,10 - ARA). d) Jó desafiou os seus amigos a identificarem as faltas dele (Jó 6.1- 7.21 - ARA) a fim de detectarem alguma falha por ele cometida. e) O que habilitou Jó a possuir tal integridade como líder? • Seg u ran ça fo rte : sen tiu -se emocionalmente seguro para aceitar críticas. • Consciência limpa: conservou consciência limpa e sensível em relação a pecados. • M otivos puros: recusou-se a alim entar m otivos de auto- piedade. • Caráter sólido: o seu compro misso com a verdade era um fator inquestionável. • Ele estava convicto que Deus não rejeita o íntegro (Jó 8.20 -A R A ). Paulo a) O apóstolo afirma sua identi dade e quem havia gerado nele tamanha convicção (G11.1). b) A sua honestidade demonstra va sua integridade. c) Paulo demonstra nesse versículo que para sermos servos de Cristo não podemos agradar as pessoas. d) Paulo estava convicto de sua vocação, e este fator o tornava íntegro perante Deus. Jesus: o maior líder de todos os tempos a) O maior líder de todos os tem pos apresenta características que apenas o Deus encarnado pode ría demonstrar. Ao longo de seu ministério, o Senhor transformou homens habituados a rudeza de sua profissão, em pescadores de homens. b) Observamos no capítulo 8 do Evangelho de Marcos o Senhor a revelar a dureza do coração dos discípulos, e ouvidos moucos. A confiança de Deus em nossa integridade "Julga-me, Senhor, segundo a minha retidão, e segundo a inte gridade que há em mim" (SI 7.8). A nossa conduta pode ser conside rada íntegra diante do Altíssimo? E quanto ao nosso testemunho diante da corrupção que assola o mundo hodierno? Qual a opinião de nossos irmãos ou daqueles que não comungam a nossa fé diante do que apuram sobre nós? Temos condição de reiterar o conteúdo da oração de Davi acima descrita, na qual ele solicita a Deus que o julgue segundo a sua integridade? A maior fonte de poder espi ritual que podemos demonstrar às p essoas de nosso convív io é uma vida de relacionam ento com o Altíssim o. O ensino que Deus nos oferece resume-se nas seguintes palavras: "Sede santos, porque Eu sou santo" (lP e 1.16). Todos devemos preservar a nossa integridade a cada dia. A nossa A meta deve ser em como agradar a Deus e fazer o que é certo. Uma pessoa pode ser muito estimada pelos hom ens, mas abominável aos olhos de Deus (Lc 16.15). Crise de Integridade Estam os v ivend o dias nos quais as pessoas estão preocupa das com o caráter e a integridade dos líderes políticos, empresariais e profissionais. As falhas de caráter dos líderes religiosos e das figuras de destaque da mídia, divulgadas pelos veículos de comunicação, têm alim entado o ceticism o da população diante dos que encon tram-se em cargos de liderança. Se os líderes que ensinam acerca de uma conduta transparente e não conseguem praticar o que divul gam, em quem confiar? Existe uma crise de credibilidade em relação as pessoas que assumem cargos de liderança. Os especialistas afir mam que o descrédito dos líderes evangélicos perante a sociedade deve-se, em grande parte, a desli zes éticos e morais cometidos pela própria Igreja. O secretário da C om unida de Internacional de Estudantes Evangélicos (CIEE), historiador Ziel Machado, não tem dúvidas de que a crise de integridade das lideranças religiosas é a principal responsável por essa queda na cred ib ilid ad e das in stitu ições evangélicas. "Basta observar nas livrarias cristãs. Nunca se observou uma quantidade tão grande de obras que abordam a crise de integri dade entre os pastores", afirma o historiador. A in te g r id a d e moral e espiritual é a condição sinequa non para a sustentação e estabilidade da vida de cada obrei ro. Como está a sua integridade moral e espiritual? | PEDRO JOÀO BATISTA ZlBORDl CONHEÇA O PREGADOR SEM TÍTULO: FILIPE Usando o seu já consagrado estilo leve e bem-humorado, Zibordi nos brinda com um estudo abrangente da vida de Filipe que tornou-se o protagonista do segundo capítulo da história da Igreja nascente ao realizar um feito inédito, depois do dia de Pentecostes: anunciar o evangelho aos samaritanos. FILIPE o PRIMEIRO EVANGELISTA DA IGREJA SANCHES Z ib o r d i Ciro CB4Dnoa 0 8 0 0 021 73 73w w w . c p a d . c o m . b r http://www.cpad.com.br Idealizadores do Projeto Ide têm como meta alcançar toda a capital catarinense com a Palavra de Deus AD em Florianópolis leva vidas a Cristo promovendo evangelismo com ação social A Assem bléia de Deus em Florianópolis (SC) tem se destacado em sua observância quanto aos reclames da Grande Comissão outorgada pelo Mestre à sua Igreja. A "Ilha da Magia", como ficou co nhecida a capital catarinense, tem sido alvo de intensa evangelização conjugada à ação social desen volvida pela igreja liderada pelo pastor Josué Fernando Cipriano, que, juntamente com a sua equipe de obreiros, elaborou o Projeto Ide a fim de alcançar cada setor da sociedade com a Palavra da Vida Eterna, que é "mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12). Os crentes de Florianópolis não esqueceram os municípios vizinhos em seu projeto evangelístico. O pastor catarinense contou à revista Obreiro Aprovado como tudo começou e os passos dados até atingir as metas programadas nas reuniões, bem como os aconse lhamentos junto aos seus auxiliares. "O Projeto Ide nasceu da obediência à ordem imperativa de Jesus Cristo, baseado em Marcos 16.15, por en tendermos a necessidade e urgência A do evangelismo em nossa cidade". A proposta foi colocada em pauta pelo pastor João Marcos Barbosa, que recebeu total apoio da diretoria da igreja e demais lideranças dos departamentos eclesiais. Depois, foram adicionados outros projetos de evangelização anteriormente iniciados. "Entendemos que unificar todos esses projetos nos fornecería maior capacidade de chegarmos a um resultado mais eficaz para a ex pansão do Reino de Deus", assevera o pastor Cipriano. Mas, como alcançar todos os moradores de uma grande capital como Florianópolis? Ainda mais quando se trata de uma cidade que concentra importantes fontes de economia como Tecnologia da Infor mação, Serviços (vasta gama de ati vidades que vão desde o comércio de mercadorias à administração pública, passando por transportes, atividades financeiras e imobiliárias, serviços a empresas ou pessoais, educação, saúde e promoção social) e recebe milhares de pessoas todos os dias a fim de desfrutar de suas belezas e demais oportunidades. Os fiéis e sua liderança indicaram estratégias para cada segmento da sociedade a ser alcançado. As principais estratégias antes do Projeto Ide são m antidas: o O Projeto Ide nasceu da obediência à ordem imperativa de Jesus Cristo, baseado em Marcos 16.15, por entendermos a necessidade e a urgência do evangelismo em nossa cidade tradicional evangelismo pessoal de "porta em porta", com os fiéis distribuindo literaturas bíblicas para a população; a propagação do Evangelho de Jesus através das mídias sociais; cultos evangelísiticos com momentos de oração; e, por fim, assistência social. Mas e os demais setores da sociedade, uma vez que a meta era alcançar a capital para o Mestre? O pastor Cipriano explica que os demais segmentos estão in seridos no Projeto Ide e que existem outras ações evangelísticas e assis- tenciais que atuam em muitas áreas da sociedade florianopolitana e ar redores, dentre as quais ele destaca: Capelania: O grupo é composto por pessoas formadas em curso mi nistrado pela igreja local que pres tam assistência religiosa e realizam cultos e discipulado nos presídios da grande Florianópolis. As ativi dades dos fiéis incluem batismos em água de novos convertidos nos presídios e o registro de pessoas que decidem-se para Cristo.
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