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Isabela Mion - UC2 FECUNDAÇÃO - os espermatozoides são moldados para ir ao encontro do ovo, mas, enquanto estão nos testículos, falta-lhes a motilidade, que só ganham quando já estão a caminho do encontro do gameta feminino - acredita-se que o espermatozoide é transportada até a tuba fundamentalmente por contrações musculares uterinas - os espermatozoides devem passar por um período de condicionamento, ou capacitação, que dura aproximadamente 7h, acontece no útero e/ou na tuba uterina, pela ação de substâncias secretadas por essas regiões; os espermatozóides capacitados não mostram alterações morfológicas, são apenas mais ativos e com mobilidade; uma cobertura glicoproteica e de proteínas seminais é removida da superfície do acrossomo; diminui a quantidade de colesterol da membrana; pH básicos também ajudam na capacitação - fecundação = encontro e a fusão de 2 células gaméticas formando um indivíduo diferente daquele que o originou; se inicia com o contato entre um espermatozoide e um oócito, e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da 1ª mitose do zigoto - o zigoto formado é único, porque, como metade de seus cromossomos vem do pai e metade da mãe, ele é o resultado de uma nova combinação gênica diferente da de seus pais - esse processo resulta na variabilidade da espécie - a fecundação estimula o oócito a completar a 2ª divisão meiótica; restaura o nº normal de cromossomos (46) no zigoto; resulta na variação da espécie humana por meio da mistura de cormossomos paternos e maternos; determina o sexo cromossômico do embrião; causa a ativação metabólica da oótide (oócito quase maduro) e inicia a clivagem do zigoto - a viagem do espermatozoide desde o colo do útero até a tuba pode ocorrer entre 30 min e 6 dias. Após alcançarem o istmo, os espermatozoides se tornam menos móveis e param sua migração. Na oocitação, eles se tornam móveis novamente, provavelmente por causa dos quimiotáticos - na tuba, existe um gradiente térmico que atrai o espermatozoide até a ampola (local da fecundação) - uma diferença de 2°C entre o istmo e a ampola, sendo o microambiente da ampola mais quente que o do istmo - existe também um gradiente químico, e as células do cummulus/da corona radiata e o oócito secretam substâncias quimiotáticas - como quimiocinas - (quimiotaxia) que atraem os espermatozoides, e quanto mais o espermatozoide se aproxima dessas substâncias, mais ativo se torna - reação acrossômica: ocorre após a ligação à zona pelúcida, é induzida por proteínas da mesma e culmina na liberação das enzimas necessárias para a penetração da zona pelúcida, incluindo substâncias semelhantes à acrosina e à tripsina Isabela Mion - UC2 → fases da fecundação ● passagem de um espermatozóide através da corona radiata - os espermatozoides capacitados atravessam livremente as células da coroa - a dispersão das células foliculares da corona radiata que circunda o oócito e a zona pelúcida parece resultar principalmente da ação da enzima hialuronidase liberada da vesícula acrossômica do espermatozoide - algumas enzimas da mucosa da tuba uterina também parecem auxiliar a dispersão - os movimentos da cauda do espermatozoide também são importantes na penetração da corona radiata ● penetração da zona pelúcida - a formação de uma passagem é resultado da ação de enzimas acrossômicas - tanto a ligação quanto à reação acrossômica são mediados pelo ligante ZP2 e ZP3, uma proteína da zona, tornando essa reação acrossômica espécie-específica - as enzimas esterase, acrosina (proteolítica; + importante) e neuraminidase parecem causar a lise (dissolução) da zona pelúcida, formando assim uma passagem para o espermatozoide penetrar o oócito ● reação zonal - alteração nas propriedades da zona pelúcida, tornando-a impermeável a outros espermatozoides, que acontece assim que a cabeça do espermatozoide contata a superfície do oócito - a composição dessa cobertura glicoproteica extracelular muda após a fecundação - principalmente nas proteínas ZP2 e ZP3 - a reação zonal é o resultado da ação de enzimas lisossomais liberadas por grânulos corticais próximos a membrana plasmática do oócito - o conteúdo desses grânulos, que são liberados no espaço perivitelino, também provoca alterações na membrana plasmática tornando-a impermeável a outros espermatozoides (despolarização da membrana) - evita a poliespermia (penetração de 2 ou + espermatozoides) ● fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide - as membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide se fundem e se rompem na região da fusão - a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana celular espermática e as mitocôndrias não entram ● término da 2ª divisão meiótica do oócito e formação do pró-núcleo feminino - quando o espermatozoide penetra o oócito, este é ativado e termina a 2ª divisão meiótica formando o oócito maduro e um 2º corpúsculo polar - em seguida, os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino Isabela Mion - UC2 ● formação do prónúcleo masculino - dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o prónúcleo masculino, e a cauda do espermatozoide degenera - morfologicamente, os prónúcleos masculino e feminino são indistinguíveis - durante o crescimento dos prónúcleos, eles replicam seu DNA - o oócito contendo os 2 prónúcleos haploides é denominado oótide - logo que os prónúcleos se fundem em um único agregado diploide de cromossomos, a oótide se torna um zigoto - os cromossomos no zigoto se organizam em um fuso de clivagem, em preparação para as sucessivas divisões do zigoto ➤ referências Embriologia Clínica 10ª edição - Moore Embriologia 3ª edição - Garcia & García Embriologia Médica 13ª edição - Langman
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