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O modelo cognitivo é a base da terapia cognitiva e é onde focamos nossa atuação para a melhora dos sintomas e dos transtornos dos cliente. Substancialmente, ele nos mostra que o modo das pessoas perceberem e enxergarem as situações, envolve principalmente as suas reações emocionais e comportamentais do que a situação vivida. TRABALHA-SE EM CIMA DESSE MODELO CONITIVO COM O INTUITO DE POSSIBILITAR QUE O CLIENTE ENXERGUE AS SITUAÇÕES DE FORMA CLARA. Surgiu no início dos anos 60, quando Aaron T. Beck desenvolveu um novo método para tratar e compreender os clientes com problemas emocionais. Judith Beck define a TCC como uma Psicoterapia baseada no modelo cognitivo. Terapia Cognitivo ComportamentalTerapia Cognitivo Comportamental Terapias Cognitivas 1° 2° eTerapias Cognitivas 1° 2° e 3° onda3° onda 1° ONDA: Teoria Comportamental (condicionamento clássico e aprendizado operante); 2° ONDA: Terapia Cognitivo- Comportamental e a Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC); 3° ONDA: Derivam da TCC de Beck, expandindo a teoria e acrescentando técnicas (Terapia do Esquema, Terapia Cognitiva Processual, Terapia de aceitação e compromisso- ACT, Terapia focada na compaixão, Terapia cognitiva baseada em mindfuldness- MBCT e Terapia Comportamental Dialética- DBT. Seis diferenciais da TCCSeis diferenciais da TCC ALIANÇA TERAPÊUTICA: boa relação terapêutica; CONCEITUAÇÃO DO CASO: funcionamento do cliente (o que ele pensa, por que ele pensa, sente e age de tal maneira e o que pode estar atrapalhando sua melhora ou piorando sua condição; COLABORAÇÃO: colaboração em possíveis soluções; METAS DE TRATAMENTO: direcionamento no tratamento (sentimento de conquista e motivação); ESTRUTURA DAS SESSÕES: ajuda o cliente a saber o que esperar da sessão e a focar nas prioridades para atingir os resultados mais rapidamente (pode alterar); PLANO DE AÇÃO: tarefa de casa. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Estrutura das sessõesEstrutura das sessões NO COMEÇO NO MEIO: NO FINAL: - Cumprimenta-se o cliente; - Faz-se uma ponte com a sessão anterior; - Reestabelece a relação; - Verifica-se o humor; - Coleta-se informações para a agenda da sessão. - Seleciona um item dentre todos da agenda; - Coleta-se mais dados do item selecionado; - Monta-se um modelo cognitivo do item; - Planeja uma estratégia; - Avalia o quão eficaz ela foi; - Faz-se um resumo do que foi feito, discutido e aprendido pelo cliente e um PLANO DE AÇÃO é criado colaborativamente. O plano de ação é desenvolvido em todas as sessões para que o cliente coloque tudo em prática. - Pedir um feedback e fazer um resumo da sessão, finalizando com o plano de ação da semana. FALCO, DIEGO. ESSENCIAL DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL: TCC PARA INCIANTES E ESTUDANTES. SÃO PAULO-PRESIDENTE PRUDENTE, 2019. Interrompendo os clientesInterrompendo os clientes Direcionamento da fala com questionamentos; A interrupção pode ser necessária para que você colete dados e faça intervnções necessárias para essa melhora; "QUANDO VOCÊ INTERROMPE E GIA A SESSÃO, VOCÊ MOSTRA PARA OCLIENTE QUE VOCÊ TERAPUTTA SABE O QUE FAZER, E MUITAS VEZES, CLIENTES QUE SE SENTEM FORA DE CONTROLE, SE ALIVIAM POR ISSO." Busque sempre o feedback do cliente e adapte a sessão; "Eu não faço nada direito." "Eu nunca vou melhorar". "As pessoas podem me julgar." Normalmente são relacionados com sensações físicas e podem ser expressados em uma única palavra: Triste, para baixo, sozinho, desapontado, infeliz, ansioso, preocupado, medo, tenso, raiva, furioso, irritado, humilhado, envergonhado, humilhado, ciumento, invejoso, culpado, suspeito, desgostoso, menosprezo. PENSAMENTOS Pensamentos são ideias EMOÇÃO Emoções são sentimentos Mostra a relação entre os PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS (PA), A SITUAÇÃO EM QUE A PESSOA SE ENCONTRA E AS CONSEQUÊNCIAS DESTES PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS (reações emocionais, comportamentais e fisiológicas). SITUAÇÃO: dúvida em sala de aula; PA: "E se eu falar besteira?" REAÇÃO: Ansiedade (emoção), taquicardia/ sudorese (resposta fisiológica) e não pergunta e fica com dúvida (comportamento). SITUAÇÃO PENSAMENTO AUTOMÁTICO REAÇÃO É um molde para todos os tipos de transtorno, mas o foco do tratamento de alguns transtornos precisa ser diferente. Ex: - DEPRESSÃO: o foco é nos PA- sobre si, o mundo e o futuro; - TRANSTORNO DE PÂNICO: o foco é na catástrofe que o cliente tem medo que possa acontecer se seu sintoma piorar (taquicardia e infarto); - TOC: o foco é nas crenças do cliente sobre os pensamentos obsessivos e nos comportamentos ritualísticos. DESAMPARO: o indivíduo pode pensar que é incapaz de conseguir fazer as coisas, incapaz de proteger a si mesmo (emocional ou fisicamente), ou incapaz na comparação com outras pessoas; CRENÇAS COMUNS: "sou incapaz", "não tenho jeito", "não faço nada direito", "sou vulnerável", "sou indefeso", "sou fraco", "não tenho controle", "sou um fracasso!, "não sou bom com os outros". DESAMOR: o indivíduo acredita que há algo em si que dificulta o recebimento de amor e ter intimidade com as outras pessoas. CRENÇAS COMUNS: "não me encaixo", "sou desinteressante", "não sou amável". DESVALOR: os indivíduos acreditam que são moralmente ruins. Que há algo dentro de si que é simplesmente terrível. CRENÇAS COMUNS: "sou mau", "eu não presto", "sou ruim", "sou tóxico", "sou um perigo para os outros". CRENÇAS CENTRAIS OU NUCLERAES: São entendimentos mais básicos das pessoas sobre elas mesmas, sobre o mundo, outras pessoas e o futuro. Podem ser divididas em 3 categorias ou esquemas As crenças podem causar um grande sofrimento para as pessoas. Assim, como mecanismo de defesa, elas lidam com esse problema desenvolvendo suposições ou regras para viver (se isto... então aquilo..). Estratégias compensatórias ou de manutenção (padrões de comportamento) são desenvolvidas para que a pessoa se proteja da ativação de suas crenças centrais, ou para que não aconteça o que ela teme. Crenças nucleares,Crenças nucleares, suposições, regrassuposições, regras intermediárias e estratégiasintermediárias e estratégias de enfrentamentode enfrentamento Pensamento X EmoçãoPensamento X Emoção Modelo CognitivoModelo Cognitivo Identificando crenças,Identificando crenças, estratégias de manutenção eestratégias de manutenção e suposiçõessuposições FLECHA DESCENDENTE: fazer uma pergunta básica para chegar a crença (se o seu pensamento automático fosse verdadeiro, o que isso significaria? E o que isso significaria ou diria sobre você?); ESCUTA: escutar os PA do cliente e buscar entender se eles se encaixam em algum tema; TÉCNICAS PARA IDENTIFICAR CRENÇAS FALCO, DIEGO. ESSENCIAL DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL: TCC PARA INCIANTES E ESTUDANTES. SÃO PAULO-PRESIDENTE PRUDENTE, 2019. REESTRURAÇÃO COGNITIVA: Busca-se reestruturar a maneira com que o cliente lida com seus pensamentos automáticos disfuncionais (PA). Com a reestruturação, o paciente aprende a identificar seus PAs, aceita-los sem julgamento ou questioná-los em busca de dados mais sólidos. Das duas maneiras, ele aprende a ter reações mais funcionais. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: A TCC, ajuda o cliente a desenvolver uma maior habilidade de resolução de problemas e a conseguir parar, analisar e tomar a melhor decisão no momento para resolver seus problemas. Tudo isso sem catastrofizar a situação e evitando se sentir 'sem saída'. QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO: Perguntar sem induzir; Lembrar de perguntar e não responder a pergunta Ex: "Como você se sentiu diante dessa situação?" EXPERIMENTOS COMPORTAMENTAIS E EXPOSIÇÃO: Situações montadas pelo Psicólogo e cliente, afim de ajudar o cliente a testar seus pensamentos disfuncionais/suposições/ previsões e novas estratégias comportamentais Como a TCC trabalha com oComo a TCC trabalha com o cliente?cliente? PERGUNTA: Se perguntar sobre como o cliente conseguiu lidar com suas crenças esse tempo todo? Qual estratégia comportamental desenvolveu para conseguir seguir a vida? Observando as regras do cliente; Pedindo para completar umafrase Ex: "Se eu fizer uma pergunta na sala de aula, então_____________". TÉCNICAS PARA IDENTIFICAR ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO COMO IDENTIFICAR AS SUPOSIÇÕES Avaliação, metas e aAvaliação, metas e a conceituação cognitivaconceituação cognitiva A estrutura base da TCC, em seu tratamento, engloba uma avaliação das áreas da vida do cliente, desenvolvimento de metas de tratamento, conceituação cognitiva do cliente e um plano de tratamento como guia. FAMILIAR: (desenvolvimento) relação com pais, amigos, familiares. AFETIVA/CONJUGAL: como o cliente se vê nas trocas amorosas, se acredita ser capaz de ser amado; PROFISSIONAL/ACADÊMICA: como está os estudos e a vida profissional (se ele está feliz) SAÚDE FÍSICA/ MENTAL: perguntar e verificar sobre o histórico da saúde, vida, tratamentos, transtornos. ESPIRITUALIDADE: se ele é influenciado pelas crenças nessa área. HOBBIES/LAZER: se há algo que o cliente está fazendo de mais ou de menos. SOCIAL/AMIZADES: como se vê socialmente perante os outros; FINANCEIRO: se tem dificuldades ou busca metas nessa área. JUSTIÇA SOCIAL E AUTOCONCEITO: como ele se vê. Ajuda o terapeuta e cliente a saberem aonde querem chegar, sendo assim muito importante para a psicoterapia, inserindo assim um senso de esperança. AVALIAÇÕES PERIÓDICAS: Saber se estamos no caminho certo ou se necessita de uma mudança de estratégia; É importante que as metas para cada dificuldade sejam específicas, acordadas entre terapeuta e cliente, sendo também realistas (possíveis de serem atingidas). Deve ser mesurável, palpável. Todas as metas devem passar pelo critério de realismo e prioridade. AVALIAÇÃO E ÁREAS DE VALOR DA VIDA Primeiramente avaliar o caso, pois uma boa avaliação ajuda a identificar os pensamentos automáticos disfuncionais, comportamentos de segurança, regras e crenças centrais. Pode-se fazer na avaliação, a psicoeducação do modelo cognitivo do cliente, para que ele entenda a base da terapia cognitiva e como funcionará o tratamento. A avaliação é feira por áreas de valor e é semiestruturada. Pode fazer perguntas direcionadas, mas com um espaço para fala aberta. As áreas a serem investigadas são: METAS DE TRATAMENTO/ LDM (lista de dificuldades e metas) FALCO, DIEGO. ESSENCIAL DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL: TCC PARA INCIANTES E ESTUDANTES. SÃO PAULO-PRESIDENTE PRUDENTE, 2019. O QUE É? Ela nos ajuda a desenvolver uma história coerente para entender como as crenças dos clientes se desenvolveram e se mantiveram com o tempo. Sendo um guia para as crenças e estratégias compensatórias que nós precisamos focar durante o tratamento (diagrama). CONCEITUAÇÃO COGNITIVA E PLANO DE TRATAMENTO Estrutura da sessãoEstrutura da sessão Todas as sessões de terapia da TCC possuem começo, meio e fim; Duram em média de 50 a 60 minutos e normalmente acontecem uma vez por semana, podendo haver alterações. Depois que as metas forem alcançadas e não houverem novas metas de tratamento, as sessões começam a ser espaçadas para cada 15 dias, mensalmente, trimestralmente, até a alta do cliente. No começo ou início da sessão acontecem os cumprimentos se decidindo assim de maneira colaborativa como se guiará a sessão. HUMOR: primeiro faz uma checagem de humor atual do cliente e de como ele ficou durante a semana passada, Ex: Inventários de Beck (BDI- depressão; BAI- ansiedade, BHS-desesperança), por questionários de outros profissionais ou de algo feiro pelo próprio terapeuta. PONTE/ PLANO DE AÇÃO/ AGENDA: Depois ou junto a checagem de humor se faz uma ponte entre as sessões (para saber se há algo que aconteceu durante a semana que o cliente acha importante o terapeuta saber e se há na semana seguinte algo interessante a acontecer que o cliente queira discutir). O plano de ação ajuda o cliente a colocar em prática o que foi discutido e a perceber por si se seus pensamentos e comportamentos são funcionais e a importância de alterá-los. INÍCIO DA SESSÃO *De 0 a 10 como está seu nível de ansiedade essa semana? É onde se discute as cognições, emoções, comportamentos do cliente e estratégias para lidar com eles são desenvolvidas. Um item da agenda é selecionado e mais dados são coletados sobre esse item, principalmente dados dados para formar o modelo cognitivo do evento (o que aconteceu, quais foram os pensamentos e reações do cliente). Com o modelo cognitivo do evento passado ou futuro, o terapeuta junto ao cliente, pensa em uma estratégia e a implementa. QUESTIONAMENTO SOCRÁTICO: Pode ser algo feito na sessão como um questionamento de pensamentos ou se necessário, ser feito durante a semana como um experimento comportamental ou exposição. O QS é feito para entender o motivo dos pensamentos e comportamentos do cliente. Fazendo uma busca de evidências concretas para aquele pensamento ou questionar as vantagens e desvantagens de continuar focando naquele pensamento ou comportamento. Discute-se também os pensamentos alternativos do evento. Há uma revisão do plano de ação anterior, vendo se foi possível a realização ou não e as possíveis novas conclusões e aprendizados do cliente sobre seus pensamentos e comportamentos; discute se há algo que ele fez que ache produtivo e importante continuar fazendo. Após tudo do tópico anterior ser realizado, faz-se uma avaliação de todos os dados coletados e, colaborativamente o terapeuta e cliente decidem quais itens mais importantes a serem discutidos, essa decisão pode ser baseada na urgência do cliente, nas metas de tratamento ou na conceituação do caso (funcionamento do cliente). Por fim é definido a agenda da sessão, onde esta irá possuir dados que foram relevantes para aquela semana, Ex DE INTENS DA AGENDA: eventos que passaram, ou eventos futuros que causam ou podem causar incômodo ao cliente e o plano de ação (se conseguiu ou não realiza-lo). MEIO DA SESSÃO FALCO, DIEGO. ESSENCIAL DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL: TCC PARA INCIANTES E ESTUDANTES. SÃO PAULO-PRESIDENTE PRUDENTE, 2019. A resposta funcional é cabível a novas estratégias, traçados pelo terapeuta e cliente, para que o cliente possa ter um comportamento mais funcional e lidar melhor com seus pensamentos disfuncionais ou técnica de regulação emocional. O RESUMO FINAL/ FEEDBACK é uma revisão do que foi discutido e aprendido até o momento e se há algo que o cliente ainda tem dúvidas ou não concorda. Após serem realizadas as propostas acima, se ainda houver tempo, o próximo item da agenda é selecionado e o mesmo processo se repete. É importante que seja registrado pelo cliente e terapeuta para ser discutido futuramente. Depois de passado os itens da agenda ou estar próximo do fim do horário da sessão, iniciamos a parte final da sessão. É feito um resumo do que foi discutido na sessão, das condições de cada item discutido e quais estratégias foram conversadas. O plano de ação é então revisado e montado colaborativamente. Onde o terapeuta explica o motivo do plano de ação e a teoria, e por fim solicita um feedback. FIM DA SESSÃO FALCO, DIEGO. ESSENCIAL DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL: TCC PARA INCIANTES E ESTUDANTES. SÃO PAULO-PRESIDENTE PRUDENTE, 2019.
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