Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. Conhecer os tipos e a etiologia da gripe. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_influenza_2017.pdf imunologia – bases clínicas e tratamentos · Conceito – síndrome gripal · Febre de inicio súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes: mialgia, cefaleia ou artralgia, na ausência de outro diagnóstico específico. · Tipos e etiologia mais comuns atualmente - H (hemaglutinina) e N (neuraminidase) são glicoproteínas expressas na superfície e são responsáveis pela intensa variação genética (drift antigênico) - Sazonal: são epidemias que ocorrem no hemisfério sul de abril a setembro, nos períodos entre as pandemias. - Pandêmico: o vírus encontra um contingente populacional não imune, se espalhando com rapidez e aumentando a mortalidade por influenza. Tem maior capacidade de reprodução no trato respiratório inferior, aumentando a gravidade da infecção. · Influenza A - ortomoxivírus · H1N1 – responsável pela pandemia de 2009, é chamado de H1N1 pdm09, de origem suína · H3N2 · H7N9 – baixa patogenicidade, mas está sendo observado pela OMS por já ter contaminação de humanos pelas aves na China · H2 – não circulam desde 1968. · Influenza B - ortomoxivírus · Influenza C · O menos comum · Rinovírus · Vírus parainfluenza · Vírus sincicial respiratório · Adenovírus OBS: os vírus muitas vezes utilizam animais como hospedeiros, e lá conseguem sofrer mutações genéticas, pela combinação de genes de diferentes espécies de hospedeiros, que podem ser aves, suínos ou humanos (shift antigênico) 2. Compreender o quadro clinico e o diagnóstico da gripe. · Quadro Clínico - 10-20% da população infectada apresenta sintomas - o QC é devido a lise celular, descamação epitelial e produção de citocinas pró-inflamatórias circulares, originadas pela replicação do vírus no epitélio respiratório. - A doença costuma ser autolimitada, restrita ao TR superior, sendo eventualmente encontrado em outros órgãos ou na circulação - A própria imunidade pode contribuir para exacerbação do mecanismo patogênico. -Período de incubação: 1-4dias · Febre que pode ser alta (>38°) · Tosse seca · Sintomas gerais: mialgia, calafrios e cefaleia – persistem por 3-4dias · Dor na garganta · Fadiga e indisposição · Coriza · Dor no corpo · Dispneia – casos mais graves · Crianças podem ainda apresentar · Dor abdominal · Vômitos · Diarreia · Complicações: crupe, bronquiolite, otite média aguda · Idosos podem apresentar · Evolução mais insidiosa · Febre baixa ou ausente · Confusão mental · Fraqueza · Complicações · Pneumonia viral primária · 3°-5° dia de sintoma, persistência da tosse e febre, surgindo dispneia, cianose e hipoxemia. · Tríade: Adulto jovem, síndrome gripal e dispneia · Associado a alta mortalidade, fibrose pulmonar extensa e eventos hemorrágicos · Pneumonia bacteriana secundária · Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus · O vírus influenza facilita a aderência dessas bactérias ao epitélio respiratório · + idosos, gestantes e doentes crônicas · Vai haver período de melhora relativa (5-10dias), reaparecem febre, tosse com expectoração e consolidação no RX · Pacientes leves: · sintomas gerais intensos mas sem dificuldade respiratória, evoluem sem febre após 2-3 dias e melhoram com ou sem tratamento antiviral · São graves pacientes com: · Insuficiência respiratória, oximetria ou gasometria alterados, sinais de choque ou insuficiência de órgãos, insuficiência renal · Sugere mau prognóstico · Efeitos sistêmicos com disfunção inicial grave e infecção bacteriana precoce. · Alterações gastrointestinais, elevação de enzimas hepáticas, linfopenia e insuficiência renal · Diagnóstico · Clínico · Febre com comprometimento de vias aéreas superiores (rinorreia, dor de garganta, disfonia e tosse) e com pelo menos um sinal de comprometimento sistêmico (mialgia, mal estar, calafrios e cefaleia) · Laboratoriais · Recomendações oficiais ou nos casos graves hospitalizados com suspeita de H1N1 · PCR – reação em cadeia de polimerase · Permite identificar o vírus influenza A sazonal e o pandêmico · Swabs da nasofaringe ou da garganta até o 3º dia de sintomatologia preferencialmente ou até mesmo depois (7 dias, se grave) · Em casos graves e em surtos em comunidades fechadas (3 amostras) · Testes rápidos · Apresentam baixa sensibilidade para o vírus pandêmico, não sendo indicados · Leucopenia 3. Entender o tratamento e prevenção da gripe. · Tratamento · Isolamento por 7 dias · Casos leves · Pode ser feito uso de antiviral ou não · Casos graves · Oxigenoterapia agressiva · Hidratação · Evitar uso de corticoides se possível · Internação na UTI com ventilação mecânica precoce · Antibioticoterapia se suspeita de infecção do TRI ou em internados na UTI · Antiviral · Oseltamivir e Zanamivir são efetivos contra influenza A e B, quando iniciados até 30-36h, máximo 48h do inicio do quadro de síndrome gripal · Oseltamivir – 75mg/cápsula, 2x ao dia, por 5 dias em pct com depuração normal, 75mg em pct com depuração de creatinina <30ml/min e não usado em depuração <10ml/min. · Zanamivir é mais utilizado para casos de resistência ao outro, sendo de duas inalações ao dia, 10mg 12/12h por 5 dias. Deve ser suspenso em caso de DPOC e asma. · Considerar tto prolongado e em dobro em caso de alto risco, hospitalizados graves com pneumonia, pacientes em uso de sonda nasogástrica e imunocomprometidos · O tratamento até o 5º dia aumentou a sobrevida em relação aos que não usam · Quanto mais cedo o tratamento começar, melhor o prognóstico e menores taxas de internação em UTI · É feito mesmo em pacientes sem laboratório de confirmação (tto com diagnóstico presuntivo) ou em pct com fator de risco para SRAG · Durante a sazonalidade de influenza, pct com insuficiência respiratória associada a quadro febril de inicio recente sem etiologia definida também deve receber antiviral especifico · Visa aliviar os sintomas, abreviar a recuperação, evitar complicações e diminuir a circulação e a disseminação de vírus, principalmente em grupos de risco · Em suspeita de H1N1 ou de vírus sazonal é fundamental tratar grupos de risco (+grávidas), indivíduos sem melhora após 72h, e em suspeita de SRAG (febre, tosse e dispneia) · Contraindicação de usar salicilatos em menores de 18 anos por risco de desenvolver Síndrome de Reye. · Prevenção · A vacina contra gripe/influenza se baseia nos últimos vírus circulantes em uma certa localidade. No BR, é de vírus inativado trivalente, composto de cepas o tipo A(H3N2), A(H1N1)09 e uma influenza B (Yamagata ou Victoria). As quadrivalentes tem as duas cepas da B. · É comum efeitos adversos leves e autolimitados (48h) como dor local, eritema febre, dores no corpo, simulando uma gripe, ou a pessoa pode também se infectar por outro vírus não coberto pela vacina e gerar confusão. · Precisa ser anual pela alta mutação do vírus ou até mesmo porque a imunidade do indivíduo contra os da gripe dura cerca de um ano e é por via intramuscular em dose única. · OU SEJA, se a vacina protege contra o mesmo tipo de uma vacina anterior, é necessário repetir. · São recomendadas especialmente para grupos de risco (de desenvolver maiores consequências da doença): crianças (6m a 5anos), adultos >50anos e idosos, imunocomprometidos como pct com uso crônico de corticoide, tratamento para câncer e pct com Aids, doentes crônicos (cardiovascular, pulmonar, metabólica, renal), uso crônico de AAS, profissionais de saúde e/ou contactantes domiciliares envolvidos com pct de risco, gestantes a partir do 2º trimestre durante epidemia até 45 dias após o parto e qualquer indivíduo que deseja reduzir risco de infecção, além de profissionais e população carcerária e professores de escola - Incidência de 40-50% da doença · Contraindicações: alergia severa a ovo · Tem como objetivo reduzir numero de casos de gripe complicada e mortalidade associada à influenza
Compartilhar