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OTITE MÉDIA, GRIPE E SINDROME RESPIRATORIA AGUDA GRAVE

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01 - Compreender o Processo Infeccioso, suas Etapas e as manifestações de cada etapa;
• Período de incubação - intervalo entre a infecção inicial e o surgimento dos primeiros sintomas; Este período de tempo designa-se período de incubação e corresponde ao tempo que os agentes infecciosos levam a ultrapassar as barreiras orgânicas iniciais, a multiplicarem-se até constituírem uma quantidade considerável, a alcançarem o ponto do organismo onde executam as suas ações nocivas, a produzirem as suas toxinas, etc. Em suma, trata-se de uma fase de que os micróbios necessitam para adquirirem o potencial patogénico suficiente, de modo a poderem provocas os seus efeitos nocivos.
• Período prodrômico - fase que se caracteriza pelos sintomas iniciais da doença; 
• Período da doença = fase aguda - fase em que a doença se manifesta por completo; 
• Período de declínio - os sinais da doença diminuem; 
• Período de convalescência - fase de retorno da normalidade do corpo.
OBS: declínio pode ser igual a convalescência. 
02 - Entender Otite (específica do caso):
a) Definição;
A otite média aguda é infecção bacteriana ou viral da orelha média, geralmente acompanhando infecção do trato respiratório superior. Ocorre um episódio infeccioso em que os sintomas possuem uma duração inferior a quatro semanas.
b) Epidemiologia;
Embora OMA possa ocorrer em qualquer idade, ela é mais comum entre os 6 meses e 1 ano. Nessa idade, a tuba de eustáquio é estrutural e funcionalmente imatura; a tuba é mais horizontalizada e o ângulo do músculo tensor do véu palatino e da porção cartilaginosa da tuba torna o mecanismo de abertura menos eficiente. Até 2 anos de idade, tanto OMA quanto Otite Média Secretora (OMS) são bilaterais em sua maioria. Após os 2 anos, a maioria dos episódios de OMA e OMS é unilateral. Fatores de risco para sua ocorrência incluem sexo masculino, crianças em creches, tabagismo parental, uso de chupeta, história familiar de doença da orelha média, parto prematuro e menor status socioeconômico. Crianças com anormalidades anatômicas, como fissura palatina e síndrome de Down, apresentam maior taxa de OMA, provavelmente devido a anormalidades na tuba de Eustáquio. Alguns pacientes imunocomprometidos, incluindo os com infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), podem ter OMA recorrente como sintoma inicial de sua doença subjacente. A OMA e as infecções respiratórias superiores ocorrem sobretudo no inverno. A amamentação parece ser protetora. A OMA é muito menos comum em adultos, sendo tratada com os mesmos antibióticos que em crianças e adolescentes.
c) Etiologia;
A etiologia da otite média aguda pode ser viral ou bacteriana. As infecções virais são quase sempre complicadas por infecção bacteriana secundária. Em recém-nascidos, bacilos gram-negativos entéricos, em particular Escherichia coli, e Staphylococcus aureus, causam otite média aguda. Em recém-nascidos e crianças com < 14 anos, os microrganismos mais comuns são Streptococcus pneumoniae, Moraxella (Branhamella) catarrhalis, e Haemophilus influenzae não tipável; agentes menos comuns são estreptococos do grupo A beta-hemolítico e S. aureus. Em pacientes > 14 anos, S. pneumoniae, estreptococos do grupo A beta-hemolítico e S. aureus são os mais comuns, seguidos por H. influenzae.
d) Fisiopatologia;
Quando o paciente desenvolve um resfriado como, este leva a um processo infeccioso tanto na nasofaringe como na tuba auditiva, gerando um edema na tuba pela inflamação. Todo esse processo leva à disfunção tubária. A tuba auditiva tem as funções de equalizar a pressão com o ambiente e a drenagem de secreção. Na patologia, a pressão da orelha média fica cada vez mais negativa e isso favorece o acúmulo de secreções e consequentemente a colonização bacteriana.
e) Quadro Clínico;
O sintoma inicial habitual é a otalgia, muitas vezes com perda auditiva. Os lactentes podem simplesmente apresentar irritabilidade ou ter dificuldade para dormir. Febre, náuseas, vômitos e diarreia ocorrem, com frequência, em crianças pequenas. A otoscopia pode evidenciar abaulamento e hiperemia da membrana timpânica e perda do reflexo luminoso. A insuflação de ar (otoscopia pneumática) mostra mobilidade diminuída da MT. Perfuração espontânea da MT faz com que surja otorreia purulenta ou serossanguinolenta.
f) Diagnóstico;
O diagnóstico da otite média aguda geralmente é clínico, baseado na presença de dor aguda (em 48 horas), abaulamento da membrana timpânica e, particularmente em crianças, a presença de sinais de efusão da orelha média na otoscopia pneumática. Exceto para o líquido obtido no caso de indicar-se miringotomia, as culturas não são geralmente feitas.
A MT normal pode ser vermelha, rosa, amarela ou um padrão de cinza perolado ou translúcido. A presença de eritema em si não indica infecção porque o choro ou a febre podem causar hiperemia. No entanto, uma MT que é intensamente vermelha (definida como hemorrágica, forte ou moderadamente vermelha) é um achado extremamente sugestivo de OMA. A presença de opacificação, bolhas, níveis de fluido de ar ou retração da MT sugere efusão em orelha média.
Uma MT translúcida em um paciente com sinais e sintomas de infecção aguda é um achado considerado diagnóstico de infecção aguda. 
Características da otoscopia que são fundamentais para o diagnóstico diferencial da OMA: MT levemente opaca + hiperemia difusa leve ou moderada + ausência de abaulamento: sugere OMA viral. MT opaca + hiperemia intensa + presença de abaulamento + diminuição da mobilidade: sugere OMA bacteriana.
g) Tratamento;
Conduta expectante: observar de 48 a 72 horas, utilizando apenas sintomáticos. Nesses casos, deve-se sempre reavaliar o paciente com a otoscopia. Lembrar que cerca de 80% das otites têm resolução espontânea, sendo de etiologia viral e não necessitam de antibiótico. 
Para a analgesia: o iboprufeno é o mais indicado, mas o paracetamol pode ser utilizado nos casos de alergia. No Brasil também se usa a dipirona que é um excelente analgésico. Todos usados nas doses habituais. O uso do corticoide (prednisolona) pode ser indicado nos casos de OMA associada à presença de obstrução nasal importante. Os anti-histamínicos e descongestionantes não são recomendados, pois podem ressecar a secreção da orelha média, prolongando sua presença nessa cavidade. 
A antibioticoterapia: quando recomendada, deve ser escolhida baseada na eficácia contra os patógenos mais frequentes (Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis ), na posologia cômoda, nos possíveis efeitos colaterais, no sabor agradável, o que torna a adesão ao tratamento muito maior. Se a otalgia intensa ou a febre persistirem após 72 horas do início do tratamento, o antibiótico deve ser trocado. A timpanocentese pode ser indicada se, mesmo após a troca de medicamento, persistir a otalgia intensa.
03 - Entender Gripe:
a) Definição;
Infecção das vias aéreas pelo vírus Influenza humano, em geral, com evolução clínica aguda e febril, em surtos anuais, preferencialmente no inverno – vírus sazonal –, de grande contagiosidade e gravidade variável. Acomete ao mesmo tempo vários membros da família, sendo confundida, em geral, com o resfriado comum, rinite e rinite alérgica. É capaz de favorecer a infecção humana por outros microrganismos, além de diversas complicações. 
Individuo que apresente febre de inicio súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência de outro diagnostico especifico.
b) Diferenciar Rinite de Gripe (Quadro Clínico);
Espirros, prurido ocular, nasal e do palato, rinorreia e obstrução nasal e, com frequência, gotejamento de secreções para a nasofaringe, tosse, irritabilidade e fadiga.
c) Tipos;
Tipo A: é o mais prevalente; tem como reservatórios naturais o ser humano e várias espécies animais, especialmente aves selvagens, suínos, patos, galinhas, perus, cavalos, baleias e focas. As aves selvagens, usualmente, não adoecem, ao contrário das domésticas. Infecta o ser humano durantetodo o ano, com novos sorotipos, causando epidemias a cada triênio. Os suínos infectados com o vírus Influenza podem manifestar alterações clínicas semelhantes às humanas, como tosse, febre e coriza. É transmitido, raramente, de outros animais para o ser humano. Os subtipos de importância humana são constituídos por H1, H2, H3; e N1, N2; para as aves, por 16 H e nove N. As combinações possíveis de importância humana são: H1N1, H2N2, e H3N2. A função da H é facilitar a entrada do vírus na célula, enquanto da N é facilitar a sua saída após a replicação viral. É recente o encontro de infecção humana pelos subtipos H5, H7 e H9, que normalmente afetam as aves; sem relato, a não ser em condições excepcionalmente raras, de transmissão interpessoal. As proteínas de superfície desse tipo estão sujeitas a pequenas e constantes mudanças antigênicas (drift antigênico), que determinam diferenças entre os vírus da gripe entre épocas diferentes e permitem infectar novas populações humanas, com pouca ou nenhuma resistência imunológica. Essas variações associam-se com pequenas alterações que ocorrem entre um até poucos anos, ou grandes e capazes de infectar grandes grupos populacionais (pandemias). As variantes H1N1 selvagens são de baixa patogenicidade; entretanto, foram responsáveis por metade das gripes em 2006.
Tipo B: provoca infecções anuais no ser humano, causando epidemias a cada quatro a seis anos. Não afeta os animais nem possui subtipos. Portanto, não apresenta mudanças antigênicas. Os vírus circulantes B podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados em subtipos. Os vírus da gripe B são responsáveis o mesmo espectro da doença que a gripe A; contudo, os vírus da gripe B não causam pandemias. Tal propriedade pode ser uma conseqüência da escala limitada do anfitrião do vírus (somente seres humanos e selos), que limita a ocorrência de tensões novas pelo reassortment.
Tipo C: é endêmico, causa apenas casos esporádicos, sem importância epidemiológica, já que se associa com doença leve ou assintomática. Infectam humanos e suínos. 
Tipo D: foi identificado pela primeira vez em 2011, isolado nos Estados Unidos da América (EUA) em suínos e bovinos e não são conhecidos por infectar e causar a doença em humanos.
d) Etiologia;
Os vírus Influenza pertencem à família Orthomyxoviridae, gênero Influenzavirus. A subdivisão em tipos A, B e C baseia-se nas diferenças antigênicas da nucleoproteína (NP) e da proteína de matriz (M1). São vírus envelopados, cujo genoma é constituído de segmentos de RNA de fita simples e polaridade negativa, existindo diferenças significativas entre os três tipos de vírus, no que concerne organização genética, estrutura protéica, hospedeiro, além das características clínicas e epidemiológicas.
e) Quadro Clínico;
• Presença de febre (37,9 ºC a 39,6 ºC) e tosse (ou piora clínica em pacientes com pneumopatia crônica) de início agudo . • Evolução aguda com acometimento das vias aéreas, e curva térmica, usualmente, declinando após dois a três dias, e normalizando-se no sexto dia de evolução. • Período de incubação entre um a quatro dias. • Transmissão em adultos, usualmente, desde o início das manifestações clínicas até sete dias após; sendo nas crianças, entre sete até 14 dias; e, nos imunossuprimidos, por mais tempo. • Duração clínica máxima de sete dias. • Desenvolvimento súbito de calafrios, mal-estar, cefaleia, mialgia, dor de garganta, artralgias, prostração, rinorreia, e tosse seca. • Potencial associação com diarreia, vômitos, fadiga, rouquidão, vermelhidão da conjuntiva palpebral, tosse e fraqueza persistentes. • Queixas respiratórias mais evidentes com a sua progressão, mantidas, em geral, por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. •Aumento da temperatura corpórea, em geral, mais acentuado em crianças do que em adultos. • Rouquidão e a linfadenopatia cervical são mais comuns em crianças. • Evolução usual é para a sua resolução completa em sete dias. • Desenvolvimento de alguma complicação quando à temperatura corpórea aumenta por mais de três a cinco dias, sendo a mais comum a pneumonite primária pelo vírus Influenza, ou secundária à infecção bacteriana (condensação pneumônica). Pode associar-se também com miosite, aumento da desidrogenase lática, da creatinina quinase sérica (62%); linfocitopenia (61%); exacerbação de DPOC; síndrome de Reye e, raramente, miocardite, pericardite, mielite transversa e encefalite. • Fadiga que pode persistir por várias semanas em idosos. • Manutenção de tosse, lassidão e mal-estar por uma a duas, ou até por mais de seis semanas. • Ineficiência de antibioticoterapia na maioria dos pacientes; entretanto, a instalação de pneumonia bacteriana secundária requer a sua administração.
f) Diagnóstico;
Vírus em circulação na comunidade (epidemiologia) e - quadro clínico: início súbito, febre, tosse e comprometimento sistêmico e/ou - testes laboratoriais para diagnóstico. O diagnóstico laboratorial pode ser feito por cultura viral, testes sorológicos, detecção de antígenos virais e reação de cadeia de polimerase.
g) Tratamento;
Síndrome Gripal em pacientes sem fatores de risco • Deve-se fazer indicação de medicamentos sintomáticos, hidratação oral e repouso domiciliar. *Não usar Ácido acetilsalicílico
Síndrome Gripal em pacientes com fatores de risco • Está indicada, além do tratamento sintomático e da hidratação, independentemente da situação vacinal, a prescrição do Oseltamivir (primeiras 48h após inicio de sintomas) para todos os casos de SG, de forma empírica (NÃO SE DEVE AGUARDAR CONFIRMAÇÃO LABORATORIAL), que tenham fator de risco de complicações. O tratamento é feito com o antiviral, Fosfato de Oseltamivir 75 mg, VO, de 12 em 12h, por 5 dias, independente da situação vacinal com benefícios mesmo se iniciado depois de 48 horas de sintomas. Se impossibilidade de usá-lo, optar pelo Zanamivir 10mg = 2 puffs, via inalatória de 12 em 12h, por 5 dias.
• Consideram-se pacientes com fatores de risco para complicação: − crianças < 5 anos, adultos > 60 anos, − grávidas em qualquer idade gestacional, − puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal); nutrizes; − pessoas com comorbidades, tais como: pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias (incluindo hipertensão arterial grave); nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); distúrbios metabólicos (incluindo obesidade grau III e diabetes mellitus insulinodependente ou DM tipo II com maior risco, segundo critério médico); − portadores de síndromes genéticas e de transtornos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia ou outras doenças neuromusculares); − imunossupressão, inclusive medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana; − pessoas com menos de 18 anos de idade medicadas por longo período com Ácido acetilsalicílico. 
Inibidores dos canais de íon M2: Agem inibindo a atividade da proteína M2, necessária para a liberação do material genético viral dentro das células. São ativos apenas contra Influenza A, pois o tipo B não possui a proteína M2. São aprovados para crianças acima de um ano de idade. rimantadina e amantadina.
Inibidores da Neuraminidase: Os INA inibem a molécula de NA, presente na superfície dos vírus influenza A e B, indispensável para a liberação dos vírus recém formados das células infectadas. Também são ativos contra o vírus aviário. Embora a composição genética do vírus sofra mudança constante, a seqüência de aminoácidos do sítio ativo da enzima é altamente conservada, sendo um local ideal para terapia antiviral. Reduzem a duração da doença em aproximadamente um ou dois dias, quando usado dentro de 48 horas desde o início da doença. O início precoce do tratamento é decisivo para sua eficácia.
h) Prevenção;
As vacinas são alteradas anualmente, com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Elascontêm três cepas de vírus, sendo uma influenza A H3N2, uma influenza A H1N1 e uma B. Ao final do mês de fevereiro de cada ano, um grupo de especialistas da OMS reúne-se para avaliar os dados epidemiológicos coletados no ano anterior e recomendar as cepas de vírus influenza que terão maior chance de causar epidemias no ano subsequente, e que deverão compor a vacina a ser utilizada no inverno daquele ano, em países do hemisfério Norte. O mesmo procedimento é realizado no final de setembro em Melbourne, Austrália para definir a composição da vacina para o hemisfério Sul. A vacina contra o vírus influenza deve ser aplicada anualmente sempre nos meses de outono, antes do período epidêmico do vírus que geralmente ocorre no inverno. É aprovada acima dos 6 meses de vida.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda e distribui a vacina gratuitamente para: 1. Todas as pessoas com mais de 60 anos de idade; 2. Indívíduos que estão recebendo tratamento por tempo prolongado com ácido acetil salicílico e, portanto, estão em risco para o desenvolvimento da síndrome de Reye; 3. Indivíduos com doença pulmonar crônica (asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonite alveolar, doença respiratória resultante de exposição ocupacional ou ambiental, bronquiectasias, sarcoidose, granulomatose de Wegener, broncodisplasia, fibrose cística); 4. Indivíduos com cardiopatia crônica; 5. Indivíduos com asplenia anatômica ou funcional; 6. Indivíduos com diabetes mellitus; 7. Indivíduos com doenças de depósito (Doença de Gaucher, Doença de NiemannPick, Mucopolissacaridose, Glicogenose, Doença de Tay-Sachs, Doença de Sandhoff, Doença de Wilson, Síndrome de Lesch-Nyhan); 8. Indivíduos com doenças neurológicas; 9. Indivíduos com hepatopatia crônica de qualquer etiologia; 10. Indivíduos com imunossupressão (imunodeficiências congênitas, imunossupressão por câncer, terapêutica ou infecção por HIV); 11. Comunicantes domiciliares de imunodeprimidos; 12. Transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea; 13. Doadores de órgãos sólidos ou medula óssea; 14. Indivíduos com nefropatia crônica ou síndrome nefrótica; 15. Profissionais de saúde; 16. Indivíduos com trissomias.
. Contraindicações: Crianças menores de 6 meses de idade; Pessoas com história de anafilaxia a doses anteriores apresentam contraindicação a doses subsequentes
De acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada na Resolução Nº 4.184, de 15 de outubro de 2020 da Anvisa, a vacina influenza trivalente que será utilizada na campanha de 2021, tem a seguinte composição:
· A/Victoria/2570/2019 (H1N1) pdm09
· A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2)
· B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria)
• As vacinas influenza quadrivalentes deverão conter também um vírus similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013 (linhagem B/Yamagata).
Pacientes alérgicos ao ovo de galinha podem receber a vacina? Sim. Reações alérgicas a ovo, mesmo quando graves, como a anafilaxia, não são mais consideradas contraindicação nem precaução para o uso da vacina influenza. Em geral, essas pessoas, não apresentam eventos alérgicos ao serem vacinadas. Dessa forma, não é indicado realizar teste alimentar prévio com ovo no lactente ou em qualquer outra idade para decidir sobre uso da vacina. Observação: Diferente da SBIm, o PNI, em seu Informe Técnico da 23ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, mantém a precaução em casos de anafilaxia após ingestão de ovo. A recomendação é a de que a vacina seja administrada em ambiente adequado para tratamento de reação alérgica grave e, preferencialmente, sob supervisão médica.
Quimioprofilaxia:
É indicada para um grupo de pacientes assintomáticos que tiveram contato com caso suspeito ou confirmado de influenza em menos de 48 horas. Este grupo enquadra: pacientes com risco elevado de complicações e não ser vacinado ou ter se vacinado há menos de 14 dias, crianças menores de 9 anos, pessoas com grave imunossupressão, profissionais de saúde ou residentes de alto risco que residam em instituições de longa permanência. A quimioprofilaxia é feita com Fosfato de oseltamivir 75mg, 01 comprimido, via oral, uma vez ao dia, por 10 dias.
Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento; o Utilizar lenço descartável para higiene nasal; o Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; o Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; o Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; o Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; o Manter os ambientes bem ventilados; o Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza; o Evitar sair de casa em período de transmissão da doença; o Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados); o Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos; o Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre. 
04 - Entender DRAG (Gripe):
a) Definição;
Indivíduo de qualquer idade apresentando febre alta, mesmo que referida, tosse e dispnéia, acompanhadas de um ou mais dos sinais e sintomas abaixo: a) Aumento da frequência respiratória (de acordo com idade); b) Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente; c) Em crianças, além dos itens acima, observar, também, batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. Doença respiratória aguda com temperatura corpórea maior que 38 ºC, tosse e dispneia, acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais.
Síndrome gripal dispneia. Ou os seguintes sintomas de gravidade: saturação de SpO2 < 95%, sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com a idade. Piora nas condições clinicas de doença de base. Hipotensão em relação à pressão arterial ou individuo de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória aguda, durante período sazonal.
b) Fatores de Risco;
Gestantes, nutrizes, puérperas; crianças com menos de 2 anos de idade, pessoas com menos de 18 anos de idade em uso prolongado de ácido acetilsalicílico, adultos jovens, populações indígenas aldeadas, presença de comorbidades: pneumopatias, cardiovasculopatias, nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas, diabetes mellitus, obesidade grau III, disfunção cognitiva, lesões da medula espinhal, epilepsia, doenças neuromusculares, neoplasia, quimioterapia e outras drogas imunossupressoras.
c) Etiologia;
Dentre os principais agentes etiológicos que resultam em SRAG, estão os vírus (influenza A, dengue, vírus sincicial respiratório, adenovírus, hantavírus e coronavírus), e outros agentes (pneumococos, outras bactérias, Legionella sp., leptospirose, etc.)
d) Fisiopatologia;
H = responsável pela absorção e fusão do vírus à célula. 18.
N = implicado na liberação do vírus na célula. 11.
e) Quadro Clínico;
O quadro clínico pode ou não ser acompanhado das alterações laboratoriais e radiológicas listadas abaixo:
a) Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; 
b)Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação.
O alerta de agravamento da SRAG é representado pela presença de, pelo menos, um dos seguintes critérios:
• Agravamento dos sinais e sintomas iniciais (febre, mialgia, tosse, dispneia) • Alteração do estado de consciência, sonolência, confusão mental • Desidratação • Convulsões • Taquipneia: crianças: até 2 meses: FR > 60 irpm; > 2 meses e < 12 meses: > 50 irpm; 1 a 4 anos > 40 irpm; > 4 anos, FR > 30 irpm; adultos: FR > 25 irpm • Batimento de asa de nariz; tiragem intercostal, cornagem, sinais de toxemia • Hipotensão arterial (PAD < 60 mmHg ou PAS < 90 mmHg); FC elevada (> 120bpm) • Temperatura axilar > 38 ºC persistente por 3 a 5 dias • Leucocitose, leucopenia ou neutrofilia • Oximetria de pulso (Sat. O2) < 94% • Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou condensação • Em criança: cianose; desidratação, vômitos, inapetência, letargia;disfagia para líquidos, dificuldade de amamentar; dificuldade da família em medicar e observar cuidadosamente.
f) Diagnóstico;
A definição clínica de casos requer todos os itens a seguir:
· Febre (≥38 °C [100.4 °F])
· Um ou mais sintomas de infecção do trato respiratório inferior: tosse, dificuldade em respirar, dispneia
· Evidência radiológica de infiltrados pulmonares consistente com pneumonia ou síndrome do desconforto respiratório
· Nenhum diagnóstico alternativo que possa explicar por completo a doença.
Definição laboratorial de caso:
· Achados laboratoriais positivos de coronavírus de síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV) com base em um ou ambos os critérios de diagnóstico a seguir:
· Reação em cadeia da polimerase positiva em pelo menos 2 espécimes clínicos diferentes ou o mesmo espécime coletado em 2 ou mais ocasiões durante a evolução da doença
· Soroconversão entre a fase aguda e convalescente com isolamento viral e do soro.
Ao estabelecer o diagnóstico de SRAG, deve ser feita coleta de amostras de material biológico para exames complementares, inclusive de secreção nasofaríngea até o sétimo dia do início das manifestações clínicas, e proceder à internação hospitalar
g) Tratamento;
No indivíduo com manifestações clínicas compatíveis com Síndrome Respiratória Aguda Grave: • Recomenda-se internar o paciente, dispensando-lhe todos os cuidados que o caso requer; • Realizar avaliação clínica minuciosa; • Coletar amostras de material biológico dos pacientes com SRAG com internação hospitalar; • Coletar amostra de secreção nasofaringeana até o sétimo dia de início dos sintomas; • Orientar o afastamento temporário, de acordo com cada caso, das atividades de rotina (trabalho, escola, etc.), avaliando o período de transmissibilidade da doença; • Utilizar equipamentos de proteção individual;
Está indicada internação em terapia intensiva para pacientes que apresentarem as seguintes complicações: a) Instabilidade hemodinâmica; b) Sinais e sintomas de insuficiência respiratória; c) Hipoxemia, com necessidade de suplementação de oxigênio acima de 3 l/min. para manter a saturação arterial de oxigênio acima de 90%; d) Relação PO2/FiO2 abaixo de 300, caracterizando a lesão pulmonar aguda; e) Alterações laboratoriais como elevação significativa de desidrogenase láctica (DHL) e creatinofosfoquinase (CPK); alteração da função renal; e alteração do nível de consciência.
OBS: Para menores de 18 anos de idade, é contraindicado o uso de Salicilatos, em casos suspeitos ou confirmados de infecção por vírus influenza pandêmica (H1N1) 2009 por causa do risco de desenvolvimento da síndrome de Reye.
• O Oseltamivir deve ser utilizado em todos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); • O início do tratamento deve ser o mais precoce possível, o que não contraindica seu uso posterior, uma vez que os seus benefícios ocorrem mesmo se iniciado 48 horas após o início das manifestações clínicas; • A indicação de Zanamivir está autorizada somente em casos de intolerância ao Oseltamivir. • Posologia: ver Quadro 1.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/influenza_aprender_cuidar_banalizar_superestimar.pdf 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/sindrome_gripal_classificacao_risco_manejo.pdf

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