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Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 1 CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA CIVIL MANUAL DE FISCALIZAÇÃO OUTUBRO | 2021 Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 4 5 SUMÁRIO Palavra do Presidente........................................................ Câmara Especializada de Engenharia Civil 2021............ Diretoria 2021..................................................................... Missão/Visão CREA-SC....................................................... Apresentação....................................................................... Missão Institucional do Sistema Confea/Crea................ Perfil das Modalidades vinculadas ao Sistema Confea/Crea.................................................... O Agente Fiscal.................................................................... Instrumentos de Fiscalização............................................ Estratégias de Fiscalização................................................ Infrações e Penalidades..................................................... Base legal para a fiscalização do exercício profissional................................................... Referências Bibliográficas................................................. Glossário de termos técnicos e administrativos............. Anexo 1 - Prioridades de Fiscalização.............................. Anexo 2 - Tabelas Auxiliares.............................................. Anexo 3 - Parecer da CEEC Pré-Moldado......................... Anexo 4 - Parecer da CEEC SPE......................................... Equipe de Elaboração e Revisão do Manual 2020........... Equipe de Elaboração e Revisão do Manual 2010........... Equipe de Elaboração e Revisão do Manual 2007........... Expediente........................................................................... 07 08 09 09 11 12 13 14 18 22 30 37 42 44 62 92 96 107 116 118 119 122 Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 7Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 6 PALAVRA DO PRESIDENTE CREA-SC A fiscalização do exercício profissional é a principal missão do CREA-SC para garan- tir que serviços técnicos sejam realizados por profissionais legalmente habilitados, garantindo assim a segurança da socie- dade. Desta forma, é com grande satisfa- ção que apresentamos essa nova versão do Manual de Fiscalização da Engenharia Civil, fruto do trabalho dos conselheiros representantes das entidades de classe e instituições de ensino da Câmara Especializada de Engenharia Civil, da Assessoria Técnica e dos agentes fiscais, que, com sua experiência diária no exercício da fiscalização, ajudaram a compor este documento. O objetivo deste Manual é o de ajudar e orientar a nossa fiscalização, procurando observar e respeitar o correto exercício profissional da Engenharia, Agronomia e Geociências, obedecen- do a princípios éticos e normas técnicas e ambientais compatíveis com as demandas sociais. O intuito é orientar, num primeiro mo- mento e, caso necessário, agir com o necessário rigor, especial- mente contra leigos e acobertadores, sempre que a nossa legisla- ção profissional não for respeitada. Aproveitamos para parabenizar todos os envolvidos na elaboração deste material que será de grande valia aos agentes fiscais e a toda sociedade catarinense. Florianópolis/SC, outubro de 2021. Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier Presidente do CREA-SC 7 Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 8 9 MISSÃO / VISÃO CREA-SC MISSÃO Atuar com efetividade na orientação, fiscalização e valorização do exer- cício profissional, promovendo a melhoria da segurança e da qualidade de vida da sociedade. VISÃO Ser reconhecido pela sociedade e pelos profissionais como instituição referência por sua efetividade, integridade, credibilidade e ética. DIRETORIA 2021 Presidente: Eng. Civil e Seg. Trab. Carlos Alberto Kita Xavier 1ª Vice-Presidente: Engª. Sanit. Amb. e Seg. Trab. Fernanda Maria Felix Vanhoni 2º Vice-Presidente: Eng. Ind. e Met. Luiz Carlos Ferraro 1ª Secretária: Engª. Civil Gislaine Luvizão 2º Secretário: Eng. Agrim. Valdir Pedro Schneider 3º Secretário: Eng. Quím. e Seg. Trab. Rodrigo Menezes Moure 1ª Tesoureira: Engª. Agr. Angela Cristina Paviani 2º Tesoureiro: Eng. Civil e Seg. Trab. Ederson Rogério Antonini CÂMARA ESPECIALIZADA DE ENGENHARIA CIVIL 2021 Eng. Civil ADILSON PINHEIRO (COORDENADOR ADJUNTO) Eng. Civil ALOÍSIO PEREIRA DA SILVA Eng. Civil e Seg. Trab. CARLOS AUGUSTO MENEZES Eng. Civ. e Seg. Trab CARLOS EDUARDO CAVALLI Engª. Civil CAROLINE ELIDIANA SANTOS DE LUCCA Eng. Civ. DANILO CARLOS EDUARDO CHAVEZ CALDERON Eng. Civil e Seg. Trab. DENIS ASSIS DA SILVA Eng. Civ. e Seg. Trab. EDERSON ROGÉRIO ANTONINI (2º TESOUREIRO) Eng. Civil ELTON POLINA Eng. Civil ESTEVÃO ROBERTO RIBEIRO Engª. Sanit. Amb. e Seg. Trab. FERNANDA MARIA FELIX VANHONI (1ª VICE-PRESIDENTE) Eng. Civil GIORGIO MURARA ALVES Eng. Civil GISLAINE LUVIZÃO (1ª SECRETÁRIA) Engª. Civil GIZIANE DE BRITO Eng. Civil GUILHERME TAVARES DA SILVA Eng. Civil JONAS DIETER OEHLEMANN Eng. Civil LEO SARAIVA CALDAS Eng. Civil LUIZ CEZAR SAKR Eng. Amb. LUIZ HENRIQUE ROSA DA SILVA Eng. Civil LUIZ FERNANDO RECH Eng. Civil LUIZ FRANCISCO TEIXEIRA MARCONDES Eng. Civil MARCELO FIALKOSKI Eng. Civil MARCO ANTONIO DOS SANTOS BITTENCOURT Eng. Civil MARCOS RAFAEL ZINI Eng. Civil MESSIAS RAMOS JÚNIOR Eng. Amb. NILSO BARROS JÚNIOR Eng. Civil PAULO RUARO Eng. Amb. RAFAEL CRISTIANO WOLTER Eng. Civil RAFAEL PACHECO Eng. Civil RAFAEL PHILIPPI GAMA SALLES Eng. Civil ROGERIO NOVAES (COORDENADOR DE CÂMARA) Eng. Civ. e Seg Trab. ROMUALDO THEOPHANES DE FRANÇA JÚNIOR Eng. Civil SERGIO LUIZ MAZALLI Eng. Civil SILVIA SANTOS Eng. Civil e Seg. Trab. SILBERTO PROVESI Eng. Amb. TIAGO BORGA Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 10 11 APRESENTAÇÃO Este trabalho, baseado na proposta apresentada pela Co- missão de Exercício Profissional – CEP, do Confea, vem ao encon- tro do que estabelece o art. 24 da Lei nº. 5.194, de 24 de dezem- bro de 1966. O citado dispositivo confere ao Sistema Confea/Crea tanto a destinação institucional de verificar o exercício profissional quanto o de fiscalizar a atividade profissional. A prática mostra, entretanto, que as estruturas do Sistema destinadas à fiscalização cuidam, exclusivamente, da verificação do exercício profissional, isto é, do atendimento, por profissionais e empresas, dos requisitos administrativos, legais e formais, entre eles o pagamento das taxas devidas ao Sistema ou a anotação da responsabilidade técnica pela execução de determinado empreendimento. As orientações aqui apresentadas visam nortear os procedimentos relacionados à verificação do exercício profissional, fornecendo informações essenciais aos membros da câmara especializada de engenha- ria civil, gerentes e agentes de fiscalização, para que os seus trabalhos sejam realizados de forma eficiente e eficaz. Ao apresentar padrões de comportamento desejáveis para o agente fiscal, estratégias para orientar o trabalho da fiscalização, as infrações mais comuns e glossário de termos técnicos usuais no Sistema, este manual constitui um valioso instrumento disponibi- lizado ao CREA-SC, para a uniformização de seus procedimentos administrativos relativos à verificação do exercício das profissões regulamentadas. Bem aplicado proporcionará, também, uma re- dução nos custos, maior celeridade no trâmite e redução de erros na condução de processos decorrentes de falhas nas fases de ins- tauração, instrução, análise e julgamento. Câmara Especializada de Engenharia Civil | CEEC 2021 Manual de Fiscalização Câmara Especializadade Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 12 13 MISSÃO INSTITUCIONAL DO SISTEMA CONFEA/CREA Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agrono- mia, denominados CONFEA e CREA, respectivamente, autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, constituem serviço público federal. O CONFEA, instância superior da fiscaliza- ção do exercício profissional da Engenharia e da Agronomia, pos- sui atribuições, dentre outras, de expedir regulamentos para a exe- cução da Lei nº. 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e de coordenar a ação dos Creas, no âmbito dos estados da Federação, de for- ma a assegurar a unidade de ação no cumprimento de sua missão institucional. O CONFEA e os Creas compõem o Sistema Confea/ Crea, criado pelo Decreto nº. 23.569, de 11 de dezembro de 1933. Atualmente regido pela Lei n° 5.194, de 1966, o Sistema Confea/ Crea tem como missão garantir a prestação de serviços técnicos e a execução de obras relacionadas à Engenharia e à Agronomia, com a participação de profissional habilitado, de acordo com a le- gislação vigente. Os Creas, visando a maior eficiência da fiscalização, pos- suem a prerrogativa de criar câmaras especializadas por grupo ou modalidade profissional. Esses órgãos são incumbidos de, entre outras atribuições, julgar e decidir, em primeira instância, sobre os assuntos de fiscalização e infração à legislação profissional. PERFIL DAS MODALIDADES VINCULADAS AO SISTEMA CONFEA/CREA Para fins de organização da representação nos plenários dos Creas e da constituição das câmaras especializadas, o CON- FEA definiu oito modalidades profissionais, abrigadas nos grupos da Engenharia e da Agronomia. Grupo Engenharia: modalidades: Civil, Elétrica, Mecânica e Metalúrgica, Geologia e Minas, Química e Agrimensura. Grupo Agronomia: Integram esta modalidade os enge- nheiros agrícolas, os engenheiros agrônomos, os engenheiros de pesca, os engenheiros florestais, os meteorologistas, os engenhei- ros de aquicultura, bem como os tecnólogos. Campo de Atuação: Engenharia de Segurança do Trabalho. Na sequência, serão abordadas as características das pro- fissões agrupadas na Modalidade Civil, visto que uma das dificulda- des encontradas pelo pessoal incumbido da fiscalização é identifi- car, de forma clara, onde atuam e quais as atividades são privativas destes profissionais. Modalidade Civil Enquadram-se nesta modalidade os engenheiros ambien- tais, os engenheiros civis, os engenheiros de fortificação e cons- trução, os engenheiros hídricos, os engenheiros de operação (construção civil, construção de estradas, edificações e estradas), os engenheiros industriais (civil), os engenheiros militares, os enge- nheiros rodoviários, os engenheiros sanitaristas, os engenheiros sa- nitaristas e ambientais, os engenheiros de infraestrutura aeronáu- tica, os engenheiros de produção (civil), os engenheiros hídricos, os urbanistas, bem como os tecnólogos. De acordo com sua ha- bilitação específica, limitados à sua formação curricular, atuam na concepção e planejamento de diversos tipos de serviços e obras de Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 15Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 14 construção civil, bem como nos estudos de sua viabilidade técnica e econômica. Exercem atividades relacionadas com o dimensiona- mento das construções, com a escolha e especificação de materiais de construção, além do acompanhamento técnico da execução de obras e serviços. Estudam e propõem soluções para as obras civis, tais como: edifícios e grandes edificações, estradas, pontes, viadu- tos, túneis, dentre outras. Incumbem-se das obras de infraestrutura, como barragens, obras de contenção de encostas, obras de terra, bem como do planejamento de meios de transporte e de tráfego. Atuam também no desenvolvimento de projetos e empreendimen- tos de sistemas de saneamento básico (água, esgoto, resíduos sóli- dos e drenagem) e de pesquisa e gestão ambiental, visando preser- var e restabelecer o meio ambiente sob modelos sustentáveis, tanto ecológica quanto economicamente. A verificação do exercício profissional O objetivo da fiscalização é verificar o exercício e atividades das profissões reguladas pela Lei n° 5.194, de 1966, nos seus níveis supe- rior e médio, de forma a assegurar a prestação de serviços técnicos ou execução de obras com participação de profissional habilitado e em observância aos princípios éticos, econômicos, tecnológicos e ambientais compatíveis com as necessidades da sociedade. A fis- calização deve apresentar um caráter educativo e preventivo em um primeiro momento e, não obtendo êxito, de caráter coercitivo. Sob o aspecto educativo e preventivo deverá a fiscalização do Crea orientar os profissionais, órgãos públicos, dirigentes de empresas e outros segmentos sociais sobre a legislação que regulamenta o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea e os direitos da sociedade, documentando as inconformidades identi- ficadas e as penalidades previstas na legislação vigente. Sob o as- pecto coercitivo, a fiscalização deve ser célere, clara, objetivando o cerceamento total do exercício ilegal da profissão. Estão sujeitos à fiscalização as pessoas físicas - leigos ou profissionais - e as pessoas jurídicas que executam ou se constituam para executar serviços ou obras de Engenharia ou de Agronomia. O AGENTE FISCAL O agente fiscal é o funcionário do Conselho Regional de- signado para exercer a função de agente de fiscalização. Lotado na unidade encarregada da fiscalização do Crea, atua conforme as diretrizes e as determinações específicas traçadas e decididas pe- las câmaras especializadas. No desempenho de suas atribuições, o agente fiscal deve atuar com rigor e eficiência para que o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea ocorra com a participação de profissionais e empresas legalmente habilitados, cabendo a estes seguir as normas regulamentadoras do exercício profissional. Para o desempenho da atividade de fiscalização, res- trita à verificação do cumprimento da legislação tanto por pessoas físicas ou jurídicas, no que diz respeito ao exercício da Engenharia e da Agronomia, em todas as suas atividades e níveis de formação, não se exige que o agente fiscal seja detentor de diploma ou certi- ficado nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Postura do Agente Fiscal Quando da fiscalização no local de obra ou serviço, o agen- te fiscal deverá: • Identificar-se, sempre, como agente de fiscalização do Crea, exibindo sua carteira funcional; • Agir com a objetividade, a firmeza e a imparcialidade necessá- rias ao cumprimento do seu dever; • Exercer com zelo e dedicação as atribuições que lhe forem conferidas; • Tratar as pessoas com urbanidade; • Apresentar-se de maneira condigna com a função que exerce; • Rejeitar vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atri- buições; Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 16 17 • Identificar o proprietário ou responsável pela obra ou serviço; • Identificar o profissional ou empresa responsável pela execu- ção da obra ou serviço (solicitar cópia da Anotação de Respon- sabilidade Técnica – ART); • Identificada irregularidade, informar ao proprietário ou respon- sável pela obra ou serviço; • Orientar sobre a forma de regularizar a obra ou serviço; • Informar ao proprietário ou responsável pela obra ou serviço sobre a legislação que rege o exercício profissional; e • Elaborar relatório de fiscalização. Se, durante a fiscalização, o proprietário ou responsável pela obra ou serviço perder a cal- ma, não quiser apresentar documentos ou tornar-se violento, o agente fiscal deverá manter postura comedida e equilibrada. A regra geral é usar o bom senso. Se oportuno, suspender os trabalhos e voltar em outro momento. CompetênciaLegal A aplicação do que dispõe a Lei nº 5.194, de 1966, no que se refere à verificação e à fiscalização do exercício das atividades e das profissões nela reguladas, é de competência dos Creas. Para cumprir essa função os Creas, usando da prerrogativa que lhe con- fere o art. 77 da Lei n° 5.194, designa funcionários com atribuições para lavrar autos de infração às disposições dessa lei, denominados agentes fiscais. Atribuições Específicas do Agente Fiscal • Verificar o cumprimento da legislação por pessoas jurídicas que se constituam para prestar ou executar serviços ou obras de Engenharia ou Agronomia: • Verificar o cumprimento da legislação por profissionais da En- genharia, da Agronomia; • Identificar obras e serviços cuja execução seja privativa de profissionais vinculados ao Sistema Confea/Crea, e verificar o cumprimento da legislação profissional; • Identificar o exercício ilegal das profissões da Engenharia ou da Agronomia, e notificar os infratores; • Elaborar relatório de fiscalização de forma a subsidiar decisão de instância superior; • Executar ações de caráter preventivo, junto a profissionais e empresas, de forma a orientá-los no cumprimento da legisla- ção que regulamenta as profissões vinculadas ao Sistema Con- fea/Crea; • Orientar as pessoas e as empresas, sempre à luz da legislação, quanto à regularidade das obras e serviços de Engenharia e Agronomia; • Lavrar auto de infração, em conformidade com a legislação vigente, contra pessoas jurídicas, profissionais ou leigos, que exerçam atividades privativas dos profissionais da Engenharia ou da Agronomia, sem estarem legalmente habilitados; • Cumprir a sua função de fiscalizar, colocando em prática os co- nhecimentos de legislação vigente a as orientações recebidas; • Exercer outras atividades relacionadas à sua função. Conhecimentos Básicos Necessários ao Desempenho da Função • Legislação relacionada às profissões vinculadas ao Sistema Confea/Crea; • Características das profissões regulamentadas e fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea; • Capacidade de identificar os diversos ramos de atividades eco- nômicas que exigem a participação de profissionais da Enge- nharia ou da Agronomia; • Informática; • Procedimentos e características do processo administrativo. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 19Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 18 INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO No cumprimento da rotina de seu trabalho, o agente fiscal deverá utilizar algumas ferramentas para registrar os fatos obser- vados e, se pertinente, dar início ao processo administrativo de- vido. Um processo administrativo bem instruído proporcionará maior facilidade e celeridade na análise dos fatos pelas instâncias decisórias do Crea. A Decisão Normativa nº 95, de 24 de agosto de 2012, apro- vou as Diretrizes Nacionais da Fiscalização do exercício e da ativi- dade profissional do Sistema Confea/Crea. Neste item, serão descritas algumas ferramentas imprescindíveis ao agente fiscal, necessárias à boa execução do seu trabalho. Relatório de Fiscalização Tem por finalidade descrever, de forma ordenada e minu- ciosa, aquilo que se viu, ouviu ou observou. É um documento des- tinado à coleta de informações das atividades exercidas no âmbito das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea e é desenvol- vida no local onde o serviço ou a obra está sendo executada. Na fiscalização, seja o empreendimento público ou privado, o agente fiscal deve solicitar a apresentação das ARTs de projeto e de execução, bem como verificar a existência de placa identifican- do a obra e o responsável técnico. No caso de prestação de servi- ços, deverá ser solicitada também a apresentação dos contratos fir- mados entre o empreendedor e o profissional responsável técnico. O relatório, normalmente padronizado pelo Crea, deve ser preenchido cuidadosamente e deve conter, no mínimo, as seguin- tes informações: • Data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal; • Nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fisca- lizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ; • Identificação da obra, serviço ou empreendimento, com infor- mação sobre o nome e endereço do executor, descrição deta- lhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação; • Nome completo, título profissional e número de registro no Crea do responsável técnico, quando for o caso; • Identificação das ARTs relativas às atividades desenvolvidas, se houver; • Informações acerca da participação efetiva do responsável téc- nico na execução da obra, serviço ou empreendimento, quan- do for o caso; • Descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legis- lação profissional; e • Identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na obra, serviço ou empre- endimento, se for o caso. O agente fiscal deve recorrer ao ban- co de dados do Crea para complementar as informações do relatório de fiscalização. Quando necessário, ao relatório de fiscalização devem ser anexa- dos documentos que caracterizam a infração e a abrangência da atuação da pessoa física ou jurídica na obra, serviço ou empreendi- mento, a saber: • Cópia do contrato social da pessoa jurídica e de suas alterações; • Cópia do contrato de prestação do serviço; • Cópia dos projetos, laudos e outros documentos relacionados à obra, ao serviço ou ao empreendimento fiscalizado; Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 20 21 • Fotografias da obra, serviço ou empreendimento; • Laudo técnico pericial; • Declaração do contratante ou de testemunhas; ou • Informação sobre a situação cadastral do responsável técnico, emitido pelo Crea. Auto de Infração Este documento deve ser lavrado contra leigos, profissio- nais ou pessoas jurídicas que pratiquem transgressões aos precei- tos legais que regulam o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Segundo o ilustre professor e jurista Hely Lopes Meirelles, estes atos pertencem à categoria dos atos administrativos vincula- dos ou regrados, aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização. Nessa categoria de atos, as imposições legais absorvem, quase por completo, a liberdade do administrador, uma vez que seu poder de agir fica adstrito aos pressupostos estabelecidos pela norma legal para a validade da ação administrativa. Desatendido qualquer requisito, compromete-se a eficácia do ato praticado, tornando-o passível de anulação pela própria administração ou pelo judiciário, se assim requerer o interessado. Ainda, tratando-se de atos vinculados ou regrados, impõe-se à administração o dever de motivá-los, no sentido de evidenciar a conformação de sua prática com as exigências e requisitos legais que constituem pressupostos necessários de sua existência e validade. Portanto, o auto de infração não pode prescindir de cer- tos requisitos, tais como a competência legal de quem o pratica, a forma prescrita em lei ou o regulamento e o fim indicado no texto legal em que a fiscalização se apóia. Assim como a notificação, o auto de infração, grafado de forma legível, sem emendas ou rasuras, deve apresentar, no míni- mo, as seguintes informações: • Menção à competência legal do Crea para fiscalizar o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; • Data da lavratura, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal; • Nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica autu- ada, incluindo, obrigatoriamente, CPF ou CNPJ; • Identificação da obra, serviço ou empreendimento, com infor- mação sobre a sua localização, nome e endereço do contra- tante, indicação da natureza da atividade e sua descrição de- talhada; • Identificação da infração, mediante descriçãodetalhada da ir- regularidade, capitulação da infração e da penalidade, e valor da multa a que estará sujeito o autuado; • Data da verificação da ocorrência; • Indicação de reincidência ou nova reincidência, se for o caso; e • Indicação do prazo de dez dias para efetuar o pagamento da multa e regularizar a situação ou apresentar defesa à câmara especializada. A infração somente será capitulada, conforme o caso, nos dispositivos das Leis n os 4.950-A e 5.194, ambas de 1966, e 6.496, de 1977, sendo vedada a capitulação com base em instrumentos normativos do Crea ou do Confea. Os autos de infração devem ser entregues pessoalmente ou enviadas por via postal com Aviso de Recebimento - AR ou por outro meio legal admitido que assegure a certeza da ciência do au- tuado. O comprovante de recebimento do auto de infração deverá ser anexado ao processo administrativo que trata do assunto. Caso o autuado recuse ou obstrua o recebimento do auto de infra- ção, o fato deverá ser registrado no processo. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 23Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 22 ESTRATÉGIAS DE FISCALIZAÇÃO Conceitualmente, estratégia consiste na aplicação dos meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específi- cos. Neste item, serão abordados aspectos relacionados a estraté- gias de fiscalização como um componente do planejamento desta. O Planejamento da Fiscalização A fiscalização deve ser uma ação planejada, coordenada e avaliada de forma contínua, tendo em foco o alcance dos seus ob- jetivos. Para tal, a unidade do Crea responsável pela fiscalização, em parceria com a respectiva câmara especializada, deverá defi- nir, periodicamente, um programa de trabalho contendo diretrizes, prioridades, recursos necessários e metas a alcançar, dentre outros. Durante o processo de execução do programa de traba- lho, os resultados da ação deverão ser monitorados e submetidos constantemente a uma avaliação por parte da unidade respon- sável pela fiscalização. Essas informações deverão ser levadas ao conhecimento das respectivas câmaras especializadas, de forma a agregar críticas que servirão para nortear a reprogramação do período seguinte. No planejamento deve ser definida, também, a estratégia de trabalho, explicitando os meios necessários à consecução dos objetivos. Deve constar do planejamento as diretrizes básicas, en- tendidas como um conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo o plano de fiscalização. Essas diretivas podem ser expressas a partir das respostas às seguintes questões: • O que fiscalizar? • Quem/onde fiscalizar? • Como fiscalizar? • Qual a meta? O que fiscalizar? Consiste em estabelecer prioridades, definidas de forma conjunta entre a unidade de fiscalização e as câmaras especializa- das, ressaltando a diversificação da fiscalização e contemplando as várias modalidades profissionais. A eleição das prioridades deve guardar estreita relação com as atividades econômicas desenvolvi- das na região, capacidade atual e projetada dos recursos humanos e financeiros e, também, com a identificação dos empreendimen- tos e serviços que, devido à natureza de suas atividades, se consti- tuam em maiores fontes de riscos à sociedade. Quem/ onde fiscalizar? Após definidas as obras e serviços prioritários para a fiscali- zação deve-se verificar: • Onde estão sendo realizados; e • Se as atividades relacionadas às respectivas obras e serviços estão sendo executadas por profissional registrado. Como fiscalizar? A verificação do exercício profissional poderá ocorrer de forma indireta ou direta, desenvolvendo-se as ações no escritório ou no campo, respectivamente. a) Forma indireta – Ocorre quando se desenvolve o trabalho sem deslocamento físico do agente fiscal, por meio de pesquisa em: • Jornais e revistas; • Diário oficial do estado; • Catálogos telefônicos (páginas amarelas); • Pesquisas em sítios na rede mundial de computadores – Internet; e • Convênios com órgãos públicos e privados. Esta forma de fiscalização não deve ser a única a ser empreendida pelo Crea. É oportuno que ocorra em associação com a forma Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 24 25 direta, sendo recomendável a sua utilização como base para o planejamento da fiscalização. b) Forma direta – É caracterizada pelo deslocamento do agente fiscal, constatando in loco as ocorrências, inclusive aquelas identificadas no escritório. Qual a meta? Uma das etapas do processo de planejamento é a definição das metas a serem alcançadas. As metas expressam os quantitativos a serem atingidos em um intervalo de tempo e estão relacionadas aos objetivos estabelecidos pelo Crea. No momento do planeja- mento, o Crea deverá ajustá-las às suas disponibilidades de recur- sos humanos e financeiros, estabelecendo as prioridades. Procedimentos do Agente de Fiscalização Por ocasião da fiscalização à obra, empreendimento ou empresa, o Agente de Fiscalização deverá elaborar o Relatório de Fiscalização sempre que constatar a execução de serviços técnicos e atividades na área de atuação da Engenharia e/ou Agronomia. Na fiscalização, tanto em obras em andamento como em empresas e estabelecimentos em funcionamento, públicos ou pri- vados, o Agente de Fiscalização deverá solicitar a apresentação dos projetos e respectivas ARTs (de projetos e/ou de execução), devi- damente preenchidas, assinadas e pagas (chancela), sendo que, no caso de prestação de serviços, o Agente de Fiscalização deverá ve- rificar/solicitar a respectiva ART, o contrato entre as partes e/ou a nota fiscal e/ou ordem de serviço, obtendo, sempre que possível cópia dos mesmos, observando: 1. Quando ART: Capacidade, quantidade/dimensões, au- tenticidade e outros dados relevantes da obra/serviço. Se os proje- tos e/ou a execução estão de acordo com o declarado nas ARTs; 2. Quando Contrato entre as partes: A validade do contra- to, objeto do contrato, detalhe da obra/serviço, razão social da em- presa contratada. 3. Quando Nota Fiscal e/ou Ordem de Serviços: O tipo de serviço contratado (detalhado), período da realização do serviço (anotar no Relatório de Fiscalização o número da nota fiscal/ordem de serviço). Sendo necessário, o Agente de Fiscalização deve, em formulário apropriado, que será apensado ao Relatório de Fiscali- zação, anotar informações complementares que julgar necessários. OBS 1: Quando a atividade for a de prestação de serviços, é necessário obter e informar no Relatório de Fiscalização, dados sobre o equipamento utilizado e/ou em manutenção, obtendo mar- ca, modelo, potência, ou outras informações relevantes que julgar necessário. OBS 2: Na fiscalização direta às obras, orientar às empresas da obrigatoriedade de placas visíveis e legíveis ao público contendo o nome do autor e co-autores do projeto, em todos os seus as- pectos técnicos e artísticos, assim como os dos responsáveis pela execução dos trabalhos (art.º 16 da Lei 5.194/66). Procedimentos Internos Após a entrega do Relatório de Fiscalização pelo Agente Fiscal no setor interno de fiscalização, a fim de se complementar as informações obtidas no campo, deverão ser feitas verificações ad- ministrativas junto ao sistema informatizado (Sistema Corporativo) na busca de dados com relação à: a) ARTs que tenham ou deveriam ter sido registradas, refe- rentes aos serviços contratados; b) se as ART’s estão de acordo com a legislação vigente com relação aos campos obrigatórios a serem preenchidos, o valor correto da taxa recolhida, e as atribuições do profissional condi- zente com a atividade técnica anotada/assumida; c) se o Profissional (ou Profissionais) está (ão) devidamente Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de EngenhariaCivil 26 27 habilitado (s) para o exercício das atividades anotadas, ou seja, atri- buições compatíveis com as atividades; d) se as Empresas/Pessoas Jurídicas que prestam serviços técnicos possuem registro ou visto regular no CREA. De posse do Relatório de Fiscalização, acompanhado das possíveis informações complementares emitidas pelo próprio Agente Fiscal e, das informações internas obtidas junto ao sistema informatizado do CREA, poder-se-á definir ou concluir por uma das situações a seguir, para as quais se tem o respectivo procedi- mento, quais sejam: a) Obra e/ou serviço regular: O Processo é encaminhado para análise e determinação de arquivamento. b) Obra e/ou serviço irregular: 1) Verificar se existe participação de profissional(is) devida- mente habilitado(s) – com seu registro regular e suas atribuições condizentes com a(s) atividade(s) profissional(is) desenvolvida(s), sendo que: 1.1) Caso se constate a participação de profissional(is), de- ve-se notificá-lo(s) para que apresente(m), dentro do prazo esti- pulado, a(s) respectiva(s) ART(s), referentes àquela obra/serviço, na qual aparece(m) como partícipe(s), sendo que, o não atendimento à solicitação no prazo pré-determinado, o(s) mesmo(s) deverá(ão) ser autuado(s) por falta de ART. Após a verificação da participação ou a existência de pro- fissionais e, ou de empresas na obra, seja através do relatório de fiscalização, informações complementares, sistema informatizado do CREA ou ainda a apresentação da(s) ART(s) solicitada(s), deverá ser analisada a situação do(s) profissional(is) com relação à(s) sua(s) atribuição(ões) para a(s) atividade(s) assumida(s)/desenvolvida(s) bem como, com relação a regularidade do(s) seu(s) registro(s)/vis- to(s) junto ao CREA, sendo que, para esses casos, poderão ser en- contradas as seguintes situações: • Profissional sem atribuição para a atividade desenvolvida: Caso em que o assunto será encaminhado à Câmara Especilaizada, nos termos da Resolução, sendo que o interessado será informado do cancelamento da ART referente ao serviço anotado e da possi- bilidade da sua autuação por exercício de atividades estranhas além do que, deve haver a notificação do proprietário/contratante para que contrate um novo profissional a fim de proceder a regulariza- ção da obra ou serviço dentro do prazo estipulado; • Profissional e/ou Empresa sem registro/visto: Caso em que o(s) mesmo(s) deve(m) ser notificado(s) para regularizar essa situação, a qual, caso não seja procedida e atendida, suscitará a(s) sua(s) autuação(ões) por falta de registro/visto e na notificação do proprietário/contratante a fim de proceder a regularização da obra dentro do prazo estipulado. 1.2) Caso não seja encontrado ou constatado participação de profissional ou empresa executora, deve-se notificar o proprie- tário para regularizar a situação, a qual, caso não seja atendida no prazo pré-determinado, suscitará a sua autuação por exercício ilegal (pessoa física ou jurídica). Quando do atendimento à notifi- cação, o proprietário deve contratar um profissional devidamen- te habilitado – com seu registro regular e atribuições condizentes com a(s) atividade(s) profissional(is) desenvolvida(s) - para efetuar a regularização necessária, a qual deve ser procedida de acordo com resolução especifica do CONFEA ( atualmente a de n0 229/75), além de, necessariamente ser deferida pelo CREA. Notas: 1) Caso o proprietário já tenha sido autuado, poderá ain- da proceder à regularização da situação conforme citado acima, quando lhe será oportunizado o pagamento da multa imposta, em seu valor mínimo. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 28 29 2) Nos casos em que houver apenas o pagamento da multa, sem a devida regularização, o(s) proprietário(s) estará(ão) passível(is), após o trânsito em julgado da 15 primeira infração, de novas autuações até que seja deferida, pelo CREA, a competente regularização. 3) Nos casos em que a(s) multa(s) não seja(m) paga(s), mes- mo tendo sido a regularização deferida pelo CREA, o(s) seu(s) res- pectivo(s) Auto(s) de Infração(ões) será(ão) inscrito(s) na Dívida Ati- va e cobrados judicialmente. 4) Quando ocorrerem a reincidência e nova reincidência, ou seja, o proprietário infrator praticar novamente o ato pelo qual já fora condenado, seja em outra obra, serviço ou atividade técnica, desde que capitulado no mesmo dispositivo legal daquela transita- da em julgado, os valores das multas serão aplicados em dobro. Destaca-se ainda: a) O CREA, antes da emissão de qualquer Auto de Infração, deve, com base no relatório de fiscalização, elaborado pelo Agente Fiscal e nas informações e dados complementares auferidas admi- nistrativamente junto ao seu sistema corporativo de informações. b) Uma vez ter se esgotado o prazo legal dado ao pretenso infrator para proceder à regularização de uma falta ou irregularida- de, sem que isso tenha sido providenciado e deferido pelo CREA, deve ser emitido o Auto de Infração, o qual abrangerá todas as situ- ações compreendidas pelas Leis Federais números 5.194/66, 4.950- A/66, 6.496/77, 6.514/77, 7.410/85 e Decreto nº 92.530/86 da forma que consta do Capítulo VIII deste Manual. c) Os casos duvidosos de- vem ser enviados à Câmara Especializada do Crea para deliberação. No Anexo 1 são apresentadas, n as prioridades de fiscaliza- ção relativas à Modalidade Civil, obtidas a partir do manual de fisca- lização elaborado pelas coordenadorias de câmaras especializadas de engenharia civil dos Creas e de um amplo estudo realizado pela CEEC do CREA-SC. O Anexo 2 apresenta as tabelas auxiliares para fiscalização de empreendimentos em construção e para empreendimentos em funcionamento. O Anexo 3 apresenta o parecer da CEEC relacionado a em- presas que produzem pré- moldados, pré-fabricados e similares e o Anexo 4 apresenta o parecer da CEEC relacionado a empresas cons- tituídas como Sociedade de Propósito específico-SPE. Este manual de Fiscalização deverá ser revisado anualmente pela Câmara Especializada de Engenharia Civil. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 31Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 30 INFRAÇÕES E PENALIDADES Verificada a infração a normas legais, o agente fiscal deve- rá lavrar o auto de infração, observando a devida correspondência entre a descrição do fato e o dispositivo legal infringido. Para facilitar a identificação da infração deverá ser indicado na capa do processo o enquadramento no dispositivo legal corres- pondente, sendo apresentadas, a seguir, as principais ocorrências rotineiramente registradas pela fiscalização do CREA-SC: EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO/LEIGOS Descrição: pessoa física leiga que executa atividade técnica privati- va de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea Infração: alínea “a” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “d” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO/PROFISSIONAL SEM REGIS- TRO NO CREA Descrição: profissional fiscalizado pelo Sistema Confea/Crea que executa atividades técnicas sem possuir registro no Crea. Infração: art. 55 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “b” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. 16 EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO: PESSOA JURÍDICA SEM RE- GISTRO NO CREA (COM OBJETIVO SOCIAL RELACIONADO ÀS ATIVIDADES PRIVATIVAS DE PROFISSIONAIS FISCALIZADOS PELO SISTEMA CONFEA/CREA) Descrição: pessoa jurídica que exerce atividade técnica nos termos da Lei nº 5.194, de 1966, e que não possui registro no Crea. Infração: art. 59 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “c” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO: PESSOA JURÍDICA SEM OB- JETIVO SOCIAL RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES PRIVATIVAS DE PROFISSIONAIS FISCALIZADOS PELO SISTEMA CONFEA/CREA Descrição: pessoa jurídicaque não possui objetivo social relacio- nado às atividades fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea, mas que executa atividade técnica nos termos da Lei nº 5.194, de 1966. Infração: alínea “a” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “e” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO: PESSOA JURÍDICA NÃO EN- QUADRADA NO ART. 59 DA LEI Nº 5.194, DE 1966, MAS QUE POS- SUI ALGUMA SEÇÃO LIGADA AO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA ENGENHARIA OU DA AGRONOMIA. Descrição: pessoa jurídica que possui seção que execute, para ter- ceiros, atividades privativas de profissionais fiscalizados pelo Siste- ma Confea/Crea. Infração: art. 60 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “c” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL: AUSÊNCIA DE PROFISSIONAL HABILITADO – PESSOA JURÍDICA REGISTRADA NO CREA, COM OBJETIVO PERTINENTE ÀS ATIVIDADES SUJEITAS À FISCALIZAÇÃO Descrição: pessoa jurídica constituída para executar atividades pri- vativas de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea, RE- GISTRADA no Crea executando tais atividades sem a indicação de profissional legalmente habilitado como responsável técnico. Infração: alínea “e” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “e” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 32 33 EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO: AUSÊNCIA DE PROFISSIO- NAL HABILITADO – PESSOA JURÍDICA SEM OBJETIVO PERTI- NENTE ÀS ATIVIDADES SUJEITAS À FISCALIZAÇÃO Descrição: pessoa jurídica sem objetivo social relacionado às ativi- dades privativas de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/ Crea executando tais atividades sem a indicação de profissional ha- bilitado como responsável técnico. Infração: alínea “a” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “e” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO – EXORBITÂNCIA DE ATRIBUIÇÃO Descrição: profissional que se incumbe de atividades estranhas às discriminadas em seu registro. Infração: alínea “b” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “b” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO – ACOBERTAMENTO Descrição: profissional que empresta seu nome a pessoa física ou jurídica sem a real participação na execução da atividade de- senvolvida. Infração: alínea “c” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “d” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO/ PROFISSIONAL COM REGIS- TRO SUSPENSO Descrição: profissional que, suspenso de seu exercício, continua em atividade. Infração: alínea “d” do art. 6º da Lei nº 5.194, de 1966. P Penalidade: alínea “d” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO/ PROFISSIONAL COM REGIS- TRO CANCELADO Descrição: profissional que, cancelado seu registro, continua em atividade. Infração: parágrafo único do art. 64 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “b” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. EXERCÍCIO ILEGAL DA PROFISSÃO/ PESSOA JURÍDICA COM RE- GISTRO CANCELADO Descrição: pessoa jurídica que, cancelado seu registro, continua em atividade. Infração: parágrafo único do art. 64 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “c” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. AUSÊNCIA DE VISTO DE REGISTRO, DE PROFISSIONAL OU DE PESSOA JURÍDICA Descrição: profissional ou pessoa jurídica que exercer atividade téc- nica sem estar com o seu registro visado na respectiva jurisdição. Infração: art. 58 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. AUSÊNCIA DE ART Descrição: profissional ou pessoa jurídica que deixa de registrar a Anotação de Responsabilidade Técnica referente à atividade desen- volvida. Infração: art. 1º da Lei nº 6.496, de 1977. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. AUSÊNCIA DO TÍTULO PROFISSIONAL – TRABALHO TÉCNICO EXECUTADO POR PROFISSIONAL Descrição: profissional que deixa de registrar sua assinatura, o tí- tulo e o número de seu registro profissional em trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos. Infração: art. 14 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “b” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 34 35 AUSÊNCIA DO TÍTULO PROFISSIONAL/ TRABALHO EXECUTADO PELO CORPO TÉCNICO DE PESSOA JURÍDICA Descrição: pessoa jurídica que deixa de registrar o nome da em- presa, sociedade ou instituição e o nome, a assinatura, o título e o número do registro do profissional responsável por trabalhos gráfi- cos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos. Infração: art. 14 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “c” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. UTILIZAÇÃO DE PLANO OU PROJETO SEM O CONSENTIMENTO DO AUTOR Descrição: profissional ou pessoa jurídica que utiliza plano ou pro- jeto sem o consentimento expresso do autor. Infração: art. 17 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. Observação: Ocorrendo denúncia contra profissional, deve ser ins- taurado processo de infração ao art. 10, inciso IV, do Código de Éti- ca Profissional, adotado pela Resolução nº 1.002, de 26 de novem- bro de 2002, sujeita os profissionais às penalidades estabelecidas no art. 72 da Lei nº 5.194, de 1966. MODIFICAÇÃO DE PLANO OU PROJETO SEM O CONSENTIMEN- TO DO AUTOR Descrição: profissional ou pessoa jurídica que modifica plano ou projeto sem o consentimento expresso do autor. Infração: art. 18 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. Observação: ocorrendo denúncia contra profissional, deve ser instaurado processo de infração ao art. 10, inciso IV, do Código de Ética Profissional, adotado pela Resolução nº 1.002, de 2002, sujei- tando os profissionais às penalidades estabelecidas no art. 72 da Lei nº 5.194, de 1966. SUBMETER ESTUDOS, PLANTAS, PROJETOS, LAUDOS E OUTROS TRABALHOS DE ENGENHARIA E DE AGRONOMIA, ELABORADOS POR LEIGOS OU PROFISSIONAIS NÃO HABILITADOS, À CONSI- DERAÇÃO DE AUTORIDADES COMPETENTES Descrição: apresentação, por PESSOA FÍSICA, de trabalhos de En- genharia e de Agronomia, elaborados por leigos ou por profissio- nais não habilitados de acordo com a Lei nº 5.194, de 1966. Infração: art. 13 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “b” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. SUBMETER ESTUDOS, PLANTAS, PROJETOS, LAUDOS E OUTROS TRABALHOS DE ENGENHARIA E DE AGRONOMIA, ELABORADOS POR LEIGOS OU PROFISSIONAIS NÃO HABILITADOS, À CONSI- DERAÇÃO DE AUTORIDADES COMPETENTES Descrição: apresentação, por PESSOA JURÍDICA, de trabalhos de Engenharia e de Agronomia, elaborados por leigos ou por profissio- nais não habilitados de acordo com a Lei nº 5.194, de 1966. Infração: art. 13 da Lei nº 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “c” do art. 73 da Lei nº 5.194, de 1966. FALTA DE PLACA Descrição: Obrigatória a colocação e manutenção de placas visí- veis na execução de obras, instalações e serviços. Infração: art. 16 da Lei n.º 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei n.º 5.194, de 1966. USO INDEVIDO DE TÍTULO PROFISSIONAL Descrição: Não utilização pelo profissional das denominações de engenheiro ou engenheiro-agrônomo, acrescidas, obrigatoria- mente, das características de sua formação básica. Infração: art. 3 da Lei n.º 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei n.º 5.194, de 1966. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 37Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 36 IMPEDIR ATIVIDADES DO CREA (NEGATIVA DE INFORMAÇÕES) C/ EXCEÇÃO DE EMPRESAS PRIVADAS Descrição: obrigatoriedade das entidades estatais, paraestatais,au- tárquicas e de economia mista de fornecer documentos ao CREA. Infração: Parágrafo 2, art. 59 da Lei n.º 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “c” do art. 73 da Lei n.º 5.194, de 1966. (*). Art. 74 (quando nova reincidência)(**). ANUIDADES EM ATRASO Descrição: pessoa FISICA OU JURÍDICA embora legalmente regis- trado não esteja em dia com a anuidade do CREA. Infração: art. 67 da Lei n.º 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei n.º 5.194, de 1966. RAZÃO SOCIAL INDEVIDA Descrição: Firma comercial ou industrial com denominação das modalidades do sistema na qual não tenha profissionais, em sua maioria, do sistema CONFEA/CREA. Infração: art. 5º da Lei n.º 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei n.º 5.194, de 1966. NÃO CUMPRIMENTO DO PISO SALARIAL (Estado do que não cum- pre no termo convencionado todas as obrigações contratuais) Descrição: dispõe sobre a remuneração profissional. Ver Lei nº 4950A/66. Infração: art. 82 da Lei n.º 5.194, de 1966. Penalidade: alínea “a” do art. 73 da Lei n.º 5.194, de 1966. (reincidên- cia: Art. 73 Parágrafo Único). Observação: O art. 73, em seu parágrafo único, da Lei nº 5.194, de 1966, prevê que as multas referidas neste artigo serão aplicadas em dobro nos casos de reincidência. O art. 74 da citada lei dispõe que nos casos de nova reincidência das infrações previstas no art. 73, alíneas “c”, “d” e “e”, será imposta, a critério das Câmaras Especia- lizadas, suspensão temporária do exercício profissional, por prazos variáveis de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e, pelos Conselhos Regio- nais em pleno, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. BASE LEGAL PARA A FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL Neste item serão apresentados os principais textos legais que regulamentam o exercício das diversas profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. LEGISLAÇÃO GENÉRICA APLICADA A TODAS AS MODALIDADES PROFISSIONAIS Lei Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966, instrumento legal de regularização profissional que institui a remuneração de profissio- nais diplomados em Engenharia, Química, Agronomia e Veterinária; Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que regula o exer- cício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro agrôno- mo, e dá outras providências; Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977, que institui a “Ano- tação de Responsabilidade Técnica” na prestação de serviços de Engenharia e Agronomia; autoriza a criação, pelo CONFEA, de uma Mútua de Assistência Profissional, e dá outras providências; Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980, que dispõe sobre o registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões; e Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, que dispõe sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Se- gurança do Trabalho, a profissão de técnico de segurança do traba- lho, e dá outras providências. Decreto-Lei Decreto-Lei nº 3.995, de 31 de dezembro de 1941, que esta- belece para os profissionais e organizações sujeitas ao regime do Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 38 39 Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, a obrigação do pagamento de uma anuidade aos Conselhos Regionais de que trata o mesmo decreto, e dá outras providências; Decreto-Lei nº 8.620, de 10 de janeiro de 1946, que dispõe sobre a regulamentação do exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, e dá outras providências; e Decreto-Lei nº 241, de 28 de fevereiro de 1967, que inclui entre as profissões cujo exercício é regulado pela Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, a profissão de engenheiro de operação. Decreto Decreto nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que regula o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor; Decreto nº 92.530, de 9 de abril de 1986, que regulamenta a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, que dispõe sobre a espe- cialização de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segu- rança do Trabalho, a profissão de técnico de segurança do trabalho, e dá outras providências; e Decreto nº 4.560, de 30 de dezembro de 2002, que altera o Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, que regulamenta a Lei nº 5.524, de 5 de novembro de 1968, que dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau. Resolução Resolução nº 213, de 10 de novembro de 1972, que carac- teriza o preposto e dispõe sobre suas atividades; Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, que discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia e da Agronomia; Resolução nº 229, de 27 de junho de 1975, que dispõe sobre a regularização dos trabalhos de Engenharia e Agronomia iniciados ou concluídos sem a participação efetiva de responsável técnico; Resolução nº 235, de 9 de outubro de 1975, que discrimina as atividades profissionais do engenheiro de produção; Resolução nº 282, de 24 de agosto de 1983, que dispõe so- bre o uso obrigatório do título profissional e número da Carteira do Creas nos documentos de caráter técnico e técnico-científico; Resolução nº 288, de 7 de dezembro de 1983, que designa o título e fixa as atribuições das novas habilitações em Engenharia de Produção e Engenharia Industrial; Resolução nº 313, de 26 de setembro de 1986, que dispõe sobre o exercício profissional dos Tecnólogos das áreas submetidas à regulamentação e fiscalização instituídas pela Lei nº. 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e dá outras providências (revogado o art. 16 pela Resolução nº 473, de 26 de novembro de 2002); Resolução nº 345, de 27 de julho de 1990, que dispõe quan- to ao exercício profissional de nível superior das atividades de En- genharia de Avaliações e Perícias de Engenharia; Resolução nº 359, de 31 de julho de 1991, que dispõe sobre o exercício profissional, o registro e as atividades do engenheiro de segurança do trabalho, e dá outras providências; Resolução nº 397, de 11 de agosto de 1995, que dispõe so- bre a fiscalização do cumprimento do Salário Mínimo Profissional; Resolução nº 407, de 9 de agosto de 1996, que revoga a Resolução nº. 250/77, que regula o tipo e uso de placas de identifi- cação de exercício profissional em obras, instalações e serviços de Engenharia e Agronomia; Resolução nº 417, de 27 de março de 1998, que dispõe so- bre as empresas industriais enquadráveis nos Artigos 50 e 60 da Lei nº. 5.194, de 24 de dezembro de 1966; Resolução nº 437, de 27 de novembro de 1999, que dispõe sobre a ART relativa às atividades dos Engenheiros, Arquitetos, es- pecialistas em Engenharia de Segurança do Trabalho e dá outras providências; Resolução nº 447, de 22 de setembro de 2000, que dispõe sobre o registro profissional do Engenheiro Ambiental e discrimina suas atividades profissionais. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 40 41 Resolução nº 473, de 26 de novembro de 2002, que institui Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea e dá outras providências; Resolução nº 492, de 30 de junho 2006 que dispõe sobre o registro profissional do engenheiro hídrico e discrimina suas ativi- dades profissionais; Resolução nº 1.002, de 26 de novembro de 2002, que ado- ta o Código de Ética Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia; Resolução nº 1.007, de 5 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o registro de profissionais, aprova os modelos e os critérios para expedição de Carteira de Identidade Profissional e dá outras pro- vidências; Resolução nº 1.008, de 9 de dezembro de 2004, que dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades; Resolução nº 1.025, de 30 de outubrode 2009, que dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências; Resolução nº 1090, de 03 de maio de 2017, que dispõe so- bre o cancelamento de registro profissional por má conduta públi- ca, escândalo ou crime infamante; Resolução nº 1.121, de 19 de dezembro de 2019, que dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia e dá outras providências. Decisão Normativa Decisão Normativa nº 032, de 14 de dezembro de 1988, que estabelece atribuições em projetos, execução e manutenção de Central de Gás; Decisão Normativa nº 059, de 09 de maio de 1997, que dispõe sobre o registro de pessoas jurídicas que atuam nas ativida- des de planejamento, pesquisa, locação, perfuração, limpeza e ma- nutenção de poços tubulares para captação de água subterrânea e dá outras providências; Decisão Normativa nº 071, de 14 de dezembro de 2001, que define os profissionais competentes para elaboração de projeto e utilização de explosivos para desmonte de rochas e dá outras pro- vidências; Decisão Normativa nº 074, de 27 de agosto de 2004, que dispõe sobre a aplicação de dispositivos da Lei nº. 5.194, de 24 de dezembro de 1966, relativos a infrações; Decisão Normativa nº 104, de 29 de outubro de 2014, que Altera o Quadro Anexo da Decisão Normativa nº 47, de 16 de de- zembro de 1992, que dispõe sobre as atividades de Parcelamento do Solo Urbano, as competências para executá-las e dá outras pro- vidências. Atos do CREA-SC Ato nº 1, de 27 de outubro de 2000, que dispõe sobre a regularização dos trabalhos de Engenharia e Agronomia, iniciados ou concluídos sem a participação efetiva de responsável técnico legalmente habilitado; Ato Normativo nº 5, de 12 de dezembro de 2013, que dispõe sobre o conceito de Moradia Econômica e o Programa de Moardia Econômica do CREA-SC. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 43Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 42 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Resolução nº.335, de 27 de outubro de 1989. Dispõe sobre a Com- posição dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia, re- voga a Re- solução nº.318 e dá outras providências. Presidente: Frederico V. M. Bussin- ger. Diário Oficial da União. Brasília, 16 nov. 1989. Sec. 1, p. 20.799/20.800. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE GOIÁS. Manual de Fiscalização, 2001. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE MINAS GERAIS. Manual de Fiscalização da Engenharia Civil, 2006. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE SÃO PAULO. Manual de Fiscalização da Engenharia Civil, 2001. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO GRANDE DO SUL. Manual de Fiscalização da Engenharia Civil, 2006. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO RIO DE JANEIRO. Manual de Fiscalização da Engenharia Civil, 2010. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE RONDONIA. Manual de Fiscalização da Engenharia Civil, 2001. CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANÁ. Manual de Empreendimentos, 2001. EUGÊNIO, Otaviano. Sistema Confea/Crea; Comentários Sobre a Lei nº.5.194, de 1966, a Fiscalização Profissional e a Organi- zação Processual. Brasília, 2001. Palestra. MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 20ª edição - Malheiros Editores. São Paulo, 1995. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ. www. pucpr.br. Página da Rede Mundial de Computadores – internet. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. www.ufc.br. Página da Rede Mundial de Computadores – internet. UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS. www.ufla.org.br. Pá- gina da Rede Mundial de Computadores – internet. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. www. ciee-rs.org.br. Página da Rede Mundial de Computadores – internet. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de Gradua- ção 1992/1993. Viçosa, 1992. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. www.ufv.br. Página da Rede Mundial de Computadores – internet. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 45Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 44 GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS ACEIRO: área limpa de terreno em volta de propriedades ou em áreas de mata, com a finalidade de impedir a propagação de incêndios. AFINS E CORRELATOS: diz-se de obras ou serviços cujas características guardam semelhança ou correspondência entre si. ADJUVANTE: substância usada para alterar as caracterís- ticas físicas ou químicas, desejadas nas formulações de produtos químicos. AGENTE FISCAL: funcionário designado pelo Creas para verificar o cumprimento da legislação profissional, lavrando autos de infração pelo seu descumprimento. ANÁLISE: atividade que envolve a determinação das partes constituintes de um todo, buscando conhecer sua natureza e/ou avaliar seus aspectos técnicos. ANTEPROJETO: estudo preparatório ou esboço preliminar de um plano ou projeto. AQUÍFERO: depósito de água subterrânea. ARBITRAGEM: atividade que constitui um método alter- nativo para solucionar conflitos a partir de decisão proferida por árbitro escolhido entre profissionais da confiança das partes envol- vidas, versados na matéria objeto da controvérsia. ARQUITETURA DE INTERIORES: reordenação do espaço interno de ambientes, visando a otimização e adequação a novos usos, implicando em alterações como: modificações na divisão in- terna, com adição ou retirada de paredes; modificação na estru- tura; substituição ou colocação de materiais de acabamento em pisos, forros e paredes; colocação de mobiliário fixo em alvenaria ou outro material; colocação de mobiliário de grandes dimensões como pórtico e tótens, mesmo que temporário; colocação repetiti- va de mobiliário padrão. ART: Anotação de Responsabilidade Técnica. ART VINCULADA: trata-se da emissão e do registro de nova ART, vinculada a original, em decorrência de co-autoria ou co-res- ponsabilidade ou, ainda, no caso de substituição de um ou mais res- ponsáveis técnicos pelas obras ou serviços previstos no contrato. ART COMPLEMENTAR: trata-se da emissão e registro de nova ART, complementando dados ou informações de ART ante- riormente registrada, por acréscimos de obras/serviços. ART MÚLTIPLA MENSAL (ART-MM): trata-se de uma mo- dalidade de ART utilizada para o registro de serviços de curta dura- ção, rotineiro ou de emergência. Entende-se por serviços de curta duração aquele cuja execução tem um período inferior a trinta dias; por serviço de emergência, aquele cuja execução tem que ser ime- diata, sob pena de colocar em risco seres vivos, bens materiais ou que possa causar prejuízos à sociedade ou ao meio ambiente; por serviço rotineiro, aquele que é executado em grande quantidade, gerando um volume considerável de ARTs mensais, tais como con- tratos de manutenção, serviços em série, testes e ensaios, e outros de acordo com as peculiaridades das cidades de cada região. ART DE CARGO OU FUNÇÃO: refere-se ao registro do de- sempenho de cargo ou função técnica, em decorrência de nomea- ção, designação ou contrato de trabalho, tanto em entidade públi- ca quanto privada. ASSESSORIA: atividade que envolve a prestação de servi- ços por profissional que detém conhecimento especializado em determinado campo profissional, visando ao auxílio técnico para a elaboração de projeto ou execução de obra ou serviço. ASSISTÊNCIA: atividade que envolve a prestação de servi- ços em geral, por profissional que detém conhecimento especiali- zado em determinado campo de atuação profissional, visando su- prir necessidades técnicas. ATA: registro escrito e formal dos fatos, das ocorrências, decisões ou conclusões de assembleias, sessões ou reuniões. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 46 47 ATO NORMATIVO: espécie de ato administrativo normati- vo, de exclusiva competênciados Creas, destinado a detalhar, es- pecificar e esclarecer, no âmbito de suas jurisdições, as disposições contidas nas resoluções e nas decisões normativas do CONFEA. ATESTADO: documento pelo qual os Creas comprovam um fato ou uma situação de que tenham conhecimento. ATIVIDADE: designa qualquer ação ou trabalho específico relacionado à Engenharia ou à Agronomia, conforme discriminado na Resolução nº.218, de 1973. ATRIBUIÇÃO: prerrogativa, competência. AUDITORIA: atividade que envolve o exame e a verificação da obediência a condições formais estabelecidas para o controle de processos e a lisura de procedimentos. AUTARQUIA: entidade autônoma, auxiliar da administra- ção pública. AUTO DE INFRAÇÃO: é o ato processual que instaura o processo administrativo, expondo os fatos ilícitos atribuídos ao au- tuado e indicando a legislação infringida, lavrado por agente fiscal, designado para esse fim pelo Crea. AVALIAÇÃO: atividade técnica que envolve a determinação técnica do valor qualitativo ou monetário de um bem, de um direito ou empreendimento. CÂMARAS ESPECIALIZADAS: órgãos dos conselhos regio- nais encarregados de julgar e decidir sobre os assuntos de fiscaliza- ção pertinentes às respectivas modalidades profissionais. CARGA INSTALADA: somatório das potências nominais de todos os equipamentos elétricos e dos pontos de luz e tomadas instalados na unidade consumidora. CARGO: é o lugar instituído na organização ou empresa, com denominação própria, atribuições específicas e remuneração correspondente. Caracteriza-se por ser de confiança do emprega- dor, com poder de direção, decisão e representação perante os ou- tros empregados ou terceiros. CÉDULA PIGNORATÍCIA: título de crédito onde é vincula- do uma coisa móvel ou mobilizável em garantia de dívida. CERTIDÃO: documento que os Creas fornecem aos inte- ressados, no qual afirmam a existência de ato ou fatos constantes do original de onde foram extraídos. CLASSIFICAÇÃO: atividade que consiste em comparar os produtos, características, parâmetros e especificações técnicas com aquelas estabelecidas em um padrão. COLETA DE DADOS: atividade que consiste em reunir, de maneira consistente, dados de interesse para o desempenho de ta- refas de estudo, planejamento, pesquisa, desenvolvimento, experi- mentação, ensaio, e outras afins. COMISSIONAMENTO: atividade técnica que consiste em conferir, testar e avaliar o funcionamento de máquinas, equipa- mentos ou instalações, nos seus componentes ou no conjunto, de forma a permitir ou autorizar o seu uso em condições normais de operação. CONDUÇÃO: atividade de comandar a execução, por ter- ceiros, do que foi determinado por si ou por outros. CONJUNTO ARQUITETÔNICO: agrupamento de edifica- ções projetadas, construídas e/ou ampliadas em uma mesma área, obedecendo a um mesmo planejamento físico integrado e execu- tado por um mesmo profissional ou equipe de profissionais arqui- tetos ou arquitetos e urbanistas. CONSELHEIRO: profissional habilitado de acordo com a legislação vigente, devidamente registrado no Crea, representante das entidades de classe, das instituições de ensino de Engenharia e de Agronomia. O conselheiro tem como atribuição específica apre- ciar e julgar os assuntos inerentes à fiscalização e ao aprimoramen- to do exercício profissional, objetivando a defesa da sociedade. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 48 49 CONSERVAÇÃO: atividade que envolve um conjunto de operações visando manter em bom estado, preservar, fazer durar, guardar adequadamente, permanecer ou continuar nas condições de conforto e segurança previstos no projeto. CONSULTORIA: atividade de prestação de serviços de aconselhamento, mediante exame de questões específicas, e ela- boração de parecer ou trabalho técnico pertinente, devidamente fundamentado. CONTROLE DE QUALIDADE: atividade de fiscalização exercida sobre o processo produtivo visando garantir a obediência a normas e padrões previamente estabelecidos. COORDENAÇÃO: atividade exercida no sentido de garantir a execução de obra ou serviço segundo determinada ordem e mé- todos previamente estabelecidos. CUNICULTURA: criação de coelhos. DECISÃO PLENÁRIA: ato exarado pelos plenários do Confea ou dos Creas, manifestando-se sobre assunto de sua competência. DECISÃO NORMATIVA: ato administrativo normativo, de caráter imperativo, de exclusiva competência do Plenário do CON- FEA, destinado a fixar entendimentos ou a determinar procedimen- tos a serem seguidos pelos Creas, visando à uniformidade de ação. DECLARAÇÃO DE VOTO: manifestação escrita e fundamen- tada de voto divergente, relativa à matéria aprovada em Plenário. DECORAÇÃO DE INTERIORES: simples arranjo de espaço interno, criado pela disposição de mobiliário não fixo, obras de arte, cortinas e outros objetos de pequenas dimensões, sem alteração do espaço arquitetônico original, sem modificação nas instalações hidráulicas e elétricas ou ar condicionado, não importando, por- tanto, em modificações na estrutura, adição ou retirada de parede, forro, piso, e que também não implique na modificação da parte externa da edificação. DELIBERAÇÃO: ato de competência das comissões do CONFEA sobre assuntos submetidos à sua manifestação. DEMANDA DA INSTALAÇÃO: é a potência elétrica absorvi- da por um conjunto de cargas instaladas. DESENHO TÉCNICO: atividade que implica a representa- ção de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas, com objetivo técnico. DESEMPENHO DE CARGO OU FUNÇÃO TÉCNICA: ativida- de exercida de forma continuada, no âmbito da profissão, em de- corrência de ato de nomeação, designação ou contrato de trabalho. DESENVOLVIMENTO: atividade exercida de forma conti- nuada, no âmbito da profissão, em decorrência de ato de nomea- ção, designação ou contrato de trabalho. DESMEMBRAMENTO DE ÁREA: subdivisão de área em lo- tes edificáveis, para fins urbanos. DESPACHO: decisão proferida pela autoridade administrati- va sobre questão de sua competência e submetida à sua apreciação. DETALHAMENTO: atividade que implica a representação de formas sobre uma superfície, contendo os detalhes necessários à materialização de partes de um projeto, o qual já definiu as carac- terísticas gerais da obra ou serviço. DILIGÊNCIA: pesquisa ou sindicância determinada pelos Conselhos, objetivando complementar as informações necessárias a uma adequada instrução de processo. DIREÇÃO: atividade técnica de determinar, comandar e es- sencialmente decidir na consecução de obra ou serviço. DIVULGAÇÃO TÉCNICA: atividade de difundir, propagar ou publicar matéria de conteúdo técnico. EDITAL: ato escrito oficial em que há determinação, avi- so, postura, citação, etc., e que se afixa em lugares públicos ou se anuncia na imprensa, para conhecimento geral, ou de alguns inte- ressados, ou, ainda, de pessoa determinada cujo destino se ignora. EMBALAGEM: invólucro, recipiente ou qualquer forma de Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 50 51 acondicionamento, removível ou não, destinado a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter agrotóxico ou afim. ORÇAMENTO: atividade realizada com antecedência, que envolve o levantamento de custos, de forma sistematizada, de to- dos os elementos inerentes à execução de determinado empreen- dimento. EMENTA: parte do preâmbulo de resolução, ato, portaria, parecer ou decisão que sintetiza o texto, a fim de permitir imediato conhecimento da matéria neles contidos; resumo. EMPRESA: organização particular, governamental ou de economia mista, que produz e/ou oferece bens e serviços, com vis- tas, em geral, à obtenção de lucros. EMPRESA JÚNIOR: empresa constituída sob a responsabi- lidade e supervisão de profissional habilitado que opera com mão de obra de estudantes. ENGENHARIA PÚBLICA:desempenho de atividades priva- tivas dos profissionais da Engenharia ou da Agronomia diretamente por instituições públicas oficiais, de interesse social. ENSAIO: atividade que envolve o estudo ou a investigação su- mária dos aspectos técnicos e/ou científicos de determinado assunto. ENSINO: atividade cuja finalidade consiste na transmissão de conhecimento, de maneira formal. EQUIPAMENTO: instrumento, máquina ou conjunto de dispositivos operacionais, necessário para a execução de atividade ou operação determinada. ESPECIFICAÇÃO: atividade que envolve a fixação das ca- racterísticas, condições ou requisitos relativos a materiais, equipa- mentos, instalações ou técnicas de execução a serem empregados em obra ou serviço técnico. ESTUDO: atividade que envolve simultaneamente o levan- tamento, a coleta, a observação, o tratamento e a análise de dados de natureza técnica diversa, necessários ao projeto ou execução de obra ou serviço técnico, ou ao desenvolvimento de métodos ou processos de produção, ou à determinação preliminar de caracte- rísticas gerais ou de viabilidade técnica, econômica ou ambiental. ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA: Atividade que envol- ve simultaneamente o levantamento, a coleta, a observação, o tra- tamento e a análise de dados de natureza técnica, necessários a execução da obra ou serviço, ou o desenvolvimento de métodos ou processos de produção e a determinação da viabilidade técnico-e- conômica. EXECUÇÃO: atividade em que o Profissional, por conta própria ou a serviço de terceiros, realiza trabalho técnico ou cientí- fico visando à materialização do que é previsto nos projetos de um serviço ou obra. EXECUÇÃO DE DESENHO TÉCNICO: atividade que implica a representação gráfica por meio de linhas, pontos e manchas, com objetivo técnico. EXECUÇÃO DE INSTALAÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA: atividade técnica que envolve montagem de equipamentos e aces- sórios, obedecendo ao determinado em projeto, além da execução de ensaios predeterminados, para a garantia do funcionamento sa- tisfatório da instalação elétrica executada, em rigorosa obediência às normas técnicas vigentes. EXECUÇÃO DE PROJETO: atividade de materialização na obra ou no serviço daquilo previsto em projeto. EXPERIMENTAÇÃO: atividade que consiste em observar manifestações de um determinado fato, processo ou fenômeno, sob condições previamente estabelecidas, coletando dados, e ana- lisando-os com vistas à obtenção de conclusões. EXTENSÃO: atividade que envolve a transmissão de conheci- mentos técnicos pela utilização de sistemas informais de aprendizado. EXPURGO: tratamento visando a eliminação de organis- mos nocivos, utilizado rotineiramente em grãos armazenados. Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 52 53 FABRICAÇÃO: compreende a produção de determinado bem, baseado em projeto específico, que envolve a escolha de ma- teriais, componentes e acessórios adequados, montagem e testes na fábrica. FISCALIZAÇÃO: atividade que envolve a inspeção e o con- trole técnicos sistemáticos de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou verificar se sua execução obedece ao projeto e às es- pecificações e prazos estabelecidos. FORMULAÇÃO (agrotóxico): produto resultante de pro- cessamento de produtos técnicos, mediante adição de ingredien- tes inertes, com ou sem adjuvantes ou aditivos. FUNÇÃO: atribuição dada a empregado ou a preposto para o desempenho de determinada atividade numa organização ou empresa, pública ou privada. GEOLOGIA: ciência cujo objeto é o estudo da origem, a formação e as sucessivas transformações do globo terrestre. GEOMORFOLOGIA: ciência que estuda a origem e a evolu- ção das formas atuais do relevo. GEOQUÍMICA: ramo da Geologia que estuda as causas e as leis que regem a frequência, a distribuição e a migração dos ele- mentos químicos no globo terrestre, principalmente na crosta ter- restre (litosfera). GEOFÍSICA: ciência que estuda os fenômenos físicos que afetam a Terra, tais como os efeitos da gravidade, do magnetis- mo, da sismicidade e do estado elétrico do planeta. Estuda ainda as propriedades físicas da crosta terrestre que condicionam tais fe- nômenos. GESTÃO: conjunto de atividades que englobam o geren- ciamento da concepção, elaboração, projeto, execução, avaliação, implementação, aperfeiçoamento e manutenção de bens e servi- ços e de seus processos de obtenção. GPS: Global Position System – localizador de posição via satélite, podendo ser utilizado para levantamentos topográficos quando de alta precisão. HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: reconhecimento legal de capacitação mediante registro em órgão fiscalizador do exercício profissional. HIDROGEOLOGIA: parte da Geologia que estuda a dinâ- mica e distribuição das águas subterrâneas em diferentes tipos de aquíferos. HIDROLOGIA: estudo da água, nos estados líquido, sólido e gasoso, da sua ocorrência, distribuição e circulação na natureza. JARDIM: terreno onde se cultivam plantas com finalidade de recreio ou de estudo. Constitui complemento importante de composição que se resume em elemento de paisagismo. JAZIDA: toda massa individualizada de substância mineral ou fóssil, de valor econômico no estado atual da tecnologia. INFORMAÇÃO: “despacho relativo a um processo a ter se- guimento; esclarecimento prestado por funcionário público, em processo administrativo, fornecendo dados sobre a matéria ou so- bre o interessado”. INSPETOR: representante do Creas nas áreas de jurisdição das inspetorias. INSPETORIA: extensão técnico-administrativa do Crea, criada com a finalidade de possibilitar o pronto atendimento ao usuário dos serviços prestados e maior eficiência da fiscalização. INSTALAÇÃO: atividade de dispor ou conectar convenien- temente conjunto de dispositivos necessários a determinada obra ou serviço técnico, de conformidade com instruções determinadas. INSTALAÇÃO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DES- CARGAS ATMOSFÉRICAS (para-raios): atividade técnica que en- volve a montagem dos equipamentos e acessórios no local, obe- decendo ao projeto, além da execução de ensaios e testes para a Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil Manual de Fiscalização Câmara Especializada de Engenharia Civil 54 55 garantia da confiabilidade da instalação executada, em rigorosa obediência às normas específicas da ABNT. LAVRA: conjunto de operações coordenadas objetivando o aproveitamento industrial (seguro e econômico) de uma jazida, a começar pela extração das substâncias minerais úteis até o seu beneficiamento, com o mínimo de perturbação ambiental. LAUDO: peça na qual, com fundamentação técnica, o pro- fissional habilitado, como perito, relata o que observou e apresenta as suas conclusões, ou avalia o valor de bens, direitos, ou empre- endimentos. LEVANTAMENTO: atividade que envolve a observação, a mensuração e/ou a quantificação de dados de natureza técnica, necessários à execução de serviços ou obras. LOCAÇÃO: atividade que envolve a marcação, por mensu- ração, do terreno a ser ocupado por uma obra. LOTEAMENTO: subdivisão de gleba em lotes edificáveis para fins urbanos, com abertura de novas vias públicas ou alarga- mento das existentes. MANEJO FLORESTAL: exploração sustentada e econômica de comunidade florestal, de forma que não seja deteriorada ou di- lapidada, procurando-se manter seus estratos lenhosos. MANEJO INTEGRADO: Conjunto de práticas agronômicas baseadas no manejo das populações de pragas, patógenos e plan- tas invasoras, visando minimizar a utilização de agrotóxico ou afim. MANUTENÇÃO: atividade que implica conservar aparelhos, máquinas, equipamentos e instalações em bom estado de conser- vação e operação. MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (Para-raios): atividade que envolve a inspeção das partes constituintes, da instalação do captor ao ele- trodo de terra, testes das conexões
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