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AI Contabilidade_financeira FGV

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Atividade individual
	Matriz de atividade individual
	Disciplina: Contabilidade Financeira
	Módulo: 04
	Aluno: Silvio Luiz Ramos
	Turma: 03
	Tarefa: Elaborar um relatório de análise dos dois anos exercícios da empresa Magazine Luiza (2019 e 2020).
	Introdução 
	Esse trabalho tem por objeção realizar a analise contábil da empresa Magazine Luiza nos anos exercício de 2019 e 2020. Através dos índices financeiros a serem apresentados será feita a análise entre os anos exercícios utilizando o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício para seja possível obter conclusões sobre a situação econômico-financeira da empresa nesse período.
A ciência contábil representa extrema importância na gestão das entidades afim de apresentar informações confiáveis referentes a situação financeira, econômica e patrimonial das mesmas, informações estas fundamentais para tomada de decisões por seus gestores (Limeira et al., 2015).
A empresa Magazine Luiza foi fundada em meados do século passado na cidade de Franca no interior de São Paulo pelo casal Luiza e Pelegrino Trajano. Inicialmente com apenas uma loja, o empreendimento foi se expandindo com sucesso e com o passar das décadas novas redes de lojas foram sendo adquiridas, até que em 2011 passou a ser uma empresa de capital aberto. A partir de então, a empresa e seus gestores têm sido reconhecidos, ano após ano, como os melhores do segmento.
	Análise horizontal 
	A análise horizontal é sempre feita tomando-se por base dois ou mais períodos de exercício facilitando assim identificar a evolução ou involução da companhia e também realizar a análise de tendências (Limeira et al., 2015).
Tabela 1 – Balanço Patrimonial do Magazine Luiza, análise horizontal.
	 Balanço patrimonial - Magazine Luiza
	Exercício
	31/12/2020
	31/12/2019
	Análise horizontal
	 
	 
	 
	 
	Ativo total
	22.296.830
	18.611.817
	19,80%
	Ativo circulante
	14.799.483
	12.157.015
	21,74%
	Caixa e equivalentes de caixa
	1.281.569
	180.799
	608,84%
	Aplicações financeiras
	1.220.095
	4.446.143
	-72,56%
	Contas a receber
	3.460.711
	2.769.649
	24,95%
	Estoques
	5.459.037
	3.509.334
	55,56%
	Ativos biológicos
	 
	 
	 
	Tributos a recuperar
	594.782
	777.929
	-23,54%
	Outros ativos circulantes
	2.783.289
	473.161
	488,23%
	Ativo não circulante
	7.497.347
	6.454.802
	16,15%
	Ativo realizável a longo prazo
	1.585.551
	1.491.070
	6,34%
	Investimentos
	1.705.072
	1.240.664
	37,43%
	Imobilizado
	3.613.297
	3.196.199
	13,05%
	Intangível
	593.427
	526.869
	12,63%
	 
	 
	 
	 
	Passivo total
	22.296.830
	18.611.817
	19,80%
	Passivo circulante
	11.512.179
	7.203.042
	59,82%
	Obrigações sociais e trabalhistas
	294.314
	309.007
	-4,75%
	Fornecedores
	7.679.861
	5.413.546
	41,86%
	Obrigações fiscais
	331.113
	307.695
	7,61%
	Empréstimos e financiamentos
	1.666.243
	8.192
	20239,88%
	Outras obrigações
	1.540.648
	1.164.602
	32,29%
	Passivo não circulante
	3.459.364
	3.843.838
	-10,00%
	Empréstimos e financiamentos
	17.725
	838.862
	-97,89%
	Arrendamento mercantil
	2.156.522
	1.893.790
	13,87%
	Tributos diferidos
	0
	3.725
	-100,00%
	Provisões fiscais, trabalhistas e cíveis
	998.250
	767.938
	29,99%
	Lucros e receitas a apropriar
	286.867
	339.523
	-15,51%
	Patrimônio líquido
	7.325.287
	7.564.937
	-3,17%
	Capital social realizado
	5.952.282
	5.952.282
	0,00%
	Reservas de capital
	-213.037
	198.730
	-207,20%
	Reservas de lucros
	1.574.891
	1.410.757
	11,63%
	Outros resultados abrangentes
	11.151
	3.168
	251,99%
Fonte – Demonstrações Contábeis Magazine Luiza, disponível em https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/329626/discussions/threads/403232/View
Utilizando-se das informações contidas na Tabela 1 é possível realizar a análise horizontal no Balanço do Patrimônio, onde se observa o aumento de 19,80% no ativo total da empresa demonstrando significativo incremento em seus bens e direitos.
No Ativo circulante nota-se:
· Aumento de 608,84% na conta Caixa e equivalentes de caixa, resultado da grande evolução em vendas de um ano para outro;
· Redução de 72,56% na conta Aplicações financeiras;
· Aumento de 55,56% na conta Estoque;
· Aumento de 488,23% na conta Outros ativos circulantes.
Como o ativo circulante é basicamente reconhecido como o capital de giro da empresa, e sua composição são todos os bens e direitos que ocorrem dentro de 12 meses (curto prazo), observa-se que a empresa avaliou ser mais lucrativo e rentável investir seu capital de giro nas contas Estoque e Outros ativos circulantes do que na conta Aplicações financeiras.
No Ativo não circulante nota-se que a conta que obteve maior destaque foi a de investimentos, com incremento de 37,43%, a qual representa as participações societárias realizadas em outras empresas subsidiárias.
No Passivo circulante destaca-se, pelo aumento em altíssima escala, a conta Empréstimos e financiamentos, o que demonstra que a empresa está demandando recorrer a recursos de terceiros para honrar seus compromissos de curto prazo (com vencimento em até 12 meses).
Por outro lado, no Passivo não circulante é possível observar grandíssima redução na conta Empréstimos e financiamentos, o que demonstra que a organização praticamente anulou a necessidade de utilização de recursos de terceiros para pagar dívidas de longo prazo (com vencimento após 12 meses).
Já o Patrimônio líquido teve uma pequena redução de 3,17% principalmente motivada pela conta Reservas de capital. As reservas de capital não decorrem das operações da companhia, mas de operações como o ágio na emissão de ações (LIMEIRA et al., 2015, p. 67). Dessa maneira é possível concluir que as ações da empresa tenham desvalorizado no período analisado.
Tabela 2 – Demonstrações de Resultado do Exercício do Magazine Luiza, análise horizontal.
	Demonstração de Resultado do Exercício - Magazine Luiza
	Exercício
	31/12/2020
	31/12/2019
	Análise horizontal
	 
	 
	 
	 
	Receita de venda de bens e/ou serviços
	26.130.544
	18.491.861
	41,31%
	Custo dos bens e/ou serviços vendidos
	-19.672.090
	-13.464.405
	46,10%
	Resultado bruto
	6.458.454
	5.027.456
	28,46%
	Despesas/receitas operacionais
	-5.753.929
	-3.745.083
	53,64%
	Despesas com vendas
	-4.476.887
	-3.134.586
	42,82%
	Despesas gerais e administrativas
	-1.295.041
	-972.582
	33,15%
	Perdas pela não recuperabilidade de ativos
	-100.388
	-69.676
	44,08%
	Outras receitas operacionais
	81.834
	352.031
	-76,75%
	Resultado de equivalência patrimonial
	36.553
	79.730
	-54,15%
	Resultado antes do resultado financeiro e dos tributos
	704.525
	1.282.373
	-45,06%
	Receitas financeiras
	201.463
	647.421
	-68,88%
	Despesas financeiras
	-526.543
	-714.410
	-26,30%
	Resultado antes dos tributos sobre o lucro
	379.445
	1.215.384
	-68,78%
	Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
	12.264
	-293.556
	-104,18%
	Lucro/prejuízo do período
	391.709
	921.828
	-57,51%
Fonte – Demonstrações Contábeis Magazine Luiza, disponível em https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/329626/discussions/threads/403232/View
Ainda de acordo com Limeira et al. (2015), a DRE tem como objetivo evidenciar a situação econômica da organização por meio da comparação das despesas com as receitas e auferir prejuízo ou lucro no exercício analisado. 
Na análise horizontal da DRE do Magazine Luiza, através da Tabela 2, observa-se:
· Aumento nas vendas em mais de 41%;
· Aumento nas CMV’s em mais de 46%; 
· Aumento do lucro bruto em 28,46%;
· As despesas e receitas operacionais aumentaram mais de 53%;
· As despesas com vendas aumentaram quase 43%;
· As despesas gerais e administrativas aumentaram mais de 33%;
· As receitas financeiras tiveram redução de quase 70% resultando em redução proporcional no resultado antes dos tributos sobre o lucro;
· As despesas financeiras reduziram mais de 26%;
· O imposto de renda e a CSSL aumentou quase 105%;
Nota-se ainda que as receitas financeiras reduziram em proporção extremamente maior que as despesas financeiras e, além disso, o IR e CSSL praticamente dobraram de um ano para outro causando a redução de quase 58% no lucro líquido.Análise vertical
	A analise vertical apresenta a participação percentual de cada um dos itens das demonstrações contábeis em relação ao somatório do seu respectivo grupo (Limeira et al., 2015).
Ainda segundo Limeira et al. (2015, p. 76), com esse instrumento pode-se visualizar, de modo objetivo e direto, a representatividade de cada componente das demonstrações contábeis, identificando aqueles que mais contribuem para a formação do conjunto objeto da análise.
Tabela 3 – Balanço Patrimonial do Magazine Luiza, análise vertical.
	Balanço patrimonial - Magazine Luiza
	Exercício
	31/12/2020
	Análise vertical
	31/12/2019
	Análise vertical
	 
	 
	 
	 
	 
	Ativo total
	22.296.830
	100,00%
	18.611.817
	100,00%
	Ativo circulante
	14.799.483
	66,37%
	12.157.015
	65,32%
	Caixa e equivalentes de caixa
	1.281.569
	5,75%
	180.799
	0,97%
	Aplicações financeiras
	1.220.095
	5,47%
	4.446.143
	23,89%
	Contas a receber
	3.460.711
	15,52%
	2.769.649
	14,88%
	Estoques
	5.459.037
	24,48%
	3.509.334
	18,86%
	Ativos biológicos
	 
	 
	 
	 
	Tributos a recuperar
	594.782
	2,67%
	777.929
	4,18%
	Outros ativos circulantes
	2.783.289
	12,48%
	473.161
	2,54%
	Ativo não circulante
	7.497.347
	33,63%
	6.454.802
	34,68%
	Ativo realizável a longo prazo
	1.585.551
	7,11%
	1.491.070
	8,01%
	Investimentos
	1.705.072
	7,65%
	1.240.664
	6,67%
	Imobilizado
	3.613.297
	16,21%
	3.196.199
	17,17%
	Intangível
	593.427
	2,66%
	526.869
	2,83%
	 
	 
	 
	 
	 
	Passivo total
	22.296.830
	100,00%
	18.611.817
	100,00%
	Passivo circulante
	11.512.179
	51,63%
	7.203.042
	38,70%
	Obrigações sociais e trabalhistas
	294.314
	1,32%
	309.007
	1,66%
	Fornecedores
	7.679.861
	34,44%
	5.413.546
	29,09%
	Obrigações fiscais
	331.113
	1,49%
	307.695
	1,65%
	Empréstimos e financiamentos
	1.666.243
	7,47%
	8.192
	0,04%
	Outras obrigações
	1.540.648
	6,91%
	1.164.602
	6,26%
	Passivo não circulante
	3.459.364
	15,52%
	3.843.838
	20,65%
	Empréstimos e financiamentos
	17.725
	0,08%
	838.862
	4,51%
	Arrendamento mercantil
	2.156.522
	9,67%
	1.893.790
	10,18%
	Tributos diferidos
	0
	0,00%
	3.725
	0,02%
	Provisões fiscais, trabalhistas e cíveis
	998.250
	4,48%
	767.938
	4,13%
	Lucros e receitas a apropriar
	286.867
	1,29%
	339.523
	1,82%
	Patrimônio líquido
	7.325.287
	32,85%
	7.564.937
	40,65%
	Capital social realizado
	5.952.282
	26,70%
	5.952.282
	31,98%
	Reservas de capital
	-213.037
	-0,96%
	198.730
	1,07%
	Reservas de lucros
	1.574.891
	7,06%
	1.410.757
	7,58%
	Outros resultados abrangentes
	11.151
	0,05%
	3.168
	0,02%
Fonte – Demonstrações Contábeis Magazine Luiza, disponível em https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/329626/discussions/threads/403232/View
Na análise vertical, feita na Tabela 3, observa-se no ativo circulante que a conta caixa e equivalentes de caixa apresentou um aumento de 0,97% para 5,75%, demonstrando que a empresa possui maior capital de giro em função do incremento nas vendas de um ano para outro, além disso o volume de estoque também foi aumentado em quase 6%. O ativo não circulante manteve-se proporcionalmente estável. 
No passivo circulante nota-se que a conta com fornecedores apresentou um aumento de mais 5% enquanto que o percentual de capital levantado através de empréstimos, que praticamente não existia em 2019, subiu para mais de 7%, demonstrando a necessidade desses recursos para poder honrar com seus compromissos de curto prazo. Já no passivo não circulante a conta que mais destacou-se foi empréstimos e financiamentos, reduzida a um percentual muito próximo de zero o que representa que a empresa tem conseguido honrar com seus compromissos de longo prazo com recursos próprios.
No patrimônio líquido, as contas que apresentaram destaque foram o capital social realizado, que apresentou uma redução de aproximadamente 5%, e a de reservas de capital, que foi reduzida em pouco mais de 2%, quando comparado de um ano para outro.
Tabela 4 – Demonstração de Resultado do Exercício do Magazine Luiza, análise vertical.
	Demonstração de Resultado do Exercício - Magazine Luiza
	Exercício
	31/12/2020
	Análise vertical
	31/12/2019
	Análise vertical
	 
	 
	 
	 
	 
	Receita de venda de bens e/ou serviços
	26.130.544
	100,00%
	18.491.861
	100,00%
	Custo dos bens e/ou serviços vendidos
	-19.672.090
	-75,28%
	-13.464.405
	-72,81%
	Resultado bruto
	6.458.454
	24,72%
	5.027.456
	27,19%
	Despesas/receitas operacionais
	-5.753.929
	-22,02%
	-3.745.083
	-20,25%
	Despesas com vendas
	-4.476.887
	-17,13%
	-3.134.586
	-16,95%
	Despesas gerais e administrativas
	-1.295.041
	-4,96%
	-972.582
	-5,26%
	Perdas pela não recuperabilidade de ativos
	-100.388
	-0,38%
	-69.676
	-0,38%
	Outras receitas operacionais
	81.834
	0,31%
	352.031
	1,90%
	Resultado de equivalência patrimonial
	36.553
	0,14%
	79.730
	0,43%
	Resultado antes do resultado financeiro e dos tributos
	704.525
	2,70%
	1.282.373
	6,93%
	Receitas financeiras
	201.463
	0,77%
	647.421
	3,50%
	Despesas financeiras
	-526.543
	-2,02%
	-714.410
	-3,86%
	Resultado antes dos tributos sobre o lucro
	379.445
	1,45%
	1.215.384
	6,57%
	Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
	12.264
	0,05%
	-293.556
	-1,59%
	Lucro/prejuízo do período
	391.709
	1,50%
	921.828
	4,99%
Fonte – Demonstrações Contábeis Magazine Luiza, disponível em https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/329626/discussions/threads/403232/View
A analise vertical da DRE apresentada na Tabela 4, demonstra que as CMV’s apresentaram aumento de mais de 4%, reduzindo o resultado bruto em mais de 2%. As despesas operacionais aumentaram quase 2%, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas e perdas pela não recuperabilidade de ativos se mantiveram percentualmente estável. Nota-se uma leve redução nas outras receitas operacionais e resultado de equivalência patrimonial. Observa-se ainda uma redução significativa no resultado antes do resultado financeiro e dos tributos de mais de 4%, enquanto que o resultado antes dos tributos sobre o lucro reduziu em mais de 5%. Por consequência o lucro que antes era muito próximo de 5% foi reduzido de forma impactante, com margem liquida em 2020 de 1,5%. 
	Cálculo dos índices de liquidez
	Os índices de liquidez apontam a capacidade financeira da empresa para honrar os compromissos para com terceiros, ou seja, a capacidade da empresa para liquidar suas dívidas. Evidenciam quanto a empresa dispõe de recursos (capital de giro) em relação às obrigações assumidas no mesmo período (LIMEIRA et al., 2015, p. 86).
Ainda de acordo com Limeira et al. (2015), os índices normalmente utilizados nas análises são:
Liquidez imediata, também conhecido como liquidez instantânea, este índice indica a capacidade da empresa em horar com seus compromissos de curto prazo contando apenas suas próprias disponibilidades financeiras.
Liquidez corrente, índice que indica o quanto a entidade pode dispor de capital de giro para honrar seus compromissos com fornecedores, empréstimos, dividendos, etc.
Liquidez seca, também conhecido como “teste do ácido”, índice que indica o quanto a companhia pode dispor de capital de giro, desconsiderando seus estoques, para honrar compromissos de curto prazo.
Liquidez geral, também conhecido como solvência geral, esse índice representa a capacidade da empresa em honrar com todos os seus compromissos de curto e longo prazo considerando para isso também com seus recursos realizáveis de curto e longo prazo.
Tabela 5 – Índices de liquidez do Magazine Luiza.
	Índices de liquidez
	Exercício
	31/12/2020
	31/12/2019
	Liquidez imediata
	0,11
	0,03
	Liquidez corrente
	1,29
	1,69
	Liquidez seca
	0,81
	1,20
	Liquidez geral
	1,09
	1,24
Fonte – Demonstrações Contábeis Magazine Luiza, disponível em https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/329626/discussions/threads/403232/View
De acordo com a Tabela 5:
Através dos índices de liquidez imediata nota-se que a empresa aumentou sua capacidade de honrar com dividas de curto prazo contando com sua própria disponibilidade de caixa.
Por outro lado, os índices de liquidez corrente demonstram que a empresa teve sua capacidade depagamento para com suas dívidas circulantes reduzida.
Os índices de liquidez seca demonstraram que a empresa passou a depender mais de seus estoques em 2020 para honrar suas dívidas de curto prazo, enquanto que em 2019 ela dependia menos de seus estoques.
Já o índice de liquidez geral demonstrou que a empresa apresentou uma ligeira queda em sua capacidade de solvência pelo fato de a empresa ter aumentado a captação de recursos de curto prazo no financiamento do ativo.
	Cálculo da estrutura de capital
	Os índices de estrutura de capital demonstram a confiabilidade oferecida pela empresa aos capitais de terceiros captados e alocados nas diversas contas do ativo (Martins, 2014). 
Segundo Limeira et al. (2015), quanto maior for a participação dos recursos de terceiros no financiamento do ativo de uma empresa, maior será o risco de exposição dos seus credores.
Ainda de acordo com Limeira et al. (2015), os principais indicadores de estruturas de capital são:
Endividamento geral (EG), indicador que apresenta o grau de endividamento da empresa, é através dele que se constata se a entidade depende mais do capital próprio ou de terceiro para financiar seu ativo.
Composição do endividamento (CE), indicador que tem a objeção de apresentar o critério de captação de recursos de terceiros e sua aplicação em compromissos de curto e longo prazo.
Imobilização do capital próprio (IPL), indicador que apresenta o quanto do ativo não circulantes (com exceção do realizável a longo prazo) é financiado pelo capital próprio da empresa demonstrando assim o quanto a mesma depende de capital de terceiros para manter seus negócios. 
Imobilização de recursos não correntes (IRNC), indicador que demonstra se o patrimônio líquido é suficiente para cobrir os recursos aplicados em investimentos, imobilizado e intangível (do passivo não circulante) ou se é necessário recorrer a capital de terceiros para tal.
Passivos onerosos sobre ativos (Posa), pressupondo-se de que todo exigível de longo prazo, do passivo não circulante, seja oneroso, esse indicador representa as fontes onerosas de capital no financiamento total da empresa. Esse índice é diretamente proporcional às despesas financeiras, e quanto maior ele for, maior será o impacto no resultado do exercício.
Na analise dos indicadores do Magazine Luiza os resultados foram:
Tabela 6 – Índices de liquidez do Magazine Luiza.
	Estrutura de capital 
	Exercício
	2020
	2019
	Endividamento geral (EG)
	67,15%
	59,35%
	Composição do endividamento (CE)
	61,11%
	48,77%
	Imobilização do patrimônio líquido (IPL)
	80,70%
	65,61%
	Imobilização de recursos não correntes (IRNC)
	54,82%
	43,51%
	Passivo oneroso sobre ativo (Posa)
	22,99%
	20,70%
Fonte – Demonstrações Contábeis Magazine Luiza, disponível em https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/329626/discussions/threads/403232/View
Através da análise dos indicadores da estrutura de capital do Magazine Luiza, elencados na Tabela 6, observa-se:
· EG em 2019 de 59%, enquanto que em 2020 esse índice aumentou para 67%. Esse incremento de um ano para outro demonstra que, seja em curto ou longo prazo, a empresa tem aumentado a participação do capital de terceiros no financiamento do ativo, ou seja, a necessidade de capital de terceiros tem aumentado com o passar do tempo, contribuindo para elevar seu fator de risco. A situação não é confortável, pois observa-se a predominância de capital de terceiros no financiamento de ativos.
· CE em 2019 de 49% aumentado para 61% em 2020, ou seja, o percentual de endividamento da empresa a curto prazo do total dos seus compromissos tem aumentado, concentrando esses índices nos vencimentos de até 12 meses, um percentual bastante elevado do endividamento total em um curto espaço de tempo.
· IPL em 2019 de 66% elevado para 81% em 2020. O indicador demonstra que a empresa não está recorrendo a capital de terceiros para realizar seus investimentos no ativo não circulante, mais precisamente nos grupos investimentos, imobilizados e intangíveis, sendo que seu patrimônio liquido tem sido suficiente para cobrir com essas demandas.
· IRNC em 2019 de 44% incrementado para 55% em 2020, esse índice indica que o uso de capital de terceiros para honrar compromissos de longo prazo tem aumentado de um ano para outro, fato que não é bom para a empresa pois quanto maior esse índice, pior é para a saúde financeira da empresa.
· Posa em 2019 de 21%, enquanto que em 2020 esse indicador aumentou para 23%, o que indica que o percentual das aplicações efetuadas no ativo que estão sendo financiadas por recursos onerosos de terceiros tem aumentado. Apesar de serem índices relativamente baixos, deve-se manter atenção sobre os mesmos para evitar que continuem se elevando.
	Cálculo da lucratividade
	De acordo com Limeira et al. (2015, p. 88) os índices de lucratividade têm a finalidade de avaliar as margens auferidas no resultado da empresa, sejam relacionadas ao produto ou à eficiência do negócio.
Tabela 7 – Índices de liquidez do Magazine Luiza.
	Lucratividade
	Exercício
	2020
	2019
	Margem bruta
	24,72%
	27,19%
	Margem operacional
	1,45%
	6,57%
	Margem líquida
	1,50%
	4,99%
	Giro do ativo
	117,19%
	99,36%
Fonte – Demonstrações Contábeis Magazine Luiza, disponível em https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/329626/discussions/threads/403232/View
De acordo com Limeira et al. (2015) e com os dados apresentados na Tabela 7:
A margem bruta representa o lucro obtido sobre o produto pela empresa comercializado, indicador esse que revela o percentual remanescente do faturamento líquido para cobrir as despesas operacionais e se possível ainda obter lucro. Nota-se uma redução nesse percentual de 2019 para 2020, o que significa uma parcela menor de faturamento liquido para absorver as despesas operacionais.
A margem operacional analisa o ganho operacional em relação ao faturamento líquido, mensurando a eficiência operacional do negócio. É notório a queda abrupta dessa margem de um ano para outro, de 6,57% para 1,45%, fato esse que indica o aumento da ineficiência operacional do negócio.
A margem líquida é aquela que indica a lucratividade da empresa e seu respectivo retorno líquido. É evidente a queda da lucratividade no Magazine Luiza, de 5 para 1,5% acompanhando a queda da margem operacional.
O giro do ativo da empresa é um indicador que demonstra, durante um período de tempo, se o faturamento líquido foi suficiente para suprir o investimento total realizado pela entidade, com o objetivo de analisar se a empresa recuperou o investimento no ativo através das vendas realizadas. Esse indicador demonstra que em 2019 o Magazine Luiza vendeu $ 0,93 para cada $ 1,00 investido, enquanto que em 2020 a entidade vendeu $ 1,17 para cada $ 1,00 investido, o que em síntese significa dizer que o faturamento líquido passou a ser suficiente para suprir os investimentos efetuados de um ano para outro.
	Cálculo da rentabilidade
	Os índices de rentabilidade avaliam o desempenho global da empresa no que tange ao retorno gerado aos investidores, análise do custo de oportunidade do capital e determinação de payback (LIMEIRA et al., 2015, p. 82).
Tabela 8 – Índices de liquidez do Magazine Luiza.
	Rentabilidade
	Exercício
	2020
	2019
	Rentabilidade do patrimônio líquido (ROE)
	5,35%
	12,19%
	Rentabilidade dos investimentos (ROI)
	1,76%
	4,95%
Fonte – Demonstrações Contábeis Magazine Luiza, disponível em https://ls.cursos.fgv.br/d2l/le/329626/discussions/threads/403232/View
Analisando os índices de rentabilidade, apresentados na Tabela 8, observa-se que:
A rentabilidade do patrimônio líquido foi reduzida em quase 7% de um ano para outro, o que significa que a remuneração obtida pelos acionistas, sobre o capital investido na empresa, está em queda. De acordo com Limeira et al. (2015), com base nos índices dos dois anos exercício é possível avaliar a viabilidade do custo de capital realizando a comparação do retorno gerado sobre o capital próprio com a rentabilidade do mercado financeiro de renda fixa e assim decidir se é vantagem investir no Magazine Luiza.
A rentabilidadedos investimentos, também conhecido como poder de ganho, apresenta o quanto de retorno a empresa está obtendo em relação ao total de investimentos, ou seja, o potencial de geração de lucros por parte da empresa sobre os investimentos nela aplicados. Através desse índice é também possível calcular o tempo de payback, que é o tempo para se recuperar os investimentos totais efetuados na entidade (Limeira et al., 2015). Esse índice apresenta-se em grande queda no Magazine Luiza, conforme os cálculos demonstram.
	Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa
	Através desse trabalho buscou-se avaliar a situação econômico-financeira da empresa Magazine Luiza nos anos exercícios 2019 e 2020, analisando seu desempenho por meio dos cálculos dos indicadores.
Constata-se através da análise horizontal e vertical que a empresa apresenta sinais de que a gestão financeira esteja fazendo adequação no fluxo de caixa durante o período de pandemia, pois no ativo circulante é possível notar que a conta aplicações financeiras foi bastante reduzida para aumentar sua conta de estoque e outros ativos circulantes. Isso representa uma boa gestão financeira, pois em época de crise é comum que haja escassez de suprimentos, e quem consegue garantir os estoques está com o faturamento garantido.
No ativo não circulante observa-se que através da conta investimentos a empresa aumentou suas participações societárias em outras subsidiárias, a maioria empresas de e-commerce, ação essa que manteve seu crescimento em um período de crise (Salomão, 2020). Nota-se a redução exacerbada da conta empréstimos e financiamentos para compromissos de longo prazo do passivo não circulante e o aumento na mesma proporção na mesma conta para compromissos de curto prazo do passivo circulante. Já o patrimônio liquido apresentou leve redução motivada pelas reservas de capital que sofreram com o mercado de ações, cujo ágio certamente desvalorizou durante o período. 
A situação somente não foi pior durante a pandemia porque a empresa pode concentrar suas vendas no e-commerce enquanto suas lojas físicas contavam com poucas unidades em atividade plena (Apud, 2020). Por pior que tenha sido o cenário nacional, a empresa apresentou lucro líquido em 2020, obviamente menor do que em 2019, mas pelo menos não apresentou prejuízo como a grande maioria das empresas no mesmo período. Apesar de extremamente baixa, a margem liquida se manteve positiva, fato que demonstra ainda mais a competência da gestão aplicada na empresa. Além disso o giro do ativo demonstrou que o faturamento liquido passou a ser suficiente para suprir os investimentos efetuados.
Os índices de liquidez demonstraram que a empresa possui capacidade de honrar com seus compromissos junto aos seus credores, pois há uma gestão forte trabalhando para obter os melhores rendimentos mesmo que a predominância de capital seja de terceiros, como se pode constatar ao se elencar as estruturas de capital. 
Os índices de rentabilidade relataram cenário similar aos já mencionados nas conclusões citadas acima, ou seja, apesar de ter apresentado baixa rentabilidade, a empresa não ficou no vermelho, apresentando remuneração positiva aos seus acionistas.
Com a expectativa de alavancada da economia nacional, com toda certeza, é recomendável investir no Magazine Luiza, empresa que em tempos difíceis nunca antes vividos soube gerir seus negócios de modo a permanecer forte no mercado.
	Referências bibliográficas
	LIMEIRA, André et al. Gestão contábil financeira. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2015. 
MARTINS, Eliseu, MIRANDA, Gilberto, DINIZ, Josedilton. Análise Didática das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2014.
APUD, Mateus. Confira a recomendação de 13 corretoras para Magazine Luiza (MGLU3). 2020. 
Disponível em https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/recomendacao-corretoras-magazine-luiza-mglu3 
Acesso em 23.06.2021.
SALOMÃO, Karin. Por que o Magazine Luiza aposta em uma categoria que ainda não é rentável. 2020.
Disponível em: https://exame.com/negocios/por-que-o-magazine-luiza-aposta-em-uma-categoria-que-ainda-nao-e-rentavel/ 
Acesso em 28.06.2021.
	
	
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