Buscar

ATENDIMENTO INICIAL AO POLITRAUMATIZADO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

GIOVANA SANTA MARIA 1 
 
UE II URGENCIA E EMERGÊNCIA 
A morte por trauma ocorre em um de três períodos: 
1º período: ocorre nos primeiros segundos a minutos após o trauma. Mortes resultam de apneia, causada por lesões 
graves do cérebro ou medula espinhal alta ou de ruptura de coração, aorta ou outros grandes vasos. Somente a prevenção 
é capaz de reduzir esse pico. 
2º período: dento de minutos a varias horas após o trauma. Morte são geralmente devidas a hematoma subdural e 
epidural, hemopneumotórax, ruptura de baço, lacerações do fígado, fraturas pélvicas e/ou múltiplas outras lesões 
associadas a perda significativa de sangue. A hora de ouro do atendimento pós trauma é caracterizada pela necessidade de 
avaliação e reanimação rápidas. 
3º período: vários dias a semanas após a lesão inicial. Morte devido a sepse e disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. 
Para avaliação e tratamento do politraumatizado 
 - via aérea com proteção da coluna cervical 
 – ventilação e respiração 
 - circulação, com controle da hemorragia 
 - avaliação neurológica 
 - exposição (despir) e ambiente (controle da temperatura) 
Ênfase à manutenção da via aérea, ao controle da hemorragia externa e do choque, à imobilização do doente e ao 
transporte imediato ao hospital apropriado mais próximo. 
Obtenção e documentação de informações necessárias à triagem ao chegar ao hospital, incluindo hora do trauma, eventos 
relacionados ao trauma e história do doente. 
MANEIRA RÁPIDA E SIMPLES DE AVALIAR O DOENTE EM 10 SEGUNDOS: se apresentar, perguntando ao doente seu nome e 
o que aconteceu → uma resposta apropriada sugere que não há comprometimento grave da via aérea (habilidade para 
falar claramente), a ventilação não está comprometida gravemente (habilidade para gerar movimento aéreo que o permita 
falar) e não há maior diminuição do nível de consciência (alerta suficientemente para descrever o que aconteceu). 
OBS: as prioridades de atendimento de um doente pediátrico são as mesmas do adulto; as prioridades na assistência à 
mulher grávida são semelhantes às da não grávida, mas as alterações anatômicas e fisiológicas da gravidez podem 
modificar a resposta ao trauma. O atendimento do idoso, no entanto, já deve ser diferente, pois a reanimação exige 
cuidados especiais e presença de doenças prévias prejudicam a evolução após o trauma, bem como o uso de 
medicamentos. 
 
 
GIOVANA SANTA MARIA 2 
 
UE II URGENCIA E EMERGÊNCIA 
Avaliação para identificar sinais de obstrução da via aérea → aspiração e inspeção para detectar presença de corpos 
estranhos, fraturas faciais, mandibulares ou traqueolaríngeas, que podem 
resultar em obstrução da via aérea. 
Manobras para estabelecer a permeabilidade da via aérea devem ser feitas 
com proteção da coluna! – Manobras para obstrução de vias aéreas em 
pacientes inconscientes com queda da língua: 
MANOBRA DE ELEVALÇAO DO MENTO (CHIN LIFT) → 
MANOBRA DE TRAÇÃO DA MANDÍBULA (JAW THRUST) → 
ATENÇÃO: doentes com trauma cranioencefálico grave e rebaixamento do 
nível de consciência ou portadores de um escore na escala de coma de 
Glasgow (GCS) igual ou inferior a 8, exigem o estabelecimento de uma via 
aérea definitiva (tubo com balão insuflado, na traqueia). O achado de 
respostas motoras descoordenadas sugere fortemente a necessidade de 
uma via aérea definitiva. 
OBS: em crianças, há necessidade de uso de equipamento especial 
NECESSÁRIA REAVALIAÇÃO FREQUENTE! 
COMO AVALIAR: questionamento ao paciente sobre seu nome e idade, uma resposta clara representa uma via aérea pérvia 
AVALIAÇÃO DA COLUNA: abrir o colar e palpar vértebras, questionando paciente se dor. Fazer movimentação passiva e 
ativa, com questionamento frequente de dor. PALPAÇÃO DA COLUNA COMO UM TODO? 
 
A permeabilidade de via aérea por si só não garante ventilação adequada. 
Exposição adequada de pescoço e tórax do doente para avaliar a distensão de veias jugulares, a posição da traqueia e a 
movimentação da parede torácica. 
Ausculta deve ser feita para se confirmar o fluxo de ar nos pulmões. 
Inspeção visual e palpação podem detectar lesões da parede do tórax capazes de comprometer a ventilação. 
Percussão do tórax pode identificar anormalidades, mas no ambiente barulhento da reanimação isso pode ser difícil, ou 
levar a resultados não confiáveis. 
Lesões que podem prejudicar a ventilação → o pneumotórax hipertensivo, o tórax instável (retalho costal móvel) com 
contusão pulmonar, o hemotórax maciço e o pneumotórax aberto; o hemotórax ou o pneumotórax simples, as fraturas de 
arcos costais e a contusão pulmonar podem comprometer a ventilação, mas em grau menor, e são habitualmente 
identificados na avaliação secundária. 
• PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO: aumento da pressão no espaço pleural, levando à compressão do pulmão, 
empurrando o mediastino, que pode causar uma “dobradura” (acotovelamento) de estruturas vasculares como 
aorta e veia cava superior, gerando comprometimento do débito cardíaco e choque obstrutivo. 
o EXAME FÍSICO: 
▪ MV abolido no lado acometido 
▪ Percussão timpânica 
▪ Sinais de choque obstrutivo 
• Hipotensão 
 
 
GIOVANA SANTA MARIA 3 
 
UE II URGENCIA E EMERGÊNCIA 
• Taquicardia 
• turgência jugular 
o EXAME DE IMAGEM: hipertransparência unilateral, com deslocamento do mediastino →: DIAGNÓSTICO 
DEVE SER CLÍNICO 
o TRATAMENTO IMADIATO: toracocentese de alívio e posterior drenagem de tórax em selo dágua 
▪ OBS: TORACOCENTESE: 
• 9° ATLS: 2° espaço intercostal, na linha hemiclavicular 
• 10° ATLS: 5° espaço intercostal na linha axilar média; cateter 14G 
• TÓRAX INSTÁVEL: fraturas em costerlas, múltiplas fraturas (2 ou+ fraturas em 2 ou mais arcos costais) 
o SINAIS E SINTOMAS: dor durante movimentos respiratórios (respiração + curta → hipóxia e hipercapnia); 
respiração paradoxal (abdome não acompanha os movimentos de inspiração e expiração do tórax); 
crepitações e dor à palpação dos arcos costais fraturados. 
o TRATAMENTO: sintomático, com analgesia agressiva AINES, opioides ou bloqueios intercostais; fisioterapia 
respiratória. Se hipóxia: assistência ventilatória mantendo PO2 acima de 60mmHg e PCO2 abaixo de 
48mmHg. 
• HEMOTÓRAX MACIÇO: acúmulo de sangue na cavidade pleural. Maciço= mais de 1500ml na cavidade 
o EXAME FÍSICO: MV diminuídos ou ausentes; Jugular colabada (diferente de pneumotórax ou 
tamponamento), baixa pressão venosa (choque hipovolêmico) 
o EXAME DE IMAGEM: opacidade no hemitórax acometido. 
o TRATAMENTO: drenagem torácica, reposição volêmica com cristaloide intravenoso e hemotransfusão. 
Possibilidade de toracotomia de urgência se saída de 1500ml de sangue em drenagem inicial ou saída de 
mais de 200ml/h durante 4h seguintes. 
▪ Obs: se saída de saliva ou alimentos no líquido drenado, atentar para possível ruptura do esôfago, 
sendo necessário abrir o tórax. 
• PNEUMOTÓRAX ABERTO: abertura externa na cavidade pulmonar, com diâmetro maior que 2/3 do orifício da 
traqueia → sendo uma via de resistência menor para a entrada de ar durante inspiração podendo causar 
insuficiência respiratória 
o SINAIS: MV- unilateral; passagem audível do som através da caixa torácica 
o TRATAMENTO: curativo de 3 pontos fixos; dreno de tórax deve ser colocado antes do fechamento cirúrgico 
da parede (para evitar pneumotórax) 
• LESÃO DE ÁRVORE TRAQUEOBRONQUICA: lesões em até 2,5cm da carina 
o SINAIS E SINTOMAS: hemoptise, enfisema subcutâneo cervical, cianose, pneumotórax hipertensivo 
o TRATAMENTO: intubação com fibroscópio com posicionamento do cuff além da lesão; drenagem torácica. 
Avaliação cirúrgica de urgência 
• TAMPONAMENTO CARDÍACO (circulação e controle da hemorragia) 
 
 
VOLUME SANGUÍNEO: hemorragia é a principal causa de mortes pós-traumáticas 
evitáveis; avaliar: 
• Nível de consciência; 
• Cor da pele (um paciente traumatizado, com coloração rósea de pele, 
especialmente na face e nas extremidades raramente está criticamente 
hipovolêmico)• Pulso: pulso periférico rápido e fino ou ausente são sinais de choque 
hipovolêmico 
HEMORRAGIA: identificar se a fonte é interna ou externa. Deve ser identificada e 
controlada durante a avaliação primária. 
 
 
GIOVANA SANTA MARIA 4 
 
UE II URGENCIA E EMERGÊNCIA 
• Externa: tratada por compressão manual direta sobre o ferimento; torniquetes só devem ser utilizados quando a 
compressão direta não for efetiva. 
• Interna: principais áreas são tórax, abdome, retroperitônio, bacia e ossos longos; tratamento pode incluir 
descompressão do tórax, compressão da pelve, uso de imobilizadores e intervenção cirúrgica. 
ÍNDICE DE CHOQUE: FC/PAS → reconhecimento de choque oculto 
• Índice de choque > 0,8 ou variação>= 0,1 → sinal de choque oculto: preditivo de hipotensão pós-intubação, 
necessidade de transfusão, gravidade do trauma e mortalidade 
2 ACESSOS VENOSOS PERIFÉRICOS DE GROSSO CALIBRE (mín 18G). Se não possível: acesso intraósseo, acesso venoso 
central ou flebotomia. 
ADMINISTRAÇÃO DE 1000ml DE SOLUÇÃO ISOTÔNICA AQUECIDA (37°-40°C)/ ou 20ml/Kg 
 OBS: pacientes em que a fonte da hemorragia ainda não foi encontrada, a meta pressórica é de PAM maior ou igual 
a 50mmHg e PAS de 50 a 70 mmHg 
TAMPONAMENTO CARDÍACO: acúmulo de líquido no saco pericárdico, fazendo uma compressão do miocárdio, 
principalmente nas câmaras do coração direito, não permitindo diástole completa, com queda do retorno venoso e 
congestão sistêmica. 
• SINAIS E SINTOMAS: hipotensão, taquicardia e turgência jugular (choque obstrutivo) podendo cursar com confusão 
mental e pneumotórax hipertensivo. NÃO HÁ ALTERAÇÃO DE MURMÚRIO VESICULAR OU NA PERCUSSÃO 
PULMONAR. 
o TRÍADE DE BECK: abafamento de bulhas cardíacas, turgência jugular e hipotensão. 
o Pulso paradoxal: diminuição maior que 10 mmHg na pressão arterial sistólica durante a inspiração. 
• ECG: baixa voltagem e alternância elétrica no complexo QRS (amplitude varia em cada batimento) 
• RAIO-X: aumento da silhueta cardíaca 
• ECOCARDIOGRAMA: avaliação da extensão do tamponamento 
• TRATAMENTO: pericardiocentese de emergência (punção de marfan – agulha inserida à esquerda do apêndice 
xifóide, em direção à fúrcula esternal) e posterior cirurgia. 
TRAUMA CARDÍACO: atenção para ferimento por arma branca na ZONA DE ZIEDLER: 
A – linha horizontal à fúrcula esternal 
b- linha paraesternal direita 
c – linha paraesternal esquerda 
d – linha horizontal do rebordo da décima costela 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DE INSTABILIDADE PÉLVICA. 
eFAST (avaliação ultrassonográfica estendida direcionada para o trauma): busca por tamponamento cardíaco, hemotórax e 
líquido livre na cavidade abdominal. Obs: lavado peritoneal diagnóstico deve ser feito em pacientes instáveis 
hemodinamicamente na ausência de eFAST. 
 
 
GIOVANA SANTA MARIA 5 
 
UE II URGENCIA E EMERGÊNCIA 
 
ÁCIDO TRANEXÂMICO: adm em pacientes vítimas de trauma com PAS menor de 90mmHg e taquicardia acima de 120bpm; 
1g IV em 10 min em até 3h após o trauma, seguido de 1g IV nas próximas 8h. 
 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA PRIMÁRIA: estabelece o nível de consciência do doente, o tamanho e reatividade das pupilas, 
sinais de lateralização e o nível da lesão da medula espinal. 
O rebaixamento do nível de consciência pode ter como causa a diminuição da oxigenação e/ou da perfusão cerebral ou ser 
resultado de um trauma direto ao cérebro. 
A alteração do nível de consciência implica necessidade imediata de reavaliação de ventilação, oxigenação e perfusão. 
A prevenção da lesão cerebral secundária, por meio da manutenção de oxigenação e perfusão adequadas, são os principais 
objetivos do atendimento inicial. 
 
Paciente deve ser totalmente despido, usualmente cortando as roupas para facilitar o exame e a avaliação. Após exame, 
deve ser coberto com cobertores aquecidos ou algum dispositivo de aquecimento externo para prevenir a ocorrência de 
hipotermia. 
Os fluidos intravenosos devem ser aquecidos antes de administrados e o ambiente deve ser mantido aquecido. 
 
HISTÓRIA + EXAME FÍSICO 
A - alergias 
 
 
GIOVANA SANTA MARIA 6 
 
UE II URGENCIA E EMERGÊNCIA 
M – medicações em uso 
P – passado médico/ prenhez 
L – líquidos e alimentos ingeridos recentemente 
A – ambiente e eventos relacionados ao trauma

Continue navegando