Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios Aluno: Michael William da Cruz Dias Disciplina: Economia Empresarial Turma: 1121-1_37 INTRODUÇÃO O setor de transporte aéreo é o objeto desta análise. O setor foi severamente afetado pela pandemia de Covid-19, considerada a maior crise da história da aviação. À medida que o vírus se espalha e o mundo anuncia o fechamento de vários aeroportos, os direitos das pessoas de ir e vir foram revogados da maneira mais rápida e prática que conhecemos, afetando todos os tipos de atividades, especialmente o turismo. De acordo com o IBGE e a ABEAR, o transporte aéreo representou 1,4% do PIB do Brasil em 2019, gerou mais de 1,5 milhão de reais de empregos ao longo do ano e trouxe enormes benefícios aos cofres estaduais graças aos seus altos impostos. Esta é uma indústria que vem crescendo continuamente desde 1996 e espera-se que aumente em número. Portanto, nesta análise, discutiremos a magnitude do impacto imediato da pandemia nas questões de oferta da demanda do setor, a magnitude do impacto na empregabilidade, quais atividades econômicas foram efetivamente afetadas e quais as altas taxas de inflação futuras que podemos esperar em transporte aéreo, tornando cada vez mais desafiador sair dessa crise que perdura até hoje. A aviação é reconhecida mundialmente como um importante meio de transporte, principalmente quando se trata do desenvolvimento econômico e social de um país. CONTEXTO DO SETOR Desde que foram detectados os primeiros casos de contaminação por COVID-19, observa-se seu impacto na economia mundial. Um dos efeitos da pandemia na economia tem sido a volatilidade do dólar, que chegou a 5,77 reais em outubro de 2020. No Brasil, sua conquista pode ser vista no primeiro trimestre de 2020 por meio de uma queda no PIB. As medidas de quarentena resultaram em redução de produção e aumento de custos para as empresas, impactando negativamente a economia, levando ao fechamento de negócios, desligamento de máquinas, desligamento de empresas de transporte e muito mais. levando à estagnação econômica. 2 Podemos observar uma variação percentual no PIB trimestral, com queda de 2,2% no primeiro trimestre de 2020 e 9,2% no segundo trimestre de 2020, período mais crítico da pandemia no país. Uma variável considerável durante a pandemia tem sido o auxílio emergencial, que é o benefício financeiro que o governo brasileiro concede ao MEI, desempregados, informais e autônomos. O auxílio destina-se a proteger as categorias que não podem ser produzidas devido a medidas de quarentena. Com a liberação do governo favorável, a economia respondeu no segundo trimestre de 2020, e o PIB cresceu 7,8% no terceiro trimestre de 2020. Ainda como reflexo da pandemia, com empresas fechando, demissões e empregos desaparecendo em diversos setores do mercado, nossa taxa de desemprego aumentou, agravando ainda mais esse período de crise. Mesmo com medidas flexíveis, como licenças coletivas e home office, não há como manter ou pagar a mão de obra sem produzir. O alto desemprego é evidenciado por uma grande proporção de empresas demitindo trabalhadores por não conseguirem reter funcionários, resultando em desemprego involuntário em vários setores da economia. Segundo informações divulgadas pelo IBGE referentes ao quarto trimestre de 2019, a taxa de desemprego foi de 11,0%. Durante o período crítico da pandemia, o valor chegou a 14,6% no terceiro trimestre de 2020, aumentando o número de pessoas no país sem renda regular, levando a uma queda no consumo e afetando a economia do país. No Brasil, país que já sofre com a desigualdade social, a fome e a pobreza, mesmo sem a pandemia, o aumento do desemprego é preocupante e tem levado inclusive a um aumento da violência no país. Importa realçar neste estudo que, ao contrário dos indicadores de passageiros propostos, o tráfego de carga e correio no mercado doméstico em março de 2020 teve resultados positivos. Com 32,2 toneladas embarcadas, o indicador cresceu 6,2%. Na minha opinião, isso mostra que, apesar da pandemia, o comércio continua sendo estimulado, principalmente as pessoas que optam pelo e-commerce. Uma vez que o distanciamento social é decretado, as pessoas não podem sair de casa e se movimentar, o que é uma alternativa às compras em geral. ANÁLISE MACROECONÔMICA Em 2019, o transporte aéreo representou 1,4% do PIB do Brasil, ou 103,4 bilhões de reais, segundo a Associação Brasileira de Aviação (ABEAR). Em 2020, essa proporção chegou a 0,3% do PIB do Brasil, ou 21,2 bilhões de reais. Mesmo com o governo tentando injetar dinheiro na economia e conter a propagação da pandemia, com incentivos como auxílio emergencial, saques do FGTS, redução da jornada de trabalho (para manter empregos), ampliação do parcelamento do seguro-desemprego e outros incentivos, o PIB do Brasil não aguenta essa onda. Isso teve um forte impacto na situação econômica do Brasil, cujo PIB de 2020 foi o pior em 30 anos. A pandemia veio antes do Brasil se recuperar das crises de 2015 e 2016 com os governos de Dilma Russef e Michel Temer. 3 Além de sua grande contribuição para o PIB, o transporte aéreo gera 1,459 milhão de empregos, ou 1,6% do Brasil, enquanto em 2020 esse número caiu significativamente para 401 mil, ou 0,5% do Brasil. O desemprego já está aumentando, e o setor de transporte aéreo contribui generosamente para essas taxas de desemprego, mesmo com um acordo com sindicatos de pilotos e comissários de bordo. Estendendo a análise para 2021, o setor aéreo vem alimentando a alta inflação à medida que as vacinações avançam e as medidas de contenção contra o Covid-19 facilitam. O maior vilão do aumento dos preços das passagens aéreas se deve ao aumento dos preços da energia, do dólar e do combustível (querosene). Por causa do alto custo, as companhias aéreas estão tentando repassá-lo aos consumidores finais e tentar recuperar dois anos cruciais de perdas. Tanto que hoje, se você receber uma cotação de viagem, o preço mudaria rapidamente em segundos. As viagens aéreas foram o quarto item que mais cresceu no Brasil em 12 meses, com 50,11% em outubro, segundo pesquisa do índice de inflação do IBGE. ANÁLISE MICROECONÔMICA Com o isolamento social e as indústrias paralisadas, os consumidores começam a se preocupar com passagens já compradas e viagens já agendadas. Pensando nisso, o atual presidente Jair Bolsonaro assinou em agosto de 2020 a Lei nº 14.034, que prevê medidas emergenciais para o trânsito civil no Brasil em razão da pandemia, segundo a qual determinou que as passagens podem ser canceladas e reembolsadas sem qualquer ônus, e o valor remarcado, ou como opção, a companhia aérea pode remarcar o voo gratuitamente por 12 meses. A medida vale para todas as passagens compradas em dinheiro, cartão ou até mesmo milhas. A medida não apenas alivia a pressão sobre o mercado de passageiros, mas também alivia os caixas das companhias aéreas que não conseguem lidar com altas taxas de cancelamento e devolução no curto prazo devido à baixa renda. Com a situação em 2021 ainda muito incerta, em junho, uma nova lei, nº 14.174, estendeu essas mesmas regras alteradas até o final do ano. Podemos citar também, que esta sendo uma opção as rodovias, visto que a inflação está impactando grandemente as altas nas passagens aéreas. Com foco no mercado internacional, as companhias aéreas retomaram timidamente os voos internacionais em meados de agosto deste ano. Durante a pandemia, os custos do transporte aéreo caíram devido à demanda insuficiente pelos serviços prestados, e agora com a retomada das atividades, os custos aumentam rapidamente devido a diversos fatores, para os entusiastas de viagens internacionais, a alta do dólar dificulta a retomada, atingiu 5,46 reais hoje, 15 denovembro. Em relação às companhias aéreas, podemos citar que em 2020 a América Latina o Brasil entrou com pedido de recuperação judicial e a Avianca entrou com pedido de falência, e desde então tem havido problemas com sua gestão, mas em 2018, com a pandemia, as 4 coisas pioraram. Pilotos e comissários de bordo estão optando por reduzir horas e salários para evitar demissões em massa e cortar custos até dezembro de 2021. CONCLUSÃO A partir desta análise, podemos concluir que, infelizmente, o impacto da pandemia ainda apresenta um desafio formidável para o setor de transporte aéreo. Não apenas por causa da pandemia, o desafio é enorme porque, à medida que os preços dos combustíveis sobem, as companhias aéreas estão oferecendo mais barato, a sensação de passagem aérea mais conveniente é limitada. A passagem aérea continua sendo um grande desincentivo. Além da ainda persistente alta taxa de desemprego e da queda da renda dos brasileiros, a população de hoje teria pensado duas vezes antes de gastar em excesso e poderia ter tomado medidas mais agressivas para ajudar o setor, que tem um impacto enorme no PIB, com grande contribuição. O COPOM prevê nova alta para o Brasil, podendo chegar a 11,50% até o final de 2022. A medida deve empurrar o dólar para baixo, mas o real continua desvalorizado, mesmo em relação a outras moedas. Infelizmente para os estrangeiros, além da incerteza do cumprimento da dívida pública, o Brasil apresenta aos investidores riscos fiscais significativos. Com o dólar em alta, a oportunidade de viagens internacionais está cada vez mais distante da realidade brasileira. Olhando para a situação mundial, a pandemia ainda está em vigor, alguns países estão revertendo a protocolos de quarentena, como bloqueios, e devido ao grande movimento antivacina no exterior, é difícil para a indústria recuperar todas as perdas causadas pela pandemia nos últimos dois anos. Recentemente vemos um novo surto de síndromes gripais o que tem tomado os olhos da OMS, que tem tomado novas restrições como fechamento de novos aeroportos, o que pode atrasar cada vez mais a recuperação do setor. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) espera uma recuperação total apenas em 2023, quando praticamente todas as restrições devido à pandemia terminarão e, eventualmente, as pessoas retomarão as viagens com maior conforto. E quem sabe falar de um o novo "normal". 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANAC. Demanda e oferta do Tranporte Aéreo. Disponível em: https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiOGU5MTJmNmUtYzEyZS00M2RkLTg4NzUtZj U0YTE5Yzg4N2UyIiwidCI6ImI1NzQ4ZjZlLWI0YTQtNGIyYi1hYjJhLWVmOTUyMjM 2ODM2NiIsImMiOjR9 . Acesso em 19 jan 2022. CANAL RURAL. Estimativa para Selic no fim de 2022 sobe de 11,25% para 11,50%. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/estimativa-para-selic-no- fim-de-2022-sobe-de-1125-para-1150/. Acesso em 20 jan. 2022. FAVARO, Cristian. Setor aéreo dá sinais de recuperação em novembro, diz diretor da Iata no Brasil. Disponível em: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/12/14/setor-aereo- da-sinais-de-recuperacao-em-novembro-diz-diretor-da-iata-no-brasil.ghtml Acesso em: 18 jan. 2021. G1. IATA prevê recuperação no transporte global de passageiros apenas em 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/not icia/2021/05/26/iata-preve-recuperacao- no-transporte-global-de-passageiros-ape nas-em-2023.ghtml . Acesso em 18 jan. 2022. IBGE. Séries históricas da taxa de desocupação. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra- de-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=series- historicas&utm_source=landing&utm_medium=explica&utm_campaign=desemprego Acesso em 18 jan. 2022. PINHEIRO, Cauê. Variante ômicron trava recuperação do setor aéreo. Disponível em https://oespecialista.com.br/variante-omicron-trava-recuperacao-do-setor-aereo/ Acesso em: 20 jan 2022. QUEMENER, Tangi. Recuperação do setor aéreo não virá em 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/01/recuperacao-do-setor-aereo-nao-vira-em- 2022-entenda.shtml. Acesso em: 19 jan. 2022. STOCKER, Fabricio. Economia Empresarial. Apostila do Curso de Economia Empresarial. Disponível em: https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/359786/600356/assets/economia_em presarial_pgo.pdf. Acesso em 18 jan. 2022 https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiOGU5MTJmNmUtYzEyZS00M2RkLTg4NzUtZjU0YTE5Yzg4N2UyIiwidCI6ImI1NzQ4ZjZlLWI0YTQtNGIyYi1hYjJhLWVmOTUyMjM2ODM2NiIsImMiOjR9 https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiOGU5MTJmNmUtYzEyZS00M2RkLTg4NzUtZjU0YTE5Yzg4N2UyIiwidCI6ImI1NzQ4ZjZlLWI0YTQtNGIyYi1hYjJhLWVmOTUyMjM2ODM2NiIsImMiOjR9 https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiOGU5MTJmNmUtYzEyZS00M2RkLTg4NzUtZjU0YTE5Yzg4N2UyIiwidCI6ImI1NzQ4ZjZlLWI0YTQtNGIyYi1hYjJhLWVmOTUyMjM2ODM2NiIsImMiOjR9 https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/estimativa-para-selic-no-fim-de-2022-sobe-de-1125-para-1150/ https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/estimativa-para-selic-no-fim-de-2022-sobe-de-1125-para-1150/ https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/12/14/setor-aereo-da-sinais-de-recuperacao-em-novembro-diz-diretor-da-iata-no-brasil.ghtml https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/12/14/setor-aereo-da-sinais-de-recuperacao-em-novembro-diz-diretor-da-iata-no-brasil.ghtml https://g1.globo.com/economia/not%20icia/2021/05/26/iata-preve-recuperacao-no-transporte-global-de-passageiros-ape%20nas-em-2023.ghtml https://g1.globo.com/economia/not%20icia/2021/05/26/iata-preve-recuperacao-no-transporte-global-de-passageiros-ape%20nas-em-2023.ghtml https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=series-historicas&utm_source=landing&utm_medium=explica&utm_campaign=desemprego https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=series-historicas&utm_source=landing&utm_medium=explica&utm_campaign=desemprego https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=series-historicas&utm_source=landing&utm_medium=explica&utm_campaign=desemprego https://oespecialista.com.br/variante-omicron-trava-recuperacao-do-setor-aereo/ https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/01/recuperacao-do-setor-aereo-nao-vira-em-2022-entenda.shtml https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/01/recuperacao-do-setor-aereo-nao-vira-em-2022-entenda.shtml https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/359786/600356/assets/economia_empresarial_pgo.pdf https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/359786/600356/assets/economia_empresarial_pgo.pdf 6
Compartilhar