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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios Disciplina: Economia Empresarial Módulo: 0821-1 Aluno: Marcos A. Marchioro Jr. Turma: 13 Tarefa: Análise Economica do Setor de Aviação durante a pandemia. INTRODUÇÃO Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais. O Brasil é um país de dimensões continentais e um dos meios de transportes mais utilizados atualmente é o aéreo. Só em 2019 segundo a ANAC (2021) cerca de 119,3 mi de passageiros utilizaram transporte aéreo, sendo o maior número da história. O setor de aviação foi escolhido para realizarmos está análise por ter sido um dos mais afetados pela pandemia do COVID 19 e consequentemente vem sofrendo até os dias atuais. Sendo assim, temos o objetivo de realizar uma análise do impacto da pandemia no setor de transporte aéreo, onde iremos abordar o contexto do setor e os índices relacionados, uma análise macro e micro econômica. CONTEXTO DO SETOR Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização. Como dissemos anteriormente, 2019 foi o melhor da história da aviação brasileira, muito diferente de 2020. No dia 11 de março de 2020 a OMS declara pandemia mundial de COVID 19, ocasionada pela corona vírus (Sars-Cov-2) e rapidamente as nações fecham suas fronteiras iniciam ações para conter a dissiminação do vírus. O que tinha tudo para ser um ano excelente, já que no primeiro trimeste de 2020 a aviação estava com alta de 4,9% (FGV IBRE, 2021), acabou com uma redução de uma forte redução de 56% do que no ano anterior (ANAC, 2021). Segundo a AGÊNCIA IFRA (2020), em pouco mais de 10 dias após a declaração de pandemia, a queda dos voos no Brasil fora de 91,4%, saindo de 2800 para 255 voos. E quando analisamos o fluxo de passageiros a redução é ainda maior, sendo de 94,5%, saindo de 7.538.565 para 413.803 pessoas que utilizaram o transporte aéreo. Quando analisamos apenas o 4º trimestre de 2020 das principais empresas da aviação brasileira (LATAM, GOL e AZUL), podemos observar que juntas tiveram uma retração de 47% nas ofertas de voos. Está redução em 2020 representou um prejuízo de R$ 678,7 milhões, além do prejuízo líquido de R$ 1 bilhão, registrado no mesmo período em 2019 (ANAC, 2021). 2 ANÁLISE MACROECONÔMICA Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise. IPEA (2021) fala que todo os benefícios econômicos do setor de aviação devem ser avaliados de forma sistêmica, visto que engloba um conjunto de outras atividades que estão diretamente ligadas a este setor. Quando avaliamos o setor aéreo frente a pandemia do COVID 19, o impacto é imenso (Figura 1). A Associação Brasileira das Empresas Aéres (ABEAR, 2020) nos mostra o comparativo de 2019 e 2020 avaliando o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, índice de empregos, tributos recolhidos e o total de salários pagos. Figura 1: Fonte: ABEAR, 2020 Antes um setor em crescimento e com a pandemia deixou de arrecadar R$22,6 bilhões, isso representa uma queda de 70%. Só o setor aéreo reduziu em mais de 1 milhão de postos de trabalho (direto e indireto) e com isso caindo 1,1% de participação no PIB. Quando analisamos a macroeconomia vemos que não foi apenas o setor aéreo que teve regressão. Em um levantamento o IBGE (2021) trouxe os efeitos que o COVID 19 causaram na economia como um todo (Tabela 1). Falando do PIB tivemos uma regressão de 4,1%, menos índice da história, porém queda menor do que a projetada pelo FMI que era de 9,1% (GLOBO, 2020). Tabela 1: IBGE, 2021. 3 Quando analisamos os dados do IBGE frente aos demais setores vemos que apenas o setor agropecuário não sofreu tanto com a pandemia. O crescimento de 2%, muito tracionado pelo mercado da soja (7,1%) e café (24,4%), os quais tiveram produções históricas. Indo para o mercado de Industria e Servicos a retração foi enorme! No setor de Industria tivemos uma queda de 3,5%, número este tracionado pelo baixo desempenho do setor de construção (-7%) e o setor de indústria de transformação (-4,3), este representado pelas fabricas de veículos e quipamentos de transporte, metalúrgica e vestuários. No setor de serviços, o qual transporte aéreo está inserido, tivemos uma retração de 4,5%, muito tracionado transporte, armazenagem e correio (-9,2%) e outras atividades de serviços (-12,1). Outros setores dentro de serviços tiveram queda de participação, porém o destaque do setor ficou para as atividades financeiras e imobiliárias que cresceram 4% e 2,5%, respectivamente. ANÁLISE MICROECONÔMICA Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional. Conforme dados da ANAC (2019), o cenário árero nacional e internacional no ano de 2019 foi fantastivo, visto que frente ao ano de 2018 os índices foram muito superiores. Quando analisamos o mercado nacional de 2019 (Figura 1) os dados de RPK (Passageiro por kilometro pago) subiram 0,8% com acrécimo de 8% no preço médio das tarifas, yield crescendo 8,5% e um aumento nas tarifas abaixo de R$300,00 superior a 46%. Figura 2: Fonte: ANAC, 2021. O primeiro trimestre de 2020 inicia com crescimento no setor de serviços (transporte áreo está incluso neste setor) de 2,7% (Figura 1), porém com a chegada da pandemia o ano de 2020 acabou sendo o ano de maior retração do setor na história. A partir de março de 2020 (Figura 3), logo após o carvanal, surgiu o primeiro caso de COVID 19 no Brasil. De imediado o mercado internacional foi atingido devido as restrições sanitárias e com 4 isso teve uma queda de 42,4% na demanda de voos em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no mercado nacional tivemos uma redução significativa de 32,9% dos voos e uma redução de 35,5% de passageiros transportados. Figura 3: Fonte: ANAC, 2020. Comparando 2019 e 2020 frente a soma do mercado nacional e internacional (Gráfico 1) vemos que o impacto no setor foi ainda maior. Somente nos voos regulares e não regulares temos uma redução de 51% enquanto o número de passageiros pagos caiu 56%. Gráfico 1: Fonte: ANAC, 2020. Detalhando mais as operações domésticas dentro do Brasil, em 2020 temos que a Gol lidera o mercado de aviação com 35,9%, seguida delatam com 32,1% e azul com 31,1%. No comparativo com 2019, a Latam foi a empresa que mais sentiu o impacto da pandemia com redução na casa de 54%. A empresa Gol e Azul veem em seguida com 52,6% e 45,2%, respecivamente. (ANAC, 2021) Entrando na parte das tarifas vemos que as empresas além de enfrentar uma receção sem precedentes, tiveram que tomar medidas para que o cliente voltasse a consumir os voos. 5 Consequentemente a tarifa doméstica em 2020 teve redução de 14,5%, quando comparado a 2019. Já o yield dometico (preço cobrado por km voado) reduziu 23,6% (ANAC, 2020). Gráfico 2: Fonte: ANAC, 2020. Pegando as três principais empresas brasileiras e analisando o yield real das mesmas (Gráfico 2), temos que a companhia Azul teve o maior valor entre suas concorrentes, sendo de R$ 0,347. Latam e Gol apresentaram números de R$ 0,266 e R$ 0,260, respectivamente. Os dados acima ondicam uma relação entre distância média e o yield médio, e a composição para formação dos preços das passagens são influenciadas por diversos fatores. Destrinchando mais os dados da aviação brasileira temos que as receitas e os custos e despesas de voo cairam em 2020, na ordem de -53,4% e -31,5%, respectivamente. As receitas planejadas por assento-quilômetro ofertado (RASK) reduziram 53,4% e os custos e despesas por assento-quilômetroofertado (CASK) aumentaram 40,8%. Um dos maiores gastos na aviação, o combustível teve uma redução de custos de 10%, enquanto seguro, arrendamento e manutenção das aeronaves subiram 7% (ANAC, 2020). Frente a pandemia, 2020 foi um ano muito difícil para a aviação as empresas brasileiras que tiveram um prejuízo de 20,5 bilhoes de reais. CONCLUSÃO Apresente uma conclusão justificando a sua análise. Está atividade teve como objetivo análisar do impacto da pandemia no setor de transporte aéreo e abordamos o contexto do setor e um panorama macro e micro econômico. Destacamos o grande desafio que o setor aéreo e as companhias tiveram ao longo de 2020, principalmente pelas restrições sanitárias, redução dos voos e consequentemente uma queda brusca nos faturamentos. 6 Aos poucos em 2021 as companhias estão retomando gradualmente os voos, com um grande planejamento de reestruruação e minimização de riscos. Diversas medidas sanitárias são tomadas desde o início da pandemia para reduzir o risco de contágio e dissiminação nos aeroportos e voos. Os efeitos causados pela pandemia do COVID 19 ainda serão sentidos por alguns anos e nos faz refletir em como podemos ser mais eficientes, mais bem planejados e correndo menos riscos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. Impactos da pandemia: Demanda por voos em abril de 2021 mantém retração de 61% ante 2019. 2021. Acesso em: 22/09/2021. Disponivel em: <https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2021/impactos-da-pandemia-demanda-por-voos-em-abril- de-2021-mantem-retracao-de-61-ante-2019>.A ANAC – Agência Nacional de Aciação Civil. Anuário do Transporte Aéreo – Sumário Executivo 2020. 2020. Acesso em 26/09/2021. Disponivel em: <https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e- estatisticas/mercado-de-transporte-aereo/anuario-do-transporte-aereo> ANAC – Agência Nacional de Aciação Civil. Indicadores do transporte aéreo recuam em consequência da pandemia de Covid-19. 2021. Acesso em: 22/09/2021. Disponivel em: <https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2021/indicadores-do-transporte-aereo-recuam-em- consequencia-da-pandemia-de-covid-19> ANAC – Agência Nacional de Aciação Civil. Aéreas brasileiras sofrem impacto de R$ 678,7 milhões no 4º tri de 2020. 2021. Acesso em 22/09/2021. Disponivel em: <https://www.gov.br/anac/pt- br/noticias/2021/aereas-brasileiras-sofrem-impacto-de-r-678-7-milhoes-no-4o-tri-de-2020>. ANAC – Agência Nacional de Aciação Civil. Painel de Indicadores do Transporte Aéreo 2019. 2021. Acesso em 25/09/2021. Disponivel em: <https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e- estatisticas/mercado-do-transporte-aereo/painel-de-indicadores-do-transporte-aereo/painel-de- indicadores-do-transporte-aereo-2019> AGÊNCIA IFRA. Impactos da pandemia na aviação civil – Quais os horizontes para a retomada do sertor?. 2020. Acesso em 22/09/2021. Disponivel em: <https://www.agenciainfra.com/blog/infradebate-impactos-da-pandemia-na-aviacao-civil-quais-os- horizontes-para-a-retomada-do-setor/>. IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Sistema de Informações sobre o Mercado de Trabalho no Setor Turismo – SIMT. 2021. Acesso em 23/09/2021. Disponível em <https://www.ipea.gov.br/extrator/simt.html>. https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2021/impactos-da-pandemia-demanda-por-voos-em-abril-de-2021-mantem-retracao-de-61-ante-2019 https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2021/impactos-da-pandemia-demanda-por-voos-em-abril-de-2021-mantem-retracao-de-61-ante-2019 https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/mercado-de-transporte-aereo/anuario-do-transporte-aereo https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/mercado-de-transporte-aereo/anuario-do-transporte-aereo https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2021/indicadores-do-transporte-aereo-recuam-em-consequencia-da-pandemia-de-covid-19 https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2021/indicadores-do-transporte-aereo-recuam-em-consequencia-da-pandemia-de-covid-19 https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2021/aereas-brasileiras-sofrem-impacto-de-r-678-7-milhoes-no-4o-tri-de-2020 https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2021/aereas-brasileiras-sofrem-impacto-de-r-678-7-milhoes-no-4o-tri-de-2020 https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/mercado-do-transporte-aereo/painel-de-indicadores-do-transporte-aereo/painel-de-indicadores-do-transporte-aereo-2019 https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/mercado-do-transporte-aereo/painel-de-indicadores-do-transporte-aereo/painel-de-indicadores-do-transporte-aereo-2019 https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/dados-e-estatisticas/mercado-do-transporte-aereo/painel-de-indicadores-do-transporte-aereo/painel-de-indicadores-do-transporte-aereo-2019 https://www.agenciainfra.com/blog/infradebate-impactos-da-pandemia-na-aviacao-civil-quais-os-horizontes-para-a-retomada-do-setor/ https://www.agenciainfra.com/blog/infradebate-impactos-da-pandemia-na-aviacao-civil-quais-os-horizontes-para-a-retomada-do-setor/ https://www.ipea.gov.br/extrator/simt.html 7 GLOBO. Com impacto do coronavírus, FMI prevê queda de 9,1% para o PIB do Brasil neste ano. Acesso em: 24/09/2021. Disponivel em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/06/24/com-impacto- do-coronavirus-fmi-preve-queda-de-91percent-para-o-pib-do-brasil-neste-ano.ghtml> IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PIB cai 4,1% em 2020 e fecha o ano em R$ 7,4 trilhões. 2021. Aceso em: 24/09/2021. Disponivel em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de- noticias/releases/30165-pib-cai-4-1-em-2020-e-fecha-o-ano-em-r-7-4-trilhoes> https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/06/24/com-impacto-do-coronavirus-fmi-preve-queda-de-91percent-para-o-pib-do-brasil-neste-ano.ghtml https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/06/24/com-impacto-do-coronavirus-fmi-preve-queda-de-91percent-para-o-pib-do-brasil-neste-ano.ghtml https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/30165-pib-cai-4-1-em-2020-e-fecha-o-ano-em-r-7-4-trilhoes https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/30165-pib-cai-4-1-em-2020-e-fecha-o-ano-em-r-7-4-trilhoes
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