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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios Aluna: Michael Dias Disciplina: Economia Empresarial Turma: 1121-1_37 INTRODUÇÃO Com a pandemia, diversos setores sucumbiram nesse período, e um dos mais atingidos é o setor de eventos. Conforme dados da Assé (2021), “a indústria movimenta anualmente R$ 250 bilhões em eventos corporativos e R$ 17 bilhões em eventos sociais”. Para evitar a propagação do vírus, medidas de distanciamento social estão em vigor, principalmente destinadas a conter aglomerações. Devido às medidas tomadas, alguns ventos de cancelamentos/pausas afetaram diretamente o setor, fazendo com que o setor sofresse uma queda acentuada em pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional/UBRAFE, um conjunto de empresas envolvidas no setor, que foram afetadas em cerca de 98%, e a pandemia. Com base em informações disponíveis publicamente, aqui será feita uma análise do principal impacto da pandemia no impacto da oferta e demanda do setor de eventos. O que esperar da indústria antes da pandemia e como a indústria evoluiu durante a pandemia também será apresentado aqui. Como suporte, será utilizado material disponível para temas de economia empresarial e informação pública. A análise será elaborada por meio dos seguintes itens: números e indicadores relacionados ao setor, análise macroeconômica e análise microeconômica. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas e Eventos (ABEOC) sobre o crescimento médio do setor de 2000 a 2012, no período pré-pandemia, o setor eólico foi um dos setores com boas expectativas de crescimento em 2020, com um crescimento anual de 14%, mesmo em tempos de crise. CONTEXTO DO SETOR Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas e Eventos (ABEOC) sobre o crescimento médio do setor de 2000 a 2012, no período pré-pandemia, o setor eólico foi um dos setores com boas expectativas de crescimento em 2020, com um crescimento anual de 14%, mesmo em tempos de crise. Necessidades de negociação neste setor incluem eventos oferecidos por grandes empresas como: shows, feiras, convenções, congressos, convenções, casamentos, aniversários, happy hours, e até empresas como MEI - microempreendedores individuais, na maioria das vezes, prestam serviços para eventos de pequeno porte ou pequenos, a demanda por serviços é mais 2 voltada para famílias de classe baixa, ou mesmo como subcontratados para grandes corporações. Em 2020, a maioria dos promotores de eventos do país espera que a demanda cresça 78%, enquanto as contratações devem crescer 66%, segundo a ABEOC. Em pesquisa realizada pelo Sebrae, pode-se constatar que em 2019 algumas empresas envolvidas no setor tiveram faturamento de 800 milhões. No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, estima-se que R$ 1,7 bilhão seja gasto em festas e cerimônias. Segundo pesquisa do Sebrae Nacional/UBRAFE, algumas empresas do setor de eventos conseguiram faturar mais de US$ 15 milhões em 2019, indicando alta demanda no setor. Podemos ver a mudança de receita em março em relação a março de 2019 devido à pandemia, e encontramos a previsão de receita da empresa para abril de 2020 em relação a abril de 2019 devido à pandemia. ANÁLISE MACROECONÔMICA Desde que foram detectados os primeiros casos de contaminação por COVID-19, observa-se seu impacto na economia mundial. Um dos efeitos da pandemia na economia tem sido a volatilidade do dólar, que chegou a 5,77 reais em outubro de 2020. No Brasil, sua conquista pode ser vista no primeiro trimestre de 2020 por meio de uma queda no PIB. As medidas de quarentena resultaram em redução de produção e aumento de custos para as empresas, impactando negativamente a economia, levando ao fechamento de negócios, desligamento de máquinas, desligamento de empresas de transporte e muito mais. levando à estagnação econômica. Podemos observar uma variação percentual no PIB trimestral, com queda de 2,2% no primeiro trimestre de 2020 e 9,2% no segundo trimestre de 2020, período mais crítico da pandemia no país. Uma variável considerável durante a pandemia tem sido o auxílio emergencial, que é o benefício financeiro que o governo brasileiro concede ao MEI, desempregados, informais e autônomos. O auxílio destina-se a proteger as categorias que não podem ser produzidas devido a medidas de quarentena. Com a liberação do governo favorável, a economia respondeu no segundo trimestre de 2020, e o PIB cresceu 7,8% no terceiro trimestre de 2020. Ainda como reflexo da pandemia, com empresas fechando, demissões e empregos desaparecendo em diversos setores do mercado, nossa taxa de desemprego aumentou, agravando ainda mais esse período de crise. Mesmo com medidas flexíveis, como licenças coletivas e home office, não há como manter ou pagar a mão de obra sem produzir. O alto desemprego é evidenciado por uma grande proporção de empresas demitindo trabalhadores por não conseguirem reter funcionários, resultando em desemprego involuntário em vários setores da economia. Segundo informações divulgadas pelo IBGE referentes ao quarto trimestre de 2019, a taxa de desemprego foi de 11,0%. Durante o período crítico da pandemia, o valor chegou a 14,6% no terceiro trimestre de 2020, aumentando o número de pessoas no país sem renda regular, levando a uma queda no consumo e afetando a economia do país. 3 No Brasil, país que já sofre com a desigualdade social, a fome e a pobreza, mesmo sem a pandemia, o aumento do desemprego é preocupante e tem levado inclusive a um aumento da violência no país. ANÁLISE MICROECONÔMICA Usando medidas de quarentena, não é possível seguir uma linha do tempo de eventos já contratada porque eles se agrupariam. Dessa forma, muitos eventos tiveram que ser cancelados e demolidos mesmo quando os eventos foram agendados e em alguns casos realizados. O impacto da pandemia na indústria não se deve apenas à sua cessação, mas também à incerteza do futuro. Sem retorno esperado, as partes em potencial de um evento se sentem inseguras em concluir novos negócios. Nesse caso, não há venda nem negociação de novos eventos, deixando o mercado de eventos sem perspectivas futuras, nem contratos já conquistados nem novas oportunidades. De acordo com levantamento de 2019 do Instituto de Pesquisas Econômicas da UFMG (IPEAD), só o Mineirão teve 251 incidentes em 2019 que totalizaram um retorno de 660 milhões de reais para a economia da região. No último levantamento do site da ABEOC em 2013, o setor de atividade representou 4,32% do PIB brasileiro, com cerca de 60.000 empresas, e em cada área de serviço, 1 milhão e 893.000 empresas firmaram contratos com valor de subcontratação de 209,2 bilhões de reais. 48 bilhões de reais em receita, impostos, 590 mil eventos e 203 milhões de participantes de eventos. O site também informa que a estimativa é que o setor tenha crescido em média 6,5% entre 2013 e 2019 por falta de pesquisas recentes. Segundo levantamento do Sebrae Nacional/UBRAFE, em média 98% das empresas afetadas pelo surto realizaram 12 eventos e remarcaram em média 7 eventos. Os dados do PIB fornecidos pelo IBGE mostram as mudanças no índice de diversos setores nos dados, e pode-se apurar que os dois setores mais importantes da economia, indústria e serviços, são os mais atingidos em 2020 em termos de medidas de isolamento tomadas O setor industrial caiu 12,2% no segundo trimestre, sendo o setor de serviços o mais afetado, com queda de 9,5%. O setor de serviços é extremamente importante para a economia, consome em média de 65% a 70% do PIB brasileiro, e grande parte dos produtos produzidos no Brasil são provenientes desse setor. O futuro é repleto de incertezas, pois o aumento da demanda do consumidor e os avanços na tecnologia permitem que os consumidores ganhem exposição a vários ramos de atividade dosetor, uma queda de 11,4%. A maioria das empresas do setor não conseguiu sediar eventos por cerca de 14 meses devido a medidas restritivas impostas pelos estados. Dependendo do tipo de atividade a ser ofertada, dentro do setor, os custos envolvidos na produção são muito altos, tais como: aluguel de espaço, custos de água, luz, telefone e internet, seja negociado ou não o custo de novas atividades, ser incluído no meio da conta interna. Dentro do setor, não há eventos específicos que não sejam afetados, e muitas empresas tiveram que se reinventar nesse ínterim, misturando eventos, com buffets começando a funcionar como restaurantes para viagem. Devido à falta 4 de consumo de serviços no setor, empresas com faturamento anual em torno de R$ 890 mil passaram a não cobrar nada. Muitas paralisações, algumas para cortar custos, e quando novos negócios fecham, ainda há dificuldades de fornecimento de materiais e cumprimento de prazos. CONCLUSÃO Como mencionado anteriormente, o setor de prestação de serviços, que é uma parte importante da produção econômica, viu um declínio acentuado no consumo das famílias devido às medidas de pandemia e quarentena. O setor de eventos foi o segundo mais afetado pelas medidas nacionais de quarentena, durante as quais shows foram cancelados, negócios fechados e muitos profissionais e empresários ligados ao setor foram forçados a se reinventar. O show ganha vida, com vendas online e entrega via motoboy por meio de plataformas ou mesmo simples festas de lembrancinhas para aniversários/conferências, e apesar de todos os esforços, muitos negócios estão no vermelho e não conseguem fechar o custo no final do mês. São necessários atos como demitir funcionários, reembolsar valores (para empresas que fecham sem previsão de eventos) ou até mesmo fechar portas. E em algumas situações empresário forçado a dispender de suas próprias reservas para pagar as contas do negócio. A incerteza durante a pandemia tornou impossível para a indústria esperar um retorno à normalidade, levando a uma indústria cada vez mais afundada sem retornos esperados, sem planejamento e antecipação de novas oportunidades e negócios fechados acontecendo, é impossível um retorno responsável e, mesmo com todos os protocolos exigidos, não há garantia de que o vírus não se espalhe. Aqueles dispostos a participar, o percentual daqueles dispostos a participar foi de 25% em 2020, aumentando para 58% em 2021. É exigência da associação estabelecer um critério único para a recuperação da atividade econômica do setor com base no percentual de vacinação da população. Esses padrões permitirão que a indústria planeje e preveja negócios futuros. Para diminuir o impacto da pandemia é importante apoiar entidades do setor, formar parcerias com o setor de atividade e observar a importância desse setor para a economia brasileira. Só em conjunto será possível desenvolver medidas decisivas para o desenvolvimento e recuperação da indústria. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSÉ, Ralph. Ano de pandemia: a dura realidade enfrentada pelo setor de eventos. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2021/03/19/internas_economia,1248633/um- ano-de-pandemia-a-dura-realidade-enfrentada-pelo-setor-de-eventos.shtml. Acesso em: 3 jan. 2022. COUTO, Camille. Preocupação com eventos é a falsa sensação do fim da pandemia, diz infectologista. 2 out. 2021. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2021/03/19/internas_economia,1248633/um- ano-de-pandemia-a-dura-realidade-enfrentada-pelo-setor-de-eventos.shtml. Acesso em: 3 jan. 2022. Estúdio NSC. Setor de eventos se transforma para o pós-pandemia. [S. l.], 30 set. 2021. Disponível em: https://www.nsctotal.com.br/noticias/setor-de-eventos-se-transforma-para-o- pos-pandemia. Acesso em: 30 dez. 2021. GONÇALVES, Antônio Carlos Pôrto. Economia Empresarial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2018. NEVES, Marília. A crise do entretenimento na pandemia: 350 mil eventos adiadosou cancelados e R$ 90 bilhões perdidos'. G1, 2021. Disponível em https://g1.globo.com/pop- arte/noticia/2021/02/17/a-crise-do-entretenimento-na-pandemia-350-mil-eventos-adiados- ou-cancelados-e-r-90-milhoes-perdidos.ghtml. Acesso em: 10 dez. 2021. Painel de Indicadores. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2021. Disponível em: https://www.ibge.gov.ber/indicadores.html. Acesso em: 04 jan. 2022. . https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2021/03/19/internas_economia,1248633/um-ano-de-pandemia-a-dura-realidade-enfrentada-pelo-setor-de-eventos.shtml https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2021/03/19/internas_economia,1248633/um-ano-de-pandemia-a-dura-realidade-enfrentada-pelo-setor-de-eventos.shtml https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2021/03/19/internas_economia,1248633/um-ano-de-pandemia-a-dura-realidade-enfrentada-pelo-setor-de-eventos.shtml https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2021/03/19/internas_economia,1248633/um-ano-de-pandemia-a-dura-realidade-enfrentada-pelo-setor-de-eventos.shtml https://www.nsctotal.com.br/noticias/setor-de-eventos-se-transforma-para-o-pos-pandemia https://www.nsctotal.com.br/noticias/setor-de-eventos-se-transforma-para-o-pos-pandemia https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2021/02/17/a-crise-do-entretenimento-na-pandemia-350-mil-eventos-adiados-ou-cancelados-e-r-90-milhoes-perdidos.ghtml https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2021/02/17/a-crise-do-entretenimento-na-pandemia-350-mil-eventos-adiados-ou-cancelados-e-r-90-milhoes-perdidos.ghtml https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2021/02/17/a-crise-do-entretenimento-na-pandemia-350-mil-eventos-adiados-ou-cancelados-e-r-90-milhoes-perdidos.ghtml https://www.ibge.gov.ber/indicadores.html 6
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