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Vírus: Estrutura e Características

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1. Defina vírus. 
Antes do estabelecimento da teoria dos germes, acreditava-se que muitas doenças 
eram causadas por venenos. O termo em latim para veneno é vírus. No final daquele século, 
obtiveram-se evidências de que alguns agentes de doenças humanas e de plantas poderiam 
passar por filtros, ao contrário de bactérias. A possibilidade de ser uma toxina era descartada 
principalmente pelo fato de o agente causador ser transmitido mesmo em baixas diluições. 
Essa característica dos agentes filtráveis foi explicada como sendo devida à sua capacidade 
de reprodução. Dessa forma, tais agentes foram inicialmente conhecidos como “vírus 
filtráveis”. Com o tempo, a palavra filtrável perdeu-se por desuso, assim como o significado 
original do termo, fixando o termo “vírus” para designar esses agentes infecciosos. 
Virologia é o estudo dos vírus de suas propriedades. Vírus são os menores agentes 
infecciosos que se têm registros, apresentando diâmetro que varia de 20 a 300 ηm, contendo 
RNA ou DNA como genoma. Por não ter bateria enzimática ou organelas próprias, replicam-
se apenas em células vivas, parasitando-as em nível genético. 
 
2. Os vírus são estruturas vivas ou não? 
Os vírus não possuem uma organização tão complexa quanto a de células, tendo de 
fato uma estrutura bastante simples. Apresentam apenas um capsídeo proteico revestindo 
seu material genético e, em alguns casos, de uma membrana lipoproteica, denominada 
envelope ou envoltório. Essa simplicidade morfológica faz com que os vírus sejam incapazes 
de crescimento independente em meio artificial, podendo replicar apenas em células animais, 
vegetais ou micro-organismos. Vírus são, portanto, parasitas obrigatórios do interior celular 
e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da 
maquinaria de auto-reprodução celular. 
A ausência de metabolismo nesses organismos é um ponto que sugere que não se 
tratam de seres vivos. Esses organismos também não conseguem se reproduzir fora de uma 
célula, e a reprodução é um ponto-chave para considerar um ser como vivo. 
Apesar dessas indicações de que os vírus não sejam seres vivos, existem 
características que nos fazem pensar que eles são, sim, uma forma de vida. Uma delas é a 
presença de um material genético que armazena todas as informações sobre aqueles seres. 
Eles também têm a capacidade de evoluir, pois frequentemente ocorrem modificações em 
suas características. 
Assim sendo, podemos concluir que os vírus apresentam tanto características de seres 
vivos como de seres não vivos. É por isso que ainda não existe um consenso entre todos os 
pesquisadores quanto à classificação desses organismos. 
 
 
 
 
3. Descreva a estrutura dos vírus. 
 
MORFOLOGIA VIRAL 
● Ácido nucleico: o vírus contém em geral, apenas um tipo de ácido nucleico, DNA 
ou RNA, que é o portador das informações genéticas para sua propagação. Esse material 
genético pode apresentar-se de variadas formas nos vírus: DNA de fita simples (ssDNA), 
DNA de fita dupla (dsDNA), RNA de fita simples (ssRNA) e RNA de fita dupla (dsRNA). 
● Capsídeo (cápside): capa proteica que protege o genoma viral. O agrupamento das 
proteínas virais dá ao capsídeo sua simetria característica, normalmente icosaédrica ou 
helicoidal. O genoma em conjunto com o capsídeo constitui o nucleocapsídeo. O capsídeo 
viral tem que ser formado de subunidades identicas, chamadas protômeros, que se agrupam 
formando subunidades maiores, os capsômeros. É esta capa proteica que dá formato aos 
vírus quando são observados pela microscopia eletrônica. 
● Envelope: além do material genético (MG) e do capsídeo, alguns vírus possuem 
estruturas complexas de membrana envolvendo o nucleocapsídeo. O envelope viral consiste 
em uma bicamada lipídica com proteínas, em geral glicoproteínas, embebidas nesta. A 
membrana lipídica provêm da célula hospedeira, muito embora as proteínas sejam 
codificadas exclusivamente pelos vírus. Devido à presença de lipídeos no envelope, os vírus 
envelopados são sensíveis a solventes orgânicos, como o éter. Assim, em presença de éter, 
os lipídeos são dissolvidos e o vírus perde a infectividade. É importante salientar que as 
glicoproteínas do envelope, por estarem expostas na superfície viral, constituem os 
principais antígenos de vírus envelopados. 
 
OBS: Vírion é a unidade infecciosa inteira do vírus, sendo constituído de cerne de ácido 
nucleico (DNA ou RNA), invólucro proteico (nucleocapsídeo). Nesta forma, o vírus é capaz 
de replicar-se no interior da célula. Porém, muitas vezes, encontramos vírus defeituoso 
(defectivo), os quais apresentam faltas com relação às estruturas de sua capa proteica (como 
antígenos), deixando-o, muitas vezes, sem a capacidade de infecção. 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS VÍRUS 
1. Proteínas Virais 
⮚ Facilitar a transferência do ácido nucleico viral de uma célula para outra. 
⮚ Proteção do genoma contra a inativação por nucleases. 
⮚ Enzimas: RNA-polimerase (responsável por sintetizar o RNA viral) / transcriptase 
reversa (responsável por realizar uma síntese inversa de DNA: formar DNA a partir de 
RNA). 
2. Lipídeos Virais: responsáveis por fornecer estabilidade às proteínas virais, funcionando 
como um envoltório. 
3. Genoma viral: os vírus contêm um único tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA. O 
genoma pode consistir em filamento único ou duplo, circular ou linear. A estrutura do 
genoma viral serve para a classificação dos vírus em famílias. 
 
OBS2: Alguns agentes subvirais infecciosos apresentam algumas características gerais de 
vírus, mas por outro lado são estruturalmente mais simples. Duas dessas entidades são as 
que assumem maior importância atualmente: viroides e prions. 
Viroides são moléculas pequenas (de 246 a 375 nucleotídeos por exemplo) de RNA simples 
fita, circular, sem nenhuma forma de capsídeo. Isto é, o viroide é constituído apenas de RNA, 
que aparentemente não codifica nenhuma proteína. Portanto, o viroide é completamente 
dependente das funções celulares para sua replicação. Os viroides replicam- se em algumas 
espécies de plantas, e alguns causam doenças provavelmente por interferência no 
metabolismo de regulação gênica da célula hospedeira. 
Prions (proteína infecciosa) são constituídos de apenas um tipo de proteína e não contêm 
ácido nucleico. Causam doenças neurodegenerativas, fatais, de progressão lenta 
(anteriormente eram conhecidos como “vírus lentos”). 
 
4. Como os vírus se reproduzem? Descreva as características gerais dos ciclos replicativos 
dos vírus. 
Embora os vírus sejam diferentes no número de genes que contêm, o genoma viral 
deve codificar para três tipos de funções expressas pelas proteínas que sintetizam. Estas 
funções são: alterar a estrutura e/ou função da célula infectada, promover a replicação do 
genoma viral e promover a formação de novas partículas virais. 
Para que ocorra a replicação dos vírus é necessária a síntese de proteínas virais pela 
maquinaria de síntese da célula hospedeira. Essa replicação apresenta três etapas gerais: 
Fixação, penetração e desnudamento: 
▪ Após a ligação irreversível do vírus a superfície da célula susceptível o próximo 
passo da infecção leva à entrada na célula de parte ou de todo vírion e na liberação 
do material genômico viral. Existem quatro mecanismos básicos pelos quais os vírus 
podem penetrar nas células: injeção do ácido nucleico; endocitose; fusão do envelope 
viral; translocação. 
▪ A especificidade da ligação determina a gama de hospedeiros do vírus. Alguns 
vírus apresentam uma pequena variedade de hospedeiros, enquanto outros exibem 
uma gama bastante ampla. 
▪ A especificidade dos vírus em relação aos órgãos é também governada pela interação 
com o receptor. Os receptores virais encontrados na superfície celular são 
proteínas que exibem outras funções na vida celular. Provavelmente a mais bem 
conhecida corresponda à proteína CD4, queatua como um dos receptores para o HIV, 
mas cuja função normal consiste na ligação de proteínas MHC de classe 2 envolvidas 
na ativação de células T auxiliares 
▪ A partícula viral penetra por meio de seu engolfamento em uma vesícula pinocitótica, 
em cujo interior inicia-se o processo de desencapsidação. O pH baixo no interior da 
vesícula favorece a desencapsidação. A ruptura da vesícula, ou a fusão do envoltório 
viral externo com a membrana da vesícula, deposita o cerne interno do vírus no 
citoplasma. 
Expressão de genomas e síntese dos componentes virais: 
▪ Esta infecção viral leva à produção de centenas ou milhares novas partículas virais 
por célula infectada. A essência deste tipo de multiplicação viral é dupla: replicação 
do ácido nucleico viral e produção de cápsides para conter esse ácido nucleico. 
▪ A primeira etapa da expressão gênica viral consiste na síntese de mRNA. A partir 
desse ponto, os vírus seguem vias diferentes, dependendo da natureza de seu ácido 
nucleico e da região celular onde estão se replicando 
▪ A replicação do genoma viral é governada pelo princípio da complementaridade, 
que requer a síntese de uma fita com uma sequência de bases complementares; esta 
fita atua então como molde para a síntese do real genoma viral. 
 
Morfogênese e liberação: 
▪ Alguns vírus são liberados por lise da célula hospedeira. Os vírus envelopados 
adquirem o envelope durante o brotamento através da membrana celular. 
▪ As partículas virais são liberadas da célula por dois processos. Um consiste na 
ruptura da membrana celular e na liberação das partículas maduras, o que geralmente 
ocorre 
▪ em vírus não envelopados. O outro, observado em vírus envelopados, consiste na 
liberação dos vírus por brotamento através da membrana citoplasmática 
▪ O processo de brotamento é iniciado quando proteínas vírus-específicas penetram na 
▪ membrana celular em sítios específicos. O nucleocapsídeo viral então interage com 
o sítio específico da membrana, mediado pela proteína da matriz. A membrana 
celular 
▪ sofre evaginação naquele sítio, e uma partícula envelopada brota a partir da 
membrana. 
▪ Alguns vírus podem empregar uma via alternativa, denominada ciclo lisogênico, no 
qual o DNA viral integra-se ao cromossomo da célula hospedeira e, naquele 
momento, não são produzidas partículas virais progênie 
▪ Conversão lisogênica é o termo conferido às novas propriedades adquiridas por uma 
bactéria como resultado da expressão dos genes do profago integrado. 
 
5. O que são fagos? 
Um bacteriófago (também chamado por apenas fago) é um ser acelular pertencente 
ao grupo dos vírus (parasita intracelular sem metabolismo próprio), que infecta 
apenas bactérias; consistem numa proteína exterior protetora e no material genético (dupla 
hélice em 95% dos fagos conhecidos). 
Cada tipo de fago possui um alvo específico e tem somente determinadas bactérias 
como seu hospedeiro. Fagos não podem infectar células mais complexos do que bactéria por 
conta das propriedades superficiais dessas células não são susceptíveis a invasão pelo 
bacteriófago. 
 Fagos são muito importantes na biologia molecular sendo utilizados como vetores de 
clonagem para inserir DNA nas bactérias. Eles estão sendo também avaliados por 
pesquisadores médicos como uma alternativa aos antibióticos para tratar infecções por 
bactérias, técnica conhecida como fagoterapia. 
 
6. Explique os ciclos replicativos dos vírus de animais. 
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas 
na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, 
comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem 
as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula 
infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se 
reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse 
ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico (Ribossomo) da célula para fabricar sua proteína 
(Capsídeo). 
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral 
incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula 
infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo 
celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o 
material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos 
equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir 
o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas 
causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acelular
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia_molecular
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vetor_de_clonagem&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vetor_de_clonagem&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fagoterapia
demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos 
incluem a AIDS e herpes. 
 
 
7. O Oseltamivir (Tamiflu), fármaco antiviral prescrito para influenza atua inibindo a 
enzima neurominidase. Explique como esse fármaco pode prevenir a infecção para 
exposição ao vírus da gripe ou como pode reduzir o período da doença em alguém 
infectado? 
O fosfato de oseltamivir é uma pró-droga do carboxilato de oseltamivir, um inibidor 
potente e seletivo das enzimas neuraminidase do vírus da gripe, que são glicoproteínas 
encontradas na superfície do vírion. A atividade da enzima viral, neuraminidase, é 
importante tanto para a entrada do vírus em células não infectadas quanto para a liberação 
de partículas virais formadas recentemente de células infectadas e a expansão posterior do 
vírus infeccioso no organismo. O carboxilato de oseltamivir inibe a neuraminidase do vírus 
da gripe de ambos os tipos: Influenza A e B. O carboxilato de oseltamivir também inibe a 
infecção e replicação in vitro do vírus da gripe e inibe a replicação e patogenicidade in vivo 
do mesmo. O carboxilato de oseltamivir reduz a proliferação de ambos os vírus da gripe A 
e B pela inibição da liberação de vírus infecciosos de células infectadas. 
 
8. O que são retrovírus? 
Vírus que possui o RNA como material genético e que se multiplica com o auxílio 
da enzima transcriptase reversa. 
Apresenta RNA de fita simples o qual é transcrito em DNA de fita dupla pela DNA 
polimerase RNA-dependente (transcriptase reversa) carreada pelo vírus. Essa cópia de DNA 
é então transcrita em mRNA viral pela RNA polimerase normal da célula hospedeira 
(polimerase II). Os retrovírus são a única família de vírus diploides, isto é, que possuem duas 
cópias de seu genoma de RNA. 
 
9. Descreva 5 vírus de RNA e DNA. 
VÍRUS DE RNA (Por gênero) 
● Parvovírus humano B19 🡪 Vírus de DNA de fita simples não envelopado; da família 
Parvoviridae; infecta células precursoras de eritrócitos da medula óssea e do sangue; 
causa anemia em paciente imunocomprometidos. 
● Mastadenovirus 🡪 DNA de fita dupla não envelopado; Família Adenoviridae; Vírus 
de tamanho médio que causam várias infecções respiratórias em seres humanos, 
alguns causam tumores em animais. 
● Papilomavírus 🡪 Também DNA de fita dupla não envelopado; Família 
Papovaviridae; vírus pequenos que induzem tumores; vírus que causam verrugas em 
humanos (papiloma) e determinados vírus que produzem câncer em animais. 
● Orthopoxvirus 🡪 Vírus da Varíola (família poxviridae); Vírus deDNA de fita duplas 
envelopado; Vírus muito grandes e em forma de “tijolo” que causam doenças como 
a varíola, o Molluscum contagiosum (lesões de pele semelhantes a verrugas) e a 
varíola bovina (cowpox). 
● Família Herpesviridae 🡪 Ex: Simplexvirus. Varicellovirus, Lymphocryptovirus, 
Cytomegalovírus, Roseolovirus, HHV-7, Vírus do sarcoma de Kaposi (HHV-8); 
Vírus de DNA de fita dupla envelopado; Vírus de Tamanho médio que causam várias 
doenças em humanos como herpes labial, catapora, herpes zoster e mononucleose 
infecciosa; causam um tipo de câncer denominado linfoma de Burkitt. 
● Hepadnavírus 🡪 Vírus da Hepatite B; Família Hepadnaviridae; Vírus de DNA de 
fita dupla envelopado; Após a síntese proteica, o vírus da hepatite B usa a 
transcriptase reversa para produzir o seu DNA a partir de um mRNA; causa hepatite 
B e tumores hepáticos. 
 
VÍRUS DE DNA (por gênero) 
● Enterovirus, Rhinovirus (vírus do resfriado comum) e Vírus da hepatite A 🡪 
Família Picornaviridae; RNA de fita simples positiva não enevelopado; São 
conhecidos, pelo menos, 70 enterovírus humanos, incluindo o poliovírus, coxsackie 
e ecovírus; existem mais de 100 rinovírus que são a causa mais comum dos 
resfriados. 
● Flavivirus, Pestivirus, Vírus da hepatite C 🡪 Família Flaviviridae; Vírus de RNA 
de fita simples positiva envelopado; Podem se replicar em artrópodes que os 
transmitem; as doenças incluem a febre amarela, a dengue e as encefalites de St. 
Louis e do Oeste do Nilo (West Nile Virus). 
● Coronavírus 🡪 Família coronaviridae; Vírus de RNa de fita simples positiva 
envelopado; associados com infecções de trato respiratório superior e resfriados 
comuns; vírus causador da síndrome respiratória aguda severa (SARS). 
● Vesiculovirus (vírus da estomatite vesicular) e Lyssavirus (Vírus da raiva) 🡪 
Família Rhabdoviridae; Vírus de RNA de fita simples negativa, fita única; vírus em 
forma de projétil possuindo envelope com espículas; causam raiva e numerosas 
doenças animais. 
● Vírus Influenza A, B e C 🡪 Família Orthomyxoviridae; Vírus de RNA de fita 
simples negativa, segmentado; As espículas presentes no envelope aglutinam 
eritrócitos; vírus da gripe. 
 
 
10. Uma mãe que amamenta é potencialmente exposta à raiva, depois de ter sido mordida 
por um cão vadio que mordeu outra pessoa e desapareceu. A vacina anti-rábica foi 
iniciada cerca de 3 dias após a picada e é considerada segura durante a amamentação. 
O bebê tem apenas 2 meses de idade. (A primeira dose deveria ter sido dada no dia que 
ocorreu a mordida) 
a. Então, o bebê está em risco? Está pois passado 3 dias da mordida ele já deve ter 
entrado em contato com o vírus da raiva por meio do leite materno. 
b. O bebê precisa continuar amamentando? Sim, o bebê precisa continuar sendo 
amamentado, visto que o leite materno é a melhor forma de nutrição e proteção imunológica 
para infantes. 
c. O bebê precisa ser vacinado? Sim, a recomendação para essa vacinação com 
menos de 1 anos é ser administrada 1 dose após a mordida (no caso aqui após entrar em 
contato com o patógeno). 
 
*Vacina anti-rábica é uma vacina de vírus inativados (mortos), sendo assim, os 
determinantes antigênicos do vírus continuam sendo capaz de desencadear um resposta 
imune. As vantagens desse tipo de vacina é que desencadeia uma resposta imune humoral e 
celular fraca, sendo assim praticamente ausente de reações inflamatórias. Desvantagem é a 
necessidade de repetidas doses. 
Não há contraindicação a vacina em caso de exposição. 
Deve ser aplicada preferencialmente nas primeiras 24horas após exposição, mas 
considerando a gravidade da doença, deve ser aplicada a qualquer momento após a exposição 
em cinco doses nos dias 0, 3, 7, 14 e 28. 
 
**Não tenho certeza das respostas dessa questão 10, não me matem se não estiver correto. Bjs. 
 
11. Como funcionam as vacinas contra virus? 
● Vacinas com microorganismos atenuados: Podem ser produzidas por meio de 
diversas técnicas. Este tipo de vacina é produzida com microorganismos de baixa 
virulência indutores de reação cruzada (por meio de um vírus que apresenta 
determinantes antigênicos semelhantes ao vírus que se deseja prevenir, o que leva à 
ativação de clones de linfócitos T e B que propiciam uma reação cruzada). Ex.: 
Vacina contra febre tifóide; bem como podem ser produzidas com microorganismos 
virulentos atenuados em cultura (consiste na atenuação do agente infeccioso por 
passagens sucessivas em meios de cultura). Ex.: BCG (Vacina contra tuberculose – 
bactéria). Destacam-se 2 técnicas: 
o Método de Pasteur: Objetivo desse método seria atenuar em cultura para 
que haj a perda da patogenicidade e a ativação do sistema imune, no intuito 
de evitar a infecção. A técnica se baseia no tipo de agente a ser inoculado, no 
caso de vírus: manutenção em células não humanas, fazendo com que ele 
perca sua patogenicidade. 
o Método de Jenner (reação cruzada): Uso de microorganismos de espécies 
diferentes (e preferencialmente, não patogênica) que compartilham 
determinantes antigênicos dos patogênicos, o que gera uma reação cruzada 
do organismo que, ao mesmo tempo que fabrica anticorpos para lutar contra 
um peptídeo não patogênico, produz meios de defesa contra peptídeos 
semelhantes, mas patogênicos. Ex. de vacinas virais: sarampo, rubéola, 
caxumba, poliomielite, febre amarela. 
● Vacinas produzidas com peptídeos sintéticos: por meio da identificação e 
isolamento dos determinantes antigênicos de um agente infeccioso (nesse caso pode 
ser um vírus), fazendo uso da tecnologia do DNA recombinante, tem-se propiciado 
que peptídeos sintéticos sejam produzidos em grande quantidade. Para que um 
peptídeo sintético seja produzido, o seu gene precisa ser clonado e inserido em 
células de inseto ou bactérias para que estas secretem grande quantidade desses 
antígenos. 
● Vacinas de DNA recombinantes inserido em vetores de baixa virulência: Os 
genes indutores da expressão de peptídeos antigênicos devem ser reconhecidos e 
clonados. Esses genes são então introduzidos em microorganismos de baixa 
virulência natural, como o BCG e o vírus da vacínia. Esses microorganismos nos 
quais o gene é introduzido são chamados quiméricos, pois expressam determinante 
antigênicos não normalmente presentes em sua estrutura. Os microorganismos 
quiméricos são inoculados e fagocitados, processados e apresentados pelas 
moléculas de MHC. Dessa forma, esse tipo de vacina reproduz vias naturais de 
infecção que propiciam as respostas celulares e humorais. 
● Vacinas de DNA: faz-se uso de plasmídios contendo cDNA codificando proteínas 
importantes na indução à imunidade. Genes de citocinas e de moléculas co-
estimuladoras podem ser associados ao DNA, aumentando a resposta imune. 
● Vacinas com microorganismos inativados: microorganismos podem ser inativado 
pelo calor, por agentes químicos (formaldeído, fenol) ou pela radiação. Mesmo com 
o microorganismo atenuado, seus determinantes antigênicos continuam capaz de 
desencadear uma resposta imune. Ex. de vacinas virais: poliomielite, raiva, hepatite 
A, influenza.

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