Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Choque Circulatório - Tipos Externos: débitos de líquidos: Internos: desvios de líquido: CARDIOGÊNICO: Manejo: restaurar o volume intravascular para reverter a sequência de eventos que leva à perfusão tissular inadequada. Caso o sangue não seja adequadamente perfundido, as células farão respiração anaeróbica, que não gera energia suficiente pra manter o corpo vivo. A infusão de volume, de maneira titulada, visa atender essa demanda. Choque hipovolêmico: causas – Traumatismo; – Cirurgia; – Vômito; – Diarreia; – Diurese; – Diabetes insípido. – Hemorragia; – Queimaduras; – Ascite; – Peritonite; – Desidratação. Classificação dos estados de choque – Falência ventricular esquerda; – Infarto do miocárdio; Hipovolêmico → relacionado ao volume circulante, como o choque hemorrágico (perda de volume de sangue). Cardiogênico (intrínseco) → relacionado especificamente ao coração (infarto agudo do miocárdio, arritmias, lesão de válvula). Cardiogênico (extrínseco) → ocorre fora do coração, mas acarretando problemas ao coração (PHTLS: tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo). Obs.: tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo é considerado obstrutivo pela maioria das literaturas. Obstrutivo → tromboembolismo pulmonar. Distributivo → causa do problema é a hipovolemia relativa, o aumento dos vasos mantém o sangue na periferia (choque da insuficiência da suprarrenal). Choque hipovolêmico Redução no volume intravascular de 15 a 30% (750 a 1.500 mℓ). Causas: perdas externas de líquido, traumática, movimentações internas de líquido, desidratação grave, edema grave ou ascite. https://www.grancursosonline.com.br/aluno/espaco/curso/codigo/USsXbXFBBwk%3D/v/0%2FWp7OLRQ%2F0%3D/c/%2BQ%2F2hrgmCrU%3D HIPOVOLÊMICO: DISTRIBUTIVO: – Miocardites; – Cardiomiopatias; – Lesões valvares; – Distúrbios de condução; – Bradiarritmias; – Taquiarritmias; – Tamponamento cardíaco (*). – Hemorragia; – Desidratação; – Sequestro de líquidos. OBSTRUTIVO: – Tamponamento cardíaco (*); – Embolia pulmonar; – Pneumotórax hipertensivo (*); – Coarctação de aorta. – Séptico; – Neurogênico; – Anafilaxia; – Insuficiência adrenal. * tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo (diferença entre as literaturas) Choque cardiogênico Causado pela falha do coração no bombeamento sanguíneo. Causas: IAM, falhas inotrópicas ou cronotrópicas (alterações do ritmo cardíaco). Causas intrínsecas → danos ao músculo cardíaco. Causas extrínsecas → tamponamento cardíaco. Pneumotórax hipertensivo → há uma compressão do pulmão devido a não saída do ar do espaço pleural e o pulmão colabado comprime grandes vasos e consequentemente comprime também o coração (para a maioria das demais literaturas é considerado um choque obstrutivo). Tratamento O2 se SatO2 < 90% ou VM Controle da dor: morfina. Diretrizes de 2021 → usar nitrato e betabloqueador antes da morfina, pois essa substância tem interagido com os anti agregantes plaquetários do tratamento do infarto, então seu uso é recomendado em caso que a dor do paciente não for reduzida. Antiarrítmicos. Monitorização: cateter arterial pulmonar, PAM → (PAI). DOBUTAMINA NITROGLICERINA DOPAMINA Medicações – inotrópico + estimulação de betarreceptores miocárdicos, aumentando a força da atividade miocárdica e melhorando o DC. Os receptores alfaadrenérgicos miocárdicos também são estimulados, resultando em diminuição da resistência vascular pulmonar e sistêmica (diminuição da pós-carga). – intravenosa em doses baixas atua como um vasodilatador venoso e, portanto, reduz a pré-carga. Em doses mais altas, a nitroglicerina causa dilatação arterial e, consequentemente, também reduz a pós- carga. Essas ações, em combinação com a dobutamina, aumentam o DC enquanto minimizam o esforço cardíaco. Metabolização → Dopamina é um precursor da nora, que é precursora da adrenalina: tirosina → dopa → dopamina → nora → adrenalina (interralação). Agente simpaticomimético que apresenta efeitos vasoativos variados, dependendo da dose. Doses de 2 a 8 mg/kg/min melhoram a contratilidade (ação inotrópica), elevam discretamente a FC (ação cronotrópica) e podem aumentar o DC. Doses que são superiores a 8 mg/kg/min causam predominantemente vasoconstrição, que aumenta a pós- carga e, assim, o esforço cardíaco. Visto que esse efeito é indesejável em clientes com choque cardiogênico, as doses de dopamina devem ser tituladas cuidadosamente. A dopamina em dose baixa (0,5 a 3 mg/kg/min) não melhora o fluxo renal, não altera a necessidade de suporte renal, nem reduz a taxa de mortalidade. A dopamina em dose baixa deixou, portanto, de ser recomendada. Quadro clínico e hemodinâmico PAS < 90 mmHg; RVP elevada; Acentuada redução da fração de ejeção do VE; Hipotensão; Taquicardia; Palidez cutânea, enchimento capilar lento e pulsos finos; Sudorese fria; Taquipneia e insuficiência respiratória; Sinais de Congestão Pulmonar – estertores pulmonares; Turgência jugular; Alterações do estado de consciência – agitação, confusão; Sonolência ou coma. Tamponamento Cardíaco Acúmulo progressivo de sangue na cavidade pericárdica, resultando em comprometimento progressivo da circulação. Choque Obstrutivo TEP e Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax hipertensivo. Se a quantidade de ar preso no espaço pleural continua a aumentar, não somente o pulmão no lado afetado é colapsado, como também o mediastino é desviado para o lado oposto. O desvio do mediastino dobra a veia cava inferior, reduzindo, assim, o retorno do sangue para o coração, afetando o débito cardíaco enquanto, ao mesmo tempo, comprime o pulmão oposto. Quando a causa é lesão medular, não altera o sistema nervoso central encefálico e a consciência do paciente é mantida. A alteração da perfusão, altera o nível da consciência. Choque distributivo (circulatório) Todo tipo de choque em que o sangue não circula adequadamente é chamado de choque circulatório pela literatura em geral. Bruner, especificamente, chama de choque distributivo, o choque circulatório, como sinônimos. Volume intravascular fica represado nos vasos sanguíneos periféricos. Esse deslocamento anormal do volume intravascular causa hipovolemia relativa (o sangue não circula de maneira satisfatória). Séptico, Anafilático e Neurogênico. Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS): Pacientes com risco de choque séptico chegam, muitas vezes, à unidade de emergência com a categorização de sintomas que evidenciam o possível choque. Esse quadro é chamado de SRIS. Temperatura > 38ºC ou < 36ºC F C > 90bpm Frequência respiratória > 20 irpm PaCO2 < 32 mmHg Leucometria > 12.000 células/mm 3, < 4.000 células/mm 3, ou leucócitos imaturos (bastonetes) > 10% Choque Séptico O tipo mais comum de choque circulatório (distributivo). É causado quando microrganismos lançam toxinas que provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos. O volume de sangue torna-se insuficiente para preencher o sistema circulatório dilatado. Mais comum no ambiente hospitalar. Os sintomas do choque séptico passam por 2 etapas: choque quente e frio. O choque hiperdinâmico é quando a vasodilatação se torna inicial e o paciente fica com a pele rosada e quente. Entretanto, a presença das toxinas dilata os vasos a um nível que as células endoteliais começam a se afastar umas das outras e o plasma extravasa para o terceiro espaço. Aí começa a formar-se um edema e o vaso fica deficitário de volume. Extremidades quentes e ruborescidas; PA normal ou discretamente reduzida; Taquicardia e pulsos amplos; Febre; Taquipneia e alcalose respiratória; Confusão mental; Débito urinário normal. Choque Séptico No primeiro momento, os sinais e sintomas são decorrentes da vasodilatação e o paciente apresenta a pele quente e seca, com a evolução da vasodilatação o plasma sanguíneo sai de dentro dos vasos, reduzindo o volume sanguíneo e daí os sintomas são parecidos com o choque hipovolêmico, pele fria e pegajosa. Aumento do lactato – anaerobiose. Quadro clínico e hemodinâmico nasepse PAS < 90 mmHg - PVC normal ou baixa. RVP baixa. Fase inicial ou hiperdinâmica (choque quente): Manejo do choque séptico Administrar líquidos para alcançar uma PVC de 8 a 12 mmHg, PAM > 65 mmHg, débito urinário > 0,5 mℓ/kg/h e uma saturação de oxigênio venoso central (SCV O2) > 70%. Choque neurogênico É causado quando o sistema nervoso não consegue controlar o calibre dos vasos sanguíneos. O volume de sangue disponível é insuficiente para preencher todo o espaço dos vasos dilatados. Causas: – Raquianestesia e lesão medular Início agudo dos sintomas; Dois ou mais sintomas, que incluem comprometimento respiratório, redução da PA, desconforto GI e irritação de tecido cutâneo ou mucoso; e Comprometimento cardiovascular desde minutos até horas após a exposição ao antígeno. SINTOMAS Choque Anafilático (reação alérgica) Contato com uma substância na qual é alérgica, pelas seguintes formas: ingestão, inalação, absorção ou injeção. Resposta mediada por imunoglobulina E (IgE); essa reação de antígeno anticorpo provoca a liberação, pelos mastócitos, de potentes substâncias vasoativas, como histamina ou bradicinina, e ativa as citocinas inflamatórias, causando propagação da vasodilatação e da permeabilidade capilar e, consequentemente, colapso no sistema cardiorrespiratório. A anafilaxia apresenta três características de definição: Choque Anafilático – eritema difuso e rubor generalizado, dificuldade respiratória (edema laríngeo), broncospasmo, arritmias cardíacas e hipotensão. Choque neurogênico ANAFILAXIA GRAVE – geralmente incluem rápido início da hipotensão, comprometimento neurológico, angústia respiratória e parada cardíaca. Manejo clínico Remoção do antígeno causador. Administração de medicamentos que restauram o tônus vascular e suporte de emergência das funções básicas da vida. Reposição volêmica: o manejo com líquido é crítico, porque podem ocorrer desvios de líquido em minutos por causa do aumento da permeabilidade vascular. Epinefrina IM.
Compartilhar