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gripe, resfriado, rinite e sinusite 1 gripe, resfriado, rinite e sinusite Diferenciar gripe, resfriado, rinite e sinusite Gripe: manifestações respiratórias mais fortes e intensas, menos frequente que o refriado, inicio repentino causado pelo virus influenza dor de garganta, obstrução nasal, mal-estar, catarro, tosse, febre que pode se estender por até 4 dias, dor de cabeça: por até 2 semanas dor muscular, dor torácica Resfriado: manifestações mais brandas inicio gradual, sintomas mais leves, coriza, congestão nasal, espirros, tosse seca, leve dor no corpo, dor toracica leve, olhos lacrimejantes raro ter febre e cefaleia Rinite: inflamação da mucosa nasal alérgenos, infecções virais, bacterianas ou fungicas Sinusite: inflamação dos seios paranasais associado a processos infecciosos, alérgicos ou irritativos associada a rinite, asma, bronquite, amigdalite e faringite Gripe Etiologia Influenza A, B e C epidemiologia clima temperado: sazonal, picos no inverno tropical: qualquer época do ano, associado a mudança no padrão climático → estação de chuvas sul e sudeste: outono e inverno altamente contagioso gripe, resfriado, rinite e sinusite 2 pode causar epidemias e pandemias transmitido por meio de gotículas ou contato com objetos contaminados por secreções nasofaringeas paciente mais infectante: 24h antes dos sintomas e durante o periodo mais sintomático pico: 3 dias apos inicio do sintoma até 7 dias incubação de 1-4 dias comum infecção de varias pessoas ao mesmo tempo: familia, escola, creches, etc fisiopatologia vírus: dupla camada lipídica → hemaglutinina e neuraminidase entra pelas mucosas (trato respiratorio, conjuntivas) fusão com a membrana das células, RNA liberado no interior novas moléculas sintetizadas: novas células infectadas predispõe infecções bacterianas: facilitam a aderência bacteriana modica a expressão de defensinas, induz a expressão de moléculas de adesão recruta e ativa mais celulas pró-inflamatórias quadro clínico diversas formas clínicas, depende do hospedeiro subclínica ou forma grave, afetando vários órgãos quadro com início abrupto febre alta, calafrios, dor de garganta, rinorreia, tosse seca, cefaleia, mialgia, fadiga, anorexia, mal-estar diarreia, vômitos, dor abdominal, rouquidão e hiperemia conjuntival queixas respiratórias se tornam mais evidentes e permanecem por 3-4 dias apos o desaparecimento da febre tosse pode durar algumas semanas lactentes: febre alta, toxemia gripe, resfriado, rinite e sinusite 3 radiografia: atelectasia, consolidação maioria recupera em 3-7 dias diagnóstico tripé: virus em circulação na comunidade; quadro clinico (inicio subito, febre, tosse e comprometimento sistemico); testes laboratoriais periodo de circulação viral → sazonalidade febre, tosse e rinorreia laboratorial: cultura viral, testes sorologicos, detecção de antigenos virais e PCR sorologia: somente apos 2 semanas. pico da 4-7 semana. necessita de 2 amostras de sangue (fase aguda e convalescença) radiografia: consolidação diagnóstico diferencial influenza e resfriado comum influenza: sazonalidade, inicio subito, febre alta, dor muscular, tosse, fadiga resfriado comum: ano todo, inicio lento, dor de garganta, espirros e coriza sindrome gripal: febre de inicio subito, tosse, dor de garganta, cefaleia, mialgia ou artralgia sindrome respiratória aguda grave: sintomas da SG + dispneia e saturação de oxigenio < 95% desconforto respiratorio, aumento da FR, piora das doenças de base e hipotensão, uso de musculatura respiratória internação covid-19 tratamento repouso e hidratação, sintomáticos inibidores dos canais de ion M2: rimantadina e amantadina apenas influenza A acima de 1 ano gripe, resfriado, rinite e sinusite 4 inibidores da neuraminidase: oseltamivir e zanamivir oseltamivir: tratamento e profilaxia em > 1 ano. zanamivir: tratamento > 7; profilaxia > 5 anos mais efetivo via inalatoria, 10mg, duas vezes ao dia, por cinco dias 48h apos o inicio dos sintomas profilaxia vacina: imunização anual inativa e virus atenuado trivalente: 5-49 anos inativa: acima dos 6 meses → imunização por pouco tempo quimioprofilaxia com antiviral profissionais de laboratorio nao vacinados que tenham manipulado amostras clinicas que contanheam o virus sem EPI trabalhadores de saude nas mesmas condições individuos com fator de risco nao vacinados e em exposição complicações forma grave: afeta multiplos orgãos lactentes: bronquiolite, laringite, quadro semelhante a sepse bacteriana piora de doenças cronicas presdipoe complicações bacterianas quadros que se estendem, com piora otite media aguda, sinusite, pneumonia bacteriana pneumonia viral primaria piora dos sintomas, febre persistente, dispneia, cianose, sindrome da angustia respiratoria aguda pacientes com doença pulmonar cronica: exacerbação do quadro de base imunocomprometidos e crianças: pode causar pneumonia fatal gripe, resfriado, rinite e sinusite 5 miosite lesao muscular, arritimias, aumento de enzimas cardiacas complicações neurológicas: raras convulsões febris, encefalite, encefalopatia, mielite transversa e sindrome de Guillain-Barré sindrome de reye: mais rara, descontinuação de AAS Resfriado Etiologia rinovirus (resfriado comum), parainfluenza, adenovirus, VSR epidemiologia mais comum no inverno 8 a 12 vezes por ano em crianças sistema imaturo, creches circulam durante o ano todo incubação: 1-2 dias transmissao: aerossois, fomites, contato com secreções fisiopatologia criança nao exposta a muitas cepas de virus varios sorotipos, incubação de 1-3 dias rapida replicação resposta inflamatória neutrofílica e aumento da permeabilidade vascular e secreção de muco nao destroi a barreira epitelial das vias aéreas alguns podem resposta varia de acordo com o virus PAMPs → cascata de inflamação → citocinas → sintomas alta produção de muco e liberação de proteína resposta inflamatória aguda gripe, resfriado, rinite e sinusite 6 menor idade: maior tempo de infecção quadro clínico inicio gradual, sintomas mais leves, coriza, congestão nasal, espirros, tosse seca, leve dor no corpo, dor toracica leve, olhos lacrimejantes sintomas limitados ao trato respiratório superior rinorreia e obstrução nasal, tosse aguda tosse pos infecciosa: pode durar até 1 mes tosse cronica: gotejamento pos-nasal, refluxo gastroesofágico diagnóstico clinico: sintomas e sazonalidade nao específico ausculta: ronco exame fisico do aparelho respiratorio congestação da membrana nasal e hiperemia da faringe e conjuntiva hiperemia da membrana timpanica PCR sorologia e cultura: não são praticos painel viral: em grandes centros diagnóstico diferencial faringite estreptococica exame de antigeno bacteriano gripe, rinite tratamento sintomático, lavagem nasal (10ml por narina), higiene, hidratação corticoides, anti-histaminicos, inalação de vapor d'agua: sem resultados vitamina C: nao eficaz antitussigenos e anti-histaminicos não recomendados: efeitos indesejaveis reduzem a resposta de expulsao do virus gripe, resfriado, rinite e sinusite 7 profilaxia lavagem das mãos evitar aglomerações dieta equilibrada, hidratação complicações sinusite, otite média, exacerbação da asma, bronquiolite, pneumonia pode aumentar o risco para desenvolvimento da asma infantil reatividade bronquica genetica + predisposição ambiental faringite, laringite tosse seca, estridor Rinite Etiologia ativação de celulas T alérgeno-específicas produção de IgE alérgeno-específica nao alergica: fatores mecanicos, tumores, atresias infecciosa: aguda, cronica inflamatoria/imunologica fisiologica: hipotireoidismo, gravidez, contraceptivos orais induzida por medicamentos: AAS, AINE induzida por reflexo: gustativa, substancias irritantes, reflexo postural, ciclo nasal fatores ambientais: odores, temperaturas, ocupacional rinite eosinofilica nao alergica rinite nao alerfica perene: vasomotora ou idiopatica fatores emocionais epidemiologiaperene ou sazonal gripe, resfriado, rinite e sinusite 8 aguda ou cronica Brasil: escolares: 25,7% adolescentes: 29.6% fisiopatologia contato com alérgeno celulas apresentadoras de antigenos: macrofagos e dendriticas → captam o alergeno por endocitosee apresentam as celulas T produção de IL-4 e IL-3 interagem com linfocitos B: sintese de IgE fase de sensibilização reesposição: ligação do IgE no mastocito → abertura dos canais de calcio e ativação da celula fase imediata da resposta alergica: apos alguns minutos do contato liberação de mediadores pre-formados dos mastocitos histamina, proteases, citocinas, fator de necrose tumoral, prostaglandina D2, leucotrienos sintomas: espirros em salvas, coriza, prurido, obstrução nasal histamina → vasos sanguineos e nervos sensoriais vasodilatação, reflexo motor (prurido) reflexos parassimpaticos: produçaõ de muco → obstrução nasal e rinorreia quadro clínico obstrução nasal, rinorreia, espirros em salvas, prurido local gotejamento pós nasal, prurido e lacrimejamento ocular historia clinica inicio, intensidade, duração dos sintomas, fatores desencadeantes e agravantes, qualidade de vida e sono, desempenho escolar, historia familiar historia ambiental exposição a alergenos domiciliares, extradomiciliares, poluentes gripe, resfriado, rinite e sinusite 9 exame fisico rinoscopia anterior: mucosa nasal palida, hipertrofia dos cornetos, rinorreia hialina ou purulenta olheiras, sinal de Dennie-Morgan, vinco horizontal na linha media do nariz (cumprimento do alérgico) (prurido nasal constante) diagnóstico clinico, baseado na presença de 4 sintomas prurido nasal, espirros, rinorreia aquosa, congestão/obstrução nasal historia pessoal e familiar de atopia, dados de exposição a produts irritantes, uso de alfa adrenergicos, beta-adrenérgicos exame fisico alterações anatomicas, hipertrogia de adenoides, polipos nasais conjuntivite alergica, respiração bucal, IVAS recorrentes, asma, tosse citologia nasal: eosinofilos hemograma, testes cutaneos de hipersensibilidade imediata IgE especifica diagnóstico diferencial presença de corpo estranho RAP RENA: rinite eosinofilica nao alégica rinite vasomotora outras condições alérgicas: polipos nasais, desvio de septo rinite medicamentosa, hormonal, etc tratamento aliviar sintomas e remover incomodo no dia a dia higiene ambiental, lavagem nasal mudanças no estilo de vida: evitar alergenos suspeitos, lavagem nasal com solução salina medidas de controle de ambiente: baixa eficácia gripe, resfriado, rinite e sinusite 10 anti-histaminicos topicos nasais ou orais nao sedativos corticoesteroides nasais imunoalergoterapia especifica: pacientes que não respondem ao tratamento conservador procedimento cirurgico: desvio de septo, polipose, adenoide volumosa profilaxia reduzir a exposição a alergenos revestir colchao e travesseiro com capas a prova de alergenos lavar roupas de cama em agua quente evitar aniamis, polens e fungos lavagem nasal complicações comprometer a qualidade de vida sinusite cronica secreção purulenta espessamento da mucosa, velamento sinusal, polipose nasal com inflamação culturas negativas sinusite da triade de SAMTER (asma, sinusite com polipose nasal, sensibilidade a aspirina) rinite + asma: exacerbação da asma gotejamento pos-nasal, obstrução da tube de eustaquio, efusao no ouvido medio inflamação alergica cronica: hipertrofia de amigdalas e adenoides, onstrução da tuba de eustaquio, efusão serosa, otite media, apneia do sono Rinossinusite Etiologia inflamação da mucosa rinossinusal, seios da face gripe, resfriado, rinite e sinusite 11 geralmente causada por virus pode ter origem bacteriana streptococcus pneumoniae Haemophilues influenzae s. aureus predisposição a RS cronica: fatores locais e anatomicos que facilitam a obstrução dos ostios: desvio de septo, edema de mucosa, rinite alergica, infecções, polipos, corpos estranhos, tampões comprometimento da função cilicar: inspiração de ar frio/seco, uso cronico de farmacos, atresia coanal, nadar em aguas contaminadas, infecções dentárias condições sistemicas: desnutrição, diabtes descompensado, uso cronico de corticoesteroides, quimioterapia, imunodeficiencias, etc epidemiologia comum em crianças associado a varios fatores de predisposição rinite alergica, exposição a fumaça imunodeficiencia: produção de anticorpos, fibrose cistica defeitos anatomicos crianças de 6 meses e 3 anos: incidencia de 6 episodios por ano de IVAS 8%: bacteriana fisiopatologia geralmente viral: inflamação dos seios da face obstrução dos óstios: acumulo de secreções, queda do pH e O2, comprometimento da resposta imune → propicia o crescimento bacteriano geralmente limitada a um unico seio sinusite bacteriana aguda: semelhante a IVAS gripe, resfriado, rinite e sinusite 12 inicialmente: infecção viral → rinossinusite viral assoar o nariz: impelir secreções para cavidade dos seios bacterias em seios normais: eliminadas rinossinusite viral: inflamção e edema bloqueiam a drenagem do seio e prejudicam a eliminação crescimento e proliferação quadro clínico sintomas inespecíficos congestão nasal, secreção nasal purulenta, febre, tosse halitose, redução do olfato, edema periorbital cefaleia e dor facial: raro em crianças 2 ou mais sintomas: obtrução/ congestão nasal ou secreção nasal anterior/posterior tosse e dor/pressão facial exame endoscopico nasal: eritema e edema da mucosa aumento da sensibilidade do seio em adolescentes e adultos transiluminação: opacos secreção mucopurulenta do metado médio edema de mucosa no meato medio, crostas polipos nasais exame tomografico: alterações rinossinusite aguda: RSA viral (resfriado ou gripe: ate 10 dias) RSA pós-viral: piora dos sintomas 5 após, ou persistencia dos sintomas apos 10 dias e < 12 semanas RSAB: pelo menos 3 dos sintomas secreção mucopurulente nasal e retronasal gripe, resfriado, rinite e sinusite 13 febre > 38ºC dor facial ou piora dos sintomas cronica: duração > 12 semanas investigar fatores de risco: IVAS de repetição, alergia, adenoide, doenças sistemicas, refluxo gastroesofágico, variações anatomicas (meato médio) endoscopia nasal e TC dos seios da face diagnóstico clínico: 2 ou mais sintomas maiores; um sintoma maior e 2 ou mais menores sintomas maiores: congestão ou obstrução nasal; rinorreia purulenta, dor ou pressão facial hiposmia ou ansomia sintomas menores: cefaleia, dor ou pressão nos ouvidos, halitose, dor de dente, tosse, febre e fadiga historia sinusite bacteriana aguda: sintomas persistentes de IVAS secreções nasais e tosse por mais de 10-14 dias, sintomas respiratorios graves, febre, secreção nasal purulena por 3-4 dias seguidos cronica: sintomas respiratorios persistentes: tosse, secreções, congestao nasais > 90 dias exame clinico visualização da mucosa: hiperemia, edema, degeneração polipoide, polipos, crostas, drenagem de secreçã purulenta cultura em sinusite bacteriana endoscopia nasal nao necessária na RSA nao complicada radiografia simples: nao recomendada TC: em casos persistentes, recorrentes ou com complicações diagnóstico diferencial corpos estranhos, atresia de coana unilateral gripe, resfriado, rinite e sinusite 14 sintomas unilaterais, historia clincia e exame endoscopico rinite alergica: nao apresenta rinorreia purulente ou febre adenoidite: secreção nasal ou posterior, purulenta, febre ou tosse tratamento Aguda: 50% → cura espontanea lavagem nasal, umidificação do ar corticoides nasais: persistencia ou piora dos sintomas após os 5 dias iniciais corticoesteroide intranasal topico com antibioticoterapia casos nao complicados: sintomáticos se nao houver melhora em 2 semanas (viral) → antibioticoterapia: resolução mais rapida, evitar complicações, avaliar gravidade e duração dos sintomas amoxicilina pura em dose dobrada ou amoxicilina + clavulanato amoxicilina, acido clavulanico, cefalosporinas (45mg/kg/dia) hipersensibilidade:azitromicina, claritromicina, sulfametoxazol/trimetoprim crianças com fator de risco, bacterias resistentes, e sem resposta ao tratamento: amoxacilina-clavulanato (80-90mg/kg/dia e 6,5mg/kg/dia) profilaxia lavagem frequente das maos, evitar contato com pessoas resfriadas vacinação anual de influenza: previnir complicações em caso de sinusite prevenção e imunização contra influenza complicações Aguda: nao frequentes graves, diagnostico precoce e tratamento adequado acometimento orbital, intracraniano e osseo TC, tratamento com antibiotico abscesso, sem melhora apos 24-48h: drenagem cirurgica + antibioticoterapia gripe, resfriado, rinite e sinusite 15 meningite
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