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IVAS - Infecção de vias aereas superiores

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AULA 1 – IVAS 
Noções básicas sobre vírus: 
• Possuem RNA ou DNA 
• Reproduzem em células vivas 
• Possuem proteínas e envelopes lipoproteicos 
Caso Clínico 1: 
Início rápido de obstrução nasal, coriza hialina e tosse seca. Picos febris de 37,8. 
Desmame cedo, início precoce na creche. 
Diagnóstico: Síndrome febril, infecção de via aérea superior provavelmente causada por um vírus (influenza). 
Caso Clínico 2: 
Febre de 39, coriza hialina e tosse seca. Apetite diminuído, sem diarreia e vômitos. 
Desmame com 8 meses. Evolução = 1 dia (Quadro agudo). 
Diagnóstico: Síndrome febril, infecção de via aérea superior (etiologia diferente) 
 
Principais quadros de infecção de vias aéreas superiores 
• 70% dos casos são causas virais: Rinovírus 
• 8-10 IVAS ao ano dos 6 meses aos 3 anos 
Resfriado comum: 
Etiologia – Rinovírus com complicações de otites, sinusites, asma, bronquiolite; influenza, adenovírus, parainfluenza. 
Doença mais comum da infância, contagio 2-5 dias e incubação de 6h a 2-4 dias; sintomas por 1 semana. 
Sinais e sintomas: Febre (mais baixa), coriza, espirros, tosse irritativa inicial, obstrução nasal e dor de garganta, 
vômitos e diarreia. 
Tratamento: Sintomático (antitérmicos, limpeza nasal, hidratação, alimentação que a criança aceitar). 
 
Síndrome gripal 
Febre, início súbito, dor de garganta, tosse, mialgia, cefaleia ou artralgia. 
 
Amamentação ideal até os 6 meses para oferecer uma imunidade melhor para a criança. 
Influenza-gripe 
• Influenza A 
• Influenza B 
Sinais e sintomas: Febre mais elevada, cefaleia, dor de garganta, coriza, mal esta, fadiga, espirros, congestão nasal e 
tosse. 
Importância para crianças menores de 5 anos, idosos, portadores de doenças crônicas, indígenas e gestantes. 
Ponto-chave de diagnóstico em crianças: Período de circulação viral (outono-interno) 
Febre, tosse e rinorreia. 
Tratamento: Repouso, hidratação via oral, antitérmico e analgésico, lavagem nasal com solução salina, não usar anti-
histamínico, descongestionantes nasais ou sistêmicos. 
Grupos de risco: Oseltamivir (inibidor da neuraminidase) – Antiviral nas primeiras 48h 
Profilaxia: Vacina. 
 
Caso Clínico 3: 
Tosse secretiva, coriza clara, tosse persistente, obstrução nasal. Secreção nasal amarelada e espessa, cefaleia. 
Apresenta histórico de sinusite. 
Tempo de evolução de 7 dia, secreção retrofaríngea purulenta. 
Sinusite: O seio esfenoidal e maxilar surge após os 5 anos de idade, logo para ter sinusite somente após essa idade. 
Diagnóstico: Rinosinusite aguda bacteriana 
Conduta: Lavagem, antibiótico (amoxicilina + inibidor de betalactamase) 
Rino sinusite: Pode ser bacteriana ou viral. 
Bacteriana: Complicação do IVAS, persistência dos sintomas como secreção nasal, tosse noturna, respiração difícil, 
fadiga, cefaleia e inapetência, exame físico com secreção nasal posterior ou anterior. 
O diagnóstico é clínico, exame de imagem só com complicações (tomografia). 
Tratamento: Antibiótico, umidificação do ambiente, hidratação, lavagem nasal com solução salina, 
descongestionantes tópicos (3 dias) e oral associados anti-histamínicos, sprays nasais com corticoides e mucolíticos. 
Complicações: Celulite orbitária difusa, abscesso subperósteo, abscesso orbitário, meningite, abscesso sub e 
extradural, abscesso cerebral, tromboflebite do seio cavernoso, osteomielite dos ossos do crânio. 
 
Caso clínico 4 
Febre 39, choro intenso. Obstrução nasal com tosse esporádica. 
Sintomas com 1 dia (agudo). Habito de mamar deitada (possibilidade de gerar refluxo). 
Diagnóstico: Otite média aguda 
Etiologia: Bacteriana 
Conduta: Antibiótico 
Otite média aguda: 
Agentes etiológicos: Vírus (mais comum) e bactérias. 
Sinais e sintomas: Febre a partir de 39, vômitos ou diarreia em crianças com menos de 2 anos de idade, otorreia 
com história de otalgia intensa nas últimas 48 horas. 
 
Caso clínico 5 
Febre até 39, dor de garganta, obstrução nasal e tosse seca esporádica. Receitado amoxicilina. Linfonodos 
aumentados, discreto edema, ponta do baço palpável, fígado palpável. 
Diagnóstico: Mononucleose, amigdalites 
Faringotonsilites: 
Principal causa de dor de garganta, mais de 50% de origem viral. 
Reconhecimento precoce e tratamento adequado: Prevenção de febre reumática. Mais comum em crianças mais 
velhas e adolescentes. 
Virais: Dor de garganta, febre, mal estar, rouquidão, tosse, conjuntivite, diarreia. 
Diagnóstico é clínico e o tratamento é sintomático, gargarejo com solução salina. 
Exame físico: Hiperemia da faringe e amigdalas, com ou sem vesículas ou ulcerações, com ou sem exsudato 
amigaliano. 
 
Laringites viral ou crupe 
Causa mais comum de obstrução desta região. 
 
Sinais e sintomas: Tosse, rouquidão e estridor, sibilos quando há comprometimento dos brônquios. 
90% dos casos são virais, predomina no outono e inverno. 
Duração de 3 a 7 dias. 
Diagnóstico é clínico. 
Tratamento pode ser feito em casa, nebulização com O2, corticosteroides, epinefrina e em casos mais graves 
internação.

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