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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE CENTRO DE HUMANIDADES CURSO: LINCECIATURA EM HISTÓRIA DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDOS HISTORICOS PROFESSORA: FRANCISCO JOSÉ GOMES DAMASCENO GLEDSON DE PAULA LEÃO COMENTÁRIOS SOBRE: HISTÓRIA E MEMÓRIA (CAPÍTULO PASSADO/PRESENTE); LE GOFF. FORTALEZA 2021 PASSADO/PRESENTE O Passado/Presente de Le Goff vai nos trazer a análise da estrutura do presente, tendo em vista que o presente se relaciona com o passado, ou seja, só conseguimos compreender o nosso presente a partir dos cortes do nosso passado. Ele dá um exemplo da definição do período contemporâneo nos programas escolares de história, onde para a França, a revolução francesa vai marcar o começo desse período contemporâneo. Já na Itália, dois acontecimentos, o renascimento e a queda do fascismo, vai marcar a consciência histórica dos italianos. Ele então vai dizer que esses cortes da história coletiva desses países vão marcar o passado contemporâneo deles, mesmo que esse corte seja meramente ideológico, privilegiando momentos de: Guerras, revoluções e mudanças de regimes políticos. A distinção passado/presente que ele trabalhou no começo, é a que existe na consciência coletiva histórica. Em seguida ele vai trabalhar a oposição de passado/presente na memória coletiva, onde mais uma concepção é acrescentada, o futuro. A oposição passado/presente em psicologia: Esse tópico vai mostrar uma comparação metafórica da visão da criança perante ao tempo para assim trazer a assimilação dos conceitos do tempo através da história. A partir de exemplo da criança, onde sua memória coletiva é ensinada e a criança vai assimilando junto a sua consciência individual, ela acaba se localizando assim no presente em perspectiva junto com o passado e o futuro. Mostrando assim que esses três períodos do tempo se relacionam no exemplo. Passado/presente à luz da linguística: O estudo das línguas vai trazer um paralelo com os conceitos de passado/presente (futuro), já que a língua é fruto da história coletiva e vai evoluindo ao longo do tempo, a partir das relações sociais. Apesar de não ser regra, porque povos como os hebreus, protogêrmanicos, eslavos não vão reconhecer passado/presente (futuro), quebrando assim a regra deste paralelo. Já alguns linguistas vão associar esses conceitos a expressão verbal, tendo em vista que que vai de encontro a ideia fundamental lógica desses conceitos, correlacionando assim esses conceitos com a expressão verbal. Exemplo: ver empregar o presente com a função de futuro ['vou lá' = 'irei lá']. A partir disso, exemplificamos o dinamismo que os conceitos que vem sendo trabalhado podem ter assim como a expressão verbal. Passado/presente no pensamento selvagem: A relação aqui existente é peculiar, algumas tribos citadas criam através de rituais a conexão entre passado e presente para criar uma conexão. Nesse pensamento selvagem algumas tribos tem formas diferentes de ver essa relação entre passado/presente (futuro), outras não conseguem atingir essa mentalidade e já algumas tem uma consciência histórica já bem fundamentada e estabelecida. REFLEXÕES DE CARÁTER GERAL SOBRE PASSADO/PRESENTE NA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA Nessa parte do texto Hobsbwam, vai trazer uma reflexão acerca da função social do passado, onde em algumas sociedades, alguns grupos tentam utilizar o passado a seu favor, trazendo uma memoria afetiva de um passado tradicionalista para que se evite mudanças no presente. Já em outros casos é o contrário, onde grupos revolucionários traz uma memória critica instigando mudanças no presente, ou seja, esses grupos usam o passado como formar de fortalecer suas ideias, sejam elas afetivas ou de apenas provocar maneiras para mudar. Ainda nesse tópico François, definiu características do “espirito histórico” reforçando a realidade do passado como conteúdo, opondo a ideia de passado e presente e por último a história dever reconhecer métodos do estudo do passado. EVOLUCÇÃO DA RELAÇÃO PASSADO/PRESENTE NO PENSAMENTO EUROPEU DA ANTIGUIDADE GREGA AO SÉCULO XIX Esse tópico vai relatar como o pensamento passado/presente se dá ao longo do pensamento grego até o século XIX. Na sociedade grega existia uma valorização do passado e uma visão de um presente decadente, visto que o passado remetia a grandes mitos e crônicas de uma época heroica. Na era medieval se dá um forte domínio do cristianismo, que acaba por influenciar a ideia de uma valorização do presente, tendo em vista que o futuro a partir da reencarnação de cristo seria marcado como “o fim dos tempos”, trazendo então uma grande importância do presente. Porém, também existia a valorização do passado, por marcar o tempo mítico do paraíso. O renascimento é marcado por tendências contraditórias, onde houve significativos avanços científicos, datação e cronologia de um passado histórico trazendo uma ideia definida de tempo. E também, uma valorização do passado pelo o romantismo e os movimentos nacionalistas que buscavam definir suas nações. O século XX entre a vivência do passado, a história do presente e o fascínio do futuro. A perspectiva para o século XX era de entusiasmo, mas acabou por marcar novas perspectivas da relação passado/presente (futuro). Com a crise do progresso e novas visões reacionárias do passado, a primeira metade do século XX foi marcada por temor ao futuro pelo o culto ao reacionário. Na segunda metade do século, ficou marcado uma grande euforia pelo o avanço científico e medo de mais uma guerra. Após os avanços científicos em países industrializados, se deu uma grande aceleração histórica, o que acabou por trazer uma valorização do passado. As pessoas então se ligaram ao passado por um tom nostálgico, o que acabou por se refletir em outras áreas do conhecimento, trazendo uma reflexão acerca do passado literatura, psicanálise, filosofia e na própria história. Acabou que essa aceleração da história tornou insustentável a definição da história contemporânea.
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