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RI 1 - Resumos das aulas
Seminário em Estudos Europeus (Universidade de Coimbra)
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 (Se((Sefb 
 
 
→Como disciplina, as RI iniciam-se após a Primeira Guerra Mundial, muito associada à preocupação 
com os conflitos armados; 
→Antes deste período, a RI como ciência, estava limitada a abordagens do domínio jurídico e 
histórico, e em alguns casos económico (vazio científico). 
→Não constituíam um conjunto sistematizado de conhecimentos, capaz de proporcionar a formação 
de um campo específico de estudo. 
 
→A primeira cátedra universitária de RI 
→Denominou-se Woodrow Wilson, da universidade de Gales, em Aberystwyth, sendo ocupada por 
Alfred Zimmer em 1919. 
 
 Acreditou-se nas vantagens da sistematização e concentração dos conhecimentos relacionados com 
o plano internacional. 
 
→Fontes científicas para a formação das RI 
-As relações Internacionais começaram mais pela lógica da interdisciplinaridade do que 
propriamente como disciplina autónoma: história, filosofia, sociologia, economia… 
-As relações políticas entre Estados –Política Externa- abarcam um lote variado de atividades – 
diplomacia, guerra, comércio, alianças, interações culturais, participação em organizações 
internacionais, etc. 
 FOCAGEM GERAL 
 
Focagens especificas: 
-As negociações comerciais, os conflitos étnicos ou religiosos, a saúde, o ambiente, a segurança… 
 
 Conflito 
 Cooperação 
 
Década de 1920 – focagem nos aspetos descritivos dos acontecimentos internacionais, com principal 
incidência na História Diplomática. 
 
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Surgimento da Sociedade das Nações→ desenvolvem-se os estudos internacionais, com reforço dos 
aspetos de direito internacional e das organizações internacionais. 
 Na década de 1930 – reforça-se a componente científica deste domínio. Zimmer publica em 1931 o 
livro The Study of International Relations, defendendo um conteúdo mais atualizado. 
 
ALFRED ZIMMER 
→ 3 fatores que suscitaram o surgimento e consolidação das RI: 
1. A mudança da realidade internacional: a nova visão emergente com os efeitos (económicos, 
sociais e tecnológicos) produzidos pelo desenvolvimento da tecnologia e da ciência sobre a 
sociedade internacional, ao passo que a visão tradicional estava baseada na sucessão de 
situações de guerra e paz entre Estados; 
2. O avanço no estudo das ciências sociais: a evolução das ciências sociais pressupõe a 
aplicação de métodos matemáticos à realidade internacional; 
3. O modelo que estabelece os parâmetros de estudos: constitui um dos grandes debates no 
estudo das RI, que pressupõe uma perspetiva ou conceção global do objeto estudado e que 
guiará a análise, pesquisa ou elaboração teórica. Essa adoção de paradigma constitui um dos 
fatores condicionantes do objeto, do método e do processo de pesquisa. 
 
→Percurso teórico-científico da área das RI 
Década de 20 do século XX - o despertar da disciplina; 
Anos 30/40 – a refundação das RI (desalento com o idealismo e ascensão do realismo); 
Anos 50/60 – A influência das ciências naturais (período positivista); 
Anos 70/80 – Ataque à universalidade e objetividade (libertação do positivismo); 
Anos 70 e seguintes – Período pós-positivista – correntes radicais/críticas. 
 
 
 
 1930-1950- Internacionalismo liberal/realismo 
 1960- Behavioristas/ tradicionalistas 
 1980- Positivistas/pós-positivistas 
 
 
→A análise descritiva adquiriu a sua base na doutrina do empirismo (tradição), que se propagou 
no século XVII, por influência dos trabalhos de John Locke e David Hume. 
→A doutrina do empirismo avança a crença de que a experiência é a única base do 
conhecimento, e que todas as hipóteses e teorias devem ser testadas pelo processo de 
OS GRANDES 
DEBATES EM RI 
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observação. No século XX, estas ideias tornaram-se a base do que se tornou o positivismo, um 
movimento intelectual particularmente associado aos escritos de Auguste Comte (1798-1857). 
→Esta doutrina proclamou que as ciências sociais deveriam aderir aos métodos das ciências 
naturais, a única forma de alcançar a verdade. 
 
➔ A corrente Behaviorista 
Esta corrente privilegia a formação de hipóteses, verificáveis pela observação direta dos 
fenómenos sociais, através de técnicas (extensivas e intensivas) que permitem a quantificação de 
resultados, como por exemplo a modelização de comportamentos humanos, sociais e políticos. 
“um conjunto de ligações, de relações e de contactos que se estabelecem entre os Estados, 
muito particularmente no âmbito da sua política externa” 
-Definição restrita/tradicional 
“o estudo das relações diplomático estratégicas entre governos/países” 
-O dilema contemporâneo das RI: 
O aumento gradual das interações globais, despertando questões de segurança e económicas, e 
o progressivo enfraquecimento do papel dos Estados. 
 
Situação em que os atores ou acontecimentos em diferentes partes do sistema se afetam 
mutuamente, devido a fatores físicos (naturais) ou sociais (económicos ou políticos). Produzem 
“efeitos de agregação”, como mostram as dinâmicas transfronteiriças, muitas vezes para além da 
vontade dos governos.
-Teoria da Interdependência Complexa (Kheoane e Nye, 1970). 
 
→As relações internacionais podem ser definidas num prisma mais acertado e completo pelo 
“conjunto de relações e comunicações que se estabelecem entre vários grupos sociais, 
atravessando as fronteiras. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Definição alargada 
-As relações internacionais não estão apenas restritas às dinâmicas entre Estados ou Governos, as 
organizações internacionais, as empresas multinacionaise os indivíduos fazem também parte do 
âmbito desta área do conhecimento (aparece muitas vezes como um subcapítulo da ciência política). 
- Na esfera internacional estes atores podem também interagir entre si, um espaço não só 
desenvolvido por agentes políticos de Governos, mas também de outras estruturas económicas, 
culturais, etc. 
-Há quem prefira considerar as RI como o estudo das “transações fronteiriças” (políticas, económicas 
e sociais” ou até centrada na ideia de “globalização”. 
 
 NIVEIS DE ANALISE DAS RI 
-Global level 
-Interstate level 
-Domestic level 
-Individual level 
 
 VISÕES DO MUNDO: 
 ANARQUIA, COMUNIDADE E SOCIEDADE 
 
→1º A ideia de anarquia internacional. 
→2º A ideia de comunidade internacional 
→3º A ideia de sociedade internacional 
 
 ANARQUIA, COMUNIDADE E SOCIEDADE INTERNACIONAL 
-A ideia de anarquia internacional não no sentido de desordem generalizada ou permanente, mas 
apenas que os Estados utilizarão os meios à sua disposição para promoverem os seus interesses e 
que, em última análise, os Estados devem depender de si próprios. 
-A soberania é um conceito central na ótica anarquista. 
 
 VISÕES DO MUNDO: ANARQUIA 
-Uma das formas de olharmos para o contexto internacional é pela via anarquista (herança de 
Hobbes), ou seja, um contexto onde não se reconhecem entidades/autoridades superiores (todos os 
estados dependem apenas de si). 
-A ideia de anarquia internacional não é no sentido de desordem generalizada ou permanente, mas 
apenas que os Estados utilizarão os meios à disposição para promoverem os seus interesses. 
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-O Estado é o único ator relevante, aquele que é detentor do direito do uso da força, a soberania um 
conceito central. 
 
 VISÕES DO MUNDO: COMUNIDADE/ SOCIEDADE 
- São clássicas as comparações entre “sociedade” e “comunidade”, transitando as mesmas para a 
noção de “sociedade internacional”. 
- As comunidades são espontâneas e naturais, caracterizam-se por laços de afetividade, enquanto 
nas sociedades resultam de associações pragmáticas de conveniência onde predominam laços 
baseados em interesses comuns. 
-Ao longo do tempo, assistiu-se à transformação de comunidades em sociedades, isto é, as 
transformações económicas tendem a promover regras de racionalidade utilitária em detrimento de 
regras de afetividade. 
 
 O ESTUDO DA SOCIEDADE E DO SISTEMA INTERNACIONAL 
-Era imperioso a criação de uma abordagem diferente, separada das 42 áreas de conhecimento 
tradicionais (perspetiva autónoma). 
-Foram académicos ingleses e estadunidenses que que contribuíram com o primeiro corpo de 
conhecimentos sistematizado, com método e procedimentos científicos, neste domínio (já utilizados 
noutras ciências sociais); 
-Surgiu a Teoria da Sociedade Internacional. 
 
 O ESTUDO DA SOCIEDADE INTERNACIONAL 
O estudo da sociedade internacional pode ser realizado considerando-a como um todo complexo 
(um sistema) constituído de inúmeras partes (Estados, por exemplo) que interagem e que o 
compõem. 
Por outras palavras, um sistema internacional constitui uma unidade formada por um conjunto de 
interações entre diversos atores internacionais que agem de acordo com determinadas regras e 
processos. 
Um aspeto importante da abordagem sistémica é que permite compreender o papel das partes 
isoladas através da sua ação no todo, muitas vezes são incompreensíveis sem ter em conta esta 
dinâmica do particular para o coletivo. 
A integridade do sistema está dependente de fatores não só económicos, mas sobretudo 
securitários, para além das necessidades e interesses. 
 INFLUENCIA BEHAVIORISTA 
A ideia de sistema internacional ganha forma com a teoria geral de sistemas desenvolvida na década 
de 1950 por Ludwig Von Bertalanffy, quando este aplicou os princípios gerais desta teoria da biologia 
às sociedades. 
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A revolução behaviorista (1950): aconteceu nas ciências sociais associada à aceitação do realismo 
político nas relações internacionais levou os académicos a conceptualizar a política internacional 
como um sistema. Ao constatar que também homens e mulheres interagem de forma regular e com 
padrões habituais, tanto realistas como behavioristas deram o salto conceptual apontando que a 
política internacional é um sistema cujos principais atores são os estados. 
 
 O QUE é O SISTEMA INTERNACIONAL? 
 
 
 
 
 
 
- “Conjunto constituído por uma série de unidades políticas, que mantêm entre si relações regulares 
e que são todas suscetíveis de serem implicadas numa guerra total.” (def. de Raymond Aron). 
- “O sistema internacional é constituído por um conjunto de atores, cujas relações geram uma 
configuração de poder (estrutura) dentro da qual se produz uma rede complexa de interações 
(processo) de acordo com determinadas regras.” 
 
 O sistema internacional 
-Os sistemas são compostos por diferentes unidades de interação, quer micro (célula, planta ou 
animal), quer macro (ecossistema natural ou clima global). Como estas unidades interagem, de forma 
regular, uma unidade pode causar alterações na outra. 
TEORIA DE SISTEMAS: O todo (sistema) é o produto de várias partes, unidades ou objetos, que 
interagem de forma mais ao menos regular, e cuja análise/estudo deve incidir sempre relacionando o 
funcionamento dessas partes ao seu conjunto. 
SISTEMAS→separados por fronteiras, através das quais existem trocas e dinâmicas. 
 
 Pode esvanecer-se, o que significa que as mudanças são importantes quando um novo sistema 
emerge. 
→Entre os diversos atores que compõem o SI estabelecem-se relações que constituem uma 
configuração de poder (estrutura) dentro do qual se produz uma rede complexa de interações 
(processos) de acordo com determinadas regras. 
Estrutura: estabelece os limites da atuação dos atores, define as regras de interação, organiza e 
hierarquiza o sistema (as regras impostas pelas potências). 
“Uma forma de representar as relações entre um 
certo número de atores para lá das fronteiras 
nacionais, tendo em atenção simultaneamente o 
quadro e o resultado dessas relações num dado 
momento” 
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-O sistema funciona como uma unidade de análise, com uma natureza e lógicas diferentes das suas 
partes, em que podemos identificar como os seus elementos constitutivos os atores, a estrutura, as 
interações e os processos. 
A estratificação, a estrutura e o poder no SI 
 →A estrutura Internacional e o Poder 
A estrutura internacional refere-se à forma como o sistema se distribui (diversas polarizações). Estas 
dependem das disposições de poder entre os diversos atores: 
→Os Estados; 
→As OI’s (intergovernamentais); 
→As organizações não governamentais; 
→As empresas multinacionais; 
→Os indivíduos; 
 
→Estratificação 
A estrutura do SI reflete tanto a estratificação como a polaridade. 
 
 desigual acesso aos recursos por diferentes grupos de Estados 
O SI esta estratificado por estados com recursos naturais, tais como petróleo, força militar ou poder 
económico. 
Década de 90- as potências estavam centradas no Norte, retendo metade do PIB total mundial, 
enquanto os outros estados partilhavam a outra metade (conflito norte-sul). 
 →Os desafios da estratificação 
A estratificação pelos níveis de influência e recursos tem implicações na capacidade do sistema se 
regular a si mesmo, bem como para a sua própria estabilidade.Quando as potências dominantes são desafiadas pelos estados dos estádios inferiores devido à 
procura de recursos, o sistema pode tornar-se instável. 
Foi o que aconteceu, por exemplo, quando a Alemanha e o Japão na década de 1930 desenvolveram 
políticas de expansionismo pela procura e reclamação de recursos, o que conduziu à II Guerra 
Mundial. 
 →Sistema e Ordem Internacional 
Uma alteração na disposição das unidades políticas provoca uma alteração na estrutura do sistema 
internacional. O sistema corresponde ao conjunto de padrões de interação entre atores, que 
estabelecem relações de poder. 
A ideia de estrutura está relacionada com o conceito de ordem internacional, em que esta 
representa as “regras do jogo” que regulam as relações entre os atores, no interior do sistema. 
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 →Ordem internacional ditada pelo poder 
A ordem internacional é ditada pelos atores que detenham mais poder – superpotências – e podem 
adquirir diferentes formas ao longo do tempo: 
• Unipolar 
• Bipolar 
• Multipolar. 
 →Polaridade no Sistema Internacional 
Sistema unipolar: Período Pós-Guerra-fria Sistema Bipolar: Era da Guerra-Fria 
 Estados Unidos EUA URSS 
 
 Todos os outros países Canada, França, Israel, Bulgária, Cuba, 
 Japão, Alemanha Ocidental, Checoslováquia, 
 Etc. Alemanha Oriental, 
 Síria, etc. 
Sistema multipolar: balança de poder (sec XIX) 
 Inglaterra Áustria 
Rússia 
 França 
 Prússia 
 
 O que é o poder? 
Segundo Crozier e Friedberg, o poder define-se como o conjunto dos meios materiais e imateriais, 
mobilizáveis por A com a intenção de, na sua relação com B, os termos da troca sejam favoráveis ao 
seu projeto. 
 →A questão do poder 
O Poder constitui um dos mais importantes processos sociais das sociedades modernas. As relações 
de poder estão disseminadas em todas as vertentes da sociedade internacional. 
O que é comum a todos é que existe um poder supremo, ao qual todos estão submetidos, 
denominado poder político. Tanto na função de organizar a vida em sociedade, ou de estabelecer a 
dominação de um grupo pelo outro, revela-se a ascendência sobre os demais poderes. 
 →Poder 
O poder pode ser considerado como um meio que o grupo ou indivíduo tem que fazer para que as 
coisas sejam realizadas por outros indivíduos ou grupos. 
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Segundo Morgenthau, “ao falarmos de poder, referimo-nos ao controlo do homem sobre as mentes 
e ações de outros homens”. 
O Estado desempenha o que se considera de “poder político”. 
 Os três poderes de Bobbio 
-Poder económico→ é o que se vale da posse de certos bens escassos e necessários, para modificar 
o comportamento daqueles que não os possuem (ricos e pobres). 
-Poder ideológico→baseado na influência que as ideias formuladas por determinadas pessoas 
possuem para alterar o comportamento dos outros (sapientes e ignorantes). 
-Poder político→é baseado na “posse dos instrumentos através dos quais se exerce a força física 
(armas de todo o tipo e grau); é o poder de coação no sentido mais restrito da palavra” (fortes e 
fracos/inferiores e superiores). 
 
 Poder 
 Numa primeira abordagem, pode ser definido como capacidade de um ator A 
de influenciar o comportamento do ator B. 
 
 Os principais elementos constitutivos do poder 
 Raymond Aron 
-Território 
-População 
-Recursos 
-Capacidade de desenvolvimento 
-Valor moral 
-Unidade nacional 
-Sistema político 
-Organização militar 
-Relação com o estrangeiro 
 
→O poder é a capacidade para influenciar o que desejamos e, se necessário, alterar o 
comportamento de outros para torná-lo possível. 
 HARD POWER 
 SOFT POWER 
 
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Nye: -não propõe apenas uma “transformação do poder”, mas também uma clarificação das fontes 
do poder, para uma melhor avaliação das novas dinâmicas internacionais. 
 -Divide o poder em três categorias gerais. Na defesa dos seus interesses, um Estado pode: 
 1. “coagir com ameaças” 
 2.”aliciar com pagamentos” 
 3.”atrair e cooptar” (co-optive behavioral power) 
SOFT POWER 
 Capacidade persuasiva do poder, ou seja, centra-se na capacidade de um Estado 
obter algo através de um efeito de atração e não pela via da coerção ou do pagamento. Assenta 
fundamentalmente no potencial atrativo da universalidade da cultura de um país, dos valores 
políticos e das suas políticas. Este poder tem, desta forma, uma logica indireta. 
→Comparação entre Soft power e Hard power 
SOFT POWER 
-Capacidade de moldar as preferências de outros através da atração; 
-Poder cultural; 
-Cooptação, influencia; 
-Relativo (baseado no contexto); 
-Intangível (difícil de medir e imprevisível); 
-Não especificável e com múltiplas fontes; 
-Dificilmente controlável pelo Estado; 
-Interno, reação, atração; 
-Indireto, de longo prazo e efeitos dilatados no tempo; 
 
HARD POWER 
-Capacidade de alterar o comportamento de outros através da força ou indução; 
-Poder político-diplomático, poder militar e poder económico; 
-Coerção e força; 
-Absoluto; 
-Tangível e mensurável e algo previsível; 
-Especificável; 
-Controlado pelo Estado ou organizações; 
-Externo, ação, força; 
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-Direto, de curto prazo e com efeitos imediatos; 
 
O equilíbrio pelos valores comuns 
HENRY KISSINGER: 
O equilíbrio funciona melhor se for suportado por um acordo baseado em valores comuns (não o 
poder como ponto de partida para uma ordem internacional). 
Balança do poder→ (equilíbrio) inibe a capacidade de derrubar a ordem internacional; o acordo 
sobre valores comuns inibe o desejo de derrubar a ordem internacional. 
“O poder sem legitimidade provoca demonstrações de força; a legitimidade sem poder origina uma 
situação de vazio”. 
Poder é legitimo quando é aceite e existe a disposição de obediência por parte daqueles que não o 
detêm. 
Poder é ilegítimo quando exercido por indivíduo ou grupo social, que não é aceite pelos demais, e 
impõe a sua vontade mesmo havendo resistência. 
(Numa monarquia absoluta a norma fundamental é a norma que estabelece a ordem de sucessão do 
trono. Num estado democrático é a Constituição.) 
A permissão transforma o simples poder em autoridade, uma espécie de “poder autorizado”; 
O poder legítimo, que pode sempre invocar uma justificação moral ou legal para o seu exercício, 
tende a ser mais efetivo do que o poder ilegítimo: 
(O poder como autodefesa na intervenção dos EUA no Afeganistão; Intervenção das Forças de Paz da 
ONU no Haiti.) 
 
A legitimidade do poder refere-se à ideia de obrigação política de obediência, pela qual as pessoas 
aceitam e justificam um poder político. 
 
A legitimidade do poder consiste na crença predominante de que quem manda possui razões para o 
fazer e, portanto, gera a convicção do dever moral de obediência enquanto se respeitem as bases 
que a fundamentam e que essencialmente consistem nas opiniões, valores, crenças, interesses e 
necessidades de determinada comunidade. 
Durante anos a legitimidade era obtida por origem divina, ou a tradição, o costume e crenças. Hoje, o 
modelo de legitimidade está baseado na legalidade. 
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