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DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

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1 Bruna Oliveira de Paula – MEDICINA UFMT 2022 
DOENÇAS 
EXANTEMÁTICAS 
HISTÓRIA NATURAL 
1. Contagio → indivíduo que nunca teve a 
doença e que entra em contato com o 
patógeno. 
2. Período de incubação → muda de 
acordo com cada doença, é o período 
em que o vírus se prolifera 
3. Manifestações clinicas 
a. Fase prodrômica → sinais e 
sintomas que antecedem o 
exantema → alterações de 
mucosa, febre, 
linfonodomegalia, etc. → 
período de transmissão da 
doença. 
b. Fase exantemática → cada 
doença tem suas manifestações. 
c. Fase de convalescência → o que 
aconteceu com o exantema? 
 
EXANTEMA COM FEBRE 
SARAMPO 
Parampo → PARAMIXOVÍRUS → é um vírus do 
epitélio respiratório. Além da doença da 
infância, ele causa manifestações respiratórias 
também. 
HISTÓRIA NATURAL 
Contagio → AEROSSOL, faz com que o vírus seja 
transmitido com maior facilidade (↑ taxa de 
transmissibilidade). 
Incubação → de 1 a 3 semanas 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
• Fase prodrômica 
o Febre, conjuntivite com 
fotofobia, tosse, coriza. OBS: o 
exantema surge normalmente 
no pico da febre. 
o Manchas de koplik → manchas 
patognomonicas. 
• Fase exantemática 
o Exantema MORBILIFORME 
avermelhado, tendendo a 
confluência, RETROAURICULAR, 
com pele seca de permeio. 
o Acompanha a linha de 
implantação do cabelo 
o Progressão craniocaudal lenta 
• Fase de convalescência 
o Descamação furfurácea 
o Tosse é a ultima manifestação a 
desaparecer. 
 
 
 
 
2 Bruna Oliveira de Paula – MEDICINA UFMT 2022 
 
COMPLICAÇÕES 
• OTITE MEDIA AGUDA → é a 
complicação mais frequente 
• PNEUMONIA → é a complicação que 
mais mata 
o Pneumonia de células gigantes 
• ENCEFALITE → complicação mais grave 
Se vamos falar de complicações virais, a mais 
comum é a diarreia. 
CONDUTA 
• Vitamina A → consenso! Porém não 
fazemos em todo mundo. A vitamina A 
vai ter duas finalidades. A própria 
doença causa diminuição da vitamina, 
propiciando a uma hipovitaminose. 
Além disso, quem tem ↓ vitamina A 
tem a doença mais grave. 
• NOTIFICAÇÃO IMEDIATA → suspeitou, 
notificou! 
PROFILAXIA PÓS-CONTATO 
Apenas para susceptíveis 
• VACINA → até o 3° dia, em Maiores de 
6 meses sem contraindicações 
• IMUNOGLOBULINA → 
imunodeprimidos, gravidas e menores 
de 6 meses. 
PARAMPO 36, PARAMPO 36!!! 
 
 
RUBÉOLA 
Família dos togavírus 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
• Fase prodrômica 
o Febre que não é tão elevada 
como a do sarampo (é como se 
fosse um sarampinho mais 
leve). Ocorre aumento dos 
linfonodos retroauriculares, 
occipital e cervical. 
o Sinal de FORCHHEIMER → 
manchinhas vermelhas no teto 
da boca. 
 
• Fase exantemática 
o Exantema rubeoliforme → um 
pouco mais claro do que o do 
sarampo, além disso as lesões 
são um pouco mais isoladas. 
o Distribuição crânio caudal BEM 
MAIS RAPIDA DO QUE NO CASO 
DO SARAMPO. 
 
COMPLICAÇÕES 
Síndrome da rubéola congênita 
TRATAMENTO → suporte! 
Obs.: a imunoglobulina do sarampo é a padrão 
e não a hiperimune, como ocorre na varicela. 
 
3 Bruna Oliveira de Paula – MEDICINA UFMT 2022 
EXANTEMA APÓS A FEBRE 
ERITEMA INFECCIOSO 
Parvovírus B19 
O vírus tem tropismo pelas células da linhagem 
eritroide, o mesmo tem apenas uma fita da 
molécula de DNA, então para ele conseguir se 
replicar ele tem que infectar as células que tem 
alta atividade mitótica, se replicando no 
interior das células eritropoieticas. 
VIREMIA → excreção viral do vírus. Nesse 
período o paciente pode ter uma doença febril 
inespecífica. 
Após alguns dias temos a produção dos 
anticorpos que acabam por acabar com a 
viremia do paciente. Ou seja, o mesmo está 
“curado” da condição 
O eritema infeccioso só ocorre vários dias 
depois, sendo um processo imunomediado, 
pós infeccioso, após ter terminado o período de 
viremia. 
O maior problema que temos é quando uma 
criança tem anemia falciforme e que passa pelo 
momento de crise aplasica. 
Crise aplasica é quando temos o período em 
que não estamos produzindo eritrócitos. 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
• Fase prodrômica 
o Inexistente ou inespecífico 
• Fase exantemática 
o Não é mais contagioso 
o TRIFASICO 
▪ 1° FACE ESBOFETEADA 
▪ 2° EXANTEMA 
RETICULADO → mais 
evidente na parte 
extensora dos membros 
superiores. 
▪ 3° RECIDIVA DO 
EXANTEMA 
COMPLICAÇÕES 
• Crise aplásica 
• Infecção fetal → o vírus passa pela 
placenta e também causa anemia no 
feto, podendo causar HIDROPSIA FETAL 
NÃO IMUNE. 
 
 
EXANTEMA SUBITO 
Doença que mais aparece na pratica. O vírus é 
o herpes vírus tipo 6. 
Típica de lactentes!! Quando vemos um bebe 
nós fazemos o que? Beijamos!! 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
• Fase prodrômica 
o Febre alta, alta, alta que não 
tem outros sintomas. 
o SOME NA CRISE 
• Fase exantemática 
o Exantema maculopapular que 
se inicia no tronco das crianças. 
COMPLICAÇÃO 
Crise febril é a complicação mais comum 
 
 
4 Bruna Oliveira de Paula – MEDICINA UFMT 2022 
EXANTEMA VESICULAR 
VARICELA 
Vírus da varicela zoster. Com período de 
incubação de 1 a 3 semanas. 
Reativação → herpes zoster 
HISTÓRIA NATURAL 
Contagio → por aerossol ou contato direto. 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
• Fase prodrômica → não é muito 
evidente em crianças, pode ate ter uma 
febrinha ou não 
• Fase exantemática 
o Macula → pápula → vesícula → 
pústula e depois crosta. 
o Polimorfismo regional → em 
uma mesma região do corpo 
temos lesões em vários estágios 
de cicatrização. 
o Progressão centrífuga, porem 
distribuição centrípeta. 
Varicela para de transmitir quando as lesões 
secaram. 
Lesões muito pruriginosas 
 
 
COMPLICAÇÕES 
• Infecção bacteriana secundaria → até 
5% das crianças tem esse tipo de 
infecção. As crianças tem que manter as 
unhas cortadas → só fica cicatriz se 
evoluir com infecção bacteriana 
secundaria. 
• Sistema nervoso central → ataxia 
cerebral aguda (mais frequente, com 
alteração da marcha, nistagmo etc.), 
porem a mais grave é a encefalite. 
CONDUTA 
Tratamento 
Aciclovir oral 
• > 12 anos e não gestantes 
• 2° caso no domicilio 
• Doença cutânea ou pulmonar 
• Uso de corticoide (dose não 
imunossupressora) 
• Uso crônico de AAS → maior risco de 
desenvolver a síndrome de REYE. 
Aciclovir venoso 
• Doença grave ou progressiva 
• Imunossupressão 
• Recém-nascido 
PROFILAXIA PÓS CONTATO 
VARICELA 54 → vacina até o 5° dia 
• Vacina até o 5° dia em maiores de 9 
meses sem contraindicações. 
Lembrando que é uma vacina de vírus 
vivo, tendo algumas contraindicações. 
• Imunoglobulina anti varicela zoster 
(IGAVZ) até o 4° dia em 
imunodeprimidos e gravidas. Além 
disso os RN prematuros, tendo que ver 
a idade gestacional da criança (< 28s – 
sempre e se > 28s, apenas se a mãe 
nunca teve a varicela) 
• RN de mãe com varicela de 5 dias antes 
até 2 dias após o parto. 
 
5 Bruna Oliveira de Paula – MEDICINA UFMT 2022 
• < 9 meses hospitalizados 
 
DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA 
Vírus coxsackie A16 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
• Lesões vesiculares e ulceradas na 
cavidade oral 
• Lesões nas mãos, pés e nádegas!!!! 
 
 
DOENÇAS QUE CURSAM COM 
ALTERAÇÕES NA CAVIDADE 
ORAL 
ESCARLATINA 
Única doença bacteriana que estudamos ate 
agora. Causada pelo Streptococcus pyogenes 
(GAS) produtor de exotoxina pirogênica. 
É um bacteriófago que produz essa toxina. 
HISTÓRIA NATURAL 
Contagio → podemos ter escarlatina mais de 1x 
na vida pois existem mais do que uma toxina. 
 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
• Fase prodrômica 
o Faringite estreptocócica 
o Febre 
o Língua em morango 
• Fase exantemática 
o Exantema micro papular → pele 
em lixa / áspera 
o Progressão centrífuga 
o Primeiras lesões iniciam-se no 
pescoço 
o Sinal de pastia → exantema 
antecubital 
o Sinal de filatov → palidez na 
boca 
• Fase de convalescência 
o Descamação lamelar e não 
furfuracea igual àdo sarampo. É 
como se fosse cola na mão. 
Conduta → penicilina 
 
 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
Causada pelo vírus Epstein barr. O mesmo é da 
família dos herpes vírus. É a doença do beijo, 
muito comum em crianças. 
Incubação → é maior, podendo ser de 30 a 50 
dias vamos guardar 40 dias. 
 
 
 
6 Bruna Oliveira de Paula – MEDICINA UFMT 2022 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
Tudo junto e misturado, não existindo uma 
divisão das fases prodrômicas, exantemática, 
etc. 
• Febre, fadiga e faringite (é muito 
semelhante a estreptocócica) 
• Linfadenopatia generalizada → 
aumento da mais de uma cadeia 
ganglionar. 
• Podemos ter adenopatia epitroclear 
• Esplenomegalia e hepatomegalia → a 
primeira é bem mais comum 
• Edema palpebral (sinal de hoagland) 
A maioria desses pacientes não tem exantema, 
aparecendo somente após o uso da 
amoxicilina. 
Normalmente o que acontece, o médico passa 
amox por conta do quadro de faringite e depois 
que vê a cagada, em vez do paciente melhorar, 
ele piora, aparecendo o exantema. 
O que diferencia da escarlatina é a 
linfadenopatia generalizada, a esplenomegalia, 
exantema após amoxicilina, etc. 
 
 
DOENÇA DE KAWASAKI 
Uma das vasculites mais comuns da infância, 
não existindo um exame que consiga 
diagnosticar a doença. É uma condição clínica. 
Não sabemos o agente etiológico ainda. 
Presença de febre alta por pelo menos 5 dias + 
4 ou mais alterações obrigatoriamente: 
• Conjuntivite não exsudativa 
• Alterações dos lábios e da cavidade oral 
• Adenomegalia cervical 
• Exantema polimorfo 
• Alterações nas extremidades → 
descamação Peri ungueal (maisao redor 
das unhas). 
Lembrando que não tem faringoamigdalite 
Diferença entre Kawasaki e escarlatina 
KAWASAKI ESCARLATINA 
< 5 ANOS >5 ANOS 
FEBRE PROLONGADA FEBRE MAIS CURTA 
NÃO TEM FARINGITE FARINGITE 
EXSUDATIVA 
CONJUNTIVITE NÃO TEM 
CONJUNTIVITE 
 
FEBRE SEM SINAIS 
LOCALIZATÓRIOS 
FEBRE 
Temperatura axilar > 37,2 – 37,3° OU 37,8° 
FEBRE SEM FOCO 
Febre sem sinais localizatórios → febre com até 
7 dias sem causa evidente após anamnese e 
exame físico 
Febre de origem indeterminada → febre 
prolongada sem foco, com uma duração maior. 
Duração superior a 3 semanas que já foi 
submetida a investigação ambulatorial ou 
hospitalar. 
 
7 Bruna Oliveira de Paula – MEDICINA UFMT 2022 
FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS 
Causas 
• Doença infecciosa autolimitada 
• Fase prodrômica de uma doença 
benigna 
• Infecção bacteriana grave → cuidado 
aqui! É aquela cujo retardo no seu 
diagnóstico tem como consequência 
um pior prognostico. 
o Bacteremia 
o ITU 
o Pneumonia oculta 
o Outras → artrite séptica, 
meningite, etc. 
Bacteremia → pode evoluir com resolução 
espontânea ou infecção grave. Porem 
eventualmente a criança pode ter uma 
condição mais grave. 
CONDUTA 
Quanto menor é a criança, maior é o risco de 
ter uma condição mais grave associada. 
Comprometimento do estado geral → 
internação + exames + antibioticoterapia 
empírica 
Bom estado geral 
Varia conforme a idade 
• < 30 dias 
o Internação hospitalar 
o Exames laboratoriais e culturas 
(hemocultura, cultura de urina e 
liquor) 
o Antibioticoterapia empírica 
• 1 a 3 meses 
o PVR (pesquisa de vírus 
respiratório) + hemograma + 
EAS 
▪ Baixo risco → 
acompanhamento. 
Leucócitos de 5000 a 
15000, bastões < 1500 e 
EAS ≤ 10 
leucócitos/campo. 
PROTOCOLO DE 
ROCHESTER 
▪ Alto risco → internação 
+ exames + 
antibioticoterapia 
empírica. 
• 3 a 36 meses 
o Vacinada (2 pra pneumo e 2 pra 
haemofilo) → PVR + considerar 
EAS e urinocultura 
o Não vacinada 
▪ Tax < 39° reavaliação + 
considerar EAS / URC 
▪ Tax > 39°: 
• EAS alterado → 
tratar ITU 
• EAS normal → 
hemograma. 
Normal se 10 a 
20000 leuco. Se 
tem < 10000 ou > 
20000 → 
prosseguir na 
investigação. 
UM ALGO A MAIS ... 
Aspectos práticos do manejo da febre → nem 
sempre é necessário realizar tratamento 
Tratamos quando a criança tem um 
comprometimento do estado geral, quando 
tem uma condição crônica que pode 
descompensar, etc. 
Não associar ou intercalar antipiréticos!!!! 
Além disso, se a criança tem febre, vamos 
prescrever um antipirético E NÃO USAR 
METODOS FISICOS, POIS O MESMO PODE SER 
DESCONFORTAVEL NO PACIENTE. 
Hipertermia é diferente de febre, no primeiro 
podemos usar os métodos físicos, mas no 
segundo não tem necessidade.

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