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Vigilância do Trabalhador - Estudo Auto Dirigido

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1-tipos de acidentes de trabalho e suas classificações de riscos
Típico
Acontecem necessariamente durante o trabalho. 
São exemplos de acidentes típicos quedas e choques. 
Problemas assim possuem níveis que vão desde acidentes pessoais, em que a lesão é simples e não requer atenção médica, até aqueles com mais de uma vítima, onde foi causado deficiência física (parcial ou total) ou fatalidade.
De trajeto
São aqueles que ocorrem com o colaborador durante o trajeto de ida ou de volta, independentemente da forma como ele está se locomovendo. 
Parte-se do entendimento de que até mesmo nessa situação o empregado já está à disposição do empregador. O trajeto aqui a ser considerado é aquele realizado normalmente, sem visitas ou paradas inusitadas.
Não existe responsabilidade do empregador neste caso, a menos que seja ele fornecedor do transporte. Aí sim o empregador pode ser responsabilizado legalmente por esse tipo de acidente.
Atípico
Doenças ocupacionais e profissionais, como perda da audição por exposição a altos níveis de ruídos, que são causadas pelas condições do ambiente de trabalho. Esse trabalho pode estar sendo executado dentro ou fora da empresa.
Exemplos de acidentes atípicos são aqueles causados por agressões, inaptidão, terrorismo, desabamentos, acidentes em viagens ou até mesmo em períodos de refeição ou descanso. Não são consideradas doenças decorrentes do trabalho as degenerativas, inerentes ao grupo etário, que não produza incapacidade laborativa ou doenças endêmicas.
Agora que temos conhecimento dos tipos de acidente sabemos que a empresa tem muito a se preocupar para assegurar a integridade física e mental do colaborador frente a um acidente de trabalho. Para garantir que tudo corra da melhor forma é fundamental que as companhias invistam em treinamento de segurança e conscientizem os colaboradores.
Riscos de trabalho 
1. Riscos de acidentes
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu bem estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.
2. Riscos ergonômicos
Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.
3. Riscos físicos
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração, etc.
4. Riscos químicos
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
5. Riscos biológicos
Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre outros.
O que é um acidente de trabalho?
Acidente de trabalho é uma ocorrência decorrente do exercício do trabalho, que acontece de maneira inesperada ou não, que interfere ou interrompe a atividade de trabalho, causando lesões, morte, perda ou redução da capacidade de trabalho.
Consideram-se também acidente do trabalho as doenças ocupacionais, peculiares a determinadas atividades e as doenças do trabalho, adquiridas ou desencadeadas em função de condições específicas em que o trabalho é executado.
 
Acidentes de trabalho no Brasil
Mesmo com todas as rígidas leis trabalhistas, o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de acidentes de trabalho.
Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), em 2018, foram registrados no INSS cerca de 576,9 mil acidentes de trabalho, um número 3,47 vezes maior que no ano de 2017.
Os estados com maior número de acidentes entre trabalhadores com carteira assinada, em 2018, foram:
São Paulo foi o estado com o maior número de acidentes de trabalho, com  197.330 registros de acidentes. Seguido pelo Rio Grande do Sul, com 48.559 acidentes e Minas Gerais, com 59.553 acidentes.
 
Quais os acidentes de trabalho mais comuns?
Segundo o Ministério da Previdência Social, alguns acidentes são mais comum e atingem um maior número de trabalhadores. Entre os acidentes mais comuns estão:
1. Quedas;
2. Choques contra objetos;
3. Choques elétricos;
4. Golpes provocados por ferramentas;
5. Fraturas;
6. Contusão e esmagamento;
7. Lesões por Esforços Repetitivos (LER);
8. Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (Dort);
9. Estresse;
10. Ansiedade.
 
 
Quais as profissões mais vitimadas?
Segundo o Observatório Digital de Saúde e segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), os setores que mais registraram acidentes de trabalho foram o hospitalar público e privado com 10% dos registros de CAT.
Na sequência o vem o comércio varejista com 3,5%, administração pública (2,6%), correios (2,5%) e construção (2,4%).
Entre as profissões que mais sofrem acidentes estão os trabalhadores de linhas de produção; os técnicos de enfermagem; faxineiros; serventes de obras e motoristas de caminhões.
 
Programas de segurança do trabalho para prevenção de acidentes
Os programas de prevenção de riscos e acidentes são uma forma de tornar o ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.
Eles têm a finalidade de informar, conscientizar e determinar regras e normas que devem ser seguidas por empregados e empregadores, afim de tornar o ambiente o mais seguro possível.
A CIPA é uma delas. A CIPA é uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, e tem a finalidade de informar e conscientizar os trabalhadores a respeito das Normas Regulamentadoras (NR) de segurança e saúde no ambiente de trabalho.
Ou seja, o principal objetivo dessa comissão é estudar o ambiente de trabalho para identificar os possíveis riscos de acidentes para promover ações preventivas.
Outro programa importante e obrigatório para todas as empresas é o PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais).
O PPRA tem como objetivo implementar métodos e ações de combate a possíveis agentes químicos, físicos e biológicos presentes no ambiente de trabalho que, devido a sua concentração ou tempo de exposição, possam ser prejudiciais à saúde ou a integridade física dos trabalhadores.
 
Para reduzir acidentes é necessário investir em segurança do trabalho. Esse investimento significa menos riscos, menos custos e mais motivação e produtividade para equipe e empresa.
Cat
· Serviço para o trabalhador(a) ou a empresa comunicar um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como uma doença ocupacional. O documento pode ser usado em outros órgãos além do INSS.
Este pedido é realizado totalmente pela internet, você não precisa ir ao INSS, a não ser quando chamado para alguma comprovação.
Para outras informações, acesse: https://www.gov.br/inss/pt-br/saiba-mais/auxilios/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat
 
ATENÇÃO: A empresa onde o empregado acidentado  trabalha é obrigada a informar o acidente até o dia útil seguinte. Caso o acidente resulte em morte, a comunicação deve ser imediata.
Quem pode utilizar este serviço?
Empresa onde trabalha a pessoa vítima do acidente de trabalho ou de trajeto.
Caso a empresa não cumpra com esta obrigação, podem registrar a CAT:
• O próprio trabalhador(a);
• Dependentes do(a) empregado(a);
• Entidades sindicais;
• Médicos(a);
• Autoridades Públicas.
Preencher e enviar o Formulário de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)
· Acesse o formulário;
· Escolha o tipo de CAT;
· Informe os dados necessários para concluir o seu pedido.
· 
DOCUMENTAÇÃO
Documentação em comum para todos os casos
· Informações do empregador (Razão social ou nome, tipo e númerodo documento, CNAE, Endereço, CEP e Telefone);
· Informações do empregado acidentado (dados pessoais, salário, número da Carteira de Trabalho, Identidade, NIT/PIS/PASEP, Endereço, CEP, Telefone, CBO e área);
· Dados sobre o acidente;
· Dados sobre ocorrência policial, se houver;
· 
· Dados sobre o atendimento emergencial e médico recebido;
· Dados médicos referente ao acidente.
· Você deve preencher todas as informações obrigatórias. Caso contrário o aplicativo não enviará o formulário.
· A CAT deve ser impressa em 4 vias e entregue:
1ª via ao INSS
2ª via ao segurado ou dependente
Vigilância do trabalhador
7. A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um dos componentes do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. 
Visa à promoção da saúde e a redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos (Portaria GM/MS Nº 3.252/09). 
A especificidade de seu campo é dada por ter como objeto a relação da saúde com o ambiente e os processos de trabalho, abordada por práticas sanitárias desenvolvidas com a participação dos trabalhadores em todas as suas etapas. 
Como componente da vigilância em saúde e visando à integralidade do cuidado, a VISAT deve inserir-se no processo de construção da Rede de Atenção à Saúde, coordenada pela Atenção Primária à Saúde (Portaria GM/MS Nº 3.252/09). Nesta perspectiva, a VISAT é estruturante e essencial ao modelo de Atenção Integral em Saúde do Trabalhador. 
A Vigilância em Saúde do Trabalhador compreende uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seus aspectos tecnológico, social, organizacional e epidemiológico, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a eliminá-los ou controlá-los (Portaria GM/MS Nº 3.120/98). Apresenta como características gerais:
· O caráter transformador: a Vigilância em Saúde do Trabalhador constitui um processo pedagógico que requer a participação dos sujeitos e implica em assumir compromisso ético em busca da melhoria dos ambientes e processos de trabalho. Dessa maneira, a ação de VISAT deve ter caráter proponente de mudanças e de intervenção sobre os fatores determinantes e condicionantes dos problemas de saúde relacionados ao trabalho.
· A importância das ações de promoção, proteção e prevenção: partindo do entendimento de que os problemas de saúde decorrentes do trabalho são potencialmente preveníveis, esta Política deve fomentar a substituição de matérias primas, de tecnologias e de processos organizacionais prejudiciais à saúde por substâncias, produtos e processos menos nocivos. As práticas de intervenção em VISAT devem orientar-se pela priorização de medidas de controle dos riscos na origem e de proteção coletiva.
· Interdisciplinaridade: a abordagem multiprofissional sobre o objeto da vigilância em saúde do trabalhador deve contemplar os saberes técnicos, com a concorrência de diferentes áreas do conhecimento e, fundamentalmente, o saber dos trabalhadores, necessários para o desenvolvimento da ação.
· Pesquisa-intervenção: o entendimento de que a intervenção, no âmbito da vigilância em saúde do trabalhador, é o deflagrador de um processo contínuo, ao longo do tempo, em que a pesquisa é sua parte indissolúvel, subsidiando e aprimorando a própria intervenção.
· Articulação intrasetorial: a Vigilância em Saúde do Trabalhador deve se articular com os demais componentes da Vigilância em Saúde - Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Vigilância em Saúde Ambiental, Promoção da Saúde e Vigilância da Situação de Saúde.
· Articulação intersetorial: deve ser compreendida como o exercício da transversalidade entre as políticas de saúde do trabalhador e outras políticas setoriais, como Previdência, Trabalho e Meio Ambiente, e aquelas relativas ao desenvolvimento econômico e social, nos âmbitos federal, estadual e municipal.
· Pluriinstitucionalidade: articulação, com formação de redes e sistemas no âmbito da vigilância em saúde e com as universidades, os centros de pesquisa e demais instituições públicas com responsabilidade na área de saúde do trabalhador, consumo e ambiente.
(PNSTT, Anexo I)
"A vigilância em saúde do trabalhador, enquanto campo de atuação, distingue-se da vigilância em saúde em geral e de outras disciplinas no campo das relações entre saúde e trabalho por delimitar como seu objeto específico a investigação e intervenção na relação do processo de trabalho com a saúde" (Machado, 1997)
* Substituída pela Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013 - Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
Objetivos da VISAT
Identificar o perfil de saúde da população trabalhadora, considerando a analise da situação de saúde:
a) A caracterização do território, perfil social, econômico e ambiental da população trabalhadora.
b) Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los e controlá-los.
c) Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, controle e atenuação dos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde, para subsidiar a tomada de decisões das instancias do SUS e dos órgãos competentes, nas três esferas de governo.
d) Utilizar os diversos sistemas de informação para a VISAT. (Diretrizes de implantação da Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS)
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