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Enfermagem do trabalho

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Enfermagem do Trabalho 
 
2 
www.eduhot.com.br 
SUMÁRIO 
 
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO ....................................................... 3 
NO BRASIL ............................................................................................................ 3 
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ..................................................................................... 4 
ASPECTOS POLÍTICOS............................................................................................ 7 
LEGISLAÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DO TRABALHADOR ......................................... 9 
ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................ 11 
NR 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................... 12 
NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E 
EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) ............................................................ 15 
NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ....................... 22 
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI ................................ 23 
QUAIS EQUIPAMENTOS? ................................................................................... 24 
TIPOS DE EPI ...................................................................................................... 24 
MANUTENÇÃO E TROCA.................................................................................... 25 
NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL ...... 26 
EXAMES MÉDICOS .......................................................................................... 26 
ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO .............................................. 27 
EXAMES ADMISSIONAIS E DEMISSIONAL ........................................................... 28 
NR 8 - EDIFICAÇÕES .......................................................................................... 30 
NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ...................... 32 
NR 17 – ERGONOMIA ......................................................................................... 34 
NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE... 37 
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO ....................................................................... 39 
PERFUROCORTANTES ................................................................................... 40 
DA VACINAÇÃO DOS TRABALHADORES ....................................................... 41 
DOS RISCOS QUÍMICOS ................................................................................. 41 
LOCAIS PARA REFEIÇÃO ............................................................................... 43 
DA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO ..................................................................... 43 
AGENTES BIOLÓGICOS .................................................................................. 44 
MATERIAIS PERFUROCORTANTES ............................................................... 45 
RISCOS AMBIENTAIS / OCUPACIONAIS ............................................................... 45 
MAPA DE RISCOS .................................................................................................. 49 
Enfermagem do Trabalho 
 
3 
www.eduhot.com.br 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DOS ACIDENTES E DOENÇAS RELACIONADOS 
AO TRABALHO ....................................................................................................... 53 
ACIDENTES (TÍPICO/TRAJETO) E DOENÇAS DE TRABALHO............................. 58 
ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO .............................................................. 59 
FLUXO DO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO PARA SERVIDORES DA 
SMS ......................................................................................................................... 59 
ERGONOMIA ........................................................................................................... 66 
A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR ........ 68 
ERGONOMIA X SOLUÇÕES CRIATIVAS ............................................................... 68 
ORIENTAÇÃO ERGONÔMICA NA POSIÇÃO SENTADA: ................................... 71 
ATENDIMENTO AS DOENÇAS OCUPACIONAIS ................................................... 72 
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL.............................................................................. 79 
SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO ............................................................. 84 
PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL ................................................................. 91 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enfermagem do Trabalho 
 
3 
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HISTÓRIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO 
 
A enfermagem do trabalho surge 
quando as primeiras leis de acidente do 
trabalho se originaram na Alemanha, em 
1884, estendendo-se logo a vários países 
da Europa, até chegar ao Brasil por meio do 
Decreto legislativo nº.3.724 de 15 de janeiro 
de 1919, a fim de dar parâmetros legais 
para os trabalhadores que estão expostos aos riscos do dia a dia. 
O cuidado de enfermagem profissionalizado veio à tona para ser dirigido aos 
trabalhadores desde uma simples palestra de educação em saúde, primeiros 
socorros, e até a reduzir o consumo de mão de obra desampara por aspectos ético-
legais, fazendo com que surja a enfermagem do trabalho. 
A enfermagem do trabalho é um ramo da enfermagem de saúde pública e, 
como tal utiliza os mesmos métodos e técnicas empregadas na saúde pública visando 
à promoção da saúde do trabalhador; proteção contra os riscos decorrentes de suas 
atividades labora; proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos e 
psicossociais; manutenção de sua saúde no mais alto grau de bem-estar físico e 
mental e recuperações de lesões, doenças ocupacionais ou não-ocupacionais e sua 
reabilitação para o trabalho. 
 
No Brasil 
 
No Brasil a primeira escola de enfermagem foi criada e 1890 no hospício de 
Pedro 2º, atualmente o UNI-RIO. O exercício de enfermagem no Brasil foi 
regulamentado em 1931. Em 1955 foi aprovada a Lei do exercício Profissional de 
Enfermagem no Brasil. Em 1959 aconteceu uma Conferência Internacional do 
Trabalho e, nesta, houve a recomendação de número 112 da Organização 
Internacional do Trabalho (OIT) que conceituou a Medicina do Trabalho, mas 
limitando-se a intervenção médica. 
Enfermagem do Trabalho 
 
4 
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Em 1963 foi incluído nos cursos médicos o ensino de medicina do trabalho. 
Com a OIT as normas sobre a proteção a saúde e integridade física do trabalhador 
ganharam forças, contribuindo bastante na prevenção de acidentes e doenças do 
trabalho. Logo em seguida, em 1964, (UERJ) incluiu a disciplina de saúde ocupacional 
no curso de graduação. 
O auxiliar de enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de saúde 
ocupacional em 1972 pela portaria n.º 3.237 do ministério do Trabalho. Empresas com 
mais de 100 empregados, centralizada ou não num mesmo local, a existência de um 
Serviço de Saúde Ocupacional, composto, pelos seguintes profissionais; 
 Médico do Trabalho; 
 Engenheiro de Segurança; 
 Técnicos em Segurança; 
 Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. 
A enfermagem do trabalho tem, nesta área, um vasto campo para 
desempenhar suas funções, quer na prestação de assistência de enfermagem 
trabalhadores da empresa e aos seus dependentes, quer assumindo funções 
administrativas, educativas, de integração e de pesquisa. Em 1973 criou-se o COFEN 
e COREN. 
A inclusão do enfermeiro do trabalho na equipe de saúde ocupacional 
aconteceu por meio da portaria n.º 3 460 do ministério do trabalho, em 1975. Neste 
mesmo ano criou-se no Rio Grande do Sul o primeiro sindicato de enfermagem. 
A história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante recente. Inicialmentea assistência de enfermagem do trabalho era vista mais como atendimento 
emergencial na empresa, o que não valoriza muito. Contudo, o espaço para o 
desempenho profissional, principalmente do enfermeiro do trabalho está se ampliando 
a cada dia, seja na assistência direta aos trabalhadores e familiares ou no 
desempenho de funções administrativa, educacionais, de integração ou de pesquisa. 
 
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES 
 
A Saúde do Trabalhador se destaca por ser uma área em construção na Saúde 
Pública. Sendo assim, estabelece-se como um campo que estuda e intervêm nas 
Enfermagem do Trabalho 
 
5 
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relações entre saúde-trabalho-doença na sua complexidade, por meio de atuação 
interdisciplinar, intersetorial e multiprofissional. 
Tem como objetivos a promoção e a proteção da saúde através da realização 
de ações de vigilância, assim como, visa à recuperação e reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
Considerando as particularidades da saúde do trabalhador e os marcos 
orientadores do SUS, os princípios e diretrizes propostas são: 
 Universalidade; 
 Integralidade; 
 Participação social; 
 Equidade; 
 Ética; 
 Humanização do trabalho; 
 Direito à informação; 
 Articulação intra e intersetorial. 
 
Universalidade: contemplar todos os trabalhadores da SMS, independentemente 
de sua forma de contratação respeitando as especificidades de cada vínculo; 
 
Integralidade da atenção: articular ações individuais e coletivas de promoção e 
proteção da saúde, prevenção de riscos e agravos relacionados ao trabalho, com 
recuperação e atenção à saúde dos trabalhadores na rede do SUS; 
 
Participação social: instituição e manutenção de instâncias legítimas e representativas 
do conjunto de trabalhadores, compreendendo sua participação na identificação das 
demandas, no planejamento, na execução, acompanhamento e avaliação das ações 
relacionadas à saúde do trabalhador; 
 
Equidade: reconhecer o direito de cada trabalhador da SMS em suas especificidades 
e necessidades, levando-se em consideração o senso de justiça social; 
 
Ética: na atenção à saúde do trabalhador, respeitando o sigilo das informações 
relativas ao estado de saúde e a sua individualidade, bem como em relação a seus 
Enfermagem do Trabalho 
 
6 
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resultados, entendendo que o objetivo e justificativa da intervenção é a melhoria das 
condições de trabalho e saúde; 
 
Humanização do trabalho: pressupõe construir um novo tipo de interação entre os 
atores envolvidos na produção de saúde, favorecendo a autonomia dos sujeitos, a 
gestão participativa, a reflexão-ação dos trabalhadores sobre seus processos de 
trabalho, a construção de laços solidários, sentimentos de pertença e consolidação de 
cultura de equipe, bem como a valorização do trabalho e do trabalhador; 
 
Direito à informação: acesso a informações sobre os riscos nos ambientes e 
processos de trabalho, suas consequências na saúde e os resultados das 
intervenções; 
 
Articulação intra e intersetorial: compreende a interação com outras áreas, setores e 
atores sociais para articulação, formulação, implementação e acompanhamento das 
ações que tem impacto sobre os determinantes da saúde dos trabalhadores. 
 
No Brasil, o sistema público de saúde vem atendendo os trabalhadores ao 
longo de toda sua existência. Porém, uma prática diferenciada do setor, que considere 
os impactos do trabalho sobre o processo saúde/doença, surgiu apenas no decorrer 
dos anos 80, passando a ser ação do Sistema Único de Saúde quando a Constituição 
Brasileira de 1988, na seção que regula o Direito à Saúde, a incluiu no seu artigo 200. 
“Artigo 200 – Ao Sistema Único de Saúde 
compete, além de outras atribuições, nos termos 
da lei: (...) II- executar as ações de vigilância 
sanitária e epidemiológica, bem como as de 
saúde do trabalhador; (...). 
A Lei Orgânica da Saúde – LOS (Lei n.º 8.080/90), que regulamentou o SUS e 
suas competências no campo da Saúde do Trabalhador, considerou o trabalho como 
importante fator determinante/condicionante da saúde. 
O artigo 6º da LOS determina que a realização das ações de saúde do 
trabalhador siga os princípios gerais do SUS e recomenda, especificamente: 
Enfermagem do Trabalho 
 
7 
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 a assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de 
doença profissional ou do trabalho; 
 a realização de estudos, pesquisa, avaliação e controle dos riscos e agravos 
existentes no processo de trabalho; 
 a informação ao trabalhador, sindicatos e empresas sobre riscos de acidentes 
bem como resultados de fiscalizações, avaliações ambientais, exames 
admissionais, periódicos e demissionais, respeitada a ética. 
Nesse mesmo artigo, a Saúde do Trabalhador encontra-se definida como: 
“Um conjunto de atividades que se 
destina, através de ações de vigilância 
epidemiológica e sanitária, à promoção e 
proteção da saúde dos trabalhadores, assim 
como visa à recuperação e reabilitação da 
saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos 
e agravos advindos das condições de trabalho.” 
No seu conjunto (serviços básicos, rede de referência secundária, terciária e os 
serviços contratados/conveniados), a rede assistencial, se organizada para a Saúde 
do Trabalhador, a exemplo do que já acontece com outras modalidades assistenciais 
como a Saúde da Criança, da Mulher, etc., por meio da capacitação de recursos 
humanos e da definição das atribuições das diversas instâncias prestadoras de 
serviços, poderá reverter sua histórica omissão neste campo. 
Os últimos anos foram férteis na produção de experiências – centros de 
referências, programas municipais, programas em hospitais universitários e ações 
sindicais – em diversos pontos do país, e em encontros de profissionais/trabalhadores 
ou técnicos para a produção das normas necessárias à operacionalização das ações 
de saúde do trabalhador pela rede de serviços em ambulatórios e/ou vigilância. 
 
ASPECTOS POLÍTICOS 
 
O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa 
compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença. Nesta 
acepção, considera a saúde e a doença como processos dinâmicos, estreitamente 
articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em 
Enfermagem do Trabalho 
 
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determinado momento histórico. Parte do princípio de que a forma de inserção dos 
homens e mulheres nos espaços de trabalho contribui decisivamente para formas 
específicas de adoecer e morrer. O fundamento de suas ações é a articulação 
multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. 
Em relação aos trabalhadores, há que se considerar os diversos riscos 
ambientais e organizacionais aos quais estão expostos, em função de sua inserção 
nos processos de trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador devem ser 
incluídas formalmente na agenda da rede de atenção municipal à saúde. Dessa forma, 
amplia-se a assistência já ofertada aos trabalhadores, na medida em que passa a 
olhá-los como sujeitos a um adoecimento específico que exige estratégias, também 
específicas, de promoção, proteção e recuperação da saúde. 
A incorporação das boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho 
contribui para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, 
prevenindo e reduzindo acidentes e doenças e diminuindo, consideravelmente, os 
custos e prejuízos aos trabalhadores e instituição. 
A análise preliminar das condições de trabalho permite a elaboração de 
estratégias que vão subsidiar as etapas de implantação do programa de gestão de 
saúde e segurança no trabalho, e é estabelecida com algumas indagações bem 
simples: 
1. O trabalhador está exposto a riscos no ambiente de trabalho? 
2. A quais tipos de riscos o trabalhador está exposto? 
3. Qual o tempo e a frequência do contatocom esses riscos? 
Um modelo de segurança e saúde do trabalho deve contemplar uma 
metodologia voltada para a antecipação e a prevenção de acidentes e doenças 
relacionadas ao trabalho que alia a simplicidade da intervenção, e a profundidade das 
ações técnicas necessárias para sua efetividade, eficiência e eficácia: 
 Redução dos riscos de acidentes de trabalho; 
 Promoção em saúde do trabalhador; 
 Prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, 
etc); 
 Participação dos trabalhadores na construção de políticas internas em Saúde 
do Trabalhador. 
Vantagens: 
Enfermagem do Trabalho 
 
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 Previne e reduz os acidentes e doenças; 
 Protege a integridade física e mental dos trabalhadores; 
 Educa para adoção de práticas preventivas; 
 Evita gastos e prejuízos (trabalhadores e instituição); 
 Diminui o absenteísmo; 
 Melhora, continuamente, os ambientes de trabalho; 
 Potencializa as relações interpessoais; 
 Otimiza o clima organizacional; 
 Atende aos requisitos da legislação; 
 Aumenta a produtividade. 
 
LEGISLAÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 
 
 Constituição da República Federativa do Brasil 
Art. 200 - Ao Sistema Único de Saúde, compete, além de outras atribuições, nos 
termos da lei... II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem 
como as de saúde do trabalhador; ... VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, 
nele compreendido o do trabalho. 
 
 Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras 
providências. No seu artigo 6º, parágrafo 3º, regulamenta os dispositivos 
constitucionais sobre Saúde do Trabalhador. 
 
 Portaria Nº 1.271, DE 6 de junho de 2014 
Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos 
de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território 
nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. 
 
 Portaria Nº 1.984, DE 12 de setembro de 2014 
Enfermagem do Trabalho 
 
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Define a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória, na forma do 
Anexo, a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades 
sentinelas e suas diretrizes. 
 
 Portaria Nº 1.206, de 24 de outubro de 2013 
Altera o cadastramento dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador no 
Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). 
 
 Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013 - Sistema Nacional de Vigilância em 
Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária 
Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento 
das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de 
Vigilância Sanitária. 
 
 Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012 
Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. 
 
 Portaria nº 3.120, de 1º de julho de 1998 
Aprovar a Instrução Normativa de Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS, na 
forma do Anexo a esta Portaria, com a finalidade de definir procedimentos básicos 
para o desenvolvimento das ações correspondentes. 
 
 Portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999 
Institui a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, a ser adotada como referência 
dos agravos originados no processo de trabalho no Sistema Único de Saúde, para 
uso clínico e epidemiológico, constante no Anexo I desta Portaria. 
 
 Portaria nº 1.679/GM de 19 de setembro de 2002 
Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do 
Trabalhador no SUS e dá outras providências. 
 
 Portaria nº 2.728/GM de 11 de novembro de 2009 
Enfermagem do Trabalho 
 
11 
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Dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) 
e dá outras providências. 
 
 Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990 
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área 
da saúde e dá outras providências. 
 
 Lei nº 6.437 de 20 de agosto de 1977 
Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas 
e dá outras providências. 
 
 Decreto nº 680, de 23 de novembro de 1998 
Institui o Código de Saúde do estado do Tocantins. Encaminhado para aprovação de 
revisão pelo Gabinete da Casa Civil desde 2012. 
 
 Portaria Nº 248/ 2016. 
Dispõe sobre a designação dos servidores da Diretoria de Vigilância em Saúde 
Ambiental e Saúde do Trabalhador, para desenvolverem ações de Vigilância em 
Saúde do Trabalhador e Ambiental. 
Aspectos Legais 
 
A legislação brasileira que rege a área de Saúde e Segurança no Trabalho é 
regulamentada através da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, que aprova as 
Normas Regulamentadoras - NR, do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis 
do Trabalho - CLT, porém esta portaria é aplicada aos trabalhadores que têm contrato 
de trabalho em regime da CLT. 
As normas regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao 
Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro 
de 1977. Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm
Enfermagem do Trabalho 
 
12 
www.eduhot.com.br 
empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, 
prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. 
As primeiras normas regulamentadoras foram publicadas pela Portaria MTb nº 
3.214, de 8 de junho de 1978. As demais normas foram criadas ao longo do tempo, 
visando assegurar a prevenção da segurança e saúde de trabalhadores em serviços 
laborais e segmentos econômicos específicos. 
A elaboração e a revisão das normas regulamentadoras são realizadas, 
atualmente, pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, adotando o sistema 
tripartite paritário, preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), por 
meio de grupos e comissões compostas por representantes do governo, de 
empregadores e de trabalhadores. 
Nesse contexto, a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) é a 
instância de discussão para construção e atualização das normas regulamentadoras, 
com vistas a melhorar as condições e o meio ambiente do trabalho. 
As principais NRs que devem ser observadas são: 
 NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS; 
 NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA 
E EM MEDICINA DO TRABALHO; 
 NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES; 
 NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI; 
 NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL; 
 NR-8 - EDIFICAÇÕES; 
 NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS; 
 NR-17 – ERGONOMIA; 
 NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE. 
 
NR 1 – Disposições Gerais 
https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_legislacao/SST_portarias_1978/Portaria_3.214_aprova_as_NRs.pdf
https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_legislacao/SST_portarias_1978/Portaria_3.214_aprova_as_NRs.pdf
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-1?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-4?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-4?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-5?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-6?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-7?view=defaulthttps://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-8?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-9?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-32?view=default
Enfermagem do Trabalho 
 
13 
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A NR 1 determina que as normas 
regulamentadoras, relativas à segurança e 
medicina do trabalho, torna-se obrigatória 
para todas as empresas privadas e públicas, 
além dos órgãos públicos da administração 
direta e indireta, desde que possuam 
empregados regidos de acordo com a CLT. 
O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de 
aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras – NR 
relativas a segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o 
gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e 
Saúde no Trabalho – SST 
Este processo é muito importante e todas as disposições que estão inseridas 
dentro da NR 1 são aplicadas de acordo com o possível, aos trabalhadores avulsos 
(São aqueles que prestam serviços com a intermediação da entidade de classe, que 
tem o seu pagamento feito sob a forma de rateio), às entidades ou empresas que lhe 
tomem o serviço e aos sindicatos que representam tais categorias profissionais. 
Funções da empresa e empregador referente NR1 – Segurança e Medicina do 
Trabalho 
Mediante a NR 1 o empregador tem como função: 
a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre 
segurança e saúde no trabalho; 
b) Informar aos trabalhadores: 
o I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho; 
o II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou 
reduzir taisriscos; 
o III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de 
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; e 
o IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de 
trabalho. 
Enfermagem do Trabalho 
 
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c) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando 
ciência aos trabalhadores; 
d) Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização 
dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; 
e) Determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou 
doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas; 
f) Disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à 
segurança e saúde no trabalho; 
g) Implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo 
com a seguinte ordem de prioridade: 
I. eliminação dos fatores de risco; 
II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas 
de proteção coletiva; 
III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de 
medidas administrativas ou de organização do trabalho; e 
IV. adoção de medidas de proteção individual. 
 
Já ao empregado cabe: 
a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde 
no trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; 
b) Submeter-se aos exames médicos previstos nas NR; 
c) Colaborar com a organização na aplicação das NR; e 
d) Usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador. 
É considerado ato faltoso a recusa injustificada do empregado caso as normas 
citadas não sejam cumpridas e acarretará ao empregador a aplicação das devidas 
penalidades pela legislação pertinente. 
Todas as empresas têm a obrigação do cumprimento das normas, com relação 
à matéria, que sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos 
Estados ou Municípios. 
Outra finalidade da NR 1 é determinar que a Secretaria de Segurança e Saúde 
no Trabalho (SSST) é órgão que tem como objetivo coordenar, orientar, controlar e 
supervisionar atividades relacionadas à segurança e medicina do trabalho. 
https://alusolda.com.br/saiba-sobre-a-importancia-no-uso-dos-epis-na-nr6/
Enfermagem do Trabalho 
 
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Um setor importante é a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), é responsável 
por executar as atividades relacionadas à segurança e medicina do trabalho: 
• Incluindo a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho 
(CANPAT); 
• Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT); 
• Fiscalizar o cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre a 
segurança e medicina do trabalho; 
• Outras competências previstas na NR 1, por este órgão. 
 
Outras aplicações e observações da NR1 
Quando uma ou mais empresas estiverem sob direção, controle ou 
administração de outra, serão responsáveis à empresa principal e cada uma das 
subordinadas. 
Outra aplicação da NR é referente à obra de engenharia, que será considerada 
como um estabelecimento, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de 
trabalho, a menos que se disponha de forma diferente em NR específica. 
Não cumprindo a regra o empregador terá que aplicar as penalidades previstas 
na legislação. 
 
NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) 
 
A Norma Regulamentadora número 4, ou 
simplesmente NR 4, do Ministério do Trabalho e Emprego 
(MTE) estabelece critérios para organização dos Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). 
A exigência dos SESMT, por sua vez, está na CLT. 
Assim, a NR 4 tem a finalidade de reduzir os acidentes de trabalho e as 
doenças ocupacionais, exigindo que os SESMT sejam compostos pelos seguintes 
profissionais: 
• Médico do trabalho 
• Engenheiro de segurança do trabalho 
• Enfermeiro do trabalho 
https://www.sienge.com.br/blog/saiba-como-manter-a-obra-em-conformidade-com-a-nr4/
Enfermagem do Trabalho 
 
16 
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• Técnico de segurança do trabalho 
• Auxiliar de enfermagem do trabalho. 
 
A quantidade de profissionais exigida pela NR 4 para fazer parte dos SESMT 
muda de acordo com o número de trabalhadores da empresa e o risco da atividade. 
A NR 4 diz que o trabalho do SESMT é preventivo e de competência dos 
profissionais exigidos. Estes profissionais devem garantir a aplicação de 
conhecimentos técnicos de engenharia de segurança e de medicina ocupacional no 
ambiente de trabalho para reduzir ou eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores. 
Faz parte das atividades dos SESMT, definidas pela NR 4, a análise de riscos 
e a orientação dos trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos de proteção 
individual, assim como o registro adequado de eventuais acidentes de trabalho. 
Para empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, a NR 4 determina que 
o SESMT seja configurado de acordo com as características do estabelecimento onde 
ocorre a prestação de serviços, ou seja, no local onde efetivamente os seus 
empregados estiverem exercendo suas atividades. 
 
SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho 
 
O SESMT tem como principal função proteger a integridade física dos 
trabalhadores. E assim evitar acidentes de trabalho por meio de alertas e instruções 
para os funcionários sobre o aparecimento de novas doenças ocupacionais e riscos 
relacionados à sua atividade de trabalho. 
A atuação do SESMT na prevenção de acidentes pode ser feita através de 
palestras em que sejam abordadas todas as maneiras de evitar desde pequenos 
acidentes até aqueles de grandes proporções. 
Além disso, é o SESMT que presta assistência aos trabalhadores vítimas de 
acidentes de trabalho ou com sintomas das doenças do trabalho. 
Entretanto, a criação do SESMT deve ser resultado de uma política de 
prevenção a acidentes que faça parte da cultura da empresa e não visar apenas ao 
atendimento da legislação, sem efeitos práticos. 
 
Enfermagem do Trabalho 
 
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Atribuições do SESMT de acordo com a NR 4 
Conforme a NR 4, dentre as atribuições do SESMT, destacam-se: 
• Aplicar os conhecimentosde Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho 
ao ambiente do Trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas 
e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde 
do trabalhador; 
• Promover a realização de atividades de conscientização, educação e 
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e 
doenças ocupacionais, tanto por meio de campanhas quanto de programas de 
duração permanente; 
• Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e 
doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção. 
Os SESMT devem ser dimensionados de acordo com o risco da atividade principal da 
empresa, bem como do número total de colaboradores que ela possui. 
 
Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
 
Confira como a NR 4 classifica o grau risco para cada uma das atividades 
realizadas em um canteiro de obras. Essa tabela organiza as atividades de acordo 
com os respectivos CNAEs (Códigos Nacionais de Atividade Econômica). 
Há um CNAE geral para a construção, que é o 45. Em seguida, há CNAEs para 
os grupos de concentração de atividades, como por exemplo Preparação de terreno, 
que é 45.1. Daí, para classificar corretamente o risco de cada atividade realizada no 
canteiro é preciso verificar o CNAE específico, que é indicado da seguinte maneira: 
45.11-0 – Demolição e preparação do terreno. 
Enfermagem do Trabalho 
 
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 Quadro I – Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
Enfermagem do Trabalho 
 
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Dimensionamento do SESMT 
 
Dimensionar o SESMT de uma empresa significa definir quais profissionais das 5 
categorias abaixo elencadas e em que quantidades comporão o grupo especializado 
em segurança do trabalho, responsável por promover a segurança e a saúde dos 
trabalhadores da empresa. 
• Técnico de Segurança do Trabalho 
• Engenheiro de Segurança do Trabalho 
• Auxiliar de Enfermagem do Trabalho 
• Enfermagem do Trabalho 
• Médico do trabalho 
Este dimensionamento do SESMT deve ser feito em apenas 05 passos: 
 
Passo 1 - Identificar quantos e quais estabelecimentos há em sua empresa 
O dimensionamento do SESMT deve ser feito por estabelecimento de 
trabalho e a norma regulamentadora n°1 (NR-1), em seu item 1.6.d, define 
“estabelecimento” da seguinte maneira: 
1.6 - Para fins de aplicação das Normas 
Regulamentadoras - NR, considera-se: 
d) estabelecimento, cada uma das unidades da 
empresa, funcionando em lugares diferentes, 
tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, 
loja, oficina, depósito, laboratório. 
Desta forma, é necessário que você identifique todos os 
estabelecimentos onde haja atividades em sua empresa. 
 
Passo 2 - Calcular quantos funcionários trabalham em cada estabelecimento, 
identificados os estabelecimentos, o próximo passo é calcular quantos 
funcionários trabalham em cada estabelecimento. 
 
Enfermagem do Trabalho 
 
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Passo 3 - Identificar qual a atividade principal desempenhada naquele 
estabelecimento. 
É muito comum que em um mesmo estabelecimento existam atividades 
diversas. É necessário que se defina qual a atividade principal do 
estabelecimento. 
 
Passo 4 - Deve-se identificar o Grau de Risco da atividade principal do 
estabelecimento 
Para identificar o Grau de Risco da atividade principal do 
estabelecimento deve-se verificar a Relação da Classificação Nacional de Atividades 
Econômicas (CNAE) e seu respectivo Grau de Risco. 
A relação está dividida em 20 grupos de diversas atividades econômicas, a 
saber: 
• Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura; 
• Indústrias Extrativas; 
• Indústrias de Transformação 
• Eletricidade e Gás 
• Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 
• Construção 
• Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas 
• Transporte, Armazenagem e Correio 
• Alojamento e Alimentação 
• Informação e Comunicação 
• Atividades Financeiras. de Seguros e Serviços Relacionados; 
• Atividades Imobiliárias 
• Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas 
• Atividades Administrativas e Serviços Complementares; 
• Administração Pública. Defesa e Serviço Social 
• Educação 
• Saúde Humana e Serviços Sociais 
• Artes, Cultura, Esportes e Recreação 
• Outras Atividades de Serviços 
• Serviços Domésticos 
Enfermagem do Trabalho 
 
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• Organismos Internacionais e outras Instituições Extraterritoriais 
Você deve reconhecer o grupo no qual a atividade principal de seu 
estabelecimento melhor se encaixa, e buscá-la dentre as atividades elencadas. Na 
mesma tabela, você terá a indicação do Grau de Risco da atividade, o qual poderá 
variar entre valores de 1 a 4. O valor 4 indica o maior Grau de Risco. 
 
Passo 5 - Dimensionamento do SESMT 
Com os dados de Grau de Risco e número de funcionários no 
estabelecimento, você é capaz de fazer o dimensionamento do SESMT consultando 
o Quadro II da NR-4. 
Quadro II - SESMT - Dimensionamento de SESMT 
 
Diante do passo a passo apresentado acima, você deve ter percebido que, 
quando se dimensiona o SESMT, não se faz para empresa toda, e sim, para seus 
estabelecimentos. Desta forma, é importantíssimo que você conheça quais os 
Enfermagem do Trabalho 
 
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estabelecimentos que compõem sua empresa, quais as atividades neles 
desempenhadas e quantos funcionários trabalham em cada um deles. 
A partir destas informações você será capaz de dimensionar corretamente o 
SESMT. 
 
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
 
Em toda empresa que houver mais de 100 
funcionários, é obrigatória a criação de 
uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, 
ou simplesmente CIPA. A presença desta comissão 
é obrigatória nas empresas brasileiras deste tipo 
desde 1944, mas sua denominação e conceito 
surgiram em 1921 como uma opção para que as 
empresas tivessem pessoas dentro dela engajadas 
em desenvolver táticas para evitar acidentes 
internos na operação. 
As CIPAs devem ser formadas e mantidas de acordo com o artigo 163 da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Norma Regulamentadora 5, aprovada 
pela Portaria nº 08/99. 
Art. 163 ”Será obrigatória a constituição 
de Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA), de conformidade com 
instruções expedidas pelo Ministério do 
TrabaIho, nos estabelecimentos ou locais de 
obra nelas especificadas.” 
É a CIPA quem organiza a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes 
de Trabalho) dentro das empresas. A SIPAT é uma semana separada pela empresa 
em que a CIPA desenvolve atividades diferentes para que os funcionários possam 
aprender mais sobre a prevenção de acidentes dentro da empresa. Aliás, este é o 
foco principal da CIPA, que deve buscar o máximo de excelência naquilo que é sua 
atribuição. 
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-5?view=default
http://www.saudeevida.com.br/saiba-mais-sobre-atribuicoes-da-cipa/
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D311909DC0131678641482340/nr_05.pdf
Enfermagem do Trabalho 
 
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A CIPA age por meio de palestras, fiscalizações e incentivo à utilização de 
equipamentos de proteção individual (EPI) pelos funcionários. Isso porque 
a CIPA também é responsável por criar mecanismos que evitem a aparição de 
doenças provenientes do trabalho entre os funcionários. 
Por ser uma comissão com o objetivo de fiscalizar as operações a fim de 
encontrar problemas para a segurança dos funcionários e da empresa, a CIPA é 
comumente ligada a algo negativo pelos próprios funcionários. É fato que muitas 
pessoas não gostam de seguir regras de segurança, mas a CIPA age para o próprio 
bem dos funcionários. Para isso, conta com uma equipe com diversos membros 
escolhidos tanto pela empresa, quanto pelos funcionários. Tudo para que os dois 
lados da relação sejam representadose ouvidos. Desta forma, a sinergia permite que 
ações sejam tomadas de acordo com a vontade de todos e a empresa siga as normas 
de segurança ditadas pelo Ministério do Trabalho e pela CLT. 
É importante frisar que a CIPA deve estar presente em qualquer instituição, 
seja ela filantrópica, com fins lucrativos ou não, enfim, em qualquer instituição que 
houver mais de 100 pessoas trabalhando, é necessário ter uma CIPA formada. A 
segurança no trabalho é importante para manter a saúde de todos os envolvidos na 
operação e é dever da CIPA, atuar como agente de fiscalização e como 
desenvolvedora de métodos para evitar os acidentes. 
 
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI 
 
A NR-06 ou norma regulamentadora 6 é uma 
norma criada para regulamentar o uso 
de Equipamentos de Proteção Individuais os 
famosos EPI de modo que todas as empresas sejam 
obrigadas a adotar as mesmas medidas de proteção 
do funcionário em cenários semelhantes, isso 
significa que todas às pessoas exercendo as 
mesmas funções devem ter um mesmo 
equipamento de proteção padronizado que leve em 
consideração às normas legais exigidas para essa função em específico. 
http://www.saudeevida.com.br/importancia-do-uso-de-epi/
http://www.saudeevida.com.br/cipa/
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-6?view=default
https://sistemaeso.com.br/blog/seguranca-no-trabalho/o-que-e-um-epi-equipamento-de-protecao-individual
Enfermagem do Trabalho 
 
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Quais Equipamentos? 
 
Cada função vai exigir equipamentos específicos apropriados para sua 
execução, é verdade, no entanto que diferentes funções podem acabar demandando 
o uso de equipamentos similares, entre os EPI mais comuns temos o capacete que é 
utilizado praticamente em qualquer ambiente de produção ou obras de construção. 
É obrigação da empresa fornece os equipamentos de proteção de forma 
gratuita para todos os funcionários, além disso é esperado que cada equipamento 
passe por uma inspeção de segurança de modo a garantir a qualidade do mesmo, em 
caso do não fornecimento deste equipamento ou de fornecimento de um equipamento 
defeituoso a empresa estará sujeita a repercussões legais que podem incluir multa ou 
dependendo do caso até mesmo a paralisação do funcionamento da empresa. 
Por sua vez o funcionário é responsável pelo uso em tempo integral dos EPI 
enquanto em exercício da função cabendo à empresa uma fiscalização constante para 
evitar que acidentes ou lesões possam acontecer pela falta do uso deste equipamento 
por parte do funcionário. 
 
Tipos de EPI 
 
Existem diferentes tipos de EPI com funções de proteção específicas a serem 
aplicadas em determinados tipos de trabalho que podem ou não se complementar, 
em alguns casos equipamentos específicos da profissão são necessários enquanto 
que em outros casos o uso de EPI se limita aos mais comuns como o capacete ou o 
Cinto de Segurança, de maneira geral os equipamentos de proteção podem ser 
divididos em categorias de acordo com aquilo que eles se propõem a evitar. 
 
Danos físicos - os equipamentos que protegem contra danos causados por 
ferimentos físicos são aqueles que protegem o funcionário de sofrer um ferimento ou 
trauma em decorrência da ação de algo no ambiente ou do ambiente em si, como é o 
exemplo dos capacetes que protegem a região da cabeça contra impactos em várias 
profissões ou cintos de segurança em profissões como às de um pintor de altitude 
como os que trabalham diariamente em monumentos, nesse caso o cinto é para 
Enfermagem do Trabalho 
 
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proteger o funcionário de um dano físico que pode vir a ser causado pelo simples fato 
de estar naquele ambiente de risco. 
 
Químicos e biológicos - os equipamentos utilizados nessa categoria são aqueles em 
que o funcionário precisa para o exercício da função se expor a um ambiente em que 
existe a presença de um componente biológico como um vírus ou risco químico como 
um veneno, esses equipamentos estão normalmente ligados a funções onde o 
manuseio do risco seja um objetivo direto do trabalho, como no caso de um 
pesquisador de energia nuclear através dos trajes protegidos ou um médico com suas 
luvas e filtros do ar. 
 
Longo prazo - existem ainda os equipamentos que servem para amenizar os danos 
causados por uma exposição contínua a um ambiente em que seja inevitável os danos 
a longo prazo, nesse caso o equipamento serve para fornecer ao funcionário um 
ambiente menos nocivo e melhor a qualidade de vida a longo prazo, um exemplo 
bastante prático são os funcionários de aeroporto que precisam lidar com a 
manutenção de aviões e usam potentes protetores de ouvido para diminuir os danos 
auditivos. 
 
Manutenção e Troca 
 
Cada equipamento de proteção individual têm uma regra diferente referente a 
sua manutenção e/ou troca obrigatória, essa medida vai depender do uso do 
equipamento e também da função exercida pelo funcionário, no caso dos capacetes 
sua utilização é bastante duradoura uma vez que em teoria ele envelhece bem 
devagar se você não sofrer batidas na cabeça, por outro lado equipamentos mais 
sensíveis como as luvas de um médico podem chegar a ser classificados como 
descartáveis podendo ser utilizados apenas uma vez devido ao risco de contágio, 
assim é importante que tanto a empresa quanto o funcionário tenha um controle 
preciso sobre a validade de cada equipamento para evitar falhas no momento de 
realizar manutenção ou troca do equipamento. 
https://sistemaeso.com.br/blog/seguranca-no-trabalho/o-que-sao-riscos-quimicos
Enfermagem do Trabalho 
 
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NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional 
 
A NR7 estabelece a obrigatoriedade de 
elaboração e implementação, por parte de todos os 
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, 
do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com 
o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 
É um programa que em conjunto com os demais somará forças em prol da 
saúde dos trabalhadores. 
Tem caráter de prevenção, mapeamento precoce e diagnóstico dos agravos a 
saúde dos trabalhadores, além da constatação dos casos de doenças profissionais ou 
danos irreversíveis causados por riscos do trabalho ou quaisquer situações ligadas ao 
ambiente de trabalho. 
O PCMSO também serve para que a empresa acompanhe através de exames, 
as ações de segurança têm sido eficientes ou não. 
PCMSO é obrigatório para toda e qualquer organização, independentemente 
do número de funcionários e do grau de risco do seu setor econômico. 
O programa tem caráter preventivo e deve ser implementado pelos 
empregadores sem nenhum ônus para os trabalhadores. 
Ele precisa conter um planejamento onde estejam previstas as ações de saúde 
a serem executadas na organização durante o ano todo, devendo constar num 
relatório anual. 
Esse relatório vai discriminar o número e a natureza dos exames médicos a 
serem realizados pelos funcionários, bem como avaliações clínicas e exames 
complementares solicitados. Também deve apontar os resultados considerados 
anormais, assim como o planejamento para o próximo ano. 
 
Exames Médicos 
 
O PCMSO prevê a realização obrigatória de exames médicos, que são os seguintes: 
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-7?view=default
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-7?view=default
http://engemed.med.br/laudos/nr7-programas-de-controle-medico-de-saude-ocupacional-pcmso/
http://engemed.med.br/laudos/nr7-programas-de-controle-medico-de-saude-ocupacional-pcmso/
Enfermagem do Trabalho 
 
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• Exame de admissão: ao ingressar na empresa, antes da contratação se 
efetivar, o trabalhador deve fazer um exame de avaliação do seu estado de 
saúde e da sua condição para exercer a função para a qual está sendo 
admitido. 
• Exame periódico: será feita umarevisão do exame com a periodicidade 
definida no PCMSO, com os intervalos mínimos de tempo abaixo 
discriminados: 
– Anual, para trabalhadores expostos a riscos que impliquem o desencadeamento ou 
agravamento de doença ocupacional e para os portadores de doenças crônicas. 
– Para os demais trabalhadores: anual, quando forem menores de 18 e maiores de 
45 anos de idade; a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 e 45 anos de 
idade. 
• Exame de retorno ao trabalho: quando o funcionário se manteve afastado por 
mais de 30 dias, devido a doença ou acidente ou em razão de parto, deverá 
ser realizado novo exame, logo no primeiro dia de trabalho, que avalie suas 
condições para retomada normal de suas atividades funcionais. 
• Exame de mudança de função: se o trabalhador for transferido de setor, 
assumindo uma função diferente, deverá fazer novo exame antes da mudança 
se efetivar. Principalmente, quando houver riscos à saúde diferentes do setor 
onde trabalhava inicialmente. 
• Exame para demissão: será feito antes do desligamento do funcionário, para 
homologação da demissão. O exame, deve atestar que está saindo em boas 
condições de saúde, apto a buscar um novo trabalho, se assim quiser. 
 
Atestado de Saúde Ocupacional – ASO 
 
Após os exames, o médico deve emitir Atestado de Saúde Ocupacional – ASO, 
em duas vias. A primeira via do ASO fica arquivada no local de trabalho do funcionário, 
inclusive canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. 
A segunda via do ASO é entregue ao trabalhador, com seus dados pessoais, 
riscos ocupacionais, se existirem, e os procedimentos médicos realizados, incluindo 
os exames. 
https://www.sienge.com.br/ebooks/ebook-contratacao-na-contrucacao-civil/
https://www.sienge.com.br/ebooks/controle-de-qualidade-e-sua-contribuicao-para-sustentabilidade-na-construcao-civil/
Enfermagem do Trabalho 
 
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Por fim, deve constar a definição de apto ou inapto para a função específica do 
trabalhador na empresa, isto é, se está em condições de trabalhar ou não. 
A NR 7 determina que estes documentos referentes aos trabalhadores sejam 
mantidos em arquivo por pelo menos 20 anos, contados a partir do desligamento do 
trabalhador dos quadros da empresa. 
 
EXAMES ADMISSIONAIS E DEMISSIONAL 
 
Os exames admissionais e demissional são exames que devem ser solicitados 
pela empresa para avaliar a condição geral de saúde e verificar se a pessoa está apta 
para realizar determinada função ou se adquiriu alguma condição devido ao trabalho. 
Esses exames são realizados por um médico especializado em medicina do trabalho. 
Esses exames são previstos por lei e os custos são de responsabilidade do 
empregador, bem como o agendamento dos exames. Caso não sejam realizados, a 
empresa fica sujeita ao pagamento de multa. 
Além dos exames admissionais e demissionais, devem ser realizados exames 
periódicos para que seja avaliada a condição de saúde da pessoa durante o período 
trabalhado, havendo a possibilidade de correção de situações que possam ter surgido 
nesse período. Os exames periódicos devem ser realizados durante o período de 
trabalho, quando há mudança de função e quando o funcionário retorna ao trabalho, 
devido a férias ou afastamento. 
Os exames admissionais e demissionais devem ser realizados antes da 
admissão e antes da efetivação da demissão para que tanto o empregado quanto o 
empregador estejam seguros. 
 
Exame Admissional 
O exame admissional deve ser solicitado pela empresa antes da contratação 
ou assinatura da carteira de trabalho e tem como objetivo verificar as condições gerais 
de saúde do trabalhados e verificar se está apto para realizar determinadas atividades. 
Assim, o médico deve realizar os seguintes procedimentos: 
 Entrevista, em que é avaliado história familiar de doenças ocupacionais e 
condições que a pessoa já foi exposta em empregos anteriores; 
 Medição da pressão arterial; 
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 Verificação da frequência cardíaca; 
 Avaliação da postura; 
 Avaliação psicológica; 
 Exames complementares, que variam de acordo com a atividade que será 
exercida, como por exemplo exames de visão, audição, força e 
condicionamento físico. 
É ilegal a realização de teste de HIV, esterilidade e de gravidez no exame 
admissional, assim como no exame demissional, pois a realização desses exames é 
considerada uma prática discriminatória e não deve ser utilizado como critério para 
admitir ou demitir uma pessoa. 
Após a realização desses exames, o médico emite um Atestado Médico de 
Capacidade Funcional, em que constam informações sobre o funcionário e o resultado 
dos exames, indicando se a pessoa está apta ou não para realizar as atividades 
relacionadas ao emprego. Esse atestado deve ser arquivado pela empresa junto com 
os outros documentos do funcionário. 
 
Exame Demissional 
O exame demissional deve ser realizado antes da demissão do funcionário com 
o objetivo de verificar se houve o surgimento de qualquer condição relacionada ao 
trabalho e, assim, determinar se a pessoa está apta para ser demitida. 
Os exames demissionais são os mesmos que os admissionais e, após a 
realização do exame, o médico emite o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), em 
que constam todos os dados do trabalhador, cargo ocupado na empresa e estado de 
saúde do trabalhador depois da realização das atividades na empresa. Assim é 
possível verificar se houve o desenvolvimento de alguma doença ou o 
comprometimento da audição, por exemplo, devido ao cargo ocupado. 
Caso seja verificado alguma condição relacionada ao trabalho, no ASO consta 
que a pessoa está inapta para demissão, devendo permanecer na empresa até que a 
condição seja solucionada e novo exame demissional seja realizado. 
O exame demissional deve ser realizado quando último exame médico 
periódico tiver sido realizado há mais de 90 ou 135 dias, dependendo do grau de risco 
da atividade exercida. Esse exame, no entanto, não é obrigatório em casos de 
demissão por justa causa, ficando a critério da empresa a realização ou não do exame. 
Enfermagem do Trabalho 
 
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NR 8 - Edificações 
 
A Norma Regulamentadora – NR 8 é composta por requisitos técnicos mínimos 
que devem ser rigidamente obedecidos para garantir a total segurança aos que 
trabalham em uma edificação. 
Quando o assunto é segurança do trabalho o momento da execução da obra é 
o que mais deve ser levado em consideração. É no canteiro o local onde há a maior 
quantidade de sujeira, máquinas armazenadas, materiais e diversos funcionários 
circulando no ambiente. É onde a atenção deve prevalecer para riscos e perigos. 
O objetivo de toda NR é sempre precaver os funcionários de qualquer risco 
iminente, garantindo a qualidade da segurança durante o desempenhar das 
atividades. 
Conheça a seguir os pontos principais da NR 8, como são dispostos na norma, 
e assegure a saúde e conforto dos trabalhadores em sua organização: 
1 – Circulação 
• Chão de canteiro de obra: não deve apresentar saliências nem depressões 
que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. 
• Aberturas estruturais (chão e parede): devem ser protegidas de forma que 
impeçam a queda de pessoas ou objetos. 
• Pisos, Escadas e Rampas: devem oferecer resistência suficiente para 
suportar as cargas móveis e fixas, para as quais a edificação se destina. As 
rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo 
com as normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de 
conservação. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais 
de trabalho, onde houver perigo de escorregamento, serão empregados 
materiais ou processos antiderrapantes. 
• Andares acima do solo: devem dispor de proteção adequada contra quedas. 
De acordo com as normas técnicas e legislações municipais, atendidas as 
condições de segurança e conforto,conforme item 8.3 da norma. 
“ 8.3. Circulação. 
8.3.1. Os pisos dos locais de trabalho não devem 
apresentar saliências nem depressões 
que prejudiquem a circulação de pessoas ou a 
movimentação de materiais. 
https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-8?view=default
https://www.sienge.com.br/blog/10-dicas-para-aumentar-a-eficiencia-no-canteiro-de-obras/
http://www.abnt.org.br/imprensa/releases/5698-normas-tecnicas-voce-sabe-o-que-e-e-para-que-servem
Enfermagem do Trabalho 
 
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8.3.2. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser 
protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou 
objetos. 
8.3.3. Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer 
resistência suficiente para suportar as cargas móveis e 
fixas, para as quais a edificação se destina. 
8.3.4. As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo 
devem ser construídas de acordo com as normas técnicas 
oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação. 
8.3.5. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e 
passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de 
escorregamento, serão empregados materiais ou 
processos antiderrapantes. 
8.3.6. Os andares acima do solo, tais como terraços, 
balcões, compartimentos para garagens e outros que não 
forem vedados por paredes externas, devem dispor de 
guarda-corpo de proteção contra quedas, de acordo com 
os seguintes requisitos: 
a) ter altura de 0,90m (noventa centímetros), no mínimo, 
a contar do nível do pavimento; 
b) quando for vazado, os vãos do guarda-corpo devem ter, 
pelo menos, uma das dimensões igual ou inferior a 0,12m 
(doze centímetros) 
c) ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço 
horizontal de 80kgf/m2 (oitenta quilogramas-força por 
metro quadrado) aplicado no seu ponto mais 
desfavorável.” 
 
2 – Proteção Contra Intempéries 
• Partes externas: A parte 
externa deve estar de acordo 
com as normas vigentes 
relativas à resistência ao fogo, 
isolamento térmico, isolamento 
acústico, resistência estrutural e 
impermeabilidade. Durante o 
projeto da edificação evitar chuvas e insolação, deve ser prioridade durante o 
curso da obra, conforme o item 8.4. 
“ 8.4. Proteção contra intempéries. 
8.4.1. As partes externas, bem como todas as que 
separem unidades autônomas de uma edificação, ainda 
que não acompanhem sua estrutura, devem, 
obrigatoriamente, observar as normas técnicas oficiais 
relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, 
isolamento e condicionamento acústico, resistência 
estrutural e impermeabilidade. (108.012-1 / I1) 
8.4.2. Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem 
ser, sempre que necessário, impermeabilizados e 
protegidos contra a umidade. (108.013-0 /I1) 
8.4.3. As coberturas dos locais de trabalho devem 
assegurar proteção contra as chuvas. (108.014-8 / I1) 
https://www.sienge.com.br/blog/ppci/
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr8.htm
Enfermagem do Trabalho 
 
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8.4.4. As edificações dos locais de trabalho devem ser 
projetadas e construídas de modo a evitar insolação 
excessiva ou falta de insolação.” 
 
 
É de extrema importância ficar atento às leis municipais que regem todas as 
etapas da obra, além disso, dar preferência a profissionais qualificados no time de 
operários. Tudo isso, para evitar acidentes, o que acontece muito por empresas não 
disponibilizarem de treinamentos nos locais de trabalho. 
 
NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
 
A Norma Regulamentadora 9, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) 
relaciona-se diretamente ao Programa de Prevenção de Riscos ambientais (PPRA). 
Visto que a NR-09 estabelece a obrigatoriedade do PPRA às empresas que exercem 
atividades consideradas de risco à saúde do trabalhador. 
Para que uma empresa se enquadre nas diretrizes da NR-09, ela deve 
antecipar, reconhecer e também adequar todos os riscos ambientais possíveis que 
houver no espaço de trabalho. 
A Norma Regulamentadora 9 é bem abrangente, ela estabelece que o PPRA 
compreenda todos os riscos relacionados aos agentes físicos, químicos e biológicos 
que constam no ambiente de trabalho. 
o PPRA significa Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, através 
da Norma Regulamentadora 9 da Portaria 3.214/78 foi implantado pela Secretaria de 
Segurança do Trabalho. 
 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
O programa tem como objetivo principal a tomada de ações para garantir a 
saúde, segurança e integridade dos trabalhadores no ambiente de trabalho nos locais 
em que haja a presença de riscos ambientais. 
Segundo a NR-09, estes riscos ambientais englobam: 
• Agentes químicos: Como gases e poeira diversos. 
• Agentes biológicos: Como os vírus e bactérias, os bacilos e parasitas, além dos 
fungos e outros. 
https://www.pulsoseguros.com.br/blog/acidente-em-canteiros-de-obra/
Enfermagem do Trabalho 
 
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• Agentes físicos: Como as radiações ionizantes e não ionizantes, o infrassom e 
ultrassom, as altas e baixas temperaturas, o ruído, vibrações e pressões 
anormais. 
Conforme o item 9.1.5 a NR-09 para ser considerado um risco ambiental, deve-
se ainda levar em conta qual a natureza do risco, além da intensidade e tempo de 
exposição em que o trabalhador ficará exposto. 
Vale ressaltar ainda, que o PPRA, segundo consta no item 9.1.2 da Norma 
Regulamentadora 9, deve ser desenvolvido em cada setor da empresa, atentando-
se a antecipação dos riscos, reconhecimento da existência dos riscos, a avaliação por 
meio de medições de concentração e exposição além do controle constante de sua 
ocorrência. 
De acordo com o item 9.1.3, o PPRA deve obrigatoriamente estar vinculado 
sempre ao PCMSO, que é o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional. 
O PPRA trata-se de um programa obrigatório à todas as instituições e 
empresas, independente do número de trabalhadores, grau de risco ou área de 
atuação. 
Isso consta no item 9.1.1 da NR-09 em que diz: 
‘9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a 
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por 
parte de todos os empregadores e instituições que 
admitam trabalhadores como empregados, do Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à 
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, 
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e 
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais 
existentes ou que venham a existir no ambiente de 
trabalho, tendo em consideração a proteção do meio 
ambiente e dos recursos naturais.’ 
 
O empregador é quem deve se responsabilizar do desenvolvimento do PPRA, 
entretanto sua implantação, controle e avaliação precisa ter a participação dos 
colaboradores da empresa, como indica no item 9.1.2 na NR-09. 
Mas é preciso lembrar também que é dever dos trabalhadores colaborar e 
participar da implantação e também do desenvolvimento do PPRA e seguir as 
instruções recebidas ao longo do programa. O trabalhador deve também, informar 
seus superiores de forma imediata, os possíveis riscos que observar em seu ambiente 
de trabalho. 
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A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação, são 
normalmente realizados pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho (SESMT). 
No entanto, podemos observar através do item 9.3.1.1 que além do SESMT, o 
PPRA pode ser elaborado por ‘pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do 
empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.’. 
Entretanto, por se tratar de um programa sério que trata da saúde dos 
trabalhadores, vale a pena investir numa consultoria responsável e especializada para 
evitar erros ou trabalho mal feito que podem gerar prejuízos maiores. 
Podemos concluir, portanto, que é primordial que o profissional responsável 
pela elaboração do PPRA tenha amplo conhecimento a respeito de SST. 
O PPRA pode ainda ser cobrado pelos órgãos fiscais, então o mesmo deve 
sempre estar atualizadoe também disponível às autoridades competentes. 
 
NR 17 – Ergonomia 
 
A norma regulamentadora nº 17 (Ergonomia) do Ministério do Trabalho e 
Emprego é regulamentada pela Portaria Nº 3.214, de 08 de Junho de 1978, que 
aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das 
Leis do Trabalho – CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. 
A NR17 trata de forma específica das questões ergonômicas no ambiente de 
trabalho. É importante frisar que a ergonomia é uma área que estuda as interações 
entre os seres humanos e outros elementos de um sistema, tendo como objetivo 
otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um determinado sistema. 
Os itens abordados nessa norma regulamentadora são: 
• Levantamento, transporte e descarga individual de materiais; 
• Mobiliário dos postos de trabalho; 
• Equipamentos dos postos de trabalho; 
• Condições ambientais de trabalho; 
• Organização do trabalho. 
O objetivo central da NR17 é definir parâmetros e procedimentos que 
assegurem as melhores condições de ambiente aos trabalhadores, preservando a 
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-ergonomia/
Enfermagem do Trabalho 
 
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segurança, conforto e favorecendo os melhores níveis de desempenho nas tarefas 
cotidianas. Em suma, a ergonomia visa melhorar as condições de trabalho e fazer 
com que todas as atividades da empresa sejam desempenhadas com maior 
qualidade. 
 
6 principais regras da NR17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma 1 
De acordo com as regras básicas da NR17, as condições de trabalho nas 
empresas abrangem aspectos associados ao levantamento, transporte e descarga de 
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos utilizados, às condições no ambiente no 
trabalho e aos métodos e formas de organização do trabalho. 
Conforme estabelecido por essa norma, as empresas são responsáveis por 
analisar as questões ergonômicas do trabalho considerando as características do 
ambiente, o tipo de função exercida e as características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, tornando possível a plena adaptação do trabalhador ao ambiente no 
qual ele está inserido. 
 
Norma 2 
Enfermagem do Trabalho 
 
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Na NR17 estão contidas as seguintes diretrizes básicas quanto ao transporte de 
cargas: 
• O transporte manual de cargas é definido como todo tipo de transporte em que 
o peso da carga é suportado totalmente por apenas um trabalhador, o que 
abrange também o levantamento e a deposição da carga; 
• O que define um transporte manual de cargas é toda atividade ou operação 
que é feita de forma contínua, ou que inclua (mesmo que de maneira não 
frequente), o transporte manual de cargas; 
• O trabalhador definido como jovem é aquele com idade menor que 18 anos e 
igual ou superior a 14 anos; 
• A atividade de transporte manual de cargas não deve ser exercida por pessoas 
nas quais o peso comprometa a segurança ou saúde do trabalhador; 
• Os trabalhadores responsáveis pelo transporte contínuo de cargas devem 
receber todo treinamento necessário para execução da tarefa de forma 
totalmente segura (de acordo com as regras definidas pela equipe de saúde e 
segurança do trabalho); 
• No caso de trabalhadores jovens e mulheres designados para fazer o 
transporte manual de cargas, o peso máximo das cargas sempre precisa ser 
menor que o peso aplicado às atividades de transporte manual de cargas 
exercidas por homens. 
• 
Norma 3 
A NR17 determina que, toda vez que um trabalho pode ser realizado na 
posição sentada, o local de trabalho precisa ser adaptado ou planejado para que o 
trabalhador possa desempenhar suas atividades nessa posição. 
 
Norma 4 
Todos os trabalhos manuais que são realizados em pé ou sentado devem ser 
planejados com o uso de mesas, bancadas, painéis e escrivaninhas que favoreçam 
uma boa postura, operação e visualização por parte dos trabalhadores. Além disso, 
de acordo com essa norma é preciso observar algumas regras básicas, que são: 
• A altura e tipo de superfície dos móveis deve ser compatível com o tipo de 
atividade realizada; 
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• Deve ser observada uma distância adequada entre os olhos e o campo de 
trabalho; 
• A altura do assento deve estar adequada conforme altura do móvel e distância 
necessária para preservar os olhos; 
• A área de trabalho deve ser facilmente visualizada e alcançada pelo 
trabalhador; 
• As características dimensionais dos móveis devem possibilitar uma 
movimentação e posicionamento adequados do corpo (braços, pernas etc.). 
• 
Norma 5 
Conforme estabelece a NR17, todos os assentos usados no ambiente de 
trabalho precisam atender a esses requisitos: 
• A altura deve estar ajustada à estatura do trabalhador e precisa ser 
observado o tipo de atividade exercida; 
• O encosto deve ser adaptado para proteger a região lombar; 
• A borda frontal do assento deve ser arredondada. 
• 
Norma 6 da NR17 
A NR17 determina que a organização do trabalho leve em consideração os 
seguintes aspectos: 
• Normas específicas de produção; 
• Operações a serem realizadas; 
• Exigência de tempo; 
• Determinação do conteúdo de tempo; 
• Ritmo de trabalho; 
• Conteúdo das tarefas. 
 
NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde 
 
Instituída em 2005, por meio da Portaria 485 do Ministério do Trabalho e 
Emprego (MTE), a norma regulamentadora NR 32 estabelece medidas protetivas para 
Enfermagem do Trabalho 
 
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promover a saúde e a segurança de todas as pessoas que se encontram em um 
ambiente clínico ou hospitalar — colaboradores, pacientes, familiares, entre outras. 
Desde então, qualquer estabelecimento que promova a assistência, a 
recuperação, a pesquisa e o ensino em saúde — não importa o grau de complexidade 
— deve seguir com rigor as diretrizes descritas na NR 32. Ao cumprir as 
determinações, os hospitais e as clínicas garantem a integridade dos funcionários e 
evitam os acidentes e as doenças ocupacionais. 
No entanto, é importante ressaltar que essa norma regulamentadora não 
desobriga as instituições clínicas e hospitalares de atenderem às demais medidas de 
segurança em seus ambientes, como as previstas no Programa de Prevenção de 
Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO). 
As complexidades que fazem parte da rotina de quem trabalha na área da 
saúde não são poucas. Justamente por isso que a criação da NR 32 é um marco 
importante, pois as ações previstas nela têm como objetivo diminuir os riscos nesse 
cenário que envolve a manipulação de material biológico, agentes químicos, 
exposição a uma alta carga viral, entre outras particularidades. 
Contudo, para que a norma seja eficiente e cumpra o seu papel de diminuição 
e prevenção de riscos, as instituições de saúde precisam estar comprometidas com 
todas as ações necessárias e previstas pela NR 32. Gestores e colaboradores 
precisam trabalhar em conjunto para que regras sejam entendidas e seguidas todos 
os dias. 
Esta Norma Regulamentadora – NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes 
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos 
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de 
promoção e assistência à saúde em geral. 
Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer 
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as 
ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde 
em qualquer nível de complexidade. 
Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente 
modificados ou não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons. 
 
Enfermagem do Trabalho 
 
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O PPRA deve ser reavaliado 1 vez ao ano e: 
a) sempre que se produza uma mudança nas condições detrabalho, que possa 
alterar a exposição aos agentes biológicos; 
b) quando a análise dos acidentes e incidentes assim o determinar. 
 
Das medidas de proteção 
 
Em caso de exposição acidental ou incidental, medidas de proteção devem ser 
adotadas imediatamente, mesmo que não previstas no PPRA. 
A manipulação em ambiente laboratorial deve seguir as orientações contidas 
na publicação do Ministério da Saúde – Diretrizes Gerais para o Trabalho em 
Contenção com Material Biológico, correspondentes aos respectivos microrganismos. 
Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou sem 
afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de Acidente de 
Trabalho – CAT. 
Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter 
lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, 
toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual. 
Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores 
de doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em seu interior. 
O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve 
ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas. 
Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem 
iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento 
de liberação para o trabalho. 
O empregador deve vedar: 
a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; 
b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de 
trabalho; 
c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho; 
d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim; 
e) o uso de calçados abertos. 
A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado. 
https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-09/
https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat/
Enfermagem do Trabalho 
 
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Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os 
equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades 
laborais. 
Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão 
estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja 
garantido o imediato fornecimento ou reposição. 
O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do início 
das atividades e de forma continuada, devendo ser ministrada: 
a) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores 
aos agentes biológicos; 
b) durante a jornada de trabalho; 
c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos agentes 
biológicos. 
Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente, 
com possível exposição a agentes biológicos, ao responsável pelo local de trabalho 
e, quando houver, ao serviço de segurança e saúde do trabalho e à CIPA. 
O empregador deve informar, imediatamente, aos trabalhadores e aos seus 
representantes qualquer acidente ou incidente grave que possa provocar a 
disseminação de um agente biológico suscetível de causar doenças graves nos seres 
humanos, as suas causas e as medidas adotadas ou a serem adotadas para corrigir 
a situação. 
Os colchões, colchonetes e demais almofadados devem ser revestidos de 
material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização. 
 
Perfurocortantes 
 
https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-06/
Enfermagem do Trabalho 
 
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Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os 
responsáveis pelo seu descarte. 
As empresas que produzem ou comercializam materiais 
perfurocortantes devem disponibilizar, para os trabalhadores dos serviços de 
saúde, capacitação sobre a correta utilização do dispositivo de segurança. 
 
Da vacinação dos trabalhadores 
 
A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser 
fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa 
contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO. 
Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os 
trabalhadores estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las 
gratuitamente. 
 
Dos riscos químicos 
 
Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos 
produtos químicos utilizados em serviços de saúde. 
Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser 
identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição 
química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável 
pela manipulação ou fracionamento. 
https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-07/
https://segurancadotrabalhoacz.com.br/wp-content/uploads/2016/01/Resumo-NR-32.jpg
Enfermagem do Trabalho 
 
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É VEDADO o procedimento de reutilização das embalagens de produtos 
químicos. 
O local deve dispor, no mínimo, de: 
a) sinalização gráfica de fácil visualização para identificação do ambiente, respeitando 
o disposto na NR-26; 
b) equipamentos que garantam a concentração dos produtos químicos no ar abaixo 
dos limites de tolerância estabelecidos nas NR-09 e NR-15 e observando-se os níveis 
de ação previstos na NR-09; 
c) equipamentos que garantam a exaustão dos produtos químicos de forma a não 
potencializar a exposição de qualquer trabalhador, envolvido ou não, no processo de 
trabalho, não devendo ser utilizado o equipamento tipo coifa; 
d) chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e higienizados 
semanalmente; 
e) equipamentos de proteção individual, adequados aos riscos, à disposição dos 
trabalhadores; 
f) sistema adequado de descarte. 
Os cilindros contendo gases inflamáveis, tais como hidrogênio e 
acetileno, devem ser armazenados a uma distância mínima de 8 metros daqueles 
contendo gases oxidantes, tais como oxigênio e óxido nitroso, ou através de barreiras 
vedadas e resistentes ao fogo. 
Para efeito desta NR, consideram-se medicamentos e drogas de risco aquelas 
que possam causar genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade 
séria e seletiva sobre órgãos e sistemas. 
Toda trabalhadora gestante só será liberada para o trabalho em áreas com 
possibilidade de exposição a gases ou vapores anestésicos após autorização por 
escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as informações contidas 
no PPRA. 
Toda trabalhadora com gravidez confirmada deve ser afastada das atividades 
com radiações ionizantes, devendo ser remanejada para atividade compatível com 
seu nível de formação. 
Os trabalhadores envolvidos na manipulação de materiais radioativos e 
marcação de fármacos devem usar os equipamentos de proteção recomendados no 
PPRA e PPR. 
https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-09/
https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-15/
Enfermagem do Trabalho 
 
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Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante, o limite 
máximo de enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo do bocal. 
Os recipientes de transporte com mais de 400 litros de capacidade devem 
possuir válvula de dreno no fundo. 
Em todos os serviços de saúde deve existir local apropriado para 
o armazenamento externo dos resíduos, até que sejam recolhidos pelo sistema de 
coleta externa. 
 
Locais Para Refeição 
 
 
 
Os 
estabelecimentos com até 300 trabalhadores devem ser dotados de locais para 
refeição, que atendam aos seguintes requisitos mínimos: 
a) localização fora da área do posto de trabalho; 
b) piso lavável; 
c) limpeza, arejamento e boa iluminação; 
d) mesas e assentos dimensionados de acordo com o número de trabalhadores por 
intervalo de descanso e refeição; 
e) lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local; 
f) fornecimento de água potável; 
g) possuir equipamento apropriado e seguro

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