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Enfermagem do Trabalho 2 www.eduhot.com.br SUMÁRIO HISTÓRIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO ....................................................... 3 NO BRASIL ............................................................................................................ 3 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ..................................................................................... 4 ASPECTOS POLÍTICOS............................................................................................ 7 LEGISLAÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DO TRABALHADOR ......................................... 9 ASPECTOS LEGAIS ............................................................................................ 11 NR 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................... 12 NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) ............................................................ 15 NR 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ....................... 22 NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI ................................ 23 QUAIS EQUIPAMENTOS? ................................................................................... 24 TIPOS DE EPI ...................................................................................................... 24 MANUTENÇÃO E TROCA.................................................................................... 25 NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL ...... 26 EXAMES MÉDICOS .......................................................................................... 26 ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO .............................................. 27 EXAMES ADMISSIONAIS E DEMISSIONAL ........................................................... 28 NR 8 - EDIFICAÇÕES .......................................................................................... 30 NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ...................... 32 NR 17 – ERGONOMIA ......................................................................................... 34 NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE... 37 DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO ....................................................................... 39 PERFUROCORTANTES ................................................................................... 40 DA VACINAÇÃO DOS TRABALHADORES ....................................................... 41 DOS RISCOS QUÍMICOS ................................................................................. 41 LOCAIS PARA REFEIÇÃO ............................................................................... 43 DA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO ..................................................................... 43 AGENTES BIOLÓGICOS .................................................................................. 44 MATERIAIS PERFUROCORTANTES ............................................................... 45 RISCOS AMBIENTAIS / OCUPACIONAIS ............................................................... 45 MAPA DE RISCOS .................................................................................................. 49 Enfermagem do Trabalho 3 www.eduhot.com.br NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DOS ACIDENTES E DOENÇAS RELACIONADOS AO TRABALHO ....................................................................................................... 53 ACIDENTES (TÍPICO/TRAJETO) E DOENÇAS DE TRABALHO............................. 58 ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO .............................................................. 59 FLUXO DO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO PARA SERVIDORES DA SMS ......................................................................................................................... 59 ERGONOMIA ........................................................................................................... 66 A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR ........ 68 ERGONOMIA X SOLUÇÕES CRIATIVAS ............................................................... 68 ORIENTAÇÃO ERGONÔMICA NA POSIÇÃO SENTADA: ................................... 71 ATENDIMENTO AS DOENÇAS OCUPACIONAIS ................................................... 72 TOXICOLOGIA OCUPACIONAL.............................................................................. 79 SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO ............................................................. 84 PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL ................................................................. 91 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 99 Enfermagem do Trabalho 3 www.eduhot.com.br HISTÓRIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO A enfermagem do trabalho surge quando as primeiras leis de acidente do trabalho se originaram na Alemanha, em 1884, estendendo-se logo a vários países da Europa, até chegar ao Brasil por meio do Decreto legislativo nº.3.724 de 15 de janeiro de 1919, a fim de dar parâmetros legais para os trabalhadores que estão expostos aos riscos do dia a dia. O cuidado de enfermagem profissionalizado veio à tona para ser dirigido aos trabalhadores desde uma simples palestra de educação em saúde, primeiros socorros, e até a reduzir o consumo de mão de obra desampara por aspectos ético- legais, fazendo com que surja a enfermagem do trabalho. A enfermagem do trabalho é um ramo da enfermagem de saúde pública e, como tal utiliza os mesmos métodos e técnicas empregadas na saúde pública visando à promoção da saúde do trabalhador; proteção contra os riscos decorrentes de suas atividades labora; proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos e psicossociais; manutenção de sua saúde no mais alto grau de bem-estar físico e mental e recuperações de lesões, doenças ocupacionais ou não-ocupacionais e sua reabilitação para o trabalho. No Brasil No Brasil a primeira escola de enfermagem foi criada e 1890 no hospício de Pedro 2º, atualmente o UNI-RIO. O exercício de enfermagem no Brasil foi regulamentado em 1931. Em 1955 foi aprovada a Lei do exercício Profissional de Enfermagem no Brasil. Em 1959 aconteceu uma Conferência Internacional do Trabalho e, nesta, houve a recomendação de número 112 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que conceituou a Medicina do Trabalho, mas limitando-se a intervenção médica. Enfermagem do Trabalho 4 www.eduhot.com.br Em 1963 foi incluído nos cursos médicos o ensino de medicina do trabalho. Com a OIT as normas sobre a proteção a saúde e integridade física do trabalhador ganharam forças, contribuindo bastante na prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Logo em seguida, em 1964, (UERJ) incluiu a disciplina de saúde ocupacional no curso de graduação. O auxiliar de enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de saúde ocupacional em 1972 pela portaria n.º 3.237 do ministério do Trabalho. Empresas com mais de 100 empregados, centralizada ou não num mesmo local, a existência de um Serviço de Saúde Ocupacional, composto, pelos seguintes profissionais; Médico do Trabalho; Engenheiro de Segurança; Técnicos em Segurança; Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. A enfermagem do trabalho tem, nesta área, um vasto campo para desempenhar suas funções, quer na prestação de assistência de enfermagem trabalhadores da empresa e aos seus dependentes, quer assumindo funções administrativas, educativas, de integração e de pesquisa. Em 1973 criou-se o COFEN e COREN. A inclusão do enfermeiro do trabalho na equipe de saúde ocupacional aconteceu por meio da portaria n.º 3 460 do ministério do trabalho, em 1975. Neste mesmo ano criou-se no Rio Grande do Sul o primeiro sindicato de enfermagem. A história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante recente. Inicialmentea assistência de enfermagem do trabalho era vista mais como atendimento emergencial na empresa, o que não valoriza muito. Contudo, o espaço para o desempenho profissional, principalmente do enfermeiro do trabalho está se ampliando a cada dia, seja na assistência direta aos trabalhadores e familiares ou no desempenho de funções administrativa, educacionais, de integração ou de pesquisa. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES A Saúde do Trabalhador se destaca por ser uma área em construção na Saúde Pública. Sendo assim, estabelece-se como um campo que estuda e intervêm nas Enfermagem do Trabalho 5 www.eduhot.com.br relações entre saúde-trabalho-doença na sua complexidade, por meio de atuação interdisciplinar, intersetorial e multiprofissional. Tem como objetivos a promoção e a proteção da saúde através da realização de ações de vigilância, assim como, visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. Considerando as particularidades da saúde do trabalhador e os marcos orientadores do SUS, os princípios e diretrizes propostas são: Universalidade; Integralidade; Participação social; Equidade; Ética; Humanização do trabalho; Direito à informação; Articulação intra e intersetorial. Universalidade: contemplar todos os trabalhadores da SMS, independentemente de sua forma de contratação respeitando as especificidades de cada vínculo; Integralidade da atenção: articular ações individuais e coletivas de promoção e proteção da saúde, prevenção de riscos e agravos relacionados ao trabalho, com recuperação e atenção à saúde dos trabalhadores na rede do SUS; Participação social: instituição e manutenção de instâncias legítimas e representativas do conjunto de trabalhadores, compreendendo sua participação na identificação das demandas, no planejamento, na execução, acompanhamento e avaliação das ações relacionadas à saúde do trabalhador; Equidade: reconhecer o direito de cada trabalhador da SMS em suas especificidades e necessidades, levando-se em consideração o senso de justiça social; Ética: na atenção à saúde do trabalhador, respeitando o sigilo das informações relativas ao estado de saúde e a sua individualidade, bem como em relação a seus Enfermagem do Trabalho 6 www.eduhot.com.br resultados, entendendo que o objetivo e justificativa da intervenção é a melhoria das condições de trabalho e saúde; Humanização do trabalho: pressupõe construir um novo tipo de interação entre os atores envolvidos na produção de saúde, favorecendo a autonomia dos sujeitos, a gestão participativa, a reflexão-ação dos trabalhadores sobre seus processos de trabalho, a construção de laços solidários, sentimentos de pertença e consolidação de cultura de equipe, bem como a valorização do trabalho e do trabalhador; Direito à informação: acesso a informações sobre os riscos nos ambientes e processos de trabalho, suas consequências na saúde e os resultados das intervenções; Articulação intra e intersetorial: compreende a interação com outras áreas, setores e atores sociais para articulação, formulação, implementação e acompanhamento das ações que tem impacto sobre os determinantes da saúde dos trabalhadores. No Brasil, o sistema público de saúde vem atendendo os trabalhadores ao longo de toda sua existência. Porém, uma prática diferenciada do setor, que considere os impactos do trabalho sobre o processo saúde/doença, surgiu apenas no decorrer dos anos 80, passando a ser ação do Sistema Único de Saúde quando a Constituição Brasileira de 1988, na seção que regula o Direito à Saúde, a incluiu no seu artigo 200. “Artigo 200 – Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: (...) II- executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; (...). A Lei Orgânica da Saúde – LOS (Lei n.º 8.080/90), que regulamentou o SUS e suas competências no campo da Saúde do Trabalhador, considerou o trabalho como importante fator determinante/condicionante da saúde. O artigo 6º da LOS determina que a realização das ações de saúde do trabalhador siga os princípios gerais do SUS e recomenda, especificamente: Enfermagem do Trabalho 7 www.eduhot.com.br a assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de doença profissional ou do trabalho; a realização de estudos, pesquisa, avaliação e controle dos riscos e agravos existentes no processo de trabalho; a informação ao trabalhador, sindicatos e empresas sobre riscos de acidentes bem como resultados de fiscalizações, avaliações ambientais, exames admissionais, periódicos e demissionais, respeitada a ética. Nesse mesmo artigo, a Saúde do Trabalhador encontra-se definida como: “Um conjunto de atividades que se destina, através de ações de vigilância epidemiológica e sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.” No seu conjunto (serviços básicos, rede de referência secundária, terciária e os serviços contratados/conveniados), a rede assistencial, se organizada para a Saúde do Trabalhador, a exemplo do que já acontece com outras modalidades assistenciais como a Saúde da Criança, da Mulher, etc., por meio da capacitação de recursos humanos e da definição das atribuições das diversas instâncias prestadoras de serviços, poderá reverter sua histórica omissão neste campo. Os últimos anos foram férteis na produção de experiências – centros de referências, programas municipais, programas em hospitais universitários e ações sindicais – em diversos pontos do país, e em encontros de profissionais/trabalhadores ou técnicos para a produção das normas necessárias à operacionalização das ações de saúde do trabalhador pela rede de serviços em ambulatórios e/ou vigilância. ASPECTOS POLÍTICOS O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença. Nesta acepção, considera a saúde e a doença como processos dinâmicos, estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento produtivo da humanidade em Enfermagem do Trabalho 8 www.eduhot.com.br determinado momento histórico. Parte do princípio de que a forma de inserção dos homens e mulheres nos espaços de trabalho contribui decisivamente para formas específicas de adoecer e morrer. O fundamento de suas ações é a articulação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. Em relação aos trabalhadores, há que se considerar os diversos riscos ambientais e organizacionais aos quais estão expostos, em função de sua inserção nos processos de trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador devem ser incluídas formalmente na agenda da rede de atenção municipal à saúde. Dessa forma, amplia-se a assistência já ofertada aos trabalhadores, na medida em que passa a olhá-los como sujeitos a um adoecimento específico que exige estratégias, também específicas, de promoção, proteção e recuperação da saúde. A incorporação das boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho contribui para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes e doenças e diminuindo, consideravelmente, os custos e prejuízos aos trabalhadores e instituição. A análise preliminar das condições de trabalho permite a elaboração de estratégias que vão subsidiar as etapas de implantação do programa de gestão de saúde e segurança no trabalho, e é estabelecida com algumas indagações bem simples: 1. O trabalhador está exposto a riscos no ambiente de trabalho? 2. A quais tipos de riscos o trabalhador está exposto? 3. Qual o tempo e a frequência do contatocom esses riscos? Um modelo de segurança e saúde do trabalho deve contemplar uma metodologia voltada para a antecipação e a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho que alia a simplicidade da intervenção, e a profundidade das ações técnicas necessárias para sua efetividade, eficiência e eficácia: Redução dos riscos de acidentes de trabalho; Promoção em saúde do trabalhador; Prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão, etc); Participação dos trabalhadores na construção de políticas internas em Saúde do Trabalhador. Vantagens: Enfermagem do Trabalho 9 www.eduhot.com.br Previne e reduz os acidentes e doenças; Protege a integridade física e mental dos trabalhadores; Educa para adoção de práticas preventivas; Evita gastos e prejuízos (trabalhadores e instituição); Diminui o absenteísmo; Melhora, continuamente, os ambientes de trabalho; Potencializa as relações interpessoais; Otimiza o clima organizacional; Atende aos requisitos da legislação; Aumenta a produtividade. LEGISLAÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DO TRABALHADOR Constituição da República Federativa do Brasil Art. 200 - Ao Sistema Único de Saúde, compete, além de outras atribuições, nos termos da lei... II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; ... VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. No seu artigo 6º, parágrafo 3º, regulamenta os dispositivos constitucionais sobre Saúde do Trabalhador. Portaria Nº 1.271, DE 6 de junho de 2014 Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Portaria Nº 1.984, DE 12 de setembro de 2014 Enfermagem do Trabalho 10 www.eduhot.com.br Define a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória, na forma do Anexo, a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes. Portaria Nº 1.206, de 24 de outubro de 2013 Altera o cadastramento dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013 - Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012 Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Portaria nº 3.120, de 1º de julho de 1998 Aprovar a Instrução Normativa de Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS, na forma do Anexo a esta Portaria, com a finalidade de definir procedimentos básicos para o desenvolvimento das ações correspondentes. Portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999 Institui a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, a ser adotada como referência dos agravos originados no processo de trabalho no Sistema Único de Saúde, para uso clínico e epidemiológico, constante no Anexo I desta Portaria. Portaria nº 1.679/GM de 19 de setembro de 2002 Dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador no SUS e dá outras providências. Portaria nº 2.728/GM de 11 de novembro de 2009 Enfermagem do Trabalho 11 www.eduhot.com.br Dispõe sobre a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) e dá outras providências. Lei nº 8.142 de 28 de dezembro de 1990 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Lei nº 6.437 de 20 de agosto de 1977 Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências. Decreto nº 680, de 23 de novembro de 1998 Institui o Código de Saúde do estado do Tocantins. Encaminhado para aprovação de revisão pelo Gabinete da Casa Civil desde 2012. Portaria Nº 248/ 2016. Dispõe sobre a designação dos servidores da Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, para desenvolverem ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador e Ambiental. Aspectos Legais A legislação brasileira que rege a área de Saúde e Segurança no Trabalho é regulamentada através da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, que aprova as Normas Regulamentadoras - NR, do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, porém esta portaria é aplicada aos trabalhadores que têm contrato de trabalho em regime da CLT. As normas regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm Enfermagem do Trabalho 12 www.eduhot.com.br empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. As primeiras normas regulamentadoras foram publicadas pela Portaria MTb nº 3.214, de 8 de junho de 1978. As demais normas foram criadas ao longo do tempo, visando assegurar a prevenção da segurança e saúde de trabalhadores em serviços laborais e segmentos econômicos específicos. A elaboração e a revisão das normas regulamentadoras são realizadas, atualmente, pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, adotando o sistema tripartite paritário, preconizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), por meio de grupos e comissões compostas por representantes do governo, de empregadores e de trabalhadores. Nesse contexto, a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) é a instância de discussão para construção e atualização das normas regulamentadoras, com vistas a melhorar as condições e o meio ambiente do trabalho. As principais NRs que devem ser observadas são: NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS; NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO; NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES; NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI; NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL; NR-8 - EDIFICAÇÕES; NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS; NR-17 – ERGONOMIA; NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE. NR 1 – Disposições Gerais https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_legislacao/SST_portarias_1978/Portaria_3.214_aprova_as_NRs.pdf https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_legislacao/SST_portarias_1978/Portaria_3.214_aprova_as_NRs.pdf https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-1?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-4?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-4?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-5?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-6?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-7?view=defaulthttps://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-8?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-9?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-32?view=default Enfermagem do Trabalho 13 www.eduhot.com.br A NR 1 determina que as normas regulamentadoras, relativas à segurança e medicina do trabalho, torna-se obrigatória para todas as empresas privadas e públicas, além dos órgãos públicos da administração direta e indireta, desde que possuam empregados regidos de acordo com a CLT. O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras – NR relativas a segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho – SST Este processo é muito importante e todas as disposições que estão inseridas dentro da NR 1 são aplicadas de acordo com o possível, aos trabalhadores avulsos (São aqueles que prestam serviços com a intermediação da entidade de classe, que tem o seu pagamento feito sob a forma de rateio), às entidades ou empresas que lhe tomem o serviço e aos sindicatos que representam tais categorias profissionais. Funções da empresa e empregador referente NR1 – Segurança e Medicina do Trabalho Mediante a NR 1 o empregador tem como função: a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; b) Informar aos trabalhadores: o I. os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho; o II. as medidas de prevenção adotadas pela empresa para eliminar ou reduzir taisriscos; o III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; e o IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. Enfermagem do Trabalho 14 www.eduhot.com.br c) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos trabalhadores; d) Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; e) Determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas; f) Disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à segurança e saúde no trabalho; g) Implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: I. eliminação dos fatores de risco; II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva; III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; e IV. adoção de medidas de proteção individual. Já ao empregado cabe: a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; b) Submeter-se aos exames médicos previstos nas NR; c) Colaborar com a organização na aplicação das NR; e d) Usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador. É considerado ato faltoso a recusa injustificada do empregado caso as normas citadas não sejam cumpridas e acarretará ao empregador a aplicação das devidas penalidades pela legislação pertinente. Todas as empresas têm a obrigação do cumprimento das normas, com relação à matéria, que sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios. Outra finalidade da NR 1 é determinar que a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) é órgão que tem como objetivo coordenar, orientar, controlar e supervisionar atividades relacionadas à segurança e medicina do trabalho. https://alusolda.com.br/saiba-sobre-a-importancia-no-uso-dos-epis-na-nr6/ Enfermagem do Trabalho 15 www.eduhot.com.br Um setor importante é a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), é responsável por executar as atividades relacionadas à segurança e medicina do trabalho: • Incluindo a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho (CANPAT); • Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT); • Fiscalizar o cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre a segurança e medicina do trabalho; • Outras competências previstas na NR 1, por este órgão. Outras aplicações e observações da NR1 Quando uma ou mais empresas estiverem sob direção, controle ou administração de outra, serão responsáveis à empresa principal e cada uma das subordinadas. Outra aplicação da NR é referente à obra de engenharia, que será considerada como um estabelecimento, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, a menos que se disponha de forma diferente em NR específica. Não cumprindo a regra o empregador terá que aplicar as penalidades previstas na legislação. NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) A Norma Regulamentadora número 4, ou simplesmente NR 4, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) estabelece critérios para organização dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). A exigência dos SESMT, por sua vez, está na CLT. Assim, a NR 4 tem a finalidade de reduzir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, exigindo que os SESMT sejam compostos pelos seguintes profissionais: • Médico do trabalho • Engenheiro de segurança do trabalho • Enfermeiro do trabalho https://www.sienge.com.br/blog/saiba-como-manter-a-obra-em-conformidade-com-a-nr4/ Enfermagem do Trabalho 16 www.eduhot.com.br • Técnico de segurança do trabalho • Auxiliar de enfermagem do trabalho. A quantidade de profissionais exigida pela NR 4 para fazer parte dos SESMT muda de acordo com o número de trabalhadores da empresa e o risco da atividade. A NR 4 diz que o trabalho do SESMT é preventivo e de competência dos profissionais exigidos. Estes profissionais devem garantir a aplicação de conhecimentos técnicos de engenharia de segurança e de medicina ocupacional no ambiente de trabalho para reduzir ou eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores. Faz parte das atividades dos SESMT, definidas pela NR 4, a análise de riscos e a orientação dos trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual, assim como o registro adequado de eventuais acidentes de trabalho. Para empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, a NR 4 determina que o SESMT seja configurado de acordo com as características do estabelecimento onde ocorre a prestação de serviços, ou seja, no local onde efetivamente os seus empregados estiverem exercendo suas atividades. SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho O SESMT tem como principal função proteger a integridade física dos trabalhadores. E assim evitar acidentes de trabalho por meio de alertas e instruções para os funcionários sobre o aparecimento de novas doenças ocupacionais e riscos relacionados à sua atividade de trabalho. A atuação do SESMT na prevenção de acidentes pode ser feita através de palestras em que sejam abordadas todas as maneiras de evitar desde pequenos acidentes até aqueles de grandes proporções. Além disso, é o SESMT que presta assistência aos trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho ou com sintomas das doenças do trabalho. Entretanto, a criação do SESMT deve ser resultado de uma política de prevenção a acidentes que faça parte da cultura da empresa e não visar apenas ao atendimento da legislação, sem efeitos práticos. Enfermagem do Trabalho 17 www.eduhot.com.br Atribuições do SESMT de acordo com a NR 4 Conforme a NR 4, dentre as atribuições do SESMT, destacam-se: • Aplicar os conhecimentosde Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho ao ambiente do Trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; • Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto por meio de campanhas quanto de programas de duração permanente; • Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção. Os SESMT devem ser dimensionados de acordo com o risco da atividade principal da empresa, bem como do número total de colaboradores que ela possui. Classificação Nacional de Atividades Econômicas Confira como a NR 4 classifica o grau risco para cada uma das atividades realizadas em um canteiro de obras. Essa tabela organiza as atividades de acordo com os respectivos CNAEs (Códigos Nacionais de Atividade Econômica). Há um CNAE geral para a construção, que é o 45. Em seguida, há CNAEs para os grupos de concentração de atividades, como por exemplo Preparação de terreno, que é 45.1. Daí, para classificar corretamente o risco de cada atividade realizada no canteiro é preciso verificar o CNAE específico, que é indicado da seguinte maneira: 45.11-0 – Demolição e preparação do terreno. Enfermagem do Trabalho 18 www.eduhot.com.br Quadro I – Classificação Nacional de Atividades Econômicas Enfermagem do Trabalho 19 www.eduhot.com.br Dimensionamento do SESMT Dimensionar o SESMT de uma empresa significa definir quais profissionais das 5 categorias abaixo elencadas e em que quantidades comporão o grupo especializado em segurança do trabalho, responsável por promover a segurança e a saúde dos trabalhadores da empresa. • Técnico de Segurança do Trabalho • Engenheiro de Segurança do Trabalho • Auxiliar de Enfermagem do Trabalho • Enfermagem do Trabalho • Médico do trabalho Este dimensionamento do SESMT deve ser feito em apenas 05 passos: Passo 1 - Identificar quantos e quais estabelecimentos há em sua empresa O dimensionamento do SESMT deve ser feito por estabelecimento de trabalho e a norma regulamentadora n°1 (NR-1), em seu item 1.6.d, define “estabelecimento” da seguinte maneira: 1.6 - Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, considera-se: d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório. Desta forma, é necessário que você identifique todos os estabelecimentos onde haja atividades em sua empresa. Passo 2 - Calcular quantos funcionários trabalham em cada estabelecimento, identificados os estabelecimentos, o próximo passo é calcular quantos funcionários trabalham em cada estabelecimento. Enfermagem do Trabalho 20 www.eduhot.com.br Passo 3 - Identificar qual a atividade principal desempenhada naquele estabelecimento. É muito comum que em um mesmo estabelecimento existam atividades diversas. É necessário que se defina qual a atividade principal do estabelecimento. Passo 4 - Deve-se identificar o Grau de Risco da atividade principal do estabelecimento Para identificar o Grau de Risco da atividade principal do estabelecimento deve-se verificar a Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e seu respectivo Grau de Risco. A relação está dividida em 20 grupos de diversas atividades econômicas, a saber: • Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura; • Indústrias Extrativas; • Indústrias de Transformação • Eletricidade e Gás • Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação • Construção • Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas • Transporte, Armazenagem e Correio • Alojamento e Alimentação • Informação e Comunicação • Atividades Financeiras. de Seguros e Serviços Relacionados; • Atividades Imobiliárias • Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas • Atividades Administrativas e Serviços Complementares; • Administração Pública. Defesa e Serviço Social • Educação • Saúde Humana e Serviços Sociais • Artes, Cultura, Esportes e Recreação • Outras Atividades de Serviços • Serviços Domésticos Enfermagem do Trabalho 21 www.eduhot.com.br • Organismos Internacionais e outras Instituições Extraterritoriais Você deve reconhecer o grupo no qual a atividade principal de seu estabelecimento melhor se encaixa, e buscá-la dentre as atividades elencadas. Na mesma tabela, você terá a indicação do Grau de Risco da atividade, o qual poderá variar entre valores de 1 a 4. O valor 4 indica o maior Grau de Risco. Passo 5 - Dimensionamento do SESMT Com os dados de Grau de Risco e número de funcionários no estabelecimento, você é capaz de fazer o dimensionamento do SESMT consultando o Quadro II da NR-4. Quadro II - SESMT - Dimensionamento de SESMT Diante do passo a passo apresentado acima, você deve ter percebido que, quando se dimensiona o SESMT, não se faz para empresa toda, e sim, para seus estabelecimentos. Desta forma, é importantíssimo que você conheça quais os Enfermagem do Trabalho 22 www.eduhot.com.br estabelecimentos que compõem sua empresa, quais as atividades neles desempenhadas e quantos funcionários trabalham em cada um deles. A partir destas informações você será capaz de dimensionar corretamente o SESMT. NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Em toda empresa que houver mais de 100 funcionários, é obrigatória a criação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, ou simplesmente CIPA. A presença desta comissão é obrigatória nas empresas brasileiras deste tipo desde 1944, mas sua denominação e conceito surgiram em 1921 como uma opção para que as empresas tivessem pessoas dentro dela engajadas em desenvolver táticas para evitar acidentes internos na operação. As CIPAs devem ser formadas e mantidas de acordo com o artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Norma Regulamentadora 5, aprovada pela Portaria nº 08/99. Art. 163 ”Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do TrabaIho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.” É a CIPA quem organiza a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) dentro das empresas. A SIPAT é uma semana separada pela empresa em que a CIPA desenvolve atividades diferentes para que os funcionários possam aprender mais sobre a prevenção de acidentes dentro da empresa. Aliás, este é o foco principal da CIPA, que deve buscar o máximo de excelência naquilo que é sua atribuição. https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-5?view=default http://www.saudeevida.com.br/saiba-mais-sobre-atribuicoes-da-cipa/ http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D311909DC0131678641482340/nr_05.pdf Enfermagem do Trabalho 23 www.eduhot.com.br A CIPA age por meio de palestras, fiscalizações e incentivo à utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) pelos funcionários. Isso porque a CIPA também é responsável por criar mecanismos que evitem a aparição de doenças provenientes do trabalho entre os funcionários. Por ser uma comissão com o objetivo de fiscalizar as operações a fim de encontrar problemas para a segurança dos funcionários e da empresa, a CIPA é comumente ligada a algo negativo pelos próprios funcionários. É fato que muitas pessoas não gostam de seguir regras de segurança, mas a CIPA age para o próprio bem dos funcionários. Para isso, conta com uma equipe com diversos membros escolhidos tanto pela empresa, quanto pelos funcionários. Tudo para que os dois lados da relação sejam representadose ouvidos. Desta forma, a sinergia permite que ações sejam tomadas de acordo com a vontade de todos e a empresa siga as normas de segurança ditadas pelo Ministério do Trabalho e pela CLT. É importante frisar que a CIPA deve estar presente em qualquer instituição, seja ela filantrópica, com fins lucrativos ou não, enfim, em qualquer instituição que houver mais de 100 pessoas trabalhando, é necessário ter uma CIPA formada. A segurança no trabalho é importante para manter a saúde de todos os envolvidos na operação e é dever da CIPA, atuar como agente de fiscalização e como desenvolvedora de métodos para evitar os acidentes. NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI A NR-06 ou norma regulamentadora 6 é uma norma criada para regulamentar o uso de Equipamentos de Proteção Individuais os famosos EPI de modo que todas as empresas sejam obrigadas a adotar as mesmas medidas de proteção do funcionário em cenários semelhantes, isso significa que todas às pessoas exercendo as mesmas funções devem ter um mesmo equipamento de proteção padronizado que leve em consideração às normas legais exigidas para essa função em específico. http://www.saudeevida.com.br/importancia-do-uso-de-epi/ http://www.saudeevida.com.br/cipa/ https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-6?view=default https://sistemaeso.com.br/blog/seguranca-no-trabalho/o-que-e-um-epi-equipamento-de-protecao-individual Enfermagem do Trabalho 24 www.eduhot.com.br Quais Equipamentos? Cada função vai exigir equipamentos específicos apropriados para sua execução, é verdade, no entanto que diferentes funções podem acabar demandando o uso de equipamentos similares, entre os EPI mais comuns temos o capacete que é utilizado praticamente em qualquer ambiente de produção ou obras de construção. É obrigação da empresa fornece os equipamentos de proteção de forma gratuita para todos os funcionários, além disso é esperado que cada equipamento passe por uma inspeção de segurança de modo a garantir a qualidade do mesmo, em caso do não fornecimento deste equipamento ou de fornecimento de um equipamento defeituoso a empresa estará sujeita a repercussões legais que podem incluir multa ou dependendo do caso até mesmo a paralisação do funcionamento da empresa. Por sua vez o funcionário é responsável pelo uso em tempo integral dos EPI enquanto em exercício da função cabendo à empresa uma fiscalização constante para evitar que acidentes ou lesões possam acontecer pela falta do uso deste equipamento por parte do funcionário. Tipos de EPI Existem diferentes tipos de EPI com funções de proteção específicas a serem aplicadas em determinados tipos de trabalho que podem ou não se complementar, em alguns casos equipamentos específicos da profissão são necessários enquanto que em outros casos o uso de EPI se limita aos mais comuns como o capacete ou o Cinto de Segurança, de maneira geral os equipamentos de proteção podem ser divididos em categorias de acordo com aquilo que eles se propõem a evitar. Danos físicos - os equipamentos que protegem contra danos causados por ferimentos físicos são aqueles que protegem o funcionário de sofrer um ferimento ou trauma em decorrência da ação de algo no ambiente ou do ambiente em si, como é o exemplo dos capacetes que protegem a região da cabeça contra impactos em várias profissões ou cintos de segurança em profissões como às de um pintor de altitude como os que trabalham diariamente em monumentos, nesse caso o cinto é para Enfermagem do Trabalho 25 www.eduhot.com.br proteger o funcionário de um dano físico que pode vir a ser causado pelo simples fato de estar naquele ambiente de risco. Químicos e biológicos - os equipamentos utilizados nessa categoria são aqueles em que o funcionário precisa para o exercício da função se expor a um ambiente em que existe a presença de um componente biológico como um vírus ou risco químico como um veneno, esses equipamentos estão normalmente ligados a funções onde o manuseio do risco seja um objetivo direto do trabalho, como no caso de um pesquisador de energia nuclear através dos trajes protegidos ou um médico com suas luvas e filtros do ar. Longo prazo - existem ainda os equipamentos que servem para amenizar os danos causados por uma exposição contínua a um ambiente em que seja inevitável os danos a longo prazo, nesse caso o equipamento serve para fornecer ao funcionário um ambiente menos nocivo e melhor a qualidade de vida a longo prazo, um exemplo bastante prático são os funcionários de aeroporto que precisam lidar com a manutenção de aviões e usam potentes protetores de ouvido para diminuir os danos auditivos. Manutenção e Troca Cada equipamento de proteção individual têm uma regra diferente referente a sua manutenção e/ou troca obrigatória, essa medida vai depender do uso do equipamento e também da função exercida pelo funcionário, no caso dos capacetes sua utilização é bastante duradoura uma vez que em teoria ele envelhece bem devagar se você não sofrer batidas na cabeça, por outro lado equipamentos mais sensíveis como as luvas de um médico podem chegar a ser classificados como descartáveis podendo ser utilizados apenas uma vez devido ao risco de contágio, assim é importante que tanto a empresa quanto o funcionário tenha um controle preciso sobre a validade de cada equipamento para evitar falhas no momento de realizar manutenção ou troca do equipamento. https://sistemaeso.com.br/blog/seguranca-no-trabalho/o-que-sao-riscos-quimicos Enfermagem do Trabalho 26 www.eduhot.com.br NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional A NR7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. É um programa que em conjunto com os demais somará forças em prol da saúde dos trabalhadores. Tem caráter de prevenção, mapeamento precoce e diagnóstico dos agravos a saúde dos trabalhadores, além da constatação dos casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis causados por riscos do trabalho ou quaisquer situações ligadas ao ambiente de trabalho. O PCMSO também serve para que a empresa acompanhe através de exames, as ações de segurança têm sido eficientes ou não. PCMSO é obrigatório para toda e qualquer organização, independentemente do número de funcionários e do grau de risco do seu setor econômico. O programa tem caráter preventivo e deve ser implementado pelos empregadores sem nenhum ônus para os trabalhadores. Ele precisa conter um planejamento onde estejam previstas as ações de saúde a serem executadas na organização durante o ano todo, devendo constar num relatório anual. Esse relatório vai discriminar o número e a natureza dos exames médicos a serem realizados pelos funcionários, bem como avaliações clínicas e exames complementares solicitados. Também deve apontar os resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano. Exames Médicos O PCMSO prevê a realização obrigatória de exames médicos, que são os seguintes: https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-7?view=default https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-7?view=default http://engemed.med.br/laudos/nr7-programas-de-controle-medico-de-saude-ocupacional-pcmso/ http://engemed.med.br/laudos/nr7-programas-de-controle-medico-de-saude-ocupacional-pcmso/ Enfermagem do Trabalho 27 www.eduhot.com.br • Exame de admissão: ao ingressar na empresa, antes da contratação se efetivar, o trabalhador deve fazer um exame de avaliação do seu estado de saúde e da sua condição para exercer a função para a qual está sendo admitido. • Exame periódico: será feita umarevisão do exame com a periodicidade definida no PCMSO, com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados: – Anual, para trabalhadores expostos a riscos que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional e para os portadores de doenças crônicas. – Para os demais trabalhadores: anual, quando forem menores de 18 e maiores de 45 anos de idade; a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade. • Exame de retorno ao trabalho: quando o funcionário se manteve afastado por mais de 30 dias, devido a doença ou acidente ou em razão de parto, deverá ser realizado novo exame, logo no primeiro dia de trabalho, que avalie suas condições para retomada normal de suas atividades funcionais. • Exame de mudança de função: se o trabalhador for transferido de setor, assumindo uma função diferente, deverá fazer novo exame antes da mudança se efetivar. Principalmente, quando houver riscos à saúde diferentes do setor onde trabalhava inicialmente. • Exame para demissão: será feito antes do desligamento do funcionário, para homologação da demissão. O exame, deve atestar que está saindo em boas condições de saúde, apto a buscar um novo trabalho, se assim quiser. Atestado de Saúde Ocupacional – ASO Após os exames, o médico deve emitir Atestado de Saúde Ocupacional – ASO, em duas vias. A primeira via do ASO fica arquivada no local de trabalho do funcionário, inclusive canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. A segunda via do ASO é entregue ao trabalhador, com seus dados pessoais, riscos ocupacionais, se existirem, e os procedimentos médicos realizados, incluindo os exames. https://www.sienge.com.br/ebooks/ebook-contratacao-na-contrucacao-civil/ https://www.sienge.com.br/ebooks/controle-de-qualidade-e-sua-contribuicao-para-sustentabilidade-na-construcao-civil/ Enfermagem do Trabalho 28 www.eduhot.com.br Por fim, deve constar a definição de apto ou inapto para a função específica do trabalhador na empresa, isto é, se está em condições de trabalhar ou não. A NR 7 determina que estes documentos referentes aos trabalhadores sejam mantidos em arquivo por pelo menos 20 anos, contados a partir do desligamento do trabalhador dos quadros da empresa. EXAMES ADMISSIONAIS E DEMISSIONAL Os exames admissionais e demissional são exames que devem ser solicitados pela empresa para avaliar a condição geral de saúde e verificar se a pessoa está apta para realizar determinada função ou se adquiriu alguma condição devido ao trabalho. Esses exames são realizados por um médico especializado em medicina do trabalho. Esses exames são previstos por lei e os custos são de responsabilidade do empregador, bem como o agendamento dos exames. Caso não sejam realizados, a empresa fica sujeita ao pagamento de multa. Além dos exames admissionais e demissionais, devem ser realizados exames periódicos para que seja avaliada a condição de saúde da pessoa durante o período trabalhado, havendo a possibilidade de correção de situações que possam ter surgido nesse período. Os exames periódicos devem ser realizados durante o período de trabalho, quando há mudança de função e quando o funcionário retorna ao trabalho, devido a férias ou afastamento. Os exames admissionais e demissionais devem ser realizados antes da admissão e antes da efetivação da demissão para que tanto o empregado quanto o empregador estejam seguros. Exame Admissional O exame admissional deve ser solicitado pela empresa antes da contratação ou assinatura da carteira de trabalho e tem como objetivo verificar as condições gerais de saúde do trabalhados e verificar se está apto para realizar determinadas atividades. Assim, o médico deve realizar os seguintes procedimentos: Entrevista, em que é avaliado história familiar de doenças ocupacionais e condições que a pessoa já foi exposta em empregos anteriores; Medição da pressão arterial; Enfermagem do Trabalho 29 www.eduhot.com.br Verificação da frequência cardíaca; Avaliação da postura; Avaliação psicológica; Exames complementares, que variam de acordo com a atividade que será exercida, como por exemplo exames de visão, audição, força e condicionamento físico. É ilegal a realização de teste de HIV, esterilidade e de gravidez no exame admissional, assim como no exame demissional, pois a realização desses exames é considerada uma prática discriminatória e não deve ser utilizado como critério para admitir ou demitir uma pessoa. Após a realização desses exames, o médico emite um Atestado Médico de Capacidade Funcional, em que constam informações sobre o funcionário e o resultado dos exames, indicando se a pessoa está apta ou não para realizar as atividades relacionadas ao emprego. Esse atestado deve ser arquivado pela empresa junto com os outros documentos do funcionário. Exame Demissional O exame demissional deve ser realizado antes da demissão do funcionário com o objetivo de verificar se houve o surgimento de qualquer condição relacionada ao trabalho e, assim, determinar se a pessoa está apta para ser demitida. Os exames demissionais são os mesmos que os admissionais e, após a realização do exame, o médico emite o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), em que constam todos os dados do trabalhador, cargo ocupado na empresa e estado de saúde do trabalhador depois da realização das atividades na empresa. Assim é possível verificar se houve o desenvolvimento de alguma doença ou o comprometimento da audição, por exemplo, devido ao cargo ocupado. Caso seja verificado alguma condição relacionada ao trabalho, no ASO consta que a pessoa está inapta para demissão, devendo permanecer na empresa até que a condição seja solucionada e novo exame demissional seja realizado. O exame demissional deve ser realizado quando último exame médico periódico tiver sido realizado há mais de 90 ou 135 dias, dependendo do grau de risco da atividade exercida. Esse exame, no entanto, não é obrigatório em casos de demissão por justa causa, ficando a critério da empresa a realização ou não do exame. Enfermagem do Trabalho 30 www.eduhot.com.br NR 8 - Edificações A Norma Regulamentadora – NR 8 é composta por requisitos técnicos mínimos que devem ser rigidamente obedecidos para garantir a total segurança aos que trabalham em uma edificação. Quando o assunto é segurança do trabalho o momento da execução da obra é o que mais deve ser levado em consideração. É no canteiro o local onde há a maior quantidade de sujeira, máquinas armazenadas, materiais e diversos funcionários circulando no ambiente. É onde a atenção deve prevalecer para riscos e perigos. O objetivo de toda NR é sempre precaver os funcionários de qualquer risco iminente, garantindo a qualidade da segurança durante o desempenhar das atividades. Conheça a seguir os pontos principais da NR 8, como são dispostos na norma, e assegure a saúde e conforto dos trabalhadores em sua organização: 1 – Circulação • Chão de canteiro de obra: não deve apresentar saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. • Aberturas estruturais (chão e parede): devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos. • Pisos, Escadas e Rampas: devem oferecer resistência suficiente para suportar as cargas móveis e fixas, para as quais a edificação se destina. As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo com as normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes. • Andares acima do solo: devem dispor de proteção adequada contra quedas. De acordo com as normas técnicas e legislações municipais, atendidas as condições de segurança e conforto,conforme item 8.3 da norma. “ 8.3. Circulação. 8.3.1. Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. https://sit.trabalho.gov.br/portal/index.php/ctpp-nrs/nr-8?view=default https://www.sienge.com.br/blog/10-dicas-para-aumentar-a-eficiencia-no-canteiro-de-obras/ http://www.abnt.org.br/imprensa/releases/5698-normas-tecnicas-voce-sabe-o-que-e-e-para-que-servem Enfermagem do Trabalho 31 www.eduhot.com.br 8.3.2. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou objetos. 8.3.3. Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as cargas móveis e fixas, para as quais a edificação se destina. 8.3.4. As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo com as normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação. 8.3.5. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes. 8.3.6. Os andares acima do solo, tais como terraços, balcões, compartimentos para garagens e outros que não forem vedados por paredes externas, devem dispor de guarda-corpo de proteção contra quedas, de acordo com os seguintes requisitos: a) ter altura de 0,90m (noventa centímetros), no mínimo, a contar do nível do pavimento; b) quando for vazado, os vãos do guarda-corpo devem ter, pelo menos, uma das dimensões igual ou inferior a 0,12m (doze centímetros) c) ser de material rígido e capaz de resistir ao esforço horizontal de 80kgf/m2 (oitenta quilogramas-força por metro quadrado) aplicado no seu ponto mais desfavorável.” 2 – Proteção Contra Intempéries • Partes externas: A parte externa deve estar de acordo com as normas vigentes relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade. Durante o projeto da edificação evitar chuvas e insolação, deve ser prioridade durante o curso da obra, conforme o item 8.4. “ 8.4. Proteção contra intempéries. 8.4.1. As partes externas, bem como todas as que separem unidades autônomas de uma edificação, ainda que não acompanhem sua estrutura, devem, obrigatoriamente, observar as normas técnicas oficiais relativas à resistência ao fogo, isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade. (108.012-1 / I1) 8.4.2. Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que necessário, impermeabilizados e protegidos contra a umidade. (108.013-0 /I1) 8.4.3. As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar proteção contra as chuvas. (108.014-8 / I1) https://www.sienge.com.br/blog/ppci/ http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr8.htm Enfermagem do Trabalho 32 www.eduhot.com.br 8.4.4. As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo a evitar insolação excessiva ou falta de insolação.” É de extrema importância ficar atento às leis municipais que regem todas as etapas da obra, além disso, dar preferência a profissionais qualificados no time de operários. Tudo isso, para evitar acidentes, o que acontece muito por empresas não disponibilizarem de treinamentos nos locais de trabalho. NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais A Norma Regulamentadora 9, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) relaciona-se diretamente ao Programa de Prevenção de Riscos ambientais (PPRA). Visto que a NR-09 estabelece a obrigatoriedade do PPRA às empresas que exercem atividades consideradas de risco à saúde do trabalhador. Para que uma empresa se enquadre nas diretrizes da NR-09, ela deve antecipar, reconhecer e também adequar todos os riscos ambientais possíveis que houver no espaço de trabalho. A Norma Regulamentadora 9 é bem abrangente, ela estabelece que o PPRA compreenda todos os riscos relacionados aos agentes físicos, químicos e biológicos que constam no ambiente de trabalho. o PPRA significa Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, através da Norma Regulamentadora 9 da Portaria 3.214/78 foi implantado pela Secretaria de Segurança do Trabalho. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais O programa tem como objetivo principal a tomada de ações para garantir a saúde, segurança e integridade dos trabalhadores no ambiente de trabalho nos locais em que haja a presença de riscos ambientais. Segundo a NR-09, estes riscos ambientais englobam: • Agentes químicos: Como gases e poeira diversos. • Agentes biológicos: Como os vírus e bactérias, os bacilos e parasitas, além dos fungos e outros. https://www.pulsoseguros.com.br/blog/acidente-em-canteiros-de-obra/ Enfermagem do Trabalho 33 www.eduhot.com.br • Agentes físicos: Como as radiações ionizantes e não ionizantes, o infrassom e ultrassom, as altas e baixas temperaturas, o ruído, vibrações e pressões anormais. Conforme o item 9.1.5 a NR-09 para ser considerado um risco ambiental, deve- se ainda levar em conta qual a natureza do risco, além da intensidade e tempo de exposição em que o trabalhador ficará exposto. Vale ressaltar ainda, que o PPRA, segundo consta no item 9.1.2 da Norma Regulamentadora 9, deve ser desenvolvido em cada setor da empresa, atentando- se a antecipação dos riscos, reconhecimento da existência dos riscos, a avaliação por meio de medições de concentração e exposição além do controle constante de sua ocorrência. De acordo com o item 9.1.3, o PPRA deve obrigatoriamente estar vinculado sempre ao PCMSO, que é o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional. O PPRA trata-se de um programa obrigatório à todas as instituições e empresas, independente do número de trabalhadores, grau de risco ou área de atuação. Isso consta no item 9.1.1 da NR-09 em que diz: ‘9.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.’ O empregador é quem deve se responsabilizar do desenvolvimento do PPRA, entretanto sua implantação, controle e avaliação precisa ter a participação dos colaboradores da empresa, como indica no item 9.1.2 na NR-09. Mas é preciso lembrar também que é dever dos trabalhadores colaborar e participar da implantação e também do desenvolvimento do PPRA e seguir as instruções recebidas ao longo do programa. O trabalhador deve também, informar seus superiores de forma imediata, os possíveis riscos que observar em seu ambiente de trabalho. Enfermagem do Trabalho 34 www.eduhot.com.br A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação, são normalmente realizados pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). No entanto, podemos observar através do item 9.3.1.1 que além do SESMT, o PPRA pode ser elaborado por ‘pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.’. Entretanto, por se tratar de um programa sério que trata da saúde dos trabalhadores, vale a pena investir numa consultoria responsável e especializada para evitar erros ou trabalho mal feito que podem gerar prejuízos maiores. Podemos concluir, portanto, que é primordial que o profissional responsável pela elaboração do PPRA tenha amplo conhecimento a respeito de SST. O PPRA pode ainda ser cobrado pelos órgãos fiscais, então o mesmo deve sempre estar atualizadoe também disponível às autoridades competentes. NR 17 – Ergonomia A norma regulamentadora nº 17 (Ergonomia) do Ministério do Trabalho e Emprego é regulamentada pela Portaria Nº 3.214, de 08 de Junho de 1978, que aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. A NR17 trata de forma específica das questões ergonômicas no ambiente de trabalho. É importante frisar que a ergonomia é uma área que estuda as interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema, tendo como objetivo otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um determinado sistema. Os itens abordados nessa norma regulamentadora são: • Levantamento, transporte e descarga individual de materiais; • Mobiliário dos postos de trabalho; • Equipamentos dos postos de trabalho; • Condições ambientais de trabalho; • Organização do trabalho. O objetivo central da NR17 é definir parâmetros e procedimentos que assegurem as melhores condições de ambiente aos trabalhadores, preservando a https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-ergonomia/ Enfermagem do Trabalho 35 www.eduhot.com.br segurança, conforto e favorecendo os melhores níveis de desempenho nas tarefas cotidianas. Em suma, a ergonomia visa melhorar as condições de trabalho e fazer com que todas as atividades da empresa sejam desempenhadas com maior qualidade. 6 principais regras da NR17 Norma 1 De acordo com as regras básicas da NR17, as condições de trabalho nas empresas abrangem aspectos associados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos utilizados, às condições no ambiente no trabalho e aos métodos e formas de organização do trabalho. Conforme estabelecido por essa norma, as empresas são responsáveis por analisar as questões ergonômicas do trabalho considerando as características do ambiente, o tipo de função exercida e as características psicofisiológicas dos trabalhadores, tornando possível a plena adaptação do trabalhador ao ambiente no qual ele está inserido. Norma 2 Enfermagem do Trabalho 36 www.eduhot.com.br Na NR17 estão contidas as seguintes diretrizes básicas quanto ao transporte de cargas: • O transporte manual de cargas é definido como todo tipo de transporte em que o peso da carga é suportado totalmente por apenas um trabalhador, o que abrange também o levantamento e a deposição da carga; • O que define um transporte manual de cargas é toda atividade ou operação que é feita de forma contínua, ou que inclua (mesmo que de maneira não frequente), o transporte manual de cargas; • O trabalhador definido como jovem é aquele com idade menor que 18 anos e igual ou superior a 14 anos; • A atividade de transporte manual de cargas não deve ser exercida por pessoas nas quais o peso comprometa a segurança ou saúde do trabalhador; • Os trabalhadores responsáveis pelo transporte contínuo de cargas devem receber todo treinamento necessário para execução da tarefa de forma totalmente segura (de acordo com as regras definidas pela equipe de saúde e segurança do trabalho); • No caso de trabalhadores jovens e mulheres designados para fazer o transporte manual de cargas, o peso máximo das cargas sempre precisa ser menor que o peso aplicado às atividades de transporte manual de cargas exercidas por homens. • Norma 3 A NR17 determina que, toda vez que um trabalho pode ser realizado na posição sentada, o local de trabalho precisa ser adaptado ou planejado para que o trabalhador possa desempenhar suas atividades nessa posição. Norma 4 Todos os trabalhos manuais que são realizados em pé ou sentado devem ser planejados com o uso de mesas, bancadas, painéis e escrivaninhas que favoreçam uma boa postura, operação e visualização por parte dos trabalhadores. Além disso, de acordo com essa norma é preciso observar algumas regras básicas, que são: • A altura e tipo de superfície dos móveis deve ser compatível com o tipo de atividade realizada; Enfermagem do Trabalho 37 www.eduhot.com.br • Deve ser observada uma distância adequada entre os olhos e o campo de trabalho; • A altura do assento deve estar adequada conforme altura do móvel e distância necessária para preservar os olhos; • A área de trabalho deve ser facilmente visualizada e alcançada pelo trabalhador; • As características dimensionais dos móveis devem possibilitar uma movimentação e posicionamento adequados do corpo (braços, pernas etc.). • Norma 5 Conforme estabelece a NR17, todos os assentos usados no ambiente de trabalho precisam atender a esses requisitos: • A altura deve estar ajustada à estatura do trabalhador e precisa ser observado o tipo de atividade exercida; • O encosto deve ser adaptado para proteger a região lombar; • A borda frontal do assento deve ser arredondada. • Norma 6 da NR17 A NR17 determina que a organização do trabalho leve em consideração os seguintes aspectos: • Normas específicas de produção; • Operações a serem realizadas; • Exigência de tempo; • Determinação do conteúdo de tempo; • Ritmo de trabalho; • Conteúdo das tarefas. NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde Instituída em 2005, por meio da Portaria 485 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a norma regulamentadora NR 32 estabelece medidas protetivas para Enfermagem do Trabalho 38 www.eduhot.com.br promover a saúde e a segurança de todas as pessoas que se encontram em um ambiente clínico ou hospitalar — colaboradores, pacientes, familiares, entre outras. Desde então, qualquer estabelecimento que promova a assistência, a recuperação, a pesquisa e o ensino em saúde — não importa o grau de complexidade — deve seguir com rigor as diretrizes descritas na NR 32. Ao cumprir as determinações, os hospitais e as clínicas garantem a integridade dos funcionários e evitam os acidentes e as doenças ocupacionais. No entanto, é importante ressaltar que essa norma regulamentadora não desobriga as instituições clínicas e hospitalares de atenderem às demais medidas de segurança em seus ambientes, como as previstas no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). As complexidades que fazem parte da rotina de quem trabalha na área da saúde não são poucas. Justamente por isso que a criação da NR 32 é um marco importante, pois as ações previstas nela têm como objetivo diminuir os riscos nesse cenário que envolve a manipulação de material biológico, agentes químicos, exposição a uma alta carga viral, entre outras particularidades. Contudo, para que a norma seja eficiente e cumpra o seu papel de diminuição e prevenção de riscos, as instituições de saúde precisam estar comprometidas com todas as ações necessárias e previstas pela NR 32. Gestores e colaboradores precisam trabalhar em conjunto para que regras sejam entendidas e seguidas todos os dias. Esta Norma Regulamentadora – NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade. Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons. Enfermagem do Trabalho 39 www.eduhot.com.br O PPRA deve ser reavaliado 1 vez ao ano e: a) sempre que se produza uma mudança nas condições detrabalho, que possa alterar a exposição aos agentes biológicos; b) quando a análise dos acidentes e incidentes assim o determinar. Das medidas de proteção Em caso de exposição acidental ou incidental, medidas de proteção devem ser adotadas imediatamente, mesmo que não previstas no PPRA. A manipulação em ambiente laboratorial deve seguir as orientações contidas na publicação do Ministério da Saúde – Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico, correspondentes aos respectivos microrganismos. Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. Todo local onde exista possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual. Os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas devem conter lavatório em seu interior. O uso de luvas não substitui o processo de lavagem das mãos, o que deve ocorrer, no mínimo, antes e depois do uso das mesmas. Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação para o trabalho. O empregador deve vedar: a) a utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos; b) o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho; c) o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho; d) a guarda de alimentos em locais não destinados para este fim; e) o uso de calçados abertos. A vestimenta deve ser fornecida sem ônus para o empregado. https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-09/ https://www.inss.gov.br/servicos-do-inss/comunicacao-de-acidente-de-trabalho-cat/ Enfermagem do Trabalho 40 www.eduhot.com.br Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais. Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição. O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes do início das atividades e de forma continuada, devendo ser ministrada: a) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos agentes biológicos; b) durante a jornada de trabalho; c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos agentes biológicos. Os trabalhadores devem comunicar imediatamente todo acidente ou incidente, com possível exposição a agentes biológicos, ao responsável pelo local de trabalho e, quando houver, ao serviço de segurança e saúde do trabalho e à CIPA. O empregador deve informar, imediatamente, aos trabalhadores e aos seus representantes qualquer acidente ou incidente grave que possa provocar a disseminação de um agente biológico suscetível de causar doenças graves nos seres humanos, as suas causas e as medidas adotadas ou a serem adotadas para corrigir a situação. Os colchões, colchonetes e demais almofadados devem ser revestidos de material lavável e impermeável, permitindo desinfecção e fácil higienização. Perfurocortantes https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-06/ Enfermagem do Trabalho 41 www.eduhot.com.br Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os responsáveis pelo seu descarte. As empresas que produzem ou comercializam materiais perfurocortantes devem disponibilizar, para os trabalhadores dos serviços de saúde, capacitação sobre a correta utilização do dispositivo de segurança. Da vacinação dos trabalhadores A todo trabalhador dos serviços de saúde deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra tétano, difteria, hepatite B e os estabelecidos no PCMSO. Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão, ou poderão estar, expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente. Dos riscos químicos Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos produtos químicos utilizados em serviços de saúde. Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado deve ser identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome do responsável pela manipulação ou fracionamento. https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-07/ https://segurancadotrabalhoacz.com.br/wp-content/uploads/2016/01/Resumo-NR-32.jpg Enfermagem do Trabalho 42 www.eduhot.com.br É VEDADO o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos. O local deve dispor, no mínimo, de: a) sinalização gráfica de fácil visualização para identificação do ambiente, respeitando o disposto na NR-26; b) equipamentos que garantam a concentração dos produtos químicos no ar abaixo dos limites de tolerância estabelecidos nas NR-09 e NR-15 e observando-se os níveis de ação previstos na NR-09; c) equipamentos que garantam a exaustão dos produtos químicos de forma a não potencializar a exposição de qualquer trabalhador, envolvido ou não, no processo de trabalho, não devendo ser utilizado o equipamento tipo coifa; d) chuveiro e lava-olhos, os quais deverão ser acionados e higienizados semanalmente; e) equipamentos de proteção individual, adequados aos riscos, à disposição dos trabalhadores; f) sistema adequado de descarte. Os cilindros contendo gases inflamáveis, tais como hidrogênio e acetileno, devem ser armazenados a uma distância mínima de 8 metros daqueles contendo gases oxidantes, tais como oxigênio e óxido nitroso, ou através de barreiras vedadas e resistentes ao fogo. Para efeito desta NR, consideram-se medicamentos e drogas de risco aquelas que possam causar genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade séria e seletiva sobre órgãos e sistemas. Toda trabalhadora gestante só será liberada para o trabalho em áreas com possibilidade de exposição a gases ou vapores anestésicos após autorização por escrito do médico responsável pelo PCMSO, considerando as informações contidas no PPRA. Toda trabalhadora com gravidez confirmada deve ser afastada das atividades com radiações ionizantes, devendo ser remanejada para atividade compatível com seu nível de formação. Os trabalhadores envolvidos na manipulação de materiais radioativos e marcação de fármacos devem usar os equipamentos de proteção recomendados no PPRA e PPR. https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-09/ https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-15/ Enfermagem do Trabalho 43 www.eduhot.com.br Para os recipientes destinados a coleta de material perfurocortante, o limite máximo de enchimento deve estar localizado 5 cm abaixo do bocal. Os recipientes de transporte com mais de 400 litros de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. Em todos os serviços de saúde deve existir local apropriado para o armazenamento externo dos resíduos, até que sejam recolhidos pelo sistema de coleta externa. Locais Para Refeição Os estabelecimentos com até 300 trabalhadores devem ser dotados de locais para refeição, que atendam aos seguintes requisitos mínimos: a) localização fora da área do posto de trabalho; b) piso lavável; c) limpeza, arejamento e boa iluminação; d) mesas e assentos dimensionados de acordo com o número de trabalhadores por intervalo de descanso e refeição; e) lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local; f) fornecimento de água potável; g) possuir equipamento apropriado e seguro
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