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Resumo- Semiologia Médica 1 - Conceitos Gerais

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SEMIOLOGIA
Médica
Mikaela Áurea
Aspectos gerais:
Para a OMS, o conceito de DOENÇA é: Conjunto de sinais e sintomas que possam
afetar o bem-estar do paciente, seja este mental, físico ou social, não sendo
especificamente apenas a presença de enfermidades.
Sintoma: É uma sensação diferente sentida pelo paciente e não visualizada
pelo examinador. 
Sinal: É um dado objetivo que pode ser notado pelo examinador pelo exame
físico ou literalmente visto. 
Síndrome: É o conjunto de sintomas e/ou sinais que ocorrem associadamente
e que podem ser determinados por diferentes causas.
Diagnóstico Clínico: É o reconhecimento de uma doença com base na
anamnese e no exame físico (o qual nem sempre é preciso, necessitando,
assim, do auxílio de outros métodos da semiotécnica).
Diagnóstico anatômico: É o reconhecimento de uma alteração morfológica ao
exame macroscópico. (Ex: hepatomegalia, megaesôfago, estenose mitral, etc.). 
Diagnóstico funcional: É a constatação de distúrbio da função de um órgão
(Ex extrassistolia, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, etc.)
Diagnóstico etiológico: Identificação das causas de muitas doenças como
disturbios metabólicos, agentes etiológicos, entre outras. 
Diagnóstico anatomopatológico: É o exame a um só tempo macro e
microscópico de peças cirúrgica ou 'post mortem' englobando os diagnósticos
anatômico e histopatológico (Usa o microscópio).
Entidade clínica: Doença cuja história está reconhecida no todo ou em parte e
cujas características lhe dão individualidade nosológica (Ex: Doença de Chagas,
AIDS, etc.)
História natural de uma doença: É um conjunto de elementos que vão se
acumulando com a evolução do processo mórbido; Envolve Epidemiologia,
Evolução, Complicações e Prognóstico.
Fatores de risco: São condições que podem atuar modificando a história
natural de uma doença. Reconhecê-los faz parte do conceito de diagnóstico,
em seu mais amplo sentido.
Diagnóstico Diferencial: É a análise comparativa das condições patológicas
que podem apresentar quadro clínico semelhante. Deve-se levar em conta as
enfermidades prováveis em cada caso procurando-se, assim, eliminar
sucessivamente as de menor probabilidade em face dos dados que se tem.
Diagnóstico Principal: É aquele mais sugestivo de certa doença em
detrimento aos diagnósticos diferenciais.
Prognóstico: Consiste em prever a evolução da doença e prováveis
conseqüências. Deve ser considerado em relação à Vida, Validez e Cura do
paciente. É Bom quando se espera uma evolução favorável; Na possibilidade
de óbito ou piora, é Mau; Quando não se pode estimar, Duvidoso. Quanto à
validez, fala -se em Capacidade normal e Incapacidade parcial ou total.
Com a chegada de novos métodos de investigação das doenças, estabelecem-se
novos tipos de diagnóstico como diagnóstico laboratorial, sorológico,
eletrocardiográfico, endoscópico, e assim por diante.
Terapêutica (tratamento): são todas as medidas usadas com a intenção de
beneficiar o paciente. São inúmeros os métodos e os recursos disponíveis
que determinaram o surgimento de expressões como tratamento cirúrgico,
tratamento sintomático, clínico, paliativo, radioterapia, quimioterapia,
fisioterapia, terapêutica ocupacional e assim por diante. 
Fazer diagnóstico é fazer julgamento! Por isso, vale a pena
relembrar os famosos princípios de Hutchinson, enunciados
no começo do século, mas inteiramente válidos até hoje: 1.
não seja demasiado sagaz; 2. não tenha pressa; 3. não tenha
predileções; 4. não diagnostique raridades; 5. não tome um
rótulo por diagnóstico; 6. não tenha prevenções: 7. não seja
demasiado seguro de si; 8. não diagnostique simultaneamente
duas doenças no mesmo paciente: 9. não hesite em rever seu
diagnóstico, de tempo em tempo, nos casos crônicos. 
Referências:
Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 6ª Edição. Editora
Guanabara e Koogan. 2005.
 KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 20 ed. Vol 1 e 2.
Porto Alegre. AMGH Editora Ltda, 2020.
Exame Clínico - 8ª Ed. 2017 - Celmo Celeno Porto, Arnaldo Lemos
Porto. Rio de Janeiro. Editora Guanabara e Koogan. 2017

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