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1 - Para Keynes os indivíduos tomam decisões a partir da propensão deles a consumir, e a propensão pela liquidez, quando o indivíduo recusa a liquidez por um determinado período de tempo o preço da moeda se harmoniza pela quantidade de moeda disponível. Representado pela função M=L(r), ela demonstra que a medida em que o indivíduo recusa a liquidez o seu patrimônio cresce de acordo com a taxa de juros, sendo essa a recompensa pela renúncia da liquidez. Para Keynes, existe uma incerteza sobre a taxa de juros e essa incerteza atua para que os indivíduos possam reter suas moedas em formas que não rendem juros. Dessa forma, a preferência pela liquidez é justamente a incerteza sobre a taxa de juros, e os principais motivos são: transação, precaução e especulação. Dessa forma a preferência para Keynes relacionado a liquidez era ligado diretamente a demanda por moeda que por sua vez se relaciona com a velocidade da moeda. O volume da moeda então é ligado aos seguintes motivos: motivo de transação e precaução sendo estes resultado geral do sistema econômico e do nível de renda nacional em termos monetários, e especulação sendo este uma variação na quantidade de moeda. A demanda por moeda para transação e precaução é insensível a qualquer influência que não seja uma alteração na atividade econômica geral e no nível de renda. Dessa forma o motivo especulação varia de modo contínuo sob efeito de uma alteração gradual na taxa de juros. Os motivos que geram mudanças na taxa de juros, seriam estes a mudança na oferta de moeda disponível para especulação (L2), sem alterar a função liquidez ou mudanças que afetam as expectativas que afetam a função liquidez. Sendo a seguinte função: M=M1+M2=L1(y)+L2(r) Sendo M o montante total da renda, M1 o montante que satisfaz o motivo transação e precaução, M2 montante que satisfaz o motivo especulação, L1 depende do nível de renda, L2 depende da taxa de juros e as expectativas. Y é a variação da renda, e r a taxa de juros. Sendo assim, uma variação no Montante total da renda conduz uma variação na taxa de juros conduzindo a um novo equilíbrio alterando em parte M2. Sendo a incerteza da taxa de juros a única explicação inteligível para a preferência na liquidez (L2), que justifica a conservação dos recursos líquidos de M2. Sendo assim, uma modificação no valor de r, sendo este negativo, conduziria a um novo equilíbrio em M2 e modificando de forma negativa o Montante total da renda, reduzindo assim os lucros em relação a liquidez diminuindo a exposição. Uma vez que isso ocorra ela afetará uma das variáveis que definem o emprego e a renda, sendo este a variável da taxa de juros (que sofrerá mudanças na oferta de moeda de forma negativa devido a mudança na taxa de juros, e na preferência pela liquidez como dito anteriormente). 2- As variáveis dependentes são: volume de emprego e renda nacional medida em unidades de salários. As variáveis independentes finais: (1) a propensão a consumir (fatores subjetivos), sendo os fatores psicológicos fundamentais, a saber, a propensão psicológica a consumir, a atitude psicológica relativa a liquidez e a expectativa psicológica do rendimento futuro dos bens de capital. (2) a unidade de salários, sendo este determinado pelo acordo entre patrão e operário. (3) a preferência pela liquidez e oferta da moeda. Sendo este último o determinante para a renda nacional e o volume de emprego. De acordo com as teorias de Keynes o volume da poupança seria por sua vez determinado pela preferência pela liquidez. Isso acontece pois para Keynes quanto maior for o número de moedas mantidas em mãos, maior será a preferência pela liquidez e por sua vez menor será a sua circulação. Keynes então fala sobre os investimentos feitos em ativos que dão lucro, para ele tais ativos são a representação de uma poupança que não é em moeda, logo assim renunciando a sua liquidez. O indivíduo que investe faz uma comparação entre a taxa de retorno e a taxa de juros para que essas variáveis lhe deem um retorno esperado alto o suficiente para compensar o indivíduo que investe em um ativo sem liquidez, dessa forma um aumento da taxa de juros faz com que o indivíduo troque a moeda por títulos. Isso acontece pois o indivíduo prefere manter a sua moeda na forma que não rende juros (pela liquidez), do que na forma que rende juros, o motivo para isso é a incerteza da taxa de juros, dessa forma tomando apenas ativos que são o mais líquidos possíveis. Keynes então descreve que a demanda por moeda se dá através de depósitos, sendo estes para negócios, renda ou poupança. Essa demanda por moeda para Keynes é equivalente à demanda por liquidez. Quando o indivíduo não tem interesse na liquidez ele toma posse de artigos financeiros, trocando assim a liquidez pelo lucro ou juros, pois para o indivíduo que prefere a liquidez ele acredita que em algum momento vai precisar da moeda. Keynes então finaliza dizendo que a preferência pela taxa de juros define a liquidez, uma vez que os indivíduos vão preferir manter a liquidez caso o juros não lhe garanta um retorno esperado.
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