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Herbário Herbário - do latim herbarium - é o nome empregado para designar uma coleção de plantas ou de fungos, ou de parte desses, técnica e cientificamente preservados. Os herbários são prioritariamente utilizados para estudos da flora ou micota de uma determinada região, país ou continente, enfocando morfologia, taxonomia, biogeografia, história e outros campos do conhecimento. Entre outras finalidades, os herbários são utilizados para: identificação de espécimes de plantas e fungos desconhecidos, através do material de referência; promover a pesquisa científica, atuando como acervo para documentação científica de pesquisas e, ao mesmo tempo, fornecendo material de análise; fornecer dados e informações para subsidiar políticas públicas de preservação ambiental. Para ter uma coleção, um herbário precisa coletar espécimes de plantas e fungos, e para isso ele precisa ter autorização de uma instituição competente (MMA, Ibama, Sisbio). Coleta Material necessário para coletas em campo > Tesoura de poda, podão, canivete ou faca, facão, pá, sacos plásticos, sacos de papel ou pequenas caixas > prensa de madeira trançada, folhas de jornais ou outro papel absorvente, folhas de papelão ou alumínio corrugado > GPS, altímetro, bússola, mapas, binóculos, caderneta de campo, lápis ou caneta de tinta indelével, lupa de bolso, fita adesiva, luvas de couro, além de roupas e sapatos apropriados aos locais de coleta > Recipientes de vidro com álcool a 70% ou FAA (Formol 40% - 5 ml + Álcool 70% - 90ml + Ácido acético glacial – 5 ml). Sacos plásticos com sílica gel para materiais delicados (por exemplo: fungos agaricóides, gasteróides,...) Para árvores muito altas, métodos alternativos como escalada e uso do estilingue, podem auxiliar na coleta. Os equipamento de escalada necessários são cordinha pra fixar a corda de escalada, atiradeira para lançar a cordinha, mosquetão e talvez um estilingue. Para ramos com baixo alcance, utiliza-se a tesoura de poda, para os ramos em locais de alto alcance, utiliza-se o podão para obtenção do material. Para preservar o material, no deslocamento em pequenas distâncias, ele pode ser armazenado em um saco plástico bem amarrado. Em longas distâncias ele deve ser prensado com a prensa botânica. E se o objetivo for preservar o DNA da planta, o ideal é o armazenamento em um saco plástico com sílica gel e nesse caso o álcool nunca pode ser usado por modificar o DNA. As plantas devem ser coletadas em fase reprodutiva, ou seja, com flores e/ou frutos, soros, etc. visto que estes órgãos, de modo geral, são essenciais para a classificação dos vegetais. Cada coleta recebe um número de coleta, associado ao coletor. Amostras procedentes de um único indivíduo recebem o mesmo número. O número de coleta fará parte da ficha da exsicata no herbário e será imprescindível para identificar a amostra. Na coleta os seguintes dados são necessários: data, nome do coletor e seu respectivo número de coleta, localização geográfica, preferencialmente coordenadas geográficas, tipo e estado de conservação da vegetação e textura do solo. Há também informações relativas às plantas, que não são perceptíveis através da exsicata: Características do habitat (aquático, terrestre, palustre); Hábito e forma de vida (arbóreo, arbustivo, herbáceo, trepadeira, epífita, saprófita, parasita); Altura do indivíduo coletado; Cor das flores e das folhas, textura, odor e ocorrência de látex e resinas, etc. Sempre que possível, as cores devem ser associadas a uma carta de cores (por exemplo: Horticultural Colour Chart). Inclusão do material no herbário e montagem Antes da espécime ser incluída na coleção ela precisa passar pela herborização, que consiste em uma série de procedimentos, principalmente prensagem e secagem. Na prensagem o material é prensado entre folhas de jornal, que são postas entre folhas de alumínio ou papelão corrugado. Esse conjunto é então colocado entre placas de madeira trançadas e atado por cordões resistentes, de modo a ficar sob pressão. Forma-se, desta maneira, a prensa. A secagem deve ser feita o mais rápido possível a fim de evitar a queda das folhas e/ou flores e também, no caso de fungos e talos liquênicos, o ataque de insetos ou outros fungos. A secagem mais aconselhável é aquela feita em estufas (60ºC) de resistência elétrica com ou sem circulação de ar ou aquecidas por lâmpadas. O material é considerado seco quando se apresenta rígido e sem dobrar ao serem suspensos. Após a herborização, é feita a montagem das exsicatas. Um herbário deve sempre estar climatizado e desumidificado, convencionalmente mantendo a temperatura entre 18 e 23 ºC e a umidade entre 40 e 55%, para evitar a infestação de insetos e a proliferação de fungos e bactérias que podem danificar as exsicatas. Referências Bibliogŕaficas Manual de procedimentos para herbário. Pedro da Costa Gadelha Neto; José Roberto de Lima; Maria Regina de V. Barbosa; Marlene de Alencar Barbosa Mariângela Menezes; Kátia Cavalcanti Pôrto Felipe Wartchow; Tatiana Baptista Gibertoni. Editora Universitária UFPE, Recife, 2013.
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