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VIOLÊNCIA INFANTIL - IMPORTÂNCIA DO TEMA E TIPOLOGIA

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VIOLÊNCIA INFANTIL: IMPORTÂNCIA DO TEMA E TIPOLOGIA 
Introdução 
 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerado violência qualquer conduta que cause 
danos emocionais, diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento do 
indivíduo, ou também que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. 
Consiste no uso intencional da força física ou do poder real, ou mediante ameaça, contra si próprio ou contra 
terceiros, podendo esses serem indivíduos, grupo ou comunidades. Em 1996 a OMS declarou que as violências 
são importantes problemas de saúde pública. 
Importância do tema 
 A violência contra a criança ameaça o direito à vida e à saúde, e quando exposta a situação de violência 
nota-se o comprometimento do crescimento e desenvolvimento físico e mental, ao longo da vida do indivíduo. 
Ressalta-se que a criança depende dos pais, familiares, cuidadores, poder público e sociedade em geral. 
• No Brasil, as agressões (violências) no ano de 2007 ocupavam a quinta causa de óbitos de crianças 
menores de um ano de idade. 
• De 1939 registros de violência contra crianças, 845 (44%) foram por violência sexual, seguida da 
violência psicológica (36%), da negligência (33%) e da violência física (29%). 
• A residência foi o local de maior ocorrência dos casos de violência contra crianças. 
• As crianças mais novas estão mais expostas à agressão física. Enquanto, as crianças maiores estão mais 
expostas à violência escolar e à violência urbana. 
• Meninos sofrem mais agressões físicas. 
Meninas sofrem mais com violência sexual, negligência nutricional e educacional, exploração sexual 
comercial e no turismo. 
Violência doméstica 
 Esse tipo de violência ocorre na esfera privada, ou seja, dentro das residências, e é perpetrada por 
pessoas que deveriam apoiar e proteger crianças e adolescentes. Por isso é difícil de ser desvendada (lei do 
silêncio e impunidade). 
Tipologias 
• Violência física: implica no uso da força física de forma intencional com o objetivo de ferir, danificar 
ou destruir a vítima, deixando ou não marcas evidentes. 
 
• Violência sexual: caracteriza-se pelo uso de criança ou adolescente para gratificação sexual de adulto 
ou adolescente mais velho, responsável por ele ou com o qual mantém algum vínculo familiar, de 
convivência ou confiança. 
o Consiste em todo ato ou jogo sexual, relação home ou heterossexual cujo agressor tem a 
intenção de estimular sexualmente a criança ou adolescente ou utilizá-lo para obter sua 
satisfação sexual. 
 
• Violência psicológica: compreende toda forma de discriminação, desrespeito, rejeição, depreciação, 
cobrança ou punição exagerada e utilização da criança ou adolescente para atender necessidades 
psicológicas dos adultos. 
o É mais difícil de ser diagnosticada: ameaças, humilhações ou desrespeito como formas 
culturalmente aprendidas de educar. 
o Difícil detecção, embora com frequência permeie os demais tipos. 
• Negligência: atos ou atitudes de omissão, de forma crônica, do responsável pela criança ou adolescente 
em prover as necessidades básicas para seu desenvolvimento, como higiene, nutrição, saúde, educação, 
proteção e afeto, apresentando-se em vários aspectos e níveis de gravidade, sendo o abandono o grau 
máximo. 
 
o Pode significar omissão de cuidados, como privação de medicamentos, de estímulos e 
condições para frequentar a escolar ou serviços de saúde. 
o A identificação é difícil e não deve ser confundida com dificuldades econômicas em prover 
essas necessidades de parte da população. 
• Formas específicas: Síndrome de Munchausen por procuração, violência química e filicídio. 
o Síndrome de Munchausen por Procuração: situação na qual paciente é trazido para cuidados 
médicos, mas os sintomas e sinais que apresentam são inventados ou provocados por seus pais 
ou responsáveis. 
 
▪ Sofrimentos físicos e psíquicos ao paciente: exigência de exames complementares 
desnecessários, uso de medicamentos ou ingestão forçada de substâncias pelas 
múltiplas consultas e internações sem motivo. 
o Violência química: caracterizada pela imposição para a criança ou adolescente, por parte do 
cuidador, seja ele o responsável ou não, de substâncias psicoativas, com o intuito de conter, 
controlar, inibir, dominar, subjugar, menosprezar ou, ainda, culpar a vítima pelos seus próprios 
atos contra ela. 
o Filicídio: refere-se à morte de uma ou mais crianças por um (ou ambos) os pais, 
independentemente da idade da vítima. 
Todos as tipologias listadas acima causam danos à saúde, sobrevivência, desenvolvimento e dignidade 
da criança.

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