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MACROECONOMIA 1

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Macroeconomia 1
Luciano Nakabashi
- a cada 2 ou 3 semanas um encontro ao vivo
- controlará chamada pela presença e pelo acesso nos itens do stoa
- restante das aulas será gravada
Método de avaliação:
- vai ter um trabalho em grupo + apresentação 40% da nota
- prova no final do semestre 40%
- atividades em aula valendo 20%
Livros:
- BLANCHARD, O. Macroeconomia 7ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2017.
- MANKIW, N.G. Macroeconomia. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC 2007.
https://drive.google.com/file/d/1QrS6nfNdTqsCJO_TDYVxleCkbjjEunGL/view
Seções Cap 3 - O mercado de bens - PARTE 1 [3.1 e 3.2]
Objetivo:
- começa introduzir o equilíbrio no mercado de bens
- olhando nesse momento o curto prazo
- a demanda é mais importante → vai denominar o produto
- criaremos um modelo pra ver a importância da demanda pra criação do
produto no curto prazo
- pensamos em ciclos econômicos
- alguns momentos a economia cresce mais e outros cresce menos
- no longo prazo: a economia tende a cresce a uma taxa média
- mostra a relação entre política fiscal e o produto de equilíbrio
3.1) - A composição do PIB
- primeiro componente do PIB: Consumo ( C) → bens e serviços adquiridos pelos
consumidores
- segundo: Investimento (I) → famílias consomem mas também investem
- a compra de imóveis pelas família é a única forma de investimento
- qualquer outro tipo de invest. ou é a empresa ou o governo q faz
- empresas investem comprando máquinas, equip., aumentar tamanho da
fábrica e etc
- terceiro: Gasto do governo (G) → ou gasta comprando bens e serviços do setor
privado ou comprando serviços dos servidores públicos e ofertando pra sociedade
⇒ gasto do governo
https://drive.google.com/file/d/1QrS6nfNdTqsCJO_TDYVxleCkbjjEunGL/view
- nesses gastos do governo não incluem as transferências do governo nem os
pagamentos de juros da dívida pública
- essa transferência vai virar renda das famílias ⇒ vira consumo ou
investimento na compra de imóveis
- quarto componente: Exportações Líquidas (X - IM) → exportações menos
importações de bens e serviços. Conhecido como balança comercial
- superávit comercial → Exportações > Importações
- déficit comercial → Exportações < Importações
- Investimento em estoque → parte do que um país vende em um ano foi
produzido em anos anteriores
- ΔEstoque = Ef - Ei ⇒ essa variação de ano pra ano é um investimento de ano
pra ano
3.2) Demanda por bens
A demanda total por bens e serviços é:
(1) Z ≡ C + I + G + X - IM
- O símbolo “≡” significa que essa equação é uma identidade
- Z → demanda por bens ⇒ soma do consumo + investimento + gastos do governo +
exportação líq.
- Suposições:
- todas empresas produzem o mesmo bem → pode ser usado para consumo,
investimento ou como gastos do governo
- todas empresas estão dispostas a ofertar qualquer montante do bem a um
dado preço, P (curva de oferta horizontal)
- a demanda vai determinar o equilíbrio entre oferta e demanda
- como a demanda afeta o produto no curto prazo
- oferta infinitamente elástica
- Economia fechada, não comercializa com o resto do mundo. Portanto,
X=IM=0, então:
(2) Z ≡ C + I + G
Consumo
Afeta o consumo:
- renda disponível, , é a renda que resta depois que os consumidores tenham𝑌
𝐷
recebido transferências do governo e pago os impostos
(3) C = C( )𝑌
𝐷
- consumo é uma função da renda disponível
- A função C( ) é uma equação comportamental, ou seja, capta o comportamento𝑌
𝐷
dos consumidores
- A renda disponível é dada por:
(4) = Y - T𝑌
𝐷
- A forma mais específica da função consumo é essa relação linear:
(5) C = + x𝑐
0
𝑐
1
𝑌
𝐷
→ é o consumo que as famílias tem quando a renda é zero (intercepto da função)𝑐
0
→ é a propensão marginal a consumir → quando aumenta a renda, quanto aumenta o𝑐
1
consumo
→ o consumo cresce junto
com a renda disponível,
porém em uma proporção
menor que um pra um.
C = C( )𝑌
𝐷
C = C(Y - T)
(6) C = + (Y - T)𝑐
0
𝑐
1
→ declividade que é uma𝑐
1
derivada parcial de C em
relação a Yd
Investimento
- variável exógena
- Vamos tomar o investimento aqui como dado, ou seja, como uma variável exógena:
- variável dada
(7) =𝐼 𝐼
- por a barra em cima do invest. é uma forma tipográfica simples de lembrar que
tomamos o investimento como dado
Gastos do governo
- variável exógena
- os Gastos do governo, G, junto com os impostos, T, descevem a política fiscal -
escolha de impostos e gastos do governo
- G e T serão supostos como exógenos também, pq:
- 1) Os governos não se comportam com a mesma regularidade dos
consumidores ou das empresas, ou seja, não há uma regra confiável que
possamos escrever G e T
- Uma tarefa dos macroeconomistas é pensar nas implicações de decisões
alternativas de gastos e de tributações por parte do governo
- resultado dessas escolhas sobre a dinâmica da economia
- determinadas fora do modelo → quais os efeitos dessas variáveis
dentro do modelo
PARTE 2 - Seção 3.3
https://drive.google.com/file/d/1lTlo_wB92Oc5WeuJ-pljZNLT7KpeR-Ay/view
Determinação do produto de equilíbrio
- Considerando novamente a equação de demanda:
(8) Z ≡ C + I + G
- Equações (6) e (7) em (8):
(9) Z = + (Y - T) + Ibarra + G𝑐
0
𝑐
1
- O equilíbrio no mercado de bens requer que a produção Y seja igual à demanda por
bens, Z:
(10) Y = Z
Duas suposições:
- oferta = curva horizontal → as empresas ofertam o quanto for demandado
- o que está controlando o produto da economia é a demanda
- não existe investimento em estoque
A equação (10) é denominada condição de equilíbrio. Para que represente o equilíbrio,
fazemos uma suposição q ΔEstoque = 0
- Substituindo (9) em (10):
Y = + (Y - T) + Ibarra + G𝑐
0
𝑐
1
- em equilíbrio, a produção Y é igual a demanda(lado direito). A demanda, por
sua vez, depende da renda(aumenta renda → aumenta consumo → aumenta
demanda), que é igual à produção.
- A equação anterior pode ser reescrita das seguintes formas:
1
https://drive.google.com/file/d/1lTlo_wB92Oc5WeuJ-pljZNLT7KpeR-Ay/view
- A equação (12) apresenta o produto de equilíbrio, o nível de produto e, que a
produção é igual à demanda
- a equação de equilíbrio pode ser utilizada para derivar alguns termos
importantes
Ao longo do tempo, quando aumentamos a renda, o consumo tende a aumentar
mas não proporcionalmente, pq uma parte disso vai pra poupança. Então 0< <1𝑐
1
O EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS
→ produto é igual a renda, tudo
que for produzido vai virar salário
ou remuneração do capital ( juros,
lucro ou aluguel) ⇒ produto
=renda
→ Linha de 45º: a demanda é igual
ao produto em toda extensão da
linha ⇒ onde está o equilíbrio
→ Linha zz:
→ entre parênteses é os gastos
autônomos
→ Conforme aumentamos o
produto e a renda da economia (Y),
a demanda aumenta também.
Nesse modelo a renda só afeta o
consumo
demanda: consumo + investimento + gasto do governo - impostos
Quando aumentamos a renda → aumenta a propensão marginal a consumir ( )𝑐
1
(13) Z = ( + Ibarra + G - T)+ Y𝑐
0
𝑐
1
𝑐
1
Efeito de um aumento do gasto autônomo sobre o produto
→ deslocará a reta ZZ pra cima
- um aumento do gasto autônomo tem um efeito
mais do que proporcional sobre o produto de
equilíbrio
- aumento da demanda na primeira rodada,
mostrado pela distância AB é igual a US$1bi
- aumento da demanda na primeira rodada leva a um aumento igual ao da produção,
de US$1bi, que também é mostrado pela distância AB
- esse aumento da demanda na primeira rodada leva a um aumento igual da renda
mostrado pela distância de BC, também US$1bi
- o aumento da demanda na segunda rodada, mostrado pela distância CD, é igual a
US$1bi multiplicado pela propensão a consumir
- esse aumento da demanda na segunda rodada leva a um aumento igual da
produção, e assim por diante
aumenta o gasto autônomo (AB) → aumenta a demanda as firmas produzem mais →
aumenta produção → gera mais renda(salários, lucros, aluguéis e juros)(BC) → gera mais
um consumo adicional (CD) → gera mais produção(CD tbm, produção acompanha
demanda) → aumenta a renda da economia (DE = CD) ⇒ Até chegar no A’ onde está o
novo equilíbrio(demanda = oferta)
→ Resumindo:
→ Um aumento na demanda leva a um aumento na produção e a um
correspondente aumento na renda. O resultado é um aumento no produto maior do que o
deslocamento inicial da demanda, por um fator igual ao multiplicador (esse aumento é de
acordo com aquele fator 1/(1 − 𝑐
1
)
→ Para estimar o valor do multiplicador e, de modo mais geral, para estimar
equações comportamentais e seus parâmetros, os economistas recorrem à econometria - o
conjunto de métodos estatísticos aplicados à economia
aumenta o gasto em 1bi, tbm aumenta a demanda agregada em 1bi, aumentando a
demanda dos consumidores e as fábricas produzirão mais, aumentarão seu campo fabril,
com isso as pessoas consumirão mais
Quanto tempo demora esse ajuste do produto?
- na prática existe um processo de ajuste que demora um certo tempo
- conforme aumenta a demanda da economia, demora um pouco para que as
empresas tomem decisões de produção
- essa produção quando notada e executada⇒ começa a vender⇒ gera renda
adicional⇒ em parte vai para os trabalhadores em parte para os capitalistas
⇒ pode ser que também demora um tempo até que ao receber essa renda
as pessoas decidam gastar⇒ ao acontecer ocorre mais um ajuste na oferta
- consumidores gastar mais: aumentar 𝑐
0
PARTE 3 - seções 3.4 e 3.5
https://drive.google.com/file/d/1KR4f8Awz_uGZ5Nd-iC4bkZ1xMWrI_LhI/view
3.4) Investimento = poupança: um modo alternativo de pensar sobre o equilíbrio
do mercado de bens
→ outra forma que podemos olhar o equilíbrio: vimos anteriormente que:
- relação entre produção e demanda(igualdade) Z é demanda e Y o que era
produzido. Equilíbrio era quando as duas se igualava, tudo que é produzido
na economia vira consumo, gasto do governo e investimento. Em uma
economia fechada(seções anteriores)
• Poupança é a soma das poupanças privada e pública. Poupança privada (𝑆) é a
poupança dos consumidores.
(15) 𝑆 ≡ − 𝐶𝑌
𝐷
• Usando a definição de renda disponível( ), podemos reescrever a equação da𝑌
𝐷
poupança privada como:
(16) 𝑆 ≡ 𝑌 − 𝑇 − 𝐶
• Poupança pública é igual a impostos menos gastos do governo 𝑇 − 𝐺
- T é arrecadação do governo líquido de transferência
- G é tudo que o governo gasta
• Se 𝑇 > 𝐺, o governo apresenta um superávit orçamentário — a poupança pública é
positiva.
• Se 𝑇 < 𝐺 , o governo apresenta um déficit orçamentário — a poupança pública é
negativa.
• Voltemos à equação de equilíbrio do mercado de bens:
(17) 𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺
• Subtraia o imposto de ambos os lados de (17):
(18) 𝑌 − 𝑇 − 𝐶 = 𝐼 + 𝐺 − 𝑇
𝑌 − 𝑇 − 𝐶 vai ser a definição de poupança das famílias(poupança privada) , tudo que
as famílias têm de renda(Y), tira o que vai pro governo como impostos líquidos de
transferências(T) e tira o consumo também.
• Substituindo (16) 𝑆 ≡ 𝑌 − 𝑇 − 𝐶 em (18):
(19) 𝑆 = 𝐼 + 𝐺 − 𝑇 , ou
(20) 𝐼 = 𝑆 +( 𝑇 − 𝐺)
https://drive.google.com/file/d/1KR4f8Awz_uGZ5Nd-iC4bkZ1xMWrI_LhI/view
I - investimento // S - poupança privada // (T - G) - poupança pública
→ Identidade fundamental da macroeconomia que é um equilíbrio do mercado de
bens, tudo que é poupança na economia vira investimento(no equilíbrio)
→ Ao invés de falarmos que tudo que é produzido é igual a demanda da economia,
agora estamos colocando que o investimento é = poupança da economia
• A equação acima afirma que o equilíbrio no mercado de bens requer que o
investimento seja igual à poupança — a soma das poupanças privada e pública
• Essa condição de equilíbrio para o mercado de bens é chamada relação IS(curva IS
- investment and save). O que as empresas desejam investir deve ser igual ao que
as pessoas e o governo desejam poupar.
• Resumindo, há duas formas equivalentes de apresentar a condição de equilíbrio
do mercado de bens:
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑃𝑜𝑢𝑝𝑎𝑛ç𝑎
• Para verificar o equilíbrio a partir da segunda condição, substitua a
função consumo na equação (16) 𝑆 ≡ 𝑌 − 𝑇 − 𝐶: (poupança = renda total da
economia - impostos líq. de transf. - consumo)
(21) 𝑆 = 𝑌 − 𝑇 − − ( 𝑌 − 𝑇 )𝑐
0
𝑐
1
Y-T em evidência:
(22) 𝑆 = − + (1 − )( 𝑌 − 𝑇)𝑐
0
𝑐
1
O termo é a propensão marginal a consumir, (1 − ) é a propensão marginal a𝑐
1
𝑐
1
poupar. ( fica sempre entre 0 e 1 - uma parte vai pra consumo (se é 0,8,𝑐
1
𝑐
1
conforme aumentamos a renda em 10, 8 vai pra consumo e o resto vai pra
poupança). Substituindo (22) em (20):
(23) 𝐼 = − + (1 − ) (𝑌 − 𝑇) + (𝑇 − 𝐺)𝑐
0
𝑐
1
• Resolvendo para o produto, temos:
(24) 𝑌 = .( + 𝐼barra+ 𝐺 − 𝑇 )
1
1− 𝑐
1
𝑐
0
𝑐
1
parece que o governo controla o produto ao escolher o quanto vai gastar e o quanto
vai arrecadar de impostos, mas pensamos primeiro que:
- essa equação é um equilíbrio de curto prazo
3.5) Governo é mesmo onipotente?
• Mudança de gastos do governo ou de impostos pode ser difícil → até essa
variação ser aprovada pelo congresso por ex., pode levar muito tempo
• As reações do consumo, do investimento, das importações, etc. são difíceis de
avaliar com precisão.
• Expectativas são importantes
• A chegada a um dado nível de produto pode vir junto com efeitos colaterais
desagradáveis → cenários incertos piora os fundamentos da economia e isso
prejudica investimento
• Aumentos nos déficits orçamentários e na dívida pública podem ter efeitos
adversos no longo prazo.
- se o governo começa a estimular muito a economia, no médio-longo prazo
isso acaba por restringir a oferta, o efeito vai ser cada vez maior sobre a
inflação quanto menor for o desemprego da economia e a capacidade ociosa
do capital
- então se o governo estimula uma economia a qual já está próxima da
capacidade produtiva e está com o desemprego baixo, o efeito vai ser
principalmente sobre a inflação
SLIDES:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5660693/mod_resource/content/0/Cap%C3%ADtul
o%203%20-%20O%20mercado%20de%20bens.pdf
Atividade 1
Banco Central utiliza a política monetária colocando mais moeda na economia para
estimular o nível de atividade, o fiscal é muito importante pq, ao colocar mais moeda na
economia a taxa de juros cai → isso pode causar uma pressão inflacionária
A política monetária tem que ter um fiscal bem controlado, tanto pra nao gerar um excesso
de demanda para um lado, quanto pra nao gerar uma desconfiança e uma fuga de capitais
que pode acabar afetando a inflação da economia
Se o governo está gastando muito, isso causa um aumento da demanda(vimos no
cap. 3), se estiver com pouca capacidade ociosa e desemprego baixo, isso afeta a inflação e
daí não consegue usar a política monetária, PQ SE Expandir a base monetária em uma
economia que está tendo aumento dos gastos do governo, a inflação sai do controle.(O BC
vai ter que controlar a inflação e perde a capacidade de utilizar a política monetária).
Supondo: dívida alta em relação ao PIB(= fiscal não controlado) → banco central vai
querer controlar a inflação e aumenta o juros - pra diminuir o nível de atividade → causa
um aumento do serviço da dívida = déficit nominal do governo fica ainda maior → impacta
na dívida em relação ao PIB = incertezas → fuga de capitais, as pessoas deixam de querer
emprestar dinheiro para o governo, e acaba gerando depreciação cambial e mais inflação
- por isso que o fiscal tem que estar controlado
→ Déficit nominal: é o conceito de déficit público que inclui além das despesas e
receitas, os gastos com pagamentos de juros da dívida pública
4.) Mercados financeiros
● O capítulo 4 examina o equilíbrio nos mercados financeiros( ou monetário)
● Seu foco é na demanda por moeda e no papel do Banco Central em afetar as taxas
de juros
● Trata também de restrições existentes a política tributária
4.1) Demanda por moeda
A Moeda, que você usa para transações, nao paga juros
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5660693/mod_resource/content/0/Cap%C3%ADtulo%203%20-%20O%20mercado%20de%20bens.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5660693/mod_resource/content/0/Cap%C3%ADtulo%203%20-%20O%20mercado%20de%20bens.pdf
2 tipos de moeda:- papel moeda: depende muito mais do Banco Central = moedas e notas em
espécie
- depósitos à vista: Depósitos bancários sobre os quais você Pode emitir
cheques ou utilizar cartão de débito, muito ligado ao sistema bancário
Os títulos pagam uma taxa de juros positiva, , mas não podem ser utilizados para𝑖
transações do dia a dia
As moedas são líquidas são aceitas em todos os tipos de transações, diferente dos
títulos, que é necessário ser transformado em moeda para depois fazer transação
de fato
Tradeoff entre liquidez e rendimento
A proporção entre moeda e títulos Que a pessoa tende a manter vai depender
de duas coisas:
- do nível de transações → Quanto mais transações uma pessoa vai fazer no
dia a dia mais ela precisa reter para que realize essas transações
- e da taxa de juros do título
Alguns conceitos:
→ Fundo mútuo do mercado monetário ou de investimento: agrupam os
fundos de muitas pessoas e são usado para compra de títulos - normalmente,
títulos públicos
→ Renda: é um fluxo - algo expresso em unidades de tempo. É a
remuneração do capital ou do trabalho. Diferente de riqueza, que é um
estoque acumulado ao longo do tempo
→ Poupança: parte da renda que não consumida
→ Riqueza financeira: É o valor de todos os ativos financeiros menos todos os
passivos financeiros, é medida em dado instante, uma variável de estoque
→ Investimento: compra de novos bens de capital, de máquinas a fábricas e
edifícios comerciais
→ Compra de ações: é um investimento financeiro
Derivação da demanda por moeda
• A demanda por moeda é o montante de moeda que as pessoas desejam
reter.
• A demanda por moeda na economia como um todo é simplesmente a soma
de todas as demandas por moeda de cada pessoa nessa economia.
(1) = $𝑌𝐿( )𝑀𝑑 𝑖
= demanda por moeda𝑑
= taxa de juros𝑖
• A demanda por moeda aumenta em proporção à renda nominal ($𝑌), e depende
negativamente da taxa de juros, 𝐿 ( )𝑖
A moeda que você está segurando não tá rendendo juros, então, juros é o custo de
oportunidade de segurar moeda. Quanto maior juros menos moedas pessoas
tendem a demandar.
• Para dado nível de renda nominal, uma taxa de
juros menor aumenta a demanda por moeda.
• A determinada taxa de juros, um aumento da renda
nominal desloca a demanda por moeda para a
direita.
→ Toda variável que a gente não coloca no
gráfico mas que afeta a variável que a gente tá
olhando, o efeito é o deslocamento da própria curva,
como no caso da RENDA
→ Ao longo da curva, a renda é fixa
4.2) Determinação da taxa de juros I (i)
• Nesta seção, vamos supor que os depósitos à vista não existam. Portanto, a única
moeda na economia é o papel moeda.
• O papel desempenhado pelos bancos como fornecedores de moeda (e depósitos
à vista) será introduzido na próxima seção.
• O equilíbrio nos mercados financeiros requer que a oferta de moeda seja igual à
demanda por moeda, ou seja, que
=(2) 𝑀 𝑠 𝑀 = 𝑀𝑑
• é a oferta de moeda e é a demanda por moeda.𝑀 𝑠 𝑀𝑑
- Banco Central é o agente que determina A oferta de moeda, controla a
oferta de moeda, não depende da taxa de juros
• Essa relação de equilíbrio é chamada de relação 𝐿𝑀.
Figura: determinação da taxa de juros
- Curva de oferta de moeda vertical ou seja
ela não muda Para diferentes taxas de
juros = exógena para essas duas variáveis
(é determinada fora, uma escolha do BC)
• Substituindo (1) em (2):
(3) 𝑀 = $𝑌𝐿(𝑖)
• A taxa de juros deve ser tal que a oferta de
moeda (que é independente da taxa de juros)
seja igual à demanda por moeda (que depende
da taxa de juros).
Supondo que a taxa de juros fosse mais alta( a taxa de juros fosse maior que
“i”): A demanda por moeda seria menor do que oferta por moeda. Essa
demanda sendo menor que a oferta pressiona o juro para baixo.
Figura 4.3 - Efeitos de um aumento da renda
nominal sobre a taxa de juros
• Um aumento da renda nominal leva a um aumento da taxa de juros.
• Isso ocorre porque com a oferta de moeda fixa, os juros se elevam para
reduzir a demanda por moeda em um segundo momento.
→ Aumentar a renda das pessoas elas querem mais moeda para realizar
transação, entretanto como oferta de moeda fixa, A taxa de juros aumenta
para que o custo de oportunidade seja equilibrado a ponto de a demanda por
moeda se tornar novamente igual a oferta.
Figura 4.4 - Efeitos de um aumento da oferta de
moeda na taxa de juros
• Um aumento da oferta de moeda leva a uma
diminuição da taxa de juros.
• A redução da taxa de juros aumenta a demanda
por moeda de modo que ela seja igual à maior
oferta de moeda.
O juros é pressionado pra baixo quando aumenta a
quantidade de moeda em uma economia. Mas
quem exerce esse papel? Ele é feito de forma
natural ao longo no curto/médio prazo?
Então quando o Banco Central aumenta o número de moeda em uma
economia, Ele age no sentido de reduzir o juros da economia, Porque para as
pessoas Demandarem essa moeda adicional, Vai ser necessário ter um juros
menor na economia.
Operações de mercado aberto
• Operações de mercado aberto, que ocorrem no ‘mercado aberto’ de títulos,
são o método padrão utilizado por Bancos Centrais para alterar o montante
de moeda nas economias modernas.
• Se um Banco Central compra títulos, esta operação é chamada de operação
de mercado aberto expansionista, na qual o Banco Central aumenta
(expande) a oferta de moeda.
- política monetária expansionista
• Se um Banco Central vende títulos, esta operação é chamada operação de
mercado aberto contracionista, na qual o Banco Central diminui (contrai) a
oferta de moeda.
→ bc comprar ou vender títulos pra alterar a quantidade de moeda em
circulação na economia. Banco Central tem no seu ativo os títulos públicos do
governo, no passivo do Banco Central tem a quantidade de moeda.
Figura 4.5 - Balancete patrimonial do Banco
Central e uma política monetária expansionista.
• O ativo do Banco Central é a soma dos títulos
que ele possui. O passivo é o estoque da
economia.
- Política monetária expansionista = colocar
moeda na economia = através da compra de
títulos pagando com moeda = desloca a
curva de moeda pra direita = pressão pra
redução do juros, que nada mais é que um
aumento do preço dos títulos, pq o BC ao comprar títulos, ele reduz a
quantidade que tem na economia, ou seja, aumenta o preço dos títulos
• Uma operação de mercado aberto na qual o Banco Central compra títulos e
emite moeda aumenta o ativo e o passivo no mesmo montante.
O ativo do público é um passivo do BC.
Preços de títulos e rendimento de títulos
Política monetária expansionista = colocar moeda na economia = através
da compra de títulos pagando com moeda = desloca a curva de moeda pra
direita = pressão pra redução do juros, que nada mais é que um aumento do
preço dos títulos, pq o BC ao comprar títulos, ele reduz a quantidade que tem
na economia, ou seja, aumenta o preço dos título
• É preciso entender a relação entre taxa de juros e preços dos títulos.
• Se você comprar um título hoje e o mantiver por um ano, a taxa de retorno
(ou juros) de um título de US$ 100 daqui a um ano será de:
(4) 𝑖 =
$100 − $𝑃
𝐵
 $𝑃
𝐵
preço do título hoje (Bonds)𝑃
𝐵
i é a taxa de juros
• Se tivermos a taxa de juros, poderemos descobrir o preço do título usando a
mesma fórmula.
𝑃
𝐵
= $100 1 + 𝑖
Supondo que uma pessoa comprou um título que ele promete pagar cem daqui
um ano (pagou 90 por ex.), então i=11,1%. Mas se o governo tira título de
circulação ou seja compra título no mercado, Consequentemente irá aumentar o
preço do título justamente pelo fato de ter menos títulos em circulação (supondo
que passou pra 95), então o i diminui pra esse mesmo título.
Política monetária expansionista: BC compra títulos no mercado → paga com
moedas → aumenta a quantidade de moeda na economia → pressão para redução
da taxa de juros = aumento do preço do título, pois o BC está comprando títulos do
mercado, ou seja, reduzindo a oferta de títulos
Figura 4.6 – Decisão de reduzir a taxa de juros
• Uma decisão do Banco Central de diminuir a taxa de
juros de 𝑖 a 𝑖′ é equivalente a aumentara oferta de moeda.
• Os Bancos Centrais geralmente pensam na taxa de juros
que desejam atingir e, então, alteram a oferta de moeda
para atingir essa taxa.
4.3) Determinação da taxa de juros II (i)
→ Agora colocaremos o sistema bancário para ver como ele vai aceitar o nosso
modelo
• Intermediários financeiros são instituições que recebem fundos de pessoas e
empresas e usam esses fundos para comprar títulos ou ações ou para fazer
empréstimos a outras pessoas e empresas.
- pegam quem tem poupança positiva pra emprestar pra quem tem interesse
de pegar dinheiro emprestado (fundos de empréstimos)
• Os bancos são um tipo de intermediário financeiro. Eles recebem fundos de
pessoas e empresas que ou depositam os fundos diretamente ou têm os fundos
enviados a suas contas correntes (por meio do depósito direto dos seus salários, por
exemplo).
• O passivo dos bancos é igual ao valor desses depósitos à vista.
• Os bancos mantêm como reservas parte dos fundos que recebem. Essas reservas
são mantidas parcialmente em dinheiro e parcialmente em uma conta mantida no
Banco Central.
-Figura 4.7 - Balancete patrimonial
dos bancos e balancete patrimonial do
Banco Central revisitado.
• O ativo do Banco Central é a soma
dos títulos que ele retém.
• O passivo do Banco Central é a
moeda emitida, a moeda do Banco
Central.
• A nova característica é que nem toda
moeda do Banco Central é mantida
como moeda manual pelo público
(papel moeda).
• Uma parte dela é mantida como reservas bancárias pelos bancos.
Na relação anterior nem tinha banco, agora passamos a ter os bancos.
• Os bancos têm reservas por três motivos:
• Se observarmos determinado dia do mês, qualquer que seja ele, alguns
correntistas retiraram dinheiro da sua conta corrente, enquanto outros depositam
dinheiro nelas. Então o banco precisa ter uma reserva para que caso essa relação de
depósitos e retiradas seja negativa
• Do mesmo modo, se tomarmos qualquer dia, as pessoas com contas no banco
emitem cheques para pessoas com contas em outros bancos, e pessoas com contas
em outros bancos emitem cheques para pessoas com contas no banco.
• Os bancos são sujeitos a requerimento de reservas bancárias. O coeficiente de
reservas – a razão entre reservas bancárias e depósitos à vista. O Banco Central
exige que tenha na conta do banco central uma certa quantidade de reserva, pra
dar mais estabilidade para o sistema financeiro
A oferta e a demanda por moeda do Banco Central (oferta de moeda pelo banco
central vai ser chamado de high powered - H, pois tem potencial de ser
aumentado por um multiplicador)
• Pensemos em termos de oferta e demanda por moeda do Banco Central.
• A demanda por moeda do Banco Central é igual à demanda por moeda manual
pelas pessoas mais a demanda por reservas pelos bancos.
• A oferta de moeda do Banco Central está sob o controle direto do Banco Central.
• A taxa de juros de equilíbrio é tal que a demanda e a oferta de moeda do Banco
Central sejam iguais.
Demanda por moeda (12:16 min)
• Quando as pessoas podem reter tanto papel-moeda quanto depósitos à vista, a
demanda por moeda envolve duas decisões:
1) As pessoas devem decidir quanto reter de moeda.
2) Dada essa moeda, devem decidir quanto reter em moeda manual e quanto reter
em depósitos à vista.
• Demanda por papel moeda (ou moeda manual = aquela mantida com o público,
uma parte eles mantém em casa e outra no sistema bancário) 𝐶𝑈𝑑 :
(6) = 𝑐𝐶𝑈𝑑 𝑀𝑑
Uma parte da demanda por moeda vai ser mantida em papel moeda(ou moeda
manual), chamado de que vai ser uma proporção𝐶𝑈𝑑 = 𝑐 𝑀𝑑
• 𝑐 é a proporção fixa que as pessoas mantém em papel moeda ( 𝑐 está entre 0 e 1,
é uma proporção)
• Demanda por depósitos à vista ( ) :𝐷𝑑
(7) = (1 − 𝑐 )𝐷𝑑 𝑀𝑑
Demanda por reservas
• Quanto maior o montante dos depósitos à vista, maior o montante de reservas
que os bancos devem reter, tanto por precaução quanto por exigência legal (θ é a
razão de reservas, ou seja, o montante de reservas que os bancos detêm em relação
aos depósitos a vista)
→ Demanda por moeda do Banco Central:
(8) 𝑅 = θ𝐷
→ Demanda por reservas pelos bancos (das equações 7 e 8)
(9) 𝑅𝑑 = θ(1 − 𝑐)𝑀𝑑
⇒ é O que da parte demandada por moeda, fica como depósito à vista,(1 − 𝑐)𝑀𝑑
uma fração disso “ ” fica como reserva.θ
Demanda por moeda do Banco Central
• A demanda por moeda do Banco Central é igual a soma da demanda por moeda
manual e da demanda por reservas.
• Demanda por moeda do Banco Central:
(10) = +𝐻𝑑 𝐶𝑈𝑑 𝑅𝑑
“demanda por moeda = papel moeda que fica com o público + a demanda por
reserva por parte dos bancos”
• Assim, das equações (6) e (9):
(11) = 𝑐 + θ (1 − 𝑐) = [𝑐 + θ (1 − 𝑐)]𝐻𝑑 𝑀𝑑 𝑀𝑑 𝑀𝑑
• Como = $𝑌𝐿(𝑖):𝑀𝑑
“Demanda por moedas depende da renda total das pessoas (Y) e depende da taxa
de juros que é o custo de oportunidade de reter moedas”
(12) = [𝑐 + θ (1 − 𝑐)] $𝑌𝐿(𝑖)𝐻𝑑
Se θ = 1 voltamos a demanda por moeda que tínhamos antes do sistema bancário
• Em equilíbrio, a oferta de moeda do Banco Central 𝐻 é igual à demanda por
moeda do Banco Central :𝐻𝑑
(13) =𝐻 𝐻𝑑
(14) = [𝑐 + θ (1 − 𝑐)] $𝑌𝐿(𝑖)𝐻
é a oferta de moeda pelo banco central, 𝑐 é a parte que vai para o público, outra𝐻
parte fica como reserva para os bancos
Figura 4.8 – Determinação da taxa de juros
• A taxa de juros de equilíbrio é tal que a
oferta de moeda do Banco Central seja igual à
demanda por moeda do Banco Central.
Aumentou a taxa de juros aumenta o custo de
oportunidade de reter moeda, as pessoas
retêm moeda como papel moeda ou como
depósito a vista
H é a oferta de moedas pelo banco central e
será determinada pelo banco central
_________FIM_DA_SEÇÃO_4.3_____________
4.4) Armadilha de liquidez
• A principal conclusão das três primeiras seções deste capítulo foi que o Banco
Central pode, ao escolher sua oferta de moeda, determinar a taxa de juros que
deseja.
• Se ele quiser aumentar a taxa de juros, reduz o montante de moeda.
• Se quiser reduzir a taxa de juros, aumenta o montante de moeda.
• Esta seção demonstra que essa conclusão vem com uma importante ressalva: a
taxa de juros não pode ir abaixo de zero.
• Quando a taxa de juros baixa a zero, a política monetária não pode reduzi-la ainda
mais. A política monetária deixa de agir, e diz que a economia está em uma
armadilha da liquidez.
Figura 4.9 – Demanda por moeda, oferta de moeda e a
armadilha da liquidez
• Quando a taxa de juros nominal é igual a zero, e
quando as pessoas têm dinheiro suficiente para
realizar suas transações, elas ficam indiferentes entre
manter moeda ou títulos.
- reta vertical = oferta de moeda fixa
- quando a curva de juros se encontra com
a linha de oferta de moeda, temos o
equilíbrio e encontramos a taxa de juros
da economia
- Quando o banco central aumenta a quantidade
de moeda deslocando a curva de oferta pra
direita, o juros vai ter que abaixar para que as
pessoas estejam dispostas a reter uma maior quantidade de moeda
- com isso reduz o custo de oportunidade de reter moeda, daí as pessoas
retêm mais moeda até encontrar uma taxa de juros mais baixa
- Ponto B: aumentar novamente a quantidade de moeda da economia, não
baixará a taxa de juros
- Vão querer moeda até o ponto B, por motivo de transação. Se o governo
aumentar a quantidade de moeda na economia qnd o juro está 0% elas
deixarão Guardada essa quantidade de moeda adicional, pois elas já
possuem a quantidade necessária de moeda para realizarem transações. Essa
moeda adicional não estimulará o consumo e não reduzirá o juros.
• A demanda por moeda torna-se horizontal. Isso implica que, quando a taxa
nominal de juros é igual a zero, aumentos adicionais na oferta de moeda não têm
efeito sobre a taxa nominal de juros.
• A armadilha da liquidez descreve uma situação em que a política monetária
expansionista se torna ineficaz.
• O aumento da oferta de moeda cai na armadilha da liquidez: as pessoas estão
dispostas a reter mais moeda (mais liquidez) considerando a mesma taxa de juros
nominal.
• O Banco Central pode aumentar a “liquidez”,mas a moeda adicional é
voluntariamente mantido pelos agentes econômicos a uma taxa de juros inalterada,
ou seja, zero.
_______________FIM_DA_SEÇÃO_4________________
5.) Mercado de bens e mercados
financeiros
Objetivo:
● Examina no mercado de bens mercados financeiros de forma conjunta
● seu foco é na abordagem desenvolvida por John Hicks e Alvin Hansen, no final da década
de 1930 e início de 1940
● essa formalização de parte da teoria de Keynes é conhecida como modelo IS-LM, sendo
ensinado utilizado até os dias de hoje
○ importância do mercado de bens e mercado financeiro para determinação do
produto no curto prazo
5.1) O mercado de bens e a relação IS
● Existe equilíbrio no mercado de bens quando a produção, Y, é igual a demanda por bens, Z.
essa condição é chamada relação IS.
● no modelo simples desenvolvido no Capítulo 3, a taxa de juros não afetará a demanda por
bens. a condição de Equilíbrio era dada por:
Y = Z
(1) Y = C (Y - T) + Ibarra + G
Estávamos considerando o investimento como sendo algo determinado fora do modelo, agora
colocaremos como sendo uma função, sendo que o que afeta o investimento é:
1. Nível de renda (+)
2. Taxa de juros (-)
Investimento, vendas e taxa de juros:
● Vendas é importante pois Quando se tem uma economia que tá crescendo e as vendas
estão aumentando → começa Reduzir a capacidade ociosa das empresas → Expectativa
que essas vendas continuarao aumentando → sentem a necessidade de aumentar a
capacidade produtiva → através de investimentos
○ Quando o produto aumenta aumentam as vendas também = impacto positivo nas
vendas
● Considere uma empresa que precisa decidir se compra ou não uma nova máquina. Quanto
maior a taxa de juros, menos atraente a tomar empréstimo e comprar a máquina.
argumento ainda se sustenta se a empresa dos a fundo os próprios, pois quanto maior a
taxa de juros, mais atraente será emprestado invés usá-los.
○ quanto maior for o juros, maior será o custo do investimento → se torna menos
atrativo
○ se o empresário tem o capital próprio, ele pensará (se a taxa de juros estiver mais
alta) em emprestar seu capital ao invés de investi-lo
● Portanto, a função investimento pode ser expressa como:
(2)
𝐼 = 𝐼 (𝑌, 𝑖) , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑌 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒, 𝑖 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒
Determinação do produto:
● Se levarmos em conta a relação de investimentos da equação 2, A condição de equilíbrio do
mercado de bens será ( equação IS expandida):
(3) 𝑌 = 𝐶 (𝑌 − 𝑇) + 𝐼 (𝑌, 𝑖) + 𝐺
● C - consumo
● Y - renda
● T - impostos (Y - T) = renda disponível
● Poderíamos pensar que o Consumo é afetado tanto pela Renda Disponível quanto pela taxa
de juros, Mas é o modelo mais simples, que considera que o juros não afeta consumo,
Embora trouxesse mais para realidade o juros afetaria o consumo sim
○ ainda mais os bens duráveis que são consumidos normalmente à prazo
● Para dar o valor da taxa de juro, , a demanda é uma função crescente do produto𝑖
por dois motivos: (considerando i constante)
○ Quando o produto aumenta ele vai afetar a demanda via investimento e via
consumo, mantendo ir constante aumentar o produto a taxa de investimento
será maior. Além disso aumentando a renda aumentaríamos a renda
disponível, o que é o fator determinante para o consumo
1. um aumento no produto leva um crescimento da renda e a um aumento da renda
disponível, afetando o consumo
2. momento do produto também leva uma elevação dos investimentos
Figura 5.1 - equilíbrio do mercado de bens
● A demanda por bens é uma função crescente do
produto
● um aumento do produto leva, por meio de seus
efeitos sobre o consumo e o investimento, a uma
elevação da demanda por bens
● o equilíbrio requer que a demanda por bens seja
igual ao produto( ponto A)
Características da CURVA ZZ:
● Como não supusemos que as relações entre consumo e investimentos na equação
(3) sejam lineares, ZZ é, geralmente, uma curva em vez de uma reta
● ZZ foi desenhada com uma inclinação menor do que a reta de 45 graus porque se
supõe que é um aumento no produto leva a um aumento da demanda inferior a 1
para 1
○ dados suportam essa hipótese
Derivação da curva IS:
- curva IS é o equilíbrio do mercado de bens para diferentes taxas de juros
Figura 5.2 - Efeito de um aumento da taxa
de juros sobre o produto
● Suponha que o equilíbrio Inicial
esteja no ponto A
● Suponha que a taxa de juros
aumente seu valor inicial “i” para um
valor maior “i’ “
● o aumento da taxa de juros diminui a
demanda por bens a qualquer nível
de produto
○ Um aumento da taxa de juros
provoca uma diminuição na
demanda agregada da
economia, pois reduz o
investimento da economia
○ A → A’ não acontece de uma hora pra outra,
temos todo aquele efeito mmultiplicador da
renda, Primeiro reduzimos a demanda da
economia, a demanda reduz o produto, que
reduz a renda isso provoca uma redução
tanto do consumo quanto do investimento
(repete tanto até chegtar no A’)
Figura 5.3 - Derivação da curva Is
● O equilíbrio do mercado de bens implica que um
aumento da taxa de juros leva a uma diminuição do
produto
● portanto, a curva IS é negativamente inclinada
○ A curva IS representa diferentes pontos de equilíbrios para diferentes taxas
de juros
○ LEMBRANDO QUE NESSE CASO A
DEMANDA TA DETERMINANDO A
OFERTA DA ECONOMIA
Figura 5.4 - deslocamentos da curva IS
● Desenhamos a curva IS da figura 5.3
tomando como dados os valores de impostos,
T, e os gastos do governo, G.
● um aumento de impostos de desloca a curva
e IS para a esquerda
○ quando variamos outra variável (que
não “i”) que afeta a demanda agregada
da economia, a demanda vai ser
afetada e isso vai levar a um novo equilíbrio.
○ isso deslocará a curva IS
5.2) Mercados financeiros e a relação LM
● A taxa de juros é determinada pela igualdade entre oferta de moeda e demanda por
moeda
(4) 𝑀 = $𝑌𝐿(𝑖)
- M = estoque nominal de moeda
- $YL(i) = demanda por moeda
- $Y = renda nominal
- i = taxa de juros
- representa o custo de oportunidade de reter moeda
Moeda real, renda real e taxa de juros:
● A relação LM: no Equilíbrio, a oferta real de moeda é igual a demanda real por
moeda, que depende da renda real, Y, e da taxa de juros, i
(5) 𝑀 𝑃 = 𝑌𝐿(𝑖)
M/P = oferta real de moeda, YL(i) = demanda real por moeda, que depende do produto real e da
função L (i)
**dividimos a equação (4) por P
● Lembre-se que PIB Nominal = PIB Real multiplicado pelo deflator do PIB:
, ou seja(6) $𝑌 = 𝑌𝑃 $𝑌 𝑃 = 𝑌
⇒ Renda nominal( )dividido pelo nível de preço (P), é o produto em termos de
 $𝑌 
𝑃
bens(Y) - em termos reais
➢ Figura 5.5 - Curva LM
● Atualmente, os bancos centrais foram diretamente
na taxa de juros como instrumento de política
monetária
● os bancos centrais ajustam a oferta de moeda
para alcançar a taxa de juros desejada: 𝑖
○ taxa de juros é o instrumento pra controlar a
inflação
○ Altera a quantidade de moeda de forma a
manter essa taxa de juros constante, decidida
na reunião do COPOM por EX.
○ Conforme a demanda
vai alterando o banco central precisa mudar a oferta para manter a taxa de
juros constante
○ A curva LM não é afetada pelo aumento da renda justamente pq o banco
central mexe na demanda de moeda para manter essa taxa de juros
constante
■ tira moeda quando a renda reduz
■ põe moeda qnd ela aumente
fim da seção 5.1 e 5.2
5.3) Combinação das relações IS e LM
• A relação 𝐼𝑆 decorre do equilíbrio do mercado
de bens.
(7) Relação IS:
 𝑌 = 𝐶 (𝑌 − 𝑇) + 𝐼 (𝑌, 𝑖) + 𝐺
• A relação 𝐿𝑀 decorre do equilíbrio do
mercado financeiro.
(8) Relação LM: 𝑖 = 𝑖
taxa de juros é uma taxa constante
• As duas curvas determinam o produto de forma
conjunta.
➢ Figura 5 . 5 – O modelo IS -LM
• O equilíbrio no mercado de bens indica que um
aumento da taxa de juros leva a uma diminuição
do produto .
• Qualquer ponto da curva 𝐿𝑀 horizontal corresponde ao equilíbrio dos mercados
financeiros .
• Quando a curva 𝐼𝑆 cruza a curva 𝐿𝑀 , o mercado de bens e os mercadosfinanceiros
alcançam o equilíbrio, ponto que constitui o equilíbrio global .
Política fiscal e nível de atividade
• Contração fiscal ou consolidação fiscal é uma política fiscal que reduz o déficit
orçamentário.
• Um aumento do déficit – seja devido a um aumento dos gastos do governo, seja devido
a uma redução dos impostos – é chamado expansão fiscal.
• Suponha que o governo decida reduzir o déficit orçamentário e faça isso por meio
do aumento dos impostos.
• Quais são os efeitos dessa contração fiscal sobre o produto, sua composição e a
taxa de juros?
→ O aumento dos impostos aumenta arrecadação do governo, seguiremos 3
passos para entender:
• Componente da demanda que afeta consumo pela alteração nos impostos, e os gastos
do governo afetam a demanda da economia (um dos componentes da demanda)
• Gasto nominal: inclui juros
1) Pergunte como a mudança afeta o equilíbrio do mercado de bens e dos mercados
financeiros. Posto de outra forma, ela desloca a curva 𝐼𝑆 ou a curva 𝐿𝑀? Em qual direção?
- imposto afeta o que? Curva IS ou LM?
- IS, pois está relacionado com os componentes da demanda
- aumentando impostos você acaba por diminuir a renda disponível das
pessoas, afetando o consumo das pessoas (IS)
- afeta IS para a esquerda
2) Descreva os efeitos desses deslocamentos sobre o cruzamento das curvas 𝐼𝑆 e 𝐿𝑀.
Como afeta o produto de equilíbrio e a taxa de juros de equilíbrio?
- IS deslocou para esquerda → LM se manteve, então o produto será reduzido, dado
que LM se mantém constante
3) Descreva os efeitos com palavras.
➢ Figura 5.6 – Efeito de um aumento de impostos
• Passo 1: os impostos deslocam a curva 𝐼𝑆, mas não a curva
𝐿𝑀. Uma elevação dos impostos reduz o produto de
equilíbrio no mercado de bens para uma dada taxas de juros,
ou seja, causa um deslocamento da 𝐼𝑆 para a esquerda.
- Juros se manteve constante pois o BC escolhe o juros:
- reduziu a demanda por moeda, mas para o BC
manter a taxa de juros fixa ele reduz também a
oferta de moeda
• Passo 2: O equilíbrio inicial é dado no ponto 𝐴. Após o aumento dos impostos e o
deslocamento da curva 𝐼𝑆 para a esquerda, o novo equilíbrio é dado por 𝐴 ′ . O produto
diminui de 𝑌 para 𝑌 ′ , enquanto a taxa de juros não varia por hipótese.
• Passo 3: O aumento dos impostos leva a uma renda disponível menor, o que faz que as
pessoas diminuam seu consumo.
Essa diminuição da demanda leva, por sua vez, através de um multiplicador a uma
redução do produto e da renda, mantendo a taxa de juros constante devido à política
monetária.
Analisando-se os componentes do produto, a queda na renda disponível leva a
redução do consumo e, consequentemente, do produto e renda da economia.
A retração destes (produto e renda) provoca quedas adicionais no consumo e
impactam negativamente o investimento.
- consumo e investimento terá uma redução em rodadas
→ Política monetária, nível de atividade e taxa de juros
- aumento ou diminuição da quantidade de moeda → afeta a curva LM →
política monetária
• Contração monetária ou aperto monetário é uma diminuição da oferta de moeda.
• Um aumento da oferta de moeda é chamado de
expansão monetária.
• A política monetária não desloca a curva 𝐼𝑆, apenas a
curva 𝐿𝑀. Por exemplo, um aumento da oferta de moeda
desloca a curva 𝐿𝑀 para baixo (reduz o juros)
• Quais seriam os efeitos de uma política monetária
expansionista sobre o nível de atividade e a taxa de juros?
➢ Figura 5.7 – Efeitos de uma queda na taxa de juros
• Passo 1: a expansão monetária desloca a curva 𝐿𝑀 para
baixo, mas não a curva 𝐼𝑆.
• Passo 2: A economia move-se para baixo ao longo da curva 𝐼𝑆, e o equilíbrio se move do
ponto 𝐴 para o ponto 𝐴’. A produção cresce de 𝑌 para 𝑌 ′e a taxa de juros experimenta
redução de para ′ .𝑖 𝑖
• Passo 3: Uma taxa de juros menor estimula o investimento, com consequente aumento
da demanda e do produto. Pelo efeito multiplicador, ocorrem rodadas de elevação nos
investimentos e no consumo.
- tudo mais constante, tudas as demais variáveis que afetam a economia constantes
5.4) Uso de uma combinação de políticas
• O uso simultâneo de políticas monetária e fiscal é conhecido como combinação de
políticas monetária e fiscal ou, simplesmente, combinação de políticas.
• Às vezes, a combinação correta significa utilizar as políticas monetária e fiscal no mesmo
sentido.
• Suponhamos, por exemplo, que a economia esteja em recessão e que o produto seja
muito baixo. Então, ambas as políticas podem ser usadas para aumentar o produto.
- por exemplo, o governo pode aumentar os gastos da economia ou reduzir impostos
e o banco central pode reduzir a taxa de juros aumentando a qtd de moeda na
economia, ambas as políticas vão para estimular o produto para tirar o país da
recessão
➢ Figura 5.8 – Os efeitos de uma combinação de expansões monetária e fiscal
• O equilíbrio inicial é dado pela interseção das curvas 𝐼𝑆 e 𝐿𝑀 no ponto 𝐴, com o produto
𝑌 correspondente.
• A política fiscal expansionista, digamos por meio de uma redução dos impostos, desloca
a curva 𝐼𝑆 para a direita, de 𝐼𝑆 para 𝐼𝑆′ .
• A política monetária expansionista desloca a
curva 𝐿𝑀 de 𝐿𝑀 para 𝐿𝑀′ .
• O novo equilíbrio está em 𝐴′ , com o produto em
𝑌′ . Assim, tanto a política fiscal quanto a
monetária contribuem para o aumento do produto.
• Renda mais alta e impostos mais baixos
implicam que o consumo também seja maior.
• Aumento da produção e taxa de juros mais baixa implica que os investimentos são mais
elevados.
- uma redução dos impostos da economia aumentou a renda disponível que aumenta
o consumo da economia, junto com uma redução da taxa de juros que estimula o
investimento
Uso de uma combinação de políticas
• Você pode se perguntar: por que usar uma combinação de políticas quando uma só
poderia atingir o aumento desejado na produção?
• O aumento na produção poderia, em princípio, ser alcançado apenas usando a política
fiscal - digamos, por meio um aumento suficiente nos gastos do governo, ou uma redução
suficiente nos impostos - ou apenas usando a política monetária, por meio de uma
expressiva redução na taxa de juros?
• A resposta é que há uma série de razões pelas quais os formuladores de políticas podem
deseja usar uma combinação de políticas.
1) Uma expansão fiscal significa aumento nos gastos do governo, redução nos impostos,
ou ambos. Isso significa um aumento no déficit orçamentário ou uma redução no superávit.
Um grande déficit que eleva a dívida pública pode ser perigoso. Nesse caso, é melhor
confiar, pelo menos em parte, na política monetária.
2) Uma expansão monetária significa uma diminuição na taxa de juros. Se a taxa de juros
for muito baixa, então o espaço para usá-la será limitado. Neste caso, a política fiscal tem
que fazer parte do trabalho.
3) As políticas fiscal e monetária têm efeitos diferentes sobre a composição do produto.
Uma diminuição do imposto de renda, por exemplo, tenderá a aumentar o consumo em
relação a investimento. Uma redução na taxa de juros afetará mais o investimento do que o
consumo. Assim, dependendo da composição inicial da produção, os formuladores de
políticas podem querem confiar mais na política fiscal ou mais na política monetária.
4) Finalmente, nem a política fiscal nem a monetária funcionam perfeitamente. Uma
redução nos impostos pode não aumentar o consumo. Uma redução na taxa de juros pode
não aumentar investimento. Assim, no caso de uma política não funcionar tão bem quanto
o esperado, é melhor usar ambas.
5.5) Como o modelo IS-LM se ajusta aos fatos?
• A introdução formal da dinâmica seria difícil, mas podemos descrever os mecanismos
básicos com palavras.
• É provável que os consumidores levem algum tempo para ajustar seu consumo após uma
mudança em sua renda disponível.
• É provável que as empresas levem algum tempo para ajustar os gastos com investimento
após uma mudança em suas vendas.
• É provável que as empresas levem algum tempo para ajustar os gastos com investimento
após uma mudança na taxa de juros.
• É provável que as empresaslevem algum tempo para ajustar a produção após uma
mudança em suas vendas.
➢ Figura 5.9 – Efeitos
empíricos de um
aumento da taxa de juros
• No curto prazo, um
aumento da taxa de fundos
federais leva a uma
diminuição do produto e a um
aumento do desemprego,
mas tem pouco efeito sobre o
nível de preços.
• As duas linhas tracejadas e
o espaço sombreado entre
elas representam o intervalo
de confiança, uma faixa
dentro da qual, com uma probabilidade de 60%, deve se encontrar o valor verdadeiro do
efeito.
• A Figura 5.9 (a) mostra os efeitos de um aumento de 1% da taxa dos fundos federais
sobre as vendas no varejo ao longo do tempo.
• A Figura 5.9 (b) mostra como vendas mais baixas levam a um produto mais baixo.
• A Figura 5.9 (c) mostra como o produto mais baixo leva a um emprego mais baixo.
• A Figura 5.9 (d) reflete o aumento do desemprego.
• A Figura 5.9 (e) examina o comportamento do nível de preços
Modelo IS - LM e os fatos:
• A Figura 5-9 fornece duas lições importantes.
• Primeiro, nos dá uma noção da dinâmica ajuste do produto e de outras variáveis à política
monetária.
• Em segundo lugar, e mais importante, mostra que o que observamos na economia é
consistente com as implicações do modelo 𝐼𝑆 − 𝐿𝑀.
• Isso não prova que o modelo 𝐼𝑆 − 𝐿𝑀 é o correto. Pode ser que o que observamos na
economia seja o resultado de um mecanismo completamente diferente, e o fato de que o
modelo 𝐼𝑆 − 𝐿𝑀 se encaixa bem ao dados é mera coincidência.
• Mas isso parece improvável. O modelo 𝐼𝑆 − 𝐿𝑀 parece ser uma base sólida para nos
apoiarmos quando observamos mudanças no nível de atividade no curto prazo.
6) Mercados financeiros II: o modelo
IS-LM ampliado
Objetivo
• O capítulo 6 introduz a distinção entre taxas de juros nominal e real
• Apresenta a noção de risco e como ele afeta as taxas de juros cobradas de diferentes
devedores. • Analisa o papel dos intermediários financeiros.
• Amplia o modelo IS-LM.
• Aplica o modelo IS-LM estendido para descrever a recente crise financeira e suas
implicações macroeconômicas - crise de 2008
6.1) Taxa nominal de juros versus taxa real
• Taxas de juros expressas em unidades monetárias são chamados de taxas de juros
nominais. As taxas de juros impressas nas páginas financeiras dos jornais são tipicamente
taxas de juros nominais.
• Se denotarmos a taxa de juros nominal no ano 𝑡 por 𝑖𝑡 , então tomar emprestado uma
unidade monetária hoje exige que se pague o equivalente de 1 + 𝑖𝑡 unidades monetárias
no próximo ano.
• As taxas de juros expressas em termos de uma cesta de bens são chamadas de juros
reais.
• Se denotarmos a taxa de juros real para o ano 𝑡 por , então, por definição, tomar𝑟
𝑡
emprestado o equivalente a uma cesta de bens neste ano exige que se pague o
equivalente de 1 + cestas de bens no próximo ano.𝑟
𝑡
• Como vamos das taxas de juros nominais - que observamos - às taxas de juros
reais - que normalmente não se observa?
• A resposta intuitiva: devemos ajustar a taxa de juros nominal pela inflação esperada.
• Suponha que haja apenas um bem na economia.
• Denote a taxa de juros nominal de um ano, em termos de unidades monetárias, por 𝑖𝑡 .
• Se tomarmos emprestados $ 1 neste ano, teremos que pagar 1 + 𝑖𝑡 dólares no próximo
ano.
• No entanto, o que importa é o quanto teremos que pagar no próximo ano em termos de
bens.
>> Derivação da taxa de juros
• A Figura 1 nos ajuda a derivar a resposta.
• A parte superior repete a definição das taxas de juros real de um ano. A parte inferior
mostra como podemos derivar a taxa real de juros de um ano através de informações
sobre a taxa de juros nominal de um ano e do preço do bem.
• Comece com a seta apontando para baixo no canto esquerdo inferior da Figura 1.
• Suponha que se queira consumir mais uma unidade do produto hoje. Se o preço do bem
for 𝑃𝑡 , devemos pedir emprestado 𝑃𝑡 unidades monetárias.
• Se a taxa de juros nominal de um ano for , teremos que pagar (1 + ) no próximo𝑖
𝑡
𝑖
𝑡
𝑃
𝑡
ano, o que é representado pela seta da esquerda para a direita na parte inferior da Figura1.
• O que importa é a quantidade de bens. Assim, o último passo envolve a conversão de
unidades monetárias para bens no próximo ano.
• Quanto você espera pagar no próximo ano, em termos de bens é, portanto, igual a
, ou seja, o valor de unidades monetárias que você tem que pagar no próximo
(1+𝑖
𝑡
) 𝑃
𝑡
𝑃
𝑡 + 1
𝑒
ano dividido pelo preço esperado do bem para o próximo ano.
Figura 1 - Definição e➢
derivação da taxa real de
juros
: Expectativa do preço𝑃
𝑡 + 1
𝑒
desse bem daqui um ano
- O sobrescrito 𝑒 indica
que é uma expectativa
• Juntando o que vê nas partes superior e inferior da Figura 1, segue que a taxa de juros
real de um ano, 𝑟𝑡 , é dada por:
(1) 1 + 𝑟
𝑡
= 
(1+𝑖
𝑡
) 𝑃
𝑡
𝑃
𝑡 + 1
𝑒
• Denote a inflação esperada entre e 𝑡 + 1 por . Dado que existe apenas um bem, a𝑡 π
𝑡+1
𝑒
taxa esperada de inflação é igual à mudança esperada no seu preço entre e 𝑡 + 1,𝑡
dividido pelo seu preço em 𝑡:
Expectativa de inflação: (vezes 100 = em percentual
(2) =π
𝑡+1
𝑒 (𝑃𝑡 + 1
𝑒 − 𝑃
𝑡
)
𝑃
𝑡
• As equações (5) e (6) fornecem a relação exata da taxa de juros real com a taxa
de juros nominal e a taxa esperada de inflação. Para taxas baixas de inflação
esperada, uma aproximação é:
taxa real = taxa nominal - expectativa de inflação
>> Implicações da taxa real de juros e inflação:
1) Quando a inflação esperada é igual a zero, as taxas de juros nominais e reais
são iguais.
2) Como a inflação esperada é normalmente positiva, a taxa de juros real é
normalmente mais baixa do que a taxa de juros nominal.
3) Para uma determinada taxa de juros nominal, quanto maior a taxa de inflação
esperada, menor a taxa de juros real.
• Presumimos até agora que há apenas um bem. Mas o que fizemos pode ser
facilmente generalizado para muitos bens. Tudo o que precisamos fazer é substituir
o nível de preço – o preço de uma cesta de bens – pelo preço do pão bem na
equação (1) ou (5).
>> O limite inferior zero e a deflação
• Qual taxa de juros deve entrar na relação 𝐼𝑆?
- salários tendem a aumentar pelo menos na mesma medida que a inflação de
consumo, exceto em períodos de recessão
- a taxa real de juros que vai afetar IS
• Claramente, ao pensar sobre o consumo ou decisões de investimento, o que
importa para as pessoas ou para as empresas é a taxa de juros real, a taxa em
termos de bens.
• Isso tem uma implicação direta para a política monetária. Embora o Banco Central
escolha a taxa nominal, ele se importa com a taxa de juros real porque é esta que
afeta as decisões de gasto.
• Para escolher a taxa de juros real desejada, portanto, ele deve levar em
consideração a inflação esperada.
• Por exemplo, se o Banco Central quiser que a taxa de juros real seja de 4% e a
inflação esperada é 2%, ele fixará a taxa de juros nominal, 𝑖, em 6%.
• Essa conclusão vem, no entanto, com um aviso importante, que discutimos no
Capítulo 4 no contexto da armadilha da liquidez.
- quando a taxa de juros está muito baixa, o banco central não consegue
reduzir mais a taxa de juros e a política monetária perde a eficácia
• Como vimos, o limite inferior zero implica que a taxa de juros nominal não pode ser
negativa; caso contrário, as pessoas não iriam querer manter títulos.
• Isso implica que a taxa de juros real não pode ser inferior ao valor negativo da taxa
de inflação esperada.
• Enquanto a inflação esperada for positiva, poderemos ter taxas de juros reais
negativas.
• No entanto, se a inflação esperada se tornar negativa, o limite inferior da taxa real
de juros será positivo e poderá se revelar elevado.
6.2) Prêmio de risco e risco
• Até agora, assumimos que havia apenas um tipo de título. No entanto, existem
diversos tipos de títulos.
• Eles diferem em termos de vencimento, ou seja, o período no qual prometem
efetuar pagamentos.
• Eles também diferem em termos de risco. Alguns títulos são quase desprovidos de
risco; a probabilidade de que o devedor não pague é insignificante.
• Outros títulossão arriscados, com probabilidade não desprezível de que o devedor
não possa ou não queira quitar.
• Neste capítulo, focamos no risco, deixando de lado a questão do vencimento dos
títulos.
• Famílias e empresas não podem pedir emprestado à taxa de fundos federais
definida pelo Banco Central. Nem à mesma taxa do governo.
- normalmente a menor taxa são associadas aos títulos do governo federal
- empresas e familias nao conseguem acessar empréstimos a essa mesma
taxa de juros
• Existe uma boa razão para isso. O risco de não pagamento é maior por parte das
empresas e famílias em relação ao governo.
• Para compensar o risco, os detentores de títulos exigem um prêmio de risco.
• O que determina esse prêmio de risco?
• O primeiro fator é a probabilidade de inadimplência. Quanto maior esta
probabilidade, maior a taxa de juros que os investidores pedirão.
• Mais formalmente, seja 𝑖 a taxa nominal de juros de um título sem risco, e 𝑖 + 𝑥 a
taxa de juros nominal de um título de risco
• O título de risco possui probabilidade de inadimplência. Chamemos 𝑥 o prêmio𝑝
de risco.
- (1-p) = probabilidade de pagamento
• Então, para obter o mesmo retorno esperado nos títulos de risco e naqueles que
são isentos de risco, a seguinte relação deve ser válida:
(8) (1 + 𝑖) = [(1 − 𝑝) × (1 + 𝑖 + 𝑥)] + (𝑝 × 0)
- O lado esquerdo fornece o retorno do título sem risco.
- O lado direito, o retorno esperado sobre o título de risco. Com probabilidade
, não há inadimplência; o título pagará . Com(1 − 𝑝) (1 + 𝑖 + 𝑥)
probabilidade há inadimplência; o título não pagará nada.𝑝
• Podemos reescrever (8) como:
(9) (1 + 𝑖) = (1 − 𝑝) (1 + 𝑖) + (1 − 𝑝) (𝑥)
(10) 𝑥 = 𝑝(1−𝑝) (1 + 𝑖)
• O segundo fator é o grau de aversão ao risco dos detentores de títulos. Mesmo
que o retorno esperado do título de risco seja o mesmo de um título sem risco, o
risco em si os deixará relutantes em manter o título de risco. Assim, eles pedirão um
maior prêmio para compensar a aversão ao risco.
- quanto maior a probabilidade de não pagamento ( ), maior será o prêmio de𝑝
risco para que o sistema financeiro esteja disposto a comprar esse título
- pessoas têm aversão ao risco
6.3) O papel dos intermediários financeiros
• Até agora examinamos o financiamento direto, ou seja, o empréstimo tomado
diretamente dos credores finais. Na verdade, grande parte da tomada e da
concessão de empréstimos ocorre por meio de intermediários financeiros, que são
instituições financeiras que recebem fundos de alguns investidores e os emprestam
a terceiros.
• Entre essas instituições estão os bancos, mas também, e cada vez mais, os "não
bancos", como corretores de hipoteca, fundos do mercado monetário, fundos de
hedge, entre outros.
• Os intermediários financeiros desenvolvem expertise sobre clientes específicos e
podem adaptar os empréstimos às suas necessidades específicas
➢ Figura 2 - Ativos, capital e passivos de bancos
• Os intermediários financeiros tomam e
concedem empréstimos, cobrando uma
taxa de juros ligeiramente mais alta que
aquela à qual tomam empréstimo, para
obter lucro.
• De vez em quando, no entanto, eles se
veem em apuros. Para entender o por que,
vamos primeiro nos concentrar nos bancos
e começar, na Figura 2, com um balancete
bastante simplificado.
>> A escolha de alavancagem
• Comecemos com duas definições.
• A razão de capital de um banco é definida como a razão entre seu capital e
seus ativos. Para o banco na Figura 2, ela é 20/100 = 20%.
• A razão de alavancagem de um banco é definida como a razão entre ativos
e capital, então é o inverso da razão de capital. Neste caso, a razão de
alavancagem é 100/20 = 5.
- quanto maior a razão de alavancagem, mais alavancado ta o banco. Quer
dizer que o banco pega mais empréstimos para estar investindo que o capital
próprio
• Ao pensar em qual razão de alavancagem escolher, o banco deve ponderar dois
fatores:
1) Uma razão de alavancagem mais alto implica em uma taxa de lucro
esperada mais alta.
2) Mas uma maior alavancagem implica em maior risco de falência
CASO:
• Suponha que a taxa esperada de retorno dos ativos seja de 5%, e a taxa esperada
de retorno sobre o passivo seja de 4%.
• O lucro esperado do banco seria: (100 × 5% − 80 × 4%) = 1,8. (lucro esperado do
banco por unidade tempo)
• Considerando que os proprietários do banco colocam 20 de recursos próprios, o
lucro esperado por unidade de capital é 1,8/20 = 9%.
• Agora, suponha que os proprietários do banco decidam colocar apenas 10 de
recursos próprios e tomem 90 emprestados.
• A razão de capital seria 10/100 = 10%, e sua alavancagem 10.
• Seu lucro esperado seria igual a 100 × 5% − 90 × 4% = 1,4.
- o lucro é menor pq o banco ta pagando mais por capital de terceiros, mas por
outro lado, está colocando menos capital próprio
• Seu lucro esperado por unidade de capital próprio seria 1,4/10 = 14%.
• Aumentando a alavancagem e diminuindo recursos próprios, o banco aumentaria
o lucro esperado por unidade de capital.
• Então, por que o banco não escolhe um índice de alavancagem alto?
• Porque maior alavancagem também implica um risco maior de que o valor dos seu
ativo se torne menor do que o valor de seu passivo, o que, por sua vez, implica um
maior risco de insolvência.
• Para o banco na Figura 2, seus ativos podem cair até 80 sem que o banco se
torne insolvente e vá à falência. Mas se fosse para escolher um índice de
alavancagem de 10, qualquer diminuição no valor dos ativos abaixo de 90 levaria o
banco à insolvência.
• Assim, o banco deve escolher uma razão de alavancagem que leve em
consideração os dois fatores.
• Uma razão de alavancagem baixa significa menos lucro. Uma razão de
alavancagem alto significa grande risco de falência
>> Alavancagem e empréstimos
• Suponha que, a partir do balanço patrimonial na Figura 2, o declínio no valor dos
ativos é de 100 para 70. Então o banco se tornará insolvente e irá à falência. Os
devedores que dependiam do banco podem ter dificuldade em encontrar outro
credor.
• Por que isso é relevante? Porque se os bancos continuam solventes, mas cortam
os empréstimos ou se tornar insolventes, a diminuição dos empréstimos que isso
desencadeia pode ter efeitos macroeconômicos relevantes.
>> Liquidez
• Considere um caso em que os investidores não têm certeza do valor do ativo do
banco, e que acreditam que o valor dos ativos tenham baixado. Então, a
alavancagem pode ter efeitos desastrosos.
• Se os investidores tiverem dúvidas sobre o valor do ativo do banco, o mais seguro
para eles é sacar seus fundos do banco. Mas isso cria sérios problemas para o
banco, que precisa encontrar os fundos para pagar os investidores.
• Os empréstimos que ele possui não podem ser recuperados facilmente.
Normalmente, os devedores usaram os fundos para pagar contas, comprar um
carro, adquirir uma máquina etc.
• Provavelmente, vender os empréstimos a outro banco será difícil
• Avaliar o valor dos empréstimos é difícil para os demais bancos, que não possuem
conhecimento específico sobre os clientes que o banco original possui.
• Em geral, quanto mais difícil for para os outros avaliarem o valor dos ativos do
banco, mais provável que ele seja incapaz de vendê-los ou tenha que fazê-lo a
preços de queima de estoque.
• Tais vendas, no entanto, só pioram as coisas para o banco. Conforme o valor dos
ativos diminui, o banco pode ficar insolvente e ir à falência.
• Por sua vez, conforme os investidores percebem que isso pode acontecer, isso
lhes dá ainda mais motivos para querer sacar seus fundos, forçando mais vendas
apressadas, piorando o problema
• Observe que o problema será pior se os investidores quiserem sacar seus fundos
em um prazo curto. Este é claramente o caso dos depósitos à vista nos bancos.
• O fato dos ativos dos bancos serem em grande parte compostos por empréstimos
e seus passivos por depósitos à vista, torna-os particularmente expostos ao risco de
corridas bancárias.
• Em resumo, quanto menor for a liquidez dosativos, maior o risco de queimas de
estoque e, portanto, o risco do banco ficar insolvente e ir à falência.
• Quanto maior for a liquidez dos passivos, maior o risco de queimas de estoque e,
portanto, o risco do banco ficar insolvente e ir à falência.
6.4) Estendendo o IS-LM
• O modelo IS-LM que apresentamos no Capítulo 5 tinha apenas uma taxa de juros.
Essa taxa de juros era determinada pelo Banco Central e entrava nas decisões
sobre gastos.
• Ela aparecia tanto na relação LM quanto na relação IS.
• No entanto, a realidade é substancialmente mais complexa, e devemos estender
nosso modelo inicial.
• Primeiro, devemos distinguir entre a taxa de juros nominal e a taxa de juros real.
- o que determina os gastos e consumo é a taxa de juros real
• Em segundo lugar, devemos distinguir a taxa de juros definida pelo Banco Central
e as taxas de juros pagas pelos devedores.
• As taxas de juros dependem tanto do risco associado aos devedores quanto do
estado de saúde dos intermediários financeiros.
• Quanto maiores os riscos, ou a razão de alavancagem dos intermediários
financeiros, maiores as taxa de juros. Capturamos esses dois aspectos
reescrevendo o IS-LM da seguinte maneira:
é a taxa real de juros𝑖 − Π 𝑒
x ⇒ o prêmio pelo risco
• 𝑌 é o produto;
• 𝐶 é o consumo agregado;
• 𝑇 corresponde aos impostos líquidos
de transferências;
• 𝐼 é o investimento agregado;
• 𝑖 é a taxa nominal de juros;
• é a inflação esperada entre 𝑡 e 𝑡 +π 𝑒
1;
• 𝑥 é o prêmio de risco.
• 𝐺 representa os gastos do governo.
• Como a taxa real de juros é aproximadamente:
• Podemos representar a equação (11) como:
Em que 𝑟 é a taxa real de juros.
Consumo depende da renda disponível, investimento depende da renda
disponível e da taxa real de juros, A qual os emprestadores e tomadores têm
acesso
• Como o Banco Central determina a taxa de juros real ao escolher a taxa de juros
nominal, a relação LM pode ser representada por: 7min do vídeo
• Em que é real de nominal de juros determinada pelo Banco Central.
• A duas equações deixam claro que a taxa de juros que entra na equação LM (𝑟)
não é a mais a mesma na relação IS(𝑟 + 𝑥) .
• A taxa 𝑟 + 𝑥 é a taxa de juros a qual consumidores e empresas contraem
empréstimos. Portanto, inclui o prêmio de risco.
>> Choques financeiros e o produto
• Suponha que, por algum motivo, 𝑥 aumente. Existem muitos cenários potenciais
aqui.
• Isso pode ser, por exemplo, porque os investidores se tornaram mais avessos ao
risco e exigem um maior prêmio de risco, ou pode ser porque uma instituição
financeira foi à falência.
• Dessa forma, os investidores ficam preocupados com a saúde de outros bancos,
iniciando uma corrida e forçando esses outros bancos a reduzirem os empréstimos.
• Em termos da Figura 3, a curva 𝐼𝑆 desloca-se para a esquerda.
• À mesma taxa de juros 𝑟, a taxa de empréstimo, 𝑟 + 𝑥, aumenta, levando à
redução da demanda e da produção.
Figura 3 - Deslocamentos da curva IS
• A curva IS é traçada para valores dados de 𝐺,
𝑇 e 𝑥.
• Um aumento em 𝑥(aumentará A taxa de juros
real qual os tomadores de empréstimos tem
acesso) leva ao deslocamento da curva IS para
esquerda e à diminuição do produto de
equilíbrio.
• Problemas no sistema financeiro podem
levam à recessão. Dito de outra forma, uma
crise financeira se torna uma crise
macroeconômica.
- Ficou mais difícil tomar emprestado porque o juros da mais alto, então Vai
reduzir investimentos ( poderia estar reduzindo o consumo também mas
nesse modelo a taxa de juros afeta investimento) E deslocaria a IS para
esquerda
- O banco central reduziu a renda da economia, vai reduzir a demanda por
moeda, o BC Vai ter que reduzir a oferta de moeda Também para manter a
taxa de juros nominal constante e, dada expectativa de inflação os juros real
constante também
>> Choques financeiros, política monetária e produto
• O que a política econômica pode fazer?
• A política fiscal, seja um aumento em 𝐺, ou uma diminuição em 𝑇 pode deslocar a
curva IS para a direita e aumentar a produção.
• Mas um aumento nos gastos ou um corte nos impostos pode implicar em um
aumento considerável no déficit orçamentário, e o governo pode relutar em fazê-lo.
- Aumentar o gasto do governo ou reduzir os impostos e isso trazer um
problema fiscal, e gerar incerteza na economia Quanto a capacidade do
governo de financiar sua dívida, pode levar a um resultado contrário do
esperado
• Dado que a causa da queda no produto é a elevada taxa de juros enfrentada pelos
tomadores, a política monetária parece ser uma ferramenta de política econômica
mais adequada.
• Uma redução suficiente nos juros, conforme ilustrado na Figura 4, pode levar a
economia a novamente ao nível de produto inicial.
Figura 4 – Choques financeiros e política monetária
• Uma redução da taxa de juros pode, em
princípio, compensar o aumento do prêmio de
risco.
• O limite inferior zero pode, no entanto, limitar a
diminuição da taxa de juros real.
Quando o juros nominal é 0 (i = 0), o juros real vai ser menos a expectativa da
inflação
6.5) Crise financeira internacional
→ maior impacto econômico depois da grande depressão
• Na primeira metade dos anos 2000, as taxas de juros das hipotecas estavam
muito baixas, o que estimulou a demanda por imóveis residenciais. - seja pra
investimento seja para moradia
• Os credores hipotecários pareciam cada vez mais dispostos a conceder
empréstimos a devedores de maior risco.
• Em 2006, cerca de 20% das hipotecas nos EUA eram subprimes, ou seja,
empréstimos de segundo linha cujos riscos de inadimplência são mais elevados.
• Parte desses empréstimos eram considerados NINJA. Um empréstimo NINJA é
uma gíria para um empréstimo concedido a um tomador com pouca ou nenhuma
tentativa do credor em verificar a capacidade de pagamento do requerente. Significa
"sem renda, sem emprego e sem ativos - no income, no job, and no assets".
- empréstimos concedidos para pessoas que não tinham possibilidade de
pagamento
• Enquanto a maioria dos credores exige que os solicitantes de empréstimos
forneçam evidências de um fluxo estável de renda ou de outras garantias, um
empréstimo do NINJA ignora esse processo de verificação.
>> Crise financeira internacional e a queda no preço dos imóveis residenciais
• A medida que os preços dos imóveis residenciais sofreram uma queda, muito
devedores ficaram inadimplentes e, portanto, os credores se viram diante de
grandes perdas.
• O sistema bancário estava altamente alavancado, utilizando veículos de
investimentos estruturados (SIVs – Structured Investment Vehicles) para burlar a
razão de capital mínima exigida pelas normas vigentes.
• Os SIVs tomavam empréstimos de investidores que apresentava uma garantia do
banco que os criara de que, se necessário, lhes forneceria fundos.
• Essas operações não apareciam em seus balancetes. Portanto, os bancos não
precisavam aportar capital próprio, aumentando a alavancagem.
• Com a queda dos preços dos imóveis residenciais, o mesmo aconteceu com os
títulos detidos pelos SIVs e, com a garantia dos bancos que as criaram de fornecer
fundos aos investidores, os próprios banco entraram e risco de insolvência.
• A securitização das hipotecas e o financiamento no atacado pioram ainda mais a
situação.
→ Não era o banco que colocava dinheiro de forma direta porque ele pegava o
dinheiro de grandes investidores e remanejava diretamente para hipotecas, o banco
agia como intermediador, portanto nao tomava risco
→ Como não era o banco que tava fazendo propriamente esse empréstimo, o
banco nao colocava capital próprio como reserva.
>>Securitização financiamento no atacado.
• Securitização trata-se da criação de títulos com base em uma cesta de ativos (por
exemplo, um cesta de empréstimos ou uma cesta de hipotecas).
• O MBS (Mortgage Based Security) era título garantido por créditos hipotecários, ou
seja, um direito aos retornos de uma cesta de hipotecas. Esses títulos provocaram
uma reduçãodos custos de empréstimos residenciais.
• Esses títulos também reduziram os incentivos dos bancos em garantir que o
devedor quitaria a dívida, além de dificultar a classificação de risco por parte das
agências de rating, dificultando a sua venda no momento de queda dos preços dos
imóveis.
• Financiamentos no atacado eram fontes de financiamento além dos depósitos à
vista, geralmente provenientes de outros bancos e investidores sob a forma de
dívida de curto prazo. Os SIVs eram financiados por essas fontes.
• Embora os correntistas fossem protegidos por um seguro de depósito, o mesmo
não acontecia para os demais investidores, inclusive aqueles que forneciam os
financiamentos no atacado.
• O resultado dessa combinação de alta alavancagem, ativos ilíquidos e passivos
líquidos foi uma grave crise financeira.
>> Implicações macroeconômicas e respostas
• Aumento das taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas, além que a
quantidade de crédito diminui pois as instituições financeiras não estavam disposta
a emprestar com aquele risco mt alto
• Queda acentuada da confiança.
• Contração acentuada do consumo e investimento.
→ Para aliviar tal situação: (governo fez:)
• Aumento do seguro de depósito federal de US$ 100.000 para US$ 250.000
por conta corrente.
• Ampliação da liquidez por parte do FED para facilitar a tomada de
empréstimos.
- redução da taxa de juros e aumento de moeda no sistema financeiro
• O conjunto de ativos que as instituições financeiras podiam usar como
garantia foi ampliado.
• Compra de ações dos bancos pelo governo americano para aumentar a
razão de capital, diminuindo a alavancagem.
• Redução da taxa de juros.
• Redução dos impostos e aumento dos gastos.
Figura 5 – A crise e o uso de políticas fiscal e
monetária 34min do vídeo
• A crise financeira acarretou o deslocamento
da curva IS para esquerda.
• As políticas monetária e fiscal levaram a um
deslocamento da curva IS para direita. • A
política monetária expansionista levou ao
deslocamento da LM para baixo.
•As políticas não foram suficientes, no
entanto, para evitar uma recessão.
7) O médio prazo
>> MERCADO DE TRABALHO
- É importante entendermos o mercado de trabalho para Entender a relação entre variação do
nível de preços e atividade econômica
• A população em idade ativa ou em idade de trabalhar: o número de pessoas
potencialmente disponíveis para empregos civis (Pessoas de 14 anos ou mais de
idade na data de referência).
• As pessoas na força de trabalho = pessoas ocupadas e as pessoas desocupadas
nesse período.
• São classificadas como ocupadas na semana de referência as pessoas que,
nesse período, trabalharam pelo menos uma hora completa em trabalho
remunerado em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefícios (moradia,
alimentação, roupas, treinamento etc.) ou em trabalho sem remuneração direta em
ajuda à atividade econômica de membro do domicílio ou, ainda, as pessoas que
tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadas nessa
semana (férias, folga, jornada de trabalho variável, licença maternidade e fatores
ocasionais). - nomenclatura do IBGE
• São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas não
ocupadas nesse período, que tomaram alguma providência efetiva para conseguir
um trabalho no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para
iniciar um trabalho na semana de referência.
• São classificadas como fora da força de trabalho na semana de referência as
pessoas que não estavam ocupadas nem desocupadas nessa semana.
• A taxa de participação é o percentual de pessoas na força de trabalho em
relação às pessoas em idade de trabalhar.
• O nível de ocupação é o percentual de pessoas ocupadas na semana de
referência em relação às pessoas em idade de trabalhar.
• A taxa de desocupação ou taxa de desemprego é o percentual de pessoas
desocupadas em relação às pessoas na força de trabalho.
>> POPULAÇÃO E DESEMPREGO
>> MERCADO DE TRABALHO ESTACIONADO
- Notamos um aumento da taxa de desocupação em momentos de crise
- 2014 - 2017 um aumento da taxa de desocupação, até que começa a ter uma
recuperação lenta
- Percebemos uma relação muito grande do nível de atividades com nível de
emprego ou de ocupação de uma economia, quanto maior nível de atividade,
maior será o nível de ocupação
>> FLUXOS DE TRABALHADORES
• Determinada taxa de desemprego pode refletir duas realidades bastante
diferentes:
1) Pode refletir um mercado de trabalho ativo, com muitos desligamentos e
muitas admissões.
2) Um mercado de trabalho esclerosado, com poucos desligamentos, poucas
admissões e um contingente estagnado de desempregados.
- Além de olhar para taxa de desemprego simplesmente de uma economia, é
importante olhar Qual a dinâmica do mercado de trabalho se o nível de
admissões está sendo Alta ou se tem muita gente parado sem conseguir
encontrar emprego
>> MOVIMENTOS DO DESEMPREGO
• Quando o nível de desemprego é alto, a proporção de desempregados que
encontram emprego é baixa.
• Quando o desemprego é alto, uma proporção mais alta de trabalhadores perde
seu emprego.
• Portanto, os trabalhadores empregados se defrontam com uma maior
probabilidade de perda do emprego, enquanto os desempregados experimentam
uma probabilidade mais baixa de encontrarem emprego.
Massa salarial e desemprego: Existe uma relação muito forte entre o salário dos
trabalhadores e a taxa de desemprego
>> DETERMINAÇÃO DE SALÁRIOS
[parte 2]
• Negociação coletiva é a negociação entre empresas e sindicatos.
• Entre as forças comuns que atuam na determinação de salários temos:
• Uma tendência do salário a exceder seu salário reserva, ou o salário que poderia
tornar os funcionários indiferentes entre trabalhar ou permanecer desempregados.
Em outras palavras, a maioria dos trabalhadores recebe um salário suficientemente
alto que os faz preferir estar empregados a ficar desempregados.
- esse salário vai variar durante o passar do tempo e alguns elementos afetam
ele
• Dependência dos salários das condições do mercado de trabalho. Quanto menor a
taxa de desemprego, maiores os salários.
>> NEGOCIAÇÃO
• O tamanho do poder de negociação de um trabalhador depende de dois fatores:
• O quanto custaria para a empresa substituí-lo se ele deixasse a empresa
- a natureza do emprego, o que está relacionado à qualificação.
- Pessoas que possuem maior escolaridade (qualificação) precisam de mais
tempo para aprender a função para atingir a mesma produtividade
- em profissões que nao requerem certa qualificação, O poder de negociação
do Trabalhador tende a ser menor, pois o custo de substituição do mesmo é
menor
• A dificuldade que ele teria para encontrar outro emprego se deixasse a empresa, o
que está relacionado às condições do mercado de trabalho.
>> SALÁRIOS-EFICIÊNCIA
• As teorias do salário-eficiência relacionam a produtividade ou a eficiência dos
trabalhadores ao salário que recebem.
• Essas teorias também sugerem que os salários dependem tanto da natureza do
emprego quanto das condições do mercado de trabalho:
• Empresas que consideram o ânimo e o compromisso dos empregados
essenciais para a qualidade de seu trabalho pagarão mais do que as empresas de
setores nos quais as atividades dos funcionários são mais rotineiras.
• As condições do mercado de trabalho afetarão o salário.
>> SALÁRIOS, PREÇOS E DESEMPREGO
• O salário nominal agregado, W, depende de três fatores:
1. O nível esperado de preços, 𝑃𝑒
2. A taxa de desemprego, .𝑢
3. A variável abrangente, , que representa todas as outras variáveis que podem𝑧
afetar o resultado da fixação dos salários.
• Uma possível especificação dos salários seria:
⇒ Nível esperado de preços
Tanto funcionários como empresas se preocupam com salários reais (W/P), e não
com salários nominais (W):
- salários reais = quanto que o salário vai estar comprando em termos de bens,
as pessoas querem manter o nível de compra delas
• Os funcionários não se preocupam com quantos dólares (ou reais)