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MANUAL DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL [ÁREA NUTRIÇÃO CLÍNICA] Belém / Pará 2015 2 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 AAAAUUUUTORES TORES TORES TORES PROFESSOR FÁBIO COSTA DE VASCONCELOS Graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Pará. Mestrando em Ensino em Saúde na Amazônia (UEPA). Pós graduação em Nutrição Oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer - INCA-RJ. Especialização em Programa de Residência em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Pará. Especialização em Bioestatística. PROFESSORA SANDRA MARIA DOS SANTOS FIGUEIREDO MOURA Graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Pará. Mestranda em Ensino em Saúde na Amazônia (UEPA). Especialização em Saúde e Desporto pela Universidade do Estado do Pará. Especialização em Programa de Residência em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Pará. PROFESSORA SIMONE DO SOCORRO FERNANDES MARQUES Graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Pará. Mestre em Doenças Tropicais pela Universidade Federal do Pará. Especialização em Programa de Residência em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Pará PROFESSORA ELENISE DA SILVA MOTA Graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Pará. Mestre em Saúde, Sociedade e Endemias da Amazônia (UFAM/UFPA). Especialização em Tecnologia de Alimentos (UFPA). Especialização em Programa de Residência em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Pará 3 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 SUMÁRIO FASES DO CICLO DE VIDA 14 ÍNDICES MAIS UTILIZADOS DE COM OS CICLOS DE VIDA 14 CAPÍTULO I TÉCNICAS DE AFERIÇÃO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 1 PESO 16 1.1 PESANDO CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS - BALANÇA PEDIÁTRICA MECÂNICA 16 1.2 PESANDO CRIANÇAS MAIORES DE DOIS ANOS, ADOLESCENTES E ADULTOS - BALANÇA PLATAFORMA MECÂNICA 17 2 COMPRIMENTO / ALTURA 18 2.1 MEDINDO O COMPRIMENTO DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS - ANTROPÔMETRO HORIZONTAL 18 2.2 MEDINDO ALTURA DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E ADULTOS - ANTROPÔMETRO VERTICAL 19 3 ALTURA DO JOELHO 20 3.1 INDICAÇÃO 20 3.2 TÉCNICA 20 4 ESTATURA RECUMBENTE 20 4.1 INDICAÇÃO 20 4.2 TÉCNICA 20 5 ENVERGADURA DO BRAÇO OU EXTENSÃO DOS BRAÇOS 21 5.1 INDICAÇÃO 21 5.2 TÉCNICA 21 6 SEMI ENVERGADURA 21 6.1 INDICAÇÃO 21 6.2 TÉCNICA 22 7 CIRCUNFERÊNCIA DO PULSO 22 7.1 INDICAÇÃO 22 7.2 TÉCNICA 22 8 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA 23 8.1 TÉCNICA 23 9 CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL 24 9.1 TÉCNICA 24 10 CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL 25 10.1 TÉCNICA 25 11 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 25 11.1 TÉCNICA 25 12 CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA 26 12.1 INDICAÇÃO 26 12.2 TÉCNICA 26 13 CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO 27 13.1 INDICAÇÃO 27 13.2 TÉCNICA 27 4 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 14 DOBRAS CUTÂNEAS 28 14.1 INDICAÇÃO 28 14.2 TÉCNICA GERAL 28 14.3 DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL 28 14.3.1 Técnica 28 14.4 DOBRA CUTÂNEA BICIPITAL 29 14.4.1 Técnica 29 14.5 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR 29 14.5.1 Técnica 29 14.6 DOBRA CUTÂNEA SUPRA ILÍACA 30 14.6.1 Técnica 30 15 MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR (MAP) 31 15.1 TÉCNICA 31 16 ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL 32 16.1 SIGNIFICADO 32 17 ÍNDICE CINTURA-ALTURA 32 17.1 SIGNIFICADO 32 CAPÍTULO II Avaliação Nutricional de Crianças e Adolescentes 1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS 34 2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES 35 3 CLASSIFICAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA 36 4 CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM NASCIDO 36 4.1 CONFORME IDADE GESTACIONAL (IG) 36 4.2 CONFORME O PESO AO NASCER (PN) 36 4.3 CONFORME PESO E IDADE GESTACIONAL 36 4.4 CURVA CONFORME PESO AO NASCIMENTO E IDADE GESTACIONAL 37 4.5 ÍNDICE PONDERAL (IP) 37 4.5.1 Fórmula 37 4.5.2 Interpretação 37 4.5.3 Curva Índice Ponderal 38 5 PESO - GANHO PONDERAL ESPERADO 38 6 ALTURA - GANHO ESTATURAL ESPERADO 39 7 PERÍMETRO CEFÁLICO 39 8 PERÍMETRO TORÁCICO 40 9 PERIMETRO TORÁCICO - PERÍMETRO CEFÁLICO 40 10 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) 41 10.1 ADEQUAÇÃO 41 10.2 VALORES PADRÃO DE REFERÊNCIA ESTRATIFICADA POR SEXO E IDADE E CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O PERCENTIL 41 10.3 CLASSIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 42 10.3.1 Blackburn e Thorton, 1979 42 5 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 10.3.2 Frisancho, 1984 42 10.3.3 Frisancho, 1990 42 11 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB) 42 11.1 FÓRMULA 42 11.2 ADEQUAÇÃO 42 11.3 VALORES PADRÃO DE REFERÊNCIA ESTRATIFICADA POR SEXO E IDADE E CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O PERCENTIL 43 11.4 CLASSIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO 44 11.4.1 Blackburn e Thorton, 1979 44 11.4.2 Frisancho, 1990 44 12 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA (AMBc) 44 12.1 INDICAÇÃO 44 12.2 FÓRMULA 44 12.3 CLASSIFICAÇÃO 44 12.4 TABELAS 45 13 CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO 45 13.1 PONTO DE CORTE, SEGUNDO YANG 45 14 CIRCUNFERÊNCIA CINTURA 46 14.1 PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA SEGUNDO SEXO E IDADE 46 14.2 INTERPRETAÇÃO 46 15 DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS (DCT) 47 15.1 ADEQUAÇÃO 47 15.2 VALORES PADRÃO DE REFERÊNCIA ESTRATIFICADA POR SEXO E IDADE E CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O PERCENTIL 47 15.3 CLASSIFICAÇÃO DA DOBRA CUTÂNEA DO TRICEPS 48 15.3.1 Blackburn e Thorton, 1979 48 15.3.2 Frisancho, 1990 48 16 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (DCSE) 48 16.1 VALORES PADRÃO DE REFERÊNCIA ESTRATIFICADA POR SEXO E IDADE E CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O PERCENTIL 48 16.2 CLASSIFICAÇÃO DA DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR 49 16.2.1 Frisancho, 1990 49 17 EQUAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS PARA DETERMINAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL (8 A 18 ANOS) 50 17.1 FÓRMULA SLAUGHTER 50 17.2 FÓRMULA BOILEAU 50 17.3 CLASSIFICAÇÕES DO PERCENTUAL DE GORDURA 50 18 EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DO PESO IDEAL (PI) 51 19 EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DA ALTURA 51 19.1 ALTURA DO JOELHO (AJ) 51 6 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 20 CÁLCULOS DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES 52 CAPÍTULO III Avaliação Nutricional de Adultos 1 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) OU ÍNDICE DE QUELETET 54 1.1 FÓRMULA 54 1.2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO O IMC 54 1.3 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO O IMC, DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA 54 2 EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DO PESO IDEAL (PI) 54 2.1 IMC MÉDIO 54 2.1.1 Fórmula 54 2.1.2 Média do IMC segundo sexo 54 2.2 COMPLEIÇÃO FÍSICA 55 2.2.1 Fórmula 55 2.2.2 Estrutura Óssea (Biótipo) 55 2.2.3 Tabela do Peso Ideal de acordo com a Compleição Física (Fonte: Metropolitan Life Insurance Company, 1959). 56 3 PESO AJUSTADO 57 3.1 PESO AJUSTADO PARA OBESIDADE 57 3.1.1 Fórmula ASPEN (1998) 57 3.1.2 Fórmula Frankenfield (2003) 57 3.2 PESO AJUSTADO PARA DESNUTRIÇÃO 57 4 AVALIAÇÃO DO PESO ATUAL EM RELAÇÃO AO PESO IDEAL 57 4.1 FÓRMULA 57 4.2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL RELATIVO AO PESO IDEAL 57 5 AVALIAÇÃO DO PESO ATUAL EM RELAÇÃO AO PESO USUAL 57 5.1 FÓRMULA 57 5.2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL RELATIVO AO PESO USUAL 58 6 DETERMINAÇÃO DA ALTERAÇÃO PONDERAL RECENTE: DETERMINA O PERCENTUAL DE GANHO OU PERDA DE PESO RELATIVO AO TEMPO 58 6.1 FÓRMULA 58 6.2 CLASSIFICAÇÃO 58 7 ESTIMATIVA DE PESO CORPORAL EM PACIENTES COM EDEMA 58 8 ESTIMATIVA DO PESO DE ACORDO COM A INTENSIDADE DA ASCITE 58 9 EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DO PESO ESTIMADO 59 9.1 MÉTODO DE CHUMLEA 59 9.2 MÉTODO RABITO 59 7 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 10 MÉTODOS E EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DA ALTURA ESTIMADA 60 10.1 ESTATURA RECUMBENTE 60 10.1.1 Técnica 60 10.2 ALTURA DO JOELHO 60 10.2.1 Técnica 60 10.2.2 Fórmula de Chumlea 60 10.3 EXTENSÃO DOS BRAÇOS 60 10.3.1 Técnica 60 10.4 FÓRMULA RABITO 61 11 AVALIAÇÃO PELAS DOBRAS CUTÂNEAS 61 11.1 DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS (DCT) 61 11.1.1Indicação 61 11.1.2 Contra – indicação 61 11.1.3 Técnica 61 11.1.4 Adequação 61 11.1.5 Padrão de normalidade para Dobra Cutânea Triciptal 62 11.1.6 Classificação da Dobra Cutânea do Tríceps 63 11.1.6.1 Blackburn e Thorton, 1979 63 11.1.6.2 Frisancho, 1990 63 11.2 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (DCSE) 63 11.2.1 Indicação 63 11.2.2 Contra – indicação 63 11.2.3 Técnica 63 11.2.4 Avaliação 64 11.2.5 Padrão de normalidade para Dobra Cutânea Subescapular - Frisancho, 1990. 64 11.2.6 Classificação do estado nutricional a partir da DCSE por percentis 65 11.3 DOBRA CUTÂNEA BICIPTAL 65 11.3.1 Técnica 65 11.4 DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ILIACA 65 11.4.1 Técnica 65 12 PORCENTAGEM ESTIMADA DA GORDURA CORPORAL OBTIDA, POR MEIO DA SOMA DE QUATRO PREGAS CUTÂNEAS 66 12.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO PORCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL 67 12.1.1 Lohman 67 12.1.2 Gallagher 67 13 AVALIAÇÃO PELAS CIRCUNFERÊNCIAS 68 13.1 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 68 13.1.1 Indicação 68 13.1.2 Técnica 68 13.1.3 Adequação 68 13.1.4 Padrão de normalidade para Circunferência do Braço 69 13.1.5 Classificação da Circunferência do Braço 71 8 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.1.5.1 Blackburn e Thorton, 1979 71 13.1.5.2 Frisancho, 1984 71 13.1.5.3 Frisancho, 1990 71 13.2 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB) 71 13.2.1 Indicação 71 13.2.2 Fórmula 71 13.2.3 Adequação 71 13.2.4 Padrão de normalidade para Circunferência Muscular do Braço 72 13.2.5 Classificação da Circunferência Muscular do Braço 74 13.2.5.1 Blackburn e Thornton, 1979 74 13.2.5.2 Frisancho, 1990 74 13.3 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA (AMBc) 74 13.3.1 Indicação 74 13.3.2 Fórmula 74 13.3.3 Classificação 74 13.3.4 Tabelas 75 13.4 ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO 76 13.4.1 Indicação 76 13.4.2 Fórmula 76 13.4.3 Classificação 76 13.4.4 Tabelas 76 13.5 CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO 76 13.5.1 Ponto de Corte, segundo Yang 76 13.5.2 Ponto de Corte, média segundo sexo (Estudo Americano) 76 13.5.3 Ponto de Corte, segundo Estado Nutricional Ben-Noun, Sohar e Laor 76 13.6 CIRCUNFERÊNCIA CINTURA 76 13.6.1 Classificação 76 13.7 ÍNDICE CINTURA-QUADRIL (ICQ) 77 13.7.1 Fórmula 77 13.7.2 Classificações 77 13.8 ÍNDICE CINTURA-ALTURA (ICA) 78 13.8.1 Fórmula 78 13.8.2 Interpretação 78 14 ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL (IAC) 78 14.1 FÓRMULA 78 14.2 INTERPRETAÇÕES 79 15 MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR (MAP) 79 15.1 VALORES PADRÕES DA ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR 79 15.2 GRAU DE DEPLEÇÃO E DE % DE ADEQUAÇÃO DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR 79 16 CÁLCULOS DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 80 16.1 FÓRMULA PARA CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS SEGUNDO HARRIS & BENEDICT (1919) 80 16.2 FÓRMULA PARA GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET) 80 9 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 16.3 FATOR DE CORREÇÃO PARA CÁLCULO DA DEMANDA ENERGÉTICA 80 16.4 NÍVEIS DE PROTEÍNA DE ACORDO COM OS NÍVEIS DE ESTRESSE 82 CAPÍTULO IV Avaliação Nutricional de Idosos 1 EQUAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO PESO IDEAL (PI) 84 1.1 PESO IDEAL (PI) PELO IMC MÉDIO 84 1.2 IMC DE ACORDO COM A IDADE E SEXO - PERCENTIL 50 84 1.3 ESTIMATIVA DE PESO PELO MÉTODO DE CHUMLEA 84 2 MÉTODOS E EQUAÇÕES PARA ESTIMAR A ALTURA 85 2.1 ALTURA DO JOELHO 85 2.1.1 Indicação 85 2.1.2 Técnica 85 2.2 ESTIMATIVA DE ALTURA PELO MÉTODO DE CHUMLEA 85 2.3 ENVERGADURA DOS BRAÇOS OU EXTENSÃO DOS BRAÇOS 86 2.3.1 Indicação 86 2.3.2 Fórmula para Idosos 86 2.4 SEMI ENVERGADURA DOS BRAÇOS 86 2.4.1 Indicação 86 2.4.2 Fórmulas 86 3 ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA 86 3.1 FÓRMULA 86 3.2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO OPAS 87 3.3 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO NSI 87 3.4 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO LIPSCHITZ 87 4 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA MASSA MUSCULAR E TECIDO ADIPOSO PARA IDOSOS 60 A 74 ANOS E 11 MESES 88 4.1 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 88 4.1.1 Valores Padrão de Referência Estratificada por Sexo e Idade e Classificados de acordo com o Percentil 88 4.1.2 Classificação pelo Percentual de Adequação - Blackburn e Thornton, 1979 89 4.1.3 Classificação pelo Percentil - Frisancho, 1984 89 4.2 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO 90 4.2.1 Valores Padrão de Referência Estratificada por Sexo e Idade e Classificados de acordo com o Percentil 90 4.2.2 Fórmula 91 4.2.3 Adequação 91 4.2.4 Classificação pelo Percentual de Adequação - Blackburn e Thornton, 1979 91 4.2.5 Classificação pelo Percentil - Frisancho, 1984 91 10 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 4.3 DOBRA CUTÂNEA TRICIPTAL (DCT) 92 4.3.1 Valores Padrão de Referência Estratificada por Sexo e Idade e Classificados de acordo com o Percentil 92 4.3.2 Classificação pelo Percentual de Adequação - Blackburn e Thornton, 1979 93 4.3.3 Classificação pelo Percentil - Frisancho R, 1984 93 5 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA MASSA MUSCULAR E TECIDO ADIPOSO PARA IDOSOS A PARTIR DE 60 ANOS 94 5.1 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO / CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO / DOBRA CUTÃNEA TRICIPTAL 94 5.1.1 Valores Padrão de Referência Estratificada por Sexo e Idade e Classificados de acordo com o Percentil - Homens de 60 anos ou mais 94 5.1.2 Valores Padrão de Referência Estratificada por Sexo e Idade e Classificados de acordo com o Percentil - Mulheres de 60 anos ou mais 94 5.2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL POR MEIO DOS PERCENTUAIS DE ADEQUAÇÃO DE CB, CMB E PCT - HOMENS E MULHERES IDOSOS 95 6 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA MASSA MUSCULAR 96 6.1 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO (AMB) 96 6.1.1 Fórmula 96 6.1.2 Classificação 96 6.1.3 Valores de Referência da AMB para a classificação de Idosos 96 7 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DE GORDURA SUBCUTÂNEA 97 7.1 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (DCSE) 97 7.1.1 Valores padrão de referência estratificada por sexo e idade e classificados de acordo com o percentil 97 7.1.2 Classificação do estado nutricional a partir da PCSE por PERCENTIS 98 8 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA MASSA MUSCULAR 98 8.1 CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA 98 CAPÍTULO V Avaliação Nutricional de Gestantes 1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL GESTACIONAL 100 1.1 FÓRMULA - ÍNDICE DE MASSA CORPORAL 100 1.2 CÁLCULO DA SEMANA GESTACIONAL 100 1.3 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL A PARTIR DO IMC E SEMANA GESTACIONAL 101 1.4 AVALIAÇÃO DO TRAÇADO DA CURVA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTADO NUTRICIONAL DA GESTANTE, SEGUNDO O GRÁFICO DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL POR SEMANA GESTACIONAL 102 11 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 1.5 GANHO DE PESO RECOMENDADO DURANTE A GESTAÇÃO, SEGUNDO O ESTADO NUTRICIONAL INICIAL 103 1.6 GANHO DE PESO RECOMENDADO DURANTE A GESTAÇÃO, SEGUNDO O IMC PRÉ-GESTACIONAL 103 1.7 NECESSIDADES NUTRICIONAIS PERÍODO GESTACIONAL 104 CAPÍTULO VI Avaliação Nutricional de Indivíduos Amputados 1 CÁLCULO DE PESO ANTERIOR À AMPUTAÇÃO 106 1.1 FÓRMULA 106 1.2 PORCENTAGEM DO PESO CORRESPONDENTE A CADA SEGMENTO DO CORPO 106 2 CÁLCULO DO IMC 107 2.1 FÓRMULA 107 3 PESO CORRIGIDO PARA AMPUTADOS 107 CAPÍTULO VII Avaliação Nutricional de Indivíduos Síndrome de Down e Paralisia Cerebral 1 CURVAS PADRÃO PÔNDERO ESTATURAL DE PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN 106 1.1 MUSTACHI 106 1.2 CRONK 106 2 CURVAS PADRÃO PÔNDERO ESTATURAL DE INDIVÍDUOS COM PARALISIA CEREBRAL 106 CAPÍTULO VIII Avaliação Bioquímica 1 INDÍCES BIOQUÍMICOS RELACIONADOS AO ESTADO NUTRICIONAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 109 1.1 PROTEÍNAS SÉRICAS 109 1.2 PERFIL LIPÍDICO 109 1.3 TESTES LABORATORIAIS 110 1.4 MARCADORES PARA ANEMIA E DEFICIÊNCIA DE FERRO 111 1.5 HEMOGRAMA POR SEXO E FAIXA ETÁRIA 111 1.6 LEUCOGRAMA 112 2 INDÍCES BIOQUÍMICOS RELACIONADOS AO ESTADO NUTRICIONAL PARA INDIVÍDUOS ADULTOS 113 2.1 ÍNDICE DE CREATININA– ALTURA (ICA) 113 2.1.1 Fórmula 113 2.1.2 Interpretação 113 2.1.3 Valores Urinários Ideais De Creatinina 113 2.2 BALANÇO NITROGENADO 114 2.2.1 Fórmula 114 2.2.2 Interpretação 114 2.3 PROTEÍNAS VISCERAIS: ALBUMINA, PRÉ-ALBUMINA, TRANSFERRINA E PROTEÍNA FIXADORA DE RETINOL 114 2.4 ALBUMINA SÉRICA 114 12 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 2.5 CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS (CTL) OU LINFOCITOMETRIA 115 2.5.1 Fórmula 115 2.5.2 Interpretação 115 2.6 TESTE CUTÂNEO DE HIPERSENSIBILIDADE TARDIA 115 2.7 ÍNDICE DE RISCO NUTRICIONAL – IRN (BUZBY) 115 2.7.1 Fórmula 115 2.7.2 Interpretação 115 2.8 COLESTEROL PLASMÁTICO E ESTADO NUTRICIONAL 115 2.9 HEMOGLOBINA (HG) E HEMATÓCRITO (HT) 116 2.10 GUIA DE AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE ANEMIAS 116 2.11 ANEMIA QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DOS ERITRÓCITOS 117 2.12 ANEMIA DE ACORDO COM OS ÍNDICES DE ERITRÓCITOS 117 2.13 LEUCOGRAMA 117 2.14 VALORES DE REFERÊNCIA PARA EXAMES LABORATORIAIS 118 CAPÍTULO IX SEMIOLOGIA NUTRICIONAL 1 SEMIOLOGIA NUTRICIONAL 120 1.1 PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 120 1.2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ASSOCIADAS ÀS DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS 121 CAPÍTULO X FICHAS DE AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL, TRIAGEM NUTRICIONAL E QUESTIONÁRIO DE RASTREAMENTO METABÓLICO 1 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL ADAPTADA (ASG) 123 2 MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL - MAN 124 3 TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL - STRONGKids 125 4 FICHA DE RASTREAMENTO NUTRICIONAL - NRS 2002 126 5 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL PRODUZIDA PELO PRÓPRIO PACIENTE (ASG-PPP) 127 5.1 ETAPA RESPONDIDA PELO PACIENTE 127 5.2 ETAPA RESPONDIDA PELO PROFISSIONAL ÁREA DA SAÚDE 128 6 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL PARA PACIENTES EM DIÁLISE 130 7 FICHA DO ESCORE DE DESNUTRIÇÃO-INFLAMAÇÃO (MALNUTRITION INFLAMMATION SCORE) 131 8 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL 132 9 EXAME FÍSICO DO ESTADO NUTRICIONAL DA AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL 133 10 CATEGORIAS DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO A AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL 134 11 QUESTIONÁRIO DE RASTREAMENTO METABÓLICO 134 13 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 CAPÍTULO XI FICHAS DE CONSUMO ALIMENTAR 1 FICHA RECORDATÓRIO 24h 136 2 FREQUÊNCIA ALIMENTAR QUALITATIVA 138 3 FREQUÊNCIA ALIMENTAR SEMI-QUANTITATIVA 139 4 FREQUÊNCIA ALIMENTAR QUANTITATIVA 142 5 FREQUÊNCIA ALIMENTAR MEDFICTS 143 CAPÍTULO XII SINAIS VITAIS 1 SINAIS VITAIS CRIANÇAS E ADOLESCENTES 145 1.1 TEMPERATURA 145 1.2 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 145 1.3 FREQUÊNCIA CARDÍACA E PULSO 146 1.4 PRESSÃO ARTERIAL 146 CAPÍTULO XIII RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 1 PIRÂMIDE ALIMENTAR 148 1.2 PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA ADULTOS 148 1.2.1 Esquema de distribuição calórica por refeição 148 1.3 RECOMENDAÇÕES DE NUTRIENTES 149 2 PIRÂMIDE ALIMENTAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 149 3 INSUFICIÊNCIA RENAL 150 3.1 FASE NÃO-DIALÍTICA OU CONSERVADORA 150 3.2 FASE DIALÍTICA - HEMODIÁLISE 151 3.3 FASE DIALÍTICA – DIÁLISE PERITONEAL 151 4 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 152 5 DOENÇAS HEPÁTICAS 152 6 INSUFICIÊNCIA CARDIACA 153 7 CÂNCER 154 8 SIDA 155 9 ESOFAGITE 155 10 GASTRITE E ULCERA GASTROINTESTINAL 156 11 DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS 157 12 PANCREATITE AGUDA 158 13 PANCREATITE CRÔNICA 158 14 CIRURGIA 159 15 OBESIDADE 159 16 GASTROPLASTIA 159 17 SEPSE 161 18 DISLIPIDEMIAS 161 19 QUEIMADOS 162 20 FIBROSE CÍSTICA 163 14 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 21 TRAUMA 163 22 PACIENTE GRAVE OU CRÍTICO 164 23 CARDIOPATIA CONGÊNITA 164 24 SÍNDROME NEFRÓTICA 164 25 ÚLCERA DE PRESSÃO 164 26 DIABETES 165 27 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 167 28 RECOMENDAÇÕES DE FIBRAS 168 29 NECESSIDADES HÍDRICAS 169 REFERÊNCIAS 171 15 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 FASES DO CICLO DE VIDA ÍNDICES MAIS UTILIZADOS DE ACORDO COM OS CICLOS DE VIDA FASES DO CICLO DA VIDA ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS Criança menor de 2 anos Peso para Idade (P/I) Peso para Comprimento (P/C) Comprimento para Idade (C/I) Perímetro Cefálico e Torácico (PT/PC) Criança de 2 até 10 anos Peso para Idade (P/I) Peso para Altura (P/A) Altura para Idade (A/I) IMC para Idade (IMC/I) Dobras Cutâneas (DCT/DCSE) Circunferência da Cintura (CC) Adolescente Altura para Idade (A/I) IMC para Idade (IMC/I) Dobras Cutâneas (DCT/DCSE) Circunferência da Cintura (CC) Adulto IMC Circunferências (CB, CC, CQ) Dobras (DCT, DCB, DCSI, DCSE) Idoso IMC Circunferências (CC, CP) Gestante IMC pré-gestacional e gestacional 16 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 CAPÍTULO I Técnicas de Aferição de Medidas Antropométricas 17 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 1 PESO 1.1 PESANDO CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS - BALANÇA PEDIÁTRICA MECÂNICA 1º Passo Certificar-se de que a balança está apoiada sobre uma superfície plana, firme e lisa. Forrar o prato com uma proteção antes de calibrar para evitar erros na pesagem. 2º Passo Verificar se a balança está travada. Destravar a balança. 3º Passo Observar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal). Caso contrário, girar leve e lentamente o calibrador, até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. 4º Passo Após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada. 5º Passo Colocar a criança despida no centro do prato da balança, sentada ou deitada, de modo a distribuir o peso igualmente. Destravar a balança, mantendo a criança parada o máximo possível nessa posição. Orientar a mãe/responsável a manter-se próximo sem tocar na criança e no equipamento. 6º Passo Mover os cursores sobre a escala numérica, primeiro o maior para os quilos. 7º Passo Depois o menor para os gramas. 8º Passo Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. 9º Passo Travar a balança, evitando que sua mola desgaste, assegurando o bom funcionamento do equipamento. 10º Passo Realizar a leitura de frente para o equipamento, a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores. 11º Passo Anotar o peso 12º Passo Retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala numérica. Fonte: Lohman, 1988. 18 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 1.2 PESANDO CRIANÇAS MAIORES DE DOIS ANOS, ADOLESCENTES E ADULTOS - BALANÇA PLATAFORMA MECÂNICA 1º Passo Certificar-se de que a balança plataforma está afastada da parede. 2º Passo Verificar se a balança está travada. Destravar a balança. 3º Passo Observar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na mesma linha horizontal). Caso contrário, girar leve e lentamente o calibrador, até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. 4º Passo Após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada. 5º Passo Posicionar a criança/adolescente/adulto de costas para a balança, descalço, com o mínimo de roupa possível, no centro do equipamento, ereto, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição. 6º Passo Destravar a balança. 7º Passo Mover os cursores sobre a escala numérica, primeiro o maior para os quilos. 8º Passo Depois o menor para os gramas. 9º Passo Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. Travar a balança, evitando que sua mola desgaste, assegurando o bom funcionamento do equipamento. Realizar a leitura de frente para a balança, a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores. 10º Passo Anotar o peso. 11º Passo Retirar a criança/adolescente/adulto e retornar os cursores ao zero na escala numérica. Fonte: Lohman, 1988. 19 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 2 COMPRIMENTO / ALTURA 2.1 MEDINDO O COMPRIMENTO DE CRIANÇASMENORES DE 2 ANOS - ANTROPÔMETRO HORIZONTAL 1º Passo Verificar se o antropômetro está apoiado em uma superfície plana, firme e lisa. 2º Passo Deitar a criança no centro do antropômetro, descalça e com a cabeça livre de adereços. 3º Passo Apoiar a cabeça firmemente contra a parte fixa do equipamento, com o pescoço reto e o queixo afastado do peito. Os ombros devem estar totalmente em contato com a superfície de apoio do antropômetro e os braços estendidos ao longo do corpo. Para manter a criança nessa posição. É necessária a ajuda da mãe/responsável. 4º Passo As nádegas e os calcanhares devem estar em pleno contato com a superfície que apóia o equipamento; os braços permanecem estendidos ao longo do corpo. 5º Passo Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de modo que eles fiquem estendidos. Unir os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. Levar a parte móvel do equipamento até a planta dos pés, com cuidado para que não se mexam. 6º Passo Realizar a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não se moveu da posição indicada. 7º Passo Anotar o resultado. Retirar a criança. Fonte: Lohman, 1988. 20 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 2.2 MEDINDO ALTURA DE CRIANÇAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E ADULTOS - ANTROPÔMETRO VERTICAL 1º Passo Verificar se o antropômetro está fixado numa parede lisa e sem rodapé, ou utilizar o antropômetro da balança plataforma. 2º Passo Posicionar a criança/adolescente/adulto descalço e com a cabeça livre de adereços no centro do equipamento. Mantê-lo de pé, ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo, com a cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos. 3º Passo Encostar os calcanhares, ombros e nádegas na parede. Os ossos internos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte interna de ambos os joelhos. Unir os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. 4º Passo Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. 5º Passo Retirar a criança/adolescente/adulto, quando tiver certeza de que o mesmo não se moveu. Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento. 6º Passo Anotar o resultado. Fonte: Lohman, 1988. 21 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 3 ALTURA DO JOELHO 3.1 INDICAÇÃO • Indicada para a determinação da estatura estimada. 3.2 TÉCNICA • Esta medida deve ser verificada com o auxílio de uma régua antropométrica ou de um infantômetro com haste de metal. O indivíduo deve ficar com a perna dobrada, formando um ângulo de 90º com o joelho. A parte fixa da régua é colocada embaixo do calcanhar e a móvel é trazida para dois a três dedos da patela. Pode ser verificada com o indivíduo sentado ou deitado e a leitura é feita no milímetro mais próximo Fonte: Lohman, 1988. 4 ESTATURA RECUMBENTE 4.1 INDICAÇÃO • Indicada como alternativa de estimativa de estatura de pacientes confinados ao leito, principalmente aqueles mais jovens. 4.2 TÉCNICA • Colocar o paciente em posição supina (deitado de costas), com o leito em posição horizontal completa; • Colocar a cabeça em posição reta, com a linha de visão no teto; • Realizar todas as medidas no lado direito do corpo; • Fazer marcas no lençol na altura do topo da cabeça e da base do pé (pode ser utilizado um triângulo); • Medir o comprimento entre as marcas, utilizando uma fita métrica flexível. 22 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 5 ENVERGADURA DO BRAÇO OU EXTENSÃO DOS BRAÇOS 5.1 INDICAÇÃO • Indicada como alternativa de estimativa de estatura 5.2 TÉCNICA • Solicitar que o avaliado retire vestimentas como jaquetas, blusas ou outras que dificultem a extensão do braço. O avaliado deve estar de pé, de frente para o avaliador, e de costas para a parede, tronco reto, braços estendidos na altura do ombro, sem flexionar o cotovelo, calcanhares tocando a parede e peso distribuído em ambos os pés. Marcar na parede (com fita adesiva) a distância obtida entre a extremidade distal do terceiro quirodáctilo direito e a extremidade distal do terceiro quirodáctilo esquerdo (a extremidade final do maior dedo da mão). 6 SEMI ENVERGADURA 6.1 INDICAÇÃO • Semi-envergadura (metade da envergadura dos braços) é a distância da linha mediana da incisura esternal até a ponta do dedo médio. A altura é então calculada a partir de uma fórmula padrão. Indicada para estimativa da altura de idosos. 23 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 6.2 TÉCNICA • Localizar e marcar a ponta da clavícula direita (na incisura esternal) com a caneta. • Pedir que o paciente coloque o braço esquerdo em posição horizontal. • Verificar se o braço do paciente está horizontal e alinhado com os ombros. • Usando a fita métrica, medir a distância entre a marca da linha mediana na incisura esternal até a ponta do dedo médio. • Verificar se o braço está esticado e o pulso está reto. • Fazer a medição em centímetros. 7 CIRCUNFERÊNCIA DO PULSO 7.1 INDICAÇÃO • É utilizada em adultos a partir de 18 anos de idade. Utiliza a relação (R) entre a estatura (E) e o perímetro/circunferência de pulso (PP). A partir do cálculo da compleição pode se avaliar a estrutura física do indivíduo e então se classifica o seu estado nutricional. 7.2 TÉCNICA • Usando a fita métrica, medir a circunferência do pulso, próximo do processo estilóide da ulna. 24 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 8 CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA 8.1 TÉCNICA • A medida deverá ser feita na ausência de roupas na região de interesse. O indivíduo deve estar ereto, com o abdome relaxado (ao final da expiração), os braços estendidos ao longo do corpo e as pernas fechadas. A medida deverá ser feita no plano horizontal. Posicione-se de frente para a pessoa e localize o ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. A fita métrica inelástica deverá ser passada por trás do participante ao redor deste ponto. Verifique se a fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no mesmo nível em toda a extensão de interesse, sem fazer compressão na pele. Pedir a pessoa que inspire e, em seguida, que expire totalmente. A medida deve ser feita neste momento, antes que a pessoa inspire novamente Fonte: Lohman, 1988. 25 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 9 CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL 9.1 TÉCNICA • A medida deverá ser feita com roupas finas ou íntimas na região de interesse. O indivíduo deve estar ereto, com o abdome relaxado, os braços estendidos ao longo do corpo e as pernas fechadas. O examinador posiciona-se lateralmente ao avaliado de forma que a máxima extensão glútea possa ser vista. Uma fita inelástica deve ser passada neste nível, ao redor do quadril, no plano horizontal, sem fazer compressão. Verifique se a fita está bem posicionada, ou seja, se ela está no mesmo nível em toda a extensão de interesse. O zero da fita deve estar abaixo do valor medido. Fonte: Lohman, 1988. 26 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 10 CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL 10.1 TÉCNICA • Medida da maior circunferência da região abdominal (normalmente no nível da cicatriz umbilical). O indivíduo deve estar em posição anatômica, com o abdome descontraído. • A medida deverá ser feita na ausência de roupas na região de interesse. O indivíduo deve estar ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo e pernas fechadas. A medida deverá ser feita no plano horizontal. Posicione-se de frente para a pessoa. Posicione a fita na maior extensão do abdome num plano horizontal. Aperteo botão central da fita e passe a fita na parte posterior do avaliado, seguindo a extensão a ser medida, sem comprimir a pele, com a extremidade zero abaixo do valor a ser registrado. A medida é feita ao final da expiração normal e registrada o mais próximo de 0,1 cm. Fonte: Lohman, 1988. 11 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 11.1 TÉCNICA • Posicione-se atrás do avaliado. Solicite ao indivíduo que flexione o cotovelo a 90º, com a palma da mão voltada para cima. Por meio de apalpação, localize e marque o ponto mais distal do processo acromial da escápula e a parte mais distal do olécrano. Faz-se, então, uma pequena marcação do ponto médio entre estas duas extremidades. Peça ao indivíduo, que em posição ereta, relaxe o braço, deixando-o livremente estendido ao longo do corpo. O avaliado deve estar com roupas leves ou com a toda a área do braço exposta, de modo a permitir uma total exposição da área dos ombros. Com a fita métrica inelástica, fazer a medida da circunferência do braço em cima do ponto marcado, sem fazer compressão Fonte: Lohman, 1988. 27 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 12 CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA 12.1 INDICAÇÃO • Medida antropométrica mais sensível de massa muscular. Indicado para idosos. 12.2 TÉCNICA • Posição supina ou sentada, joelho dobrado em ângulo de 90º. • Calcanhar apoiado na cama o cadeira. • Mede-se a maior circunferência da panturrilha com a fita métrica inelástica. 28 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13 CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO 13.1 INDICAÇÃO � Os estudiosos relatam que quanto maior a medida obtida, maior a associação com seguintes problemas: � Distúrbios metabólicos relacionados a resistência a insulina � Entupimento dos vasos como as carótidas � Hipertensão � Baixos níveis do bom colesterol � Acidente Vascular Cerebral � Placas de gordura podem acometer as artérias, determinando manifestações de isquemia cerebral (redução localizada de fluxo sanguíneo ao cérebro), seja pela liberação de coágulos (embolia), seja pela obstrução completa (trombose) 13.2 TÉCNICA � Medida realizada com a cabeça no plano horizontal de Frankfurt e a coluna vertebral reta. Pode ser realizado de pé ou sentado. � Posicionar a fita no ponto de menor circunferência do pescoço, logo acima da proeminência laríngea ou sobre a cartilagem cricotireóida. 29 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 14 DOBRAS CUTÂNEAS 14.1 INDICAÇÃO • Avaliação do tecido adiposo subcutâneo. 14.2 TÉCNICA GERAL • Número de vezes a realizar a medida: três (03). • Equipamento: adipômetro. • Técnica: a dobra sempre é levantada perpendicularmente ao local de superfície a ser medido. Todas as medidas são baseadas supondo-se que os antropometristas são destros. O adipômetro deve ser segurado com a mão direita enquanto a dobra cutânea é levantada com a mão esquerda. Caso o antropometrista seja não- destro e não tenha habilidade de segurar o adipômetro com a mão direita, segure o adipômetro com a mão esquerda (mão dominante) e tracione a dobra com a mão direita. Isto não alterará os resultados das medidas. • Deve-se cuidar para que apenas a pele e o tecido adiposo sejam separados. • Erros de medidas são maiores em dobras cutâneas mais largas/ espessas. • A prega é mantida tracionada até que a medida seja completada. • A medida é feita, NO MÁXIMO, até 4 segundos depois de realizar o tracionamento da dobra cutânea. Se o adipômetro exerce uma força por mais que 4 segundos em que o tracionamento é realizado, uma medida menor será obtida em função do fato de que os fluidos teciduais são extravasados por tal compressão. Fonte: Lohman, 1988. 14.3 DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL 14.3.1 Técnica • A dobra cutânea tricipital é medida no mesmo ponto médio localizado para a medida da circunferência braquial. O indivíduo deve estar em pé, com os braços estendidos confortavelmente ao longo do corpo. O adipômetro deve ser segurado com a mão direita. O examinador posiciona-se atrás do indivíduo. A dobra cutânea tricipital é tracionada com o dedo polegar e indicador, aproximadamente 1 cm do nível marcado e as extremidades do adipômetro são fixadas no nível marcado. 30 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 14.4 DOBRA CUTÂNEA BICIPITAL 14.4.1 Técnica • A dobra cutânea bicipital é medida segurando-se a dobra na vertical, na face anterior do braço, sobre o ventre do bíceps (o ponto a ser marcado coincide com o mesmo nível da marcação para a aferição da circunferência do braço / dobra cutânea tricipital. Lembrar que a palma da mão deve estar voltada para cima). A dobra é levantada verticalmente 1cm superior à linha marcada (que junta a face anterior do acrômio e o centro da fossa antecubital). As extremidades do adipômetro são posicionadas na linha marcada. O antropometrista deve posicionar-se de frente ao avaliado; ambos em pé. Fonte: Lohman, 1988. 14.5 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR 14.5.1 Técnica • O local a ser medido é justamente no ângulo inferior da escápula. Para localizar o ponto, o examinador deve apalpar a escápula, percorrendo seus dedos inferior e lateralmente, ao longo da borda vertebral até o ângulo inferior ser identificado. Em alguns avaliados, especialmente em obesos, gentilmente peça que coloque os braços para trás, afim de que seja identificado mais facilmente o ponto. • O sujeito permanece confortavelmente ereto, com as extremidades superiores relaxadas ao longo do corpo. A dobra cutânea é destacada na diagonal, inclinada ínfero-lateralmente aproximadamente num ângulo de 45º com o plano horizontal. • O compasso é aplicado ínfero-lateralmente em relação ao indicador e o polegar que está tracionando a prega e a medida deve ser registrada o mais próximo de 0,1 mm. Fonte: Lohman, 1988. 31 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 14.6 DOBRA CUTÂNEA SUPRA ILÍACA 14.6.1 Técnica • A dobra cutânea suprailíaca é medida na linha axilar média imediatamente superior à crista ilíaca. O indivíduo posiciona-se em posição ereta e com as pernas fechadas. Os braços podem estar estendidos ao longo do corpo ou podem estar abduzidos levemente para melhorar o acesso ao local. Em indivíduos impossibilitados a ficarem em pé, a medida pode ser feita com o indivíduo em posição supina. Alinha-se inferomedialmente num ângulo de 45º com o plano horizontal. O compasso é aplicado 1 cm dos dedos que seguram a dobra. Fonte: Lohman, 1988. 32 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 15 MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR (MAP) 15.1 TÉCNICA • A medida da musculatura adutora do polegar pode ser realizada no lado dominante. Durante a aferição, o indivíduo deve ficar sentado com a face ventral da mão repousada sobre o joelho e o cotovelo em ângulo de aproximadamente 90° sobre o membro inferior homolateral, para pinçar o músculo adutor no vértice de um triângulo imaginário formado pela extensão do polegar e do indicador Fonte: Lameu, 2004. Demonstração do pinçamento do Músculo Adutor do Polegar (MAP). Fonte: ANDRADE, 2008. • Utilizar adipômetro exercendo uma pressão contínua de 10g/mm². Obter a média de três medidas consecutivas feitas por um único avaliador. • A atrofia do MAP reflete a perda da vida laborativa. A apatia induzida pela desnutrição provoca redução das atividades diárias resultando em diminuição progressiva da espessura do MAP; além de, o indivíduo apresentar diminuição da força de apreensão e contração; e também, da taxa de relaxamento e aumento da fadiga durante exercício. Fonte: GEA; 2001; Tyml; Mathieu-Costello, 2001 33 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 16 ÍNDICE DE ADIPOSIDADECORPORAL 16.1 SIGNIFICADO • Medida que avalia o percentual de gordura através da circunferência do quadril e altura. • É mais difícil de medir e calcular do que o IMC. • É mais preciso do que o IMC para calcular o percentual de gordura e os riscos para a saúde • É mais preciso nos casos de gordura corporal entre 25% a 30%. Houve 0% de erro na estimativa, em comparação a densitometria óssea computadorizada • É pouco preciso nos casos de adiposidade menor do que 10%. Fonte: Bergaman, 2011. 17 ÍNDICE CINTURA-ALTURA 17.1 SIGNIFICADO • A circunferência da cintura deve ser no máximo a metade da cintura. • Segundo pesquisadores o índice prevê com mais precisão que o IMC o risco de diabetes e doenças cardíacas. • Não leva em conta diretamente a presença de gordura nas vísceras. Fonte: Universidade Oxford Brookes. 34 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 CAPÍTULO II Avaliação Nutricional de Crianças e Adolescentes 35 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS Para a classificação do estado nutricional, são adotados os seguintes critérios, segundo os índices antropométricos Fonte: Brasil, 2008. OBS: Para realizar a avaliação nutricional de crianças pelo percentil e escore-z, deverá ser utilizada a Tabela da Organização Mundial da Saúde 2006-2007. O cálculo do Escore-Z deve ser realizado de acordo com a seguinte fórmula: Escore-Z = Valor Observador - Valor da Mediana Desvio Padrão 36 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES Para a classificação do estado nutricional, são adotados os seguintes critérios, segundo os índices antropométricos Fonte: Brasil, 2008. OBS: Para realizar a avaliação nutricional de crianças pelo percentil e escore-z, deverá ser utilizada a Tabela da Organização Mundial da Saúde 2006-2007. O cálculo do Escore-Z deve ser realizado de acordo com a seguinte fórmula: Escore-Z = Valor Observador - Valor da Mediana Desvio Padrão 37 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 3 CLASSIFICAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA CLASSIFICAÇÃO FAIXA ETÁRIA Recém-Nascido 0 a 28 dias Lactantes 0 a 2 anos Pré-Escolar 2 a 7 anos Escolar 7 a 10 anos Adolescente 10 a 19 anos 4 CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM NASCIDO 4.1 CONFORME IDADE GESTACIONAL (IG) CLASSIFICAÇÃO FAIXA ETÁRIA Extremidade < 28 semanas Pré-termo < 37 a 28 semanas Termo 37 a 41 semanas Pós-termo ≥ 42 semanas Fonte: OMS; 1999 4.2 CONFORME O PESO AO NASCER (PN) CLASSIFICAÇÃO PESO Extremo Baixo Peso ao nascer < 1000g Muito Baixo Peso ao Nascer 1000 ≤ PN < 1500g Baixo Peso 1500 ≤ PN < 2500g Peso Insuficiente 2500 ≤ PN < 3000g Peso Adequado 3000 ≤ PN < 4000g Excesso de Peso ≥ 4000g Fonte: OMS; 1999 4.3 CONFORME PESO E IDADE GESTACIONAL CLASSIFICAÇÃO PERCENTIL Pequeno para Idade Gestacional (PIG) < p 10 Adequado para Idade Gestacional (AIG) Entre p 10 e p 90 Grande para Idade Gestacional (GIG) > p 90 38 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 4.4 CURVA CONFORME PESO AO NASCIMENTO E IDADE GESTACIONAL 4.5 ÍNDICE PONDERAL (IP) 4.5.1 Fórmula IP = PN (g) x 100 CN ³ (cm) Onde: PN: peso ao nascer (g) CN: comprimento ao nascer (cm) 4.5.2 Interpretação ÍNDICE PONDERAL INTERPRETAÇÃO < 2,25 Restrição de crescimento intra-uterino ASSIMÉTRICO 2,25 - 3,10 Restrição de crescimento intra-uterino SIMÉTRICO > 3,10 Macrossômicos ASSIMÉTRICOS Nota: Método utilizado para recém nascido Pequeno para Idade Gestacional (PIG) a termo 39 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 4.5.3 Curva Índice Ponderal 5 PESO - GANHO PONDERAL ESPERADO 40 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 6 ALTURA - GANHO ESTATURAL ESPERADO 7 PERÍMETRO CEFÁLICO 41 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 8 PERÍMETRO TORÁCICO 9 PERIMETRO TORÁCICO - PERÍMETRO CEFÁLICO IDADE PT/PC INTERPRETAÇÃO Até 6 meses 1 Relação normal 6 meses aos 2 anos > 1 Relação normal, crescimento torácico é mais rápido que o craniano < 1 Indica desnutrição energético–protéica, atraso no desenvolvimento, PT não se desenvolve em função da atrofia do músculo e da redução do tecido adiposo PT 42 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 10 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) 10.1 ADEQUAÇÃO Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) X 100 CB percentil 50 10.2 VALORES PADRÃO DE REFERÊNCIA ESTRATIFICADA POR SEXO E IDADE E CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O PERCENTIL CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (cm) MASCULINO CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (cm) FEMININO Fonte: Frisancho, 1990. 43 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 10.3 CLASSIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 10.3.1 Blackburn e Thorton, 1979 CLASSIFICAÇÃO CB (%) Obeso > 120 Sobrepeso 120 – 110 Eutrófico 110 – 90 Depleção Leve 90 – 80 Depleção Moderada 80 – 70 Depleção Severa < 70 10.3.2 Frisancho, 1984 CLASSIFICAÇÃO CB (PERCENTIL) Obesidade > 90 Sobrepeso > 75 – 90 Eutrofia > 25 – 75 Risco Nutricional 5 – 25 Desnutrição < 5 10.3.3 Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO CB (PERCENTIL) Circunferência Aumentada > 85 Normal > 15 – 85 Risco de Circunferência Reduzida 5 – 15 Circunferência Reduzida < 5 11 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB) 11.1 FÓRMULA CMB = CB (cm) - π x [PCT (mm) / 10] π: 3,14 11.2 ADEQUAÇÃO Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) X 100 CMB percentil 50 44 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 11.3 VALORES PADRÃO DE REFERÊNCIA ESTRATIFICADA POR SEXO E IDADE E CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O PERCENTIL CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (cm) MASCULINO CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (cm) FEMININO Fonte: Frisancho, 1981. 45 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 11.4 CLASSIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO 11.4.1 Blackburn e Thorton, 1979 CLASSIFICAÇÃO CMB (%) Eutrófico > 90 Depleção Leve 90 – 80 Depleção Moderada < 80 – 70 Depleção Severa < 70 11.4.2 Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO CMB (PERCENTIL) Musculatura Desenvolvida > 90 Normal > 10 – 90 Risco de Déficit de Massa Magra 5 – 10 Déficit de Massa Magra < 5 12 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA (AMBc) 12.1 INDICAÇÃO Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo área óssea. 12.2 FÓRMULA 12.3 CLASSIFICAÇÃO NORMAL DESNUTRIÇÃO LEVE/ MODERADA DESNUTRIÇÃO GRAVE AMBc > Percentil 15 Entre Percentil 5 e 15 < Percentil 5 Fonte: Frisancho, 1990. 46 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 12.4 TABELAS - Valores de referência da área muscular do braço corrigida em percentis (cm²) Fonte: Frisancho, 1990 Fonte: Frisancho, 1990 13 CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO 13.1 PONTO DE CORTE, SEGUNDO YANG IDADE MENINAS MENINOS 6 anos Até 27 cm Até 28,5 cm 10 anos Até 30,5 cm Até 32 cm 16 anos Até 33,4 cm Até 38 cm Fonte: Yang et al, 2010. 47 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 14 CIRCUNFERÊNCIA CINTURA 14.1 PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA SEGUNDO SEXO E IDADE 14.2 INTERPRETAÇÃO ACIMA DO PERCENTIL 90 RISCO: • Desenvolvimento de Dislipidemia • Hipertensão Arterial • Resistência Insulínica 48 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 15 DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS (DCT) 15.1 ADEQUAÇÃOAdequação da DCT (%) = DCT obtida (cm) X 100 DCT percentil 50 15.2 VALORES PADRÃO DE REFERÊNCIA ESTRATIFICADA POR SEXO E IDADE E CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O PERCENTIL DOBRA CUTÂNEA TRÍCEPS (mm) MASCULINO DOBRA CUTÂNEA TRÍCEPS (mm) FEMININO Fonte: Frisancho, 1990. 49 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 15.3 CLASSIFICAÇÃO DA DOBRA CUTÂNEA DO TRICEPS 15.3.1 Blackburn e Thorton, 1979 CLASSIFICAÇÃO DCT (%) Obeso > 120 Sobrepeso 120 – 110 Eutrófico 110 – 90 Depleção Leve 90 – 80 Depleção Moderada 80 – 70 Depleção Severa < 70 15.3.2 Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO DCT (PERCENTIL) Excesso de Gordura > 85 Normal > 15 – 85 Risco de Déficit de Gordura 5 – 15 Déficit de Gordura < 5 16 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (DCSE) 16.1 VALORES PADRÃO DE REFERÊNCIA ESTRATIFICADA POR SEXO E IDADE E CLASSIFICADOS DE ACORDO COM O PERCENTIL DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (mm) MASCULINO 50 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (mm) FEMININO Fonte: Frisancho, 1990. 16.2 CLASSIFICAÇÃO DA DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR 16.2.1 Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO DCSE (PERCENTIL) Excesso de Gordura > 85 Normal > 15 – 85 Risco de Déficit de Gordura 5 – 15 Déficit de Gordura < 5 51 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 17 EQUAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS PARA DETERMINAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL (8 A 18 ANOS) 17.1 FÓRMULA SLAUGHTER Fonte: Slaughter, 1988. 17.2 FÓRMULA BOILEAU MENINOS %G = 1,35 (tríceps + subescapular) - 0,012 (tríceps + subescapular)² - 4,4 MENINAS %G = 1,35 (tríceps + subescapular) - 0,012 (tríceps + subescapular)² - 2,4 Fonte: Boileau, 1985. 17.3 CLASSIFICAÇÕES DO PERCENTUAL DE GORDURA IDADE (ANOS) BAIXO (%) ABAIXO DA MÉDIA (%) DENTRO DA MÉDIA (%) ACIMA DA MÉDIA (%) OBESO (%) MASCULINO < 19 < 8 9 - 10 11 - 14 15 - 21 > 22 FEMININO < 19 < 13 14 - 15 16 - 21 22 - 29 > 30 Fonte: Lohman et al, 1992. 52 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 CLASSIFICAÇÃO MENINOS MENINAS Excessivamente Baixa Até 6% Até 12% Baixa 6,01-10% 12,01-15% Adequado 10,01-20% 15,01-25% Moderadamente Alta 20,01-25% 25,01-30% Alta 25,01-31% 30,01-36% Excessivamente Alta ≥ 31,01 ≥ 36,01 Fonte: Deurenberg et al, 1990. 18 EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DO PESO IDEAL (PI) • 3 a 12 meses: PT = Idade (meses) + 9 2 • 1 a 6 anos: PT = Idade (anos) x 2 + 8 • 6 a 10 anos: PT = Idade (anos) x 7 – 5 2 • 10 a 19 anos: PT = Altura em cm – 100 + (Idade) x 0,9 10 Fonte: Weech 19 EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DA ALTURA 19.1 ALTURA DO JOELHO (AJ) Crianças e Adolescentes • Meninos de 6 a 18 anos (brancos): A = 40,54 + 2,22 x AJ • Meninos de 6 a 18 anos (negros): A = 39,60 + 2,18 x AJ • Meninas de 6 a 18 anos (brancos): A = 43,21 + 2,15 x AJ • Meninas de 6 a 18 anos (negras): A = 46,59 + 2,02 x AJ Onde: A = altura estimada (cm) AJ = Altura do joelho (cm) Fonte: Chumlea, 1994 53 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 20 CÁLCULOS DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES EQUAÇÕES UTILIZADAS PARA ESTIMAR GASTO ENERGÉTICO BASAL EM CRIANÇAS CRITICAMENTE DOENTES IDADE E EQUAÇÕES PARA ESTIMAR O GASTO ENERGÉTICO BASAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DOENTES < 3 anos (kcal/dia): Meninos: 60,9 x P – 54 Meninas: 61,0 x P – 51 3 a 10 anos (kcal/dia): Meninos: 22,7 x P + 495 Meninas: 22,5 x P + 499 10 a 18 anos (kcal/dia): Meninos: (16,6 x P) + (77 x E) + 572 ou 17,5 x P + 651 Meninas: (7,4 x P) + (482 x E) + 217 ou 12,2 x P + 746 P: peso (kg); E: estatura (m) Fonte: WHO, 1985 Para o cálculo do valor energético total (VET), deve-se multiplicar o GEB pelos fatores de estresse metabólico listados abaixo (WHO, 1985): GEB X 1.3 = criança ou adolescente nutrida; criança ou adolescente acamado sob estresse leve a moderado. GEB X 1.5 = criança ou adolescente normalmente ativo sob estresse leve a moderado; criança ou adolescente inativo com estresse severo; criança ou adolescente minimamente ativo requerendo ganho ponderal e de estatura. A distribuição energética entre os macronutrientes segue as proporções de (WHO, 1985): Carboidratos: 30 a 50% Lipídeos: 30 a 40% Proteínas: 10 a 20%. Distribuição de macronutrientes por faixa etária FAIXA ETÁRIA CARBOIDRATOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS 0 a 6 meses 60 g 9,1 g 31g 7 a 12 meses 95 g 13,5 g 30g 1 a 3 anos 45 a 65% 5 a 20% 30 a 40% 4 a 18 anos 45 a 65% 10 a 30% 25 a 35% > 18 anos 45 a 65% 10 a 35% 20 a 35% Fonte: WHO, 1985 Fórmula de HARRIS BENEDICT (1919) Criança: 22,10 + (31,05 x peso atual) + (1,16 x altura em cm) 54 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 CAPÍTULO III Avaliação Nutricional de Adultos 55 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 1 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) OU ÍNDICE DE QUELETET 1.1 FÓRMULA IMC = peso atual (kg) A² (metros) 1.2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO O IMC CLASSIFICAÇÃO IMC (kg/m²) Obesidade III grau > 40 Obesidade II grau 35,0 – 40,0 Obesidade I grau 30,0 – 34,9 Sobrepeso 25,0 – 29,9 Eutrofia 18,5 – 24,9 Desnutrição I grau 17 – 18,4 Desnutrição II grau 16 – 16,9 Desnutrição III grau < 16 Fonte: WHO, 1997. 1.3 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO O IMC, DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA IDADE IMC IDEAL 19 – 24 19 – 24 25 – 34 20 – 25 35 – 44 21 – 26 45 – 54 22 – 27 55 – 64 23 – 28 > 65 24 – 29 Fonte: WHO, 1997. 2 EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DO PESO IDEAL (PI) 2.1 IMC MÉDIO 2.1.1 Fórmula PI = IMC médio x A² 2.1.2 Média do IMC segundo sexo Mulheres 21 Kg/m2 Homens 22 Kg/m2 Fonte: FAO, 1985. 56 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 2.2 COMPLEIÇÃO FÍSICA 2.2.1 Fórmula Compleição Física = altura (cm) circunferência do punho (cm) 2.2.2 Estrutura Óssea (Biótipo) SEXO ESTATURA PEQUENA ESTATURA MÉDIA ESTATURA GRANDE Homens > 10,4 10,4 – 9,6 < 9,6 Mulheres > 10,9 10,9 – 9,4 < 9,4 Fonte: Metropolitan Life Insurance Company, 1959. Nota: A compleição física determina o padrão da estrutura óssea. OBS: Após a identificação do biótipo do indivíduo, estima-se o peso ideal a partir da tabela 2.2.3. 57 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 2.2.3 Tabela do Peso Ideal de acordo com a Compleição Física (Fonte: Metropolitan Life Insurance Company, 1959). 58 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 3 PESO AJUSTADO 3.1 PESO AJUSTADO PARA OBESIDADE 3.1.1 Fórmula ASPEN (1998) Peso Ajustado (Kg) = (Peso Atual - Peso Ideal) x 0,25 + Peso Ideal Segundo a ASPEN (1998), o peso teórico de pacientes cujo IMC seja superior a 27kg/m² deve ser calculado usando-se a fórmula de ajuste de peso ideal, já que o peso ajustado é o que melhor se correlaciona com a massa metabolicamente ativa desses indivíduos. 3.1.2 Fórmula Frankenfield (2003) Para indivíduos sobrepesos e obesos, o cálculo da fórmula de HB deve ser efetuado com o peso corporal ajustado para que não haja superestimação do GE, conforme fórmulas abaixo: Para homens: Peso Ajustado = peso ideal x 0,32 + peso ideal Para mulheres: Peso Ajustado = peso ideal x 0,38 + peso ideal 3.2 PESO AJUSTADO PARA DESNUTRIÇÃO Para indivíduos desnutridos com IMC < 18 kg/m². Peso Ajustado (Kg) = (Peso Ideal - Peso Atual) x 0,25 + Peso Atual 4 AVALIAÇÃODO PESO ATUAL EM RELAÇÃO AO PESO IDEAL 4.1 FÓRMULA Porcentagem de Peso Ideal = Peso Atual x 100 Peso Ideal 4.2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL RELATIVO AO PESO IDEAL PORCENTAGEM DO PESO IDEAL ESTADO NUTRICIONAL ≤ 70 Desnutrição Severa 70,1 – 80 Desnutrição Moderada 80,1 – 90 Desnutrição Leve 90,1 – 110 Eutrofia 110,1 – 120 Sobrepeso > 120 Obesidade Fonte: Blackburn e Thorton, 1979. 5 AVALIAÇÃO DO PESO ATUAL EM RELAÇÃO AO PESO USUAL 5.1 FÓRMULA Porcentagem do Peso Usual = Peso Atual x 100 Peso Usual 59 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 5.2 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL RELATIVO AO PESO USUAL PORCENTAGEM DO PESO USUAL GRAU DE DESNUTRIÇÃO 85 – 95 Depleção Leve 75 – 84 Depleção Moderada < 75 Depleção Severa 6 DETERMINAÇÃO DA ALTERAÇÃO PONDERAL RECENTE: DETERMINA O PERCENTUAL DE GANHO OU PERDA DE PESO RELATIVO AO TEMPO 6.1 FÓRMULA Porcentagem de Perda Ponderal Recente: (peso usual – peso atual) x 100 peso usual 6.2 CLASSIFICAÇÃO TEMPO PERDA SIGNIFICATIVA DE PESO OU MODERADA (%) PERDA GRAVE OU INTENSA DE PESO (%) 1 semana 1,0 – 2,0 > 2,0 1 mês 5,0 > 5,0 3 meses 7,5 > 7,5 6 meses 10,0 > 10,0 Fonte: Blackburn e Bistrian, 1977. 7 ESTIMATIVA DE PESO CORPORAL EM PACIENTES COM EDEMA O peso utilizado para prescrever ou avaliar a ingestão calórico-protéica é o peso sem edema. Então, para obter-se o peso dos pacientes edemaciados deve-se descontar o excesso de peso hídrico. EDEMA EXCESSO DE PESO HÍDRICO + Tornozelo 1 kg ++ Joelho 3 a 4 kg +++ Raiz da coxa 5 a 6 kg ++++ Anasarca 10 a 12 kg Fonte: Martins, 2000. 8 ESTIMATIVA DO PESO DE ACORDO COM A INTENSIDADE DA ASCITE GRAU DE ASCITE PESO ASCÍTICO EDEMA PERIFÉRICO Leve 2,2 kg 1,0 kg Moderada 6,0 kg 5,0 kg Grave 14,0 kg 10,0 kg Fonte: James, 1989 60 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 9 EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DO PESO ESTIMADO 9.1 MÉTODO DE CHUMLEA Método indireto, indicado principalmente para adultos, contra-indicação para pacientes com alteração do metabolismo hídrico. Equações para estimativa do peso a partir de medidas corporais, segundo sexo. ADULTOS MULHERES - Negras (19-59 anos) = (AJ X 1,24) + (CB X 2,97) – 82,48 - Brancas (19-59 anos) = (AJ X 1,01) + (CB X 2,81) – 66,04 HOMENS - Negros (19-59 anos) = (AJ X 1,09) + (CB X 3,14) – 83,22 - Brancos (19-59 anos) = (AJ X 1,19) + (CB X 3,14) – 65,51 Fonte: Chumlea, 1988. Onde: CB = circunferência do braço (cm) AJ = comprimento da altura do joelho (cm) 9.2 MÉTODO RABITO Equação para estimativa do peso a partir de medidas corporais 0,5759 (CB) + 0,5263 (CA) + 1,2452 (CP) - 4,8689 (G) - 32,9241 Onde: CB: Circunferência do Braço CA: Circunferência do Abdome CP: Circunferência da Panturrilha G: Gênero Masculino: 1 Feminino: 2 Fonte: Rabito, 2008 61 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 10 MÉTODOS E EQUAÇÕES PARA OBTENÇÃO DA ALTURA ESTIMADA 10.1 ESTATURA RECUMBENTE 10.1.1 Técnica • Colocar o paciente em posição supina (deitado de costas), com o leito em posição horizontal completa; • Colocar a cabeça em posição reta, com a linha de visão no teto; • Realizar todas as medidas no lado direito do corpo; • Fazer marcas no lençol na altura do topo da cabeça e da base do pé (pode ser utilizado um triângulo); • Medir o comprimento entre as marcas, utilizando uma fita métrica flexível. 10.2 ALTURA DO JOELHO 10.2.1 Técnica • Colocar o paciente em posição supina; • Dobrar o joelho esquerdo em ângulo de 90° (pode ser utilizado um triângulo); • Medir o comprimento entre a planta do pé e a superfície anterior da perna, na altura do joelho, utilizando uma régua para medir crianças; • Calcular a estatura do paciente através da fórmula. 10.2.2 Fórmula de Chumlea • Homens de 18 a 60 anos (brancos): A = 71,85 + 1,88 x AJ • Homens de 18 a 60 anos (negros): A = 73,42 + 1,79 x AJ • Mulher de 18 a 60 anos (brancas): A = 70,25 + (1,87 X AJ) – 0,06 x I • Mulher de 18 a 60 anos (negras): A = 68,10 + (1,86 x AJ) – 0,06 x I Onde: A = altura estimada (cm) AJ = Altura do joelho (cm) I = Idade (anos) Fonte: Chumlea, 1994. 10.3 EXTENSÃO DOS BRAÇOS OU ENVERGADURA TOTAL 10.3.1 Técnica • Colocar os braços do paciente estendidos e em ângulo reto (90°) com o corpo; • Medir, utilizando uma fita métrica flexível, à distância entre o dedo médio de uma mão até o dedo médio da outra, essa distância corresponde à estatura do paciente. Altura Estimada = envergadura total • Como método alternativo, é possível medir a extensão de um único braço e multiplicar por 2. Altura Estimada = semi-envergadura x 2 Fonte: Kwok; Writelow, 1991. 62 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 10.4 FÓRMULA RABITO Equação para estimativa da altura peso a partir de medidas corporais 63,525 - 3,237 (G) - 0,06904 (ID) + 1,293 (SE) Onde: G: Gênero ID: Idade SE: semi-envergadura do braço Fonte: Rabito, 2008 11 AVALIAÇÃO PELAS DOBRAS CUTÂNEAS 11.1 DOBRA CUTÂNEA DO TRÍCEPS (DCT) 11.1.1 Indicação Avalia a reserva de gordura subcutânea corporal. 11.1.2 Contra – indicação Obesidade mórbida e edema 11.1.3 Técnica • O braço não dominante deverá estar flexionado em direção ao tórax formando um ângulo de 90º; • Deve-se marcar ponto médio entre o acrômio e o olécrano; • O braço deverá estar relaxado e solto ao lado do corpo; • No ponto marcado, separar levemente, porém com segurança, a prega do braço, desprendendo-a do tecido muscular, e aplicar o calibrador formando um ângulo reto. 11.1.4 Adequação DCT (%) = DCT obtido (mm) x 100 DCT percentil 50 (mm) 63 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 11.1.5 Padrão de normalidade para Dobra Cutânea Triciptal DOBRA CUTÂNEA TRÍCEPS (mm) MASCULINO Fonte: Frisancho, 1990. DOBRA CUTÂNEA TRÍCEPS (mm) FEMININO Fonte: Frisancho, 1990. 64 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 11.1.6 Classificação da Dobra Cutânea do Tríceps 11.1.6.1 Blackburn e Thorton, 1979 CLASSIFICAÇÃO DCT (%) Obeso > 120 Sobrepeso 120 – 110 Eutrófico 110 – 90 Depleção Leve 90 – 80 Depleção Moderada 80 – 70 Depleção Severa < 70 11.1.6.2 Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO DCT (PERCENTIL) Excesso de Gordura > 85 Normal > 15 – 85 Risco de Déficit de Gordura 5 – 15 Déficit de Gordura < 5 11.2 DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (DCSE) 11.2.1 Indicação Avalia a reserva de gordura subcutânea corporal. 11.2.2 Contra – indicação Obesidade mórbida e edema 11.2.3 Técnica • Marcar o local logo abaixo do ângulo inferior da escápula. • A pele é levantada 1 cm abaixo do ângulo inferior da escápula. • O adipômetro deverá ser aplicado estando o indivíduo com o braço e ombro relaxado 65 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 11.2.4 Avaliação A avaliação do resultado é realizada a partir do PERCENTIL. Não se realiza percentual de adequação. 11.2.5 Padrão de normalidade para Dobra Cutânea Subescapular - Frisancho, 1990. DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (mm) MASCULINO DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (mm) FEMININO 66 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 11.2.6 Classificação do estado nutricional a partir da DCSE por percentis CLASSIFICAÇÃO DCSE (PERCENTIL) Excesso de Gordura > 85 Normal > 15 – 85 Risco de Déficit de Gordura 5 – 15 Déficit de Gordura < 5 Fonte: Frisancho, 1990 11.3 DOBRA CUTÂNEA BICIPTAL 11.3.1 Técnica • Com a palma da mão voltadapara fora, marcar o local da medida 1 cm acima do local marcado para a PCT • Segurar a prega verticalmente e aplicar o adipômetro no local marcado 11.4 DOBRA CUTÂNEA SUPRA-ILIACA 11.4.1 Técnica • A prega deverá ser formada na linha média axilar, com o dedo indicador logo acima da crista ilíaca; • Posição diagonal; • Seguir a linha de clivagem natural da pele no lado direito do indivíduo Observação: As dobras cutâneas bicipital e supra-ilíacas, são utilizadas para obtenção do percentual de gordura, juntamente com as dobras cutâneas tricipital e subescapular; a partir da somatória das 4 (quatro) dobras. 67 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 12 PORCENTAGEM ESTIMADA DA GORDURA CORPORAL OBTIDA, POR MEIO DA SOMA DE QUATRO PREGAS CUTÂNEAS - Prega Cutânea Triciptal - Prega Cutânea Biciptal - Prega Cutânea Subescapular - Prega Cutânea Supra-Ilíaca PREGAS CUTÂNEAS (mm) HOMENS (Idade em anos) MULHERES (Idade em anos) 17 - 29 30 - 39 40 - 49 ≥ 50 16 - 29 30 - 39 40 - 49 ≥ 50 15 4,8 10,5 20 8,1 12,2 12,2 12,6 14,1 17,0 19,8 21,4 25 10,5 14,2 15,0 15,6 16,8 19,4 22,2 24,0 30 12,9 16,2 17,7 18,6 19,5 21,8 24,5 26,6 35 14,7 17,7 19,6 20,8 21,5 23,7 26,4 28,5 40 16,4 19,2 21,4 22,9 23,4 25,5 28,2 30,3 45 17,7 20,4 23,0 24,7 25,0 26,9 29,6 31,9 50 19,0 21,5 24,6 26,5 26,5 28,2 31,0 33,4 55 20,1 22,5 25,9 27,9 27,8 29,4 32,1 34,6 60 21,2 23,5 27,1 29,2 29,1 30,6 33,2 35,7 65 22,2 24,3 28,2 30,4 30,2 31,6 34,1 36,7 70 23,1 25,1 29,3 31,6 31,2 32,5 35,0 37,7 75 24,0 25,9 30,3 32,7 32,2 33,4 35,9 38,7 80 24,8 26,6 31,2 33,8 33,1 34,3 36,7 39,6 85 25,5 27,2 32,1 34,8 34,0 35,1 37,5 40,4 90 26,2 27,8 33,0 35,8 34,8 35,8 38,3 41,2 95 26,9 28,4 33,7 36,6 35,6 36,5 39,0 41,9 100 27,6 29,0 34,4 37,4 36,4 37,2 39,7 42,6 105 28,2 29,6 35,1 38,2 37,1 37,9 40,4 43,3 110 28,8 30,1 35,8 39,0 37,8 38,6 41,0 43,9 115 29,4 30,6 36,4 39,7 38,4 39,1 41,5 44,5 120 30,0 31,1 37,0 40,4 39,0 39,6 42,0 45,1 125 31,0 31,5 37,6 41,1 39,6 40,1 42,5 45,7 130 31,5 31,9 38,2 41,8 40,2 40,6 43,0 46,2 135 32,0 32,3 38,7 42,4 40,8 41,1 43,5 46,7 140 32,5 32,7 39,2 43,0 41,3 41,6 44,0 47,2 145 32,9 33,1 39,7 43,6 41,8 42,1 44,5 47,7 150 33,3 33,5 40,2 44,1 42,3 42,6 45,0 48,2 155 33,7 33,9 40,7 44,6 42,8 43,1 45,4 48,7 160 34,1 34,3 41,2 45,1 43,3 43,6 45,8 49,2 165 34,5 34,6 41,6 45,6 43,7 44,0 46,2 49,6 170 34,9 34,8 42,0 46,1 44,1 44,4 46,6 50,0 175 35,3 44,8 47,0 50,4 180 35,6 45,2 47,4 50,8 185 35,9 45,6 47,8 51,2 190 45,9 48,2 51,6 195 46,2 48,5 52,0 200 46,5 48,8 52,4 205 49,1 52,7 210 49,4 53,0 Fonte: Durnin e Womersley, 1974. 68 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 12.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO PORCENTAGEM DE GORDURA CORPORAL 12.1.1 Lohman IDADE (ANOS) BAIXO (%) ABAIXO DA MÉDIA (%) DENTRO DA MÉDIA (%) ACIMA DA MÉDIA (%) OBESO (%) MASCULINO < 19 < 8 9 - 10 11 - 14 15 - 21 > 22 20 - 29 < 10 11- 13 14 - 20 21 - 23 > 24 30 - 39 < 11 12 - 14 15 - 21 22 - 24 > 25 40 - 49 < 13 14 - 16 17 - 23 24 - 26 > 27 > 50 < 14 15 - 17 18 - 24 25 - 27 > 28 FEMININO < 19 < 13 14 - 15 16 - 21 22 - 29 > 30 20 - 29 < 15 16 - 19 20 - 28 29 - 31 > 32 30 - 39 < 16 17 - 20 21 - 29 30 - 32 > 33 40 - 49 < 17 18 - 21 22 - 30 31 - 33 > 34 > 50 < 18 19 - 22 23 - 31 32 - 34 > 35 Fonte: Lohman et al, 1992. 12.1.2 Gallagher SEXO IDADE ESTADO NUTRICIONAL DESNUTRIÇÃO EUTROFIA PRÉ - OBESIDADE OBESIDADE Mulheres 20 – 39 < 21% 21 a 32,9% 33 a 38,9% ≥ 39% 40 – 59 < 23% 23 a 33,9% 34 a 39,9% ≥ 40% 60 - 79 < 24% 24 a 35,9% 36 a 41,9% ≥ 42% Homens 20 – 39 < 8% 8 a 19,9% 20 a 24,9% ≥ 25% 40 – 59 < 11% 11 a 21,9% 22 a 27,9% ≥ 28% 60 - 79 < 13% 13 a 24,9% 25 a 29,9% ≥ 30% Fonte: Gallagher , 2000. 69 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13 AVALIAÇÃO PELAS CIRCUNFERÊNCIAS 13.1 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 13.1.1 Indicação Representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e adiposo. 13.1.2 Técnica • Braço flexionado em direção ao tórax formando um ângulo de 90º. • Marcar ponto médio entre o acrômio e o olécrano • Braço estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa • No ponto marcado, contornar o braço com fita flexível de forma ajustada, sem compressão ou folga. 13.1.3 Adequação CB (%) = CB obtido (cm) x 100 CB percentil 50 (cm) 70 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.1.4 Padrão de normalidade para Circunferência do Braço CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (cm) MASCULINO Fonte: Frisancho, 1990. 71 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (cm) FEMININO Fonte: Frisancho, 1990. 72 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.1.5 Classificação da Circunferência do Braço 13.1.5.1 Blackburn e Thorton, 1979 CLASSIFICAÇÃO CB (%) Obeso > 120 Sobrepeso 120 – 110 Eutrófico 110 – 90 Depleção Leve 90 – 80 Depleção Moderada 80 – 70 Depleção Severa < 70 13.1.5.2 Frisancho, 1984 CLASSIFICAÇÃO CB (PERCENTIL) Obesidade > 90 Sobrepeso > 75 – 90 Eutrofia > 25 – 75 Risco Nutricional 5 – 25 Desnutrição < 5 13.1.5.3 Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO CB (PERCENTIL) Circunferência Aumentada > 85 Normal > 15 – 85 Risco de Circunferência Reduzida 5 – 15 Circunferência Reduzida < 5 13.2 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB) 13.2.1 Indicação Avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea). É obtida a partir dos valores de CB e da Dobra Cutânea Triciptal (DCT) 13.2.2 Fórmula CMB = CB (cm) - π x [PCT (mm) / 10] π: 3,14 13.2.3 Adequação Adequação da CMB (%) = CMB observado (cm) x 100 CMB percentil 50 (cm) 73 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.2.4 Padrão de normalidade para Circunferência Muscular do Braço CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (cm) MASCULINO Fonte: Frisancho, 1981. 74 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (cm) FEMININO Fonte: Frisancho, 1981. 75 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.2.5 Classificação da Circunferência Muscular do Braço 13.2.5.1 Blackburn e Thornton, 1979 CLASSIFICAÇÃO CMB (%) Eutrófico > 90 Depleção Leve 90 – 80 Depleção Moderada < 80 – 70 Depleção Severa < 70 13.2.5.2 Frisancho, 1990 CLASSIFICAÇÃO CMB (PERCENTIL) Musculatura Desenvolvida > 90 Normal > 10 – 90 Risco de Déficit de Massa Magra 5 – 10 Déficit de Massa Magra < 5 13.3 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA (AMBc) 13.3.1 Indicação Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo área óssea. 13.3.2 Fórmula 13.3.3 Classificação NORMAL DESNUTRIÇÃO LEVE/ MODERADA DESNUTRIÇÃO GRAVE AMBc > Percentil 15 Entre Percentil 5 e 15 < Percentil 5 Fonte: Frisancho, 1990. 76 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.3.4 Tabelas - Valores de referência da área muscular do braço corrigida em percentis (cm²) Fonte: Frisancho, 1990 77 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.4 ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO 13.4.1 Indicação Avalia a reserva de gordura, corrigindo área óssea. 13.4.2 Fórmula AGB (cm²)= CMB (cm) x [PCT (mm) ÷ 10] - [PCT (mm) ÷ 10]² 2 4 13.4.3 Classificação da Área de Gordura do Braço 13.4.3.1 Frisancho, 1981 CLASSIFICAÇÃO AGB (PERCENTIL) Obesidade> 90 Normal ≥ 15 – 90 Desnutrição Leve/Moderada ≥ 5 – 15 Desnutrição Grave < 5 13.4.3.2 Tabelas 78 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.5 CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO 13.5.1 Ponto de Corte, segundo Yang SEXO PONTO DE CORTE INTERPRETAÇÃO MASCULINO ≥ 39 cm Elevado / Risco < 39 cm Normal FEMININO ≥ 35 cm Elevado / Risco < 35 cm Normal Fonte: Yang et al, 2010. 13.5.2 Ponto de Corte, média segundo sexo (Estudo Americano) SEXO PONTO DE CORTE MASCULINO < 40,5 cm FEMININO < 34,2 cm 79 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 13.5.3 Ponto de Corte, segundo Estado Nutricional Ben-Noun, Sohar e Laor ESTADO NUTRICIONAL SEXO PONTO DE CORTE SOBREPESO (≥ 25 kg/m²) Masculino ≥ 37 cm Feminino ≥ 34 cm OBESIDADE (≥ 30 kg/m²) Masculino ≥ 39,5 cm Feminino ≥ 36,5 cm Fonte: Ben-Noun, Sohar e Laor, 2001. 13.6 CIRCUNFERÊNCIA CINTURA 13.6.1 Classificação SEXO SEM RISCO AUMENTADA OU RISCO MODERADO MUITO AUMENTADA OU ALTO RISCO MASCULINO < 94 cm 94 a 102 cm > 102 cm FEMININO < 80 cm 80 a 88 cm > 88 cm Fonte: WHO, 1997. 13.7 ÍNDICE CINTURA-QUADRIL (ICQ) 13.7.1 Fórmula ICQ: Circunferência da Cintura (cm) Circunferência do Quadril (cm) 13.7.2 Classificações SEXO RISCO AUMENTADO MASCULINO > 0,9 cm FEMININO > 0,8 cm Fonte: National Institute of Health, 1998. SEXO RISCO AUMENTADO MASCULINO ≥ 1,0 cm FEMININO ≥ 0,85 cm Fonte: OMS, 1998. SEXO GINÓIDE ANDRÓIDE MASCULINO < 1 cm > 1 cm FEMININO < 0,8 cm > 0,8 cm Fonte: OMS, 1998. 80 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 VALORES DE RISCO PARA A RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL IDADE (anos) RISCO MASCULINO BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO 20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94 30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96 40-49 <0,88 0,88-0,95 0,96-1,00 >1,00 50-59 <0,90 0,90-0,96 0,97-1,02 >1,02 60-69 <0,91 0,91-0,98 0,99-1,03 >1,03 FEMININO BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO 20-29 <0,71 0,71-0,77 0,78-0,82 >0,82 30-39 <0,72 0,72-0,78 0,79-0,84 >0,84 40-49 <0,73 0,73-0,79 0,80-0,87 >0,87 50-59 <0,74 0,74-0,81 0,82-0,88 >0,88 60-69 <0,76 0,76-0,83 0,84-0,90 >0,90 Fonte: Bray e Gray, 1988. 13.8 ÍNDICE CINTURA-ALTURA (ICA) 13.8.1 Fórmula ICA: Circunferência da Cintura (cm) Altura (cm) 13.8.2 Interpretação • O resultado deve ser no máximo a metade da altura. • Exemplo: indivíduo com 160 cm a cintura deverá ter no máximo 80 cm. Fonte: Universidade Oxford Brookes 14 ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL (IAC) 14.1 FÓRMULA IAC: Circunferência do Quadril (cm) - 18 Altura (m) x √ altura (m) 81 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 Exemplo Cálculo: Sexo Masculino Circunferência do quadril: 100cm Altura: 1.70m IAC: 100 (cm) - 18 1.70 x √ 1.70 (m) IAC: 100 - 18 1.70 x 1.30 IAC: 100 - 18 2,21 IAC: 45,25 - 18 IAC: 27,25% (excesso de gordura) 14.2 INTERPRETAÇÕES ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL % DE GORDURA MASCULINO FEMININO Excesso de Gordura > 25% > 30% Moderado 24% a 19% 29% a 26% Ideal 18% a 15% 25% a 20% Baixa 14% a 11% 19% a 16% Excepcionalmente Baixa 10% a 6% 15% a 10% Fonte: Bergaman, 2011. ÍNDICE DE ADIPOSIDADE CORPORAL (%) DIAGNÓSTICO MASCULINO FEMININO Peso Normal 8 a 20 21 a 32 Sobrepeso 21 a 25 33 a 38 Obesidade > 25 > 38 82 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 15 MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR (MAP) 15.1 VALORES PADRÕES DA ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR SEXO MÉDIA MASCULINO 12,5mm FEMININO 10,5mm Fonte: Lameu, 2004. 15.2 GRAU DE DEPLEÇÃO E DE % DE ADEQUAÇÃO DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR GRAU DE DEPLEÇÃO % DE ADEQUAÇÃO Ausência de depleção > 100% Depleção leve 90-99% de adequação Depleção moderada 60-90% de adequação Depleção severa < 60% de adequação Fonte: Lameu, 2004. 16 CÁLCULOS DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS 16.1 FÓRMULA PARA CÁLCULO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS SEGUNDO HARRIS & BENEDICT (1919) Para Homens TMB: 66,5 + (13,73 x P) + (5,3 x A) – (6,83 x I) Para mulheres TMB: 655,1 + (9,63 x P) + (1,83 x A) – (4,73 x I) Para obesos TMB: 2087,9 - (8,17 x altura) + (16,81 x peso atual) – 8,91– (1,03 x Idade) Onde: TMB: Taxa de Metabolismo basal P: Peso atual em Kg A: Altura em cm I: Idade em anos 16.2 FÓRMULA PARA GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET) GET: TMB x Fator Atividade x Fator Trauma/Estresse x Fator Térmico 83 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 16.3 FATOR DE CORREÇÃO PARA CÁLCULO DA DEMANDA ENERGÉTICA Fator Atividade (FA) Acamado no Ventilador 1,1 Acamado 1,2 Acamado + móvel 1,25 Deambulando 1,3 Fator Térmico (FT) 38° c 1,1 39° c 1,2 40° c 1,3 41° c 1,4 Fator Trauma ou Estresse AIDS 1,6 - 1,8 Câncer 1,1 - 1,45 Cirurgia Eletiva 1,0 - 1,2 Desnutrição não-complicada 0,8 - 1,0 Desnutrição Grave 1,5 Diabetes mellitus 1,1 Doença Cardiopulmonar com Sepse 1,25 Doença Cardiopulmonar sem Sepse 0,9 Doença Cardiopulmonar com Cirurgia 1,3 - 1,55 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 1,2 Doença de Crohn 1,3 Falência de 1 ou 2 órgãos 1,4 - 1,5 Fratura de Osso Longo 1,15 - 1,3 Fraturas Múltiplas 1,2 - 1,35 Hepatopatias 1,2 Infecções 1,1 - 1,25 Infecção Grave 1,3 - 1,35 Insuficiência Cardíaca 1,3 - 1,5 Insuficiência Hepática 1,3 - 1,55 Insuficiência Renal Aguda 1,3 Insuficiência Renal Crônica com ou sem Diálise 1,35 Jejum 0,85 - 1,0 Multitrauma com Sepse 1,6 Multitrauma Reabilitação 1,5 Paciente Não Complicado 0,85 - 1,0 Paciente Neurológico / Coma 1,15 - 1,2 Pancreatite 1,3 - 1,8 Pequena Cirurgia 1,2 Pequeno Trauma de Tecido 1,14 - 1,37 Peritonite 1,2 - 1,5 Pós-operatório Câncer 1,1 - 1,4 Pós-operatório Cirurgia Cardíaca 1,2 - 1,5 Pós-operatório Cirurgia Eletiva 1,0 - 1,1 84 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 Fator Trauma ou Estresse Pós-operatório Geral 1,0 - 1,5 Pós-operatório Leve 1,0 - 1,05 Pós-operatório Médio 1,05 - 1,1 Pós-operatório Grande 1,1 - 1,25 Pós-operatório Torácico 1,2 - 1,5 Queimaduras até 20% 1,0 - 1,5 Queimaduras 20 a 50% 1,7 Queimaduras 50 a 70% 1,8 Queimaduras 70 a 90% 2,0 Queimaduras 100% 2,1 Retocolite 1,3 Sepse 1,4 - 1,8 Síndrome da Angústia Respiratória Aguda 1,35 Síndrome Intestino Curto 1,45 Transplante Medula Óssea 1,2 - 1,3 Transplante Hepático 1,2 - 1,5 Trauma Crânio Encefálico 1,4 Trauma de Tecido Moles 1,14 - 1,37 Trauma Esquelético 1,35 Trauma com Sepse 1,6 Fonte: Kinney, 1966, 1970, 1976; Wilmore, 1977; Long, 1979; Elwin, 1980; Silberman, Eusenberg, Guerra, 2002. 16.4 NÍVEIS DE PROTEÍNA DE ACORDO COM OS NÍVEIS DE ESTRESSE NÍVEL DE ESTRESSE SEM ESTRESSE LEVE A MODERADO ESTRESSE GRAVE Relação Kcal não protéicas / g N > 150:1 150 – 100:1 < 100 – 80:1 % VCT < 15% 15 – 20% > 20% Proteína (g/kg/dia) 0,8 – 1,0 Sem estresse, com função renal normal, para a manutenção 1 – 1,2 Com desnutrição 1,2 – 2,0 Catabólico (pós- operatório, sepse, hipermetabólico, enteropatia perdedora de proteína) 85 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 CAPÍTULO IV Avaliação Nutricional de Idosos 86 Vasconcelos, FC; Moura, SMSF; Marques, SSF; Mota, ES; 2015 1 EQUAÇÃO PARA OBTENÇÃO DO PESO IDEAL (PI) 1.1 PESO IDEAL (PI) PELO IMC MÉDIO Peso Ideal = IMC médio x A² OBS: IMC MÉDIO PARA O IDOSO: 25 kg/m² 1.2 IMC DE ACORDO COM A IDADE E SEXO - PERCENTIL 50 IDADE PERCENTIL 50 MASCULINO FEMININO 65 - 69 24,3
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