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AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL NO ADULTO E IDOSO Conteúdo dos slides cedidos por Paulo Sehl Antropometrista ISAK nível 3 Nutrição no Adulto e no Idoso Profª Estela Lopes Scariot Composição corporal Fundamental na orientação da prescrição dietética e acompanhamento de indivíduos e populações. Alteração na composição corporal: ■ Fisiologia do envelhecimento; ■ Estilo de vida inadequado; ■ Gravidade de doenças; Composição corporal: Boa ferramenta prognóstica para morbidade e mortalidade. Avaliação do estado nutricional: multifatorial - traçar estratégias para promoção e acompanhamento quanto recuperação do estado de saúde. Composição corporal: identifica deficiências ou excessos dos componentes corporais como ferramentas de prevenção, diagnóstico e prognóstico de diversas condições de saúde. Associação da composição corporal com estado de saúde Massa Magra Massa Gorda Peso total Métodos de Análise da Composição Corporal ■ DIRETOS: dissecção de cadáveres; ■ INDIRETOS: – Imagens (tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia, densitometria óssea) – Densitometria (pesagem hidrostática) ■ DUPLAMENTE INDIRETOS: – Bioimpedância – Antropometria (equações, somatogramas) DEXA – Densitometria óssea É uma técnica não invasiva considerada segura e que pode medir três componentes corporais: massa de gordura, massa livre de gordura e massa óssea. Permite a quantificação direta da gordura intra- abdominal – visceral. Rev Paul Pediatr 2009;27(3):315-21 Bod Pod ■ O BOD POD é o único Sistema de Pletismografia - estima o volume corporal por meio do deslocamento de ar. ■ Rápido, preciso e seguro, utiliza a superfície corporal para determinar a composição corporal (gordura, massa magra e densidade) de toda a população. Rev Paul Pediatr 2009;27(3):315-21 Pesagem Hidrostática ■ Esta técnica considera que o corpo é formado por dois componentes distintos: massa de gordura (lipídeos) e massa livre de gordura (água, proteína e componentes minerais)A densidade corporal é determinada por meio da relação do peso no ar e o peso na água. Rev Paul Pediatr 2009;27(3):315-21. Bioimpedância Elétrica (BIE) AVALIAÇÃO: Princípio da condutividade elétrica. Corrente elétrica de baixa amplitude para caracterizar os componentes condutores e não condutores de líquidos e de tecidos do corpo: • Gordura, ossos e espaços cheios de ar: maus condutores elétricos; • Água e os tecidos ricos em eletrólitos, como músculos e sangue: excelentes condutores de corrente elétrica; Interferem:alimentação, ingestão de líquidos, ciclo menstrual, desidratação ou retenção, etc. ANTROPOMETRIA Peso e estatura Perímetros Dobras Cutâneas Diâmetros ósseos ** estimativas Padronização em antropometria ■ Existem diferentes protocolos de padronização de medidas antropométricas e entre eles podemos citar Lohman e ISAK. O método utilizado pelo curso de Nutrição da Unirriter será de acordo com a International Society for Advancement of Kinanthropometry (ISAK). O método é baseado em um modelo australiano de estandardização das técnicas de medidas antropométricas. O controle de qualidade das medições é reforçado principalmente pela descrição detalhada das técnicas e pela tolerância de erro permitida entre medidas repetidas. A aplicabilidade dessa formação possibilita que o avaliador/antropometrista ofereça aos seus clientes qualidade e confiança, desde as coletas de dados até a análise final dos resultados obtidos. Existem 4 níveis de antropomotristas ISAK. Medidas utilizadas em Adultos Geral Perímetros Dobras cutâneas Diâmetros ósseos Massa corporal (kg) Punho (cm) Tríceps (mm) Punho (cm) Altura (cm, m) Braço (cm) Subescapular (mm) Úmero (cm) Cintura (cm) Bíceps (mm) Fêmur (cm) Quadril (cm) Supra-ilíaca (mm) Abdômen (cm) Abdominal (mm) Coxa (cm) Coxa (mm) Coxa medial (cm) Panturrilha medial (mm) Panturrilha (cm) Axilar média (mm) Torácica ou peitoral ** Utilizadas no âmbito hospitalar Medidas utilizadas em Idosos Geral Perímetros Dobras cutâneas Diâmetros ósseos Massa corporal (kg) Cintura (cm) Tríceps (mm) Punho (cm) Altura (cm, m) Braço (cm) Subescapular (mm) Úmero (cm) Panturillha (cm) Fêmur (cm) COMO MEDIR? MASSA CORPORAL E ALTURA Altura (cm,m) •Equipamento: estadiômetro •Em pé, descalço, calcanhares unidos •Crianças acima de 2 anos e adultos •˃ pela manhã •“Encolhimento” (até 1%) Reilly & Troup, 1985 •Registro do horário Estatura/Altura total: Medida linear de distância entre o solo (borda inferior dos pés) e o vértex do crânio. Cabeça no Plano de Frankfort • Margens superiores dos meatos acústicos externos e bordo inferior da órbita ocular. Bill Ross, instrutor critério nível 4 Avaliação Antropométrica de Idosos ■ PODEM OCORRER DIFICULDADES TÉCNICAS: – Caminhar; – Manter o equilíbrio postural; – Pacientes acamados; – Deformações na coluna vertebral. ESTIMATIVAS DE ESTATURA Estatura ■ O ser humano apresenta redução da estatura de cerca de 1 a 2,5 cm por década, a partir dos 40 anos (Coelho e cols., 2002); ■ Estatura diminui com a idade: – à Perissinotto et al: decréscimo de 2-3cm/década – à Euronut Seneca Study: decréscimo de 1-2cm em 4 anos. ■ A OMS, em 1995, relatou que a variação da perda de estatura é de: – 1,9 a 6,7 cm em homens; – 2,0 a 6,0 cm em mulheres. ■ Causas: – Achatamento das vértebras; – Redução dos discos intervertebrais; – Cifose dorsal; – Escoliose; – Arqueamento dos membros inferiores e/ou Achatamento do arco plantar. Estimativas da Estatura ■ Envergadura ■ Hemi-envergadura ■ Altura recumbente ■ Altura do Joelho Estatura Envergadura ■ PROCEDIMENTO: Consiste na medida de comprimento entre a extremidade distal do 3º quirodáctilo (dedo médio) direito e a extremidade distal do 3º quirodáctilo esquerdo, feita com o uso de um antropômetro (ou trena metálica). ■ PRECAUÇÕES: Cuidado em manter o braço estendido, sem flexionar o cotovelo. Envergadura Hemi-Envergadura ■ PROCEDIMENTO: consiste na medida de comprimento do segmento central da incisura jugular do osso esterno até a extremidade do 3º quirodáctilo direito, sem considerar a unha. A ALTURA EQUIVALE AO DOBRO DO VALOR ENCONTRADO (Mitchell & Lipschitz, 1982). ■ PRECAUÇÕES: Marcar o local exato antes da medição. Hemi-Envergadura Fórmula de Estimativa de Altura a partir da Hemi-Envergadura ■ Rabito, 2006: – A = 63,525 – (3,237 x sexo) – (0,06904 x idade) + (1,293 x E). ■ Onde: – A = altura (cm); – S = sexo (masculino = 1 e feminino = 2); – I = idade (anos); – E = hemi-envergadura (cm). Estatura estimada pela medida da Altura do Joelho ■ A aferição da altura do joelho pode ser obtida com o indivíduo em posição supina com o joelho dobrado em ângulo de 90. ■ O comprimento é medido entre a planta do pé e a superfície anterior da perna, na altura do joelho. Estatura estimada pela medida da Altura do Joelho Idosos de 60 a 90 anos Altura (cm) Homens 64,19 – [0,04 X idade em (anos)] + [2,02 X altura do joelho (cm)] Mulheres 84,88 – [0,24 X idade em (anos)] + [1,83 X altura do joelho (cm)] Chumlea WC, Roche AF, Steinbaugh ML,. Stimating stature from knee height for persons 60 to 90 years of age. J Am Geriatric Soc 1985, 33(2): 116-20 Estatura Recumbente O paciente deverá se encontrar em posição supina e com o leito em posição horizontal completa. Alinhar o corpo e a cabeça. Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé (fletido) no lado direito do indivíduo com auxílio de um triângulo. Medir a distância entre as marcas, com fita métrica flexível. ESTIMATIVAS DE PESO (MASSA CORPORAL)Massa corporal, kg •Equipamento: balança (portátil ou fixa) •Em pé, descalço •Crianças acima de 2 anos e adultos • Paciente deve olhar para o horizonte • Não se apoiar • Pisar por completo na plataforma da balança • Mínimo de roupa e acessórios possível • Variações a longo do dia Estimativa de Peso ■ Formula específica adulto ■ Fórmula específica idoso Considerar: ■ Amputação ■ Edema Estimativa de Peso ■ Formula específica adulto ■ Fórmula específica idoso Adicionais: ■ Peso ideal ■ Perda ponderal recente ■ % de adequação de peso Estimativa de peso em adulto (homens e mulheres acamados) Onde: ■ CB= circunferência do braço (cm) ■ CA = circunferência abdominal (cm) ■ CP = circunferência da panturrilha (cm) ■ S = sexo (1= masculino e 2 = feminino) Peso (Kg) = 0,5759 (CB) + 0,5263 (CA) +1,2452 (CP) – 4,8689 (S) – 32,9241 Rabito, 2006. Fórmula para cálculo do peso estimado (P) – Idosos acamados (60 a 90 anos) ■ Homens: – P = [0,98 x CP (cm)] + [1,16 x AJ (cm)] + [1,73 x CB (cm)] + [0,37 x DCSE (mm)] – 81,69. ■ Mulheres: – P = [1,27 x CP (cm)] + [0,87 x AJ (cm)] + [0,98 x CB (cm)] + [0,40 x DCSE (mm)] – 62,35. ■ Legenda: – CB – circunferência do braço (cm); – CP* – circunferência da panturrilha (cm); – DCSE – dobra cutânea subescapular (mm); – AJ** – altura do joelho (cm). Chumlea WC, Guo SR, Steinbaugh ML,. Prediction of body weight for the nonambulatory elderly from anthropometry. J Am Diet Assoc 1988, 88(5): 564-8 Fórmula de Estimativa de Peso - Rabito ■ Rabito, 2004: – Peso= 0,7922 x CB + 0,3474 x CA + 1,060 x CP + 0,1728 x DCSE - 26,5420 ■ Onde: – CB = circunferência/perímetro do braço (cm); – CA = circunferência abdominal (cm); – CP = circunferência/perímetro da panturrilha (cm); – DCSE = dobra cutânea sub-escapular (mm). Pacientes Edemaciados ■ Para utilizar dados de peso em pacientes edemaciados de forma mais precisa, deve-se descontar do peso atual valores pré-definidos, de acordo com a grau de edema e a região atingida, para obtenção do peso “seco”. Total de peso (kg) a ser subtraído do PA de acordo com o grau de edema e local atingido Grau de edema Local atingido Total de peso a ser subtraído +/++++ Tornozelo 1,0 kg ++/++++ Joelho 3,0 a 4,0 kg +++/++++ Raiz da coxa 5,0 a 6,0 kg ++++/++++ Anasarca 10,0 a 12,0 kg Fonte: Peso Real ou Peso Seco (ASPEN, 1996). Qualquer porcentagem de perda ponderal é considerada clinicamente significativa nesses pacientes. Perdas muito rápidas possibilidade de presença de patologias adjacente e associação com da mortalidade. % Perda de peso = (PU- PA)/PU x 100 Perda de peso recente Período Perda Moderada Perda Severa 1 semana 1 a 2% 2% < perda ≤ 5% 1 mês 5% 5% < perda ≤ 7,5% 3 meses 7,5% 7,5% perda ≤ 10% 6 meses 10% > 10% Blackburn GL, Bistrian BR, Malni BS, Schlamm HT, Smith MF. Nutritional and metabolic assessment of the hospitalized patient. JPEN 1977; 1:11-22 Contornar a fita métrica no pulso do braço direito e registrar em centímetros. COMPLEIÇÃO Compleição = Estatura (cm) Circ. Punho (cm) Após a determinação da compleição corporal, encontrar o peso ideal através da tabela a seguir. É o peso que corresponde ao menor índice de morbidade e mortalidade associado. A tabela de referência mais usada é a da companhia de seguros Metropolitan Life InsureCompany*. Peso ideal Para se estimar o peso ideal deve-se levar em consideração a estrutura óssea ou o biotipo do indivíduo. Um dos métodos para se estimar a compleição é através da medida de circunferência de punho. Outra opção de calcular peso ideal para pacientes adulto é através do IMC médio. PESO IDEAL – outra opção: Peso ideal = 22 x altura(m) 2 Peso ideal = 20,8 x altura (m) 2 “Média”entre peso atual e peso ideal. Usado em paciente que estão com peso atual muito elevado. PESO ajustado PAJ= (PA - PI) x 0,25 + PI A avaliação do peso corpóreo em pacientes com amputações constitui um problema específico, pois é necessário considerar a perda das partes corporais. Peso Corporal corrigido para amputação Peso corpóreo corrigido = peso atual x 100 (100% – % amputação) Dempster P, Aitkens S. A new air displacement method for the determination of human body composition. Med Sci Sports Exerc. 1995;27(12):1692-7. Hinrichs RN. Adjustments to the segment center of mass proportions of Clauser et al. (1969). J Biomech. 1990;23(9):949-51. De Osterkamp LK. Current perspective on assessment of human body proportions of relevance to amputees. J Am Diet Assoc. 1995;95(2):215-8. OBS: No paciente amputado: - para realiza o estado nutricional pelo IMC é necessário corrigir o peso a partir da fórmula acima, acrescentando o % de amputação. - para calcular as necessidades energéticas, deve-se subtrair o percentual de amputac ̧a ̃o. (Manual de Atendimento Ambulatorial Faculdade Assis Gurgacz, 2011) Em indivíduos amputados, a informação do peso dos segmentos do corpo é importante para a avaliação do peso ideal. Procede-se à correção para comparar o peso atual ao ideal. Na correção, o peso estimado da parte amputada é subtraído do peso ideal. O peso ideal é determinado como se não existisse a amputação. O cálculo também pode comparar o peso atual com o usual, antes da amputação, e estimar a magnitude da perda. Peso Ideal corrigido para amputação Peso Ideal = (100% - % segmento amputado) x Peso Ideal 100 Martin C., 2000 Peso Desejado: É o peso que o sujeito gostaria de pesar. Este peso deve ser considerado nas metas de tratamento para obesidade, uma vez que dificilmente o sujeito vai emagrecer mais do que deseja. Peso Habitual ou Usual: É aquele peso que a pessoa teve por muito tempo. Normalmente esta informação é importante quando ocorre uma mudança de peso em determinado período de tempo e para aqueles pacientes em que a obtenção do peso atual é difícil ou contra indicada. Nos pacientes hospitalizados esta informação é de suma importância, pois o paciente pode ser obeso e ter perdido muito peso em um curto período de tempo. Isto pode ser indicativo da existência de doença consumptiva, por exemplo. ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) PARA ADULTOS IMC = Peso (kg)/Estatura (m)2 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) PARA IDOSOS IMC (kg / m2) Classificação < 22 Magreza 22 – 27 Eutrofia > 27 Excesso de Peso Fonte: Adaptado de LIPSCHITZ, D.A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary care, 21(1):55-67, 1994. Pontos de corte mais altos, pois os idosos necessitariam de uma reserva maior afim de prevenir a desnutrição *Atualmente é o IMC mais utilizado em idosos. % DE ADEQUAÇÃO DO PESO Adequação do peso (%): É a porcentagem de adequação do peso atual em relação ao ideal. Adequação (%) = peso atual x 100 peso ideal COMO MEDIR? PERÍMETROS E DOBRAS CUTÂNEAS MARCAÇÕES PONTOS ANATÔMICOS Marcações dos pontos: •Acromiale •Radiale •Acromiale-radiale médio •Subescapulare MEDIDAS: 1º passo: Localizar e marcar pontos de referências para posterior medições de perímetros, diâmetros e dobras cutâneas Protocolo: Lado direito do corpo MARCAÇÃO: • Sugestão: lápis de olho • Lenços umidecidos para remoção 1) Ponto Acromial (Acromiale®) • Borda superior lateral do processo acromial, ajustada na posição deltóide lateral, vista de lado. • Usado para identificar ponto médio e circunferência do braço 2) Ponto Radial (radiale®) Cabeça do rádio (deslizante) Capítulo do úmero Tróclea do úmero • Borda proximal e lateral da cabeça do rádio. •Usado para identificar ponto médio e circunferência do braço 3) Ponto Acromial-Radial Médio (Mid-acromiale- radiale®) • Ponto médio do braço – entre as duas marcações feitas •Usado para perímetro do braço relaxado e Dobras cutâneas: tríceps (posterior) e bíceps (anterior) 4) Ponto Subescapular (Subescapulare®) • Local marcado 2 cm ao longo da linha que desce lateral e obliquamente, a partir do ângulo inferior da escápula em um ângulo (~45°) determinado pela dobra natural da pele. • Ponta mais baixa do ângulo inferior da escápula • Usado para dobra cutânea subescapular 5) Ponto para Dobra Cutânea Panturrilha • Ponto mais medial ao nível do perímetro máximo da panturrilha. • Observar maior perímetro por fora, marcação por dentro DOBRAS CUTÂNEAS • Peitoral (Não) • Subescapular (Sim) • Tríceps (Sim) • Bíceps (Não) • Axilar (Não) • Crista Ilíaca (Não) • Supra Espinhal (Não) • Abdominal (Não) • Coxa (Não) • Panturrilha (Não) Dobras Cutâneas em Idosos: Perfil Restrito ISAK 1 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=y_GtD0D7bDtLPM&tbnid=SzDHB65J3Q_-cM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.cescorf.com.br/portfoliocategory/trenas/&ei=ubXlUfOOC5He4APAyIDgDg&psig=AFQjCNEiCsnCa5avihnMdD4oTb2RIYwHvw&ust=1374095153875733 1) Dobra Cutânea do Tríceps • Verticalmente na superfície mais posterior do braço, na linha correspondente ao ponto acromial radial médio. • Uma leve rotação medial do ombro facilita a mensuração. Avaliador Posicionado atrás 2) Dobra Cutânea Subescapular • Local marcado 2 cm ao longo da linha que desce lateral e obliquamente, a partir do ângulo inferior da escápula em um ângulo (~45°) determinado pela dobra natural da pele. Paulo Sehl, instrutor nível 3 Avaliador Posicionado atrás Orientações para a medição • Observar a posição da mão nos próximos slides; • Pinçar (destacar) a dobra com o polegar e indicador; • Separar a gordura do músculo e puxar LEVEMENTE, destacando a dobra cutânea; • Os dedos vão em cima da marcação; • O plicômetro deverá ir logo abaixo da marcação; • Não soltar os dedos da dobra; soltar apenas o dedo da pressão do plicômetro para não influenciar na medida. • Cuidado para abrir o plicômetro antes de remover da pele para não beslicar; • Manter unhas curtas!!!!!! • ESTAR HABITUADO COM A LEITURA DO EQUIPAMENTO • Cabeça (Não) • Pescoço (Não) • Braço relaxado (Sim) • Braço contraído/tensionado (Não) • Antebraço (Não) • Punho (Sim) • Tórax (Não) • Cintura (Sim) • Quadril (Sim) • Abdominal (Sim) • Coxa máxima (Não) • Coxa média (Não) • Perna (Não) • Tornozelo (Não) • Panturilha (Sim) Perímetros Corporais para Idosos e Adultos Hospitalizados: Perímetro do Braço Relaxado • Ponto acromial radial médio, perpendicular ao eixo do úmero. •Avaliador posicionado à direita. Perímetro do Punho • Estando o antebraço relaxado, no prolongamento do corpo. Posicionar a fita sobre os processos estiloides do Rádio e das Ulna. Perímetro do Quadril (Glúteos) • Maior volume posterior dos glúteos. • O avaliador se posiciona à direita. • O avaliado permanece com os pés unidos (de preferência em cima de um banco antropométrico). Pontos anatômicos da circunferência da cintura... CC1: imediatamente abaixo da última costela, que é, em geral, na margem anterior da região lateral, em ambos os lados do tronco. CC2: ACSM o local mais recomendado. É de fácil identificação visual na maioria dos indivíduos, entretanto, para outros, não há como visualizar menor circunferência entre a última costela e a crista ilíaca, devido a grande quantidade de gordura abdominal ou extrema magreza CC3: OMS são necessárias a identificação absoluta do ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca CC4: NIH e NHANES a medida imediatamente acima da crista ilíaca é a tecnicamente mais difícil, em particular nas mulheres, além de ser de difícil estabilização da fita na superfície da pele. É uma referência importante, uma vez que se correlaciona a L4 e L5, que é o local mais frequente de realização de exames de TC e densitometria óssea. No estudo descrito anteriormente, foi o local que obteve maior correlação a medidas de percentual de gordura. Wang J, et al. Comparison of waist circumferences measured at 4 sites. Am J Clin Nutr. 2003;77:379-384 Perímetro da Cintura • Ponto mais estreito entre o último arco costal (costela+baixa) e a crista ilíaca. Ou, no ponto médio entre as duas referências. • Realizada ao final de uma expiração normal Padronização CA e CC na disciplina ■ CA: linha do umbigo ■ CC: ponto mais estreito entre o último arco costal (costela+baixa) e a crista ilíaca. Ou, no ponto médio entre as duas referências. Perímetro da Panturrilha • Maior perímetro da panturrilha • Avaliado em cima da caixa antropométrica. • Manusear a trena de cima a baixo até encontrar o ponto. • Marcação do ponto na face medial para a localização da dobra cutânea. • Avaliador à direita. CLASSIFICAÇÕES Classificações Risco cardiovascular: ■ Relação Cintura-quadril ■ Circunferência abdominal ■ Circunferência da cintura Classificação do estado nutricional segundo: ■ DCT, CB e CMB ■ AMB e AGB Reserva muscular e função muscular: ■ Perímetro da panturrilha ■ Dinamometria Circunferência da Cintura (classificação) Risco para complicações metabólicas e doenças cardiovasculares OMS,1998 Diagnóstico do Perímetro da Cintura Pontos de Corte do Perímetro da Cintura para Risco de Doença Cardiovascular Sexo IDF1 ATP III2 SBC3 Homens ≥ 94,0 cm ≥ 102,0 cm ≥ 94,0 cm Mulheres ≥ 80,0 cm ≥ 88,0 cm ≥ 80,0 cm 1International Diabetes Federation. www.idf.org 2National Cholesterol Program (NCEP), 2001. 3Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. http://www.idf.org/ http://www.idf.org/ http://www.idf.org/ http://www.idf.org/ http://www.idf.org/ Relação Cintura-Quadril RCQ= Circunferência da cintura (cm) Cintura do quadril (cm) RCQ >1,0 homens > 0,8 mulheres Indicativo de obesidade andróide e risco aumentado de doenças relacionadas com a obesidade A RCQ é o indicador mais frequentemente utilizado para identificar o tipo de distribuição de gordura, está associado a gordura visceral. Relação Cintura-Quadril Limitações:influência da cintura pélvica, dependência do grau de obesidade, incapacidade de diferenciar depósito de gordura visceral ou gordura subcutânea. Não indicada no uso de avaliações de mudança de peso. Fonte: Applied Body Composition Assessment, 1996. Relação Cintura-Quadril Circunferência (perímetro) do braço (CB) Circunferência muscular do braço (CMB) Dobra (prega) cutânea do tríceps (DCT ou PCT) 1) Classificados por tabela de percentis Ou 2) Percentual de adequação Circunferência (perímetro) do braço (CB): tecido ósseo, muscular e de gordura do braço (em cm) Circunferência muscular do braço (CMB): reserva de tecido muscular – sem correção óssea (em cm) encontrada através da fórmula que usa PCT e CB. Dobra (prega) cutânea do tríceps (DCT ou PCT):mais utilizada na prática clínica. Região representativa da camada subcutânea de gordura. Avalia reserva de gordura corpórea. Isolada ou em cominação com CB,CMB,AGB e AMG Circunferência muscular do braço (CMB) Ou perímetro muscular do braço CB – (0,314 x DCT) Avalia a reserva de tecido muscular sem correção da massa óssea. Sua medida isolada é comparada ao padrão de Frisancho. CB CMB DCT ou PCT 1) Classificados por tabela de percentis Ou 2) Percentual de adequação PERCENTIS Valores P de DCT, sexo masculino de 1 a 74,9 anos de idade Dobra (prega) cutânea do tríceps (DCT ou PCT) Valores P de DCT, sexo feminino de 1 a 74,9 anos de idade Dobra (prega) cutânea do tríceps (DCT ou PCT) Médias, Desvios- padrão e Percentis doPB (cm) por idade – Homens de 1 a 74 anos Circunferência (perímetro) do braço (CB) Médias, Desvios- padrão e Percentis do PB (cm) por idade – Mulheres de 1 a 74 anos Circunferência (perímetro) do braço (CB) Percentil da CMB (cm) – Homens Percentil da CMB (cm) – Mulheres 5 25 10 50 75 90 95 em anos Classificação do estado nutricional por meio dos percentis de DCT, CB e CMB até 74 anos e 11 meses Percentil Classificação > 90º obesidade > 75º sobrepeso 25º - 75º eutrofia 5º - 25º risco nutricional < 5º desnutrição Fonte: FRISANCHO, R. New standards of weight and body composition by frame size and height for assessment of nutritional status of adults and the elderly. Am J Clin Nutr, vol.40, p. 808-819, oct. 1984 DCT, CB, CMB Classificação, em percentis da DCT, CB e CMB de HOMENS com 60 anos ou mais (NHANES III): DCT, CB, CMB Classificação, em percentis da DCT, CB e CMB de MULHERES com 60 anos ou mais (NHANES III): DCT, CB, CMB Classificação do estado nutricional de idosos, utilizando-se a referência de NHANES III Percentil Classificação > 90º obesidade > 85º sobrepeso > 75º risco de sobrepeso 25º - 75º eutrofia 10º - 25º risco nutricional < 10º desnutrição DCT, CB, CMB PERCENTUAL DE ADEQUAÇÃO % Adequação (do DCT, CB e CMB) = (Medida do Paciente / Medida do Percentil 50) x 100 PADRÃO DE REFERÊNCIA (para encontrar o Percentil 50 dessas medidas): Adultos e Idosos (até 74 anos e 11 meses): • DCT e CB - Tabelas de Frisancho, 1990; • CMB - Tabelas de Frisancho, 1981. Idosos a partir de 60 anos: • DCT, CB e CMB - NHANES III, 1988-1991. % de adequação DCT, CB, CMB Valores do percentil 50 para DCT, CB, CMB (FRISANCHO) Idade (anos) Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 55 – 59,9 11.5 26 32.3 30.9 60 – 64,9 11.5 26 32 30.8 65 – 69,9 11 25 31.1 30.5 70 – 74,9 11 24 30.7 30.3 26.8 22.5 *1 Fonte : FRISANCHO, A.R. Anthropometric standards for the assessment of growth and nutritional status. University of Michigan, 1990. *2 Fonte : FRISANCHO, A.R. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of nutritional status. Am. J. Clin. Nutr., 34: 2540 – 2545, 1981. DCT (mm) *1 CB (cm) *1 CMB (cm) *2 27.8 22.5 DCT, CB, CMB Classificação do estado nutricional por meio dos percentuais de adequação de DCT, CB e CMB DCT e CB Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade % Adequação < 70% 70-80% 80-90% 90-110% 110-120% >120% CMB Desnutrição Grave Desnutrição Moderada Desnutrição Leve Eutrofia % Adequação < 70% 70-80% 80-90% 90-110% Fonte: BLACKBURN E THORNTON, Nutritional assessment of the hospitalized patients. Med. Clin. North Am., 63: 1103 – 1115, 1979. DCT, CB, CMB ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA E ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO Cálculo da AMB (Heymsfiel e cols., 1982) – mais comum em crianças e adolescents. Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea. Esta reflete mais adequadamente a verdadeira magnitude das mudanças do tecido muscular do que a CMB. Médias, desvios-padrão e P da AMB (cm²) por idade – Homens Continuação das Médias, desvios-padrão e P da AMB (cm²) por idade – Homens Médias, desvios-padrão e P da AMB (cm²) por idade – Mulheres Classificação do Estado Nutricional, segundo a AMB Estado Nutricional AMB (cm²) Depleção P 0,0 ao P 5,0 Abaixo da média P 5,1 ao P 15,0 Dentro da média P 15,1 ao P 85,0 Acima da média P 85,1 ao P 95,0 Boa nutrição P 95,1 ao P 100,0 Cálculo Área de Gordura do Braço (AGB) Reserva de gordura do braço AGB e PCT (separadamente ou a partir do somatório de pregas) AGB (cm²) = CMB (cm) X [DCT (mm) 10] - x [DCT (mm) 10]2 ________________________________________ __________________________ 2 4 Percentis da AGB (cm²) – Homens Percentis da AGB (cm²) – Mulheres Classificação do Estado Nutricional, segundo a AGB Estado Nutricional AGB (cm²) Magro P 0,0 ao P 5,0 Abaixo da média P 5,1 ao P 15,0 Dentro da média P 15,1 ao P 75,0 Acima da média P 75,1 ao P 85,0 Excesso de gordura P 85,1 ao P 100,0 Perímetro da Panturrilha Medida ao redor da maior proeminência da musculatura da panturrilha; É um marcador de desnutrição e uma medida sensível de massa muscular em idosos (WHO, 1995); Este perímetro pode ser utilizado para avaliação do estoque protéico, principalmente se há aumento de peso, devido a ascite e edema; Valores inferiores a 31 cm são marcadores de desnutrição (Chumlea e cols., 1995). Pontos de Corte NHANES Circunferência da Panturrilha Adultos HOMENS MULHERES Gonzalez et al. Am J Clin Nutr 2021; 113: 1678-87 Valores de referência e pontos de corte com sexo e raça Idade: 18 a 39 anos e IMC: 18,5 a 24,9 Kg/m (n=3104) * Os pontos de corte CC foram derivados em 1 e 2 DP abaixo da média. Avaliação da função muscular Dinamometria: marcador de força corporal total e aptidão física e marcador de massa muscular Realizado na mão não dominante. Contração isométrica dos músculos da mão Após comando verbal do avaliador, o paciente deverá aplicar a maior força possível. Repetir 3 vezes e adotar o maior valor Utilizado na avaliação nutricional de pacientes cirúrgicos e internados ou na avaliação da população idosa Força de preensão manual Diretriz de terapia nutricional no envelhecimento, BRASPEN,2019 Bibliografias ■ Nutrição da Gestação ao Envelhecimento; Márcia Regina Vitolo; Editora Rubio Ltda.; 2008. ■ Avaliação Nutricional de Coletividades; Francisco de Assis de Vasconcelos; Editora da UFSC; 2008. ■ Antropométrica; Kevin Norton & Tim Olds; Editora: Artmed; 2005. ■ Alimentos, Nutrição e Dietoterapia; Krause; ■ Avaliação Nutricional e Aspectos Clínicos e Laboratoriais; Antônio Claúdio Goulart Duarte; Editora: Atheneu; 2007. ■ Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/Escola Paulista de Medicina; Nutrição; Nutrição Clínica no Adulto; Lilian Cuppari; Manole; 2002. ■ Manual de Dietoterapia & Avaliação Nutricional; Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto do Coração – HCFMUSP; Segunda Edição; Mitsue Isosaki; Atheneu; 2009. ■ Nutrição Clínica; Faustino Teixeira Neto; Guanabara Koogan; 2003.
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